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Prática Simulada I - Aula 08 - Açao de imissão na posse com pedido de tutela antecipada

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO.
PAULO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua nº, bairro, São Paulo/SP, CEP, vem, por seu advogado que esta subscreve, com escritório na Rua nº, bairro, cidade/Estado, CEP, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações, perante Vossa Excelência, através do procedimento comum, propor a presente 
AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE COM PEDIDO DE CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA
em face de CARLOS ALBERTO, nacionalidade, casado com Sônia, profissão, portador do RG nº, inscrito no CPF sob o nº, endereço eletrônico; e SÔNIA, nacionalidade, casada com Carlos Alberto, profissão, portadora do RG nº, inscrita no CPF sob o nº, endereço eletrônico, ambos residentes e domiciliados na Rua nº, bairro, Cabo Frio/RJ, CEP, pelos seguintes motivos:
DOS FATOS
		Em 30 de julho de 2014, o Autor adquiriu dos Réus, a título oneroso, imóvel situado na cidade de Cabo Frio-RJ, pelo valor R$ 250.000,00(duzentos e cinquenta mil reais), pagos integralmente no ato de realização da escritura, também em 30 de julho de 2014, tendo sido devidamente registrado no Registro Geral de Imóveis.
		O contrato de compra e venda, em uma de suas cláusulas, dita que os Réus poderiam permanecer no imóvel pelo prazo de 06 (seis) meses a contar da realização do contrato. Após tal prazo, os Réus deveriam desocupar o imóvel e entregá-lo ao Autor.
		Contudo, os Réus permanecem no imóvel até a presente data, mesmo tendo o Autor já os notificado acerca da obrigação descumprida.
		Vale frisar que o Autor foi comunicado por seu empregador que será transferido para uma filial em Cabo Frio no prazo de 20 (vinte) dias, o que agrava ainda mais a situação, haja vista não ter condições financeiras de se estabelecer em outro local que não seja o imóvel em comento. Além disso, o imóvel em que reside em Volta Redonda é alugado, e o prazo para restitui-lo ao proprietário está vencido.
DA FUNDAMENTAÇÃO
		Da situação fática acima exposta resta claro que deve ser concedida a imissão na posse do imóvel por parte do Autor, como medida de justiça. Vejamos.
		Primeiramente, cabe ressaltar que nosso Código Civil é expresso em seu artigo 1228 ao aduzir que o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem injustamente a possua ou detenha. Além disso, preceitua em seu artigo 1200 que é justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária. Ainda, dita em seu artigo 1245, caput, que transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis.
		Neste sentido, a precariedade da posse se consubstancia quando o possuidor se nega a restituir a posse ao proprietário, como ocorre no caso em voga. E como já explanado, o Autor já registrou o imóvel em seu nome no Registro Geral de Imóveis. Além disso, a imissão na posse, por sua vez, pode ser definida como instrumento processual hábil a conferir a posse a quem ainda não a tem, sendo evidente, portanto, a legitimidade do Autor em requerer a presente imissão.
		Insta salientar, que o pretório excelso não é omisso a esse respeito, tendo editado o verbete de súmula nº 487, que é expresso: “será deferida a posse a quem, evidentemente, tiver o domínio, se com base neste for ela disputada”.
		Contudo, é evidente que o Autor terá inúmeros prejuízos se o édito condenatório em desfavor dos Réus tardar a ser prolatado, uma vez que o imóvel em que reside é alugado, tendo findado o prazo para restitui-lo ao proprietário, bem como será transferido em seu emprego para a cidade de Cabo Frio daqui poucos dias, não tendo condições para se estabelecer em outro local que não seja o imóvel objeto da presente demanda.
		Frise-se que para a concessão de tutela antecipada liminarmente o Novo Código de Processo Civil, em seu artigo 300, caput, exige o fumus bonis iuris e o periculum in mora, tendo sido o fumus bonis iuris demostrado pela devida translação no Registro Geral de Imóveis, e o periculum in mora já foi devidamente comprovado na explanação acima. 
		Ainda, o Novo Código de Processo Civil prevê em seu artigo 301, que a tutela de urgência pode ser efetivada mediante qualquer meio idôneo para asseguração do direito, bem como dita em seu artigo 538 que não cumprida a obrigação de entregar coisa imóvel no prazo estabelecido será expedido mandado de imissão na posse. Desta forma, se não for concedida a tutela antecipada liminarmente e inautida altera pars será o Autor excessivamente prejudicado.
		Destarte, é de clareza solar a justiça da concessão de imissão na posse em favor do Autor liminarmente e inaudita altera pars, bem como a posterior concessão definitiva da imissão na posse em favor do Autor.
		
DOS PEDIDOS
Isto posto, o AUTOR vem requerer à Vossa Excelência:
	a concessão de tutela antecipada de imissão na posse, liminarmente e inautida altera pars, em favor do Autor, com fulcro nos artigos 300, caput, 301 e 538, caput, todos do NPCP e artigos 1200, 1228 e 1245, todos do Código Civil;
	a não realização da audiência de conciliação ou de mediação;
	a citação dos RÉUS, para, querendo, responderem, o presente pedido, sob pena de revelia a contar de quando findar o prazo para estes se manifestarem acerca da audiência de conciliação ou mediação em caso negativo, ou em caso positivo a contar da audiência de conciliação ou mediação; 
	a procedência do presente pedido , para que seja determinada a imissão na posse em favor do Autor, com fulcro no artigo 538 do NCPC e artigos 1200, 1228 e 1245, todos do CC;
	a condenação dos RÉUS em custas processuais e honorários advocatícios.
DA PROVAS
 
		Protesta, ainda, a produção de todos os meios de prova em direito admissíveis, especialmente documental, testemunhal e depoimento pessoal dos Réus, sob pena de confissão. 
DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se a presente o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). 
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local, dia de mês de ano.
ADVOGADO
OAB/RJ N°

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