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Resumo sobre o Estudo do Crânio por Ressonância Magnética (RM) A ressonância magnética (RM) é uma ferramenta essencial na detecção de diversas patologias do sistema nervoso central (SNC), destacando-se pela sua alta resolução em tecidos moles. Um dos principais benefícios da RM é a sua capacidade de identificar edemas, tanto vasogênicos quanto citotóxicos, que se manifestam como hipersinais nas imagens ponderadas em T2. O uso de gadolínio (Gd) é uma prática comum na avaliação de doenças cerebrais, pois permite a visualização de áreas onde a barreira hematoencefálica está comprometida. Em regiões como a fossa posterior, áreas temporais e a base do crânio, a RM se mostra superior à tomografia computadorizada (TC) na análise do parênquima cerebral, uma vez que não sofre com artefatos de atenuação óssea. A interpretação das imagens de RM depende de uma série de fatores que influenciam a aparência das estruturas. Esses fatores incluem características intrínsecas dos tecidos, como os tempos de relaxamento T1 e T2, a densidade protônica, e a interação com o meio físico. Além disso, o tipo de equipamento utilizado e os aspectos técnicos da sequência de pulsos, como tempo de repetição (TR), tempo de eco (TE), tempo de inversão (TI) e ângulo de flip, também desempenham um papel crucial. Por exemplo, a gordura apresenta um sinal aumentado em T1, aparecendo em branco, enquanto em T2, sua intensidade de sinal diminui, resultando em uma aparência cinza. O fenômeno de "flow-void", que se refere à ausência de sinal em vasos sanguíneos de grande calibre, é outro aspecto importante, onde o sangue em movimento pode aparecer como um sinal preto em sequências ponderadas em T2, mas pode ser visualizado como branco em técnicas de Gradient-echo. O posicionamento do paciente durante o exame de RM é uma etapa crítica que deve ser realizada com cuidado. O paciente deve ser colocado em decúbito dorsal, com a cabeça posicionada na bobina de crânio, evitando qualquer contato com partes do corpo ou dispositivos que possam interferir no exame. Além disso, medidas de segurança são essenciais para prevenir queimaduras por radiofrequência (RF). Isso inclui a remoção de dispositivos desnecessários do anel do magneto e a verificação de que o paciente não esteja usando fraldas ou produtos de incontinência que possam causar desconforto. O planejamento das sequências de imagem deve ser meticuloso, utilizando cortes axiais, coronais e sagitais, conforme necessário, e considerando a injeção de contraste para melhorar a visualização das estruturas. A angiografia por ressonância magnética (ARM) é uma técnica avançada que permite a visualização não invasiva do sistema vascular. Essa técnica aumenta o contraste vascular ao intensificar o sinal dos spins em movimento no sangue e suprimir os spins estacionários dos tecidos. Existem dois métodos principais para suprimir os spins estacionários, que incluem a realização de aquisições que tratam os spins de maneira idêntica, mas que diferenciam os spins em movimento, e o uso de um tempo de repetição curto que satura os spins estacionários. As quatro técnicas básicas de ARM, que utilizam fenômenos diferentes para aumentar o sinal dos spins em fluxo, incluem: Angio-RM por saturação digital (ARM-SD), Angio-RM Time of Flight (ARM-TOF), Angio-RM Phase Contrast (ARM-PC) e a técnica de codificação de velocidade. Além dessas, uma abordagem mais invasiva pode ser utilizada com a administração de contraste seguida de uma sequência gradiente T1 3D. Destaques A RM é superior à TC na detecção de patologias do SNC devido à sua alta resolução em tecidos moles. Edemas e a quebra da barreira hematoencefálica são facilmente identificáveis nas imagens de RM. O posicionamento adequado do paciente e a segurança contra queimaduras por RF são cruciais durante o exame. A angiografia por ressonância magnética (ARM) permite a visualização não invasiva do sistema vascular, utilizando diferentes técnicas para aumentar o contraste. Fatores como características intrínsecas dos tecidos e aspectos técnicos influenciam a aparência das imagens de RM.