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Tuberculose Doença de evolução crônica que se caracteriza pelo crescimento progressivo de lesões nodulares denominadas tubérculos, que podem estar em qualquer órgão ou tecido. O MYCOBACTERIUM BOVIS, É O CAUSADOR DA TUBERCULOSE BOVINA TRANSMISSÃO A principal forma de introdução nos rebanhos, é pela aquisição de animais infectados. O M.bovis é excretado pelo ar expirado, fezes, urina, leite e outros fluidos corporais, dependendo de qual órgão foi contaminado. Nos bovinos adultos, aproximadamente 90% dos casos, a porta de entrada é a via respiratória, devido a inalação de aerossóis contaminados. Outra forma é pela ingestão do leite infectado, normalmente pelos animais jovens. A transmissão pela via transplacentária é rara A transmissão sexual pode ocorrer nos casos de epididimite e metrite tuberculosa. Mais comum em bovinos de leite do que de carne PATOGENIA Após entrada ( seja por inalação ou ingestão) forma-se um foco primário no órgão afetado e linfonodos regionais — chamado complexo primário. A infecção por via inalatória provoca inicialmente pequenas lesões no pulmão, começando na junção bronquíolo- alveolar, com possível disseminação para os alvéolos e linfonodos brônquicos. Essas lesões podem regredir, permanecer estáveis ou progredir. Já quando a infecção ocorre pela via digestiva, as lesões aparecem principalmente nos linfonodos faríngeos ou mesentéricos, que estão associados ao sistema digestório. Em 8 dias é possível visualizar um foco primário visível; a calcificação começa por volta de 2 semanas. Lesão desenvolve-se com necrose central, tecido de granulação e infiltrado de linfócitos (tubérculo). Disseminação para linfonodos regionais e outros órgãos pode ocorrer por via linfática e hematógena; pode evoluir para forma miliar (quando muitos bacilos seguem para circulação) ou forma protraída com disseminação lenta a vários órgãos (pulmão, linfonodos, fígado, baço, úbere, ossos, rins, SNC). SINAIS CLINICOS È uma doença de evolução lenta, com sinais clínicos pouco frequentes. Quando presentes são extremamente variáveis e inespecíficos, mas em estágio avançados, os animais podem apresentar caquexia progressiva, tosse, infertilidade, hiperplasia de linfonodos superficiais e/ou profundos. DIAGNOSTICO Os métodos utilizados são os diretos e indiretos, os métodos diretos determinam a presença do agente etiológico no material biológico, já os indiretos, determinam a resposta imunológica do animal ao agente etiológico. Essa resposta pode ser: 1. Humoral → produção de anticorpos circulantes 2. Celular → mediada por linfócitos e macrófagos Teste tuberculínico É o método oficial no Brasil (PNCEBT). Usa-se a PPD (derivado proteico Tuberculose purificado) para medir a resposta imunológica do animal. TESTE CERVICAL SIMPLES (TCS) Aplica-se 0,1 mL de PPD bovina na tábua do pescoço. Mede-se a espessura da pele antes e 72 horas depois. Aumento significativo → animal reagente. Quando é usado: triagem em rebanhos. TESTE CERVICAL COMPARATIVO (TCC) Aplica PPD bovina e PPD aviária em dois pontos do pescoço, 12 cm de distância. Compara a reação das duas. Se a reação bovina for maior → sugere infecção por M. bovis Se a aviária reagir mais → indica micobactérias ambientais (falso-positivo). Quando é usado: confirmação, eliminar falso positivo. TESTE DA PREGA CAUDAL (TPC) Aplicado entre cauda e ânus. Avaliação mais simples, mas menos sensível. Usado principalmente em grandes rebanhos e como vigilância. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Serve para confirmar casos suspeitos ou positivos nos testes. ANIMAIS REAGENTES → ABATE SANITÁRIO OBRIGATÓRIO.