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1 AULA 1 - FUNDACOES - 2025 1

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FUNDAÇÕES 
PROF. ESP. GIOVANA SABEH
EMENTA
• Tipos de fundações; 
• Pré-requisitos para o estudo da Engenharia de Fundações; 
• Investigação do subsolo para projetos de fundações;
• Fundações diretas (tipos, capacidade, recalque e Projeto); 
• Fundações profundas (estacas, tubulões, recalques em fundações 
profundas, provas de carga em fundações profundas);
• Escolha do tipo de fundação (fatores condicionantes; fundações a 
serem abordadas).
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
FUNDAÇÃO
Infraestrutura
Superestrutura
FUNDAÇÃO é um sistema formado pelo terreno
(maciço de solo) e pelo elemento estrutural de
fundação e que transmite carga ao terreno pela base
ou fuste, ou combinação das duas.
Toda obra de engenharia necessita de uma base
sólida e estável para ser apoiada.
• Edifício de apartamentos
• Galpão
• Barracão
• Ponte
• Viaduto
• Rodovia
• Ferrovia
• Barragem
• Porto
• Aeroporto
INTRODUÇÃO 
Os solos situados sob as fundações se
deformam, consequentemente, toda
fundação sofre recalques por causa do
acréscimo de tensões introduzido por uma
obra de engenharia no solo de fundação, e
todo acréscimo de tensões corresponde a
uma deformação do maciço de solo.
O importante é que não sejam ultrapassados
os deslocamentos/recalques limites
(admissíveis) que cada edificação pode
suportar sem prejuízo de sua utilização pelo
tempo previsto para tal.
INTRODUÇÃO 
O colapso de uma obra de engenharia pode
ocorrer de duas maneiras diferentes: por
ruptura ou por deformação excessiva do
maciço de solo sobre o qual a fundação se
apoia.
Exemplos de obras de engenharia com problemas de deslocamento/recalques excessivos,
sem que, no entanto, tenham entrado em processo de ruptura podem ser pavimentos que
apresentam trincas e rachaduras, degraus nos acessos de pontes e viadutos, desaprumo
acentuado (visível a olho nu), como por exemplo os vários edifícios em Santos (Brasil) e
Torre de Pisa (Itália)
INTRODUÇÃO 
Como qualquer outro material estrutural, o
solo chega à ruptura se as solicitações
(cargas impostas) ultrapassam determinado
valor de resistência.
Com isso, o engenheiro tem de levar em consideração a ruptura
do solo, atuando preventivamente no controle da deformação do
maciço de solo, prevenindo os recalques que a edificação possa
vir a sofre, sem que ocorra limitação do seu uso, ou em situação
extrema, o colapso da estrutura.
INTRODUÇÃO 
Na prática, para a solução dos problemas, é conveniente que sejam considerados dois tipos
de colapsos:
Colapso Catastrófico: que ocorre quando a resistência do solo é ultrapassada e a
fundação afunda rapidamente no solo. A edificação é geralmente destruída ou
inutilizada.
Colapso Funcional: quando a edificação é impedida de cumprir com a finalidade
para a qual foi projetada. Este segundo tipo de colapso resulta de recalques
relativamente lentos e pode ocorrer algum tempo após a finalização da
construção, e as tensões aplicadas no solo podem ser bem menores que as
necessárias para causar o colapso catastrófico.
Colapso Funcional
INTRODUÇÃO 
Para prevenir o colapso catastrófico, é necessário que as cargas aplicadas ao solo 𝜎adm
estejam abaixo da tensão de ruptura 𝜎rup do solo.
De qualquer maneira, as resolução de um problema de fundação implica necessariamente a
busca da solução de dois problemas conceitualmente diferentes:
• O problema de ruptura: estado limite ultimo
• E o problema de deformação excessiva: estado limite de serviço.
INTRODUÇÃO 
Para que as fundações apresentem comportamento compatível com as obras para as quais
servirão de base, os estudos e projetos deverão ser executados por engenheiros
especializados e são necessários alguns conhecimentos mínimos:
• Grandeza, natureza e locação das cargas que serão descarregadas sobre as fundação
• Detalhes sobre os deslocamentos/recalques admissíveis da edificação
• Tipo de solo, espessura, profundidade e resistência das camadas que constituem o
subsolo local;
• Localização do nível d’água.
INTRODUÇÃO 
O projeto e execução de fundações requer conhecimentos de Geotecnia e Cálculo estrutural
Geotecnia
Cálculo Estrutural
Geologia e Mecânica dos 
Solos
Dimensionamento de 
estruturas em concreto 
armado 
INTRODUÇÃO 
Considerando o caso de um edifício, geralmente: 
A estrutura é calculada por um engenheiro estrutural, que supõe os apoios indeslocáveis, dai
resultando em um conjunto de cargas (forças verticais, horizontais e momentos) que é
passado ao projetista de fundações.
Com o auxilio de uma série de elementos e informações, 
ele projeta as fundações da obra. 
Acontece que essas fundações, quaisquer que sejam, quando carregadas, solicitarão
ao terreno, que se deforma, e dessas deformações resultam deslocamentos.
Recalques
Com isso, a hipótese usual de apoios indeslocáveis fica prejudicada, e nas estruturas
hiperestáticas, que são a grande maioria, as cargas inicialmente calculadas são
modificadas.
INTRODUÇÃO 
Chega-se assim, ao conhecido problema da interação solo-estrutura. O 
engenheiro de fundações deve participar da análise desse problema, 
juntamente com o engenheiro estrutural. 
Em toda obra de engenharia, há um certo risco, ou seja, probabilidade de um insucesso. 
RISCOS
Para Casagrande, a expressão “risco calculado” envolve dois diferentes aspectos:
a) O uso de um conhecimento imperfeito, orientado pelo bom senso e pela experiência,
para estimar as variações prováveis de todas as quantidades que entra, na solução de um
problema.
b) A decisão com base em uma margem de segurança adequada, ou grau de risco,
levando em conta fatores econômicos e a magnitude das perdas que resultariam de um colapso.
Nas obras de terra e fundações, como decorrência, sobretudo, da natureza do material
que se trabalha – o solo-, esse risco é sensivelmente maior que nas demais
especialidades da Engenharia Civil.
Riscos desconhecidos: Aqueles que são desconhecidos até que se revelam em um
acidente, através do qual pode, então, ser observados e investigados.
Na opinião de Casagrande, os conhecimentos atuais de geotecnia permitem que se tenha,
pelo menos, uma estimativa qualitativa da resposta de todos os solos quando submetidos
as atividades convencionais das obras de Engenharia. Ou seja, é muito provável
encontrarem riscos desconhecidos.
RISCOS
CLASSIFICAÇÃO
RISCOS
Riscos calculados: Corresponde aos fenômenos para os quais a geotecnia ainda não
apresentou uma analise quantitativa satisfatória. Ex: Efeitos de terremotos em barragens
de terra.
A margem de segurança a ser considerada no projeto dependerá diretamente da
magnitude das perdas potenciais e, também, do grau de incerteza envolvido.
CLASSIFICAÇÃO
RISCOS
Riscos humanos: A divisão de responsabilidade entre o projeto e a supervisão de construção é
uma das causas mais frequentes de problema na engenharia Geotécnica e de Fundações. Havendo
essa divisão, alguns problemas delicados são postos ao projetista, tais como:
a) Se o projetista não tem controle sobre a execução e, sobretudo, se ele não tem confiança em
quem vai executar e supervisionar a construção, deverá introduzir uma margem de segurança
adicional ou mesmo optar por uma solução menos econômica porem menos vulnerável, a uma
execução malcuidada?
b) Como pode o projetista se proteger, se não tem controle sobre a execução e nem mesmo é
informado de modificações introduzidas pelos executores?
Não há solução satisfatória para esses problemas, senão a eliminação da causa básica, ou seja, dar
ao projetista a tarefa de supervisionar ou fiscalizar a execução das fundações projetadas.
CLASSIFICAÇÃO
PROJETO DE FUNDAÇÕES 
ABNT NBR 6122 – Projeto e 
Execução de Fundações
TIPOS DE FUNDAÇÕES 
ELEMENTOS NECESSÁRIOS AO PROJETO
REQUISITOS DE UM PROJETO DE FUNDAÇÕES 
VERIFICAÇÕES DA SEGURANÇA AO COLAPSO E COEFICIENTES 
DE SEGURANÇA 
TIPOS DE 
FUNDAÇÕES 
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS 
(DIRETAS OU RASAS) – NBR 
6122/2022
Elemento de fundação cuja base está assentada em
profundidade inferior a duas vezes a menor dimensão
da fundação, recebendo ai as tensõesdistribuídas que
equilibram a carga aplicada;
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS 
Essas fundações devem ser apoiadas em profundidade mínima de 1,5m a partir da superfície
do terreno, exceto quando apoiada em material com características de rocha.
 SAPATAS 
 BLOCOS
 RADIERS 
 SAPATAS ASSOCIADAS 
 SAPATAS CORRIDAS 
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS 
SAPATA – NBR 6122/2022 
Elemento de fundação rasa, de concreto armado,
dimensionado de modo que as tensões de tração
nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de
armaduras especialmente disposta para esse fim.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS 
SAPATA ASSOCIADA - NBR 6122/2022 
Sapata comum a dois pilares; a denominação se aplica também a sapata comum
a mais do que dois pilares, quando não alinhados e desde que representem
menos de 70% das cargas da edificação.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS 
SAPATA CORRIDA - NBR 6122/2022 
Sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de
três ou mais pilares ao longo de um mesmo alinhamento, desde
que represente menos de 70% das cargas da estrutura.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS 
BLOCOS DE FUNDAÇÃO - NBR 6122/2022 
Elemento de concreto ou de outros materiais tais como
alvenarias ou pedras, dimensionado de modo que as
tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo
material, sem a necessidade de armadura.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
RADIER - NBR 6122/2022 
Elemento de fundação rasa
dotado de rigidez para receber e
distribuir mais do que 70% das
cargas da estrutura.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS –
NBR 6122/2022
Trata-se de um elemento de fundação que transmite a
carga ao terreno, ou pela base (resistência de ponta), ou
por sua superfície lateral (resistência de fuste), ou por
uma combinação das duas, devendo sua ponta ou base
estar assente em profundidade superior a oito vezes a sua
menor dimensão em planta, e no mínimo 3m.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
ESTACAS
São definidas como elementos esbeltos
caracterizados pelo elado comprimento (L) e
pequena seção transversal relativa ao seu
diâmetro. As estacas são implantadas no maciço
de solo por equipamento situado à superfície do
terreno.
As estacas podem ser: 
- Moldadas in loco 
- Cravadas 
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
TUBULÃO 
São elementos de fundação profunda
construídos por meio de escavação mecânica ou
manual de um poço circular, comumente dotado
de base alargada e posteriormente concretado.
Diferenciam-se das estacas porque em sua etapa
final é necessária a descida de um operário para
completar a geometria.
ELEMENTOS 
NECESSÁRIOS AO 
PROJETO 
ELEMENTOS NECESSÁRIOS AO PROJETO 
1. Topografia da área
• Levantamento topográfico (planialtimétrico) 
2. Dados geológico-geotécnicos 
• Investigação do subsolo 
3. Dados sobre construções vizinhas 
• Número de pavimentos, carga média por pavimento
• Tipo de estrutura e fundações 
• Existência de subsolos 
• Possíveis consequências de escavações e vibrações provocadas pela nova obra. 
ELEMENTOS NECESSÁRIOS AO PROJETO 
4. Dados da estrutura a construir 
• Tipo e uso que terá a nova obra 
• Sistema estrutural 
• Sistema construtivo (convencional/pré-moldado)
• Cargas (ações nas fundações) 
O conjunto de dados 1 a 3 devem ser
cuidadosamente avaliados pelo
projetista em uma visita ao local de
construção.
O conjunto de dados 4 deve ser
discutido com o projetista da obra
(arquitetônico) e com o projetista da
estrutura (superestrutura).
ELEMENTOS NECESSÁRIOS AO PROJETO 
Ações nas Fundações  De acordo com NBR 8681 – Ações e seguranças nas estruturas 
a. Ações permanentes: as que ocorrem com valores constantes ou de pequena variação em
torno de sua média, durante praticamente toda a vida da obra (peso próprio da construção
e de equipamentos fixos)
b. Ações variáveis: as que ocorrem com valores que apresentam variações significativas em
torno de sua média, durante a vida da obra (ações variáveis devidas ao uso da obra e ações
ambientais, como vento, ondas, etc.)
c. Ações excepcionais: são as que têm duração extremamente curta e muito baixa
probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, mas que devem ser consideradas
nos projetos de determinadas estruturas (explosões, colisões, incêndios, enchentes).
REQUISITOS DE 
UM PROJETO DE 
FUNDAÇÕES 
REQUISITOS DE UM PROJETO DE FUNDAÇÕES 
1. Deformações aceitáveis sob as condições de trabalho (Verificação do ELS – Estado limite 
de serviço)
2. Segurança adequada ao colapso do solo de fundação ou estabilidade externa (ELU)
3. Segurança adequada ao colapso dos elementos estruturais ou estabilidade interna (ELU)
Consequências do não 
atendimento a esses 
requisitos
REQUISITOS DE UM PROJETO DE FUNDAÇÕES 
DEFORMAÇÃO EXCESSIVA
Recalque diferencial, onde cada
elemento de fundação recalcou de
uma maneira.
Podendo ocasionar o colapso de
vigas e pilares.
REQUISITOS DE UM PROJETO DE FUNDAÇÕES 
TOMBAMENTO
Tombamento do elemento de
fundação. Quando o recalque
ocorre dentro de um mesmo
elemento.
REQUISITOS DE UM PROJETO DE FUNDAÇÕES 
COLAPSO DO SOLO 
Quando o solo não tem a
capacidade de absorver as tensões.
VERIFICAÇÕES DA 
SEGURANÇA AO 
COLAPSO E 
COEFICIENTES DE 
SEGURANÇA
VERIFICAÇÕES DA SEGURANÇA AO COLAPSO E 
COEFICIENTES DE SEGURANÇA
Nos problemas de fundações, há sempre incertezas, seja nos métodos de cálculo, seja nos
valores do parâmetros do solo que são introduzidos nesses cálculos, seja nas cargas a suportar.
Consequentemente, há a necessidade de introdução de coeficientes de segurança que levem
em conta essas incertezas.
Conceitualmente, a fixação desses coeficientes de segurança para os problemas geotécnicos é
bem mais difícil que no calculo estrutural, ondem entram materiais fabricados relativamente
homogêneos e, por isso, com propriedades mecânicas que podem ser bem determinadas.
VERIFICAÇÕES DA SEGURANÇA AO COLAPSO E 
COEFICIENTES DE SEGURANÇA
O solo que participa do comportamento de uma fundação é, na maioria das vezes,
heterogêneo, e seu conhecimento é restrito ao revelado pelas investigações realizadas em
alguns pontos do terreno e que não impedem a ocorrência de surpresas, seja durante a
execução das fundações, seja depois da construção concluída.
INFLUÊNCIAS A CONSIDERAR 
As incertezas começam com as investigações geotécnicas, pois é praticamente impossível, ter
um conhecimento completo do subsolo sobre o qual se vai construir. Deve-se, portanto,
prever uma margem de segurança para levar em conta a eventual presença de materiais
menos resistente não detectados pelas sondagens.
VERIFICAÇÕES DA SEGURANÇA AO COLAPSO E 
COEFICIENTES DE SEGURANÇA
COEFICIENTES DE SEGURANÇA GLOBAIS E PARCIAIS
Se todas as incertezas forem incluídas num único coeficiente de segurança, ele será
chamado coeficiente ou fator de segurança global. Se as incertezas forem tratadas nos
cálculos com coeficientes de ponderação para cada aspecto do calculo, serão chamados
coeficientes de segurança parciais.
A norma estabelece que as fundações devem ser verificadas pela análise de estados limites
últimos (além de estados limites de utilização). Os estados limites últimos podem ser vários
(perda de capacidade de carga, tombamento, ruptura por tração, flambagem etc.).
Na análise do estado limite ultimo, os valores das ações são comparados aos valores da
resistência do elemento de fundação. As ações devem ser calculadas de acordo com as
normas brasileiras em vigor. No que resulta aos valores de projeto da resistência do elemento
estrutural, devem-se obedecer as prescrições pertinentes aos materiais constituintes dessa
elemento (concreto, aço ou madeira).
NBR 6122
VERIFICAÇÕES DA SEGURANÇA AO COLAPSO E 
COEFICIENTES DE SEGURANÇA
A resistência de um elemento de fundação deve ser obtida como valor característico, podendo-
se utilizar:
i. Método téorico (empregando-se valores característicos de resistência dos solos e rochas)
ii. Método semiempírico ou empírico (mais comum em fundações profundas)
iii. Resultados de prova de carga
No caso de uso de fator de segurança global, o valor de resistência admissível do elemento de
fundação é obtido dividindo-sea resistência característica do elemento de fundação por um
fator de segurança global.
VERIFICAÇÕES DA SEGURANÇA AO COLAPSO E 
COEFICIENTES DE SEGURANÇA
INVESTIGAÇÃO DO 
SUBSOLO 
O PROGRAMA DE INVESTIGAÇÕES 
O PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO
O projetista de fundações deve se envolver com o processo de investigação do subsolo desde
seu inicio. Infelizmente, na prática, isso frequentemente não acontece, e ao projetista é
entregue, junto com informações sobre a estrutura para qual deve projetar fundações, um
conjunto de sondagens.
Nesse caso, e havendo dúvidas que impeçam o desenvolvimento do projeto, essas sondagens
devem ser consideradas uma investigação preliminar, e uma investigação complementar deve
ser solicitada.
O PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO
O primeiro passo para uma investigação adequada do subsolo é a definição de um programa,
que irá definir as etapas da investigação e os objetivos a serem alcançados. As etapas são:
a) Investigação preliminar
b) Investigação complementar ou de projeto 
c) Investigação para a fase de execução
Na Investigação preliminar objetiva-se conhecer as principais características do
subsolo. Nesta fase, em geral, são executadas apenas sondagens a percussão, salvo nos casos
em que se sabe a priori da ocorrência de blocos de rocha que precisam ser ultrapassados na
investigação, quando, então, solicitam-se sondagens mistas.
O espaçamento ou a “malha” de sondagens é geralmente regular, e a profundidade
das sondagens deve procurar caracterizar o embasamento rochoso.
O PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO
Na Investigação complementar, procuram-se esclarecer as feições relevantes do
subsolo e caracterizar as propriedades dos solos mais importantes do ponto de vista do
comportamento das fundações.
Se antes desta fase já se tiver escolhido o tipo de fundação a ser adotado, questões
executivas também podem ser esclarecidas. Nesta fase, são executadas mais algumas
sondagens, fazendo com que o total atenda ás exigências de normas, e, eventualmente,
realizadas sondagens mistas ou especiais para a retirada de amostras indeformadas, se forem
necessárias.
A Investigação para a fase de execução deve ser indicada também pelo projetista e
poderá ser ampliada pelo responsável pela execução da obra. Ela visa confirmar as condições de
projeto em áreas criticas da obra, assim consideradas pela responsabilidade das fundações ou
pela grande variação dos solos na obra. Outra necessidade de investigação na fase de obra pode
vir da dificuldade de se executar o tipo de fundação previsto. Em qualquer do casos, o projetista
deve acompanhar as investigações desta fase ou, pelo menos, ser colocado a par do resultados.
O PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO
Para a definição de um programa de investigação, o projetista deve ter em mãos: 
• A planta do terreno (levantamento planialtimétrico)
• Os dados sobre a estrutura a ser construída e sobre vizinhos que possam ser afetados pela
obra
• Informações geológico-geotécnicas disponíveis sobre a área (plantas, publicações técnicas,
etc. )
• Normas e códigos de obras locais
De posse dessas informações, o projetista deve visitar o local da obra, preferivelmente com o
responsável pela execução das investigações, com quem deverá mantes uma relação técnica
próxima.
O PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO
Neste ponto, menciona-se a questão da idoneidade da firma executora das
sondagens. Frequentemente a escolha da firma executora das investigações é feita pelo
proprietário da obra com base no menor preço. Nessa caso, cabe ao projetista estabelecer
um padrão mínimo de qualidade para as investigações (Além do que estabelecem as
normas). É importante observar que o custo dessas investigações é uma fração muito
pequena do custo da obra.
0,2 % a 2 %
Após a fase preliminar, o projetista já deverá ter alguma ideia do tipo de
fundação possível para a obra e programar a investigação complementar, onde as
sondagens não poderão parar antes da profundidade prevista para as fundações.
PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
Os principais processos de investigação do subsolo para fins de projeto de fundações são: 
a. Poços
b. Sondagens a trado 
c. Sondagens a percussão com SPT 
d. Sondagens Rotativas
e. Sondagens Mistas
f. Ensaio de Cone (CPT)
g. Ensaio pressiométrico (PMT)
PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
POÇOS
Os poços são escavações
manuais, geralmente não
escoradas, que avançam até
que se encontre o nível
d’água ou até onde for
estável. Os poços permitem
um exame do solo nas
paredes e no fundo da
escavação, e a retirada de
amostras indeformadas tipo
bloco ou em anéis.
ABNT NBR 9604
PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
SONDAGENS A 
TRADO
São perfurações 
executadas com um dos 
tipos de trados manuais. A 
profundidade está 
limitada à profundidade 
do nível d’água, e as 
amostras retiradas são 
deformadas. 
ABNT NBR 9603
PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
SONDAGENS A PERCUSSÃO
ABNT NBR 6484
As sondagens a percussão são as
perfurações capazes de ultrapassar o nível
d’água e atravessar solos relativamente
compactos ou duros. O furo é revestido se
se apresentar instável; caso se apresente
estável, a perfuração pode prosseguir sem
revestimento, eventualmente
adicionando-se um pouco de bentonita à
água. A perfuração avança na medida em
que o solo, desagregado com auxílio de
um trépano, é removido por circulação de
água.
PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
SONDAGENS A PERCUSSÃO
As sondagens a percussão não ultrapassam, naturalmente, matacões e blocos de rochas e
têm dificuldade de atravessar solos residuais jovens muito compactos. No caso de
encontrar grande dificuldade de perfuração, a sondagem é suspensa.
O ensaio de penetração dinâmica (SPT), normalizado pela NBR 6484, é realizado 
a cada metro na sondagem a percussão. 
PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
SPT
O ensaio SPT consiste na cravação de um amostrador padrão no solo, através da queda 
livre de um peso de 65 kg (martelo), caindo de uma altura determinada (75 cm).
Anota-se o numero de golpes
necessários para cravar os 45cm do
amostrador em 3 conjuntos de golpes
para cada 15cm.
O resultado do ensaio SPT é o numero
de golpes necessários para cravar os
30cm finais.
PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
SONDAGENS ROTATIVAS E MISTAS
Na ocorrência de elementos de rocha que precisem ser ultrapassados no processo de
investigação, ou que precisem ser caracterizados, utilizam-se as sondagens rotativas.
As sondagens mistas são uma combinação de um equipamento de sondagem rotativa 
com um equipamento de sondagem a percussão. 
PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
ENSAIO DE CONE CPT
O ensaio consiste 
basicamente na cravação 
a velocidade lenta e 
constante de uma haste 
de ponta cônica, 
medindo-se a resistência 
encontrada na ponta e 
resistência lateral. 
Quando tem-se a utilização do PIEZOCONE, o ensaio apresenta os resultados de poropressão
PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
ENSAIO PRESSIOMÉTRICO (PMT)
O ensaio pressiométrico consiste na expansão de uma sonda ou célula cilíndrica instalada
em um furo executado no terreno. A célula, normalmente de borracha, expande-se com a
injeção de água pressurizada, e a sua variação de volume é medida na superfície do terreno
juntamente com a pressão aplicada.
A interpretação do ensaio fornece dados sobre:
a. O estado de tensões inciais: a tensão horizontal e o coeficiente de empuxo no 
repouso, K, podem ser obtidos a partir da pressão po no ponto A do ensaio. 
b. Propriedades de deformação elástica do solo 
c. Resistência do solo
PRINCIPAIS INFORMAÇÕES OBTIDAS DE 
ENSAIOS IN SITU
ENSAIO CPT
RESISTÊNCIA LATERAL E DE 
PONTA E POROPRESSÃO

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