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Se foi útil para você deixe um joinha Pergunta 1) ATIVIDADE PRATIQUE 3, LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL O mais antigo jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna, que surgiu por volta de 59 a.C., a partir do desejo de Júlio Cesar de informar a população sobre fatos sociais e políticos ocorridos no império, como campanhas militares, julgamentos e execuções. As notícias eram colocadas em grandes placas brancas expostas em local de grande acesso ao público. Na China, jornais escritos a mão surgiram no século VIII. A partir da invenção de Gutemberg, em 1447, surgiram os jornais modernos, que tiveram grande circulação entre comerciantes, para a divulgação de notícias mercantis. Havia ainda jornais sensacionalistas escritos à mão, como o que noticiou as atrocidades ocorridas na Transilvânia, feitas por Vlad Tsepes Drakul, mais conhecido como Conde Drácula. Em Veneza, o governo lançou o Notizie scritte, em 1556, ao custo de uma pequena moeda que ficou conhecida como “gazetta“. A publicação periódica iniciou-se na Europa Ocidental a partir do século XVII, como o Avisa Relation oder Zeitung, surgido na Alemanha em 1609. O London Gazette, lançado em 1665, ainda mantém-se até a atualidade, agora como publicação oficial do Judiciário. Esses jornais davam pouca atenção a assuntos nacionais, preferindo focar-se em fatos negativos ocorridos em outros países, como derrotas militares e escândalos envolvendo governantes. Os assuntos locais passaram a ser mais abordados na primeira metade do século XVII, mas a censura era uma prática comum, não sendo possível noticiar algo que pudesse provocar insatisfação popular contra o governo. A primeira lei protegendo a liberdade de imprensa foi aprovada na Suécia em 1766. Com a invenção do telégrafo, em 1844, as notícias passaram a circular muito mais rapidamente, gerando uma grande mudança no jornalismo. Em meados do século XIX, os jornais já eram o principal veículo de transmissão das informações, passando a surgir grandes grupos editoriais, que tinham grande capacidade de influência.Nos anos 1920, o surgimento do rádio novamente transformou o jornalismo, o que voltou a acontecer a partir dos anos 1940 com o surgimento da televisão. A partir do fim dos anos 1990, a internet trouxe volume e atualização de informações sem precedentes. VAMOS PRATICAR Sabendo disso e, em posse dos instrumentais apontados nesse estudo, escolha um dos seguintes gêneros textuais para pesquisar sobre: notícia, reportagem, capa de revista, jornal, editorial e artigo de opinião; Tendo isso em mente, aja da seguinte maneira: - Faça uma pesquisa aprofundada. - Aborte a aplicação do gênero, bem como seu público-alvo. - Aponte, pelo menos, um exemplo de profissional que se destaque no uso desse gênero, nos meios comunicativos, explicando um pouco de sua atuação, como ele utiliza esse gênero em prol de sua atividade profissional. RESPOSTA: A reportagem é um gênero textual jornalístico que se diferencia da notícia por seu caráter mais aprofundado. Enquanto a notícia apresenta fatos de forma objetiva e breve, a reportagem investiga, contextualiza e analisa os acontecimentos, muitas vezes incluindo entrevistas, dados estatísticos e diferentes pontos de vista. Ela pode ser publicada em jornais, revistas, portais de internet, rádio ou televisão. Esse gênero é essencial para informar a sociedade sobre temas complexos — como questões sociais, políticas, ambientais, científicas e culturais — e também para provocar reflexão crítica. Por isso, seu público-alvo é bastante amplo: leitores, ouvintes ou espectadores que buscam compreender melhor os acontecimentos do mundo à sua volta, indo além da superfície dos fatos. Público-alvo O público da reportagem é geralmente composto por pessoas interessadas em informações mais completas e contextualizadas. Isso inclui estudantes, profissionais, cidadãos engajados, leitores de jornais e revistas, e usuários de plataformas digitais que desejam entender os impactos e desdobramentos de um fato.Exemplo de profissional Uma das jornalistas brasileiras mais reconhecidas por seu trabalho com reportagens é Eliane Brum. Com atuação em veículos como Época, El País e Revista Piauí, ela se destaca por abordar temas sociais e ambientais com profundidade e sensibilidade. Suas reportagens costumam tratar de populações marginalizadas, conflitos na Amazônia, direitos humanos e questões políticas. Eliane Brum utiliza o gênero reportagem como ferramenta de denúncia e transformação social. Ela investiga os temas com rigor, visita os locais, entrevista os envolvidos e constrói narrativas que revelam os impactos humanos por trás dos dados. Seu trabalho é exemplo de como a reportagem pode ser usada não apenas para informar, mas para dar voz aos invisibilizados e provocar mudanças na sociedade.