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Valsinha Um dia ele chegou tão diferente Do seu jeito de sempre chegar Olhou-a de um jeito muito mais

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Valsinha Um dia ele chegou tão diferente Do seu jeito de sempre chegar Olhou-a de um jeito muito mais Valsinha Um dia ele chegou tão diferente Do seu jeito de sempre chegar Olhou-a de um jeito muito mais quente Do que sempre costumava olhar E não maldisse a vida Tanto quanto era seu jeito de sempre falar E nem deixou-a só num canto Pra seu grande espanto convidou-a pra rodar. Então ela se fez bonita Como há muito tempo não queria ousar Com seu vestido decotado Cheirando a guardado de tanto esperar. Depois o dois deram-se os braços Como há muito tempo não se usava dar E cheios de ternura e graça Foram para a praça e começaram a se abraçar E ali dançaram tanta dança Que a vizinhança toda despertou E foi tanta felicidade Que toda cidade se iluminou E foram tantos beijos loucos Tantos gritos roucos como não se ouvia mais Que o mundo compreendeu E o dia amanheceu em paz (Chico Buarque e Vinicius de Moraes) Atividade de interpretação de texto. (Responda no caderno) 1 - Os textos narrativos, relata transformações que vão ocorrendo através do tempo. Leia os dois versos iniciais. Os dois versos relatam uma transformação: ele chegava habitualmente de um jeito e passou a chegar de outro. Levando em conta os dados fornecidos pelo texto, como ele costumava chegar habitualmente? 2 - Naquele dia diferente, uma das atitudes dele, de modo especial, causou surpresa a ela. Qual foi essa atitude? 3 - Essa transformação que se deu com a personagem masculina, desencadeou outra transformação na personagem feminina. Em que níveis de comportamento se alterou a conduta dela? 4 - A disponibilidade de ambos deu origem à dança, que também pode ser interpretada como um movimento de jogo amoroso. Fazem parte desse jogo tanto o afeto, a emoção delicada, quanto a sensualidade calorosa. Encontre passagem no texto que falem: da emoção delicada; da sensualidade calorosa. 5 - O gesto amoroso da dança saiu do interior da casa para a praça, da praça para a cidade, da cidade para o mundo. a) Como se pode interpretar essa ampliação do espaço? b) Qual é o efeito final desse gesto no comportamento das pessoas? 6 - Pode se dizer que o texto estabelece uma relação de semelhança entre a valsa, o jogo amoroso, e as relações humanas em termos mais amplos. Explique onde se reside essa semelhança. 7 - Levando-se em conta o sentido global do texto, pode-se afirmar que: a) A dança, que inclui o envolvimento amoroso expande seus efeitos para além das pessoas que se amam. b) O jogo amoroso, diferente da dança e da valsa, só é possível com o consentimento explícito dos pares que se amam. c) Para que a dança e o amor sejam bem sucedidos, é preciso que, de início, exista apenas ternura de ambas as partes e só depois esse sentimento evolua para o prazer. d) A concepção de amor que está implícita por trás desse texto narrativo não inclui o prazer físico. e) só a ternura e o amor desinteressado são capazes de erradicar sua influência para além do espaço doméstico. dudufrozp9yiyr precisa da sua ajuda. Adicione sua resposta e ganhe pontos. Encontre as soluções dos livros de Português 1155 soluções 1075 soluções 1479 soluções 1391 soluções 1010 soluções 1107 soluções 1027 soluções 1061 soluções 1186 soluções 1255 soluções Ajude outras pessoas com dúvidas sobre Português há 1 hora Primeira Pergunta Questão 11, UECE 2ª Fase 1° Dia 2024/1 TEXTO Poemas aos homens do nosso tempo - Hilda Hilst Enquanto faço o verso, tu decerto vives. Trabalhas tua riqueza, e eu trabalho o sangue. Dirás que sangue é o não teres teu ouro E o poeta te diz: compra o teu tempo. Contempla o teu viver que corre, escuta O teu ouro de dentro. É outro o amarelo que te falo. Enquanto faço o verso, tu que não me lês Sorris, se do meu verso ardente alguém te fala. O ser poeta te sabe a ornamento, desconversas: "Meu precioso tempo não pode ser perdido com os poetas". Irmão do meu momento: quando eu morrer Uma coisa infinita também morre. É difícil dizê-lo: MORRE O AMOR DE UM POETA. E isso é tanto, que o teu ouro não compra, E tão raro, que o mínimo pedaço, de tão vasto Não cabe no meu canto. (Disponível em HILST, Hilda. Poemas aos homens do nosso tempo. In: Júbilo, memória, noviciado da paixão. São Paulo: Companhia das Letras, 2018; p. 125.) Atente para o que se afirma a seguir sobre o poema. fala do curo I. Há uma oposição entre duas personagens, uma que se dedica à literatura e outra a questões materiais. II. O eu lírico aponta para um produto da eternidade, enquanto das atividades do outro restará a fugacidade. III. O eu lírico mostra um forte apego às coisas materiais e não ao fazer poético É correto o que se afirma em A) I e III apenas. B) II e III apenas. C) I e II apenas. D) I, II e III.

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