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Direito do Trabalho - Renúncia e Transação

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Direito do Trabalho - TST 
Teoria e Questões 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá pessoal! 
Estamos nas últimas aulas de nosso curso 
Iniciarei a aula falando sobre a renúncia e a transação no direito do trabalho, 
uma vez que irei aprofundar o tema. 
Comentarei, novamente, a questão discursiva destacando a diferença entre 
empreitada e locação de serviços, uma vez que alguns alunos estão com 
dúvidas em relação ao tema. 
Vamos ao estudo de nossa aula de hoje! 
Questão discursiva de empreitada: A pessoalidade não é inerente ao 
contrato de empreitada. 
Questão discursiva: (CESPE – OAB/RJ – 36º Exame de Ordem)
No que diz respeito ao contrato individual de trabalho, distingua a 
subempreitada da locação de mão-de-obra, conceituando cada um 
desses contratos e apresentando suas características. 
Comentários: O jurista Maurício Godinho Delgado afirma que a locação 
de serviços tem origem na locatio operarum do direito romano, sendo 
um contrato cujo objeto é uma prestação de fazer, prestação de 
serviços, não há obra objetivada. 
Ressalta que na locação de serviços não há subordinação, mas há 
autonomia por parte do prestador em um contrato de locação de 
serviços e os riscos do resultado são do contratante do serviço e não de 
seu prestador. 
Já o contrato de empreitada objetiva o resultado específico e delimitado 
de um serviço, ou seja, uma obra. 
Há autonomia do prestador de serviços. Portanto, assemelha-se à 
locatio operis do direito romano. Assim, o contrato de trabalho 
diferencia-se da locação de serviços (locatio operarum), uma vez que na 
locação de serviços há autonomia, não havendo subordinação entre o 
locador dos serviços e o prestador do mesmo. O objeto contratado na 
locação de serviços é um atividade específica, sem objetivar um 
resultado. 
No contrato de trabalho há subordinação jurídica entre o empregado e o 
empregador, o primeiro não tem autonomia na prestação dos seus 
serviços. 
 
Direito do Trabalho - TST 
Teoria e Questões 
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A empreitada distingue-se da locação de serviços por ser um contrato 
de resultado, ou seja, objetiva-se uma obra específica. Já na locação de 
serviços há um contrato de atividade, independentemente do resultado 
a ser alcançado. 
Em relação ao contrato de trabalho a empreitada diferencia-se pelo fato 
de que o empreiteiro não é subordinado ao tomador de seus serviços, 
há autonomia na prestação de seus serviços. O tomador dos serviços 
não detém o poder de direção, ínsito ao contrato de trabalho, em 
relação ao empreiteiro. 
“Na subempreitada, quem se comprometeu a efetuar certa obra a 
repassa a alguém para que este a execute parcial ou totalmente” 
(Valentim Carrion). 
A CLT trata da subempreitada no art. 455 e a doutrina majoritária 
entende que há responsabilidade subsidiária entre o empreiteiro 
principal e o subempreiteiro. 
 Art. 455 da CLT - Nos contratos de subempreitada responderá 
o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de 
trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o 
direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo 
inadimplemento daquelas obrigações por parte do 
primeiro. Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica 
ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o 
subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, 
para a garantia das obrigações previstas neste artigo. 
Trata-se de responsabilidade subsidiária do empreiteiro principal, 
cabendo a obrigação principal ao verdadeiro empregador, o 
subempreiteiro. A responsabilidade do empreiteiro sendo subsidiária, 
caso o empregado não receba as verbas trabalhistas do subempreiteiro 
poderá ajuizar ação trabalhista em face do empreiteiro principal. 
As explicações que constaram na aula passada foram acima expostas. 
Destacarei em vermelho as novas explicações com a finalidade de dirimir as 
dúvidas existentes. 
A locação de serviços tem por objeto uma prestação de fazer encarada 
como resultado, não se pactua uma obra, mas o trabalho propriamente dito. 
Como exemplo, podemos citar os serviços de transporte, de atividade contábil, 
etc. 
 
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Na concretização do serviço pactuado é fundamental que não haja 
subordinação. Já na empreitada as partes pactuam a elaboração de 
determinada obra pelo prestador em benefício do tomador mediante 
remuneração. 
Na empreitada o objeto do contrato é um resultado específico e 
delimitado (uma obra). 
Passaremos, agora, para a aula 07. 
Aula 07: Da segurança e medicina no trabalho: da CIPA; das atividades 
insalubres ou perigosas. Da proteção ao trabalho do menor. Da proteção ao 
trabalho da mulher; da estabilidade da gestante; da licença-maternidade. 
7.1. Da segurança e medicina no trabalho: da CIPA; das 
atividades insalubres ou perigosas. 
As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério 
do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em 
segurança e em medicina do trabalho. 
As normas estabelecerão: 
1 Classificação das empresas segundo o número mínimo de empregados e 
a natureza do risco de suas atividades; 
2 A qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime 
de trabalho; 
3 As demais características e atribuições dos serviços especializados em 
segurança e em medicina do trabalho, nas empresas. 
Este tema é abordado seguindo a literalidade dos artigos da CLT, 
conforme vocês poderão observar: 
Art. 155 da CLT Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em 
matéria de segurança e medicina do trabalho: 
I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a 
aplicação dos preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no 
art. 200; 
II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as 
demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do 
trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de 
Prevenção de Acidentes do Trabalho; 
 
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III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de 
ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, 
em matéria de segurança e medicina do trabalho. 
Art. 156 da CLT Compete especialmente às Delegacias Regionais do 
Trabalho, nos limites de sua jurisdição: 
I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e 
medicina do trabalho; 
II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das 
disposições deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em 
qualquer local de trabalho, se façam necessárias; 
III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas 
constantes deste Capítulo, nos termos do art. 201. 
Art. 157 da CLT Cabe às empresas: 
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do 
trabalho; 
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às 
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou 
doenças ocupacionais; 
III - adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional 
competente; 
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. 
Art. 158 da CLT Cabe aos empregados: 
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive 
as instruções de que trata o item II do artigo anterior; 
II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste 
Capítulo. 
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa 
injustificada:a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do 
item II do artigo anterior; 
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela 
empresa. 
 
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Art. 159 da CLT Mediante convênio autorizado pelo Ministério do 
Trabalho, poderão ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou 
municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto 
ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo. 
CIPA: O art. 163 da CLT estabelece a obrigatoriedade de constituição da 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) de acordo com 
instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. 
Art. 163 da CLT Será obrigatória a constituição de Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA -, de conformidade com 
instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos 
ou locais de obra nelas especificadas. 
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as 
atribuições, a composição e o funcionamento das CIPAs. 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) será composta de 
representantes da empresa e dos empregados, os primeiros são designados 
pelo empregador e os representantes de empregados titulares e suplentes são 
eleitos em escrutínio secreto. 
O mandato dos membros eleitos da CIPA será de um ano, sendo 
permitida uma reeleição, o presidente da CIPA será escolhido pelo empregador 
e o vice-presidente eleito pelos empregados. 
Art. 164 da CLT Cada CIPA será composta de representantes da 
empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a 
ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do 
artigo anterior. 
§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, 
serão por eles designados. 
§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão 
eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente 
de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. 
 § 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 
(um) ano, permitida uma reeleição. 
§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro 
suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da 
metade do número da reuniões da CIPA. 
§ 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus 
representantes, o Presidente da CIPA, e os empregados elegerão, 
dentre eles, o Vice-Presidente. 
 
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Os representantes dos empregados titulares ou suplentes terão 
estabilidade provisória prevista no art. 10, II, ”a”do ADCT. Ao passo que os 
representantes indicados pelos empregadores não farão jus a esta 
estabilidade. 
Art. 165 da CLT Os titulares da representação dos empregados nas 
ClPAs não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal 
a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou 
financeiro. Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao 
empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar 
a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob 
pena de ser condenado a reintegrar o empregado. 
Súmula 339 do TST I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego 
prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição 
Federal de 1988. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui 
vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, 
que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o 
estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a 
reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. 
Das Atividades Insalubres: 
De acordo, com o art. 189 da CLT, serão consideradas atividades ou 
operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de 
trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos 
limites de tolerância, fixados em razão da natureza e da intensidade do agente 
e do tempo de exposição aos seus efeitos. 
O trabalho exercido em condições insalubres, acima dos limites de 
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de 
adicional respectivamente de: 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por 
cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se 
classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo (art.192 da CLT). 
Em que pese o fato de o art. 193 da CLT dispor que o adicional de 
insalubridade será calculado sobre o salário mínimo, o STF através da edição 
da Súmula vinculante 04 estabeleceu a impossibilidade de que tal cálculo seja 
com base no salário mínimo. 
SÚMULA VINCULANTE 04 STF Salvo os casos previstos na Constituição 
Federal, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de 
cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser 
substituído por decisão judicial. 
 
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Para que ocorra a classificação da atividade como insalubre não bastará 
a constatação da perícia de que o ambiente de trabalho seja insalubre, 
devendo a atividade estar classificada como insalubre pelo Ministério do 
Trabalho. 
O Ministério do Trabalho aprovará o quadro de atividades ou operações 
insalubres, conforme estabelece o art. 190 da CLT. 
Art. 190 da CLT O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das 
atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de 
caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes 
agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do 
empregado a esses agentes. 
 Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de 
proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem 
aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos. 
O art. 191 da CLT e a Súmula 80 do TST tratam da eliminação ou 
neutralização das atividades e as respectivas conseqüências disto, observem: 
Art. 191 da CLT A eliminação ou a neutralização da insalubridade 
ocorrerá: 
 I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho 
dentro dos limites de tolerância; 
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao 
trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites 
de tolerância. 
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, 
comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos 
para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. 
Súmula 80 INSALUBRIDADE A eliminação da insalubridade mediante 
fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do 
Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. 
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o 
exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as 
medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as 
quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado (Súmula 
289 do TST). 
 
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O art. 158 da CLT considera como ato faltoso do empregado a recusa 
injustificada em usar os equipamentos de proteção individual fornecidos pelo 
empregador. 
O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, 
não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo 
adicional. 
A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições 
nocivas, considerado agente insalubrediverso do apontado na inicial, não 
prejudica o pedido de adicional de insalubridade. 
Em relação ao lixo urbano, há a Orientação Jurisprudencial 04 da SDI-1 
do TST que não considera a limpeza em residências e escritórios como 
atividades insalubres. 
OJ 04 da SDI-1 do TST I - Não basta a constatação da insalubridade por 
meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo 
adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação 
oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e 
escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades 
insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram 
dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. 
São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da 
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua 
natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com 
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. 
É oportuno lembrar que segundo Orientação Jurisprudencial do TST, os 
empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de 
periculosidade. 
O empregado que trabalhe em condições perigosas terá direito ao 
recebimento de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os 
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros 
da empresa. 
Quando forem devidos ao empregado os adicionais de periculosidade e o 
de insalubridade, ele poderá optar pelo adicional de insalubridade que 
porventura lhe seja devido. 
Art. 194 da CLT O direito do empregado ao adicional de 
insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à 
sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas 
expedidas pelo Ministério do Trabalho. 
 
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A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, 
segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a 
cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no 
Ministério do Trabalho. 
 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais 
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em 
estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou 
delimitar as atividades insalubres ou perigosas. 
Quando for argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por 
empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz 
designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, 
requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. 
A ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho e a realização ex officio da 
perícia não serão prejudicadas, pela designação de perito pelo juízo e nem 
pela realização da perícia acima mencionada. 
Art. 196 da CLT Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho 
em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a 
contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros 
aprovados pelo Ministério do Trabalho, respeitadas as normas do art. 
11. 
Art. 197 da CLT Os materiais e substâncias empregados, 
manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando 
perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua 
composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo 
correspondente, segundo a padronização internacional. 
 Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades 
previstas neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidos, 
avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e 
substâncias perigosos ou nocivos à saúde. 
Insalubridade: Súmula e OJ 
 
SÚMULA VINCULANTE 04 STF Salvo os casos previstos na 
Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado como 
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de 
empregado, nem ser substituído por decisão judicial. 
 
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Com a edição desta Súmula Vinculante pelo STF, o TST alterou a Súmula 
228 em 2008, estabelecendo que a partir de Maio de 2008 o adicional de 
insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo quando houver 
instrumento mais vantajoso fixado em norma coletiva. 
 
Vou tecer uma linha do tempo em relação aos dispositivos legais e 
entendimentos jurisprudenciais que acabaram por dar ensejo à alteração da 
Súmula 228 do TST, que trata da base de cálculo do adicional de insalubridade. 
A redação original da Súmula 228 do TST, estabelecida pela resolução 
14/1985 estabelecia que o adicional de insalubridade incidiria, sobre o salário 
mínimo. Em 2003, a resolução 121 alterou a redação original passando a 
ressalvar as hipóteses previstas na Súmula 17 do TST que foi cancelada. 
O STF suspendeu a aplicação de parte da súmula 228 quando ela permite que o 
adicional de insalubridade seja calculado sobre o salário básico (DJE de 05 de 
agosto de 2009). 
 
Para que ocorra a classificação da atividade como insalubre não bastará 
a constatação da perícia de que o ambiente de trabalho é insalubre, devendo a 
atividade estar classificada como insalubre pelo Ministério do Trabalho. O 
Ministério do Trabalho aprovará o quadro de atividades ou operações 
insalubres, conforme estabelece o art. 190 da CLT. 
Art. 190 da CLT O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das 
atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de 
caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes 
agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do 
empregado a esses agentes. 
Súmula 80 do TST A eliminação da insalubridade mediante 
fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão 
competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo 
adicional. 
Súmula 228 do TST A partir de 09 de maio de 2008, data da 
publicação da Súmula Vinculante nº 04 do Supremo Tribunal Federal, o 
adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo 
critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo.
 
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 Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de 
proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem 
aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos. 
O art. 191 da CLT e a Súmula 80 do TST tratam da eliminação ou 
neutralização das atividades e as respectivas conseqüências disto, observem: 
Art. 191 da CLT A eliminação ou a neutralização da insalubridade 
ocorrerá: 
 I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho 
dentro dos limites de tolerância; 
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao 
trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites 
de tolerância. 
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, 
comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos 
para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. 
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o 
exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as 
medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as 
quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado (Súmula 
289 do TST). 
 
O art. 158 da CLT considera como ato faltoso do empregado a recusa 
injustificada em usar os equipamentos de proteção individual fornecidos pelo 
empregador. 
O trabalhoexecutado em condições insalubres, em caráter intermitente, 
não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo 
adicional. 
A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições 
nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não 
prejudica o pedido de adicional de insalubridade. 
Súmula 289 do TST O simples fornecimento do aparelho de proteção 
pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de 
insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição 
ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo 
do equipamento pelo empregado. 
 
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Em relação ao lixo urbano, há a Orientação Jurisprudencial 04 da SDI-1 
do TST que não considera a limpeza em residências e escritórios como 
atividades insalubres. 
 
Quando o empregado submetido ao trabalho em condições insalubres 
prestar horas extraordinárias, o cálculo das horas extraordinárias levará em 
conta o valor do adicional de insalubridade (OJ 47 da SDI-1 do TST) 
 
Mesmo que o trabalho seja executado de forma intermitente em 
condições insalubres o adicional de insalubridade será devido porque o 
empregado fica exposto aos agentes insalutíferos. 
 
O adicional de insalubridade pago com habitualidade integrará o aviso 
prévio indenizado, o 13º salário e a indenização (Súmula 139 do TST). 
 
Quando não for habitual integrará as férias (art. 142, parágrafo 5º da 
CLT) e o FGTS (art. 15 da Lei 8.036/90). Ele não integrará o repouso semanal 
remunerado porque o pagamento é mensal, estando esta verba já incluída 
(art. 7º, parágrafo 2º da Lei 605/49). 
OJ 47 da SDI-1 do TST A base de cálculo da hora extra é o resultado 
da soma do salário contratual mais o adicional de insalubridade.
Súmula 139 do TST Enquanto percebido, o adicional de insalubridade 
integra a remuneração para todos os efeitos legais. 
Súmula 47 INSALUBRIDADE O trabalho executado em condições 
insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa 
circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. 
OJ 04 da SDI-1 do TST I - Não basta a constatação da insalubridade 
por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao 
respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade 
insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. 
II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo 
não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que 
constatadas por laudo pericial, porque não se encontram dentre as 
classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. 
 
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Neste sentido a OJ 103 da SDI-1 do TST. 
A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, 
segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a 
cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no 
Ministério do Trabalho. 
 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais 
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em 
estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou 
delimitar as atividades insalubres ou perigosas. 
Quando for argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por 
empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz 
designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, 
requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. 
A ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho e a realização ex officio da 
perícia não serão prejudicadas pela designação de perito pelo juízo e nem pela 
realização da perícia acima mencionada. 
Art. 196 da CLT Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho 
em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a 
contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros 
aprovados pelo Ministério do Trabalho, respeitadas as normas do art. 
11. 
Art. 197 da CLT Os materiais e substâncias empregados, 
manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando 
perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua 
composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo 
correspondente, segundo a padronização internacional. 
 Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades 
previstas neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidos, 
avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e 
substâncias perigosos ou nocivos à saúde. 
OJ 103 da SDI-1 do TST O adicional de insalubridade já remunera os 
dias de repouso semanal e feriados. 
 
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Esta Súmula (293) refere-se mais ao tema Provas no Processo do 
Trabalho, mas considerei importante abordá-la aqui. 
O Juiz prestará a tutela jurisdicional quando a parte a requerer e 
decidirá o conflito de interesses entre as partes nos limites em que ela foi 
proposta, ou seja, ele deverá decidir com base no que foi pedido pelo autor. 
Acontece que o empregado submetido a agente insalubre não possui o 
conhecimento técnico para saber qual agente insalubre lhe faz mal. 
Portanto quando ele aponta determinado agente na petição inicial e o 
perito constata outro agente insalubre que por ele não foi apontado, ele fará 
jus ao adicional de insalubridade. 
Há também em relação ao tema a OJ 278 da SDI-1 do TST que 
estabelece a obrigatoriedade de perícia para verificação da insalubridade. 
Os estabelecimentos comerciais, para iniciar as suas atividades, deverá 
ser inspecionado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, conforme estabelece 
o art. 160 da CLT. 
Art. 160 da CLT Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas 
atividades sem prévia inspeção e aprovação das respectivas 
instalações pela autoridade regional competente em matéria de 
segurança e medicina do trabalho. 
§ 1º - Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação 
substancial nas instalações, inclusive equipamentos, que a empresa 
fica obrigada a comunicar, prontamente, à Delegacia Regional do 
Trabalho. 
OJ 278 da SDI-1 do TST A realização de perícia é obrigatória para a 
verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, 
como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-
se de outros meios de prova. 
Súmula 293 do TST A verificação mediante perícia de prestação de 
serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso 
do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de 
insalubridade. 
 
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§ 2º - É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela 
Delegacia Regional do Trabalho, dos projetos de construção e 
respectivas instalações. 
Quando determinada atividade for descaracterizada como insalubre por 
ato de autoridade competente, o empregado não terá direito adquirido ao 
adicional de insalubridade, portanto cessará o seu pagamento (Súmula 248 do 
TST). 
 
A caracterização da insalubridade poderá ser elaborada por médico ou 
engenheiro segundo a orientação jurisprudencial 165 da SDI-1 do TST. 
OJ-SDI1-406. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. 
CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA 
DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) 
O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por meraliberalidade da 
empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou 
em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização 
da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a 
existência do trabalho em condições perigosas. 
Das Atividades Perigosas: São consideradas atividades ou operações 
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do 
Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, 
impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em 
condições de risco acentuado. 
OJ 165 da SDI-1 do TST O art. 195 da CLT não faz qualquer 
distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e 
classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a 
elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.
Súmula 248 do TST A reclassificação ou a descaracterização da 
insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na 
satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao 
princípio da irredutibilidade salarial. 
 
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É oportuno lembrar que segundo Orientação Jurisprudencial do TST, os 
empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de 
periculosidade. 
Os empregados que trabalhem com instalações e reparos de linhas de 
telefonia são chamados de “cabistas” e farão jus ao adicional de 
periculosidade. 
Os empregados que trabalhem com radiação ionizante também farão jus 
ao adicional de insalubridade (OJ 345). 
O empregado que trabalhe em condições perigosas terá direito ao 
recebimento de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os 
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros 
da empresa. 
Quando forem devidos ao empregado os adicionais de periculosidade e o 
de insalubridade, ele poderá optar pelo adicional de insalubridade que 
porventura lhe seja devido. 
Art. 194 da CLT O direito do empregado ao adicional de 
insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à 
sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas 
expedidas pelo Ministério do Trabalho. 
 
Quando há pagamento habitual do adicional de periculosidade ele 
integrará o cálculo da indenização do art. 477 da CLT. 
O empregado quando está de sobreaviso está fora do local de trabalho 
sujeito às condições perigosas, portanto está afastado da área de risco e não 
fará jus ao recebimento do adicional de periculosidade. 
O empregado deverá estar permanentemente ou de forma intermitente 
exposto à área de risco para fazer jus ao adicional de periculosidade (Súmula 
364 do TST). 
Quando a exposição do empregado ao risco ocorrer de forma 
intermitente será possível o recebimento do adicional de forma proporcional às 
horas de exposição ao risco, desde que tal fato esteja pactuado em norma 
coletiva. 
Periculosidade: Súmulas e OJ 
 
Súmula 39 do TST Os empregados que operam em bomba de 
gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 
15.08.1955). 
 
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Os empregados que trabalhem com instalações e reparos de linhas de 
telefonia são chamados de “cabistas” e farão jus ao adicional de 
periculosidade. 
Os empregados que trabalhem com radiação ionizante também farão jus 
ao adicional de insalubridade (OJ 345). 
O empregado que trabalhe em condições perigosas terá direito ao 
recebimento de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os 
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros 
da empresa. 
Súmula 70 do TST O adicional de periculosidade não incide sobre os 
triênios pagos pela Petrobras. 
OJ 279 da SDI-1 do TST O adicional de periculosidade dos 
eletricitários deverá ser calculado sobre o conjunto de parcelas de 
natureza salarial. 
Súmula 191 do O adicional de periculosidade incide apenas sobre o 
salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em 
relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade 
deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza 
salarial. 
OJ 345 da SDI-1 do TST A exposição do empregado à radiação 
ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de 
periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do 
Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 
07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena 
eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida 
no art. 200, caput, e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 
06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do 
Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade.
OJ 347 da SDI-1 do TST É devido o adicional de periculosidade aos 
empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos 
de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, 
fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho 
exercido em contato com sistema elétrico de potência. 
 
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Quando forem devidos ao empregado os adicionais de periculosidade e o de 
insalubridade, ele poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura 
lhe seja devido. 
Art. 194 da CLT O direito do empregado ao adicional de 
insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à 
sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas 
expedidas pelo Ministério do Trabalho. 
 
 
Quando há pagamento habitual do adicional de periculosidade ele 
integrará o cálculo da indenização do art. 477 da CLT. 
O empregado quando está de sobreaviso está fora do local de trabalho 
sujeito às condições perigosas, portanto está afastado da área de risco e não 
fará jus ao recebimento do adicional de periculosidade. 
Atenção: Alterada a redação do inciso II da Súmula 364 e cancelado o inciso 
I, passando a ter a seguinte redação: 
 
A princípio parece haver uma incongruência entre a Súmula 361 e 364 
do TST, segundo o jurista Sérgio Pinto Martins. 
Observem: “A orientação estabelecida na Súmula 364 do TST acaba 
sendo contraditória com a Súmula 361 do TST”. 
Súmula 361 do TST O trabalho exercido em condições perigosas, 
embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o 
adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, 
de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em 
relação ao seu pagamento. 
Súmula 364 do TST Tem direito ao adicional de periculosidade o 
empregado exposto permanentemente, ou que de forma intermitente 
sujeita-se às condições de risco. Indevido, apenas quando o contato 
dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito ou que sendo 
habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. 
Súmula 132 do TST I - O adicional de periculosidade, pago em 
caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas 
extras. II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se 
encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a 
integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. 
 
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Não se estabeleceu o que o que vem a ser tempo extremamente 
reduzido na Súmula 361 do TST. “Interposição intermitente é a descontínua”. 
O art. 193 da CLT exige que o contato com o elementoperigoso seja 
permanente, ou seja, diário. Se o contato for habitual ou diário, mesmo que 
por tempo reduzido deveria conferir o adicional de periculosidade. No entanto, 
o TST entende de outra forma. 
7.2. Da proteção ao trabalho do menor: 
As principais normas referentes ao trabalho do menor, abordadas em 
provas, estão contidas nos artigos 402 /440 da CLT, vejamos: 
¾ O trabalho do menor será desenvolvido a partir de 16 anos (art. 7º 
XXXIII da CF/88), salvo se o menor for aprendiz quando a idade inicial 
será de 14 anos. 
¾ O trabalho do menor reger-se-á pelas disposições do presente Capítulo, 
exceto no serviço em oficinas em que trabalhem exclusivamente 
pessoas da família do menor e esteja este sob a direção do pai, mãe ou 
tutor, observado, entretanto, o disposto nos artigos 404, 405 e na Seção 
II. 
¾ É proibido qualquer trabalho aos menores de dezesseis anos de idade, 
salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. 
¾ O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à 
sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e 
em horários e locais que não permitam a freqüência à escola. 
¾ Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, 
considerado este o que for executado no período compreendido entre as 
22 (vinte e duas) e as 05 (cinco) horas. 
Atenção: O Estado proíbe o trabalho do menor nos casos: 
a) serviços noturnos (art. 404, CLT); 
b) locais insalubres, perigosos ou prejudiciais a sua moralidade (art. 405); 
c) trabalho em ruas, praças e logradouros públicos, salvo mediante prévia 
autorização do Juiz de Menores, que verificará se o menor é arrimo de família 
e se a ocupação não prejudicará sua formação moral (art. 405, § 2º). 
 
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Ao empregador é vedado utilizar o menor em atividades que demandem o 
emprego de força física muscular superior a 20 ou 25 quilos, conforme a 
natureza contínua ou descontínua do trabalho, com exceção se a força 
utilizada for mecânica ou não diretamente aplicada. 
A duração da jornada de trabalho do menor não sofre limitações: submete-
se aos mesmos princípios gerais, sendo, portanto, no máximo de 8 horas 
diárias ou 44 horas semanais (art. 411, CLT c.c. 7º, XIII, CF/88). 
A prorrogação da jornada diária de trabalho ao menor é vedada. O artigo 
414 da CLT estabelece que o menor de 18 anos empregado que trabalhar em 
mais de um estabelecimento, as horas de trabalho de cada um, serão 
totalizadas. Isto porque ao contratar um segundo emprego o menor não 
poderá cumprir número de horas a não ser aquelas disponíveis para completar 
as oito horas diárias. 
O empregador é obrigado a conceder ao menor o tempo necessário 
para a freqüência às aulas (CLT, art. 427). 
Ao menor é assegurado o salário mínimo integral, bem como, se for o 
caso, o salário profissional. 
As férias dos empregados menores submetem-se às mesmas regras 
do adulto, mas não poderão ser concedidas fracionadamente (art. 
134, § 2º, CLT). 
7.3. Da proteção ao trabalho da mulher: 
A CLT possui normas especiais de proteção do trabalho da mulher 
devido às condições fisiológicas, como a gravidez e a lactação, como a menor 
força física entre outros. 
A Constituição Federal prevê igualdade formal entre homens e mulheres, 
ou seja, a igualdade perante a lei. Porém, deve-se buscar a igualdade material 
ou substancial. 
O intérprete da lei deverá desigualar os desiguais. Assim, determinadas 
normas jurídicas não afrontam o Princípio da Isonomia, previsto no art. 7º da 
CRFB/88. 
A Constituição Federal assegura à mulher os seguintes direitos: 
a) licença-maternidade sem prejuízo do emprego e do salário com a duração 
de 120 dias; 
b) proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos 
específicos, nos termos da lei; 
c) proibição de diferença de salário de exercício de função e de critérios de 
admissão por motivos de sexo; 
 
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d) garantia de emprego à mulher gestante desde a confirmação da gravidez 
até cinco meses após o parto; 
e) condições para que a presidiária permaneça com os seus filhos durante o 
período de amamentação. 
Art. 7º da CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com 
a duração de cento e vinte dias; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos 
específicos, nos termos da lei; 
 Regras especiais para o trabalho da mulher: 
¾ A mulher tem que ter um período de descanso de 15 minutos antes de 
prestar o trabalho extraordinário. 
¾ Caso a mulher trabalhe aos domingos deverá ter uma escala de 
revezamento quinzenal que garanta no mínimo a cada 15 dias o repouso 
aos domingos. 
¾ É vedado exigir que a mulher empregue força muscular superior a 20 
quilos em trabalho contínuo ou 25 quilos para o trabalho ocasional. Caso 
a remoção ocorra por impulso ou tração esta vedação não existirá. 
¾ Em relação aos locais de trabalho o empregador será obrigado: 
a) a adotar medidas como higienização, ventilação, iluminação e outros 
concernentes à segurança e ao conforto das mulheres; 
b) instalar bebedouros, aparelhos sanitários lavatórios cadeiras ou bancos 
suficientes que permitam às mulheres trabalharem sem grande 
esgotamento físico; 
c) instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, 
exceto os estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades 
afins, em que não seja exigida a troca de roupa, e outros a critério da 
autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho. 
 
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Em resumo: 
A empregada gestante tem direito á licença-maternidade de 120 dias, 
sem prejuízo do emprego e do salário. 
O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda 
mensal igual à sua remuneração integral. 
A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu 
empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá 
ocorrer entre o 28o dia antes do parto e a ocorrência deste. 
Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 dias 
previstos na Lei. 
O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será 
determinado com base em atestado médico ou certidão de nascimento 
do filho. 
Normas da CLT aplicadas ao Trabalho da Mulher: 
Art. 372 - Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis 
ao trabalho feminino, naquilo em que não colidirem com a proteção 
especial instituída por este Capítulo. 
Parágrafo único - Não é regido pelos dispositivos a que se refere 
este artigo o trabalho nas oficinas em que sirvam exclusivamente 
pessoas da família da mulher e esteja esta sob a direção do esposo, do 
pai, da mãe, do tutor ou do filho. 
Art. 373 - A duração normal de trabalho da mulher será de 08 (oito) 
horas diárias, exceto nos casos para os quais for fixada duração inferior. 
Art. 373-A - Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as 
distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e 
certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: 
I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja 
referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a 
natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o 
exigir; 
II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em 
razão de sexo, idade, cor, situação familiarou estado de gravidez, salvo 
quando a natureza da atividade seja notória e publicamente 
incompatível; 
III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável 
determinante para fins de remuneração, formação profissional e 
oportunidades de ascensão profissional; 
 
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IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação 
de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; 
V – impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de 
inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão 
de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; 
VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas 
empregadas ou funcionárias. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo não obsta a adoção de 
medidas temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de 
igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a 
corrigir as distorções que afetam a formação profissional, o acesso ao 
emprego e as condições gerais de trabalho da mulher. 
Art. 377 - A adoção de medidas de proteção ao trabalho das mulheres é 
considerada de ordem pública, não justificando, em hipótese alguma, a 
redução de salário. 
Art. 381 - O trabalho noturno das mulheres terá salário superior ao 
diurno. 
§ 1º - Para os fins desse artigo, os salários serão acrescidos de uma 
percentagem adicional de 20% (vinte por cento) no mínimo. 
§ 2º - Cada hora do período noturno de trabalho das mulheres terá 52 
(cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 
Art. 382 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho, haverá um intervalo de 
11(onze) horas consecutivas, no mínimo, destinado ao repouso. 
Art. 383 - Durante a jornada de trabalho, será concedido à empregada 
um período para refeição e repouso não inferior a 1(uma) hora nem 
superior a 2 (duas) horas salvo a hipótese prevista no art. 71, § 3º. 
Art. 384 - Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório 
um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do 
período extraordinário do trabalho. 
Art. 385 - O descanso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas 
consecutivas e coincidirá no todo ou em parte com o domingo, salvo 
motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviço, a 
juízo da autoridade competente, na forma das disposições gerais, caso 
em que recairá em outro dia. 
 
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Parágrafo único - Observar-se-ão, igualmente, os preceitos da 
legislação geral sobre a proibição de trabalho nos feriados civis e 
religiosos. 
Art. 386 - Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala 
de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical. 
Art. 388 Em virtude de exame e parecer da autoridade competente, o 
Ministro do Trabalho e da Administração poderá estabelecer derrogações 
totais ou parciais às proibições a que alude o artigo anterior, quando 
tiver desaparecido, nos serviços considerados perigosos ou insalubres, 
todo e qualquer caráter perigoso ou prejudicial mediante a aplicação de 
novos métodos de trabalho ou pelo emprego de medidas de ordem 
preventiva. 
Art. 389 - Toda empresa é obrigada: 
I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes à 
higienização dos métodos e locais de trabalho, tais como ventilação e 
iluminação e outros que se fizerem necessários à segurança e ao 
conforto das mulheres, a critério da autoridade competente; 
II - a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos sanitários; dispor 
de cadeiras ou bancos, em número suficiente, que permitam às 
mulheres trabalhar sem grande esgotamento físico; 
III - a instalar vestiários com armários individuais privativos das 
mulheres, exceto os estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e 
atividades afins, em que não seja exigida a troca de roupa e outros, a 
critério da autoridade competente em matéria de segurança e higiene do 
trabalho, admitindo-se como suficientes as gavetas ou escaninhos, onde 
possam as empregadas guardar seus pertences; 
IV - a fornecer, gratuitamente, a juízo da autoridade competente, 
os recursos de proteção individual, tais como óculos, máscaras, luvas e 
roupas especiais, para a defesa dos olhos, do aparelho respiratório e da 
pele, de acordo com a natureza do trabalho. 
§ 1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos30 
(trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local 
apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e 
assistência os seus filhos no período da amamentação. 
§2º - A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio de creches 
distritais mantidas, diretamente ou mediante convênios, com outras 
entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime 
comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades 
sindicais. 
 
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Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que 
demande o emprego de força muscular superiora 20 (vinte) quilos para 
o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho 
ocasional. 
Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste 
artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes 
sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. 
Art. 390-B - As vagas dos cursos de formação de mão-de-obra, 
ministrados por instituições governamentais, pelos próprios 
empregadores ou por qualquer órgão de ensino profissionalizante, serão 
oferecidas aos empregados de ambos os sexos. 
Art. 390-C - As empresas com mais de cem empregados, de ambos os 
sexos, deverão manter programas especiais de incentivos e 
aperfeiçoamento profissional da mão-de-obra. 
Art. 390-E - A pessoa jurídica poderá associar-se a entidade deformação 
profissional, sociedades civis, sociedades cooperativas, órgãos e 
entidades públicas ou entidades sindicais, bem como firmar convênios 
para o desenvolvimento de ações conjuntas, visando à execução de 
projetos relativos ao incentivo ao trabalho da mulher. 
Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de 
trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de 
encontrar-se em estado de gravidez. 
Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos de 
qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, 
restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de 
casamento ou de gravidez. 
Art. 392 - A empregada gestante tem direito à licença maternidade 
de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. 
§ 1º - A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu 
empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá 
ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência 
deste. 
§ 2º - Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser 
aumentados de 2 (duas) semanas cada um,mediante atestado médico. 
§ 3º - Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 
(cento e vinte) dias previstos neste artigo. 
 
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§ 4º - É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do 
salário e demais direitos: 
I - transferência de função, quando as condições de saúde o 
exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, 
logo após o retorno ao trabalho; 
 II -dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a 
realizaçãode,no mínimo, seis consultas médicas e demais exames 
complementares. 
Art. 393 - Durante o período a que se refere o art. 392, a mulher terá 
direito ao salário integral e, quando variável,calculado de acordo com a 
média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem como aos direitos e 
vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à função que 
anteriormente ocupava. 
Art. 394 - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado 
romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, 
desde que este seja prejudicial à gestação. 
Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado 
médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) 
semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que 
ocupava antes de seu afastamento. 
Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 
(seis) meses de idade, a mulher terá direito,durante a jornada de 
trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. 
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 06 
(seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. 
Art. 397 - O SESI, o SESC, a LBA e outras entidades públicas destinadas 
à assistência à infância manterão ou subvencionarão, de acordo com 
suas possibilidades financeiras, escolas maternais e jardins de infância, 
distribuídos nas zonas de maior densidade de trabalhadores, destinados 
especialmente aos filhos das mulheres empregadas. 
Art. 399 - O Ministro do Trabalho e da Administração conferirá diploma 
de benemerência aos empregadores que se distinguirem pela 
organização e manutenção de creches e de instituições de proteção aos 
menores em idade pré escolar, desde que tais serviços se recomendem 
por sua generosidade e pela eficiência das respectivas instalações. 
 
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Art. 400 - Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante 
o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, 
uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação 
sanitária. 
7.4. Da estabilidade da gestante e da licença-maternidade: 
A empregada gestante tem assegurado pela Constituição Federal uma 
licença de 120 dias sem prejuízo do emprego e do salário, sendo inclusive 
vedada a sua dispensa arbitrária ou sem justa causa. 
Faz jus, ainda a uma estabilidade provisória desde a confirmação da 
gravidez até cinco meses após o parto. 
Atenção: Gestante (art. 10, II, b da ADCT CF/88). 
O art. 10, II, b da ADCT estabelece que até que seja promulgada lei 
complementar, fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da 
empregada gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o 
parto. 
A teoria da responsabilidade objetiva considera que o importante é a 
confirmação da gravidez para a empregada e não para o empregador. Neste 
sentido o inciso I da Súmula 244 do TST. 
O inciso II da Súmula 244 estabelece que durante o período de garantia 
de emprego a empregada tem direito de ser reintegrada. Terminada esta 
garantia ela terá direito à indenização (salários e demais direitos 
correspondente ao período da estabilidade). E, por fim o inciso III não 
assegura estabilidade durante o contrato de experiência, por ser contrato de 
prazo determinado. 
O termo final dos contratos de prazo determinado não se protrai em 
virtude da aquisição da estabilidade porque o que a estabilidade impede é a 
despedida imotivada. Neste sentido a Súmula 244 do TST! 
 
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Sem prejuízo do salário é garantido á empregada durante a 
gravidez: 
a) mudar de função caso por questões de saúde a gravidez exija; 
b) o direito de ausenta-se para seis consultas médicas e demais exames 
complementares; 
c) dois intervalos de meia hora para amamentação (art. 396 da CLT); 
d) as empresas onde trabalhem pelo menos 30 mulheres o empregador 
deverá ter creches. Porém tal exigência será suprida por convênios com Sesi, 
Sesc e etc. O pagamento de reembolso creche também supre a exigência de 
instalação de creche; 
e) É exigida a manutenção de uma cozinha, com instalações sanitárias 
nos locais destinados à amamentação. 
A gravidez determina duas situações jurídicas distintas: 
a) Quatro semanas antes do parto até 120 dias é Estabilidade absoluta 
segundo o jurista Arnaldo Sussekind; 
b) Nos cinco meses após o parto é Estabilidade relativa, pois estará protegida 
contra despedida arbitrária e não contra Justa Causa. 
Os artigos 93/103 do Decreto 3048/99 e a Lei 8.213/91 dispõem sobre o 
salário-maternidade que é devido à segurada da previdência social durante 
120 dias com início em 28 dias antes e término 91 dias depois do parto, 
podendo ser prorrogado em casos excepcionais, por mais duas semanas antes 
ou depois do parto mediante atestado médico específico. 
GESTANTE - Súmula 244 do TST 
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador 
não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente 
da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). 
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a 
reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. 
Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais 
direitos correspondentes ao período de estabilidade. 
III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade 
provisória na hipótese de admissão mediante contrato de 
experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em 
face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou 
sem justa causa. 
 
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Seja o parto antecipado ou não a segurada terá direito aos 120 dias. 
O salário-maternidade da segurada empregada será uma renda mensal 
igual a sua remuneração integral e será pago pela empresa que compensará 
quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre folha de salários. 
No caso de empregos concomitantes a segurada fará jus ao salário-
maternidade relativo a cada emprego. 
Para a empregada doméstica o salário-maternidade será igual ao seu 
último salário de contribuição. A empregada doméstica faz jus ao salário-
maternidade e faz jus à garantia de emprego de cinco meses após o parto que 
é a estabilidade relativa, pois a Lei 11.324/2006 acrescentou o § 4º à Lei do 
Doméstico. 
Atenção: A licença-maternidade de 180 dias, por enquanto é aplicada 
quando haja lei estadual que a regulamente ou quando a empresa participe do 
programa de empresa cidadã (Lei 11.770/08) e em troca de incentivos fiscais 
adota o prazo de 180 dias. 
Somente quando a Constituição Federal for emendada é que o prazo de 
180 dias será obrigatório para todos os empregadores. O plenário do Senado 
aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC), que aumenta de 120 
para 180 dias a licença-maternidade. 
Na prática, a proposta amplia o alcance da Lei 11.770/08, de autoria da 
senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que faculta às empresas privadas a 
concessão da licença de seis meses, em troca de benefícios fiscais - permite a 
dedução das despesas extras com a trabalhadora gestante do Imposto de 
Renda. 
EM RESUMO: O art. 10, II, b da ADCT estabelece que até que seja 
promulgada lei complementar, fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa 
causa da empregada gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses 
após o parto. 
A teoria da responsabilidade objetiva considera que o importante é a 
confirmação da gravidez para a empregada e não para o empregador. Neste 
sentido o inciso I da Súmula 244 do TST. 
O inciso II da Súmula244 estabelece que durante o período de garantia 
de emprego a empregada tem direito de ser reintegrada. Terminada esta 
garantia ela terá direito à indenização (salários e demais direitos 
correspondente ao período da estabilidade). O inciso III não assegura 
estabilidade durante o contrato de experiência, por ser contrato de prazo 
determinado. 
 
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7.5. Questões FCC e CESPE sem comentários: 
1. (FCC – PGE-AM – 2010) No que se relaciona à segurança e medicina do 
trabalho é correto afirmar: 
(A) Cabe às empresas e ao Ministério Público do Trabalho instruir os 
empregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no 
sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. 
(B) A doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade constante da respectiva 
relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social, não é considerada 
acidente de trabalho. 
(C) Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada ao uso dos 
equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. 
(D) Não cabe às empresas filantrópicas e sem fins lucrativos adotar as 
medidas determinadas pelo órgão regional competente, na medida em que se 
tratam de empregadores diferenciados. 
(E) Cabe às empresas facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade 
competente e impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas 
constantes do Regulamento da Empresa. 
2. (FCC – Analista Judiciário - TRT 23ª Região -2011) Segundo súmula 
do Tribunal Superior do Trabalho, a fixação do adicional de periculosidade, em 
percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco 
a) não possui qualquer validade, passível de anulação em razão da patente 
ilegalidade e transparência inconstitucional. 
b) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, mediante autorização expressa válida pelo prazo máximo de seis 
meses. 
c) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, mediante autorização expressa válida pelo prazo máximo de doze 
meses. 
d) deve ser respeitada desde que pactuadas em acordos ou convenções 
coletivos. 
e) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, mediante portaria válida pelo prazo máximo de três meses, 
prorrogável por mais seis meses. 
Vamos aos exercícios! 
 
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3. (FCC - Analista Judiciário – área administrativa - TRT 23ª região) O 
adicional de periculosidade 
a) será de 30% sobre o salário básico do empregado, com os acréscimos 
resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. 
b) pago com habitualidade integra o FGTS, o 13º salário, o aviso prévio, as 
férias e a indenização. 
c) não é devido aos empregados que operam em bomba de gasolina por 
expressa vedação legal. 
d) será de 30% sobre o salário mínimo, sem os acréscimos resultantes de 
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. 
e) poderá ser concedido concomitantemente com o adicional de insalubridade, 
desde que o empregado trabalhe em condições insalubres e perigosas. 
4. (FCC- Analista Judiciário – TRT/MG/2009) O enquadramento de 
determinada atividade como insalubre ou penosa, para pagamento dos 
respectivos adicionais, depende, respectivamente, de 
(A) emenda constitucional e de lei complementar. 
(B) previsão nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e 
Emprego e de lei ordinária. 
(C) decreto regulamentador e de emenda constitucional. 
(D) perícia médica e de perícia por engenheiro do trabalho. 
(E) previsão em leis extravagantes e de lei complementar. 
5. (FCC- Analista Judiciário – TRT/MG/2009) A perícia para apuração de 
periculosidade e insalubridade será realizada, segundo as normas da 
Consolidação das Leis do Trabalho, 
(A) por médico do trabalho ou por engenheiro do trabalho. 
(B) por médico do trabalho e por engenheiro do trabalho, respectivamente. 
(C) por médico credenciado pelo INSS e por engenheiro habilitado pelo CREA. 
(D) tanto por médico, quanto por engenheiro, exceto os engenheiros do 
trabalho. 
(E) apenas por médico do trabalho. 
6. (FCC – TRT 9ª região - Analista Judiciário –Execução de Mandados – 
2010) Considere as seguintes assertivas a respeito das atividades insalubres: 
III. O trabalho executado em condições insalubres em caráter intermitente 
não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo 
adicional. 
IV. O adicional de insalubridade, de acordo com a Consolidação das Leis do 
Trabalho, é devido de acordo com os graus de insalubridade máximo, médio 
ou mínimo, nas porcentagens de 30%, 20% e 10%,respectivamente. 
 
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7. (UnB / CESPE – TRT / 16ª. Região Analista Judiciário – Área: 
Judiciária/2005) Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma 
situação hipotética acerca dos adicionais de insalubridade e periculosidade, 
seguida de uma assertiva a ser julgada. 
96. Prestando serviços em uma fábrica de fogos de artifício, na função de 
técnico em explosivos, Josué percebia seu salário acrescido do adicional de 
periculosidade por mais de 15 anos. Em razão de inovações introduzidas no 
processo de produção, a empresa suprimiu do salário o adicional indicado. 
Nessa situação, ainda que extinto o risco na atividade desenvolvida, a atitude 
patronal foi equivocada e ilegal, por ofender o princípio da estabilidade 
econômica do trabalhador. 
97. Contratada como agente de limpeza pública, Márcia foi designada para 
trabalhar em estação de tratamento de lixo urbano. Diante das condições de 
trabalho a que era submetida, Márcia propôs ação na justiça do trabalho 
buscando receber o adicional de insalubridade. Nessa situação, caso a perícia 
técnica confirme a existência de labor em condição de agressão à saúde, 
Márcia fará jus à percepção do adicional correspondente calculado com base 
no salário mínimo em vigor. 
8. (UnB/CESPE – Advogado – SEAD/PB - 2010) Acerca das normas 
inerentes à tutela do trabalho, assinale a opção correta. 
A) Se for verificada, mediante perícia, que a prestação de serviços ocorre em 
condições nocivas, mas por agente insalubre diverso do apontado na inicial, o 
pedido de adicional de insalubridade não ficará prejudicado. 
B) A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo podem 
ser consideradas atividades insalubres, se constatadas por laudo pericial. 
C) Se for percebido com habitualidade, por pelo menos dez anos, o adicional 
de insalubridade passa a integrar a remuneração do empregado para todos os 
efeitos legais. Considerando-se o princípio da estabilidade financeira, o valor 
não pode ser retirado nem mesmo quando eliminada a insalubridade mediante 
fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do 
Poder Executivo. 
D) Um empregado que realiza serviço em campo, trabalhando ao ar livre e 
submetido aos raios solares durante boa parte de sua jornada faz jus ao 
adicional de insalubridade. 
__________ 
---------------------------------------------------------------------------------- 
Marquem aqui o gabarito de vocês: 
1. 3. 5. 7. 
2. 4. 6. 8. 
----------------------------------------------------------------------------------- 
 
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7.6. Questões FCC e CESPE comentadas: 
1. (FCC – PGE-AM – 2010) Noque se relaciona à segurança e medicina do 
trabalho é correto afirmar: 
(A) Cabe às empresas e ao Ministério Público do Trabalho instruir os 
empregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no 
sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. 
(B) A doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade constante da respectiva 
relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social, não é considerada 
acidente de trabalho. 
(C) Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada ao uso dos 
equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. 
(D) Não cabe às empresas filantrópicas e sem fins lucrativos adotar as 
medidas determinadas pelo órgão regional competente, na medida em que se 
tratam de empregadores diferenciados. 
(E) Cabe às empresas facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade 
competente e impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas 
constantes do Regulamento da Empresa. 
Comentários: O art. 158 da CLT considera como ato faltoso do empregado a 
recusa injustificada em usar os equipamentos de proteção individual 
fornecidos pelo empregador. 
Art. 158 da CLT Cabe aos empregados: 
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive 
as instruções de que trata o item II do artigo anterior; 
II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste 
Capítulo. 
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa 
injustificada: 
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do 
item II do artigo anterior; 
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela 
empresa. 
 
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2. (FCC – Analista Judiciário - TRT 23ª Região -2011) Segundo súmula 
do Tribunal Superior do Trabalho, a fixação do adicional de periculosidade, em 
percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco 
a) não possui qualquer validade, passível de anulação em razão da patente 
ilegalidade e transparência inconstitucional. 
b) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, mediante autorização expressa válida pelo prazo máximo de seis 
meses. 
c) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, mediante autorização expressa válida pelo prazo máximo de doze 
meses. 
d) deve ser respeitada desde que pactuadas em acordos ou convenções 
coletivos. 
e) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego, mediante portaria válida pelo prazo máximo de três meses, 
prorrogável por mais seis meses. 
Comentários: A Súmula 364, II do TST foi cancelada em Maio de 2011 após 
a prova do TRT 23. Assim, o gabarito desta questão era a letra D que 
estabelecia exatamente o que dizia o inciso II da Súmula 364 do TST. 
Assim, agora não há resposta para esta questão. Tomem cuidado pois 
com certeza será cobrada a nova redação da Súmula. 
3. (FCC - Analista Judiciário – área administrativa - TRT 23ª região) O 
adicional de periculosidade 
a) será de 30% sobre o salário básico do empregado, com os acréscimos 
resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. 
b) pago com habitualidade integra o FGTS, o 13º salário, o aviso prévio, as 
férias e a indenização. 
c) não é devido aos empregados que operam em bomba de gasolina por 
expressa vedação legal. 
d) será de 30% sobre o salário mínimo, sem os acréscimos resultantes de 
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. 
e) poderá ser concedido concomitantemente com o adicional de insalubridade, 
desde que o empregado trabalhe em condições insalubres e perigosas. 
Comentários: a) Incorreta. 
Art. 193 da CLT São consideradas atividades ou operações perigosas, 
na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, 
aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o 
contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de 
risco acentuado. 
 
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§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao 
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem 
os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações 
nos lucros da empresa. 
 § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que 
porventura lhe seja devido. 
b) Correta. 
Súmula139 da SDI-1 do TST Enquanto percebido, o adicional de 
insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. 
c) Incorreta. 
Súmula 39 PERICULOSIDADE Os empregados que operam em bomba de 
gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 
15.08.1955). 
d) Incorreta. (art.193 da CLT) 
e) Incorreta. (art. 193, parágrafo 2º da CLT) 
4. (FCC- Analista Judiciário – TRT/MG/2009) O enquadramento de 
determinada atividade como insalubre ou penosa, para pagamento dos 
respectivos adicionais, depende, respectivamente, de 
(A) emenda constitucional e de lei complementar. 
(B) previsão nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e 
Emprego e de lei ordinária. 
(C) decreto regulamentador e de emenda constitucional. 
(D) perícia médica e de perícia por engenheiro do trabalho. 
(E) previsão em leis extravagantes e de lei complementar. 
Comentários: Letra B 
Art. 193 da CLT São consideradas atividades ou operações perigosas, 
na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, 
aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o 
contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de 
risco acentuado. 
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao 
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem 
os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações 
nos lucros da empresa. 
 
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OJ 04 da SDI-1 do TST I - Não basta a constatação da insalubridade por 
meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo 
adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação 
oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e 
escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades 
insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram 
dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. 
5. (FCC- Analista Judiciário – TRT/MG/2009) A perícia para apuração de 
periculosidade e insalubridade será realizada, segundo as normas da 
Consolidação das Leis do Trabalho, 
(A) por médico do trabalho ou por engenheiro do trabalho. 
(B) por médico do trabalho e por engenheiro do trabalho, respectivamente. 
(C) por médico credenciado pelo INSS e por engenheiro habilitado pelo CREA. 
(D) tanto por médico, quanto por engenheiro, exceto os engenheiros do 
trabalho. 
(E) apenas por médico do trabalho. 
Comentários: Letra A (art. 195 da CLT) 
Art. 195 da CLT A caracterização e a classificação da 
insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do 
Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho 
ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. 
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias 
profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a 
realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o 
objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades 
insalubres

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