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SISTEMA CARDIOVASCULAR M.V. DANIELLE QUIQUETO Composto por : ❖ Coração – bombear o sangue ❖ Vasos (artérias, veias e capilares) – fluxo do sangue arterial e venoso ❖ Sangue – transporte de oxigênio e nutrientes para o organismo, além da remoção de resíduos metabólitos Coração Localização: ❖ Mediastino Possui 4 câmaras ❖Átrios – direito e esquerdo ❖Ventrículos – direito e esquerdo - Porção dorsal (Base) – formada pelos átrios e grandes vasos - Porção ventral – ventrículos – pericárdio Endocárdio ❖Camada de células endoteliais ❖Revestimento das câmaras cardíacas Miocárdio ❖Miócitos – contração cardíaca ❖Músculo estriado – fibras musculares ❖Baixa resistência elétrica – junções comunicantes nos discos intercalares ❖Mitocôndrias Epicárdio ❖Pericárdio visceral Pericárdio ❖ Membrana que reveste o coração e os grandes vasos ❖ Seroso – interno (camada visceral e parietal) ❖ Fibroso – Externo ❖ Fluido Pericárdico Arquivo pessoal, 2022 Átrios ❖Paredes finas ❖Baixa pressão Valvas cardíacas ❖Mantém fluxo de sangue unidirecional no coração ❖Aberturas e fechamentos passivos Ventrículos ❖Maior parte do peso do coração Cordoalhas Tendíneas ❖Posição dos folhetos valvares ❖Prevenção da regurgitação ❖Tecido fibroso ❖Primárias e secundárias Músculos Papilares ❖ Inseridos nos ventrículos SÍSTOLE E DIÁSTOLE ❖Sístole – contração ❖Diástole – relaxamento Mecanismo de Frank - Starling ❖ Adaptação a volumes crescentes ❖ Volume recebido = volume ejetado ❖ Maior distensão = contração mais efetiva Circulação Pulmonar : ❖Átrio direito ❖Ventrículo direito ❖Pulmões Circulação Sistêmica: ❖ Átrio esquerdo ❖ Ventrículo esquerdo ❖ Órgãos DÉBITO CARDÍACO ❖ Volume de sangue bombeado para o sistema circulatório DC = FC x VS FC – frequência cardíaca VS – Volume sistólico Ex: DC = 90 bpm x 70 ml/min = 6300 ml/min, ou seja, 6,3L/min DÉBITO CARDÍACO Influenciado pelos seguintes fatores: ❖Pré- carga – volume de sangue que retorna ao coração ❖Contratilidade – capacidade do miocárdio de se contrair ❖Pós- carga – resistência que o coração encontra para ejetar o volume de sangue ❖Frequência cardíaca SISTEMA DE CONDUÇÃO IMPULSO ELÉTRICO ❖Onda P – despolarização atrial ❖Complexo QRS – despolarização ventricular ❖Onda T – repolarização ventricular https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/video/sistema-condutor https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/video/sistema-condutor Bulhas cardíacas ❖1ª - sístole ventricular - AV ❖2ª - diástole ventricular - SL ❖BCRNF (sem sopro ou com sopro) ❖Hipofonéticas ❖Hiperfonéticas https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/audio/mitral_regurgitation _murmur_pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/audio/mitral_regurgitation_murmur_pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/audio/mitral_regurgitation_murmur_pt Sopro = turbilhonamento no fluxo sanguíneo ❖Insuficiência – deficiência no fechamento valvar ❖Estenose – deficiência na abertura valvar https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/video/como-as-v%C3%A1lvulas- card%C3%ADacas-funcionam https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/video/como-as-v%C3%A1lvulas-card%C3%ADacas-funcionam https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/video/como-as-v%C3%A1lvulas-card%C3%ADacas-funcionam FOCOS DE AUSCULTAÇÃO CARDÍACA PAM – 3º/ 4º / 5º EIC lado esquerdo T – 4º EIC lado direito CLASSIFICAÇÃO DO SOPRO ❖Grau I – sopro leve, ambiente silencioso ❖Grau II – sopro leve, foco valvar ❖Grau III – sopro de intensidade moderada, propaga para outras valvas ❖Grau IV – sopro de intensidade moderada, propaga para campos pulmonares ❖Grau V – sopro de intensidade severa, frêmito ❖Grau VI – sopro de intensidade severa, frêmito, ausculta sem estetoscópio PRINCIPAIS CARDIOMIOPATIAS EM CÃES E GATOS ❖ Insuficiência Valvar ❖ Cardiomiopatia dilatada ❖ Cardiomiopatia hipertrófica Insuficiência Cardíaca Congestiva ❖ Congênitas • PDA • Estenose aórtica • Estenose pulmonar DOENÇA VALVAR DEGENERATIVA ❖ Degeneração valvar ❖Predisposição – Cavalier King / raças pequenas ❖Progressão com o avanço da idade ❖75% das doenças cardíacas FISIOPATOLOGIA ❖ Pequenos volumes de regurgitação são aceitos pelo átrio ❖ Progressão – diminuição volume sistólico - DC ❖ Ativação SN Simpático e SRAA ❖ Aumento da pré- carga – Frank Starling funcionante – paciente estável ❖ Cronicidade redução da contratilidade miocárdica ENDOCARDIOSE VALVAR MITRAL Insuficiência valva mitral Regurgitação para o átrio Remodelamento atrial Regurgitação valvar Aumento do trabalho cardíaco Remodelamento Ventricular MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ❖ Tosse ❖ Intolerância ao exercício ❖ Cansaço fácil ❖ Esforço respiratório ❖ Ascite / efusão ❖ Síncope ❖ Posição ortopneica DIAGNÓSTICO RADIOGRAFIA TORÁCICA DIAGNÓSTICO ECODOPPLERCARDIOGRAMA ❖ Insuficiência valvar ❖ Remodelamento o Relação AE : Ao ≥ 1,6 o Diâmetro do VE na diástole normalizado ≥ 1,7 ❖ Contratilidade o Fração de ejeção ❖ Quadro congestivo o E-TRIV > 2,5 DIAGNÓSTICO ECODOPPLERCARDIOGRAMA AE AE Ao CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA CARDÍACA EM CÃES COM DOENÇA VALVAR ❖ Estágio A : Raças com predisposição genética conhecida (Cavalier king) ❖ Estágio B: Anormalidade estrutural sem ICC o B1: Alteração valvar, sem repercussão hemodinâmica o B2: Alteração valvar, com repercussão hemodinâmica ❖ Estágio C: Alteração valvar, com quadro de ICC ❖ Estágio D: Alteração valvar, com quadro de ICC refratário ao tratamento INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA ESQUERDA Aumento da pressão atrial E Aumento da pressão venosa pulmonar Aumento da pressão hidrostática capilar Capacidade do sistema linfático excedida Transudato Interstício Alvéolos Edema pulmonar Hipoxemia INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA DIREITA Insuficiência tricúspide / Aumento da pressão arterial pulmonar Aumento da pressão atrial direita Retorno Venoso prejudicado Hepatomegalia / Esplenomegalia Capacidade do sistema linfático excedida Aumento da pressão hidrostática capilar Ascite TRATAMENTO Estágio A: ❖ Nenhum tratamento medicamentoso ou dietético é recomendado ❖ Retirar da reprodução Estágio B: B1: ❖ Nenhum tratamento medicamentoso ou dietético é recomendado. ❖ Repetir ecodopplercardiograma em 6 meses TRATAMENTO Estágio B: B2: ❖ Pimobendan 0,25mg / kg BID ❖ Tratamento dietético ❖ Mensurar pressão arterial sistêmica – tratar ❖ IECA ? ❖ Espironolactona ? TRATAMENTO Estágio C: ❖ Pimobendan 0,25mg / kg BID ❖ Furosemida 2 mg / kg BID ❖ IECA (enalapril ou benazepril) 0,5 mg / kg BID ❖ Espironolactona 2 mg / kg SID ou BID ❖ Mensurar Pressão arterial sistêmica – tratar ❖ Tratamento dietético TRATAMENTO Estágio D: ❖ Pimobendan 0,25mg / kg BID ou TID? ❖ Furosemida 2 mg / kg TID ❖ Torasemida ❖ IECA (enalapril ou benazepril) 0,5 mg / kg BID ❖ Espironolactona 2 mg / kg BID ❖ Sildenafil 1 a 2 mg / kg TID ❖ Mensurar Pressão arterial sistêmica - tratar ❖ Tratamento dietético CARDIOMIOPATIA DILATADA ❖Primária – genética, hereditário ❖Secundária – Nutricional, doenças infecciosas, quimioterápicos, idiopática ❖Predisposição cães raças grandes e gigantes / Cocker spaniel ❖ Pode acometer felinos FISIOPATOLOGIA ❖Comprometimento da função miocárdica - sarcômero ❖Redução da contratilidade cardíaca ❖Ativação dos mecanismos de defesa ❖Remodelamento ventricular ❖Estiramento dos miócitos – redução da complacência ventricular ❖Dilatação das câmaras cardíacas ❖ Insuficiência cardíaca congestiva ❖Arritmias MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ❖ Tosse ❖ Intolerância ao exercício ❖ Cansaço fácil ❖ Esforço respiratório ❖ Sopro de baixa intensidade ❖ Pulso fraco ❖ Síncope ❖ Fraqueza ❖ Perda de peso ❖ Extremidadesfrias ❖ Abdômen abaulado ❖ Mucosas pálidas DIAGNÓSTICO RADIOGRAFIA TORÁCICA DIAGNÓSTICO ECODOPPLERCARDIOGRAMA AE AE Ao ELETROCARDIOGRAMA ❖ Principal arritmia – Fibrilação atrial ❖ Doberman e Boxer – arritmias ventriculares ❖ Complexos QRS alargados ❖ Onda P com duração aumentada ❖ Holter TRATAMENTO ❖Pimobendan 0,25 mg / kg BID ❖IECA 0,5 mg / kg BID ❖Furosemida e Espironolactona BID ❖Digoxina – arritmias atriais ❖Amiodarona – arritmias ventriculares ❖ Terapia suplementar – L- carnitina e taurina CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA ❖ Hipertrofia miocárdica – redução da cavidade ventricular ❖ Comum em felinos de meia idade ❖ Predisposição em Persas e Maine coon ❖ Idiopática / secundária ao hipertireoidismo FISIOPATOLOGIA ❖ Substituição do tecido miocárdico por tecido fibroso ❖Hipertrofia ventricular esquerda ❖Relaxamento anormal – redução da distensibilidade do VE ❖Aumento das pressões interventriculares ❖Redução do DC ❖Isquemia miocárdica ❖Arritmias MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ❖ Assintomáticos ❖ Letargia / cansaço fácil ❖ Tosse ❖ Anorexia ❖ Dispnéia ❖ Palidez de mucosa ❖ Cianose ❖ TPC aumentado ❖ Pulso fraco ❖ Síncope DIAGNÓSTICO RADIOGRAFIA TORÁCICA DIAGNÓSTICO ECODOPPLERCARDIOGRAMA AE AE Ao VE VE DIAGNÓSTICO ECODOPPLERCARDIOGRAMA AE AE Ao VE VE ELETROCARDIOGRAMA ❖ Normal ❖ Onda P com duração aumentada ❖ Onda R alta ❖ Aumento da amplitude QRS ❖ Taquicardia sinusal ❖ Arritmias atriais e ventriculares ❖ Mensuração de Pressão arterial sistêmica o HAS leva a hipertrofia concêntrica do VE o Leve a moderada ❖ Dosagem de hormônio tireoidiano o Hipertireoidismo eleva a FC e o trabalho cardíaco o Pode piorar o quadro de CMH ESTADIAMENTO TRÍADE DE VIRCHOW Risco de Tromboembolismo ❖ Estase sanguínea – átrio aumentado ❖ Hipercoagulabilidade – tendência natural a agregação plaquetária no felino ❖ Lesão endotelial – microfissuras e exposição da matriz endotelial nas células distendidas TRATAMENTO Estágio A: ❖ Nenhum tratamento é indicado ❖ Repetir o exame em 1 ano Estágio B: B1: ❖ Monitoramento ❖ Atenolol? TRATAMENTO Estágio B: B2: ❖ Risco de ICC e TEA ❖ Prevenção de TEA – Clopidogrel 18,75mg / gato SID ❖ Ectopia ventricular – Atenolol 6,25 mg / gato BID ❖ Fibrilação atrial – Diltiazem 1 a 3 mg / kg TID ou Atenolol 6,25 mg / gato BID TRATAMENTO Estágio C: ❖ Furosemida 1 a 2 mg / kg BID ❖ Prevenção de TEA – Clopidogrel 18,75mg / gato SID ❖ Pimobendan 0,625 a 1,25 mg / gato BID (se não houver obstrução via saída do VE) ❖ IECA? ❖ Reavaliação a cada 2 a 4 meses TRATAMENTO Estágio D: ❖ Torasemida 0,1 a 0,2 mg / kg SID ( se furosemida acima de 6mg / kg / dia ) ❖ Espironolactona 1 a 2 mg / kg SID ou BID ❖ Pimobendan 0,625 a 1,25 mg / gato BID ❖ Taurina 250 mg / VO BID ❖ Tratamento dietético PERSISTÊNCIA DO DUCTO ARTERIOSO ❖Anomalia congênita mais comum em cães ❖Prevalência em cães de pequeno porte / pastor alemão ❖Correção cirúrgica https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/video/circula%C3%A7%C 3%A3o-card%C3%ADaca-pr%C3%A9-natal https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/video/circula%C3%A7%C3%A3o-card%C3%ADaca-pr%C3%A9-natal https://www.msdmanuals.com/pt/casa/multimedia/video/circula%C3%A7%C3%A3o-card%C3%ADaca-pr%C3%A9-natal FISIOPATOLOGIA ❖Desvio do sangue da aorta para a artéria pulmonar – desvio esquerda-direita ❖Sobrecarga no átrio esquerdo ❖Dilatação do AE e VE ❖Insuficiência cardíaca congestiva esquerda ❖ Se hipertensão pulmonar – desvio direita-esquerda MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ❖Ocorrem nos primeiros meses de vida ❖Tosse ❖Intolerância ao exercício ❖Dispnéia / cianose ❖Síncope ❖Retardo no crescimento https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/audio/patent_d uctus_arteriosus_murmurs_pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/audio/patent_ductus_arteriosus_murmurs_pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/audio/patent_ductus_arteriosus_murmurs_pt DIAGNÓSTICO Pul – artéria pulmonar DA – ducto arterioso AoD – aorta descendente AVALIANDO O ECODOPPLERCARDIOGRAMA Obrigada !!! Slide 1: Sistema cardiovascular Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13: Sístole e diástole Slide 14 Slide 15 Slide 16: Débito cardíaco Slide 17: DÉBITO CARDÍACO Slide 18: Sistema de condução Slide 19 Slide 20: Impulso elétrico Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26: Focos de auscultação cardíaca Slide 27 Slide 28: Classificação do sopro Slide 29: Principais cardiomiopatias em cães e gatos Slide 30: Doença valvar degenerativa Slide 31 Slide 32: Fisiopatologia Slide 33: Endocardiose valvar mitral Slide 34: Manifestações clínicas Slide 35: Diagnóstico Radiografia torácica Slide 36 Slide 37: Diagnóstico ecodopplercardiograma Slide 38: Diagnóstico ecodopplercardiograma Slide 39: Classificação da doença cardíaca em cães com doença valvar Slide 40: Insuficiência cardíaca congestiva esquerda Slide 41: Insuficiência cardíaca congestiva direita Slide 42: Tratamento Slide 43: Tratamento Slide 44: Tratamento Slide 45: Tratamento Slide 46: Cardiomiopatia dilatada Slide 47 Slide 48: Fisiopatologia Slide 49: Manifestações clínicas Slide 50: Diagnóstico Radiografia torácica Slide 51: Diagnóstico ecodopplercardiograma Slide 52: Eletrocardiograma Slide 53: Tratamento Slide 54: Cardiomiopatia hipertrófica Slide 55 Slide 56: Fisiopatologia Slide 57: Manifestações clínicas Slide 58: Diagnóstico Radiografia torácica Slide 59: Diagnóstico ecodopplercardiograma Slide 60: Diagnóstico ecodopplercardiograma Slide 61: Eletrocardiograma Slide 62 Slide 63: Estadiamento Slide 64: Tríade de Virchow Slide 65: Tratamento Slide 66: Tratamento Slide 67: Tratamento Slide 68: Tratamento Slide 69: Persistência do ducto arterioso Slide 70 Slide 71 Slide 72: Fisiopatologia Slide 73: Manifestações clínicas Slide 74: Diagnóstico Slide 75: Avaliando o ecodopplercardiograma Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80