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Controle de Constitucionalidade Para Prova Constucional II
O controle de constitucionalidade é o mecanismo que garante que todas as leis e atos do governo estejam de 
acordo com a Constituição Federal de 1988. Ele existe porque a Constituição é a lei mais importante do país e 
nenhuma outra pode contrariar o que ela determina. Quando uma lei vai contra a Constituição, dizemos que ela é 
inconstitucional, e o papel do controle é justamente impedir que isso aconteça ou corrigir quando já aconteceu. Em 
resumo, o controle de constitucionalidade serve para proteger a Constituição e garantir que o poder público 
respeite os direitos e limites previstos nela.
Existem dois momentos principais em que esse controle pode ocorrer: o controle preventivo e o controle 
repressivo. O controle preventivo é aquele que acontece antes de a lei ser criada, ou seja, serve para evitar que 
uma lei inconstitucional entre em vigor. Nesse caso, quem faz o controle é o Poder Legislativo, por meio das 
comissões que analisam os projetos de lei, e o Poder Executivo, que pode vetar o projeto se perceber que ele fere a 
Constituição. De forma excepcional, o Poder Judiciário também pode atuar preventivamente quando há violação 
clara de direitos constitucionais. Já o controle repressivo acontece depois que a lei já foi aprovada e publicada, 
sendo usado para anular uma norma que esteja em desacordo com a Constituição. Esse tipo de controle é exercido 
principalmente pelo Poder Judiciário, especialmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que é o guardião da 
Constituição.
O controle também pode ser classificado de acordo com quem o faz e como ele é aplicado. No controle difuso, 
também chamado de concreto, qualquer juiz ou tribunal pode deixar de aplicar uma lei que considere 
inconstitucional em um caso específico. Esse tipo de controle vale apenas para as partes envolvidas naquele 
processo. Já no controle concentrado, também chamado de abstrato, somente o STF pode realizar a análise, e sua 
decisão vale para todos no território nacional. Ou seja, quando o Supremo declara que uma lei é inconstitucional, 
ela deixa de valer para todos, em todo o país.
No controle concentrado, o STF julga ações específicas criadas para proteger a Constituição. As principais são: a 
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), que serve para derrubar uma lei contrária à Constituição; a Ação 
Declaratória de Constitucionalidade (ADC), que confirma que uma lei está de acordo com a Constituição; a Arguição 
de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), usada quando há violação de princípios fundamentais e não 
existe outro meio jurídico para resolver a questão; e a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), que 
busca obrigar o poder público a agir quando ele deixa de cumprir algo que a Constituição manda fazer, como criar 
uma lei obrigatória.
Nem todo mundo pode propor essas ações no STF. O artigo 103 da Constituição Federal define quem tem esse 
poder. Entre eles estão o Presidente da República, as Mesas da Câmara e do Senado, os Governadores, as 
Assembleias Legislativas, o Procurador-Geral da República, o Conselho Federal da OAB, os partidos políticos com 
representação no Congresso Nacional e as confederações sindicais ou entidades de classe de nível nacional. Essas 
instituições são chamadas de legitimados ativos e têm o direito de provocar o STF para defender a Constituição.
Quando o Supremo decide sobre a constitucionalidade de uma norma, sua decisão pode ter diferentes efeitos. Ela 
vale para todos os cidadãos, o que se chama de efeito erga omnes, e também tem efeito vinculante, o que significa 
que todos os juízes e órgãos públicos devem seguir o entendimento do STF. Normalmente, a decisão também tem 
efeito retroativo, anulando a lei desde o momento em que ela foi criada, como se nunca tivesse existido. Isso 
acontece porque uma norma inconstitucional não pode produzir efeitos válidos.
A importância do controle de constitucionalidade é enorme para o Estado brasileiro. Ele garante que a Constituição 
continue sendo respeitada, impede abusos dos poderes públicos e protege os direitos fundamentais dos cidadãos. 
Além disso, mantém o equilíbrio entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, evitando que um ultrapasse o 
limite do outro. É graças a esse sistema de controle que o país consegue assegurar que todas as leis e atos do 
governo estejam dentro dos princípios da justiça, da liberdade e da igualdade previstos na Constituição de 1988.
Em resumo, o controle de constitucionalidade é o escudo da Constituição. Ele é essencial para manter a legalidade, 
a democracia e a proteção dos direitos fundamentais. O STF, como guardião da Constituição, tem a função de 
garantir que nenhuma lei ou ato público viole os princípios e valores que regem o Estado brasileiro. Por isso, 
entender o controle de constitucionalidade é fundamental para compreender como funciona o sistema jurídico do 
Brasil e como a Constituição é preservada no dia a dia.
 FIXAR MELHOR
🇧🇷 CONSTITUIÇÃO DE 1988 – RESUMO SIMPLES E COMPLETO
⚖ 1. O que é a Constituição Federal de 1988
É a lei mais importante do Brasil.
Nenhuma outra lei pode contrariá-la.
Também é chamada de “Constituição Cidadã”, porque garante direitos fundamentais, liberdades, e 
participação popular.
🟢 Exemplo:
 Se uma lei disser que o trabalhador não tem direito a férias, ela é inconstitucional, pois a CF/88 garante esse 
direito.
🧩 2. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
É o mecanismo que garante que todas as leis e atos do governo respeitem a Constituição.
📘 Conceito:
“Controle de constitucionalidade” significa verificar se uma lei está de acordo com a Constituição.
🔹 Tipos principais:
A) Controle Preventivo
Acontece antes da lei ser aprovada.
Serve para impedir que uma lei inconstitucional entre em vigor.
Feito pelo:
Poder Legislativo (quando analisa projetos de lei),
Poder Executivo (pode vetar o projeto),
Comissões do Congresso (controlam a forma e o conteúdo).
🟢 Exemplo:
 Se o Congresso aprova uma lei que fere a liberdade de expressão, o Presidente pode vetar (controle preventivo).
B) Controle Repressivo
Acontece depois que a lei entra em vigor.
Serve para retirar do ordenamento uma lei que fere a Constituição.
É feito principalmente pelo Poder Judiciário (juízes e tribunais).
🟢 Exemplo:
 Uma lei estadual obriga professores a trabalhar sem férias.
 O STF pode declarar essa lei inconstitucional.
🔹 Formas de Controle:
1. Difuso (ou concreto)
Qualquer juiz ou tribunal pode aplicar.
O controle é feito em um caso específico.
A decisão vale apenas para as partes envolvidas.
🟢 Exemplo:
 Um cidadão entra com ação dizendo que uma lei o prejudica.
 O juiz pode deixar de aplicar essa lei naquele caso.
2. Concentrado (ou abstrato)
Feito somente pelo STF.
O controle é feito em nome da sociedade, não em um caso individual.
A decisão vale para todos no Brasil.
🟢 Exemplo:
 O Presidente ou o Procurador-Geral da República entra com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI).
 Se o STF confirmar, a lei é anulada em todo o país.
🔹 Principais Ações do Controle Concentrado:
Ação Sigla Pra que serve Quem pode propor
Ação Direta de 
Inconstitucionalidade
ADI Derrubar uma lei 
contrária à CF
Presidente, Mesa do 
Senado, OAB, partidos, 
governadores, etc.
Ação Declaratória de 
Constitucionalidade
ADC Confirmar que uma lei é 
constitucional
Mesmos legitimados da 
ADI
Ação de 
Descumprimento de 
Preceito Fundamental
ADPF Proteger direitos e 
princípios fundamentais 
quando não há outro 
meio
Mesmos legitimados
Ação Direta de 
Inconstitucionalidade 
por Omissão
ADO Obrigar o poder público 
a agir quando não 
cumpre a CF
Ex: não cria uma lei 
obrigatória pela 
Constituição
🟢 Exemplo de ADPF:
 STF julgou ADPF que proibiu a censura prévia em meios de comunicação.
👥 3. DIREITOS FUNDAMENTAIS (CF/88, arts. 5º ao 17)
ACF/88 garante direitos que valem para todos. São chamados de direitos e garantias fundamentais.
🔸 Direitos Individuais e Coletivos (art. 5º)
Todos são iguais perante a lei.
Ninguém será torturado, discriminado ou preso ilegalmente.
Direito à vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade.
Liberdade de crença, de expressão e de reunião.
Direito de ir e vir.
Direito à privacidade (casa, correspondência, dados).
🟢 Exemplo:
 O Estado não pode entrar na sua casa sem mandado judicial.
🔸 Garantias Processuais (direitos no processo)
Habeas Corpus: protege o direito de ir e vir.
Habeas Data: garante acesso a dados pessoais.
Mandado de Segurança: protege direito líquido e certo.
Mandado de Injunção: quando falta lei para garantir um direito.
Ação Popular: qualquer cidadão pode defender o patrimônio público.
🟢 Exemplo:
 Se o governo gasta mal o dinheiro público, qualquer cidadão pode entrar com uma ação popular.
🔸 Direitos Sociais (art. 6º)
São direitos básicos para garantir dignidade e qualidade de vida:
Educação
Saúde
Trabalho
Moradia
Lazer
Segurança
Previdência social
Proteção à maternidade e à infância
🟢 Exemplo:
 O governo deve garantir escolas e hospitais públicos.
🔸 Direitos Políticos
Garantem a participação do povo no poder.
O voto é direto, secreto, universal e periódico.
Podem votar e ser votados os cidadãos em dia com a Justiça Eleitoral.
🟢 Exemplo:
 Votar para presidente é um direito político garantido pela CF.
🔸 Nacionalidade
Define quem é brasileiro:
Nato: nasce no Brasil ou filho de brasileiro no exterior (com registro).
Naturalizado: estrangeiro que se torna brasileiro por processo legal.
🏛 4. O QUE MAIS CAI EM PROVA
1.  Tipos de controle de constitucionalidade (preventivo e repressivo).
2.  Diferença entre controle difuso e concentrado.
3.  Quem pode propor ADI, ADC, ADPF e ADO.
4.  Direitos e garantias fundamentais (art. 5º).
5.  Remédios constitucionais: habeas corpus, mandado de segurança, habeas data, etc.
6.  Direitos sociais e políticos.
🧠 DICA FINAL:
Quando for estudar, lembre:
“A Constituição é a mãe de todas as leis.”
 Se uma lei for contra ela → é inconstitucional e pode ser derrubada pelo STF.

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