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RECURSOS ESTILÍSTICOS

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Ivani Alberto

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RECURSOS ESTILÍSTICOS 
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Sumário 
RECURSOS ESTILÍSTICOS ................................................................... 0 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
 CONCEITO DE ESTILÍSTICA..................................................................3 
CAMPOS DA ESTILÍSTICA......................................................................5 
ESTILÍSTICA SEMÂNTICA.......................................................................9 
QUAIS SÃO OS RECURSOS ESTILÍSTICOS........................................11 
O QUE É ESTILÍSTICA...........................................................................12 
ESTILÍSTICA E FONÉTICA....................................................................13 
ELEMENTOS DA ESTILÍSTICA..............................................................14 
OUTROS RECURSOS EXPRESSIVOS.................................................16 
A ESTILÍSTICA E O ENSINO DE PORTUGUÊS....................................17 
ESTILÍSTICA, ESTILO, RETÓRICA.......................................................19 
AS GRANDES VERTENTES DA ESTILÍSTICA......................................22 
REFERÊNCIAS.......................................................................................25 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho 
de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma 
entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na 
sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos 
científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, 
transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de 
publicações e/ou outras normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, 
de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir 
uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, 
conquistar o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos 
de qualidade. 
 
 
 
 
 
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CONCEITO DE ESTILÍSTICA 
O que é a Estilística? Ela tem a ver com estilo? É importante para a 
compreensão da língua portuguesa? Existe relação com a gramática? 
Certamente, há muitas dúvidas sobre o assunto. Então, é importante 
começar conceituando o termo. 
A Estilística é a parte dos estudos da linguagem que, como o próprio nome 
denota, preocupa-se com o estilo. Nela, a linguagem pode ser utilizada 
para fins estéticos, conferindo à palavra dados emotivos. 
A linguagem afetiva é representada por esse importante recurso, no qual 
podemos observar os processos de manipulação da linguagem utilizados 
para extrapolar a mera função de informar. Na Estilística há um 
interessante contraste entre o emocional e o intelectivo, estabelecendo 
uma relação de complementaridade entre seu estudo e o estudo da 
Gramática, que aborda a linguagem de uma maneira mais normativa e 
sistematizada. 
Muitas pessoas ainda associam o estilo a uma idéia de deformação da 
norma linguística, o que não é necessariamente uma verdade, visto que 
existe uma grande diferença entre traço estilístico e erro gramatical. O 
traço estilístico acontece quando há uma intenção estético-expressiva que 
justifique o desvio da norma gramatical. Já o erro gramatical não 
apresenta uma intenção estética, pois se configura apenas como um 
desconhecimento das regras. 
Existem, pois, os seguintes campos da Estilística: 
⇒ Estilística fônica; 
⇒ Estilística morfológica; 
⇒ Estilística sintática; 
⇒ Estilística semântica. 
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Para auxiliar na organização das palavras, tanto na linguagem escrita 
como na linguagem oral, a Estilística ocupa-se do estudo dos elementos 
expressivos, abarcando assim a conceitualização e os diversos usos 
das figuras, vícios e funções de linguagem. A partir da leitura de nossos 
artigos, você poderá entender quão importante é a Estilística, um recurso 
amplamente utilizado em diversos gêneros, especialmente na linguagem 
poética e na linguagem publicitária. 
 
A Estilística está relacionada com a função expressiva, que pretende conferir emoção 
ao discurso através de recursos como as figuras de linguagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAMPOS DA ESTILÍSTICA 
De acordo com os estudiosos, a Estilística pode ser dividida nos seguintes 
campos: 
Estilística Fônica 
Nesse campo, as figuras de som contribuem para atribuir harmonia aos 
textos mediante a sonoridade, como podemos verificar nas figuras de som 
ou harmonia abaixo: 
Aliteração: a repetição de consoantes marca o ritmo do texto. Exemplo: 
O peito do pé do Pedro é preto. 
Veja também: Aliteração 
Assonância: a repetição harmônica das vogais intensifica o ritmo do texto. 
Exemplo: 
Minha Foz do Iguaçu 
Pólo Sul, meu azul 
Luz do sentimento nu 
(Trecho da música Linha do Equador - Djavan) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estilística Morfológica 
Esse campo da Estilística se preocupa principalmente com a forma. Para 
tanto, o recurso mais utilizado para exprimir mais emoção ao texto são os 
sufixos aumentativos e diminutivos. 
Exemplo: 
No Brasil, usa-se o diminutivo principalmente em relação à comida. 
Nada nos desperta sentimentos tão carinhosos quanto uma boa comidinha. 
- Mais um feijãozinho? 
O feijãozinho passou dois dias borbulhando num daqueles caldeirões de 
antropófagos com capacidade para três missionários. Leva porcos inteiros, 
todos os miúdos e temperos conhecidos e, parece, um missionário. Mas a dona 
de casa o trata como um mingau de todos os dias. 
- Mais um feijãozinho? 
- Um pouquinho. 
- E uma farofinha? 
- Ao lado do arrozinho? 
- Isso. 
- E quem sabe mais uma cervejinha? 
- Obrigadinho. 
(Trecho de Diminutivo - Luís Fernando Veríssimo) 
 
 
 
 
 
 
 
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Stilística Sintática 
A Estilística Sintática recorre a uma série de recursos para proporcionar 
efeitos estéticos nos textos. 
 Veja abaixo como as figuras de sintaxe ou de construção contribuem 
nesse sentido: 
Silepse: a construção frasal baseia-se na concordância das ideias 
expressas no discurso. Exemplo: 
 
Uso da silepse de pessoa em "mais da metade da população mundial somos crianças" 
e "as crianças, vamos ter o mundo nas mãos" 
Anáfora: a repetição de palavras de forma regular marca o ritmo do texto. 
Exemplo: 
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Uso da anáfora pela repetição de "se for" 
 
 
Anacoluto: caracteriza-se pela mudança na sequência lógica da 
estrutura da frase tornando o texto mais interessante. 
Exemplo: 
“Eu, porque sou mole, você fica abusando. (Rubem Braga) 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTILÍSTICA SEMÂNTICA 
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No campo da Estilística Semântica os efeitos responsáveis por trazer 
emoção ao texto são as figuras de palavras ou semânticas. 
Dentre elas, destacam-se: 
Metáfora: a comparação de palavras que não se relacionamentre si torna 
o texto mais atrativo. 
Exemplo: 
 
Na imagem acima, a aderência do o pneu à pista está sendo comparada à do durex no papel 
 
Metonímia: é marcada pela transposição de significados, que considera 
a parte pelo todo. 
Exemplo: 
“Tinha tanta fome que comeu três pratos ao almoço. 
A metonímia está presente na ideia "comer o pratos". Na verdade, a 
pessoa não comeu os pratos, mas o que continha neles. 
 
 
Sinestesia: o efeito estilístico é transmitido através da associação de 
sensações por órgãos de sentidos diferentes. 
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Exemplo: 
“Agora, o cheiro áspero das flores leva-me os olhos por dentro de 
suas pétalas. 
(Trecho de Recordação - Cecília Meireles) 
O cheiro está associado ao olfato e não ao tato (cheiro áspero). 
 
 
 
QUAIS SÃO OS RECURSOS ESTILÍSTICOS 
Os recursos estilísticos são meios utilizados pela Estilística para 
individualizar os estilos, a depender das funções da linguagem 
empregadas. Nisso, nos referimos às funções emotiva, referencial, 
poética, conativa, metalinguística e fática. 
Sendo assim, a Estilística faz uso dos seguintes recursos linguísticos 
empregados pela língua: 
 Linguagem Denotativa e Conotativa: recursos da língua 
empregados conforme o contexto em que ocorrem. A linguagem 
denotativa representa o uso literal da palavra, como aquele usado 
em jornais e artigos científicos. A linguagem conotativa se refere 
ao uso subjetivo da palavra, frequente em textos literários. 
Exemplo: A fera foi controlada pelo domador x Ela fica uma fera quando 
a ignoram. 
 Vícios de Linguagem: são as construções sintáticas divergentes da 
norma culta. São exemplos: 
 Pleonasmo: repetição de um termo com o mesmo significado na 
mesma oração. 
Exemplo: “rir meu riso” 
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 Barbarismo: erro na grafia ou pronúncia de determinada palavra. 
Exemplo: pobrema (problema) 
 Redundância: quando a informação é expressa mais de uma vez. 
Exemplo: conclusão final 
 Cacofonia: sons desagradáveis formados pela combinação do final 
de uma palavra com o início da seguinte. 
Exemplo: não fiz, já que tinham me falado que ela o faria. 
 Ambiguidade: duplicidade de sentido das palavras. 
Exemplo: Prenderam o cachorro do menino. 
O QUE É ESTILÍSTICA 
A estilística é um recurso da linguística relacionado com o estilo da 
linguagem utilizada, tanto oral quanto escrita. É o estudo da variação da 
língua para atribuir às palavras e frases sentidas emotivos e estéticas. A 
estilística trabalha com o contexto no qual as palavras se inserem para 
identificar os diversos sentidos. A escolha de um sinônimo em vez de 
outro, palavras que trazem significados que não são originalmente 
definidos para ela, a estilística é feita para explicar todas essas questões 
da linguagem. O foco de estudo não são apenas as palavras, mas a forma 
como elas são organizadas, não do mesmo jeito que a sintaxe as estuda, 
mas como são pronunciadas e em que posição geográfica elas se 
encontram, como se organizam em relação ao texto e o tipo de escrita 
usada. Todos esses fatores podem criar um diferente resultado de 
entendimento, segundo os estudos estilísticos. Em resumo, a estilística é 
uma forma de se expressar usando a língua e ultrapassando apenas o 
significado literal das palavras. 
 
 
 
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ESTILÍSTICA E OS ESTUDOS DA LINGUAGEM 
Uma característica da estilística é que ela pode passar por todos os outros 
estudos da linguagem e formar recursos de expressão. Não 
necessariamente ele interage com um por vez, mas para facilitar o estudo 
é melhor separá-los. 
 
 
ESTILÍSTICA E FONÉTICA 
A fonética pode ser combinada com a estilística de diversas maneiras, 
como, por exemplo, pela repetição de fonemas ao longo do texto. O uso 
de palavras que não possuem um significado exato, pois são apenas 
reproduções gráficas de sons, também é fruto desta relação entre as 
áreas da linguísticas. A sonoridade das palavras cria certo ritmo para o 
texto que foge do estudo da gramática. 
ESTILÍSTICA E MORFOLOGIA 
Os recursos morfológicos normalmente estão presentes na estilística em 
sufixos das palavras, os mais comuns são os de aumentativo e diminutivo. 
Esses dois tipos de sufixos normalmente referem-se ao tamanho de 
alguém ou algo, mas neste contexto não precisam referir-se 
necessariamente a isso, e por essa razão é possível, por exemplo, compor 
apelidos carinhosos simplesmente adicionando-se um sufixo diminutivo a 
um nome próprio. 
ESTILÍSTICA E SINTAXE 
A sintaxe traz diversos recursos expressivos, podendo interagir com a 
estilística de várias maneiras. Uma delas é retirar os conectivos de uma 
oração para desacelerar o ritmo, ou repeti-los para acelerar. Os recursos 
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sintáticos podem produzir diversos sentidos numa oração, dar ênfase, 
igualar a língua escrita com a oral, entre diversos outros objetivos. 
ESTILÍSTICA E SEMÂNTICA 
A semântica trabalha com os significados das palavras, e usando-a como 
recurso expressivo, é possível fazer com que uma palavra tenha um 
significado que não pertence a ela, mas no contexto seja possível 
perceber ao que se refere. Essa mistura de semântica e estilística gera 
várias figuras de linguagem, entre elas a metáfora e a metonímia. 
ELEMENTOS DA ESTILÍSTICA 
O estudo aprofundado da estilística a diversos outros assuntos é 
importante para a expressão e para entender melhor não só a literatura, 
mas qualquer obra que carregue um mínimo de expressão. São itens 
pertinentes à estilística: 
Figuras de Linguagem: São recursos estilísticos que utilizam aspectos 
fonólogicos, sintáticos ou semânticos para auxiliar a expressão do 
emissor. 
Funções de Linguagem: São formas que a linguagem assume a partir 
da adoção de recursos estilísticos que conferem a ela certas 
características que a tornam adequada para determinadas finalidades. 
Alguns estudiosos da língua portuguesa também associam à estilística a 
questão da Conotação e Denotação , suas definições e utilizações. 
 
 
 
 
 
 
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Fonte:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fpt.slideshare.net%2Fkati
apgm%2Fliteratura-recursos-estilsticos&psig=AOvVaw3F732UGulIR-
bbIAESqYN4&ust=1603462324945000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCMi3lu
SwyOwCFQAAAAAdAAAAABAD 
 
 
 
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OUTROS RECURSOS EXPRESSIVOS 
São diversos instrumentos estilísticos que servem para dar ênfase ao 
texto ou em passagens que poderiam passar desapercebidas. 
 Exemplos desses recursos são: Repetição; Enumeração; Adjetivação 
Expressiva; Paralelismo; Polissemia; Intertextualidade; Ambiguidade; 
Interrogação Retórica; Alegoria; Recursos sonoros variados: 
assonâncias, aliterações, rimas, onomatopeias. 
 
 
 
 
 
A ESTILÍSTICA E O ENSINO DE PORTUGUÊS 
Definida como a disciplina lingüística que estuda os recursos afetivo-
expressivos da língua (ou sistema, no sentido estruturalista de Ferdinand 
de Saussure), a estilística é uma ciência recente (fundada no início do 
século XX pelo suíço Charles Bally e o alemão Karl Vossler), mas um 
saber muito antigo, que remonta à tradicional retórica dos gregos. Tendo 
em comum o estudo da expressividade, distinguem-se, contudo, por seus 
objetivos: a retórica era uma doutrina com finalidade pragmático-
prescritiva, enquanto a estilística, como ciência, apresenta um caráter 
mais descritivo-interpretativo, sem considerações de natureza normativa. 
Essa preocupação fica reservada à gramática, sistematização dos fatos 
contemporâneos da língua, com vistas a uma aplicação pedagógico-
escolar.16 
 
 
 
 
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Há quem veja os estudos estilísticos antes como um procedimento 
metodológico do que propriamente uma ciência. De acordo com essa 
visão, a estilística seria considerada um subdomínio das ciências da 
linguagem, fundamentando-se em teorias lingüísticas e literárias de 
diversas tendências, como o idealismo, o estruturalismo, o gerativismo, a 
semiótica, etc. 
Dividida por Pierre Guiraud (1970: 62) em estilística da língua ou da 
expressão (linha estruturalista de Bally: ênfase à expressividade latente 
no sistema) e estilística genética ou do autor (corrente idealista de Vossler 
e Leo Spitzer: ênfase à criação expressiva individual), trabalha com 
algumas categorias básicas, como funções da linguagem, estilo, desvio e 
escolha. 
 
 
 
No que diz respeito ao trabalho com os recursos estilísticos, devemos 
levar em consideração que se trata de um ramo da linguística voltado para 
a análise de meios afetivo-expressivos da língua. Em outras palavras, 
seria o estudo destinado a um caráter mais descritivo e mais interpretativo 
que se pode obter a partir das possibilidades que a língua nos 
proporciona. 
O resultado desse uso inventivo da língua é a criação expressiva 
individual, ou seja, os efeitos expressivos. É importante frisar que tais 
efeitos não se revelam absolutos; senão, relativos. Essa relativização dos 
efeitos expressivos decorre do contexto. O diminutivo, por exemplo, pode 
ter valor afetivo; no entanto, apenas a situação de seu uso poderá nos 
dizer se ele reforça a humildade do personagem, ou sugere a linguagem 
infantil, ou expressa o cuidado do rapaz com sua amada… 
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Por fim, é importante ressaltar que o recurso estilístico, em muitos casos, 
apresenta-se como uma forma de desvio em relação ao padrão normativo, 
explorando aspectos fonéticos, lexicais e sintáticos. 
 
 
 
 
ESTILÍSTICA, ESTILO, RETÓRICA 
Segundo Guiraud (1970), estilística é a disciplina que estuda a 
expressividade duma língua e sua capacidade de emocionar mediante o 
estilo. Esse estilo, por sua vez, é o objeto de estudo da retórica antiga. Ele 
define-se não somente como uma maneira de escrever, mas também, 
como a maneira de escrever própria de um escritor, de uma escola 
artística, de um gênero, de uma época, de uma cultura. Tem-se então que: 
“A estilística […] não é mais que o estudo da expressão linguística; e a 
palavra estilo, reduzida a sua definição básica, nada mais é que uma 
maneira de exprimir o pensamento por intermédio da linguagem”. 
(GUIRAUD, 1970, p.11). A retórica dos séculos clássicos é, ao mesmo 
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tempo, uma arte da expressão literária e uma norma; instrumento crítico 
para a apreciação de estilos individuais e da arte de escritores renomados. 
Todavia, a partir do século XVIII, sua concepção tornou-se obsoleta, 
devido à chegada de novas tendências da arte e da linguagem. Por razão 
de sua incapacidade de reciclagem, surge a “Estilística” em sua dupla 
forma e torna-se uma retórica moderna, atualizando-se em uma ciência 
da expressão e também uma crítica dos estilos individuais. O conjunto dos 
processos do estilo constituía; entre os antigos, objeto de um estudo 
especial, a retórica, arte da linguagem, técnica da linguagem considerada 
como arte e simultaneamente, gramática da expressão literária e 
instrumento crítico para a apreciação das obras. Transmitida da 
Antiguidade à Idade Média, renovada na época clássica, constitui uma 
estilística que é ao mesmo tempo ciência da expressão e ciência da 
literatura, tal como podia ser entendida na época. (GUIRAUD, 1970, p.18). 
Considerando que a gramática das línguas naturais se abre em quatro 
grandes módulos (fonética/fonologia, morfologia, sintaxe e semântica) e 
que as fronteiras entre os mesmos não são absolutas, mas graduais (tanto 
que é possível falar em morfologia ou morfossintaxe), é possível 
vislumbrar pelo menos três grandes dimensões da Estilística, conforme o 
faz Mattoso Câmara Júnior (1997, p. 110), a saber: 
a) estilística fônica ou fono-estilística, que ressalta a expressividade do 
material fônico dos vocábulos tanto isolados quanto agrupados em frase. 
Nesse caso, estudam-se, sobretudo as assonâncias vocálicas, como no 
verso “E as cantilenas de serenos sons amenos”, de Eugênio de Castro; 
as aliterações, como nos seguintes versos de Fernando Pessoa: “Em 
horas, ainda louras. Lindas / Clorindas e Belindas, brandas / Brincam nos 
tempos das Berlindas / As vindas vendo das varandas”; e as 
onomatopeias, como em “Café com pão; Café com pão / Café com pão / 
Café com pão”, de Manuel Bandeira, onde a repetição do sintagma “café 
com pão” sugere o ruído de uma locomotiva em movimento. Para tanto, o 
objeto de análise é o material fonético da língua, sobretudo os jogos entre 
sons oclusivos versus fricativos, surdos versus sonoros, entre outras 
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oposições possíveis. Além disso, considerando a representação escrita, 
à estilística fônica interessam também os fenômenos da paronímia, 
homofonia e homografia, a entoação frasal, o ritmo do verso ou da frase 
e a musicalidade inerente à palavra. 
b) Estilística léxico-semântica ou léxico-estilística, que estuda a seleção 
vocabular e os fenômenos de conotação e polissemia, referentes aos 
valores afetivos, emotivos, ou socialmente convencionais que se aderem 
à significação das palavras. Assim, entram aí a exploração do vocabulário, 
o emprego de diminutivos e aumentativos afetivos, o emprego de 
diminutivos pejorativos ou maliciosos, a exploração da polissemia, da 
sinonímia e da paronímia, mais a exploração do antagonismo entre 
determinados campos semânticos. Somem-se ainda a coesão semântica 
obtida a partir da seleção vocabular, os fenômenos de denotação e 
conotação, a monossemia ou monossignificação versus a polissemia ou 
plurissignificação, as figuras de linguagem tais como as comparações, as 
metáforas e metonímias, as hipérboles e as sinestesias, os neologismos 
(criação estilística de novas palavras) e a adequação vocabular. 
 c) Estilística sintática, cujo objetivo de análise é a ordem sintática e os 
fenômenos a ela inerentes, tais como ruptura da ordem sintática 
preferencial dentro de um verso ou de uma frase. Nesse caso, à estilística 
sintática interessam as variantes de colocação, suscetíveis de causar 
emoção ou sugestionar o próximo. Além dessas três grandes dimensões 
da Estilística geral, conforme Monteiro (2005) existem modalidades mais 
específicas da ciência estilística, quando aplicada delimitadamente a 
outros domínios, como, por exemplo, um texto jornalístico, um texto 
jurídico, um texto científico ou a uma campanha de propaganda de um 
determinado produto. Em cada um desse 
 
 
 
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AS GRANDES VERTENTES DA ESTILÍSTICA 
Ao longo do desenvolvimento dos estudos estilísticos, segundo este ou 
aquele ponto de vista, foram se delineando pelo menos nove grandes 
vertentes, conforme Monteiro (2005, p.15-41), a saber: 
a) estilística retórica; 
 b) estilística descritiva; 
 c) estilística idealista; 
d) estilística estrutural; 
e) estilística gerativa; 
d) estilística poética; 
e) estilística semiótica; 
f) estilística estatística; 
g) estilística discursiva. 
Destas, conceituar-se-á as primeiras de forma breve apenas para que se 
tenha uma noção do que as diferenciam, pois não é objetivo do trabalho 
focar nas várias estilísticas, mas nas figuras. 
Estilística retórica 
 Resultante da retomada da retórica clássica, a Estilística Retórica 
concentra-se em dois grandes objetivos: 1) utilizar métodos linguísticos 
para a análise do texto literário; 2) transpor o conceito de função poética 
da linguagempara o de função retórica. 
Estilística descritiva 
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Conforme Monteiro (2005), os objetivos dessa vertente dos estudos de 
estilística são: analisar a expressão dos fatos de sensibilidade sobre a 
linguagem; analisar a ação dos fatos de linguagem sobre a sensibilidade. 
Esses objetivos seriam aplicáveis a alguns domínios, a saber: a) à 
linguagem em sua totalidade, procurando determinar os chamados 
“universais estilísticos”; à uma determinada língua, delimitando a 
“estilística langue”. 
Estilística idealista 
Segundo Monteiro (2005), a estilística idealista é resultado das idéias 
esteticistas de Benedetto Croce (1866-1952). Seu principal postulado é a 
unidade do espírito humano, que seria a fonte de todo o conhecimento. 
Assim, a partir da premissa de que os traços fundamentais da expressão 
poética são a totalidade e a universalidade, Croce procurou submeter o 
conceito de poesia a uma investigação sistemática. 
 Estilística estrutural 
Consoante Monteiro (2005), a Estilística Estrutural deve estar baseada em 
critérios objetivos, suficientes para controlar as possíveis inferências do 
leitor. Assim, a metodologia de análise estilística deve centrar-se nos fatos 
“estilisticamente marcados” em oposição a outros fenômenos linguísticos 
“não-marcados” em termos de estilo. Isso significa que é importante 
ressaltar a percepção do leitor, posto que sejam exatamente os fatos 
“marcados” os que surpreendem o leitor, uma vez que são imprevisíveis. 
Logo, aí, são fundamentais as noções de “norma” e “desvio” e a de 
“campos estilísticos”, proposta por Pierre Guiraud (1954a, b). 
Estilística gerativa 
De acordo com Monteiro (2005), o estilo é resultado de transformações 
de estruturas profundas em estruturas de superfície, que variam segundo 
as regras transformacionais em operação. Logo, o “efeito estilístico” 
resulta de uma forma particular de utilização do mecanismo 
transformacional inerente à língua em nível de realização superficial. 
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Estilística poética 
Monteiro (2005) entende a Estilística poética com base em metodologia 
de análise linguística, procura descrever os níveis estruturais da 
linguagem poética, que seriam a fonte da “literariedade” ou 
“expressividade literária”. Desse modo, a linguagem poética difere da 
língua prosaica pelo caráter perceptível de sua construção. Pode-se 
perceber seja pelo aspecto acústico, seja pelo aspecto articulatório, seja 
pelo aspecto semântico, às vezes, não é a construção, mas a combinação 
de palavras, a sua disposição que é perceptível. 
 Estilística semiótica 
A Estilística semiótica procurou transcender os limites da frase ou verso, 
do texto literário, para buscar uma análise da expressividade nos mais 
variados tipos de mensagens oriundas de quaisquer outros sistemas 
semióticos (sistemas de signos). Nessa linha de análise, a Estilística se 
aplicaria a quaisquer linguagens, sobretudo às artísticas, enquanto 
sistemas de signos, tendo em vista dois grandes objetivos: a) a análise da 
organização da obra de arte; b) a análise da tipologia do discurso literário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
ANTUNES, Odete. Figuras de Linguagem. Disponível em: Acessado às 
22h30 do dia 05/03/2013 
 AULETE, Caldas. Minidicionário contemporâneo da língua portuguesa. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004. 
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Burdick...[et al.]; tradução de Gordan Chown. São Paulo: Editora Vida, 
2003. 
https://www.todamateria.com.br/estilistica/ 
Novíssima Gramática da Língua Portuguesa – Domingos Paschoal 
Cegalla 
BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada: Como 
interpretar a Bíblia de maneira prática e eficaz. Rio de Janeiro: CPAD, 
2003. 
BUENO, Francisco da Silveira. Minidicionário Escolar da Língua 
Portuguesa Silveira Bueno. São Paulo: DCL, 2010. 
 CÂMARA JUNIOR, Joaquim Mattoso. Dicionário de Línguística e 
Gramática: Referente à Língua Portuguesa. 28. Ed, - Petrópolis, RJ: 
Vozes, 2011. 
DEMOSS, Matthew S. Dicionário do grego do Novo Testamento/ Matthew 
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