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Café com genética Apresentamos: Ansiedade Transtorno de conjunto de condições marcadas por medo e apreensão desproporcionais. Ansiedade deixa de ser adaptativa e passa a gerar prejuízo funcional. Envolve alterações cognitivas, fisiológicas e comportamentais. Aspectos Cognitivos Aspectos Comportamentais Aspectos Fisiológicos Aspectos Cognitivos Aspectos Comportamentais Aspectos Fisiológicos Antecipação constante de ameaça. Dificuldade em controlar pensamentos ansiosos. Vieses atencionais voltados para estímulos percebidos como perigosos. Superestimação do risco e subestimação da capacidade de enfrentamento. Evitação de situações temidas. Comportamentos de segurança e checagem. A evitação reforça o ciclo ansioso (alívio imediato --> manutenção do medo) Impacto na vida social, acadêmica e ocupacional. Hiperativação persistente dos sistemas de estresse Envolvimento da amígdala, locus coeruleus e eixo HHA. Sintomas comuns: taquicardia, sudorese, tremores, tensão muscular, falta de ar. Estado de hipervigilância contínua. Fisiopatologia A amígadala é a principal estrutura relacionada à detecção de ameaça. Amígdala Em quadros de ansiedade, ela tende a ficar hiperativa, respondendo exageradamente a estímulos que não representam perigo real. Região ligada ao controle cognitivo, tomada de decisões e regulação emocional. Córtex Pré-frontal Em pessoas ansiosas, o córtex pré-frontal costuma apresentar menor capacidade de inibir a amígdala, dificultando controlar pensamentos e preocupações. Importante para memória e contextualização de experiências. Hipocampo Alterações nessa área podem levar a interpretações distorcidas de situações neutras como ameaçadoras. Genética e Epigenética HERDABILIDADE: 20%-40% GENÉTICA GENES INICIAIS Prozac COMT dESTACA-SE: NOTCH1 BDNF FKBP5 SLC6A4 OXTR COMT MAOA EPIGENÉTICA Estuda as alterações hereditárias nos genes que ocorrem sem alterações na sequência do DNA. fator desencadeante do Transtorno de Ansiedade. Cada tipo particular de ansiedade possui a capacidade de revelar alterações epigenéticas singulares. EPIGENÉTICA EPIGENÉTICA EPIGENÉTICA DISCUSSÃO DE RESULTADOS TIPOS DE TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Ataques de pânico recorrentes e inesperados; ALTA INFLUÊNCIA GENÉTICA Transtorno do Pânico Sintomas físicos intensos: taquicardia, falta de ar ou asfixia, tremores, calafrios; Medo persistente de novos ataques. T. Ansiedade Social MEDO DE SER AVALIADO, JULGADO OU HUMILHADO SOCIALMENTE; EVITAÇÃO DE SITUAÇÕES SOCIAIS. PREOCUPAÇÃO ANTECIPATÓRIA INTENSA; MEDO SEM CORRESPONDÊNCIA COM RISCO REAL. Preocupação excessiva e constante sobre várias áreas da vida. Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) Prejuízo funcional significativo. Presença frequente de sintomas físicos. Dificuldade em controlar pensamentos ansiosos; Medo intenso de afastamento de figuras de apego ou de casa; INFLUÊNCIA GENÉTICA MODERADA T. Ansiedade de Separação Preocupação constante: acidentes, sequestro ou morte das figuras importantes; Recusa em ficar sozinho ou sair desacompanhado; Fobias Específicas MEDO INTENSO DE UM OBJETO OU SITUAÇÃO ESPECÍFICA;. RESPOSTA IMEDIATA DE ANSIEDADE OU PÂNICO; Sintomas físicos na separação: náusea, dor abdominal, tontura, palpitações e pesadelos. MEDO DESPROPORCIONAL AO RISCO REAL. Agorafobia MEDO DE LUGARES ONDE ESCAPAR É DIFÍCIL; SENSAÇÃO DE DESAMPARO E APRISIONAMENTO. Incapacidade persistente de falar em certos contextos sociais; BAIXA INFLUÊNCIA GENÉTICA Mutismo Seletivo Comunicação normal apenas com familiares imediatos; Prejuízo acadêmico e social. T. Ansied. Induzido por Substância/Medicamento ANSIEDADE OU PÂNICO LIGADOS AO USO OU ABSTINÊNCIA; SINTOMAS TEMPORÁRIOS: MELHORA APÓS INTERRUPÇÃO DA SUBSTÂNCIA. T. Ansied. Devido a Outra Condição Médica ANSIEDADE EXPLICADA POR DOENÇA CLÍNICA; EVIDÊNCIAS MÉDICAS RESPALDAM O DIAGNÓSTICO. TRANSTORNOS QUE NÃO SÃO MAIS CONSIDERADOS DE ANSIEDADE Presença de obsessões (pensamentos, impulsos ou imagens repetitivos e intrusivos) ALTA INFLUÊNCIA GENÉTICA t. Obsessivo–Compulsivo Presença de compulsões (rituais físicos ou mentais para aliviar ansiedade); Comportamentos não são prazerosos: reduzem o sofrimento e ansiedade; T. Estresse Pós-Traumático SURGE APÓS EXPOSIÇÃO A EVENTOS TRAUMÁTICOS GRAVES; LEMBRANÇAS INVASIVAS E RECORRENTES DO TRAUMA; Conteúdo das obsessões é exagerado ou irrealista. EVITAÇÃO PERSISTENTE DE ESTÍMULOS ASSOCIADOS AO EVENTO; ALTERAÇÕES NEGATIVAS NO HUMOR, COGNIÇÃO E ESTADO EMOCIONAL. Diagnóstico de Transtornos de Ansiedade o medo está relacionado a uma resposta imediata e reativa a uma ameaça percebida no presente, enquanto a ansiedade envolve uma preocupação antecipatória com o futuro, ligada à expectativa de uma ameaça iminente. Uma das características que permitem diferenciar esses transtornos é o foco da apreensão, ou seja, o estímulo específico ou a situação que provoca o medo ou a ansiedade no indivíduo. Medo x ansiedade Transtorno do pânico: 6B01 Agorafobia: 6B02 Fobias específicas: 6B03 Ansiedade generalizada (TAG): 6B00 Código específico dos transtornos de ansiedade Transtorno de ansiedade social: 6B04 T. de ansiedade de separação: 6B05 Mutismo seletivo: 6B0Y Quadro clínico e diagnóstico De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-V, os critérios diagnósticos baseiam-se em critérios elencados de A a F: Irritabilidade. A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional). B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. Fatigabilidade. Dificuldade em concentrar-se Tensão muscular.Perturbação do sono D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo). F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., ansiedade ou preocupação quanto a ter ataques de pânico no transtorno de pânico, avaliação negativa no transtorno de ansiedade social). O diagnóstico diferencial é um aspecto crucial na abordagem clínica desses transtornos. Quando os sintomas não sugerem uma origem médica subjacente, exames laboratoriais iniciais podem incluir testes básicos, como hemograma completo, perfil químico, testes de função tireoidiana, exame de urina e triagem para substâncias ilícitas. Em casos em que os sintomas são atípicos ou em presença de anormalidades no exame físico, uma investigação mais aprofundada pode ser necessária. As estratégias diagnósticas devem ser sempre adaptadas à singularidade de cada paciente, de forma a garantir um tratamento eficaz e personalizado. Diagnóstico diferencial TRANSTORNOS DE ANSIEDADE: Tratamento Humanizado Apesar da eficácia dos medicamentos, as terapias psicológicas são recomendadas como primeira linha no tratamento dos transtornos de ansiedade, pois: TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE • apresentam menor risco de efeitos colaterais. • promovem mudanças duradouras nos padrões cognitivos e comportamentais. • reduzem taxas de recaída. • fortalecem estratégias de enfrentamento e autonomia do paciente. conforme definido pela Classificação Internacional de Doenças (CID) ou pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) quando o paciente demonstra sofrimento significativo ou apresenta consequências adversas decorrentesda condição, como tendência suicida, depressão secundária ou uso abusivo de substâncias. A psicoeducação é um componente essencial, oferecendo aos pacientes um entendimento sobre o diagnóstico, os antecedentes possíveis e os princípios de ação das opções terapêuticas disponíveis. Esse aspecto é crucial para aumentara adesão ao tratamento e promover uma melhor compreensão da condição. tratamento humanizado e psicoeducação TAG: Transtorno de Ansiedade Generalizada TEPT: Transtorno de Estresse pós-traumático Incapacidade de se recuperar de um evento percebido como assustador, chocante ou perigoso Sofrimento e prejuízo no funcionamento em áreas importantes Formalmente classificado em 1980 no DMS-III Sintomas: 1-Revivência; 2-Evitação; 3-Alterações negativas no humor e cognição 4-Alterações na excitação e reatividade. Hereditariedade e Estudos Familiares: Gêmeos monozigóticos e dizigóticos (Cerca de 30% a 40%) Tem tendência a ocorrer em famílias Genes do Eixo Hipotálamo-Hipófise- Adrenal (HHA) Principal sistema de resposta ao estresse Fator Genético: Receptores de Glicocorticoides Desligar a resposta ao estresse Genes Catecolaminérgicos Regulam a norepinefrina e dopamina Gene da Catecol-O-metiltransferase (COMT) Variantes podem influenciar a função da Amígdala Genes Serotoninérgicos Regulação do humor e da ansiedade Gene SERT ou 5-HTTLPR Reatividade Emocional Fobia Social e Ansiedade da separação Transtorno marcado por medo intenso de persistência e interações sociais por receio de ser julgado, humilhado ou rejeitado. Não é timidez, pois interfere na vida de maneira significativa. o QUE É? Cognitivos: "vou passar vergonha", "estão me julgando"; principais sintomas Comportamentais: evitar contato visual e falar pouco, fugir de eventos; Fatores envolvidos: ambiente, biológico e psicológico. Genética: Interação de gene + ambiente Poligênico: vários genes (ex: serotonina, BDNF, eixo do estresse) Hereditariedade moderada Tratamento: TCC Medicamentos (fluoxetina, sertralina, escitalopram) TOC: Transtorno Obsessivo-Compulsivo Obsessões; cARACTERIZADO POR: COMPULSÕES.+ ORIGEM: Hereditariedade genética; Disfunções cerebrais ; Associação ao tique. PRINCIPAIS SINTOMAS: Obsessões: ( pensamentos intrusivos, repetitivos e perturbadores ) Compulsões: ( comportamentos ou rituais mentais usados para aliviar a ansiedade ). ( contaminação/limpeza ) ( simetria/ordem ) Pensamentos proibidos; Medo de causar danos; Pânico; Dificuldades de descartar objetos. Fator genético: forte base genética; hereditariedade não determina o transtorno sozinha o TOC surge pela interação entre genética e ambiente diferenças nos sintomas podem estar ligadas a variantes genéticas e a cultura ; o TOC é um transtorno poligênico. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5-TR. 5. ed. rev. Porto Alegre: Artmed, 2023. Brasil escola. Fobia social: definição, sintomas e causas. Castillo et al. Adolescência e a fobia social. UNIBRA COSTA, Ana Letícia Machado et al. Papel dos fatores genéticos e ambientais no desenvolvimento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 7, n. 5, p. 668–678, 2025. DE MATTOS OLIVEIRA, Carlos Walmyr et al. Transtornos de ansiedade: fatores genéticos, ambientais e suas implicações clínicas. Caderno Pedagógico, v. 22, n. 6, p. e15754- e15754, 2025. DSM-IV-TM tm : manual diagnostico e estatistico de transtornos mentais. Porto Alegre (Rs): Artmed, 2002. ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5-TR. 5. ed. rev. Porto Alegre: Artmed, 2023. Brasil escola. Fobia social: definição, sintomas e causas. Castillo et al. Adolescência e a fobia social. UNIBRA COSTA, Ana Letícia Machado et al. Papel dos fatores genéticos e ambientais no desenvolvimento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 7, n. 5, p. 668–678, 2025. DE MATTOS OLIVEIRA, Carlos Walmyr et al. Transtornos de ansiedade: fatores genéticos, ambientais e suas implicações clínicas. Caderno Pedagógico, v. 22, n. 6, p. e15754- e15754, 2025. DSM-IV-TM tm : manual diagnostico e estatistico de transtornos mentais. Porto Alegre (Rs): Artmed, 2002. REFERÊNCIAS FENSTER, R. J. et al. Brain circuit dysfunction in post-traumatic stress disorder: from mouse to man. Nature Reviews Neuroscience, v. 23, p. 436-455, 2022. HUANG, C. et al. Psychosocial interventions for anxiety disorders in adults: evidence mapping and guideline appraisal. Frontiers in Psychiatry, v. 16, 20 out. 2025. Masci. Fobia social: informações objetivas MINUTOS PSÍQUICOS. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG). Disponível em: . Acesso em: 3 dez. 2025. SCHLOSSER, Gabriela Dias; DE LIMA, Valéria Cristina Figueiredo; DA SILVA HEINEN, Letícia Borges. A epigenética como fator desencadeante nos transtornos de ansiedade: uma revisão sistemática. TCC-Biomedicina, 2023. VALENTE, N. L. M.; FIKS, J. P.; VALLADA, H.; MELLO, M. F. Evolucionismo e genética do transtorno de estresse pós-traumático. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 30, n. 3, p. 222-230, set./dez. 2008. FENSTER, R. J. et al. Brain circuit dysfunction in post-traumatic stress disorder: from mouse to man. Nature Reviews Neuroscience, v. 23, p. 436-455, 2022. HUANG, C. et al. Psychosocial interventions for anxiety disorders in adults: evidence mapping and guideline appraisal. Frontiers in Psychiatry, v. 16, 20 out. 2025. Masci. Fobia social: informações objetivas MINUTOS PSÍQUICOS. TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG). Disponível em: . Acesso em: 3 dez. 2025. 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