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Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal! Estamos nas últimas aulas de nosso curso Iniciarei a aula falando sobre a renúncia e a transação no direito do trabalho, uma vez que irei aprofundar o tema. Comentarei, novamente, a questão discursiva destacando a diferença entre empreitada e locação de serviços, uma vez que alguns alunos estão com dúvidas em relação ao tema. Vamos ao estudo de nossa aula de hoje! Questão discursiva de empreitada: A pessoalidade não é inerente ao contrato de empreitada. Questão discursiva: (CESPE – OAB/RJ – 36º Exame de Ordem) No que diz respeito ao contrato individual de trabalho, distingua a subempreitada da locação de mão-de-obra, conceituando cada um desses contratos e apresentando suas características. Comentários: O jurista Maurício Godinho Delgado afirma que a locação de serviços tem origem na locatio operarum do direito romano, sendo um contrato cujo objeto é uma prestação de fazer, prestação de serviços, não há obra objetivada. Ressalta que na locação de serviços não há subordinação, mas há autonomia por parte do prestador em um contrato de locação de serviços e os riscos do resultado são do contratante do serviço e não de seu prestador. Já o contrato de empreitada objetiva o resultado específico e delimitado de um serviço, ou seja, uma obra. Há autonomia do prestador de serviços. Portanto, assemelha-se à locatio operis do direito romano. Assim, o contrato de trabalho diferencia-se da locação de serviços (locatio operarum), uma vez que na locação de serviços há autonomia, não havendo subordinação entre o locador dos serviços e o prestador do mesmo. O objeto contratado na locação de serviços é um atividade específica, sem objetivar um resultado. No contrato de trabalho há subordinação jurídica entre o empregado e o empregador, o primeiro não tem autonomia na prestação dos seus serviços. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2 A empreitada distingue-se da locação de serviços por ser um contrato de resultado, ou seja, objetiva-se uma obra específica. Já na locação de serviços há um contrato de atividade, independentemente do resultado a ser alcançado. Em relação ao contrato de trabalho a empreitada diferencia-se pelo fato de que o empreiteiro não é subordinado ao tomador de seus serviços, há autonomia na prestação de seus serviços. O tomador dos serviços não detém o poder de direção, ínsito ao contrato de trabalho, em relação ao empreiteiro. “Na subempreitada, quem se comprometeu a efetuar certa obra a repassa a alguém para que este a execute parcial ou totalmente” (Valentim Carrion). A CLT trata da subempreitada no art. 455 e a doutrina majoritária entende que há responsabilidade subsidiária entre o empreiteiro principal e o subempreiteiro. Art. 455 da CLT - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo. Trata-se de responsabilidade subsidiária do empreiteiro principal, cabendo a obrigação principal ao verdadeiro empregador, o subempreiteiro. A responsabilidade do empreiteiro sendo subsidiária, caso o empregado não receba as verbas trabalhistas do subempreiteiro poderá ajuizar ação trabalhista em face do empreiteiro principal. As explicações que constaram na aula passada foram acima expostas. Destacarei em vermelho as novas explicações com a finalidade de dirimir as dúvidas existentes. A locação de serviços tem por objeto uma prestação de fazer encarada como resultado, não se pactua uma obra, mas o trabalho propriamente dito. Como exemplo, podemos citar os serviços de transporte, de atividade contábil, etc. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 3 Na concretização do serviço pactuado é fundamental que não haja subordinação. Já na empreitada as partes pactuam a elaboração de determinada obra pelo prestador em benefício do tomador mediante remuneração. Na empreitada o objeto do contrato é um resultado específico e delimitado (uma obra). Passaremos, agora, para a aula 07. Aula 07: Da segurança e medicina no trabalho: da CIPA; das atividades insalubres ou perigosas. Da proteção ao trabalho do menor. Da proteção ao trabalho da mulher; da estabilidade da gestante; da licença-maternidade. 7.1. Da segurança e medicina no trabalho: da CIPA; das atividades insalubres ou perigosas. As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho. As normas estabelecerão: 1 Classificação das empresas segundo o número mínimo de empregados e a natureza do risco de suas atividades; 2 A qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho; 3 As demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho, nas empresas. Este tema é abordado seguindo a literalidade dos artigos da CLT, conforme vocês poderão observar: Art. 155 da CLT Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho: I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200; II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho; Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 4 III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do trabalho. Art. 156 da CLT Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição: I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho; II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias; III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos termos do art. 201. Art. 157 da CLT Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Art. 158 da CLT Cabe aos empregados: I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 5 Art. 159 da CLT Mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, poderão ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo. CIPA: O art. 163 da CLT estabelece a obrigatoriedade de constituição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) de acordo com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Art. 163 da CLT Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA -, de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento das CIPAs. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) será composta de representantes da empresa e dos empregados, os primeiros são designados pelo empregador e os representantes de empregados titulares e suplentes são eleitos em escrutínio secreto. O mandato dos membros eleitos da CIPA será de um ano, sendo permitida uma reeleição, o presidente da CIPA será escolhido pelo empregador e o vice-presidente eleito pelos empregados. Art. 164 da CLT Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. § 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. § 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. § 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição. § 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número da reuniões da CIPA. § 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA, e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 6 Os representantes dos empregados titulares ou suplentes terão estabilidade provisória prevista no art. 10, II, ”a”do ADCT. Ao passo que os representantes indicados pelos empregadores não farão jus a esta estabilidade. Art. 165 da CLT Os titulares da representação dos empregados nas ClPAs não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado. Súmula 339 do TST I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. Das Atividades Insalubres: De acordo, com o art. 189 da CLT, serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância, fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. O trabalho exercido em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de: 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo (art.192 da CLT). Em que pese o fato de o art. 193 da CLT dispor que o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário mínimo, o STF através da edição da Súmula vinculante 04 estabeleceu a impossibilidade de que tal cálculo seja com base no salário mínimo. SÚMULA VINCULANTE 04 STF Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 7 Para que ocorra a classificação da atividade como insalubre não bastará a constatação da perícia de que o ambiente de trabalho seja insalubre, devendo a atividade estar classificada como insalubre pelo Ministério do Trabalho. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro de atividades ou operações insalubres, conforme estabelece o art. 190 da CLT. Art. 190 da CLT O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos. O art. 191 da CLT e a Súmula 80 do TST tratam da eliminação ou neutralização das atividades e as respectivas conseqüências disto, observem: Art. 191 da CLT A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. Súmula 80 INSALUBRIDADE A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado (Súmula 289 do TST). Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 8 O art. 158 da CLT considera como ato faltoso do empregado a recusa injustificada em usar os equipamentos de proteção individual fornecidos pelo empregador. O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubrediverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Em relação ao lixo urbano, há a Orientação Jurisprudencial 04 da SDI-1 do TST que não considera a limpeza em residências e escritórios como atividades insalubres. OJ 04 da SDI-1 do TST I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. É oportuno lembrar que segundo Orientação Jurisprudencial do TST, os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade. O empregado que trabalhe em condições perigosas terá direito ao recebimento de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Quando forem devidos ao empregado os adicionais de periculosidade e o de insalubridade, ele poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Art. 194 da CLT O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 9 A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. Quando for argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. A ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho e a realização ex officio da perícia não serão prejudicadas, pela designação de perito pelo juízo e nem pela realização da perícia acima mencionada. Art. 196 da CLT Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho, respeitadas as normas do art. 11. Art. 197 da CLT Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional. Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde. Insalubridade: Súmula e OJ SÚMULA VINCULANTE 04 STF Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 10 Com a edição desta Súmula Vinculante pelo STF, o TST alterou a Súmula 228 em 2008, estabelecendo que a partir de Maio de 2008 o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo quando houver instrumento mais vantajoso fixado em norma coletiva. Vou tecer uma linha do tempo em relação aos dispositivos legais e entendimentos jurisprudenciais que acabaram por dar ensejo à alteração da Súmula 228 do TST, que trata da base de cálculo do adicional de insalubridade. A redação original da Súmula 228 do TST, estabelecida pela resolução 14/1985 estabelecia que o adicional de insalubridade incidiria, sobre o salário mínimo. Em 2003, a resolução 121 alterou a redação original passando a ressalvar as hipóteses previstas na Súmula 17 do TST que foi cancelada. O STF suspendeu a aplicação de parte da súmula 228 quando ela permite que o adicional de insalubridade seja calculado sobre o salário básico (DJE de 05 de agosto de 2009). Para que ocorra a classificação da atividade como insalubre não bastará a constatação da perícia de que o ambiente de trabalho é insalubre, devendo a atividade estar classificada como insalubre pelo Ministério do Trabalho. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro de atividades ou operações insalubres, conforme estabelece o art. 190 da CLT. Art. 190 da CLT O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. Súmula 80 do TST A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. Súmula 228 do TST A partir de 09 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante nº 04 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 11 Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos. O art. 191 da CLT e a Súmula 80 do TST tratam da eliminação ou neutralização das atividades e as respectivas conseqüências disto, observem: Art. 191 da CLT A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado (Súmula 289 do TST). O art. 158 da CLT considera como ato faltoso do empregado a recusa injustificada em usar os equipamentos de proteção individual fornecidos pelo empregador. O trabalhoexecutado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Súmula 289 do TST O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 12 Em relação ao lixo urbano, há a Orientação Jurisprudencial 04 da SDI-1 do TST que não considera a limpeza em residências e escritórios como atividades insalubres. Quando o empregado submetido ao trabalho em condições insalubres prestar horas extraordinárias, o cálculo das horas extraordinárias levará em conta o valor do adicional de insalubridade (OJ 47 da SDI-1 do TST) Mesmo que o trabalho seja executado de forma intermitente em condições insalubres o adicional de insalubridade será devido porque o empregado fica exposto aos agentes insalutíferos. O adicional de insalubridade pago com habitualidade integrará o aviso prévio indenizado, o 13º salário e a indenização (Súmula 139 do TST). Quando não for habitual integrará as férias (art. 142, parágrafo 5º da CLT) e o FGTS (art. 15 da Lei 8.036/90). Ele não integrará o repouso semanal remunerado porque o pagamento é mensal, estando esta verba já incluída (art. 7º, parágrafo 2º da Lei 605/49). OJ 47 da SDI-1 do TST A base de cálculo da hora extra é o resultado da soma do salário contratual mais o adicional de insalubridade. Súmula 139 do TST Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. Súmula 47 INSALUBRIDADE O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. OJ 04 da SDI-1 do TST I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 13 Neste sentido a OJ 103 da SDI-1 do TST. A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. Quando for argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. A ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho e a realização ex officio da perícia não serão prejudicadas pela designação de perito pelo juízo e nem pela realização da perícia acima mencionada. Art. 196 da CLT Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho, respeitadas as normas do art. 11. Art. 197 da CLT Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional. Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidos, avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde. OJ 103 da SDI-1 do TST O adicional de insalubridade já remunera os dias de repouso semanal e feriados. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 14 Esta Súmula (293) refere-se mais ao tema Provas no Processo do Trabalho, mas considerei importante abordá-la aqui. O Juiz prestará a tutela jurisdicional quando a parte a requerer e decidirá o conflito de interesses entre as partes nos limites em que ela foi proposta, ou seja, ele deverá decidir com base no que foi pedido pelo autor. Acontece que o empregado submetido a agente insalubre não possui o conhecimento técnico para saber qual agente insalubre lhe faz mal. Portanto quando ele aponta determinado agente na petição inicial e o perito constata outro agente insalubre que por ele não foi apontado, ele fará jus ao adicional de insalubridade. Há também em relação ao tema a OJ 278 da SDI-1 do TST que estabelece a obrigatoriedade de perícia para verificação da insalubridade. Os estabelecimentos comerciais, para iniciar as suas atividades, deverá ser inspecionado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, conforme estabelece o art. 160 da CLT. Art. 160 da CLT Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia inspeção e aprovação das respectivas instalações pela autoridade regional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho. § 1º - Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar, prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho. OJ 278 da SDI-1 do TST A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar- se de outros meios de prova. Súmula 293 do TST A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 15 § 2º - É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia Regional do Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações. Quando determinada atividade for descaracterizada como insalubre por ato de autoridade competente, o empregado não terá direito adquirido ao adicional de insalubridade, portanto cessará o seu pagamento (Súmula 248 do TST). A caracterização da insalubridade poderá ser elaborada por médico ou engenheiro segundo a orientação jurisprudencial 165 da SDI-1 do TST. OJ-SDI1-406. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por meraliberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. Das Atividades Perigosas: São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. OJ 165 da SDI-1 do TST O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado. Súmula 248 do TST A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 16 É oportuno lembrar que segundo Orientação Jurisprudencial do TST, os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade. Os empregados que trabalhem com instalações e reparos de linhas de telefonia são chamados de “cabistas” e farão jus ao adicional de periculosidade. Os empregados que trabalhem com radiação ionizante também farão jus ao adicional de insalubridade (OJ 345). O empregado que trabalhe em condições perigosas terá direito ao recebimento de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Quando forem devidos ao empregado os adicionais de periculosidade e o de insalubridade, ele poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Art. 194 da CLT O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. Quando há pagamento habitual do adicional de periculosidade ele integrará o cálculo da indenização do art. 477 da CLT. O empregado quando está de sobreaviso está fora do local de trabalho sujeito às condições perigosas, portanto está afastado da área de risco e não fará jus ao recebimento do adicional de periculosidade. O empregado deverá estar permanentemente ou de forma intermitente exposto à área de risco para fazer jus ao adicional de periculosidade (Súmula 364 do TST). Quando a exposição do empregado ao risco ocorrer de forma intermitente será possível o recebimento do adicional de forma proporcional às horas de exposição ao risco, desde que tal fato esteja pactuado em norma coletiva. Periculosidade: Súmulas e OJ Súmula 39 do TST Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955). Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 17 Os empregados que trabalhem com instalações e reparos de linhas de telefonia são chamados de “cabistas” e farão jus ao adicional de periculosidade. Os empregados que trabalhem com radiação ionizante também farão jus ao adicional de insalubridade (OJ 345). O empregado que trabalhe em condições perigosas terá direito ao recebimento de um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Súmula 70 do TST O adicional de periculosidade não incide sobre os triênios pagos pela Petrobras. OJ 279 da SDI-1 do TST O adicional de periculosidade dos eletricitários deverá ser calculado sobre o conjunto de parcelas de natureza salarial. Súmula 191 do O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. OJ 345 da SDI-1 do TST A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, caput, e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade. OJ 347 da SDI-1 do TST É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 18 Quando forem devidos ao empregado os adicionais de periculosidade e o de insalubridade, ele poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Art. 194 da CLT O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. Quando há pagamento habitual do adicional de periculosidade ele integrará o cálculo da indenização do art. 477 da CLT. O empregado quando está de sobreaviso está fora do local de trabalho sujeito às condições perigosas, portanto está afastado da área de risco e não fará jus ao recebimento do adicional de periculosidade. Atenção: Alterada a redação do inciso II da Súmula 364 e cancelado o inciso I, passando a ter a seguinte redação: A princípio parece haver uma incongruência entre a Súmula 361 e 364 do TST, segundo o jurista Sérgio Pinto Martins. Observem: “A orientação estabelecida na Súmula 364 do TST acaba sendo contraditória com a Súmula 361 do TST”. Súmula 361 do TST O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento. Súmula 364 do TST Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente, ou que de forma intermitente sujeita-se às condições de risco. Indevido, apenas quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito ou que sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. Súmula 132 do TST I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras. II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 19 Não se estabeleceu o que o que vem a ser tempo extremamente reduzido na Súmula 361 do TST. “Interposição intermitente é a descontínua”. O art. 193 da CLT exige que o contato com o elementoperigoso seja permanente, ou seja, diário. Se o contato for habitual ou diário, mesmo que por tempo reduzido deveria conferir o adicional de periculosidade. No entanto, o TST entende de outra forma. 7.2. Da proteção ao trabalho do menor: As principais normas referentes ao trabalho do menor, abordadas em provas, estão contidas nos artigos 402 /440 da CLT, vejamos: ¾ O trabalho do menor será desenvolvido a partir de 16 anos (art. 7º XXXIII da CF/88), salvo se o menor for aprendiz quando a idade inicial será de 14 anos. ¾ O trabalho do menor reger-se-á pelas disposições do presente Capítulo, exceto no serviço em oficinas em que trabalhem exclusivamente pessoas da família do menor e esteja este sob a direção do pai, mãe ou tutor, observado, entretanto, o disposto nos artigos 404, 405 e na Seção II. ¾ É proibido qualquer trabalho aos menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. ¾ O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a freqüência à escola. ¾ Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado este o que for executado no período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 05 (cinco) horas. Atenção: O Estado proíbe o trabalho do menor nos casos: a) serviços noturnos (art. 404, CLT); b) locais insalubres, perigosos ou prejudiciais a sua moralidade (art. 405); c) trabalho em ruas, praças e logradouros públicos, salvo mediante prévia autorização do Juiz de Menores, que verificará se o menor é arrimo de família e se a ocupação não prejudicará sua formação moral (art. 405, § 2º). Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 20 Ao empregador é vedado utilizar o menor em atividades que demandem o emprego de força física muscular superior a 20 ou 25 quilos, conforme a natureza contínua ou descontínua do trabalho, com exceção se a força utilizada for mecânica ou não diretamente aplicada. A duração da jornada de trabalho do menor não sofre limitações: submete- se aos mesmos princípios gerais, sendo, portanto, no máximo de 8 horas diárias ou 44 horas semanais (art. 411, CLT c.c. 7º, XIII, CF/88). A prorrogação da jornada diária de trabalho ao menor é vedada. O artigo 414 da CLT estabelece que o menor de 18 anos empregado que trabalhar em mais de um estabelecimento, as horas de trabalho de cada um, serão totalizadas. Isto porque ao contratar um segundo emprego o menor não poderá cumprir número de horas a não ser aquelas disponíveis para completar as oito horas diárias. O empregador é obrigado a conceder ao menor o tempo necessário para a freqüência às aulas (CLT, art. 427). Ao menor é assegurado o salário mínimo integral, bem como, se for o caso, o salário profissional. As férias dos empregados menores submetem-se às mesmas regras do adulto, mas não poderão ser concedidas fracionadamente (art. 134, § 2º, CLT). 7.3. Da proteção ao trabalho da mulher: A CLT possui normas especiais de proteção do trabalho da mulher devido às condições fisiológicas, como a gravidez e a lactação, como a menor força física entre outros. A Constituição Federal prevê igualdade formal entre homens e mulheres, ou seja, a igualdade perante a lei. Porém, deve-se buscar a igualdade material ou substancial. O intérprete da lei deverá desigualar os desiguais. Assim, determinadas normas jurídicas não afrontam o Princípio da Isonomia, previsto no art. 7º da CRFB/88. A Constituição Federal assegura à mulher os seguintes direitos: a) licença-maternidade sem prejuízo do emprego e do salário com a duração de 120 dias; b) proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; c) proibição de diferença de salário de exercício de função e de critérios de admissão por motivos de sexo; Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 21 d) garantia de emprego à mulher gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto; e) condições para que a presidiária permaneça com os seus filhos durante o período de amamentação. Art. 7º da CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; Regras especiais para o trabalho da mulher: ¾ A mulher tem que ter um período de descanso de 15 minutos antes de prestar o trabalho extraordinário. ¾ Caso a mulher trabalhe aos domingos deverá ter uma escala de revezamento quinzenal que garanta no mínimo a cada 15 dias o repouso aos domingos. ¾ É vedado exigir que a mulher empregue força muscular superior a 20 quilos em trabalho contínuo ou 25 quilos para o trabalho ocasional. Caso a remoção ocorra por impulso ou tração esta vedação não existirá. ¾ Em relação aos locais de trabalho o empregador será obrigado: a) a adotar medidas como higienização, ventilação, iluminação e outros concernentes à segurança e ao conforto das mulheres; b) instalar bebedouros, aparelhos sanitários lavatórios cadeiras ou bancos suficientes que permitam às mulheres trabalharem sem grande esgotamento físico; c) instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, exceto os estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades afins, em que não seja exigida a troca de roupa, e outros a critério da autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 22 Em resumo: A empregada gestante tem direito á licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário. O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral. A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28o dia antes do parto e a ocorrência deste. Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 dias previstos na Lei. O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será determinado com base em atestado médico ou certidão de nascimento do filho. Normas da CLT aplicadas ao Trabalho da Mulher: Art. 372 - Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis ao trabalho feminino, naquilo em que não colidirem com a proteção especial instituída por este Capítulo. Parágrafo único - Não é regido pelos dispositivos a que se refere este artigo o trabalho nas oficinas em que sirvam exclusivamente pessoas da família da mulher e esteja esta sob a direção do esposo, do pai, da mãe, do tutor ou do filho. Art. 373 - A duração normal de trabalho da mulher será de 08 (oito) horas diárias, exceto nos casos para os quais for fixada duração inferior. Art. 373-A - Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: I - publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir; II - recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiarou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível; III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional; Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 23 IV - exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; V – impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. Parágrafo único - O disposto neste artigo não obsta a adoção de medidas temporárias que visem ao estabelecimento das políticas de igualdade entre homens e mulheres, em particular as que se destinam a corrigir as distorções que afetam a formação profissional, o acesso ao emprego e as condições gerais de trabalho da mulher. Art. 377 - A adoção de medidas de proteção ao trabalho das mulheres é considerada de ordem pública, não justificando, em hipótese alguma, a redução de salário. Art. 381 - O trabalho noturno das mulheres terá salário superior ao diurno. § 1º - Para os fins desse artigo, os salários serão acrescidos de uma percentagem adicional de 20% (vinte por cento) no mínimo. § 2º - Cada hora do período noturno de trabalho das mulheres terá 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. Art. 382 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho, haverá um intervalo de 11(onze) horas consecutivas, no mínimo, destinado ao repouso. Art. 383 - Durante a jornada de trabalho, será concedido à empregada um período para refeição e repouso não inferior a 1(uma) hora nem superior a 2 (duas) horas salvo a hipótese prevista no art. 71, § 3º. Art. 384 - Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho. Art. 385 - O descanso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas e coincidirá no todo ou em parte com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviço, a juízo da autoridade competente, na forma das disposições gerais, caso em que recairá em outro dia. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 24 Parágrafo único - Observar-se-ão, igualmente, os preceitos da legislação geral sobre a proibição de trabalho nos feriados civis e religiosos. Art. 386 - Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical. Art. 388 Em virtude de exame e parecer da autoridade competente, o Ministro do Trabalho e da Administração poderá estabelecer derrogações totais ou parciais às proibições a que alude o artigo anterior, quando tiver desaparecido, nos serviços considerados perigosos ou insalubres, todo e qualquer caráter perigoso ou prejudicial mediante a aplicação de novos métodos de trabalho ou pelo emprego de medidas de ordem preventiva. Art. 389 - Toda empresa é obrigada: I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes à higienização dos métodos e locais de trabalho, tais como ventilação e iluminação e outros que se fizerem necessários à segurança e ao conforto das mulheres, a critério da autoridade competente; II - a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos sanitários; dispor de cadeiras ou bancos, em número suficiente, que permitam às mulheres trabalhar sem grande esgotamento físico; III - a instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, exceto os estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades afins, em que não seja exigida a troca de roupa e outros, a critério da autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, admitindo-se como suficientes as gavetas ou escaninhos, onde possam as empregadas guardar seus pertences; IV - a fornecer, gratuitamente, a juízo da autoridade competente, os recursos de proteção individual, tais como óculos, máscaras, luvas e roupas especiais, para a defesa dos olhos, do aparelho respiratório e da pele, de acordo com a natureza do trabalho. § 1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos30 (trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da amamentação. §2º - A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas, diretamente ou mediante convênios, com outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades sindicais. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 25 Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superiora 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. Art. 390-B - As vagas dos cursos de formação de mão-de-obra, ministrados por instituições governamentais, pelos próprios empregadores ou por qualquer órgão de ensino profissionalizante, serão oferecidas aos empregados de ambos os sexos. Art. 390-C - As empresas com mais de cem empregados, de ambos os sexos, deverão manter programas especiais de incentivos e aperfeiçoamento profissional da mão-de-obra. Art. 390-E - A pessoa jurídica poderá associar-se a entidade deformação profissional, sociedades civis, sociedades cooperativas, órgãos e entidades públicas ou entidades sindicais, bem como firmar convênios para o desenvolvimento de ações conjuntas, visando à execução de projetos relativos ao incentivo ao trabalho da mulher. Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez. Art. 392 - A empregada gestante tem direito à licença maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. § 1º - A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste. § 2º - Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um,mediante atestado médico. § 3º - Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 26 § 4º - É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; II -dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realizaçãode,no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. Art. 393 - Durante o período a que se refere o art. 392, a mulher terá direito ao salário integral e, quando variável,calculado de acordo com a média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem como aos direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à função que anteriormente ocupava. Art. 394 - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação. Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. Art. 396 - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito,durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 06 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. Art. 397 - O SESI, o SESC, a LBA e outras entidades públicas destinadas à assistência à infância manterão ou subvencionarão, de acordo com suas possibilidades financeiras, escolas maternais e jardins de infância, distribuídos nas zonas de maior densidade de trabalhadores, destinados especialmente aos filhos das mulheres empregadas. Art. 399 - O Ministro do Trabalho e da Administração conferirá diploma de benemerência aos empregadores que se distinguirem pela organização e manutenção de creches e de instituições de proteção aos menores em idade pré escolar, desde que tais serviços se recomendem por sua generosidade e pela eficiência das respectivas instalações. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 27 Art. 400 - Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária. 7.4. Da estabilidade da gestante e da licença-maternidade: A empregada gestante tem assegurado pela Constituição Federal uma licença de 120 dias sem prejuízo do emprego e do salário, sendo inclusive vedada a sua dispensa arbitrária ou sem justa causa. Faz jus, ainda a uma estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Atenção: Gestante (art. 10, II, b da ADCT CF/88). O art. 10, II, b da ADCT estabelece que até que seja promulgada lei complementar, fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. A teoria da responsabilidade objetiva considera que o importante é a confirmação da gravidez para a empregada e não para o empregador. Neste sentido o inciso I da Súmula 244 do TST. O inciso II da Súmula 244 estabelece que durante o período de garantia de emprego a empregada tem direito de ser reintegrada. Terminada esta garantia ela terá direito à indenização (salários e demais direitos correspondente ao período da estabilidade). E, por fim o inciso III não assegura estabilidade durante o contrato de experiência, por ser contrato de prazo determinado. O termo final dos contratos de prazo determinado não se protrai em virtude da aquisição da estabilidade porque o que a estabilidade impede é a despedida imotivada. Neste sentido a Súmula 244 do TST! Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 28 Sem prejuízo do salário é garantido á empregada durante a gravidez: a) mudar de função caso por questões de saúde a gravidez exija; b) o direito de ausenta-se para seis consultas médicas e demais exames complementares; c) dois intervalos de meia hora para amamentação (art. 396 da CLT); d) as empresas onde trabalhem pelo menos 30 mulheres o empregador deverá ter creches. Porém tal exigência será suprida por convênios com Sesi, Sesc e etc. O pagamento de reembolso creche também supre a exigência de instalação de creche; e) É exigida a manutenção de uma cozinha, com instalações sanitárias nos locais destinados à amamentação. A gravidez determina duas situações jurídicas distintas: a) Quatro semanas antes do parto até 120 dias é Estabilidade absoluta segundo o jurista Arnaldo Sussekind; b) Nos cinco meses após o parto é Estabilidade relativa, pois estará protegida contra despedida arbitrária e não contra Justa Causa. Os artigos 93/103 do Decreto 3048/99 e a Lei 8.213/91 dispõem sobre o salário-maternidade que é devido à segurada da previdência social durante 120 dias com início em 28 dias antes e término 91 dias depois do parto, podendo ser prorrogado em casos excepcionais, por mais duas semanas antes ou depois do parto mediante atestado médico específico. GESTANTE - Súmula 244 do TST I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 29 Seja o parto antecipado ou não a segurada terá direito aos 120 dias. O salário-maternidade da segurada empregada será uma renda mensal igual a sua remuneração integral e será pago pela empresa que compensará quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre folha de salários. No caso de empregos concomitantes a segurada fará jus ao salário- maternidade relativo a cada emprego. Para a empregada doméstica o salário-maternidade será igual ao seu último salário de contribuição. A empregada doméstica faz jus ao salário- maternidade e faz jus à garantia de emprego de cinco meses após o parto que é a estabilidade relativa, pois a Lei 11.324/2006 acrescentou o § 4º à Lei do Doméstico. Atenção: A licença-maternidade de 180 dias, por enquanto é aplicada quando haja lei estadual que a regulamente ou quando a empresa participe do programa de empresa cidadã (Lei 11.770/08) e em troca de incentivos fiscais adota o prazo de 180 dias. Somente quando a Constituição Federal for emendada é que o prazo de 180 dias será obrigatório para todos os empregadores. O plenário do Senado aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC), que aumenta de 120 para 180 dias a licença-maternidade. Na prática, a proposta amplia o alcance da Lei 11.770/08, de autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que faculta às empresas privadas a concessão da licença de seis meses, em troca de benefícios fiscais - permite a dedução das despesas extras com a trabalhadora gestante do Imposto de Renda. EM RESUMO: O art. 10, II, b da ADCT estabelece que até que seja promulgada lei complementar, fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. A teoria da responsabilidade objetiva considera que o importante é a confirmação da gravidez para a empregada e não para o empregador. Neste sentido o inciso I da Súmula 244 do TST. O inciso II da Súmula244 estabelece que durante o período de garantia de emprego a empregada tem direito de ser reintegrada. Terminada esta garantia ela terá direito à indenização (salários e demais direitos correspondente ao período da estabilidade). O inciso III não assegura estabilidade durante o contrato de experiência, por ser contrato de prazo determinado. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 30 7.5. Questões FCC e CESPE sem comentários: 1. (FCC – PGE-AM – 2010) No que se relaciona à segurança e medicina do trabalho é correto afirmar: (A) Cabe às empresas e ao Ministério Público do Trabalho instruir os empregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. (B) A doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social, não é considerada acidente de trabalho. (C) Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. (D) Não cabe às empresas filantrópicas e sem fins lucrativos adotar as medidas determinadas pelo órgão regional competente, na medida em que se tratam de empregadores diferenciados. (E) Cabe às empresas facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente e impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes do Regulamento da Empresa. 2. (FCC – Analista Judiciário - TRT 23ª Região -2011) Segundo súmula do Tribunal Superior do Trabalho, a fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco a) não possui qualquer validade, passível de anulação em razão da patente ilegalidade e transparência inconstitucional. b) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mediante autorização expressa válida pelo prazo máximo de seis meses. c) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mediante autorização expressa válida pelo prazo máximo de doze meses. d) deve ser respeitada desde que pactuadas em acordos ou convenções coletivos. e) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mediante portaria válida pelo prazo máximo de três meses, prorrogável por mais seis meses. Vamos aos exercícios! Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 31 3. (FCC - Analista Judiciário – área administrativa - TRT 23ª região) O adicional de periculosidade a) será de 30% sobre o salário básico do empregado, com os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. b) pago com habitualidade integra o FGTS, o 13º salário, o aviso prévio, as férias e a indenização. c) não é devido aos empregados que operam em bomba de gasolina por expressa vedação legal. d) será de 30% sobre o salário mínimo, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. e) poderá ser concedido concomitantemente com o adicional de insalubridade, desde que o empregado trabalhe em condições insalubres e perigosas. 4. (FCC- Analista Judiciário – TRT/MG/2009) O enquadramento de determinada atividade como insalubre ou penosa, para pagamento dos respectivos adicionais, depende, respectivamente, de (A) emenda constitucional e de lei complementar. (B) previsão nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e de lei ordinária. (C) decreto regulamentador e de emenda constitucional. (D) perícia médica e de perícia por engenheiro do trabalho. (E) previsão em leis extravagantes e de lei complementar. 5. (FCC- Analista Judiciário – TRT/MG/2009) A perícia para apuração de periculosidade e insalubridade será realizada, segundo as normas da Consolidação das Leis do Trabalho, (A) por médico do trabalho ou por engenheiro do trabalho. (B) por médico do trabalho e por engenheiro do trabalho, respectivamente. (C) por médico credenciado pelo INSS e por engenheiro habilitado pelo CREA. (D) tanto por médico, quanto por engenheiro, exceto os engenheiros do trabalho. (E) apenas por médico do trabalho. 6. (FCC – TRT 9ª região - Analista Judiciário –Execução de Mandados – 2010) Considere as seguintes assertivas a respeito das atividades insalubres: III. O trabalho executado em condições insalubres em caráter intermitente não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. IV. O adicional de insalubridade, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, é devido de acordo com os graus de insalubridade máximo, médio ou mínimo, nas porcentagens de 30%, 20% e 10%,respectivamente. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 32 7. (UnB / CESPE – TRT / 16ª. Região Analista Judiciário – Área: Judiciária/2005) Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma situação hipotética acerca dos adicionais de insalubridade e periculosidade, seguida de uma assertiva a ser julgada. 96. Prestando serviços em uma fábrica de fogos de artifício, na função de técnico em explosivos, Josué percebia seu salário acrescido do adicional de periculosidade por mais de 15 anos. Em razão de inovações introduzidas no processo de produção, a empresa suprimiu do salário o adicional indicado. Nessa situação, ainda que extinto o risco na atividade desenvolvida, a atitude patronal foi equivocada e ilegal, por ofender o princípio da estabilidade econômica do trabalhador. 97. Contratada como agente de limpeza pública, Márcia foi designada para trabalhar em estação de tratamento de lixo urbano. Diante das condições de trabalho a que era submetida, Márcia propôs ação na justiça do trabalho buscando receber o adicional de insalubridade. Nessa situação, caso a perícia técnica confirme a existência de labor em condição de agressão à saúde, Márcia fará jus à percepção do adicional correspondente calculado com base no salário mínimo em vigor. 8. (UnB/CESPE – Advogado – SEAD/PB - 2010) Acerca das normas inerentes à tutela do trabalho, assinale a opção correta. A) Se for verificada, mediante perícia, que a prestação de serviços ocorre em condições nocivas, mas por agente insalubre diverso do apontado na inicial, o pedido de adicional de insalubridade não ficará prejudicado. B) A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo podem ser consideradas atividades insalubres, se constatadas por laudo pericial. C) Se for percebido com habitualidade, por pelo menos dez anos, o adicional de insalubridade passa a integrar a remuneração do empregado para todos os efeitos legais. Considerando-se o princípio da estabilidade financeira, o valor não pode ser retirado nem mesmo quando eliminada a insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo. D) Um empregado que realiza serviço em campo, trabalhando ao ar livre e submetido aos raios solares durante boa parte de sua jornada faz jus ao adicional de insalubridade. __________ ---------------------------------------------------------------------------------- Marquem aqui o gabarito de vocês: 1. 3. 5. 7. 2. 4. 6. 8. ----------------------------------------------------------------------------------- Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 33 7.6. Questões FCC e CESPE comentadas: 1. (FCC – PGE-AM – 2010) Noque se relaciona à segurança e medicina do trabalho é correto afirmar: (A) Cabe às empresas e ao Ministério Público do Trabalho instruir os empregados, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. (B) A doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social, não é considerada acidente de trabalho. (C) Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. (D) Não cabe às empresas filantrópicas e sem fins lucrativos adotar as medidas determinadas pelo órgão regional competente, na medida em que se tratam de empregadores diferenciados. (E) Cabe às empresas facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente e impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes do Regulamento da Empresa. Comentários: O art. 158 da CLT considera como ato faltoso do empregado a recusa injustificada em usar os equipamentos de proteção individual fornecidos pelo empregador. Art. 158 da CLT Cabe aos empregados: I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 34 2. (FCC – Analista Judiciário - TRT 23ª Região -2011) Segundo súmula do Tribunal Superior do Trabalho, a fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco a) não possui qualquer validade, passível de anulação em razão da patente ilegalidade e transparência inconstitucional. b) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mediante autorização expressa válida pelo prazo máximo de seis meses. c) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mediante autorização expressa válida pelo prazo máximo de doze meses. d) deve ser respeitada desde que pactuadas em acordos ou convenções coletivos. e) só deverá ser respeitada se autorizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mediante portaria válida pelo prazo máximo de três meses, prorrogável por mais seis meses. Comentários: A Súmula 364, II do TST foi cancelada em Maio de 2011 após a prova do TRT 23. Assim, o gabarito desta questão era a letra D que estabelecia exatamente o que dizia o inciso II da Súmula 364 do TST. Assim, agora não há resposta para esta questão. Tomem cuidado pois com certeza será cobrada a nova redação da Súmula. 3. (FCC - Analista Judiciário – área administrativa - TRT 23ª região) O adicional de periculosidade a) será de 30% sobre o salário básico do empregado, com os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. b) pago com habitualidade integra o FGTS, o 13º salário, o aviso prévio, as férias e a indenização. c) não é devido aos empregados que operam em bomba de gasolina por expressa vedação legal. d) será de 30% sobre o salário mínimo, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. e) poderá ser concedido concomitantemente com o adicional de insalubridade, desde que o empregado trabalhe em condições insalubres e perigosas. Comentários: a) Incorreta. Art. 193 da CLT São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 35 § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. b) Correta. Súmula139 da SDI-1 do TST Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. c) Incorreta. Súmula 39 PERICULOSIDADE Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955). d) Incorreta. (art.193 da CLT) e) Incorreta. (art. 193, parágrafo 2º da CLT) 4. (FCC- Analista Judiciário – TRT/MG/2009) O enquadramento de determinada atividade como insalubre ou penosa, para pagamento dos respectivos adicionais, depende, respectivamente, de (A) emenda constitucional e de lei complementar. (B) previsão nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego e de lei ordinária. (C) decreto regulamentador e de emenda constitucional. (D) perícia médica e de perícia por engenheiro do trabalho. (E) previsão em leis extravagantes e de lei complementar. Comentários: Letra B Art. 193 da CLT São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Direito do Trabalho - TST Teoria e Questões PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 36 OJ 04 da SDI-1 do TST I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. 5. (FCC- Analista Judiciário – TRT/MG/2009) A perícia para apuração de periculosidade e insalubridade será realizada, segundo as normas da Consolidação das Leis do Trabalho, (A) por médico do trabalho ou por engenheiro do trabalho. (B) por médico do trabalho e por engenheiro do trabalho, respectivamente. (C) por médico credenciado pelo INSS e por engenheiro habilitado pelo CREA. (D) tanto por médico, quanto por engenheiro, exceto os engenheiros do trabalho. (E) apenas por médico do trabalho. Comentários: Letra A (art. 195 da CLT) Art. 195 da CLT A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. § 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres
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