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Farmacologia do trato urinário inferior

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Farmacologia para sintomas irritativos e obstrutivos do trato urinário inferior
· Hiperplasia prostática benigna
· Bexiga Hiperativa
Hiperplasia prostática benigna
É uma condição médica caracterizada pelo aumento benigno da próstata., que normalmente se inicia em homens com mais de 40 anos. Essa afecção apresenta uma íntima relação com o envelhecimento, podendo acometer até 90% dos homens com idade superior a 80 anos.
Sintomas
Os sintomas relacionados à HBP são denominados coletivamente de STUI (sintomas do trato urinário inferior).
· Vontade frequente e urgente para urinar;
· Dificuldade para começar a urinar;
· Acordar frequentemente durante a noite para urinar;
· Jato de urina fraco ou entrecortado;
· Sensação de bexiga ainda cheia depois de urinar.
Tratamento
Alfa-bloqueadores: relaxam o canal da urina, melhorando o jato urinário.
Ex.: Doxazosina, tansulosina 
Inibidores de 5 alfa redutase: Reduzem o tamanho da próstata.
Ex.: Finasterida e Dutasterida.
Os medicamentos da classe alfa-bloqueadores causam benefício imediato dos sintomas, enquanto os inibidores da 5-alta-redutase requerem um tratamento em longo prazo. 
Mecanismo de ação de Doxazosina e tansulosina:
Os bloqueadores alfa-1-adrenérgicos atuam primariamente por meio do relaxamento do músculo liso prostático e alivio do componente dinâmico da obstrução do fluxo de saída da bexiga.
Homens com alopecia androgenética, a área calva possui folículos capilares menores e quantidades aumentadas de DHT. A finasterida reduz a concentração de DHT evitando a redução dos folículos capilares.
Funções biológicas da testosterona e do DHT na puberdade masculina
Testosterona
· Espermatogênese e fertilidade
· Desenvolvimento músculo-esqueletal masculino
· Engrossamento da voz
· Aumento nas ereções e apetite sexual
DHT 
· Crescimento da próstata e maior risco de câncer de próstata
· Crescimento do cabelo facial, púbico, axiilar e corporal
· Perda de cabelo
· Aumento na produção de sebo e acne.
Efeitos Colaterais
Alfa-bloqueadores
· Diminuem a pressão arterial levando o paciente a ter tonturas, hipotensão ortostática (usar sempre a noite).
· Reduz a saída do esperma (ejaculação seca)
Inibidores de 5 alfa-redutase 
· Dificuldade de ereção e ejaculação
· Após seis meses de uso reduz pela metade os valores de PSA
Associação entre as duas classes de medicamentos
A combinação de alfa-bloqueadores e 5-alfa-redutase pode ser empregada em pacientes com sintomas graves, alto risco de progressão ou que não tenham resposta adequada com tratamento em monoterapia em dose adequada. Recomenda-se intervalo de 4 horas entre a tomada dos medicamentos, pois sua interação pode causar hipotensão.
Síndrome da bexiga hiperativa
A bexiga é basicamente um órgão oco revertido por uma camada muscular chamada de músculo detrusor. Esse músculo é inervado e controlado por fibras nervosas que vêm da medula espinhal. O musculo detrusor relaxa para acomodar a urina nos momentos em que a bexiga está enchendo, e contrai-se, de forma a expulsar a urina, quando a bexiga está cheia.
Fisiopatologia
Existem várias teorias que tentam explicar hiperatividade do detrusor, ou seja, presença de contrações vesicais involuntárias durante a fase de enchimento vesical, que podem ser detectadas no estudo urodinâmico. Acredita-se que possa haver mais de um fator causal na maioria deles.
As principais causas da BH seriam:
Diminuição da resposta inibitória do sistema nervoso central: em condições normais, os centros suprapontinos exercem inibição do arco reflexo da micção e essa inibição pode ser aumentada voluntariamente à medida que enchimento vesical progride. Doenças neurológicas, como AVE, podem reduzir o controle inibitório suprapontino e impulsos aferentes de baixa intensidade como pequeno enchimento da bexiga, podendo gerar contrações vesicais involuntárias
Hipersensibilidade à acetilcolina (ACh): também chamada de "teoria miogênica" defende que alterações morfológicas do detrusor tornam exageradas respostas contráteis mediada pela ACh. Hipertrofia do detrusor, presente em condições como obstrução infravesical e envelhecimento, pode induzir hipóxia crônica e formação de áreas de denervação. Essas áreas apresentam maior sensibilidade a neurotransmissores, como a ACh, e podem ser a origem de contrações involuntárias.
Alterações do urotélio: mais que barreira de revestimento protetor, urotélio e tecidos suburoteliais contêm receptores e neurotransmissores que participam da modulação da atividade de armazenamento e esvaziamento vesical. Foram encontrados receptores para ACh, purinas, bradicinina, neurotoxinas e norepinefrina no urotélio. Estiramento do urotélio parece ser o fator desencadeante da ativação desses receptores e da liberação de transmissores como ATP, NO e ACh. Fibras sensitivas na submucosa podem ser estimuladas a partir do estiramento do uretélio. Maior liberação dessas substâncias elo urotélio levaria a estímulos aferentes exagerados.
A síndrome da bexiga hiperativa é um problema que surge por mau funcionamento do músculo detrusor, que não relaxa adequadamente durante a fase de enchimento da bexiga.
A falta de relaxamento da bexiga faz com que a pressão interna aumente mesmo com pequenos volumes de urina, o que, na prática, significa a ativação da vontade de urinar com frequência muito maior do que o normal.
Causas:
· Idade;
· Lesões traumáticas de medula espinhal;
· Hérnias de disco;
· Uso de medicamentos (antipsicóticos, antidepressivos...)
· Infecção urinária
· HPB
· Cálculos
Diagnóstico
EAS (para descartar outras causas))
Exame Clínico
Urodinâmica (avalia a capacidade de armazenamento e esvaziamento urinário).
Tratamento
É dividido em 3 modalidades
1. Terapia comportamental;
Conjunto de ações que incluem mudanças de hábitos, dieta e de comportamento frente aos sintomas de BH. 
Mas a maioria dos especialistas sugere evitar bebidas alcoólicas, gaseificadas ou com cafeína. Diminuir a quantidade de líquidos à noite pode ajudar no controle da nictúria. Evitar obesidade, sedentarismo e tabagismo.
2. Medicamentos e;
3. Cirurgia
TOXINA BOTULÍNICA
Bloqueadores muscarínicos do detrusor 
Estimulo dos receptores muscarínicos pós-ganglionares do detrusor pela acetilcolina é, em última análise, responsável pela contração vesical. Agentes anticolinérgicos atuam nos receptores muscarínicos inibindo a contratilidade do detrusor e são os medicamentos mais usados na BH. Cinco tipos de receptores muscarínicos são bem conhecidos (M1 a M5) e na bexiga encontramos os tipos M2 e M3, sendo o último o mais importante na contração do detrusor.
São utilizados para estabilizar o músculo detrusor, através de sua ligação e antagonismo aos receptores muscarínicos. Isso resulta em redução da hiperatividade detrusora e melhora dos sintomas.
· Cloridrato de oxibutinina
· Tartarato de tolterodine
A primeira medicação (Oxibutinina) a ser usada age nos receptores M1, M3 e M4 e também em propriedades anestésicas e antiespasmódicas. Bloqueando os receptores muscarínicos na bexiga, diminui a pressão intravesical, aumenta a capacidade da bexiga e diminui a frequência de suas contrações
Tolterodina: ação mais intensa no detrusor do que nas glândulas salivares. Ainda assim, boca seca é seu efeito mais adverso e comum. Existe na forma de liberação imediata ou lenta e os resultados na BH são comparáveis à oxibutinina
Agonistas beta adrenérgicos
Mirabegrona: promovem a ativação de receptores beta-3-adrenergicos gerando relaxamento do detrusor
Efeitos colaterais
· HAS
· ITU
· Cefaleia
· Constipação
· Fadiga
Leticia Morais
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