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TOPICO CICLO DE ANALISE E MPDC_251115_173457

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TOPICO 5.4 O CICLO DE ANALISE 
 
METODOLOGIA DE PRODUÇAO DO 
CONHECIMENTO 
➢ Fase de planejamento 
A Fase de Planejamento é a etapa inicial da Metodologia de Produção do 
Conhecimento de Inteligência (MPC). Trata-se de uma fase fundamental 
para todo o processo de produção. 
Nesta fase, o profissional de inteligência elabora o planejamento do 
trabalho a ser desenvolvido, o que é feito a partir de uma demanda de 
produção de conhecimento. É no Planejamento que o profissional define o 
escopo do trabalho, os condicionantes de produção, as atividades a serem 
realizadas e as necessidades de equipe. 
O planejamento aprovado formaliza a produção e orienta a mobilização de 
recursos e o controle de processos e resultados. 
Definições Propostas e Aprovadas no Planejamento 
A Fase de Planejamento abrange a proposição e a aprovação das seguintes 
definições: 
1. Assunto; 
2. Usuário; 
3. Finalidade; 
4. Limites temporais de estudo; 
5. Prazo de entrega; 
6. Aspectos essenciais; 
7. Indicação preliminar de sigilo; 
8. Formatos de difusão; 
9. Expectativa de ações a realizar; 
10. Proposta de equipe. 
Origem da Demanda e Adaptações Necessárias 
A origem da demanda determina a extensão da responsabilidade do 
profissional de inteligência na definição dos condicionantes: 
• Demanda Externa ou Superior/Estratégica: Quando a demanda advém 
de um usuário externo, de um superior hierárquico ou está prevista em 
planos estratégicos da instituição, várias das definições listadas acima 
podem vir parcialmente determinadas. Isso pode ocorrer nos casos de 
Assunto, Usuário, Finalidade e Prazo de entrega. Nesses casos, cabe ao 
profissional de inteligência avaliar a adequação desses condicionantes e 
realizar eventuais ajustes. 
• Iniciativa Própria: Quando a demanda surge por iniciativa própria do 
profissional de inteligência (que identifica uma ameaça ou oportunidade 
para os interesses nacionais), cabe a ele propor todas as definições 
supracitadas. Nesse cenário, o profissional deve ter sempre em mente a 
relevância, a oportunidade e a utilidade para o usuário. 
Etapas Centrais do Planejamento 
Entre as etapas necessárias para a confecção do planejamento, destacam-
se a definição do Assunto e dos Aspectos Essenciais: 
1. Definição do Assunto 
A definição do Assunto implica formular uma questão, em uma área 
temática, que necessita de uma resposta. 
• O Assunto inicial costuma ser uma determinação provisória, uma vez que 
a sua percepção, pelo profissional de inteligência, pode se modificar ao 
longo do processo de produção. 
2. Definição dos Aspectos Essenciais 
A definição dos aspectos essenciais consiste na determinação de questões 
subsidiárias para a elucidação da questão formulada a partir do assunto. 
Os aspectos essenciais são indagações sobre elementos que compõem o 
objeto do conhecimento, cujas respostas esclarecem o assunto definido. 
Eles são divididos em dois tipos: 
• Aspectos essenciais conhecidos: São perguntas sobre o assunto cujas 
respostas já estão em posse do profissional de inteligência, em 
decorrência das evidências que ele já possui sobre o objeto. 
• Aspectos essenciais a conhecer: São perguntas sobre o assunto para as 
quais ainda não se obtiveram respostas ou que ainda necessitam de mais 
esforços de averiguação. Os aspectos essenciais a conhecer são os 
principais motivadores para as ações de coleta e busca de evidências na 
fase subsequente (fase de Reunião). 
É importante notar que, mesmo após a aprovação pelas instâncias 
superiores, o planejamento pode e deve ser revisado ao longo de todo o 
processo de produção. Isso se deve tanto à alteração de condicionantes e 
circunstâncias quanto ao surgimento de evidências que alterem a 
percepção inicial do assunto. 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Em analogia, a Fase de Planejamento é como criar o mapa e a lista de 
compras para uma jornada complexa. Se o Rei (usuário externo) dita o 
destino (assunto) e o prazo (prazo de entrega), você, o explorador 
(profissional de inteligência), precisa apenas descobrir quais montanhas 
(aspectos essenciais a conhecer) precisam ser escaladas e quais provisões 
(equipe, formatos, sigilo) serão necessárias. Se você decide ir por conta 
própria (iniciativa própria), você deve definir cada detalhe da expedição, 
garantindo que o destino escolhido seja realmente o mais útil e oportuno 
para o Reino. 
 
➢ FASE REUNIAO 
É a fase na qual são empreendidas ações para a obtenção e o preparo dos 
insumos com a finalidade de responder aos aspectos essenciais a 
conhecer, ou seja, as perguntas elencadas no planejamento que visam 
elucidar o problema formulado a partir do assunto 
A fase de reunião é dividida em duas etapas: formulação do plano de 
reunião e execução do plano de reunião, com medidas de obtenção e 
processamento dos insumos para a fase de avaliação. 
O plano de reunião tem por objetivo guiar os esforços de coleta e busca 
de insumos, sem ser restritivo ou impositivo, servindo como guia para a 
atividade dos coletores. 
Ações de reunião são procedimentos realizados por profissionais de 
inteligência para obter os insumos necessários para a produção de um 
conhecimento de inteligência. Dividem-se em ações de coleta e busca. 
➢ Coleta 
A Coleta consiste nas ações especializadas de obtenção de insumos que são 
realizadas ou acionadas pelo profissional de inteligência alocado como 
coletor. 
Natureza e Exemplos: 
• A coleta foca na obtenção de dados, informações e conhecimentos de 
livre acesso, ou seja, insumos que já estão disponíveis e podem ser 
acessados sem o emprego de técnicas operacionais especializadas sigilosas. 
Embora os insumos sejam de livre acesso, a coleta ainda é considerada uma 
ação especializada, pois envolve a coleta estruturada e metódica desses 
dados. 
• Exemplos de ações de coleta incluem: 
 ◦ Consulta a bancos de dados; 
 ◦ Consultas a congêneres nacionais e estrangeiros; 
 ◦ Consultas a indivíduos; 
 ◦ Consultas a unidades do próprio órgão; 
 ◦ Pesquisas (como aquelas realizadas em fontes abertas, ou OSINT, que 
se baseiam em dados disponíveis. 
O objetivo primário da coleta é reunir os insumos disponíveis, que 
geralmente constituem a maioria dos insumos processados pela atividade 
de inteligência 
➢ Busca 
A Busca (ou Ação Operacional de Busca) é acionada somente após os meios 
de coleta terem sido esgotados. Ela lida com a obtenção de insumos que 
não puderam ser adquiridos ostensivamente, sendo classificados como 
dados, informações e conhecimentos indisponíveis. 
 
 
Natureza, Responsabilidade e Risco: 
• A busca é a aplicação combinada de técnicas operacionais para a 
obtenção de insumos indisponíveis. 
• Essa função é responsabilidade exclusiva do Elemento de Operações de 
Inteligência. 
• O emprego de ações de busca é geralmente necessário quando o insumo 
almejado não pode ser obtido por meios ostensivos, seja porque é 
necessário ocultar o interesse do organismo de inteligência, ou porque os 
dados estão protegidos (denominados dados negados) 
• Como as ações de busca envolvem o emprego sigiloso de técnicas 
operacionais especializadas, elas são inerentemente arriscadas e requerem 
pessoal capacitado, planejamento detalhado e execução cuidadosa. 
• As ações de busca envolvem normalmente situações de alta 
sensibilidade, risco e complexidade. 
O Elemento de Operações, ao executar a busca, realiza ações especializadas 
sigilosas para cumprir objetivos previamente estabelecidos 
Exemplo Fictício para Contextualização 
Para exemplificar a diferença entre Coleta e Busca na obtenção de insumos 
para a produção de um conhecimento de inteligência, considere o caso da 
Agência Federal de Inteligência (AFI), que recebeu uma demanda do 
Gabinete Presidencial para produzir um conhecimento sobre a rede 
transnacional de tráfico de diamantes liderada pelo indivíduo fictício 
"Barão Vermelho". 
O processo se inicia com a Dra. Sofia Almeida, Analista Responsável do 
Elemento de Análiseda AFI, que define os Aspectos Essenciais a Conhecer. 
Fase de Coleta (Agente João Silva, Coletor) 
O Agente João Silva, atuando no Elemento de Análise como coletor, é 
encarregado de esgotar todos os meios de obtenção de insumos disponíveis 
sobre o Barão Vermelho e sua rede. 
Ação de 
Coleta 
Tipo de Insumo 
Objeto 
Descrição da Ação 
Consulta a 
Bancos de 
Dados 
Dados de Livre 
Acesso 
João acessa sistemas de registros 
aduaneiros (públicos e compartilhados 
com órgãos congêneres) para mapear 
padrões de exportação de joias por 
empresas ligadas ao Barão Vermelho 
nos últimos cinco anos. 
Consulta a 
Congêneres 
Informações 
João aciona a agência de inteligência 
estrangeira parceira (congênere 
nacional ou estrangeira), a "Divisão 
Fictícia de Segurança Global (DFS)", para 
obter relatórios de base (Inteligência de 
Base) sobre a situação política dos 
países onde o Barão opera, utilizando 
dados compartilhados. 
Pesquisa em 
Fontes 
Abertas 
(OSINT) 
Informações/Dados 
João utiliza técnicas de busca 
especializada para rastrear perfis de 
mídia social (Socmint) de familiares e 
associados de baixo escalão do Barão 
Vermelho, buscando publicações que 
revelem localização ou movimentações. 
Resultado da Coleta: João consegue informações valiosas sobre as rotas de 
exportação e a estrutura legal da rede. No entanto, ele falha em obter os 
códigos de acesso à comunicação criptografada usada pelos líderes e não 
consegue identificar o financiador principal ("O Patrono"). Estes são dados 
indisponíveis. 
Fase de Busca (Agente Paulo Costa, Elemento de Operações) 
Como os meios de coleta foram esgotados e os insumos cruciais ("dados 
negados") continuam indisponíveis, a Dra. Sofia Almeida (Elemento de 
Análise) demanda o apoio do Elemento de Operações para realizar uma 
Busca. O Agente Paulo Costa, do Elemento de Operações, é o responsável. 
Ação de Busca 
Tipo de Insumo 
Objeto 
Descrição da Ação (Alta 
Sensibilidade/Risco) 
Ação Baseada 
em Recursos 
Técnicos e 
Cibernéticos 
Códigos 
Criptografados 
Paulo planeja e executa uma ação 
operacional cibernética e de inteligência 
de sinais (Sigint) para comprometer a rede 
de comunicação do Barão Vermelho e 
obter os códigos de acesso. Esta ação 
envolve complexidade técnica e riscos 
significativos. 
Busca (Intrusão 
Física) 
Documentos de 
Financiamento 
Paulo emprega agentes não orgânicos 
(agentes recrutados) para realizar uma 
intrusão física controlada em um 
escritório em um país estrangeiro 
(ambiente operacional) que se acredita 
armazenar documentos fiscais sigilosos 
que identificam "O Patrono". Esta é uma 
ação de altíssimo risco e sensibilidade. 
Resultado da Busca: O Elemento de Operações, utilizando técnicas 
operacionais, obtém os códigos de comunicação e os documentos que 
revelam a identidade de "O Patrono". 
Os resultados da Busca são, então, rapidamente difundidos de volta à Dra. 
Sofia Almeida no Elemento de Análise, para que ela possa integrá-los e 
interpretá-los com os resultados da Coleta (Fase de Integração e 
Interpretação da MPC), produzindo o Conhecimento de Inteligência final 
que será difundido à autoridade competente (o Usuário). 
Em resumo, o sucesso da produção de conhecimento (Dra. Sofia Almeida) 
dependeu do esforço combinado e especializado das ações de Coleta 
(obtendo o disponível) e das ações de Busca (obtendo o indisponível e 
negado, sob alto risco). 
 
Todos os insumos reunidos na fase de reunião, com base do plano de 
reunião, devem passar por dois passos de verificações, realizados pelo 
próprio coletor. A verificação de pertinência é a confirmação de que pelo 
menos uma fração do insumo reunido é relevante para a resolução do 
assunto. Por sua vez, a verificação de significância consiste na confirmação 
de que pelo menos uma fração do insumo responde a pelo menos um 
aspecto essencial. 
Verificação de Pertinência 
A verificação de pertinência tem como foco a relevância temática do 
insumo. 
• O que consiste: É a confirmação de que pelo menos uma fração do 
insumo reunido é relevante para a resolução do assunto. 
• Objetivo: Se o insumo (ou parte dele) não se relaciona com o tema central 
que está sendo investigado (o assunto), ele não deve avançar no ciclo de 
produção, sendo considerado não pertinente para aquele caso específico. 
. Verificação de Significância 
A verificação de significância tem como foco a capacidade de resposta do 
insumo aos pontos de lacuna de conhecimento estabelecidos no 
planejamento 
O que consiste: Consiste na confirmação de que pelo menos uma fração do 
insumo responde a pelo menos um aspecto essencial. 
Objetivo: Esta verificação assegura que o insumo realmente preenche uma 
lacuna de conhecimento identificada como crucial para a análise. 
Fase de avaliação 
 É a fase em que se realiza a avaliação dos insumos reunidos na fase de 
reunião, obtendo por resultado uma classificação de credibilidade para 
cada insumo avaliado. É empreendida por profissional de inteligência no 
papel de avaliador. 
➢ Fase de Avaliaçao 
A Fase de Avaliação é uma etapa crucial da Metodologia de Produção do 
Conhecimento de Inteligência (MPC). Esta fase é empreendida por um 
profissional de inteligência designado como avaliador. O objetivo principal 
é realizar a avaliação dos insumos que foram reunidos na fase anterior 
(Reunião), resultando em uma classificação de credibilidade para cada 
insumo que será processado. 
O processo da Fase de Avaliação é dividido em quatro etapas sequenciais e 
metodológicas: 
a. Validação da pertinência e significância 
Nesta primeira etapa, o avaliador revisa o trabalho inicial de triagem 
realizado pelo coletor (profissional que reúne e registra os insumos). 
O avaliador verifica se as frações dos insumos que foram separados são 
realmente pertinentes ao assunto (questão principal da análise) e 
significantes para um ou mais aspectos essenciais (perguntas subsidiárias 
que guiam a coleta). 
Em outras palavras, o avaliador confirma se as frações delineadas nos 
insumos são, de fato, frações significativas. Somente as frações que se 
confirmam como pertinentes e significantes devem prosseguir para as 
etapas subsequentes do processo. 
b. Verificação de credibilidade existente 
Esta etapa lida com a eficiência do processamento de insumos já avaliados 
anteriormente. O avaliador verifica, no caso de o insumo em 
processamento ser um conhecimento de inteligência (ou uma fração desse 
conhecimento) produzido em um ciclo anterior, qual o grau de credibilidade 
que já havia sido estabelecido. 
Se a avaliação prévia desse conhecimento se mantiver válida, não há 
necessidade de aplicar novamente a Técnica de Avaliação de Dados, 
Informações e Conhecimentos (TAD). 
Contudo, é importante notar que o avaliador tem a prerrogativa de 
identificar a necessidade de reavaliação. Se surgirem novos fatos ou 
evidências que não eram conhecidos na época da produção original, o 
avaliador deve: 
1. Proceder a uma nova avaliação. 
2. Aplicar novamente a TAD aos insumos do conhecimento em questão. 
3. Determinar uma nova classificação de credibilidade. 
c. Validação dos metadados 
Nesta etapa, o avaliador foca nos dados que contextualizam o insumo. Ele 
verifica e valida os metadados referentes aos insumos reunidos. 
Metadados são elementos cruciais para a rastreabilidade e auditabilidade 
do processo, sendo utilizados no julgamento dos insumos que ainda não 
foram avaliados pelo profissional de inteligência. Exemplos de metadados 
incluem: autor, origem, equipamento de captação, data de criação, local, 
descrição e histórico de modificações. A validação desses dados assegura a 
correta contextualização para o julgamento final da credibilidade. 
d. Aplicação da Técnica de Avaliação de Dados, Informações e 
Conhecimentos (TAD) 
Esta é a etapa central da fase, na qual o avaliador aplica a TAD aos insumos 
selecionados, com a finalidade de estabelecer um grau de credibilidade às 
frações significativas. 
A TAD é a técnica formalizada que tempor objetivo atribuir esse grau de 
credibilidade a todos os tipos de insumos (dados, informações ou outros 
conhecimentos). A TAD é realizada em dois passos essenciais: 
1. Avaliação da Fonte: O avaliador verifica aspectos relacionados à origem 
(fonte) do insumo, com o intuito de estabelecer uma classificação de 
idoneidade (que é válida apenas para aquele insumo específico). Os 
aspectos considerados são: autenticidade, confiança e competência da 
fonte. 
2. Avaliação do Conteúdo: O avaliador verifica os aspectos intrínsecos do 
conteúdo do insumo para estabelecer uma classificação de veracidade. Os 
aspectos considerados são: coerência interna, compatibilidade (com 
outros insumos) e semelhança externa (com a realidade conhecida). 
Após a aplicação da TAD e a determinação da credibilidade, o avaliador está 
apto a estabelecer se as frações significativas estão em estado de 
possibilidade, probabilidade ou certeza. Apenas as frações que atingem o 
grau de probabilidade ou certeza são consideradas frações de 
conhecimento de inteligência, prontas para serem integradas na fase 
seguinte da MPC. 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Exemplo Fictício da Fase de Avaliação 
A Agência Federal de Inteligência (AFI) continua a investigar a rede do 
"Barão Vermelho". O Analista-Chefe, Dr. Samuel, designa a Agente Patrícia 
como a Avaliadora para processar os insumos (frações significativas) 
reunidos pelo coletor, João Silva, e pelo elemento de operações, Paulo 
Costa. 
Insumo Fração Significativa (FS) Origem 
FS 1 
Um trecho de um email criptografado 
indicando um ponto de encontro e uma 
data futura para um grande 
carregamento. 
Operação de Busca 
Cibernética (Agente 
Paulo) 
FS 2 
Uma seção de um Relatório de Inteligência 
de Base (RIBASE-10) de 2021, já avaliado, 
sobre as relações financeiras do Barão. 
Conhecimento de 
Inteligência existente 
(Arquivo AFI) 
1. Validação da Pertinência e Significância (Etapa a) 
• Avaliadora Patrícia verifica se a FS 1 (data e ponto de encontro) é 
pertinente (sim, relacionada à logística do Barão) e significante (sim, 
responde ao AEC 1: "Qual o principal porto utilizado pela rede...?"). 
• Patrícia confirma que a FS 1 é uma fração significativa, validando o 
trabalho do coletor. 
2. Verificação de Credibilidade Existente (Etapa b) 
• Patrícia analisa a FS 2. Como é uma fração de um RIBASE-10 de 2021, ela 
verifica o grau de credibilidade original. O relatório tinha credibilidade 
máxima (Certeza). 
• No entanto, Patrícia nota que o ano de 2023 trouxe uma reestruturação 
do porto mencionado na FS 2, um novo fato. 
• Patrícia decide que o grau de credibilidade de 2021 pode não ser mais 
válido devido ao novo contexto logístico, e decide que é necessária uma 
nova avaliação daquela fração, aplicando a TAD integralmente. 
3. Validação dos Metadados (Etapa c) 
• Patrícia examina os metadados da FS 1: 
 ◦ Autor/Origem: Elemento de Operações, Agente Paulo Costa. 
 ◦ Data/Hora: 2 dias antes da avaliação. 
 ◦ Equipamento de captação: Plataforma de interceptação Sigma (Meio 
Técnico). 
• Patrícia valida esses metadados, confirmando que as informações de 
contexto estão completas e rastreáveis. 
4. Aplicação da TAD (Etapa d) 
Patrícia aplica a TAD (Técnica de Avaliação de Dados, Informações e 
Conhecimentos) para determinar a credibilidade da FS 1 e reavaliar a FS 2. 
Para FS 1 (Email Criptografado): 
• Avaliação da Fonte (Idoneidade): A fonte é um meio técnico do Elemento 
de Operações, considerado altamente confiável e competente. A fonte é 
idônea. 
• Avaliação do Conteúdo (Veracidade): O conteúdo (data e ponto de 
encontro) apresenta coerência interna com outros padrões de envio de 
email verificados e é compatível com relatórios alfandegários recentes. 
Resultado da TAD: A FS 1 recebe o grau de Certeza. Patrícia classifica-a 
como uma Fração de Conhecimento de Inteligência. 
Para FS 2 (Relatório de 2021 Reavaliado): 
• Avaliação da Fonte: A fonte original era um congênere estrangeiro (fonte 
humana). O histórico da fonte é revisto. 
• Avaliação do Conteúdo: Apesar da coerência interna do relatório original, 
a informação sobre o porto é agora menos compatível com a realidade 
atual de infraestrutura. 
Resultado da TAD: A FS 2 tem sua classificação rebaixada de Certeza para 
Probabilidade (baixa), refletindo a incerteza gerada pela mudança do 
cenário, mas ainda é considerada uma Fração de Conhecimento de 
Inteligência. 
Ao final da Fase de Avaliação, a Agente Patrícia assegurou que apenas os 
insumos de maior credibilidade (probabilidade ou certeza) avançarão, já 
qualificados para a próxima fase (Integração e Interpretação) 
Em termos práticos, a Fase de Avaliação é como um controle de alfândega 
altamente especializado. Você primeiro verifica se a mala (o insumo) está 
indo para o destino correto (pertinência e significância). Em seguida, você 
verifica se o selo de qualidade já foi aprovado em viagens anteriores 
(credibilidade existente). Se não houver selo, ou se o contexto da viagem 
mudou drasticamente (novo fato), você inspeciona a embalagem 
(metadados) e aplica uma inspeção dupla de raio-x (TAD: fonte e conteúdo) 
para garantir que o que está dentro da mala é realmente o que você precisa 
para construir seu produto final, separando apenas o material de altíssima 
confiabilidade (Certeza ou Probabilidade). 
 
➢ Fase de Integração e Interpretação 
 
A Fase de Integração e Interpretação é a quarta fase da Metodologia de 
Produção do Conhecimento de Inteligência (MPC). Esta fase é o momento 
crucial onde os insumos avaliados são transformados na essência do 
produto de inteligência. 
Nesta fase, ocorre o esclarecimento do assunto, que é o provimento de 
respostas para a questão que foi definida no planejamento. 
Para que o esclarecimento do assunto seja possível, são utilizadas as 
frações de conhecimento de inteligência, que são as frações significativas 
que atingiram o estado de certeza ou de probabilidade na fase de 
Avaliação. Essas frações são, então, analisadas, integradas e interpretadas, 
resultando em uma elaboração textual coerente que permite o 
esclarecimento do assunto. 
Essa fase é fundamentalmente caracterizada por esforços de análise e 
síntese 
Análise e Síntese 
A integração e interpretação dependem da aplicação de operações mentais 
de análise e síntese: 
Análise: É a operação mental que implica a decomposição de um todo em 
seus elementos constitutivos. O objetivo da análise é compreender a 
função de cada elemento no conjunto. 
 
2. Síntese: É a operação mental em que se concebe a composição ou recomposição de um todo. 
Este processo é realizado a partir dos elementos constitutivos que já foram analisados, com o 
intuito de prover um conjunto coerente e compreensível. 
Formas de Esclarecimento do Assunto 
O esclarecimento do assunto durante a Fase de Integração e Interpretação pode ser 
realizado de duas maneiras distintas, dependendo da natureza da resposta exigida 
pela questão formulada no planejamento 
1. Por Integração Simples 
A integração simples ocorre quando a integração das frações significativas em um 
texto narrativo-descritivo é suficiente para elucidar o problema ou questão. 
• Natureza: A questão definida no assunto requer apenas uma resposta descritivo-
narrativa. 
• Composição: Neste caso, o produto (o conhecimento de inteligência) restringe-se ao uso de 
juízos (relações entre ideias que compõem uma afirmação sobre o objeto), sem raciocínios 
explicitados. O produto será, portanto, um conhecimento de inteligência narrativo-descritivo, 
tradicionalmente chamado de informe. 
2. Por Interpretação 
A interpretação é necessária quando, além da integração das frações significativas, é 
preciso responder a hipóteses formuladas. 
• Natureza: Este processo implica na construção de argumentos e conclusões, a partir 
das evidências apresentadas. 
• Composição: A interpretação extrapola os limites do objeto em análise, indoalém 
da mera descrição ou narração. Utilizam-se as evidências encontradas para a 
construção de argumentos que sustentem (ou deponham contra) hipóteses. A partir 
dos juízos que evidenciam aspectos do objeto, o profissional de inteligência infere 
juízos derivados – o raciocínio. 
• Produto: O resultado é um produto que oferece conteúdo interpretativo (apreciação) ou 
interpretativo-prospectivo (estimativa). 
Conclusões: Essa extrapolação permite ao profissional de inteligência inferir identidades, causas, 
responsabilidades, consequências e desdobramentos futuros de fatos, eventos, situações ou 
fenômenos. A conclusão oferece uma solução integral ou parcial para o problema expresso no 
assunto, e sua construção envolve o desenvolvimento do raciocínio por inferência (dedução ou 
indução), que deve estar necessariamente atrelado a evidências presentes no texto. 
Exemplo Fictício Detalhado: Análise do Fluxo Financeiro 
Retomando o cenário da Agência Federal de Inteligência (AFI) e sua investigação 
sobre as finanças do "Barão Vermelho": 
• Assunto: Mapear o fluxo financeiro principal da rede do Barão Vermelho nos últimos 
seis meses. 
• Na Fase de Avaliação, a Avaliadora Clara validou duas frações de conhecimento de 
inteligência (em estado de Certeza e Probabilidade). 
Aplicação na Fase de Integração e Interpretação (Analista Pedro) 
O Analista Pedro (responsável pela Integração e Interpretação) utiliza as Frações de 
Conhecimento de Inteligência (FCI) aprovadas. 
FCI Conteúdo Credibilidade 
FCI 
1 
Registro de uma transferência de 5 milhões de uma conta em 
um paraíso fiscal para uma empresa de fachada controlada pelo 
Barão. 
Certeza 
FCI 
2 
Nome do gerente bancário que operava essa conta no exterior 
(dado reavaliado e considerado menos confiável no contexto 
atual). 
Probabilidade 
(baixa) 
Cenário 1: Integração Simples (Se o Assunto fosse apenas Descritivo) 
Se o planejamento tivesse definido um assunto mais simples, como: "Descrever as 
maiores transações financeiras conhecidas da rede do Barão Vermelho", a integração 
seria simples: 
• Ação: Pedro simplesmente compõe um texto narrativo-descritivo, integrando a FCI 1 
no texto e inserindo a FCI 2 com o devido grau de probabilidade. 
• Produto: O documento final seria um Conhecimento Narrativo-Descritivo (Informe), 
que narra o fato (a transferência de 5 milhões) e descreve o agente envolvido (o 
gerente, provavelmente). Isso é suficiente para elucidar a questão "Descrever as 
transações". 
Cenário 2: Interpretação (Para responder ao Assunto original) 
Como o Assunto original requer esclarecimento e mapeamento de fluxo ("Mapear o 
fluxo financeiro principal..."), exige-se Interpretação. 
• Hipótese Formulada: A transferência de 5 milhões (FCI 1) foi feita para financiar uma 
nova rota de contrabando através do porto recentemente reestruturado. 
• Análise e Integração: Pedro usa a Análise para decompor as FCIs e os conhecimentos 
de base (por exemplo, a informação de que o porto foi reestruturado e é mais caro 
para operar). Ele integra a FCI 1 (5 milhões) com a FCI 2 (gerente bancário) e com 
dados externos sobre o aumento do custo da nova rota. 
• Síntese e Construção de Argumentos: Pedro realiza a Síntese, recompondo todos 
esses elementos em um conjunto coerente. Ele constrói um argumento, utilizando 
raciocínios baseados nas evidências de Certeza (FCI 1) e Probabilidade (FCI 2), para 
sustentar a hipótese. 
• Conclusão (Inferência): Pedro infere uma conclusão, extrapolando as evidências: 
"Em vista da quantia exata transferida, é altamente provável que o objetivo do fluxo 
financeiro tenha sido capitalizar a rota 'Porto X - Nova Estrutura', indicando que o 
Barão Vermelho está migrando sua principal operação logística." 
• Produto: O documento final é um Conhecimento Interpretativo (Apreciação), pois, 
além de descrever o que aconteceu (o juízo), ele explica por que e como isso impacta a 
rede criminosa (o raciocínio e a conclusão). 
Em suma, a Fase de Integração e Interpretação pega os blocos de construção mais 
confiáveis (frações de certeza/probabilidade) e os monta, seja apenas descrevendo o 
quadro (Integração Simples), ou utilizando-os como premissas para desenvolver um 
raciocínio lógico que constrói novas conclusões (Interpretação), fornecendo o 
esclarecimento necessário ao usuário. 
 
➢ Fase de formalização e validação 
A Fase de Formalização e Validação é a quinta das seis fases que constituem a Metodologia de 
Produção do Conhecimento de Inteligência (MPC). O objetivo desta fase é realizar a revisão, a 
formatação final do conhecimento de inteligência e a sua validação analítica e técnica, levando 
em consideração os formatos de difusão propostos na fase de planejamento. 
A Fase de Formalização e Validação é composta por três etapas principais: Revisão, Formalização e 
Validação 
1. Revisão 
A Revisão é a etapa inicial e menos formal da fase. 
• O que é: Consiste na verificação da composição textual como um todo. 
• Abrangência: Esta verificação abrange vários aspectos de qualidade e adequação do 
texto, incluindo: 
 ◦ Correção gramatical; 
 ◦ Lógica interna (garantindo que os juízos e raciocínios estejam coerentes); 
 ◦ Adequação à linguagem de inteligência, que deve ser caracterizada por 
simplicidade, objetividade, concisão e neutralidade; 
 ◦ Presença de vieses (mitigando a incidência de distorções no texto); 
 ◦ Adequação ao usuário. 
• Execução: Trata-se de um processo menos formal. Geralmente, a Revisão é feita 
tanto pelo analista responsável (o encarregado da gestão da produção e principal 
responsável pelo produto final) quanto por outros profissionais de inteligência 
disponíveis. 
• Momento: A Revisão deve ocorrer antes da formalização e da validação. 
➢ Formalização 
A Formalização é um processo técnico que transforma o conhecimento em um documento oficial, 
formatando-o para difusão. 
O que é: É a formatação final do documento. 
• Elementos Inseridos: Envolve a inserção de elementos formais de identificação, 
controle e segurança. 
• Consolidação: É nesta etapa que o conhecimento de inteligência é consolidado em 
um documento oficial 
Conformidade: A formalização deve seguir os normativos internos e a legislação pertinente, sendo 
crucial a indicação de sigilo do documento, dada a necessidade de classificar corretamente os 
dados, informações e conhecimentos obtidos. 
Validação 
A Validação é um processo formal de controle de qualidade final do produto. 
• O que é: É a verificação rigorosa do produto final. 
• Foco: A verificação se concentra nos aspectos analítico e técnico, com o objetivo de 
garantir que o conhecimento de inteligência tenha sido produzido com rigor 
metodológico e que atenda aos padrões de qualidade exigidos para a difusão ao 
usuário. 
• O Validador: Este processo deve ser realizado necessariamente por um profissional 
de inteligência de fora da equipe de produção. O profissional, chamado de validador, 
deve possuir competência suficiente para compreender o tema e julgar a 
metodologia e os procedimentos empregados na confecção do documento. 
• Responsabilidade: O papel do validador implica parcela de responsabilidade pelo 
produto. Por essa razão, o registro dessa validação deve ser feito formalmente antes 
de processos burocráticos posteriores. 
A validação formal é um pré-requisito para que o processo de difusão possa ocorrer, 
juntamente com as aprovações do gerente de produção e superiores hierárquicos 
Exemplo Fictício Detalhado (Conforme solicitado) 
Suponhamos que o Analista Responsável Dr. Hélio tenha concluído a Integração e 
Interpretação do conhecimento sobre a logística de um grupo de extremistas fictícios 
("Falanges da Revolta"), produzindo um Relatório de Inteligência Tática (RIT). O RIT 
precisa ser difundido urgentemente à autoridade policial (Usuário) que irá planejar a 
intervenção. 
1. Revisão 
O Dr. Hélio e a Analista Maria (profissional disponível) realizam a revisão do rascunho 
(Processo menos formal): 
• Lógicae Vieses: Maria verifica a lógica interna e questiona se a conclusão de que o 
grupo atacará a capital é sustentada apenas por comunicações cifradas (FCI de 
Certeza). Hélio ajusta a conclusão, utilizando termos de probabilidade, garantindo a 
adequação à linguagem de inteligência e mitigando o viés de superestimação. 
• Gramática e Usuário: Hélio corrige erros gramaticais e garante que o texto é claro e 
acessível, cumprindo o princípio da utilidade e sendo adequado ao usuário (Comando 
Tático Policial). 
2. Formalização 
O rascunho revisado é submetido à Formalização (Processo técnico): 
• O documento é formatado com o cabeçalho e rodapé oficiais da agência 
(Formatação final). 
• São inseridos os elementos formais de identificação, controle e segurança, como o 
número de registro e o código de rastreabilidade. 
• Como o RIT contém informações sensíveis sobre a localização dos extremistas e 
métodos operacionais, ele é classificado com o grau de sigilo "Secreto", seguindo a 
legislação pertinente para evitar exposição prejudicial. O RIT agora é um documento 
oficial. 
3. Validação 
O RIT é enviado ao Validador Dr. Gustavo, um analista sênior que não participou de 
nenhuma fase da produção (Processo formal): 
• Julgamento Metodológico: O Dr. Gustavo verifica se o processo de produção do RIT 
seguiu o rigor metodológico (MPC). Ele confirma que a TAD foi aplicada corretamente 
e que as frações de conhecimento utilizadas estavam no estado de Certeza ou 
Probabilidade. 
• Aspecto Analítico: Ele confirma que os raciocínios inferidos na seção de 
Interpretação (etapa anterior) são coerentes e plausíveis, e que as conclusões estão 
atreladas às evidências. 
• Registro: Após a verificação rigorosa, o Dr. Gustavo formalmente registra a 
validação, aceitando a responsabilidade pelo produto. 
O RIT está, então, pronto para a Fase de Difusão e Resultados 
 
➢ Fase de difusão e resultados 
Realizar os procedimentos para a difusão do conhecimento de inteligência. 
2. Realizar a avaliação de resultados para o aprimoramento de ciclos subsequentes de 
produção. 
A fase de Difusão e Resultados é dividida em duas etapas principais: Difusão e 
Avaliação de Resultados. 
Difusão 
A etapa de Difusão consiste na disponibilização do conhecimento de inteligência ao 
usuário (autoridade governamental ou entidade destinatária) e também para 
unidades internas do órgão 
Requisitos e Meios de Difusão 
O processo de difusão está sujeito a critérios formais e de segurança: 
• Pré-requisitos: A difusão só ocorre após o registro da validação pelo validador 
(profissional de inteligência de fora da equipe de produção que verifica o rigor 
analítico e técnico) e das aprovações para difusão pelo gerente de produção e por 
seus superiores hierárquicos 
• Segurança e Oportunidade: A difusão ao usuário é realizada por meio seguro, físico ou digital, 
observando-se rigorosamente os princípios da oportunidade e da segurança. 
O princípio da oportunidade determina que o resultado do trabalho seja apresentado 
em prazo apropriado para que seja utilizado de forma eficaz pelo usuário. 
 ◦ O princípio da segurança impõe a adoção de medidas de salvaguarda adequadas 
para garantir que o conhecimento esteja devidamente protegido. 
• Formatos: A difusão pode ser feita por uma variedade de meios, incluindo: 
 ◦ Documentos textuais; 
 ◦ Arquivos de áudio, imagem ou vídeo; 
 ◦ Gráficos com dados consolidados; 
 ◦ Exposição em reuniões presenciais ou remotas síncronas, entre outros meios 
disponíveis 
Difusão Interna e Externa (Digital): Quando a difusão ocorre em plataformas digitais, a 
disponibilização para usuários externos acontece paralelamente à: 
 ◦ Disponibilização para unidades de produção internas ao órgão que estejam 
potencialmente interessadas; 
 ◦ Disponibilização do conhecimento para pesquisa e arquivamento em sistemas 
internos. 
. Avaliação de Resultados 
A etapa de Avaliação de Resultados tem como função realizar uma avaliação geral da 
produção realizada. Isso é feito no intuito de promover a melhoria contínua de 
futuros ciclos de produção e de prover métricas para aperfeiçoamento de processos 
gerenciais. 
A Avaliação de Resultados é abrangente e compreende a avaliação dos processos de 
produção e a avaliação do produto. 
São três os processos a serem realizados, em sequência, na etapa de Avaliação de 
Resultados: 
a. Avaliação de processos 
• Propósito: Identificar problemas enfrentados e oportunidades de melhoria no ciclo 
de produção. 
• Execução: É realizada com o auxílio de toda a equipe de produção e pela 
consideração de comentários providos pelo validador. 
• Conteúdo: Prevê o retorno pessoal de cada membro da equipe (gerente de 
produção, analista responsável, coletores, preparadores de dados, avaliadores, 
analistas de apoio, revisores) sobre suas impressões quanto ao processo de produção. 
b. Avaliação do produto 
• Propósito: Julgar a qualidade, oportunidade e impacto prático do produto de 
inteligência. 
• Execução: É realizada a partir da avaliação do conhecimento de inteligência feita 
pelo usuário. 
• Conteúdo: É baseada na interpretação, pelo analista responsável, dos resultados da 
avaliação realizada pelo usuário sobre aspectos de qualidade, oportunidade e sobre 
os resultados práticos do conhecimento de inteligência, após o seu consumo. 
c. Relatório de avaliação final 
• Propósito: Consolidar os aprendizados do ciclo para uso institucional e orientar 
aprimoramentos futuros. 
• Execução: É realizado pelo analista responsável com base nas avaliações de 
processos e de produto. O ciclo da MPC é encerrado somente após o preenchimento 
deste relatório. 
• Conteúdo e Distribuição: O relatório contém a interpretação dos resultados das 
avaliações de processos e de produto, além do registro de métricas e impressões para 
uso institucional. Uma vez concluído, o relatório é disponibilizado para a unidade 
responsável pela produção e demais membros da equipe, a fim de que lições 
aprendidas, problemas detectados e melhores práticas sejam aproveitadas em ciclos 
futuros de produção. 
➢ Questões tópico 5.4 ciclo de analise 
 
100 Questões Certo ou Errado: O Ciclo de Análise (5.4) 
1. O ciclo de análise é um processo cíclico composto por uma sequência de etapas 
procedimentais inter-relacionadas, cujo objetivo principal é transformar dados, 
informações e conhecimentos em conhecimento de inteligência. (Certo/Errado) 
2. O ciclo de análise é primariamente orientado para a função executora da atividade de 
inteligência, uma vez que suas etapas culminam na ação governamental. (Certo/Errado) 
3. As tarefas comuns do ciclo de análise incluem identificar e reunir insumos, examiná-
los e interpretá-los, para compor o produto a ser entregue a um usuário determinado. 
(Certo/Errado) 
4. O ciclo de análise descreve o desenvolvimento lógico do conhecimento de 
inteligência, começando com uma situação de produção específica e terminando 
somente quando o usuário do produto decide agir. (Certo/Errado) 
5. A MPC (Metodologia de Produção do Conhecimento de Inteligência) é a 
metodologia pela qual o ciclo de análise é efetivado, sendo composta por seis fases que, 
na prática, não são rigorosamente ordenadas. (Certo/Errado) 
6. O ciclo de análise, embora predominantemente conduzido por analistas, não integra 
esforços de profissionais de outras áreas, como gerenciamento de fontes humanas ou 
apoio logístico, para manter a objetividade. (Certo/Errado) 
7. A MPC (Metodologia de Produção do Conhecimento de Inteligência) é o único 
método permitido na atividade de inteligência, não admitindo o uso de técnicas e 
recursos adicionais de forma complementar. (Certo/Errado) 
8. O ciclo de análise pode ser iniciado unicamente por acionamento externo, como uma 
demanda de uma autoridade governamental ou órgão congênere. (Certo/Errado) 
9. O ciclo de análise é retroalimentado, o que significa que a recepção da avaliação do 
usuário e a geração histórica de conteúdo tendem a instaurarnovos ciclos de análise. 
(Certo/Errado) 
10. Dados, informações e conhecimentos são transformados, pelo processo lógico-
argumentativo do ciclo de análise, em aspectos a serem respondidos e submetidos a 
procedimentos de confirmação de veracidade. (Certo/Errado) 
II. Fase 1: Planejamento 
11. O planejamento é a primeira fase da Metodologia de Produção do Conhecimento de 
Inteligência (MPC), sendo essencial para definir o escopo do trabalho e as necessidades 
de equipe. (Certo/Errado) 
12. A fase de Planejamento da MPC tem como requisito fundamental a aprovação da 
proposta de produção pelo superior imediato do profissional responsável. 
(Certo/Errado) 
13. O Assunto definido na fase de Planejamento é uma formulação final e imutável do 
problema a ser resolvido, garantindo foco e objetividade ao longo do ciclo. 
(Certo/Errado) 
14. A Finalidade e o Usuário do conhecimento de inteligência são definições que 
sempre cabem ao profissional de inteligência propor, mesmo quando a demanda advém 
de um usuário externo ou superior hierárquico. (Certo/Errado) 
15. A definição dos Aspectos Essenciais a Conhecer consiste na determinação de 
questões subsidiárias que buscam elucidar a questão formulada a partir do Assunto, 
sendo os principais motivadores para a coleta na fase de Reunião. (Certo/Errado) 
16. Os Aspectos Essenciais Conhecidos são perguntas sobre o assunto para as quais 
ainda não se obtiveram respostas, mas que já estão delineadas preliminarmente no 
planejamento. (Certo/Errado) 
17. A fase de Planejamento formaliza a produção e orienta a mobilização de recursos, o 
controle de processos e o controle dos resultados. (Certo/Errado) 
18. Entre as definições propostas no planejamento estão o Assunto, o Usuário, o Prazo 
de entrega, os Aspectos essenciais e a Proposta de equipe. (Certo/Errado) 
19. Quando a demanda surge por iniciativa própria do profissional de inteligência, ele 
deve ter em mente a relevância, a oportunidade e a utilidade do produto para o usuário 
ao propor as definições de planejamento. (Certo/Errado) 
20. O planejamento, uma vez aprovado, não pode mais ser revisado, mesmo que surjam 
novas evidências que alterem a percepção inicial do assunto. (Certo/Errado) 
21. A definição do Assunto implica formular uma questão, em uma área temática, que 
necessita de uma resposta. (Certo/Errado) 
22. O planejamento deve incluir a Expectativa de ações a realizar, a indicação 
preliminar de sigilo e os Formatos de difusão. (Certo/Errado) 
23. Quando a demanda é interna, o acionamento da produção ocorre por demanda de um 
superior hierárquico ou por previsão em plano de produção interno. (Certo/Errado) 
24. A avaliação do usuário só tende a instaurar novos ciclos de análise se o resultado for 
considerado insatisfatório, não havendo retroalimentação em caso de sucesso. 
(Certo/Errado) 
25. Os procedimentos e resultados de cada fase da MPC são registrados para 
recuperação futura. (Certo/Errado) 
III. Fase 2: Reunião 
26. A fase de Reunião da MPC busca responder exclusivamente aos Aspectos 
Essenciais Conhecidos. (Certo/Errado) 
27. A fase de Reunião envolve a obtenção e o preparo dos insumos. (Certo/Errado) 
28. Os insumos reunidos na fase de Reunião podem ser dados, informações, 
conhecimentos ou outros conhecimentos de inteligência. (Certo/Errado) 
29. O Plano de Reunião é restritivo e impositivo, definindo rigidamente as fontes e 
métodos de coleta a serem seguidos pelos coletores. (Certo/Errado) 
30. A Busca é definida como a obtenção de dados, informações e conhecimentos que 
não exige a aplicação de técnicas operacionais. (Certo/Errado) 
31. A Coleta consiste nas ações especializadas de obtenção de insumos, como consulta a 
bancos de dados, congêneres e pesquisas. (Certo/Errado) 
32. A Busca é uma ação especializada realizada pelo elemento de operações de 
inteligência, visando insumos indisponíveis, e envolve situações de alta sensibilidade, 
risco e complexidade. (Certo/Errado) 
33. A fase de Reunião se divide em duas etapas principais: formulação do plano de 
reunião e execução do plano de reunião. (Certo/Errado) 
34. Um insumo é considerado uma Fração Significativa se responder ao Assunto, mas 
não necessariamente a um Aspecto Essencial. (Certo/Errado) 
35. A verificação de pertinência é a confirmação de que pelo menos uma fração do 
insumo reunido é relevante para a resolução do assunto. (Certo/Errado) 
36. A verificação de significância consiste na confirmação de que pelo menos uma 
fração do insumo responde a, no mínimo, um aspecto essencial. (Certo/Errado) 
37. Após a verificação de pertinência e significância, tanto o insumo original quanto 
suas frações extraídas e seus metadados devem ser registrados como subsídios para a 
fase de Avaliação. (Certo/Errado) 
38. O preparador de insumos é o profissional responsável por coletar e registrar os 
insumos e seus metadados. (Certo/Errado) 
39. A Coleta difere da Busca porque esta última é demandada na fase de Reunião do 
ciclo de Análise para a obtenção de dados indisponíveis. (Certo/Errado) 
40. Ações de Busca são geralmente empregadas quando os dados almejados são dados 
negados, ou seja, estão sob proteção de seus detentores. (Certo/Errado) 
IV. Fase 3: Avaliação 
41. A fase de Avaliação é responsável por atribuir uma classificação de credibilidade a 
cada insumo reunido. (Certo/Errado) 
42. O profissional de inteligência encarregado da fase de Avaliação é chamado de 
Avaliador. (Certo/Errado) 
43. A fase de Avaliação da MPC não inclui a etapa de Validação dos Metadados, sendo 
esta uma tarefa exclusiva da fase de Formalização e Validação. (Certo/Errado) 
44. Uma das etapas da Avaliação é a verificação de credibilidade existente, que pode 
dispensar a aplicação da TAD se o insumo for um conhecimento de inteligência anterior 
e sua avaliação se mantiver válida. (Certo/Errado) 
45. A TAD (Técnica de Avaliação de Dados, Informações e Conhecimentos) é a técnica 
utilizada para atribuir o grau de credibilidade aos insumos. (Certo/Errado) 
46. A TAD é aplicada somente a dados e informações, pois o conhecimento de 
inteligência prévio já possui um grau de credibilidade estabelecido e não deve ser 
reavaliado. (Certo/Errado) 
47. Os dois passos de avaliação para a realização completa da TAD são: Avaliação da 
Fonte e Avaliação do Conteúdo. (Certo/Errado) 
48. A Avaliação da Fonte, primeiro passo da TAD, estabelece uma classificação de 
idoneidade, considerando aspectos como autenticidade, confiança e compatibilidade. 
(Certo/Errado) 
49. A Avaliação do Conteúdo, segundo passo da TAD, estabelece uma classificação de 
veracidade, considerando a coerência interna, a compatibilidade e a semelhança externa. 
(Certo/Errado) 
50. A classificação de idoneidade estabelecida na Avaliação da Fonte é válida somente 
em relação ao insumo específico obtido e é revisada para cada novo insumo de autoria 
da fonte. (Certo/Errado) 
51. Ao fim da aplicação da TAD, o avaliador determina se as frações significativas 
estão em estado de possibilidade, probabilidade ou certeza. (Certo/Errado) 
52. As frações significativas que atingem o grau de possibilidade são consideradas 
Frações de Conhecimento de Inteligência, aptas a serem integradas à fase seguinte. 
(Certo/Errado) 
53. O estado mental de probabilidade indica que o indivíduo acredita que sua 
interpretação da realidade corresponde ao objeto real, mas reconhece que há alguma 
chance de engano, devido a evidências limitadas. (Certo/Errado) 
54. O estado de possibilidade, ou dúvida, caracteriza-se por evidências suficientes para 
sustentar uma imagem mental definitiva. (Certo/Errado) 
55. Mesmo na ausência de algum critério da verdade (evidência, coerência ou 
consenso), pode-se assumir o estado de certeza devido à convicção pessoal do sujeito, 
embora isso possa levar ao erro ou à ilusão da verdade. (Certo/Errado) 
V. Fase 4: Integração e Interpretação 
56. A fase de Integraçãoe Interpretação é caracterizada por esforços de análise e 
síntese, buscando o esclarecimento do assunto definido no planejamento. (Certo/Errado) 
57. A Síntese é a operação mental que envolve a decomposição de um todo em seus 
elementos constitutivos para compreender a função de cada parte no conjunto. 
(Certo/Errado) 
58. A Análise é a operação mental em que se concebe a composição ou recomposição 
de um todo a partir de elementos já estudados. (Certo/Errado) 
59. A Integração Simples ocorre quando a questão definida no assunto requer uma 
resposta descritivo-narrativa, sem a necessidade de construção de argumentos ou 
conclusões, utilizando apenas juízos. (Certo/Errado) 
60. A Interpretação ocorre quando o profissional de inteligência, além de integrar as 
frações significativas, infere raciocínios e responde a hipóteses, gerando conteúdo 
narrativo-descritivo. (Certo/Errado) 
61. Um produto que utiliza a Interpretação extrapola os limites do objeto em análise, 
permitindo inferir identidades, causas, consequências e desdobramentos futuros de 
fatos. (Certo/Errado) 
62. O conhecimento de inteligência interpretativo (apreciação) e o conhecimento de 
inteligência interpretativo-prospectivo (estimativa) são exemplos de produtos 
resultantes da Integração e Interpretação. (Certo/Errado) 
63. A Interpretação, diferentemente da Integração Simples, implica a utilização de 
juízos e raciocínios explicitados no produto. (Certo/Errado) 
64. A Conclusão oferece uma solução integral ou parcial para o problema expresso no 
assunto e deve envolver o desenvolvimento do raciocínio por inferência, atrelado a 
evidências presentes no texto. (Certo/Errado) 
65. Na Integração e Interpretação, são utilizadas frações de insumos que se encontram 
nos estados de possibilidade ou ignorância, pois o objetivo é gerar novas conclusões. 
(Certo/Errado) 
66. O analista responsável é o encarregado da gestão da produção e o principal 
responsável pelo produto final. (Certo/Errado) 
67. O esclarecimento do assunto é o provimento de respostas para a questão definida no 
planejamento, gerando uma elaboração textual coerente. (Certo/Errado) 
68. A Integração Simples se restringe ao uso de raciocínios complexos, enquanto a 
Interpretação faz uso de juízos simples. (Certo/Errado) 
69. O conhecimento de inteligência interpretativo-prospectivo foca na evolução futura 
de fenômenos no futuro distante e exige, devido a sua natureza, o emprego de técnicas 
acessórias à MPC. (Certo/Errado) 
70. O raciocínio é a elaboração mental a partir da qual juízos prévios permitem gerar 
logicamente um novo juízo, revelando propriedades ou fatos sobre o objeto. 
(Certo/Errado) 
VI. Fase 5: Formalização e Validação 
71. A fase de Formalização e Validação compreende a Revisão, a Formalização e a 
Validação. (Certo/Errado) 
72. A Revisão é um processo formal, realizado por um profissional de inteligência de 
fora da equipe de produção, para garantir o rigor metodológico. (Certo/Errado) 
73. A Formalização é a etapa em que o conhecimento de inteligência é consolidado em 
um documento oficial, com a inserção de elementos formais de identificação, controle e 
segurança, incluindo a indicação de sigilo. (Certo/Errado) 
74. A Revisão é geralmente feita pelo analista responsável e por outros profissionais de 
inteligência disponíveis, verificando a composição textual, a lógica interna e a presença 
de vieses. (Certo/Errado) 
75. A validação analítica e técnica do conhecimento de inteligência ocorre após a sua 
difusão ao usuário. (Certo/Errado) 
76. A Validação é um processo rigoroso e formal que exige que o validador tenha 
competência suficiente para compreender o tema e julgar a metodologia e os 
procedimentos empregados na confecção do produto. (Certo/Errado) 
77. A Validação deve ser formalmente registrada antes de processos burocráticos 
posteriores, pois o papel do validador implica responsabilidade pelo produto. 
(Certo/Errado) 
78. A Formalização é um processo técnico que aplica formatação específica e 
transforma o conhecimento em um documento de acordo com normativos internos e a 
legislação pertinente. (Certo/Errado) 
79. O Revisor deve garantir que o texto esteja em conformidade com a linguagem de 
inteligência, incluindo simplicidade, objetividade, concisão e neutralidade. 
(Certo/Errado) 
80. A Validação tem como objetivo garantir que o conhecimento de inteligência tenha 
sido produzido com rigor metodológico e atenda a padrões de qualidade exigidos para a 
difusão ao usuário. (Certo/Errado) 
81. Juízos e raciocínios que se encontram no grau de possibilidade (dúvida) são 
satisfatórios para compor o produto final, mas devem ser acompanhados de ressalvas na 
fase de Formalização. (Certo/Errado) 
82. A Revisão é uma etapa informal que precede a Formalização e a Validação. 
(Certo/Errado) 
83. O validador (profissional de inteligência) é responsável pela avaliação e validação 
técnica da qualidade analítica do conhecimento de inteligência. (Certo/Errado) 
84. A Validação é dispensável para documentos de Inteligência de Base, uma vez que 
estes geralmente possuem propósitos internos. (Certo/Errado) 
85. A inserção de elementos de identificação e segurança no produto final é feita na 
etapa de Formalização. (Certo/Errado) 
VII. Fase 6: Difusão e Resultados 
86. A fase de Difusão e Resultados é a última fase da MPC, responsável pela 
disponibilização do conhecimento e pela avaliação do ciclo para aprimoramento. 
(Certo/Errado) 
87. O processo de Difusão ao usuário ocorre antes do registro da validação pelo 
validador, para garantir a oportunidade do conhecimento. (Certo/Errado) 
88. A difusão deve ser feita por meio seguro, observando os princípios da oportunidade 
e da segurança. (Certo/Errado) 
89. A Difusão ao usuário deve ser feita apenas por meio de documentos textuais 
formais, em função dos requisitos de segurança. (Certo/Errado) 
90. A Avaliação de Resultados é dividida em Avaliação de Processos e Avaliação do 
Produto. (Certo/Errado) 
91. A Avaliação de Processos é realizada com o auxílio de toda a equipe de produção, 
incluindo o retorno pessoal de cada membro sobre suas impressões. (Certo/Errado) 
92. A Avaliação do Produto é baseada na interpretação, pelo analista responsável, dos 
resultados da avaliação realizada pelo usuário sobre a qualidade e oportunidade do 
conhecimento. (Certo/Errado) 
93. O Relatório de Avaliação Final é realizado pelo validador e encerra o ciclo da MPC. 
(Certo/Errado) 
94. O Relatório de Avaliação Final deve conter o registro de métricas e impressões para 
uso institucional, além da interpretação das avaliações de processos e produto. 
(Certo/Errado) 
95. A Avaliação de Resultados visa unicamente a promover a melhoria contínua de 
futuros ciclos de produção e prover métricas gerenciais. (Certo/Errado) 
96. Quando a difusão ocorre em plataformas digitais, ela é feita em paralelo para 
usuários externos, unidades de produção internas e para pesquisa/arquivamento em 
sistemas internos. (Certo/Errado) 
97. Os procedimentos de encerramento do ciclo de análise incluem o registro de boas 
práticas, erros e lições aprendidas. (Certo/Errado) 
98. A avaliação feita pelo usuário deve focar apenas nos resultados práticos do 
conhecimento de inteligência, sem considerar a qualidade ou a oportunidade. 
(Certo/Errado) 
99. A Avaliação de Processos prevê o retorno pessoal de todos os membros da equipe 
de produção, como analistas, coletores, avaliadores e revisores. (Certo/Errado) 
100. O ciclo da MPC, mesmo após a Difusão e Resultados, retorna à fase de 
Planejamento se for necessário alterar planos de trabalho ou se houver ampliação da 
necessidade de acompanhamento do analista. (Certo/Errado) 
-------------------------------------------------------------------------------- 
Gabarito Comentado 
Q. Resp. Comentário 
1 Certo 
O ciclo de análise é, de fato, um processo cíclico de etapas inter-relacionadas que transforma insumos em conhecimento de inteligência. 
2 Errado 
O elemento de análise é o principal responsável pelo cumprimento da função 
informar, enquanto o elemento de operações é responsável pela função 
executar. 
3 Certo 
As tarefas do ciclo consistem em identificar e reunir insumos, examiná-los e 
interpretá-los, a fim de compor o produto para o usuário. 
4 Errado 
O ciclo de análise se inicia com uma situação de produção específica e 
termina com a avaliação do produto pelo usuário (fase 6), não 
necessariamente com a ação governamental. 
5 Certo 
A MPC, que efetiva o ciclo, tem seis fases (planejamento, reunião, 
avaliação, integração e interpretação, formalização e validação, difusão e 
resultados) que se interpenetram. 
6 Errado 
O ciclo analítico integra esforços de profissionais de diferentes áreas, como 
busca operacional, gerenciamento de fontes humanas, administração e apoio 
logístico. 
7 Errado 
A MPC permite o uso de técnicas e recursos adicionais de forma 
complementar, de acordo com as premissas e necessidades da situação de 
produção. 
8 Errado 
O processo de produção pode ser iniciado por acionamento externo, previsão 
em plano de inteligência ou por iniciativa da própria unidade. 
9 Certo 
O ciclo é retroalimentado e a avaliação do usuário, bem como a geração 
histórica de conteúdo, tendem a gerar novos ciclos de análise. 
10 Certo 
O ciclo transforma questões de interesse em aspectos a serem respondidos, 
submetendo as respostas a procedimentos de confirmação de veracidade. 
11 Certo O Planejamento é a primeira das seis fases da MPC. 
12 Certo 
O planejamento, após a identificação da oportunidade de produção, deve ter 
a proposta aprovada pelo superior imediato. 
13 Errado 
O Assunto costuma ser uma determinação provisória, pois sua percepção 
pode se modificar ao longo do processo de produção. 
14 Errado 
No caso de demanda externa, o Assunto, Usuário, Finalidade e Prazo de 
entrega podem vir parcialmente determinados. 
15 Certo 
Os Aspectos Essenciais a Conhecer são indagações subsidiárias que 
motivam a busca por evidências na fase de Reunião. 
16 Errado 
Aspectos Essenciais Conhecidos são perguntas sobre o assunto cujas 
respostas já estão em posse do profissional. Os "Aspectos a Conhecer" são 
os que necessitam de averiguação. 
17 Certo 
O planejamento aprovado formaliza a produção e orienta a mobilização de 
recursos e o controle. 
18 Certo 
Todas as definições listadas são componentes da fase de Planejamento, 
juntamente com Limites temporais de estudo, Aspectos essenciais e 
Formatos de difusão. 
19 Certo 
Quando a demanda é por iniciativa própria, o profissional deve propor as 
definições considerando a relevância, oportunidade e utilidade para o 
usuário. 
20 Errado 
O planejamento pode e deve ser revisado ao longo de todo o processo de 
produção, em função de alterações de condicionantes ou circunstâncias. 
21 Certo 
A definição do assunto implica formular uma questão em uma área temática 
que necessita de uma resposta. 
22 Certo 
A fase de planejamento inclui a indicação preliminar de sigilo, a expectativa 
de ações a realizar e os formatos de difusão. 
23 Certo 
A demanda interna surge por demanda de superior hierárquico, autoridade 
da instituição ou plano de produção interno. 
24 Errado 
A recepção da avaliação do usuário tende a instaurar novos ciclos de análise, 
independentemente do nível de completude da resposta anterior. 
25 Certo 
Os principais procedimentos de cada fase, bem como seus resultados, são 
registrados para recuperação futura. 
26 Errado 
A Reunião é empreendida para responder aos Aspectos Essenciais a 
Conhecer. 
27 Certo A fase de Reunião tem como propósito a obtenção e o preparo dos insumos. 
28 Certo 
Os insumos podem ser dados, informações, conhecimentos ou outros 
conhecimentos de inteligência. 
29 Errado 
O Plano de Reunião serve para guiar os esforços de coleta e busca, mas não 
deve ser restritivo ou impositivo. 
30 Errado 
A Busca é a aplicação de técnicas operacionais para obtenção de dados, 
informações e conhecimentos indisponíveis. A Coleta visa insumos de livre 
acesso. 
31 Certo 
Coleta refere-se às ações especializadas de obtenção de insumos, como as 
consultas a bancos de dados, congêneres e pesquisas. 
32 Certo 
A Busca é realizada pelo elemento de operações para insumos indisponíveis, 
envolvendo alta sensibilidade, risco e complexidade. 
33 Certo 
A fase de Reunião é dividida na formulação do plano de reunião e na 
execução do plano de reunião. 
34 Errado 
Para ser uma Fração Significativa, a fração do insumo deve responder tanto 
ao Assunto quanto a um Aspecto Essencial. 
35 Certo 
A verificação de pertinência confirma a relevância do insumo para a 
resolução do assunto. 
36 Certo 
A verificação de significância confirma que o insumo responde a, no 
mínimo, um aspecto essencial. 
37 Certo 
Após as verificações, o insumo original, as frações delineadas e seus 
metadados devem ser registrados para a fase de Avaliação. 
38 Errado 
O Coletor é responsável por coletar e registrar os insumos e metadados. O 
Preparador de insumos é responsável pelo processamento inicial (limpeza, 
correção, etc.). 
39 Certo 
A Busca é uma função do elemento de operações, demandada na fase de 
Reunião, para obter insumos indisponíveis. 
40 Certo 
A Busca é empregada para insumos indisponíveis, incluindo dados negados, 
que estão sob proteção de seus detentores. 
41 Certo 
A fase de Avaliação é aquela em que se atribui a classificação de 
credibilidade aos insumos reunidos. 
42 Certo 
A função de Avaliador é exercida pelo profissional de inteligência 
responsável por aplicar os procedimentos da fase de Avaliação. 
43 Errado A validação dos metadados é a terceira etapa da fase de Avaliação. 
44 Certo 
Se o insumo for um conhecimento de inteligência anterior e sua avaliação se 
mantiver válida, não há necessidade de nova aplicação da TAD. 
45 Certo A TAD é a Técnica de Avaliação de Dados, Informações e Conhecimentos. 
46 Errado 
Embora conhecimentos anteriores possam ter credibilidade verificada, o 
avaliador pode identificar a necessidade de reavaliação (nova aplicação da 
TAD) desses conhecimentos à luz de novos fatos. 
47 Certo 
A TAD possui dois passos principais: Avaliação da Fonte (idoneidade) e 
Avaliação do Conteúdo (veracidade). 
48 Errado 
A Avaliação da Fonte considera autenticidade, confiança e competência, e 
não compatibilidade. Compatibilidade é aspecto da Avaliação do Conteúdo. 
49 Certo 
A Avaliação do Conteúdo considera coerência interna, compatibilidade e 
semelhança externa. 
50 Certo 
A idoneidade da fonte é válida somente em relação ao insumo específico e é 
revista a cada novo insumo dessa autoria. 
51 Certo 
Após a TAD, o avaliador determina se as frações estão em estado de 
possibilidade, probabilidade ou certeza. 
52 Errado 
Apenas as frações que atingem o grau de probabilidade ou de certeza são 
consideradas Frações de Conhecimento de Inteligência, aptas à integração. 
53 Certo 
Probabilidade é o estado mental em que se crê na interpretação da realidade, 
mas se reconhece alguma chance de engano. 
54 Errado 
O estado de possibilidade, ou dúvida, ocorre quando não há evidências 
suficientes para sustentar uma imagem mental definitiva. 
55 Certo 
A convicção pessoal pode levar ao estado de certeza mesmo sem todos os 
critérios da verdade, o que pode resultar em erro. 
56 Certo 
A fase Integração e Interpretação utiliza análise e síntese para esclarecer o 
assunto. 
57 Errado 
Essa é a definição de Análise (decomposição do todo). Síntese é a operação 
mental de composição ou recomposição do todo. 
58 Errado 
Essa é a definição de Síntese (composição/recomposição do todo). Análise é 
a decomposição. 
59 Certo 
A Integração Simples é suficiente para um texto narrativo-descritivo, 
utilizando somente juízos. 
60 Errado 
A Interpretação gera conteúdo interpretativo (apreciação)ou interpretativo-
prospectivo (estimativa), não apenas narrativo-descritivo. 
61 Certo 
A Interpretação extrapola os limites do objeto em análise, permitindo inferir 
identidades, causas, consequências e desdobramentos futuros. 
62 Certo 
A apreciação (interpretativo) e a estimativa (interpretativo-prospectivo) são 
exemplos de produtos dessa fase. 
63 Certo 
A Integração Simples usa apenas juízos; a Interpretação implica a 
construção de argumentos e conclusões (raciocínios). 
64 Certo 
A conclusão soluciona o problema e seu desenvolvimento exige raciocínio 
por inferência, atrelado às evidências. 
65 Errado 
Apenas frações em estado de certeza ou de probabilidade são utilizadas 
para a integração. 
66 Certo 
O analista responsável é o encarregado da gestão da produção e o principal 
responsável pelo produto final. 
67 Certo 
O esclarecimento do assunto é o provimento de respostas para a questão 
definida no planejamento, através de elaboração textual coerente. 
68 Errado 
A Integração Simples usa juízos; a Interpretação usa raciocínios (juízos 
derivados). 
69 Certo 
O CI interpretativo-prospectivo foca no futuro distante e exige técnicas 
acessórias. 
70 Certo 
O raciocínio gera logicamente um novo juízo a partir de juízos prévios, 
revelando propriedades sobre o objeto. 
71 Certo 
A fase de Formalização e Validação compreende as três etapas: Revisão, 
Formalização e Validação. 
72 Errado 
A Validação é o processo formal e rigoroso realizado por um profissional de 
fora da equipe. A Revisão é um processo menos formal. 
73 Certo 
A Formalização é o processo técnico de formatação final, com inclusão de 
elementos de identificação, controle, segurança e indicação de sigilo. 
74 Certo 
A Revisão é geralmente feita pelo analista responsável e outros 
profissionais, verificando lógica, gramática e vieses. 
75 Errado A Validação deve ser formalmente registrada antes da difusão. 
76 Certo 
O validador deve ter competência para julgar a metodologia e os 
procedimentos, e deve ser um profissional de inteligência de fora da equipe. 
77 Certo 
A validação implica responsabilidade e deve ser registrada formalmente 
antes dos processos burocráticos posteriores. 
78 Certo 
A Formalização é um processo técnico que consolida o conhecimento de 
inteligência em um documento oficial, respeitando normativos. 
79 Certo 
O Revisor auxilia na adequação à linguagem de inteligência, que se 
caracteriza pela simplicidade, objetividade, concisão e neutralidade. 
80 Certo 
A Validação verifica o rigor metodológico e se o produto atende aos padrões 
de qualidade para a difusão. 
81 Errado 
Juízos e raciocínios que não ultrapassam o grau qualitativo de possibilidade 
não são considerados satisfatórios para compor o produto a ser difundido. 
82 Certo 
A Revisão é um processo menos formal, que precede a Formalização e a 
Validação. 
83 Certo 
O validador é o profissional responsável pela validação técnica da qualidade 
analítica do CI. 
84 Errado 
Todos os conhecimentos de inteligência devem passar pela Validação para 
garantir rigor metodológico e qualidade. 
85 Certo 
Os elementos formais de identificação e segurança, bem como a indicação 
de sigilo, são inseridos na etapa de Formalização. 
86 Certo 
A Difusão e Resultados é a última fase, abrangendo a disponibilização do CI 
e a avaliação para aprimoramento. 
87 Errado 
A Difusão ao usuário é feita após o registro da validação e aprovações do 
gerente de produção e superiores hierárquicos. 
88 Certo 
A difusão deve observar os princípios da oportunidade e da segurança, sendo 
feita por meio seguro. 
89 Errado 
A difusão pode ser feita por documentos textuais, arquivos de áudio, 
imagem ou vídeo, gráficos, ou por exposição em reuniões. 
90 Certo 
A Avaliação de Resultados inclui a Avaliação de Processos e a Avaliação do 
Produto. 
91 Certo 
A Avaliação de Processos é realizada com a equipe e considera os 
comentários do validador e o retorno pessoal de cada membro. 
92 Certo 
A Avaliação do Produto se baseia na interpretação do analista responsável 
sobre a avaliação do usuário, incluindo qualidade, oportunidade e resultados 
práticos. 
93 Errado O Relatório de Avaliação Final é realizado pelo analista responsável. 
94 Certo 
O relatório final registra métricas, impressões e a interpretação das 
avaliações. 
95 Errado 
A Avaliação de Resultados visa a melhoria contínua de futuros ciclos de 
produção e a provisão de métricas para melhoria de processos gerenciais. 
96 Certo 
A difusão em plataformas digitais é paralela: para usuários externos, 
unidades internas e para pesquisa/arquivamento. 
97 Certo 
O registro de boas práticas, erros e lições aprendidas ocorre na fase de 
Difusão e Resultados para ser incorporado nos próximos ciclos. 
98 Errado 
A avaliação do usuário deve considerar aspectos de qualidade e 
oportunidade, além dos resultados práticos. 
99 Certo 
A Avaliação de Processos prevê o retorno pessoal de todos os membros da 
equipe (gerente, analista, coletores, preparadores, avaliadores, revisores). 
100 Certo 
Após a conclusão do ciclo, pode haver retorno à fase Objetivar (do ciclo de 
inteligência, que antecede o Planejamento) se for necessário redefinir o 
objeto, alterar o plano ou ampliar o acompanhamento.

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