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direitos da personalidade

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Direitos 
Da 
Personalidade
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DIREITOS DA PERSONALIDADE
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:
 Art. 5º IV, V e X e artigo 220 e incisos todos da CRFB/88;
 Art. 11 a 21 do Código Civil
PRESSUPOSTO: 
 Existência de direitos extra-patrimoniais nas relações interprivadas. 
 Possibilita a pessoa atingida um instrumento para a sua defesa e reparação de danos (lesão ou ameaça de lesão). 
 Proteção à pessoa humana: direitos subjetivos privados.
Diferença entre Personalidade e Direitos da Personalidade
 Personalidade como aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações na vida civil ; ÂNGULO EXTERNO
 Direito de Personalidade tem-se a Personalidade como um conjunto de características e atributos da pessoa humana considerada como objeto de proteção por parte do ordenamento jurídico; 
ÂNGULO INTERNO
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Direitos da Personalidade
Características:
Absolutos – Os direitos da personalidade são absolutos, entenda, oponíveis erga omnes.
Extrapatrimoniais – Os direitos da personalidade são extrapatrimoniais, porém, a sua violação pode implicar em um efeito patrimonial, que é a reparação pecuniária. Impenhoráveis – Não admitem penhora, claro! Não possuem valor patrimonial.
Inatos ou Vitalícios – Inatos porque eles nascem com o titular e são vitalícios. :
Imprescritíveis – Não há prazo extintivo para requerer a sua proteção. 
OBS 1: A imprescritibilidade dos direitos da personalidade, no entanto, não implica em imprescritibilidade da pretensão reparatória pecuniária, da reparação do dano – art. 206, §3º, inciso V CC/02.
OBS 2: O STJ criou uma exceção. A partir da regra do art. 14, da Lei 9.114/95 (foi a lei que reconheceu o direito à indenização para as pessoas que morreram na época da tortura), o STJ entendeu que a reparação por dano moral decorrente de tortura é imprescritível. REsp 816.209/RJ (Luiz Fux). É uma exceção à regra, porque a regra geral é a prescritibilidade das pretensões reparatórias e aqui, você tem, excepcionalmente, uma prestação pecuniária imprescritível no caso de reparação decorrente de tortura. Na interpretação que o STJ deu ao art. 14, da Lei 9.114/95.
REsp 816.209 (03/09/07) “Em casos em que se postula a defesa de direitos fundamentais, indenização por danos
morais decorrentes de atos de tortura por motivo político ou de qualquer outra espécie, não há que prevalecer
imposição qüinqüenal prescritiva.”
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Direitos da Personalidade no Código Civil
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
A partir do art. 11 nós podemos dizer que as características dos direitos da personalidade são:
Intransmissibilidade
Irrenunciabilidade
Ideia 01:	Com exceção dos casos previstos em lei
Ideia 02:	Os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis
Ideia 03:	Não podem sofrer restrição voluntária.
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O titular pode dispor dos direitos à personalidade, restringir voluntariamente os seus direitos à personalidade dentro de determinados parâmetros. Quais são esses parâmetros para o ato de disposição, para a limitação voluntária dos direitos da personalidade?
1º Parâmetro:	O ato não pode ser permanente 
2º Parâmetro:	O ato não pode ser genérico 
3º Parâmetro:	O ato não pode violar a dignidade do titular 
Enunciado 4 da Jornada de Direito Civil – Art.11: o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral.
Enunciado 139 da III Jornada de Direito Civil – Art. 11: Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons costumes.
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Direitos da Personalidade no Código Civil
EXCEÇÕES LEGAIS: ARTIGOS 13 A 21 CC
Artigo 13 : Trata da remoção de órgãos; atos praticados em vida; exigência médica ( risco de vida presumido ); Contrariar os bons costumes; alteração em registro público; exames periciais e intervenções cirúrgicas autorizadas.
Artigo 14 : Objetivo científico ou altruístico; transplante de órgãos para salvar vidas. Vontade do doador presumida até disposição em contrário do próprio
Artigo 15 : Vedado o tratamento médico com risco de vida; autorização do paciente ou familiares.
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Diretos da personalidade – Honra , Imagem e Vida Privada
Artigo 20 : proteção à honra, à boa fama e à respeitabilidade da pessoa; utilização deve se dar na forma da lei; Dano moral e dano material; Autorização expressa ou tácita, sem deixar dúvidas; renúncia à privacidade.
	Administração da Justiça: dilação probatória, por quebra de sigilo bancário, telefônico ou fiscal ou qualquer outra prova amparada pelo segredo de justiça. Autorização do Juiz competente; Manutenção da Ordem Pública - juízo de valor da autoridade com plena convicção, responsabilizando-se ante a pessoa do atingido; ordem pública X Direito Privado.
	Novamente no parágrafo único faltou o companheiro e companheira.
Artigo 21:Instrumento de proteção á vida privada, a inviolabilidade e à intimidade; é um instrumento de proteção. Fundamenta-se no artigo 5º, XI da CRFB/88. 
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DIREITOS DA PERSONALIDADE 
e 
CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL 
Dois aspectos são relevantes quando da efetivação dos direitos da personalidade:
Primeiramente a verificação do aspecto limitativo autorizativo pelo elemento vontade, onde o operador do direito verificará se é possível a disposição do direito, na forma do artigo 11 do CC;
Em segundo lugar, quase sempre o tema atingirá princípios constitucionais que devem ser observados e numa primeira vista parece verdadeiro conflito normativo. Pode-se, aqui, fazer referência a “preponderância de um princípio sobre o outro” na aplicação do caso concreto , resguardando sempre o espírito da Lei Maior e os fundamentos do Novo Código Civil.
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Jurisprudência 
2008.001.31323 - APELACAO CIVEL DES. MAURICIO CALDAS LOPES - Julgamento: 02/07/2008 - SEGUNDA CAMARA CIVEL Danos morais. Excursão contratação e não realizada.Sentença de procedência quanto aos danos materiais.Apelação cível intentando reparação também quanto aos de índole moral.Decisão da relatoria negando seguimento ao recurso. Agravo Inominado, do § 1º, do artigo 557, do Código de Processo Civil, tirado contra a respectiva decisão. Mero inadimplemento contratual da parte ré, desacompanhado da demonstração de extraordinária repercussão não gera danos de ordem extra-patrimonial. Falha nos serviços prestados pelo réu de que não se recolhe lesão a direito da personalidade, tanto mais quanto do episódio - de que não se recolhe, in re ipsa, dano qualquer -não resultara repercussão qualquer repercussão, senão aborrecimentos que fazem parte da vida de relação. Recurso não provido. 
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Jurisprudência 
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Jurisprudência 
2008.001.33586 - APELACAO CIVEL - 1ª Ementa DES. MAURICIO CALDAS LOPES - Julgamento: 27/06/2008 - SEGUNDA CAMARA CIVEL Ação ordinária com vistas a reparação por danos morais e outros pleitos.Sentença procedência parcial tão somente para declarar a inexistência do débito bem como determinar a emissão de nova fatura referente ao mês de janeiro/07.Apelação que se bate pela condenação da ré a compor danos de ordem moral. Dano moral. Falha efetivamente constatada, mas daí a recolher-se lesão a direito da personalidade da autora vai distância invencível, tanto mais quanto do episódio - de que não se recolhe, in re ipsa, dano qualquer -- não lhe resultara qualquer repercussão, além dos aborrecimentos que fazem parte da vida de relação. E falha do serviço -- que nada mais é do que inadimplemento do contrato de prestá-los a tempo e modo -- sem repercussões no plano da honra subjetiva e/ou objetiva da consumidora não pode, só por si, gerar o dano e, em conseqüência, o dever de indenizar.Incidência do enunciado da Súmula 75, deste Tribunal, o simples descumprimento
de dever legal ou contratual, por caracterizar mero aborrecimento, em princípio, não configura dano moral, salvo se da infração advém circunstância que atenta contra a dignidade da parte.Recurso manifestamente improcedente a que se nega seguimento.
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Jurisprudência do TJRJ - Súmula
Súmula n.º 75 DESCUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL MERO ABORRECIMENTO DANO MORAL INEXISTÊNCIA
“O simples descumprimento de dever legal ou contratual, por caracterizar mero aborrecimento, em princípio, não configura dano moral, salvo se da infração advém circunstância que atenta contra a dignidade da parte.”
Referência : Uniformização de Jurisprudência n.º 2004.018.00003 na Apelação Cível n.º 2004.001.01324 – Julgamento em 22/11/2004– Votação: unânime – Relator: Des. Luiz Zveiter – Registro de Acórdão em 01/03/2005 – fls. 779/798.
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Jurisprudência TJRJ - Nome
2008.001.06213 - APELACAO CIVEL - 1ª Ementa DES. SIRO DARLAN DE OLIVEIRA - Julgamento: 25/03/2008 - DECIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL RETIFICACAO DE REGISTRO CIVIL MUDANCA DE PRENOME PRINCIPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA - DIREITO DA PERSONALIDADE
APELAÇÃO CÍVEL. ALTERAÇAO DE REGISTRO CIVIL. PRETENSÃO AUTORAL DE ALTERAÇÃO DE PRENOME. ALEGAÇÃO DE QUE A AUTORA FOI REGISTRADA COM NOME QUE LHE CAUSA CONSTRANGIMENTOS, NÃO CORRESPONDENDO O MESMO À SUA IDENTIFICAÇÃO NO MEIO SOCIAL. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. NÃO SE AFIGURA RAZOÁVEL, NA HIPÓTESE VERTENTE DOS AUTOS, A INTERPRETAÇÃO LITERAL DO DISPOSITIVO CONTIDO NO ART. 58 DA LEI DE REGISTROS PÚBLICOS SOBRE A IMUTABILIDADE DO PRENOME, DEVENDO O JULGADOR, EM ATENÇÃO A ESPECIFICIDADE DO CASO, VALER-SE DO CRITÉRIO DA EQUIDADE, BEM COMO ATENÇÃO AOS FINS SOCIAIS QUE NORMA SE DESTINA E ÀS EXIGÊNCIAS DO BEM COMUM, POIS, SUA APLICAÇÃO MECÂNICA NÃO ATENDE A FINALIDADE SOCIAL QUE SE PRETENDE CONFORME NOSSA ORDENAÇÃO JURÍDICA PÁTRIA. IMUTÁVEL DEVE SER CONSIDERADO O NOME PELO QUAL A PESSOA É SOCIALMENTE CONHECIDA, E NÃO AQUELE COM A QUAL FORA REGISTRADA, ADMITINDO-SE INCLUSIVE A FLEXIBILIDADE, NO TOCANTE A NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO DECADENCIAL PARA O AJUIZAMENTO DA AÇÃO CORRESPONDENTE. ATENÇÃO AO PRINCIPIO DA DIGNIDADE HUMANDA QUE ASSEGURA A GARANTIA DO DIREITO DA PERSONALIDADE, CORRELATO À CORRETA IDENTIFICAÇÃO SOCIAL. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 
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Transfusão de Sangue
Os seguidores da religião Testemunhas de Jeová, diante, basicamente, da interpretação que fazem das passagens bíblicas recusam-se a se submeter a tratamentos médicos ou cirúrgicos que incluam transfusões de sangue. 
A recusa às transfusões de sangue possui importantes reflexos na esfera médica, acarretando dilemas éticos pois os médicos estão condicionados a enxergar a manutenção da vida biológica como o bem supremo, e no âmbito jurídico, no qual se debate se é direito do paciente recusar um tratamento médico por objeção de consciência quando este, aparentemente, é o único meio apto a lhe salvar a vida. 
Neste caso temos conflitos das normas constitucionais que tutelam a liberdade de crença e de consciência, o direito à intimidade e à privacidade, os princípios da legalidade e da dignidade da pessoa humana.
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Jurisprudência – TJRJ - Transfusão
2007.002.09293 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 1ª Ementa DES. CLAUDIO DE MELLO TAVARES - Julgamento: 27/06/2007 - DECIMA PRIMEIRA CAMARA CIVEL OBRIGACAO DE NÃO FAZER ESTABELECIMENTO HOSPITALAR TRANSFUSAO DE SANGUE TESTEMUNHAS DE JEOVA PRODUCAO DE PROVAS DESNECESSIDADE.
Agravo de Instrumento. Ação de cumprimento de obrigação de não fazer. Estabelecimento hospitalar. Pedido de antecipação de tutela para permitir o procedimento de transfusão sanguínea em paciente praticante da seita denominada "Testemunhas de Jeová". Produção de provas. Trata-se de ação de cumprimento de obrigação de não fazer, com pedido de liminar "inaudita altera pars", pleiteando o estabelecimento hospitalar autor, a antecipação dos efeitos da tutela, no intuito de obstar que os réus oponham qualquer obstáculo à realização da transfusão sanguínea, imprescindível para salvar a vida da paciente/1a agravante, visto que, como os demais agravantes, professa a seita denominada como "Testemunhas de Jeová" e, por este motivo, não permitem a prática de transfusão sanguínea. Os réus/agravantes requerem que o hospital/agravado comprove nos autos a origem do sangue e hemoderivados transfundidos à paciente e a realização dos testes mínimos obrigatórios quanto aos males decorrentes da hemotransfusão. Entretanto, conforme corretamente decidiu o magistrado "a quo", ao indeferir a pretensão dos agravantes, tal prova é desnecessária à solução da lide posto que, não restou demonstrado nos autos ter a 1a. agravante contraído doenças decorrentes da transfusão sanguínea. Registre-se, que o artigo 130 do Código de Processo Civil confere poderes ao Magistrado para, de ofício ou a requerimento da parte, determinar os meios probantes necessários à instrução do processo, indeferindo diligências inúteis ou protelatórias, e sendo ele o destinatário da prova, encontra-se dentro do seu juízo aferir a necessidade, ou não, de sua realização. Recurso conhecido e improvido.
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DIREITO DA PERSONALIDADE E PESSOAS PÚBLICAS 
Pessoas Públicas = celebridades
As pessoas públicas não perdem e não podem perder a proteção dos direitos à personalidade, mas sofrem uma flexibilização, uma mitigação na proteção de sua personalidade.
Se a imagem de uma pessoa pública for utilizada com desvio de finalidade, haverá proteção.
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O CASO
Foi ajuizada uma ação cominatória buscando a impedir a circulação e divulgação de fotografias e filmes, de cenas íntimas, envolvendo os dois autores: Daniella Cicarelli Lemos e Renato Aufiero Malzoni Filho, com pedido de tutela antecipada, que negado em primeiro grau de jurisdição, foi objeto de recurso de agravo, sob n. 472.738-4, cujo
relato esteve a cargo do Des. ÊNIO SANTARELLI ZULIANI, que acabou concedendo a tutela inibitória, para impedir que os provedores de conteúdo; INTERNET GROUP DO BRASIL LTDA., ORGANIZAÇÕES GLOBO DE COMUNICAÇÃO e YOUTUBE INC., continuassem a fazer a divulgação, pública, das referidas imagens.
Declaração de voto
Tendo em vista que o vídeo não contém matéria de interesse social ou público, há uma forte tendência de ser, no final, capitulada como grave a culpa daqueles que publicaram, sem consentimento dos retratados e filmados, as cenas íntimas e que são reservadas como patrimônio privado. Portanto e porque as pessoas envolvidas são conhecidas, a exploração da imagem poderá ter um sentido e uma conotação mercantilista, o que justifica mensurar a astreinte na mesma proporção das vantagens que as requeridas pretendem auferir com a divulgação, sob pena de se tornar inócua a providência judicial.
Pelo exposto, dá-se provimento para conceder a tutela antecipada, inaudita altera parte, nos moldes do pedido inicial, expedindo-se, com urgência, ofício para que o Juízo de Primeiro Grau expeça comunicado, via fax, para que as rés cumpram a ordem de abstenção, sob pena de multa diária de R$ 250.000,00, para cada uma, em caso de transgressão.
Voto Divergente
Nesse contexto novo, não se pode cogitar de direito à privacidade ou à intimidade quando os autores, apesar de conscientes de serem figuras públicas, em especial a modelo Daniela Cicarelli (e quem a acompanha evidentemente não ignora o fato), se dispõem a protagonizar cenas de sensualidade explícita em local público e badalado como é a praia em que estavam, uma das que compõem o que se poderia chamar de riviera espanhola, situada na Costa da Andaluzia, no município de Cádiz.Pessoas públicas, cuja popularidade atrai normalmente turistas e profissionais da imprensa em geral, particularmente os conhecidíssimos " paparazzi" da Europa, não podem se dar ao desfrute de aparecer em lugares públicos expondo abertamente suas sensualidades sem ter a consciência plena de que estão sendo olhados, gravados e fotografados, até porque ninguém ignora, como não ignoravam os autores, que hoje qualquer celular grava um filme de vários
minutos com razoável qualidade.
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Caso Concreto 01
 Um jogador de futebol famoso teve sua fotografia publicada em revista especializada em fofocas. Em verdade, o conteúdo da revista nada desabonava a vida privada do referido jogador, mencionado apenas fatos públicos corriqueiros. No entanto, o esportista sentiu seu direito agredido porque não autorizara a publicação de sua foto. Ingressou o jogador com um pedido de indenização. 
Neste caso, enxerga-se, de fato, violação ao direito da personalidade passível de gerar indenização? Justifique.
Na hipótese pode-se afirmar que houve lesão a honra da pessoa? 
Há necessidade de prova de aproveitamento econômico, por parte da revista, para ensejar algum tipo de indenização? 
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Caso Concreto 02
Júlia Cibilis é uma famosa atriz que foi violentamente assassinada no ano de 2000, deixando como herdeira apenas sua mãe, Maria Cibilis. Um ano depois do falecimento, jornal de grande circulação publica fotos do corpo de Júlia que foram tiradas durante a perícia, no local do crime, totalmente desfigurada e parcialmente nua. 
Pergunta-se : Maria pode pleitear dano moral ? Em caso positivo, a que título ? Em caso negativo, por quê? Justifique sua resposta.
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Jurisprudência - TJRJ 
Telefonia móvel. Plano OI Família. Óbito do titular. Cobrança de multa pelo encerramento do contrato. Impossibilidade. Negativação do nome do falecido posteriormente a morte. Dano moral. Legitimidade do cônjuge virago, à luz do artigo 12, parágrafo único do Código Civil. Falha na prestação do serviço. Violação ao dever de informação e à boa-fé objetiva. Dano moral evidente. Indenização arbitrada de acordo com os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Ilegitimidade ativa ad causam do espólio, reconhecida de ofício, eis que a ofensa a direito da personalidade do de cujus foi irrogada posteriormente ao aludido óbito. Desprovimento do recurso. DES. HELDA LIMA MEIRELES - Julgamento: 29/04/2008 - DECIMA QUINTA CAMARA CIVEL 
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Jurisprudência - TJRJ
NEGATIVACAO DO NOME DE PESSOA FALECIDA; INDENIZACAO PLEITEADA PELA MAE; IMPOSSIBILIDADE ; DANO MORAL PUNITIVO ; INDENIZACAO POR PRATICAS ABUSIVAS ; ADMISSIBILIDADE 
Dano moral. Negativação do nome de pessoa falecida. Indenização pleiteada pela mãe. Impossibilidade. Dano moral punitivo. Indenização por práticas abusivas. Admissibilidade. Se o dano moral é a violação de um bem integrante da personalidade, e esta extingue-se com a morte, ninguém pode ser sujeito passivo de dano moral depois do falecimento. Assim, não tem a mãe legitimidade para pleitear indenização por dano moral, nem como sucessora, pela negativação do nome do filho efetivada depois do seu falecimento. Admite-se, entretanto, indenização com caráter punitivo pelo dano moral para reprimir práticas abusivas, como sanção adequada ao abuso do direito. A ré levou quase seis meses para cancelar a linha telefônica, cessar as cobranças indevidas, e ainda negativou, nesse período, o nome do filho da autora, mesmo depois do seu falecimento. É dever das empresas que fornecem bens e serviços estruturarem-se adequadamente para tratarem com respeito e dignidade o público em geral. Reforma parcial da sentença. 
 Ementário: 04/2008 - N. 9 - 31/01/2008DES. SERGIO CAVALIERI FILHO - Julgamento: 15/08/2007 - DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL 
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Questão Objetiva
Assinale a opção correta.
A) Tanto o Código Civil em vigor como o novo Código Civil disciplinam os direitos da personalidade.
B) O caráter extrapatrimonial dos direitos da personalidade significa que é juridicamente impossível requerer indenização em face de sua violação.
C) De acordo com o novo Código Civil, salvo o caso de exceções legais, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
D) Conforme disciplina do novo Código Civil, o pseudônimo, mesmo adotado para atividades lícitas, não goza da proteção que se dá ao nome.

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