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ESTUDO DIRIGIDO DA APOSTILA MICROSCOPIA E TÉCNICAS HISTOLÓGICAS
1- QUAL A FUNÇÃO DO MICROSCÓPIO E EXPLIQUE RESUMIDAMENTE 
OS TIPOS DE MICROSCOPIA EXISTENTE. CITE OS COMPONENTES 
ÓPTICOS E MECÂNICOS DO MICROSCÓPIO DE LUZ, DEFININDO A 
função de cada componente
Função do Microscópio
O microscópio é um instrumento utilizado para ampliar a imagem de objetos muito pequenos, permitindo a observação de detalhes que não são visíveis a olho nu. Ele é essencial para estudos em biologia, medicina e ciências dos materiais.
Tipos de Microscopia
Microscopia Óptica: Usa luz visível para formar a imagem, sendo o tipo mais comum. Inclui variações como o microscópio de campo claro, campo escuro, contraste de fase e fluorescência.
Microscopia Eletrônica: Utiliza feixes de elétrons em vez de luz para obter imagens de alta resolução. Pode ser de transmissão (MET), que analisa estruturas internas, ou de varredura (MEV), que fornece imagens tridimensionais da superfície.
Microscopia de Força Atômica (AFM): Mede forças atômicas na superfície da amostra, permitindo análises detalhadas de materiais e estruturas biológicas.
Microscopia Confocal: Utiliza laser para capturar imagens em diferentes profundidades, formando imagens tridimensionais de amostras biológicas.
Componentes do Microscópio de Luz
Componentes Ópticos:
- Oculares: Lentes na parte superior do microscópio que ampliam a imagem formada pelos objetivos.
- Objetivas: Lentes próximas à amostra que realizam a primeira ampliação da imagem. Podem ter diferentes aumentos (4x, 10x, 40x, 100x).
- Condensador: Concentra e direciona a luz para a amostra, melhorando a qualidade da imagem.
- Diafragma: Controla a quantidade de luz que incide na amostra, ajustando o contraste da imagem.
- Fonte de Luz: Ilumina a amostra para que possa ser visualizada.
Componentes Mecânicos:
- Base: Suporte do microscópio, garantindo estabilidade.
- Braço: Liga a base ao tubo óptico e facilita o transporte do microscópio.
- Platina: Superfície onde a lâmina com a amostra é posicionada. Possui grampos para fixação e controles para movimentação.
- Parafuso Macrométrico: Ajuste grosso da focalização, movendo a platina em grandes distâncias.
- Parafuso Micrométrico: Ajuste fino da focalização, movendo a platina em pequenas distâncias para maior nitidez.
- Revolver: Suporte giratório das objetivas, permitindo a troca entre diferentes ampliações.
Esses componentes trabalham em conjunto para possibilitar a observação de estruturas microscópicas com clareza e precisão.
2- EXPLIQUE A NECESSIDADE DO CORTE HISTOLÓGICO SER FEITO EM 
UMA ESPESSURA ADEQUADA PARA SUA ANÁLISE.
A espessura do corte histológico é fundamental para garantir uma análise precisa ao microscópio. Se o corte for muito grosso, a luz pode ter dificuldade em atravessar a amostra, resultando em imagens pouco nítidas e dificultando a observação dos detalhes celulares e teciduais. Se for muito fino, pode haver perda de estruturas importantes ou danos à amostra.
A espessura ideal depende do tipo de microscopia utilizada:
- Microscopia óptica: Os cortes geralmente variam entre 3 a 7 micrômetros (µm) para permitir a passagem adequada da luz e uma boa coloração dos tecidos.
- Microscopia eletrônica de transmissão (MET): Requer cortes ultrafinos, de 50 a 100 nanômetros (nm), pois os elétrons não conseguem atravessar cortes mais espessos.
Portanto, a padronização da espessura dos cortes histológicos é essencial para obter imagens de qualidade e facilitar o diagnóstico ou estudo das estruturas celulares e teciduais.
3- DESCREVA DETALHADAMENTE AS ETAPAS NECESSÁRIAS A 
PREPARAÇÃO DE LÂMINAS HISTOLÓGICAS PARA MICROSCOPIA DE LUZ
Etapas da Preparação de Lâminas Histológicas para Microscopia de Luz
A preparação de lâminas histológicas segue um processo rigoroso para garantir a preservação da estrutura tecidual e permitir uma boa visualização ao microscópio. As etapas principais são:
1. Coleta e Fixação do Material
O tecido é coletado através de biópsia, cirurgia ou necropsia.
A fixação é realizada com formol a 10% ou outros fixadores químicos para preservar a estrutura e evitar degradação.
A amostra é deixada no fixador por um período adequado (horas ou dias, dependendo do tamanho do tecido).
2. Processamento do Tecido
- Desidratação: O tecido passa por uma série de soluções de álcool em concentrações crescentes (70%, 80%, 90% e 100%) para remover a água.
- Diafanização: Usa-se xilol ou tolueno para substituir o álcool e tornar o tecido translúcido, preparando-o para a infiltração com parafina.
- Inclusão em Parafina: O tecido é embebido em parafina líquida e moldado em blocos sólidos, facilitando o corte.
3. Microtomia (Corte do Tecido)
- O bloco de parafina contendo o tecido é cortado em fatias finas (3-7 µm) usando um micrótomo.
- Os cortes são estendidos em lâminas de vidro e podem ser submetidos a um banho de água morna para alisamento.
- A lâmina é deixada para secar e aderir bem ao vidro.
4. Coloração
A parafina é removida com xilol e a amostra é reidratada em séries de álcool e água.
A coloração é aplicada para destacar estruturas celulares. Os métodos mais comuns são:
Hematoxilina-eosina (HE): Hematoxilina cora núcleos (azul/roxo) e eosina cora citoplasma e matriz extracelular (rosa).
PAS (Ácido Periódico-Schiff): Evidencia carboidratos.
Tricrômicos: Diferenciam tecidos conjuntivos.
Imunohistoquímica: Usa anticorpos marcados para identificar proteínas 
específicas.
5. Montagem e Análise
- A lâmina é coberta com uma lamínula e um meio de montagem para preservação.
- Após a secagem, a lâmina está pronta para observação ao microscópio óptico, permitindo a análise histológica do tecido.
Esse processo garante a obtenção de lâminas bem preparadas, essenciais para diagnósticos e pesquisas biomédicas.
4- EXPLIQUE COMO FUNCIONA OS CORANTES ÁCIDO E BÁSICOS E CITE 
EXEMPLOS
Funcionamento dos Corantes Ácidos e Básicos
Os corantes histológicos são substâncias que interagem com diferentes componentes celulares com base em suas propriedades químicas. Eles são classificados em ácidos ou básicos, dependendo da carga que possuem e do tipo de estrutura celular que coram.
1. Corantes Básicos
Possuem carga positiva (+), o que permite que se liguem a estruturas celulares com carga negativa (-), como os ácidos nucleicos (DNA e RNA) e ribossomos.
Coram estruturas basófilas, que são aquelas ricas em componentes ácidos.
Exemplos:
- Hematoxilina: Corante azul ou roxo que cora núcleos celulares (DNA) e regiões ricas em RNA.
- Azul de Toluidina: Usado para corar mucinas e tecidos conjuntivos.
- Azul de Metileno: Marca células e tecidos biológicos em exames rápidos.
2. Corantes Ácidos
Possuem carga negativa (-), ligando-se a estruturas celulares com carga positiva (+), como proteínas do citoplasma e fibras colágenas.
Coram estruturas acidófilas (eosinófilas), ricas em componentes básicos.
Exemplos:
- Eosina: Corante rosa ou vermelho que cora citoplasma, fibras colágenas e outras proteínas celulares.
- Fucsina Ácida: Usada para coloração de tecidos conjuntivos.
- Orange G: Empregado em técnicas tricrômicas para diferenciação de estruturas.
Exemplo Clássico: Coloração Hematoxilina-Eosina (HE)
- Hematoxilina (básica) → Cora núcleos de azul/roxo.
- Eosina (ácida) → Cora citoplasma e fibras colágenas de rosa.
Essa combinação é a técnica mais comum na histologia, permitindo diferenciar claramente os componentes celulares e teciduais.
5-QUAL A DIFERENÇA ENTRE A MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE 
VARREDURA E DE TRANSMISSÃO. QUAL INDICAÇÃO PRA O USO DE 
CADA UMA DELAS
Diferença entre Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET)
A microscopia eletrônica utiliza feixes de elétrons, em vez de luz, para criar imagens de alta resolução de amostras. Existem duas principais técnicas de microscopia eletrônica: Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET). Ambas têm características e aplicações diferentes.
1. Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)
- Princípiode Funcionamento: No MEV, um feixe de elétrons varre a superfície da amostra, e os elétrons que são refletidos ou emitidos (por efeito de radiação) são capturados para formar a imagem. A imagem gerada é tridimensional e detalha principalmente a superfície da amostra.
- Amostras: A amostra é coberta com uma camada fina de metal condutor (geralmente ouro ou carbono) para evitar a carga elétrica e garantir a boa condução dos elétrons.
- Resolução: A resolução do MEV é mais baixa que a do MET (geralmente na faixa de 1 a 10 nm).
- Imagem: Produz imagens de alta qualidade com detalhes sobre a topografia e morfologia superficial das amostras.
- Indicação: Ideal para examinar superfícies de materiais, células, tecidos biológicos e objetos em escala microscópica, como a visualização de superfícies de células, vírus, ou materiais.
2. Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET)
Princípio de Funcionamento: No MET, os elétrons são transmitidos através da amostra, e a imagem é formada com base na interação dos elétrons com as estruturas internas do tecido. A amostra precisa ser extremamente fina (geralmente de 50 a 100 nm), permitindo que os elétrons passem por ela.
Amostras: As amostras são preparadas com cortes ultrafinos e podem ser tratadas com fixadores e contrastantes especiais para realçar diferentes estruturas celulares (como membranas, núcleos, organelas).
Resolução: O MET tem alta resolução (na faixa de 0,1 a 0,5 nm), permitindo a visualização de estruturas internas detalhadas, como organelas celulares, ribossomos, membranas, etc.
Imagem: Produz imagens bidimensionais de altíssima resolução, com informações detalhadas sobre a estrutura interna das células e tecidos.
Indicação: Usado para examinar a ultraestrutura interna de células e organelas, bem como a visualização de vírus, moléculas e materiais com detalhes a nível atômico. Ideal para análises de estruturas finas, como membranas celulares, mitocôndrias, núcleo celular, e outras organelas.
Conclusão
MEV é mais indicada para detalhar superfícies e morfologia tridimensional, sendo útil em áreas como ciência dos materiais, microbiologia e anatomia.
MET é indicada para analisar estruturas internas a nível subcelular, como em biologia celular, virologia e pesquisas de ultraestrutura.

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