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ESTACIO - Direito Civil I - DIREITOS DA PERSONALIDADE pptx

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Direito Civil I 
Prof. Luís Eduardo Lessa Ferreira
Programação da aula de hoje
1) Direitos da Personalidade. 
DIREITOS DA PERSONALIDADE
● CONCEITO
● Os Direitos da personalidade vêm tradicionalmente definidos como 
direitos essenciais do ser humano, os quais funcionam como o 
conteúdo mínimo necessário e imprescindível da personalidade 
humana. 
Conceito
Pode-se definir os direitos da personalidade 
como categoria especial de direitos subjetivos 
que, fundados na dignidade da pessoa humana 
garantem o gozo e o respeito ao seu próprio ser, 
em todas as suas manifestações físicas ou 
espirituais.
Reconhecimento Constitucional
Os direitos e garantias fundamentais 
instituídos no art. 5º da Constituição Federal 
têm como fonte ética, a dignidade da pessoa 
humana como forma de proteção e 
desenvolvimento da pessoa.
Código Civil/2002
● Não há definição no Código Civil Brasileiro 
● Art. 11, do CCB “Com exceção dos casos 
previstos em lei, os direitos da personalidade 
são intransmissíveis e irrenunciáveis, não 
podendo o seu exercício sofrer limitação 
voluntária”. 
Definição segundo Otto Von Gierke
Citado pelo Prof. Menezes Cordeiro.
“Chamamos direitos da personalidade aos direitos que 
concedem ao seu sujeito um domínio sobre uma parte da sua 
própria esfera de personalidade. Com este nome, eles 
caracterizam-se como “direitos sobre a própria pessoa” 
distinguindo-se com isso, através da referência à especialidade 
do seu objeto, de todos os outros direitos. Os direitos da 
personalidade distinguem-se, como direitos privados especiais, 
do direito geral da personalidade, que consiste na pretensão 
geral, conferida pela ordem jurídica, de valer como pessoa. O 
direito de personalidade é um direito subjectivo e deve ser 
observado por todos.”
Definição: Carlos Alberto da Mota Pinto
Os direitos da personalidade incidem sobre a vida da pessoa, sua 
saúde física, sua integridade física, sua honra, sua liberdade física 
e psicológica, seu nome, sua imagem, a reserva sobre a 
intimidade da vida privada, caracterizando um “círculo de 
direitos necessários; um conteúdo mínimo e imprescindível da 
esfera jurídica de cada pessoa”
Antecedentes históricos do Direito Brasileiro
● Segundo Teixeira de Freitas
● Os direitos da personalidade não poderiam ser inseridos no 
Código Civil, pois, não continham os elementos caracterizadores 
do direito da propriedade.
A IDÉIA DE BEM JURÍDICO
● Individualidade
● Susceptibilidade de apreciação econômica
● Utilidade
CARACTERÍSTICAS
● PESSOAIS
● INTRANSMISSÍVEIS
● IRRENUNCIÁVEIS E INDISPONÍVEIS
● IMPRESCRITÍVEIS
● INATOS
● ABSOLUTOS
PESSOAIS
● Extra-patrimonais.
● Morais.
● São pessoais em face de seu caráter não patrimonial, o que não 
impede que eles fundamentem ações de responsabilidade 
civil.
● Alguns direitos da personalidade tem um caráter patrimonial 
(imagem, voz). Ex. Caso Ana Bag, a bíblia narrada de Cid 
Moreira. 
INTRANSMISSÍVEL
● Os bens jurídicos da personalidade física e moral constituem o 
ser da pessoa do seu titular, pelo que são inerentes, 
inseparáveis e necessários à pessoa do seu titular, não podendo 
ser cedidos, alienados, onerados ou sub-rogados a favor de 
outrem.
● Não podem ser transmitidos mortis-causa.
° Danos à pessoa do falecido.
° Legitimação.
IRRENUNCIABILIDADE
● Bens fora do comércio.
● A pessoa não podem autorizar lesões aos seus direitos da 
personalidade.
● Limitação voluntária.
● Direito
● Exercício do direito.
INATOS ou ADQUIRIDOS
● INATOS
● Nascem com a pessoa, desde a concepção são protegidos 
pelo Direito.
● Vida, integridade física, saúde.
● ADQUIRIDOS
● Aqueles que são incorporados à esfera jurídica da pessoa a 
partir do surgimento do fato jurídico típico.
● Nome, imagem, cartas missivas, fatos relativos à 
privacidade.
ABSOLUTOS
● ERGA OMNES
● Obrigação negativa em que todas as 
pessoas devem respeitar a personalidade 
do titular do direito.
RESTRINÇÕES NEGOCIAIS
● Art. 11. CC “Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da 
personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não 
podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”.
● Não importa em Abdicação do Direito, mas sim a tolerância de 
lesão do direito, ou o seu exercício por outra pessoa.
Comparando o Direito
● No direito civil português, há disposição expressa 
possibilitando a limitação voluntária ao exercício do direito da 
personalidade, desde que não seja contrária aos princípios de 
ordem pública. 
● Aquele que consente que sua privacidade seja violada não fere 
direito da personalidade, pois, o ato não é contrário à ordem 
pública e aos bons costumes.
Atenção. 
● Contudo, mesmo havendo autorização do 
titular para o exercício do direito da 
personalidade, tal autorização é sempre 
revogável, ficando, porém, o titular do direito 
obrigado a indenizar o dano causado às 
legítimas expectativas da outra parte. 
PERGUNTA????????????
● Uma atriz de televisão após gravar diversos programas 
expondo a sua imagem como uma profissional, resolve se 
aposentar e a partir de então determina que a sua imagem 
antes gravada e divulgada não poderá mais aparecer em 
nenhum programa de televisão.
● Tal revogação será possível, ou não?????
Exemplos práticos
● Caso do lançamento de anões.
● Contrário ao princípio de ordem pública???
● Caso Daniele Cicarelli e Revista Vip.
● Direito a revogação do exercício ao direito 
de imagem???
● Caso Xuxa Meneguel, filme impróprio.
● Indenização do produtor do filme???
Distinção com os direitos fundamentais
● Há distinção.
● Segundo o Professor Paulo Luiz Netto 
Lôbo, não.
● “Na esfera constitucional são espécies do 
gênero direitos fundamentais.”
Há distinção.
● Direitos da personalidade
● Os direitos da personalidade revelam 
relações de igualdade e são tutelados 
através de mecanismos juscivilisticos, em 
matéria de responsabilidade civil e 
providências especiais preventivas ou 
reparadoras.
● Direitos fundamentais
● Pressupõe relações juspublicístas, de poder, 
são oponíveis ao Estado no exercício do 
seu ius imperri e tem mecanismos 
próprios de tutela constitucional.
 (declaração de inconstitucionalidade)
distinção
● Direitos da 
Personalidade
● Direito da pessoa
● Relações de 
Igualdade
● inato
● Direitos 
fundamentais
● Direito do cidadão
● Relações de Poder
● Constitucional 
Direito da personalidade e a Pessoa Jurídica
● O art. 52 do Código Civil dispõe que: “aplica-se às pessoas 
jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade”.
● Tem a pessoa jurídica direitos da personalidade ?
Fundamento na dignidade da pessoa humana
● Na verdade, os bens que podem ser considerados objeto dos 
direitos da personalidade, satisfazem necessidades de ordem 
física e moral da pessoa natural, onde nem todas são existentes 
nas pessoas jurídicas.
● O princípio que a personalidade é inerente às pessoas jurídicas 
na mesma medida em que cabe às pessoas naturais, encontra 
uma limitação na própria essência das pessoas jurídicas, cujo 
substrato natural difere profundamente daquele das pessoas 
físicas 
Dano moral sofrido pela PJ
● Contudo, há quem defenda a possibilidade de 
extensão dos direitos da personalidade às 
pessoas jurídicas, com fundamento na atual 
jurisprudência do STJ que admite a 
reparabilidade do dano moral sofrido pelas 
pessoas jurídicas. 
● Súmula nº 227 do STJ: “A pessoa jurídica pode 
sofrer dano moral” 
Honra objetiva da empresa
● Os fundamentos para a reparação dos danos morais em face 
da pessoa natural são diferentes dos fundamentes aplicados à 
pessoa jurídica. 
● O dano moral causado à pessoa natural tem o seu fundamento 
na violação da dignidade da pessoa humana, enquanto que o 
dano moral causado à pessoa jurídica, fundamenta-se em seu 
patrimônio imaterial, no âmbito da honra objetiva da 
empresa. 
● Deve-se assim concluir que, apesar do Novo Código Civil 
determinar a aplicação às pessoas jurídicas da proteção dos 
direitos da personalidade, sua extensãoé limitada e restrita à 
proteção de certas situações análogas baseadas nos direitos 
fundamentais, como fonte da indenização por dano moral, 
em face do art. 5, inc. X, da Constituição Federal, onde: “são 
invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem 
das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano 
material ou moral decorrente de sua violação”. 
TUTELA JURÍDICA
● PROTEÇÃO JURÍDICA
● GARANTIA DOS DIREITOS DA 
PERSONALIDADE
TUTELA JURÍDICA
● ART. 12 DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
● Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, 
a direito da personalidade, e reclamar perdas 
e danos, sem prejuízo de outras sanções 
previstas em lei.
MODALIDADES
● TUTELA PRIVADA
● TUTELA INDENIZATÓRIA
● TUTELA PREVENTIVA 
● TUTELA ATENUANTE
TUTELA PRIVADA
● USO DA AUTORIDADE E DA FORÇA DO 
SUJEITO ATIVO CONTRA O OFENSOR A 
DIREITO DA PERSONALIDADE.
Exemplos?
MODALIDADES TÍPICAS
● LEGITIMA DEFESA
● ESTADO DE NECESSIDADE
● QUE TAMBÉM FUNCIONAM COMO 
EXCLUDENTE DE ILICITUDE
LEGÍTIMA DEFESA
● Art. 25 do Código Penal
● Entende-se em legítima defesa, quem 
usando moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta agressão, atual 
ou iminente a direito seu ou de outrem.
ESTADO DE NECESSIDADE
● Art. 188, II do Código Civil
● Não constitui atos ilícitos : a deterioração 
ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a 
pessoa, a fim de remover perigo iminente.
TUTELA INDENIZATÓRIA
● AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E 
DANOS.
● RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E 
SUBJETIVA
TUTELA PREVENTIVA E ATENUANTE
● PREVENTIVA: EVITAR A CONSUMAÇÃO 
DA AMEAÇA.
● ATENUANTE: MINORAR OS EFEITOS 
DA OFENSA JÁ COMETIDA
REMÉDIO JURÍDICO PRÓPRIO.
●
●
● NÃO HÁ NO BRASIL.
● A AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS NÃO É REMÉDIO 
EXCLUSIVO DO DIREITO DA PERSONALIDADE.
TUTELA JURÍDICA
● ART. 12 DO CÓDIGO CIVIL
● Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a 
lesão, a direito da personalidade, e 
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de 
outras sanções previstas em lei.
QUAL O REMÉDIO QUE O JUIZ DEVE UTILIZAR ?
● TUTELA ANTECIPADA E ACAUTELATÓRIA
CARTA BRANCA
● O JUIZ TEM A LIBERDADE PARA TOMAR AS 
PROVIDÊNCIAS ADEQUADAS À MANUTENÇÃO E DEFESA 
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE.
Direitos especiais da personalidade
● Inclusão no Código de tipos restritos
● Direito à vida e à integridade física
● Direito ao nome
● Direito à imagem, aos escritos pessoais e a 
voz.
● Direito à vida privada
Direito à vida
● O direito à vida é reconhecido como o direito mais essencial 
entre os essenciais, vez que sem a vida não há existência da 
pessoa e do próprio direito da personalidade. O caráter 
essencial da vida faz com que nenhum outro bem exista 
separadamente deste. 
Vida x suicídio
● Por sua vez, o direito à vida não reconhece ao seu titular o 
direito de dispor de sua própria vida, sendo pois, inválido o 
consentimento autorizando ou pedindo para que outrem lhe 
cause a morte, tirando-lhe a vida, bem como a renúncia da 
própria vida pelo suicídio. 
● Posto que do contrário se atentaria contra a ordem pública, 
pois, a pessoa não pode renunciar ao seu direito de viver, o 
que supõe atentado contra os princípios gerais do direito à 
vida.
E as atividades de risco?
● E as pessoas que exercem atividades de risco. Ex. esportes de 
risco, trabalhos em minas de carvão, etc. ???
● Em regra, apesar de certas atividades profissionais 
importarem em risco de vida, não há nesses casos uma 
renúncia anterior ao direito de viver. Aquele que pratica 
esportes de risco, não está renunciando ao direito de viver.
Eutanásia x prolongamento inútil da vida
● Assim, por exemplo, uma pessoa, que no 
estado atual da medicina se considera 
absolutamente incapaz de sobreviver por si, 
pode se mantida artificialmente com vida 
através de máquinas que supram o 
funcionamento de órgãos necrosados.
Eutanásia
● Entende-se por eutanásia, causar a morte a outra pessoa, com 
ou sem o seu consentimento, para evitar dores ou 
padecimentos físicos ou morais, que se estimam insuportáveis. 
A eutanásia tanto pode ser por ação ou omissão. A primeira, 
quando são praticados atos que importem na morte do 
paciente, e a segunda quando consiste em um não fazer, 
omitir, adotando-se as designações de eutanásia ativa e 
passiva.
DIREITO À VIDA 
● AUTONOMIA DA VONTADE.
● ATO MÉDICO E CONSENTIMENTO 
INFORMADO.
● Art. 15 do Código Civil Brasileiro
● “Ninguém pode ser constrangido a 
submeter-se, com risco de vida, a tratamento 
médico ou intervenção cirúrgica.”
Direito à integridade física
● O direito da personalidade à integridade 
física protege a pessoa contra lesões ao seu 
corpo e a sua mente, consistindo na 
manutenção da higidez física e mental do 
ser, repelindo as lesões causadas ao 
funcionamento normal do corpo humano. 
Integridade física
● A integridade física interessa a preservação no homem 
dos seguintes elementos:
1. a totalidade das partes e atributos físicos ou corporais 
que compõem o corpo humano;
2. o estado de saúde física e mental que corresponda 
naturalmente a uma pessoa determinada, no espaço e 
no tempo;
3. a aparência física ou corporal própria dessa pessoa.
Comentário ao artigo 13 do Código Civil 
● Art. 13 do Código Civil. “Salvo por exigência 
médica, é defeso o ato de disposição do 
próprio corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou 
contrariar os bons costumes.
● Parágrafo único. O ato previsto neste artigo 
será admitido para fins de transplantes, na 
forma estabelecida na lei especial”. 
Comentário ao artigo 14 do Código Civil 
● Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou 
altruístico, a disposição gratuita do próprio 
corpo, no todo ou em parte, para depois da 
morte.
● Parágrafo único. O ato de disposição pode ser 
livremente revogado a qualquer tempo. 
Atenção
● Assim, o corpo da pessoa morta goza das 
mesmas prerrogativas dos direitos da 
personalidade, às quais lhe sejam inerentes, 
fazendo-se ressaltar a vedação a 
comercialização do corpo e a validade da 
disposição vinculada a objetivo científico ou 
altruístico.
Comentário ao artigo 15 do Código Civil 
● Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a 
submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico 
ou intervenção cirúrgica. 
● Questão bastante discutida é a recusa de 
tratamento médico por razões religiosas, 
especialmente em relação às testemunhas de 
Jeová que não se permite a transfusão de 
sangue, em face de sua autonomia da vontade 
e a liberdade de dispor e desenvolver 
livremente a sua vida. 
Direito ao nome
● O nome possibilita a identificação da pessoa 
diante da sociedade, nos diversos núcleos 
possíveis, permitindo a individualização da 
pessoa e evitando a confusão com outras. 
● Assim, os elementos de identificação vão 
facilitar a localização da pessoa em sua família 
e perante o Estado possibilitando a verificação 
de sua condição pessoal e patrimonial. 
Art. 17 do Código Civil
● Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado 
por outrem em publicações ou representações que a 
exponham ao desprezo público, ainda quando não 
haja intenção difamatória.
● O uso indevido do nome da pessoa pode determinar a 
obrigação de reparação por danos morais, principalmente 
quando o seu uso é feito de forma difamatória, com a 
imputação de fato que incide na reprovação social.
Atenção:
● Mesmo que a utilização do nome da pessoa 
não seja difamatória, nem mesmo traga 
desprezo público, pelo contrário, sendo 
uma afirmação laudatória, se a utilização 
não for autorizada e tiver interesse 
comercial, deve a pessoa titular do nome 
ser indenizada, vez que o direito não 
permite o enriquecimento indevido.
Direito à imagem 
● Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias 
à administração da justiça ou à manutenção da 
ordem pública, a divulgação de escritos, a 
transmissão da palavra, ou a publicação, a 
exposição ou utilização da imagem de uma 
pessoa poderão ser proibidas, a seu 
requerimento e sem prejuízo da indenização 
que couber, se lheatingirem a honra, a boa 
fama ou a respeitabilidade, ou se se 
destinarem a fins comerciais.
Exceção ao uso da imagem
Segundo o Código Civil, Jurisprudência, Doutrina:
1. a notoriedade da pessoa ou o cargo que 
desempenhe;
2. as finalidades de reprodução, se forem 
policiais, judiciais, científicas, didáticas ou 
culturais;
3. o enquadramento da imagem em lugares 
públicos, ou fatos de interesse público, ou 
que hajam decorrido publicamente. 
Exceção da Exceção
● Por sua vez, tais exceções também sofrem 
restrições, quando sua exposição vier a 
atingir a honra, a boa fama e a 
respeitabilidade da pessoa, facultando 
inclusive o direito de pedir indenização.
DIREITO À VIDA PRIVADA 
● Art. 21. A vida privada da pessoa natural é 
inviolável, e o juiz, a requerimento do 
interessado, adotará as providências necessárias 
para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta 
norma. 
● Mesma regra citada para o Direito à Imagem.
Clínica de Direitos da Personalidade. 
Primeiro Caso: 
• Direito à morte digna.
• Eutanásia, ortotanásia e distanásia. 
• Suicídio assistido. 
Notícia: 
• Holanda
• Em abril de 2002, a Holanda tornou-se o primeiro país do mundo a legalizar a eutanásia e 
também descriminalizou o suicídio assistido.
• O país impôs, no entanto, uma série de condições: é preciso que a doença diagnosticada seja 
incurável e que o paciente esteja sofrendo de uma dor "insuportável", sem perspectiva de 
melhora.
• O paciente ainda deve fazer o pedido de auxílio para morrer estando ainda "totalmente 
consciente" e manter este desejo ao longo do tempo.
• A parte mais controversa da nova norma é provavelmente a previsão da idade para a prática, 
sendo permitida para pacientes a partir dos 12 anos, apesar de que aqueles com até 16 anos 
precisam ter a autorização dos seus responsáveis legais.
• Membros da Associação Médica Cristã afirmam que a legislação saiu de controle desde então, 
com um aumento de 15% dos casos em 2014, para 5 mil suicídios assistidos.
• Mas um estudo publicado no periódico científico The Lancet em 2012 contradiz esta crença, ao 
afirmar que o número de pessoas que morreram com eutanásia ou suicídio assistido não 
aumentou depois da lei.
Casos: Vida e Integridade Física
• Testemunhas de Jeová; 
• Casos de modificação corporal extrema; 
Segundo Caso: Testemunhas de Jeová 
• Fatos e números
• 8 milhões
• de seguidores no mundo
• 770 mil
• de adeptos no Brasil
• 239 países em que o grupo religioso está presente
Testemunhas de Jeová
• Levítico 7:26, 27
• E não deveis comer nenhum sangue em qualquer dos lugares em que morardes, quer seja 
de ave quer de animal. Toda alma que comer qualquer sangue, esta alma terá de ser 
decepada do seu povo.
• Levítico 17:10, 11
• Quanto a qualquer homem da casa de Israel ou algum residente forasteiro que reside no 
vosso meio, que comer qualquer espécie de sangue, eu certamente porei minha face contra 
a alma que comer o sangue, e deveras o deceparei dentre seu povo. Pois a alma da carne 
está no sangue, e eu mesmo o pus para vós sobre o altar para fazer expiação pelas vossas 
almas, porque é o sangue que faz expiação pela alma [nele].
• Atos dos Apóstolos 15:19, 20
• Por isso, a minha decisão é não afligir a esses das nações, que se voltam para Deus, mas 
escrever-lhes que se abstenham das coisas poluídas por ídolos, e da fornicação, e do 
estrangulado, e do sangue.
•
Testemunhas de Jeová
• Caso: 
• A 6.ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que em casos de risco eminente de morte o médico 
deve fazer a transfusão de sangue em testemunha de Jeová mesmo que a família não concorde. Um caso 
envolvendo esta situação foi o que motivou a decisão na semana passada, em São Vicente, litoral de São Paulo. 
O médico foi condenado por não ter realizado o procedimento. 
• Entenda o caso
• O STJ isentou de responsabilidade pela morte da menina Juliana Bonfim da Silva, de 13 anos, os pais dela, que 
alegaram motivos religiosos para se opor à realização de uma transfusão sanguínea e depositaram à 
responsabilidade aos médicos.
• A menina foi internada no hospital São José em julho de 1993, durante uma crise causada pela anemia falciforme 
e somente a transfusão de sangue poderia salvá-la. Apesar dos médicos explicarem a importância da transfusão 
para salvar a menina a família negou.
• Para o ministro Sebastião Reis Júnior, que votou na terça-feira (12/08), a oposição dos pais à transfusão não 
deveria ser levada em consideração pelos médicos, que deveriam ter feito o procedimento — mesmo que contra 
a vontade da família. Assim, a conduta dos pais não constituiu assassinato, já que não causou a morte da 
menina.
• As Testemunhas de Jeová baseiam-se na “Bíblia” para recusar o uso e consumo de sangue (humano ou animal).
Testemunhas de Jeová e Código de Ética 
Médica 
• o código de ética médico, nos artigos 31 e 32 cita claramente que “é 
vedado ao médico desrespeitar o direito do paciente ou de seu 
representante legal de decidir livremente sobre a execução de 
práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco 
de morte. Deixar de usar todos os meios disponíveis de diagnóstico e 
tratamento, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor 
do paciente”.
Testemunhas de Jeová
• Resolução do CFM
• A resolução 1.201/80 do Conselho Federal de Medicina estabelece 
que, se houver recusa de permitir a transfusão de sangue, o médico, 
obedecendo ao Código de Ética Médica, deve agir da seguinte forma: 
se não houver iminente perigo de vida, respeitará a vontade do 
paciente ou dos responsáveis; se houver iminente perigo de vida, 
praticará a transfusão mesmo sem consentimento do paciente ou de 
seus responsáveis.
Testemunhas de Jeová
• Prevalência da liberdade de crença:
• EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. TESTEMUNHA DE 
JEOVÁ. TRANSFUSÃO DE SANGUE. DIREITOS FUNDAMENTAIS. LIBERDADE DE CRENÇA E 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. PREVALÊNCIA. OPÇÃO POR TRATAMENTO MÉDICO QUE 
PRESERVA A DIGNIDADE DA RECORRENTE. A decisão recorrida deferiu a realização de transfusão 
sanguínea contra a vontade expressa da agravante, a fim de preservar-lhe a vida. A postulante é 
pessoa capaz, está lúcida e desde o primeiro momento em que buscou atendimento médico 
dispôs, expressamente, a respeito de sua discordância com tratamentos que violem suas 
convicções religiosas, especialmente a transfusão de sangue. Impossibilidade de ser a recorrente 
submetida a tratamento médico com o qual não concorda e que para ser procedido necessita do 
uso de força policial. Tratamento médico que, embora pretenda a preservação da vida, dela retira 
a dignidade proveniente da crença religiosa, podendo tornar a existência restante sem sentido. 
Livre arbítrio. Inexistência do direito estatal de "salvar a pessoa dela própria", quando sua escolha 
não implica violação de direitos sociais ou de terceiros. Proteção do direito de escolha, direito 
calcado na preservação da dignidade, para que a agravante somente seja submetida a tratamento 
médico compatível com suas crenças religiosas. AGRAVO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 
70032799041, Décima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Cláudio Baldino 
Maciel, Julgado em 06/05/2010) 
Testemunhas de Jeová – Orientação MP; 
• PGR arquiva representação de Testemunhas de Jeová contra transfusão de sangue sem 
autorização prévia.
• O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, decidiu arquivar a representação (Adin) proposta 
pela Associação das Testemunhas Cristãs de Jeová questionando a Portaria n. 92/98 da Secretaria 
de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF). A norma permite a transfusão de sangue sem 
autorização prévia da vítima ou de representante legal em caso de perigo de vida. 
• Trechos da promoção de arquivamento: 
• “Caso configurada situação de risco iminente de morte, ou seja, de situação na qual a vida, 
direito indisponível constitucionalmente assegurado, está prestes a ser lesada,não mais será 
possível falar-se em direito à liberdade de religião e na necessidade de consentimento do 
cidadão para ser submetido à transfusão de sangue ou derivados”
• “ao recusarem a transfusão, os seguidores da religião impõem ao médico a restrição ao 
exercício ético da profissão, o que equivaleria a uma autorização a que, ao exercer o direito 
próprio, seja violado o direito de outrem”.
Testemunhas de Jeová. 
• Conclusões. 
• Problemática da Resolução do caso por meio de Soft Law. 
3° Caso: Modificações corporais extremas. 
Direito à integridade física
• A integridade física interessa a preservação no homem dos 
seguintes elementos:
1. a totalidade das partes e atributos físicos ou corporais que compõem o 
corpo humano;
2. o estado de saúde física e mental que corresponda naturalmente a uma 
pessoa determinada, no espaço e no tempo;
3. a aparência física ou corporal própria dessa pessoa.
Comentários ao Art. 13 do CC/02. 
• Art. 13 do Código Civil. “Salvo por exigência médica, é defeso o ato de 
disposição do próprio corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
• Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de 
transplantes, na forma estabelecida na lei especial”. 
Casos relacionados
• Transplantes; 
• Cirurgias de adequação sexual. 
....
Direito ao nome
• O nome possibilita a identificação da pessoa diante da sociedade, nos 
diversos núcleos possíveis, permitindo a individualização da pessoa e 
evitando a confusão com outras. Assim, os elementos de 
identificação vão facilitar a localização da pessoa em sua família e 
perante o Estado possibilitando a verificação de sua condição pessoal 
e patrimonial. 
• Finalidades: existenciais e policiais. 
Nome
No G1
20/01/2015 07h05 - Atualizado em 20/01/2015 12h40
Cartório que recusou registro de Piedro já barrou 'Xismen' e 'Gesptsfl'
'Tem que pensar no futuro da criança', diz oficial de Sorocaba (SP).
Pai escolheu o nome Pietro após cartório não aceitar a primeira opção.
“Xismen” (em referência aos mutantes das histórias em quadrinhos X-Men), “Alucard” 
(Drácula, de trás pra frente) e o impronunciável “Gesptsfl”. 
Em outro episódio, um pai quis colocar na criança o sobrenome de “Corinthians”. O caso 
foi para análise da juíza, onde o responsável pelo bebê comparou o nome do time com o 
sobrenome “Santos”. A justificativa, entretanto, não foi aceita, e o pai também foi impedido 
de ter o seu time registrado no sobrenome da criança.
O caso de Gesptsfl é um dos mais recentes. “Os pais nem sabiam o que significava isso. 
Disseram que tinham inventado e achavam bonito. Nós não concordamos e mandamos 
para a juíza, que também não concordou”, conta.
Nome
• https://www.youtube.com/watch?v=fSFlhsNRGMM
Tutela específica do direito ao nome. 
• Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou 
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção 
difamatória.
• O uso indevido do nome da pessoa pode determinar a obrigação 
de reparação por danos morais, principalmente quando o seu uso é 
feito de forma difamatória, com a imputação de fato que incide na 
reprovação social.
• Atenção: Mesmo que a utilização do nome da pessoa não seja 
difamatória, nem mesmo traga desprezo público, pelo contrário, 
sendo uma afirmação laudatória, se a utilização não for autorizada e 
tiver interesse comercial, deve a pessoa titular do nome ser 
indenizada, vez que o direito não permite o enriquecimento indevido.
Direito à imagem
• Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da 
justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a 
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou utilização da 
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e 
sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a 
boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
Direito à imagem
• A condição das pessoas conhecidas, famosas. 
• Caso das manifestações – Menezes Cordeiro.
• Caso Maitê Proença;
• Caso Ana bag;
• Caso do “caldo”. 
Exceções ou regras de balizamento. 
1. a notoriedade da pessoa ou o cargo que desempenhe;
2. as finalidades de reprodução, se forem policiais, judiciais, científicas, 
didáticas ou culturais;
3. o enquadramento da imagem em lugares públicos, ou fatos de interesse 
público, ou que hajam decorrido publicamente. 
Por sua vez, tais exceções também sofrem restrições, quando sua exposição 
vier a atingir a honra, a boa fama e a respeitabilidade da pessoa, facultando 
inclusive o direito de pedir indenização.
Caso 4: As manifestações - MC
• Júlia participou numa manifestação e foi fotografada e exposta na 
primeira página de um jornal.
Considerem... 
• Variante 1: e se Júlia for dirigente de um dos movimentos cívicos que 
convocaram a manifestação? N
• Variante 2: e se Júlia for dirigente do principal partido convocador da
manifestação? S
• Variante 3: e se Júlia foi fotografada quando vomitava devido a uma 
insolação? N
Caso 5: Caso Maitê Proença. 
• DIREITO DE IMAGEM
• Tribuna da Imprensa terá de pagar R$ 50 mil à Maitê Proença
• O jornal Tribuna da Imprensa, do Rio de Janeiro, foi condenado a pagar R$ 50 mil à atriz Maitê Proença por ter publicado, 
sem autorização, fotos tiradas exclusivamente para a revista Playboy. O valor é referente à remuneração pela utilização da 
imagem da atriz.
• A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça fluminense. Em primeira instância, o diário havia sido condenado ao 
pagamento de indenização por danos morais e patrimoniais.
• Os desembargadores reformaram a sentença e negaram o pedido referente aos danos morais. Pela decisão, só se 
caracteriza o dano moral, quando o ato acarreta sofrimento, vexame, humilhação, etc.
• O voto proferido pela relator, desembargador Wilson Marques, norteou o entendimento de que "só mulher feia pode se 
sentir humilhada, constrangida, vexada em ver seu corpo desnudo estampado em jornais ou em revistas. As bonitas, não".
• Consta do acórdão que se Maitê Proença fosse "feia, gorda, cheia de estrias, de celulite, de culote e de pelancas, a 
publicação de sua fotografia desnuda - ou quase - em jornal de grande circulação, certamente lhe acarretaria um grande 
vexame".
• Para os desembargadores, "tratando-se de uma das mulheres mais lindas do Brasil", nada justifica o pedido de 
indenização por danos morais. Com a decisão, o Tribuna da Imprensa terá de pagar apenas pela utilização indevida da 
imagem da atriz.
• Revista Consultor Jurídico, 15 de fevereiro de 2000, 0h00
Caso 6: Ana bag
• A modelo e apresentadora Ana Hickmann levou a melhor em um processo contra a grife de bolsas La Chica 
Chic. A empresa está obrigada a pagar R$ 80 mil de indenização para a apresentadora - 50% do valor por 
uso indevido de imagem e os outros por uso indevido do nome dela. A determinação é do juiz Jorge 
Alberto Quadros de Carvalho Silva, da 3ª Vara Cível do Fórum Regional de Santana, em São Paulo. Ainda 
cabe recurso.
• Ela recorreu à Justiça depois que viu sua imagem vinculada a uma marca que não era sua. É que a dona da 
Marca La Chica Chic anunciou em seu site que Ana havia emprestado sua imagem para comercialização da 
bolsa batizada pela grife de “Ana bag”.
• De acordo com o processo, a dona da marca fez questão de presentear a modelo com uma bolsa. 
Aproveitou a oportunidade e tirou uma foto dentro do camarim de Ana e, logo depois, a publicou na 
internet dizendo que a modelo adorou a bolsa e autorizou sua comercialização.
• Por esse motivo, a modelo pediu indenização por direito de imagem. Alegou que a grife ofendeu a 
personalidade de Ana ao tirar uma foto sua dentro do camarim, com o celular, sem o seu consentimento. 
Os advogados fizeram também menção a concorrência desleal, conforme os artigos 130, 195, VII da Lei de 
Propriedade Industrial. A defesa pediu também indenização por danos morais e materiais e alegouconcorrência desleal.
• A grife, para se defender, alegou que tudo não passava de uma homenagem feita à modelo Ana Hickmann. 
Por isso, dedicou um modelo de bolsa, batizado de Ana bag, “seguindo-se então a entrega de uma unidade 
como presente para ela”. Os argumentos caíram por terra.
• Revista Consultor Jurídico, 12 de março de 2009, 18h49
Caso 7: “Caldo”. 
Depois de processo contra o 'Pânico', Preta Gil vai 
montar ONG para mulheres
Cantora fala como pretende levantar auto-estima de 
outras mulheres e de como ficou traumatizada com 
episódio do "caldo" em Ipanema
No principio, era só a foto de uma “famosa” levando 
um “caldo” na badalada praia de Ipanema, no Rio. 
Depois vieram as piadas, a mágoa e finalmente o 
processo de Preta Gilcontra os humoristas do 
programa “Pânico na TV” por danos morais. A decisão 
judicial em primeira instância saiu na quinta-feira, 
6. Eles foram condenados a pagar R$ 100 mil à 
cantora. O resultado da ação serviu para ela expurgar a 
paranóia que ela não tinha, mas que adquiriu ao longo 
do episódio – Preta ficou nove meses sem ir à praia -, e 
também para ela começar a pensar em ajudar outras 
mulheres. A cantora quer usar a indenização para 
montar uma ONG que pretende ajudar gordinhas a lidar 
melhor com o corpo. Para entender melhor tudo isso, 
o EGO conversou com Preta Gil.Confira! 
http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL315844-9798,00-PRETA+GIL+LEVA+CALDO+EM+IPANEMA.html
http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL315844-9798,00-PRETA+GIL+LEVA+CALDO+EM+IPANEMA.html
http://ego.globo.com/Gente/Celebridades/0,,LEA576-9805,00-PRETA+GIL.html
http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL852632-9798,00-HUMORISTICO+E+CONDENADO+A+PAGAR+R+MIL+A+PRETA+GIL+POR+DANOS+MORAIS.html
Vida Privada: Privacidade e Intimidade
• Teoria das esferas; 
• Vida privada e vida pública; 
• Caso Cicarelli vs. Google;
• Caso tabloide – Menezes Cordeiro; 
• Caso das biografias não autorizadas; 
• Direito ao esquecimento? Caso Programa Linha direta. 
Caso 8: Cicarelli 
• A modelo Daniella Cicarelli e seu namorado Renato Aufiero Malzoni Filho perderam a ação 
em que pretendiam impedir a exibição de vídeo com cenas íntimas do casal em uma praia 
na Espanha pelos sites Youtube, IG Internet Group do Brasil Ltda e pelas Organizações 
Globo de Comunicação. A decisão, do juiz Gustavo Santini Teodoro, é a sentença do 
processo de primeira instância, que tramita na 23ª Vara Cível da Capital.
• Proibição
• O desembargador Ênio Santarelli Zuliani, da 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de 
Justiça de São Paulo, determinara o bloqueio aos internautas brasileiros o acesso ao vídeo 
em que aparecem o empresário Renato Aufiero Malzoni Filho e a modelo Daniela Cicarelli, 
em uma praia na Espanha, no site Youtube. O vídeo mostra o casal em cenas de namoro e, 
segundo divulgou a TV Globo, mantendo relações sexuais.
• Local público
• Em sua contestação, a Globo sustentou que, muito embora tenha cumprido a ordem 
judicial proveniente do agravo de instrumento, não praticou ilícito, pois o local dos fatos - 
uma praia aberta ao público - não assegurava privacidade ao casal.
Caso 9: o Famoso e o vizinho jornalista
• Bianca trabalha para um tablóide. Patrícia, atriz, mudou-se para o 
edifício onde Bianca mora. Bianca ouve as discussões entre Patrícia e 
o seu esposo e relata-as no tablóide. Em consequência, Bianca recebe 
um aumento generoso de ordenado.
• Observação: esse caso é inspirado por um exemplo da cátedra do prof. Menezes Cordeiro.
Solução
• – teoria das esferas: esfera íntima, tutela absoluta.
• Nem a natureza do caso, nem a condição de D, justificam arevelação do conteúdo das discussões [art. 80º-2]. 
Para mais,a revelação dos factos afecta a honra e decoro de D [art. 79º-3, por aplicação extensiva].
• 1. Interpelado por D, C afirma que tudo o que escreve é verdadeiro. 
Argumento improcedente: exceptio veritatis
• Irrelevante.Precisamente por se tratar de factos verdadeiros, deve Cmanter a reserva. Não é pertinente [inter
esse público] arevelação dos factos, ainda que verdadeiros.
• D pode exigir que C deixe de escrever as crónicas ofensivas,art. 70º-2 [cessação da actividade].
• 2. D interpela C para que este o indemnize pelos prejuízos. C afirma terouvido as discussões de modo 
natural, sem recorrer a dispositivos.
• Argumento improcedente: o dever de reserva sobre aintimidade da vida privada de outrem não depende da 
ilicitudeda obtenção dos conhecimentos quanto a essa vida privada[art. 80º-1].
• Obrigação de indemnizar [art. 70º-2 e 483º e 496º]. Danosnão patrimoniais, função compensatória e 
punitiva [MC].
• 3. C defende-se dizendo que o dever de indemnizar não produziria efeitoface à violação dos bons costumes 
por D.
Soluções; 
• •
• Argumento improcedente: o disposto no art. 280º apenas 
seaplica a NJs ou a actos jurídicos, quando a analogia se justifique [art. 295º]. Não é o caso.
• •
• Admitindo que tal era possível, a nulidade não impede aprodução do efeito responsabilidade civil [efeitosanci
onatório], mas sim apenas respeita aos efeitos jurídicosque o acto se destinava a produzir.
• 4. Pode a sociedade civil X, proprietária do tablóide, ser responsabilizada,sabendo que C não é sócio, mas sim 
mero prestador de serviços?
• •
• A sociedade X pode ser responsabilizada civilmente pelosactos de C [art. 998º], praticados no exercício das 
funçõesque lhe foram cometidas.
• •
• A sociedade também responde em nome próprio, ao abrigo 
doart. 483º, porque estimulou a publicação das crónicas,aumentando o ordenado de C [enriquecimento sem 
causa].
Caso 10: Biografias não Autorizadas. 
VEJA SP: “Livro ‘Roberto Carlos em Detalhes’ é vendido em sebos por até 1099 reais” Apesar da decisão desta 
quarta (10) do STF a favor da liberação de biografias não-autorizadas, a obra proibida não deve voltar às livrarias 
(access_time5 dez 2016, 12h23 - Publicado em 10 jun 2015, 18h35)
Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária a autorização prévia do indivíduo 
biografado, das demais pessoas relatadas, nem de seus familiares. Essa autorização prévia 
seria uma forma de censura, não sendo compatível com a liberdade de expressão consagrada 
pela CF/88. 
Julgamento STF: “é inexigível o consentimento de pessoa biografada relativamente a obras 
biográficas literárias ou audiovisuais, sendo por igual desnecessária a autorização de pessoas 
retratadas como coadjuvantes ou de familiares, em caso de pessoas falecidas ou ausentes”. 
Atenção: Caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na biografia entenda que 
seus direitos foram violados pela publicação, terá direito À reparação, que poderá ser feita 
não apenas por meio de indenização pecuniária, como também por outras formas, tais como 
a publicação de ressalva, de nova edição com correção, de direito de resposta. 
STF – Plenário. ADI 4815/DF. Rel. Min. Carmen Lúcia. Julg. 10/06/2015. (INFO. 789). 
Honra e bom-nome
• Caso professor de letras de Menezes Cordeiro;
• Caso das notícias falsas;
• Casos dos cadastros de proteção ao crédito; 
• ...
Caso 11: Notícia falsa
❖ Correio Braziliense é condenado por distorcer texto sobre ocorrência: 
 Ao distorcer o conteúdo de uma ocorrência policial, o jornal Correio Braziliense publicou informações 
falsas sobre uma corretora de imóveis, atrapalhando sua vida profissional e ofendendo sua honra e 
reputação. Por isso, a 4ª Vara Cível de Taguatinga (DF) condenou o jornal a pagar indenização de R$ 20 
mil. 
 A mulher alegou que, ao ter seu nome veiculado na publicação, passou a sofrer danos no exercício de 
sua atividade profissional como corretora de imóveis. A reportagem descrevia que ela fora presa por 
falsidade ideológica ao usar identidade falsa e se apresentar como advogada de traficantes que 
estavam sendo presos em flagrante em uma operação policial.
 O juiz da 4ª Vara Cível de Taguatinga, no entanto, entendeu que “o trecho jornalístico, na forma em que 
veiculado, ofendeu a honra e a reputação da autora”. Segundo os autos, não há qualquerindício de que a 
requerente se apresentou como advogada de traficantes e nem que tenha apresentado falso documento 
durante a abordagem policial. Segundo a sentença, isso confirma que o jornal “procedeu de forma 
imprudente e negligente ao descrever os acontecimentos noticiados” e introduziu fatos inexistentes na 
ocorrência policial que deram maior gravidade ao que de fato ocorreu.
 Assim, o juiz condenou o jornal a pagar à autora o valor de R$ 20 mil como compensação pelos danos 
morais. O Correio Braziliense terá também que publicar, com o mesmo destaque conferido à publicação 
indevida, o inteiro teor da sentença no jornal impresso e em seu site – no prazo de até 10 dias, contados a 
partir do trânsito em julgado. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-DF.e
 Processo 2014.07.1.027699-3 údo de uma ocorrência policial, o jornal Correio Braziliense publicou informações 
falsas sobre uma corretora de imóveis, atrapalhando sua vida profissional e ofendendo sua honra e reputação. Por 
isso, a 4ª Vara Cível de Taguatinga (DF) condenou o jornal a pagar indenização de R$ 20 mil. 
• A mulher alegou que, ao ter seu nome veiculado na publicação, passou a sofrer danos no exercício de sua atividade profissional como corretora de imóveis. A reportagem descrevia que ela fora presa por falsidade ideológica ao usar identidade falsa e se apresentar como 
advogada de traficantes que estavam sendo presos em flagrante em uma operação policial.
Caso 12: Extra
 Fotos com status "público" no Facebook não autorizam reprodução em 
notícia
 O livre acesso às páginas do Facebook não autoriza automaticamente a 
reprodução de fotografias pessoais, mesmo que estejam em modo 
"público" — quando qualquer pessoa consegue ver as imagens, inclusive 
quem não é cadastrado na rede social.
 Esse foi um dos entendimentos aplicados pela 2ª Câmara de Direito 
Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo ao condenar a Globo e outros 
dois veículos de comunicação por publicarem uma notícia sobre uma 
ex-participante do Big Brother Brasil (BBB), Aline Cristina Tertuliano da Silva. 
Além de indenizar, os veículos foram obrigado a excluir a notícia.
 Aline participou do programa em 2005, sendo eliminada em disputa com a hoje 
atriz Grazi Massafera, que acabou vencendo aquela edição. Passados 11 anos, 
Aline foi procurada pela Globo, sendo convidada a voltar a participar do 
programa ou fazer gravações.
 Sem interesse, a ex-BBB negou os convites e não autorizou qualquer 
divulgação de sua vida. Disse que estava em outro momento de sua vida, 
casada e com filhos, trabalhando como carteira nos Correios. De acordo com a 
ação, a Globo chegou a ligar na assessoria de imprensa dos Correios, que 
também não autorizou qualquer divulgação de sua vida privada.
 Ainda assim, o site Ego, das organizações Globo, publicou uma notícia sobre a 
ex-BBB contando a atual situação de Aline. Além disso, afirmou que ela ficou 
conhecida no programa pelas fofocas, ganhando o apelido de Aline X-9, sendo 
eliminada com 95% dos votos. A notícia foi republicada pelos jornais Correio 24 
Horas e Diário Gaúcho.
 Diante disso, a ex-BBB ingressou com ação de indenização por danos 
morais contra as três empresas de comunicação. Ela alegou que a 
publicação das fotos violou sua intimidade, teve comentários ofensivos e 
também continha inverdades que a colocaram em situação vexatória e 
humilhante. Por isso, pediu que fosse indenizada em R$ 100 mil, além de 
solicitar a exclusão das notícias.
 As empresas de comunicação alegaram que, ao participar do programa, 
Aline deixou de ser uma pessoa comum e tornou-se figura pública. Além 
disso, apontaram que a notícia apenas exerceu o direito à liberdade de 
imprensa, narrando o que aconteceu na época do programa e como está a 
situação atual da ex-BBB. Também afirmaram que as imagens utilizadas 
retiradas do Facebook eram públicas.

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