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FUNDAÇÕES 
PROF. ESP. GIOVANA SABEH
AULA 2 
PRINCIPAIS INFORMAÇÕES OBTIDAS DE 
ENSAIOS IN SITU
ENSAIO SPT
O ensaio SPT tem uma primeira
utilidade na indicação da
compacidade de solos granulares
(areias e siltes arenosos) e da
consistência de solos argilosos
(argilas e siltes argilosos).
A norma de sondagem 
prevê que o boletim de sondagem, 
forneça, junto com a classificação 
do solo, sua compacidade ou 
consistência. 
CORRELAÇÕES 
CORRELAÇÕES PARA PARÂMETROS DE SOLO 
PELO SPT 
São as correlações mais usuais para os parâmetros do solo com o auxilio do
resultado de ensaios SPT.
COESÃO - Solos Argilosos
𝐶 = 10.𝑁
Para estimar o valor da coesão, quando não se dispõe de resultados de ensaio de laboratórios,
Teixeira e Godoy(1996) sugerem a seguinte correlação com o índice de resistência à penetração
(N) do SPT.
CORRELAÇÕES PARA PARÂMETROS DE SOLO 
PELO SPT 
ÂNGULO DE ATRITO - Solos Arenosos
Ø= 28°+0,4.N
Godoi (1983)
ÂNGULO DE ATRITO - Solos Arenosos
Ø= 20.𝑁 + 15
Teixeira (1996)
CORRELAÇÕES PARA PARÂMETROS DE SOLO 
PELO SPT 
PESO ESPECÍFICO – PARA SOLOS ARGILOSOS
N° DE GOLPES CONSISTÊNCIA P. ESPECÍFICO 
=20 DURA 21KN/m³
CORRELAÇÕES PARA PARÂMETROS DE SOLO 
PELO SPT 
PESO ESPECÍFICO – PARA SOLOS ARENOSOS
N° DE GOLPES CONSISTÊNCIA AREIA SECA AREIA 
UMIDA 
AREIA 
SATURADA
40 MUITO COMPACTA 18KN/m³ 20KN/m³ 21KN/m³
CORRELAÇÕES PARA PARÂMETROS DE SOLO 
PELO SPT 
TENSÃO ADMISSÍVEL - Solos Coesivos
𝝈adm=
𝑁
50
TENSÃO ADMISSÍVEL - Solos Arenosos
𝝈adm=
𝑁
7,50
FUNDAÇÃO 
RASA OU 
DIRETA 
Em situações em que o solo da camada superficial
apresenta resistência suficiente e características
adequadas para suportar cargas, emprega-se esse tipo de
fundação.
O processo executivo requer a escavação da camada
superficial até a cota de apoio. O processo pode ser feito
por meio de escavação mecânica ou manual. – No caso
de escavação mecânica, há necessidade de interromper o
processo anteriormente à cota de apoio para que não
ocorram desagregação e desestruturação do sol de apoio,
seguindo então por processo manual.
De acordo com a NBR 6122, há necessidade de preparar
um lastro de concreto magro sobre a superfície, evitando
que a armadura entre em contato com o terreno natural.
Não é preciso utilizar formas na confecção de uma
sapata, desde que o solo tenha coesão suficiente para
isso.
CAPACIDADE 
DE CARGA DE 
FUNDAÇÃO 
DIRETA 
Em situações em que o solo da camada superficial
apresenta resistência suficiente e características
adequadas para suportar cargas, emprega-se esse tipo de
fundação.
O processo executivo requer a escavação da camada
superficial até a cota de apoio. O processo pode ser feito
por meio de escavação mecânica ou manual. – No caso
de escavação mecânica, há necessidade de interromper o
processo anteriormente à cota de apoio para que não
ocorram desagregação e desestruturação do sol de apoio,
seguindo então por processo manual.
De acordo com a NBR 6122, há necessidade de preparar
um lastro de concreto magro sobre a superfície, evitando
que a armadura entre em contato com o terreno natural.
Não é preciso utilizar formas na confecção de uma
sapata, desde que o solo tenha coesão suficiente para
isso.
CAPACIDADE DE CARGA
Consideramos uma sapata de concreto armado, de base retangular com largura B e comprimento L,
embutido no maciço de solo a uma profundidade h em relação à superfície.
A aplicação de uma força vertical de compressão, P, no topo da sapata gera a mobilização de tensões
resistentes ao maciço de solo que, no contato sapata-solo, são normais à base da sapata.
Pelo principio da ação e reação, essa
tensão é aplicada no solo pela sapata.
Dessa forma, o elemento isolado de
fundação por sapata caracteriza um
sistema sapata-solo, formado pelo
elemento estrutural (a sapata) e pelo
elemento geotécnico (o maciço de
solo)
CAPACIDADE DE CARGA
O aumento gradativo da força P ( e, consequentemente, da tensão) vai provocar o surgimento de uma
superfície potencial de ruptura no interior do maciço de solo. Na iminência da ruptura, teremos a
mobilização da resistência máxima do sistema sapata-solo, que denominamos capacidade de carga do
elemento de fundação por sapata.
Capacidade de carga (𝝈𝑟) de um solo é a tensão que, aplicada
ao solo através de uma fundação direta, causa a sua ruptura.
Alcançada essa tensão, a ruptura é caracterizada por
recalques incessantes, sem que haja um aumento da tensão
aplicada.
A tensão admissível de um solo é obtida dividindo-se a
capacidade de carga por um fator de segurança (FS) adequado
a cada caso.
adm=
𝝈𝑟
𝐹𝑆
CAPACIDADE DE CARGA
A determinação da tensão admissível dos solos é feita das seguintes formas:
• Pelo calculo da capacidade de carga, utilizando fórmulas teóricas;
• Pela execução de provas de carga;
Os fatores de segurança em relação à ruptura, no caso de fundações rasas, situam-se geralmente
entre 3 (exigidos em casos de cálculos e estimativas) e 2 (em casos de disponibilidade de prova de
carga). Portanto, no geral:
• FS≥ 2 Com resultados de prova de carga
• FS≥ 3 Utilizando fórmulas teóricas
A capacidade de carga dos solos varia em função dos seguintes parâmetros:
• Do tipo e do estado do solo (areias e argilas nos vários estados de compacidade e consistência.)
• Da dimensão e da forma da sapata (sapatas corridas, retangulares, quadradas ou circulares.
• Da profundidade da fundação (rasa ou profunda)
CAPACIDADE DE CARGA
Existem várias fórmulas para o calculo da
capacidade de carga dos solos, todas elas
aproximadas, porem de grande utilidade
para o engenheiro de fundações, e
conduzindo a resultados satisfatórios
para o uso geral.
Para a utilização dessas fórmulas, é
necessário o conhecimento adequado da
resistência ao cisalhamento do solo em
estudo, ou seja, da sua equação geral:
FÓRMULAS DE CAPACIDADE DE CARGA 
CAPACIDADE DE CARGA
MODOS DE RUPTURA 
A capacidade de carga geotécnica está associado um mecanismo de ruptura, de diferentes
características que, num extremo, configura uma ruptura do tipo frágil, em que a sapata
pode girar, levantando uma porção de solo para cima da superfície do terreno. No outro
extremo, estabelece uma ruptura do tipo dúctil, caracterizada por deslocamentos
significativos da sapata para baixo, sem desaprumar.
MODOS DE RUPTURA 
A ruptura geral ocorre nos casos de solos mais
resistentes (menos deformáveis), com sapatas
suficientemente rasas. A superfície de ruptura
é continua desde a borda esquerda da sapata
até a superfície do terreno à direita. (ou ao
contrário)
A ruptura é súbita e catastrófica, levando ao
tombamento da sapata.
- Areia Compactada e muito Compactada
- Argilas Rijas e duras
Ruptura geral nas fundações de silos de concreto armado.
MODOS DE RUPTURA 
Em contraposição, a ruptura por
puncionamento ocorre nos solos mais
deformáveis (menos resistentes). Em vez do
tombamento, temos a penetração cada vez
maior da sapata, podemos observar a
tendência do solo de acompanhar o recalque
da sapata.
- Areia fofa a pouco compactada
- Argilas muito mole a mole
MODOS DE RUPTURA 
A ruptura local ocorre nos solos de média
compacidade ou consistência, sem apresentar
um mecanismo típico, constituindo um caso
intermediário dos outros dois modos de
ruptura.
-Areia medianamente compactas
- Argilas Médias
Ruptura por Puncionamento.
MODOS DE RUPTURA 
O modo de ruptura influência a
forma na qual vamos determinar a
capacidade de carga do sistema.
CAPACIDADE DE CARGA
Terzaghi em 1943, propôs uma fórmula
para a estimativa da capacidade de carga
de um solo, abordando os casos de
sapata corrida, e que depois foi adaptada
para sapatas quadradas e circulas,
apoiadas à pequena profundidade abaixo
da superfície (Ha forma da
sapata, as equações de Terzaghi pode ser
generalizadas. Terzaghi chegou a essa
equação por meio das seguintes
considerações:
- A capacidade de carga do solo depende do
tipo e da resistência do solo, da fundação e
da profundidade de apoio na camada.
TEORIA DE TERZAGHI (1943)
CAPACIDADE DE CARGA
É a parcela relativa a coesão do solo
É a parcela relativa a sobrecarga
É a parcela relativa ao peso próprio 
do solo
Coesão
Tensão efetiva na cota 
de apoio
TEORIA DE TERZAGHI (1943)
CAPACIDADE DE CARGA
PROPOSIÇÃO DE VESIC (1975) 
Primeiramente que seja utilizado o fator de capacidade de 
carga de Caquot e Kérisel (1953). Vesic calcula os valores 
dos fatores de capacidade de carga em função do ângulo 
de atrito. A tabela contem duas colunas adicionais para a 
relação Nq/Nc e para tgØ. 
CAPACIDADE DE CARGA
PROPOSIÇÃO DE VESIC (1975) 
Como segunda substituição, Vesic prefere os fatores de 
forma de DE BEER, os quais dependem não somente da 
geometria da sapata mas também do ângulo de atrito 
interno do solo. 
EXERCÍCIO 1 
Estimar a capacidade de carga de um elemento de
fundação por sapata, com as seguintes condições de
solo e valores médios no bulbo de tensões:
a) Argila rija com Nspt = 15
b) Areia Compacta com Nspt = 30
c) Areia Argilosa com ângulo de atrito = 25° e Coesão =
50KPa
Obs: utilizar a equação de Terzaghi com a proposição de
Vesic.
CAPACIDADE DE CARGA
RUPTURA POR PUNCIONAMENTO 
Na impossibilidade de realizar um desenvolvimento teórico para capacidade de carga de solos fofos ou
moles, Terzaghi propõe a utilização da mesma equação da ruptura geral, mas efetua uma redução
empírica nos parâmetros de resistência do solo, da seguinte maneira:
EXERCÍCIO 2 
Estimar a capacidade de carga de um elemento de
fundação por sapata indicado na figura do exercício
anterior, com as seguintes condições de solo e valores
médios no bulbo de tensões.
a) Argila mole com Nspt = 4
b) Areia pouco Compacta com Nspt = 6
c) Areia Argilosa com ângulo de atrito = 20° e Coesão =
10KPa
Obs: utilizar a equação de Terzaghi com a proposição de
Vesic.

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