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DENNETT, Daniel Quebrando o Encanto - Resumo

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DENNETT, Daniel Quebrando o Encanto
306 pág.

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Resumo de "Quebrando o Encanto: A Religião como Fenômeno Natural" O livro "Quebrando o Encanto: A Religião como Fenômeno Natural", de Daniel C. Dennett, propõe uma análise crítica e científica da religião, desafiando a visão tradicional que a considera um fenômeno independente da filosofia e das ciências naturais. Dennett argumenta que a religião, embora seja um fenômeno humano universal, deve ser examinada à luz de dados e teorias provenientes de diversas disciplinas, como biologia, psicologia e neurociência. O autor busca promover uma "escolha informada" sobre a fé religiosa, enfatizando que a ignorância não é vergonhosa, mas a imposição da ignorância é. O livro se propõe a oferecer liberdade de reflexão rigorosa sobre a religião, questionando se ela realmente traz felicidade ou se é uma construção social que pode ser analisada e compreendida. A obra inicia com uma provocação sobre a natureza da religião, questionando se as crenças religiosas são comparáveis a parasitas que invadem a mente humana, levando indivíduos a sacrificar seu bem-estar em nome de ideias. Dennett utiliza a metáfora de uma formiga manipulada por um parasita para ilustrar como as pessoas podem se dedicar a causas que não beneficiam seus interesses pessoais, mas sim a ideias que se fixaram em suas mentes. Ele sugere que a capacidade humana de transcender os imperativos biológicos é um aspecto que nos diferencia de outras espécies, e que essa transcendência pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição, dependendo do contexto em que se manifesta. O autor também discute a definição de religião, propondo que ela seja entendida como um sistema social que envolve a crença em agentes sobrenaturais. Essa definição é importante para distinguir a religião de fenômenos culturais semelhantes, como a espiritualidade ou a devoção a grupos étnicos. Dennett argumenta que a religião não é um "tipo natural", mas uma coleção de fenômenos diversos que compartilham algumas características comuns. Ele critica a tendência de filósofos e teólogos de expandir o significado de "Deus" para incluir abstrações vagas, o que pode obscurecer a verdadeira essência da religião. Através de uma análise cuidadosa, o autor busca traçar limites claros entre religião e outras formas de crença, enfatizando a importância de uma investigação crítica e científica sobre o fenômeno religioso. Ao longo do livro, Dennett aborda questões provocativas, como a possibilidade de ser ético sem a crença em Deus e a institucionalização das religiões populares, que exigem submissão a códigos e autoridades. Ele questiona se a religião realmente contribui para a felicidade humana ou se, sob a perspectiva da evolução, as pessoas religiosas são mais prolíficas do que as não religiosas. O autor também reflete sobre a relação entre religião e moralidade, sugerindo que a crença em um agente sobrenatural pode influenciar as ações e decisões dos indivíduos. A obra culmina em um chamado à ação, instando os leitores a não temerem a investigação da religião como um fenômeno natural, mas a abraçarem a curiosidade e a busca por conhecimento, a fim de compreender melhor o papel da religião na sociedade contemporânea. Destaques Análise Crítica da Religião : Dennett propõe uma investigação científica da religião, desafiando a visão tradicional que a considera um fenômeno independente. Metáfora do Parasita : A comparação entre ideias religiosas e parasitas que manipulam o comportamento humano é central para a argumentação do autor. Definição de Religião : O autor define religião como um sistema social que envolve a crença em agentes sobrenaturais, diferenciando-a de outras formas de crença. Questões Provocativas : O livro levanta questões sobre a ética sem Deus e a relação entre religião e felicidade, instigando uma reflexão profunda sobre o papel da religião na vida humana. Chamado à Ação : Dennett conclama os leitores a não temerem a investigação da religião, enfatizando a importância do conhecimento e da curiosidade na compreensão desse fenômeno.

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