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Brício Martins – Aula de redação para concursos – 92522073 - 32024823 1
Cresce o fosso 
 
Os dados divulgados sobre o índice do desenvolvimento humano (IDH) mundial 
desestimulam qualquer comemoração. Segundo relatório das Nações Unidas divulgado ontem 
em Bruxelas, os países cresceram menos nos anos 90 que nos anos 80. Em 46 deles, a 
população está mais pobre que em 1990. Em 25, a fome castiga mais pessoas que há uma 
década. Em 20, todos os indicadores andaram pra trás. 
Para o cálculo da qualidade de vida, consideram-se três aspectos. Um deles é a 
expectativa de vida da população ao nascer. Outro, o acesso ao conhecimento. Leva-se em 
conta, no caso, a taxa de alfabetização dos habitantes com 15 anos ou mais e o percentual de 
matrículas nos ensinos fundamental, médio e superior. Por fim, pesa a renda per capita. 
Os números trazidos à luz causam espanto e frustração. O planeta abriga 831 milhões de 
desnutridos. Nada menos que 1,1 bilhão de seres humanos sobrevivem com menos de US$ 30 
por mês. Em 2002, 11 milhões de crianças morreram antes de completar um ano. Quase 105 
milhões de infantes não freqüentam a escola. Água potável não chega a 1,2 bilhão de 
pessoas. Saneamento básico constitui luxo desconhecido para 2,7 bilhões de criaturas. 
A decepção diante dos resultados não se deve à extensão das carências. Deve-se, 
sobretudo, ao ritmo de sua redução. Na América Latina e Caribe, por exemplo, 33 países não 
conseguirão cumprir a meta assumida com a ONU em 2000: reduzir à metade o número de 
miseráveis que vivem com menos de um dólar por dia, assegurar o acesso das crianças ao 
ensino fundamental e diminuir em dois terços a taxa de mortes de menores de cinco anos. 
Na África, o quadro revela-se mais dramático. Lá, 13 países registraram retrocesso no IDH 
na década de 90. É a primeira vez que tantos Estados andaram pra trás. Na década de 80, só 
três deram marcha a ré na caminhada pela conquista de melhor qualidade de vida. As 
perspectivas para a região são sombrias. Caso o ritmo de mudança se mantenha, só em 2100 
se cumprirão as metas de educação e mortalidade infantil. 
O Brasil passou da 68a classificação em 1995 para 72a em 2002. A queda, porém, não 
significa retrocesso nos indicadores sociais, mas a inclusão de outros Estados com melhor 
desempenho na lista geral. Mas o país melhorou pouco, muito pouco. Prova da lentidão reside 
no fato de o Brasil nunca ter saído do ranking dos países de desenvolvimento médio. 
Continuamos bem atrás da Argentina, que ocupa o 34º lugar. 
Conclusão: nos anos em que se radicalizou a globalização, o mundo se tornou mais 
injusto. Os ricos — países, regiões, pessoas — ficaram mais ricos. Os pobres, mais pobres. 
Sem aperfeiçoamentos do modelo, o fosso se tornará intransponível. 
Correio Braziliense, 16/7/2004 
 
 
O maior negócio do país 
 
O agronegócio está por trás do processo de desenvolvimento dos países mais avançados 
do mundo. A maioria das pessoas que moram nas cidades desconhece a dimensão desse 
segmento na economia do país. Há na sociedade uma idéia equivocada de que ele serve 
apenas para produzir comida. Na verdade, a riqueza de um país vem da agricultura e da 
pecuária, já que nenhuma nação nasceu industrial. Todas começaram com a agropecuária, 
desenvolveram os serviços e depois suas indústrias. 
Poucos se dão conta, por exemplo, de que, se não houvesse o produtor de cevada para 
fazer a cerveja, não haveria emprego para o motorista de caminhão que a transporta nem 
para o operário de fábrica de latas, garrafas, engradados, tampinhas e mesas de bar. 
Também não haveria trabalho para o garçom nem para a costureira que faz o seu paletó. 
Muito menos para o publicitário que faz o anúncio da cerveja. Na Páscoa, quando vemos 
propaganda daqueles ovos deliciosos, é preciso saber que chocolate não aparece enrolado no 
papel. Frango também não vem embalado. Trabalhamos diariamente com papel. Quem planta 
a árvore que dá a celulose? É o agricultor. 
Quer dizer, o agronegócio gira a roda de toda a nossa economia. Os automóveis rodam 
com pneus porque um produtor planta seringueiras, de que se extrai látex para fabricar 
borracha. A calça jeans tem como matéria-prima o algodão. Sapatos, bolsas, cintos e carteiras 
existem graças à criação de bois, dos quais sai o couro. Também não haveria roupa íntima 
nem gravatas sem o cultivo das amoreiras que alimentam as lagartas do bicho-da-seda. Esse 
é o conceito que tenho procurado trazer para dentro do governo brasileiro. 
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Brício Martins – Aula de redação para concursos – 92522073 - 32024823 2
Precisamos exportar, aumentar nosso superávit comercial e dessa forma fazer uma 
poupança em dólares. Temos criado condições de desenvolvimento e de investimentos em 
outros setores fundamentais, como indústria, comércio e serviços. Mas é a agricultura que 
tem uma vantagem comparativa imediata. O crescimento da soja, por exemplo, aumenta o 
horizonte para o biodiesel. Podemos produzir mais 3 milhões de hectares de soja no Brasil só 
para fazer biodiesel. Se misturarmos 5% de óleo de soja ao óleo diesel, poderemos reduzir as 
importações de petróleo e gerar pelo menos 300.000 empregos diretos. Os japoneses já têm 
leis que autorizam a mistura de até 3% de álcool à Gasolina. Se eles a utilizarem em 15% dos 
carros, precisarão importar 12 bilhões de litros de álcool, o que exigirá o plantio de outros 4 
milhões de hectares de cana-de-açúcar. Isso significaria mais de 1 milhão de empregos 
diretos e indiretos no setor sucroalcooleiro. 
Vejamos um exemplo concreto: no fim dos anos 70, a tonelada do suco de laranja valia 
pouco mais de 600 dólares em razão de uma superoferta mundial. Entre o Natal e o Ano-
Novo, houve uma forte geada na Flórida. Em quinze dias, o preço do suco subiu para 950 
dólares. Aqui, os produtores da paulista Bebedouro, a capital nacional da laranja, que até 
então enfrentava uma profunda depressão, começaram a ganhar dinheiro. A primeira coisa 
que fizeram foi aumentar o salário de seus empregados. Depois, compraram tratores, arados, 
grades. Adquiriram também liquidifïcadores, máquinas de costura, televisão, roupas para a 
família. Isso gerou uma grande demanda no comércio. Casas foram reformadas, lojas 
ganharam pintura nova. Gerou-se emprego para pedreiros, carpinteiros, eletricistas. A 
prefeitura recolheu muito mais impostos, já que todos passaram a trabalhar e produzir mais. 
Os agricultores pagaram o que deviam e depois foram comprar terras nos Estados de Mato 
Grosso, Goiás, Tocantins, Minas Gerais. 
A agricultura pode produzir isso tudo, além de transferir riqueza para outros setores da 
economia. Mas, para que esse processo ocorra de forma consistente e sustentável, é 
necessário abrir novos mercados, reforma agrária com modelos adequados de crescimento e 
conquistar fronteiras agrícolas com total respeito ao meio ambiente e à biodiversidade. Esse é 
o nosso desafio. 
Especial Agronegócio, p. 22, abr./2004. 
 
O lago é de todos 
 
Uma discussão elementar em direito é a distinção entre o público e o privado. O direito à 
propriedade, garantia prevista na Constituição, tem como prerrogativa o respeito ao 
patrimônio individual. O espaço físico privado é um bem inviolável, que só pode ser invadido 
se houver mandado judicial. Por seu lado, o espaço público é um bem da sociedade, que não 
pode ser desrespeitado por vontade de particulares. 
A situação do lago Paranoá é a completa inversão desses preceitos jurídicos. Protegida por 
lei federal que a transforma em Área de Preservação Permanente, a orla tornou-se quintal dos 
brasilienses de classe média e alta. Esse espaço comunitário, que deveria atender a toda a 
população, foi privatizado para servir aos interesses particulares dos ocupantes das pontas de 
picolé, os lotes mais valorizadosda região mais valorizada do Distrito Federal. Às margens, 
moradores montam pier, aterram área pública e fecham a passagem da ciclovia. 
A ocupação generalizada do lago mostra que o governo do Distrito Federal precisa disciplinar o uso de um 
espaço que deveria ser público, mas está nas mãos de uma parcela de moradores. Na verdade, as 
irregularidades às margens do Paranoá são um reflexo da desordem urbana no Distrito Federal. O espaço 
público é desrespeitado na proliferação dos condomínios; no avanço das lojas nas quadras comerciais do 
Plano Piloto, na farra promovida por deputados distritais com a destinação de áreas públicas nas cidades de 
menor renda. 
Nas reportagens publicadas pelo Correio, os moradores demonstram disposição para obedecer a uma 
normalização sobre o uso das margens do Paranoá. Um dos argumentos mais comuns apresentados pelos 
ocupantes é a segurança: eles reclamam de bêbados e arruaceiros que incomodam a vizinhança à noite. 
Ocorre que um erro não pode ser remediado por outro. Segurança e tranqüilidade nas ruas são atribuições 
do Estado — não cabe a cidadãos tomarem medidas particulares para garantir o seu bem-estar. 
O que de fato deve ocorrer é uma atuação mais efetiva dos órgãos públicos responsáveis pelo uso desse 
espaço tão privilegiado do cotidiano brasiliense. A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos precisa 
urgentemente encontrar soluções para disciplinar, aconselhar e punir moradores que desrespeitam as normas 
de convivência pública. 
Talvez seja por Brasília não ter praia que os moradores deixem de se dar conta da gravidade de morar em 
uma cidade em que a área pública de lazer está na mão de poucos particulares. Seria impensável uma orla 
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Brício Martins – Aula de redação para concursos – 92522073 - 32024823 3
ocupada no Rio de Janeiro, Salvador ou Recife — ainda que haja casos de praias particulares nessas 
metrópoles. É o predomínio do interesse particular sobre o direito público. No fim, todos perdem. 
 
Sugestões de temas 
 
 1. O Poder Judiciário e o Poder Financeiro do conflito no Iraque. 
 2. O direito internacional após o conflito no Iraque. 
 3. A ONU e a Justiça no direito internacional. 
 4. O Poder Judiciário e a corrupção no Brasil. 
 5. O Poder Judiciário julga o Poder Judiciário. 
 6. A importância do Poder Judiciário no caso Pedrinho. 
 7. O governo Lula. 
 8. Modernização e agilização da Justiça Brasileira. 
 9. Praticar a justiça com equilíbrio é dever de todo cidadão. 
10. Justiça: uma preocupação constante. 
11. Liberdade: conquista individual e coletiva. 
12. Sem trabalho, não existe dignidade. 
13. Velhice: entre a sabedoria e a solidão. 
14. Por que o Brasil continua a ser o país do futuro? 
15. A importância da justiça para a cidadania. 
16. A vida não é um enigma a ser decifrado, mas um mistério a ser vivido. 
17. O trabalho e o desemprego na sociedade atual. 
18. A segurança coletiva inicia-se em atitudes individuais. 
19. A proibição do fumo em lugares públicos fechados. 
20. A liberdade de uma pessoa termina onde começa a liberdade de outra. 
 
 
TEMAS DE CONCURSOS RECENTES 
 
TEMA 1 
 
Ética, cidadania e possibilidades de futuro 
 
Valores são criações humanas; não podem ser considerados entidades abstratas e 
universais, válidas em qualquer tempo e lugar. Os valores morais são o fundamento da ética. 
E a ética pode ser compreendida como uma estética em si, isto é, como a atividade de 
construir nossos próprios valores, pondo-nos nós mesmos como valor fundamental. 
A afirmação da individualidade, da singularidade de cada pessoa, que deve ser respeitada 
em suas opções e ações, não significa que cada um deva viver isolado dos demais. A 
singularidade e a criatividade podem e devem ser preservadas em meio à coletividade. 
Compreender a ética como uma estética da existência não deve ser visto como uma atitude 
solitária, particular, mas, sim, como um empreendimento coletivo. 
Depende de nossas escolhas e de nossas ações o que faremos de nossas vidas e do mundo 
em que vivemos. Se pusermos o ser humano como valor fundamental, a ciência e a tecnologia 
podem nos permitir ações antes impossíveis. Com as redes de computadores, podemos hoje 
nos comunicar com qualquer parte do mundo de forma praticamente instantânea. Se tivermos 
terminais de computadores de fácil acesso a todos, teremos uma infinidade de informações 
disponíveis para todos, o que certamente revolucionará as possibilidades de educação. 
A democracia hoje está restrita a uma representatividade pelo voto: não há como garantir 
a participação direta de todos. As redes de computadores, por outro lado, permitem uma ação 
direta de toda a população, uma efetiva participação na tomada de decisões e também na sua 
implementação. A responsabilidade da decisão deixa de ser de umas poucas pessoas para ser, 
de fato, responsabilidade de todos. Isso parece ficção científica? Pois os meios tecnológicos 
para a sua realização já existem; falta o empenho de todos para que se efetive. 
Só podemos ser indivíduos singulares, senhores de nós mesmos, em uma sociedade 
aberta, em que a cidadania exista de fato como participação de todos, assim como só pode 
haver efetiva cidadania se os indivíduos forem livres, singulares e participativos na 
comunidade. O futuro está aberto. Se resolvermos tomar as rédeas de nossas vidas 
particulares e da vida pública em geral, se assumirmos com consciência e responsabilidade 
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Brício Martins – Aula de redação para concursos – 92522073 - 32024823 4
tanto nossas escolhas éticas quanto nossos atos políticos, estaremos nos constituindo como 
verdadeiros cidadãos. 
Silvio Gallo (org.). Ética e cidadania: Caminhos da filosofia. Campinas: Papirus, 2000, p. 
108-10 (com adaptações). 
 
Considerando que as idéias apresentadas acima têm caráter unicamente motivador, redija 
um texto dissertativo, posicionando-se acerca do seguinte tema: 
 
É urgente que o ser humano seja considerado o principal valor da sociedade. 
 
TEMA 2 
 
A crise de valores no mundo contemporâneo 
 
Nos tempos modernos, experimentamos uma inversão de valores morais, que são o 
fundamento da ética. O desenvolvimento da ciência e da tecnologia foi tão grande, rápido e 
intenso que assumiu dimensões inimagináveis. Diante desse espantoso e vertiginoso 
desenvolvimento, o homem foi empalidecendo, perdendo sua posição central. 
O trabalho alienado, que transforma o trabalhador em mais uma mercadoria, fez que o 
homem perdesse sua capacidade de ser o sujeito das situações. Manipulado no universo do 
trabalho, manipulado no mundo do consumo, o homem pode estar perdendo sua humanidade. 
Na sociedade capitalista, o dinheiro é que ocupa o centro das atenções. Uma pessoa vale 
pelo dinheiro que possui ou que pode produzir. O psicanalista Erich Frömm caracterizou nossa 
sociedade como aquela que dá muito mais importância ao ter do que ao ser. Isso mostra que, 
nos dias de hoje, as pessoas já não têm o ser humano como valor fundamental, mas, sim, o 
dinheiro, o lucro. 
Podemos compreender, assim, alguns fatores aparentemente incompreensíveis: acidentes 
que acontecem em edificações e matam dezenas de pessoas, porque houve algum tipo de 
economia na construção ou interesse na destruição; pessoas que morrem em hospitais, 
porque a verba repassada pelo governo já não atende à ganância dos donos das casas de 
saúde; investimento de fortunas em projetos mirabolantes, ao passo que parcela enorme da 
população passa fome, vive nas ruas sem casa, escola, sistema de saúde, sem o mínimo 
necessário para uma sobrevivência com dignidade. 
Quando nos voltamos para o âmbito da ciência, a realidade não é diferente.Com o 
crescimento da velocidade da produção de conhecimentos científicos, ela acaba por atropelar 
o ser humano. Se, no princípio, a ciência desenvolvia-se para buscar respostas para os 
problemas de sobrevivência do homem em um mundo adverso, com o tempo, ela passa a se 
desenvolver por si mesma, porque o próprio conhecimento se torna um valor a ser 
perseguido. 
No processo histórico do desenvolvimento científico e tecnológico, muita coisa foi 
produzida visando à melhoria da qualidade de vida das pessoas, mas muita coisa foi produzida 
segundo outros interesses. A bomba atômica é um lamentável exemplo: longe de melhorar a 
vida, acaba com a vida de milhares de seres humanos. Isso só foi possível porque, no centro 
dos valores, já não estava a promoção da vida humana, mas o lucro e o desenvolvimento do 
conhecimento que, por sua vez, pode ser uma ótima forma de gerar dinheiro. 
Silvio Gallo (org.). Ética e cidadania: Caminhos da filosofia. Campinas: Papirus, 2000, p. 
106-7 (com adaptações). 
 
Considerando as idéias apresentadas no texto acima, redija um texto dissertativo, 
desenvolvendo o seguinte tema: 
 
A contribuição dos avanços científicos para a melhoria da qualidade de vida das 
pessoas. 
 
Ao estruturar o seu texto, contemple, necessariamente, os seguintes tópicos: 
• na introdução, focalize o tema, relacionando-o apenas ao contexto brasileiro; 
• no desenvolvimento, insira a descrição de uma situação real ou fictícia, relacionada ao 
enfoque dado ao tema, de forma a exemplificá-lo; 
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Brício Martins – Aula de redação para concursos – 92522073 - 32024823 5
• na conclusão, posicione-se criticamente a respeito da situação descrita, vinculando tal 
posicionamento às idéias do penúltimo parágrafo do texto “A crise de valores no mundo 
contemporâneo”. 
 
TEMA 3 
 
A pesquisa Retrato da Leitura no Brasil evidenciou o quanto a maioria dos brasileiros 
está distante da leitura. Barreiras das mais diversas fazem que cerca de dois terços da 
população alfabetizada maior de quatorze anos não tenha acesso ao livro. 
Considerando o texto acima, que tem caráter unicamente motivador, redija um texto 
dissertativo, posicionando-se acerca do tema a seguir: 
 
Política de leitura no Brasil. 
 
Em sua dissertação, devem ser abordados, necessariamente, os seguintes aspectos: 
• criação e manutenção de bibliotecas e democratização do acesso a elas; 
• qualificação do professor como figura essencial à formação de leitores. 
 
TEMA 4 
 
Tendo em vista a discussão referente ao ensino superior e as múltiplas questões que o 
assunto suscita, redija um texto dissertativo, posicionando-se acerca do tema a seguir: 
 
A expansão do ensino superior brasileiro prioritariamente no âmbito da iniciativa 
privada. 
 
Em sua dissertação, devem ser contemplados, necessariamente, os seguintes aspectos: 
• resolução do problema crucial do financiamento desse nível de ensino em instituições 
particulares; 
• formas de avaliação, pelo poder público, da qualidade do ensino ministrado nos 
estabelecimentos de ensino particular. 
 
TEMA 5 
 
Quando o cidadão descobre que ele é o princípio do que existe e pode existir com sua 
participação, começa a surgir a democracia. Cidadania e democracia andam de mãos dadas e 
não existem separadas. Cidadania não é individualismo, mas afirmação de cada um em sua 
relação de solidariedade com os outros. Cidadania e democracia estão baseadas em princípios 
éticos e têm o infinito como limite. Não existe limite para a solidariedade, a liberdade, a 
igualdade, a participação e a diversidade. A democracia é uma obra inesgotável. 
Herbert de Souza. Democracia e cidadania. In: Carla Rodrigues (Org.) Democracia: cinco 
princípios e um fim. São Paulo: Moderna, 1996, p. 66 (com adaptações). 
 
Não tem como você estereotipar alguém como negro só por causa da cor. No fundo, todo 
brasileiro é meio negro. 
Flávio Martins, 19 anos, aluno de Letras, UnB. Correio Braziliense, 10/6/2003. 
 
A rigor, mesmo as vozes contrárias à política de cotas admitem que a situação é injusta e 
precisa ser revertida, mas não à custa do direito dos outros ou do princípio da igualdade e da 
isonomia dos brasileiros, independentemente de credo político, religioso ou raça. 
Revista do Livro Universitário, março/abril 2003 
(com adaptações). 
 
Considerando que as idéias apresentadas nos textos acima têm caráter unicamente 
motivador, redija um texto dissertativo, posicionando-se acerca do seguinte tema: 
 
Identidade étnica e construção da cidadania. 
 
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TEMA 6 
 
A resposta à criminalidade entre os adultos é dada pelo direito penal, que privilegia a 
aplicação de penas privativas de liberdade (detenção e prisão). Essa sistemática tem por 
resultado a superlotação carcerária, um saldo exorbitante de mandados de prisão não-
cumpridos e um índice de reincidência criminal de 65%. Isso leva a crer que o 
encarceramento é medida ineficaz, extremamente dispendiosa e pouco inteligente no combate 
à criminalidade. 
Caso essa sistemática seja estendida aos adolescentes, em provável decorrência da 
redução da idade penal, haverá a ampliação do contingente de pessoas sujeitas ao sistema 
carcerário, provocando o conseqüente agravamento da carência de vagas e a superlotação 
nas prisões. Essa situação poderá incentivar ainda mais o avanço da criminalidade, pelo 
descrédito a que a Justiça está exposta. 
Quando devidamente implementado, o sistema educativo proposto pelo Estatuto da 
Criança e do Adolescente, ao contrário do sistema prisional, dá ensejo à efetiva recuperação 
dos jovens infratores, inclusive daqueles responsáveis por infrações gravíssimas — homicídio e 
latrocínio —, o que pode resultar em um índice de reincidência inferior a 10%. Isso porque se 
propõe a oferecer, durante o prazo em que o adolescente estiver internado, educação escolar 
e profissionalização, inseridas em um projeto de atendimento pedagógico e psicológico 
adequado à sua condição de pessoa em desenvolvimento e voltado à sua reinserção social. 
Cleide de Oliveira Lemos. Reduzir a idade penal é a solução? In: UnB Revista, dez./2003-
mar./2004, 
p. 18-9 (com adaptações). 
 
Considerando o tema do texto acima, redija um texto dissertativo posicionando-se acerca 
da seguinte questão: 
 
A redução da idade penal é a solução para desvios de conduta de adolescentes 
infratores? 
 
TEMA 7 
 
A nova Lei nº 9.790/1999 traz uma novidade importante: pela primeira vez, o Estado 
reconhece a existência de uma esfera pública em emersão, a qual é pública não pela sua 
origem, mas pela sua finalidade, ou seja, é pública embora não seja estatal. 
Considerando o texto acima, que tem caráter unicamente motivador, redija um discurso 
parlamentar, posicionando-se acerca do seguinte tema: 
 
Figuras jurídicas introduzidas pela reforma administrativa: organizações sociais. 
 
Em seu discurso, devem ser contemplados, necessariamente, os seguintes aspectos: 
• agilidade e encargos no processo de qualificação das organizações sociais; 
• abrangência institucional e reconhecimento de organizações da área social; 
• aumento da burocracia no que se refere ao acesso das organizações sociais a fundo 
público. 
 
 
TEMA 8 
 
A Lei n° 8.112/1990 instituiu, em proveito dos familiares ou dependentes do servidor 
público, os benefícios previdenciários da pensão, do auxílio-funeral e do auxílio-reclusão. 
Considerando o texto acima, que tem caráter unicamente motivador, redija um discurso 
parlamentar, posicionando-se acerca do seguinte tema: 
 
Benefícios previdenciáriosaos dependentes do servidor público. 
 
Em seu discurso, devem ser contemplados, necessariamente, os seguintes aspectos: 
• natureza dos benefícios instituídos; 
• beneficiários contemplados pela Lei nº 8.112/1990; 
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• despesas do erário geradas pelos benefícios. 
 
 
TEMA 9 
 
O Prêmio Qualidade do Governo Federal (PQGF) é um projeto do Programa de Qualidade e 
Participação na Administração Pública. Seu principal objetivo é estimular organizações 
públicas a implementarem programas de melhoria do desempenho institucional, atuando 
como mecanismo de reconhecimento formal e público dos resultados das instituições 
comprometidas com a qualidade da sua gestão e, conseqüentemente, com os seus usuários. 
O PQGF é um sistema de premiação alinhado aos critérios e procedimentos da Fundação para 
o Prêmio Nacional da Qualidade, e seu papel é orientar organizações públicas que almejam ser 
reconhecidas pela excelência em sua gestão e participar do Prêmio Nacional da Qualidade. 
Prêmio Qualidade do Govemo Federal (com adaptações). 
 
Considerando as idéias apresentadas no texto acima, que têm caráter unicamente 
motivador, redija um texto dissertativo posicionando-se acerca do tema seguinte: 
 
Gerenciamento da qualidade total: modelo implementado pelo governo federal 
para a gestão das organizações públicas. 
 
Em sua dissertação, devem ser contemplados, necessariamente, os seguintes aspectos: 
• critérios de avaliação do gerenciamento da qualidade de uma organização; 
• características do gerenciamento da qualidade total; 
• ferramentas utilizadas no gerenciamento da qualidade total. 
 
 
TEMA 10 
 
As transformações ocorridas na função de recursos humanos ao longo do tempo convidam os 
gestores a combinar exterioridade e objetividade — visando à maximização dos benefícios 
econômicos advindos do alinhamento entre o potencial dos empregados e os objetivos 
empresariais — com as sutilezas e sensibilidades subjetivas, para que sejam capazes de lidar com 
os aspectos relacionais e intrínsecos à natureza humana no âmbito do trabalho e da atividade 
organizacional. Considerar as questões subjetivas significa que toda pessoa tem seu espaço 
interior, percebido como completamente seu; que esse espaço relaciona-se com a exterioridade; 
que ele é historicamente construído; que ele é decisivo nas escolhas das pessoas durante a vida e 
acaba por provocar mudanças no entorno. 
Eduardo Davel e Sylvia Vergara. Gestão com pessoas, 
subjetividade e objetividade nas organizações. 
São Paulo: Atlas, 2001 (com adaptações). 
 
Considerando as idéias acima apresentadas, que têm caráter unicamente motivador, redija 
um texto dissertativo, posicionando-se acerca do seguinte tema: 
 
Gestão com pessoas, subjetividade e objetividade nas organizações. 
 
Em sua dissertação, devem ser contemplados, necessariamente, os seguintes aspectos: 
• novas tendências em avaliação de desempenho quanto à objetividade da administração 
de recursos humanos; 
• habilidades a serem desenvolvidas pelos gestores, tendo em vista questões subjetivas 
das organizações, como a interioridade, o prazer, o conhecimento e o poder. 
 
TEMA 11 
 
Os técnicos do DIEESE somam o desemprego aberto (de quem procura emprego e não 
executou nenhum tipo de atividade remunerada na semana anterior à entrevista), o 
desemprego oculto pelo trabalho precário (de quem fez algum trabalho temporário na semana 
anterior à pesquisa e procurou emprego) e o desemprego oculto pelo desalento (de quem 
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desistiu temporariamente de procurar trabalho) para chegar a uma taxa de desemprego total, 
que em maio de 2003 foi de 20,6%. 
Economia. In: O Globo, 13/7/2003, p. 36 (com adaptações). 
 
Foi justamente a contradição entre o crescimento econômico e a distribuição de riqueza 
que levou a Organização das Nações Unidas a adotar o conceito de desenvolvimento humano 
em 1990. Antes, o método de avaliar o progresso de um país exclusivamente pelo 
crescimento de seu PIB per capita ocultava distorções cruciais, como a má distribuição de 
riqueza interna. 
IstoÉ, 16/7/2003 (com adaptações). 
 
Considerando que as idéias apresentadas nos fragmentos dos textos acima têm caráter 
unicamente motivador, redija um texto dissertativo, posicionando-se acerca do seguinte 
tema: 
 
País desenvolvido: equilíbrio entre trabalho e distribuição e renda. 
 
 
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