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resumo de direito empresarial

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PARTE GERAL
I – NOÇÕES GERAIS DO COMÉRCIO E DO DIREITO COMERCIAL
Evolução Histórica
Sistema Subjetivo
XII a XVIII – Período Subjetivo – Critério Corporativista – Direito Fechado e classista, privativo de quem era matriculado nas corporações de mercadores (corporações de ofício). Lex Mercatoria.
Sistema Objetivo
XVII em diante – Período Objetivo – Liberalismo Econômico – Destaque para o Código Comercial Francês (Código de Napoleão de 1807) – liberdade para comerciar – Comerciante era aquele que praticava ato de comércio – Ato de Comércio previstos em lei.
Código Comercial Brasileiro – Lei n.º 556, de 26/06/1850 – adota o sistema objetivo.
Sistema Subjetivo Moderno
Direito Empresarial – Atividade econômica organizada – Novo período Subjetivo – Empresário centro – Adotado pelo Código Civil de 2002.
Conceito
Direito Comercial é o direito que regula a atividade econômica organizada para produção e circulação de bens e serviços, chamada de atividade empresarial, bem como todos os atos praticados para a consecução dessa atividade.
O Direito Comercial é o conjunto de regras jurídicas que regulam as atividades das empresas e dos empresários, bem como os atos considerados comerciais, mesmo que esses atos não se relacionem com as atividades das empresas.[1]
Fontes
Código Comercial
Código Civil de 2002
Leis, tratados e regulamentos Comerciais
Usos e Costumes do Comércio
Analogia, costumes e princípios gerais do direito
CUIDADO: Jurisprudência e Doutrina não são fontes, mas formas de interpretar e aplicar o Direito.
Natureza Jurídica
Ramo do Direito Privado.
Pode ser dividido em Direito Industrial, Direito Societário, Direito Cambiário e Direito Falimentar.[2]
Princípios
Simplicidade das Formas ou Informalismo
Onerosidade
Cosmopolitismo ou Internacionalidade
Proteção do Crédito
II – EMPRESÁRIO, EMPRESA E ESTABELECIMENTO
Empresário
Empresário Individual – Pessoa física que, em nome próprio, exerce atividade de empresa. (art. 966, CCB/2002)
Sociedade Empresária – é a pessoa jurídica que exerce atividade de empresa. (art. 982, CCB/2002)
Sócio - é o proprietário de cotas ou ações.
Características do Empresário
Pessoa Física exerce empresa
Responsabilidade ilimitada
Alienar ou onerar bens imóveis vinculados ao exercício de empresa, sem outorga uxória.
Cônjuges podem ser sócios, salvo universal e separação obrigatória.
Capacidade
Exercício Regular
Capacidade civil
Assistência – impedimento
Registro
Exceção
Representante/curador
Autorização judicial
Sucessão empresarial – Continuação da Empresa por Incapaz
Único empresário com responsabilidade limitada – listar bens pessoais no alvará judicial
Impedidos
Servidor público
Militar
Falido, não reabilitado
Agentes políticos
Condenado por crime falimentar, 5 anos da extinção da punibilidade, ou reabilitação penal – art. 181, Lei 11.101/2005
Deputado e Senador não podem ser proprietário, sócio controlador de sociedade possui contrato com o Estado. (54, II CF)
Impedido pode ser sócio, inclusive majoritário, desde que não exerça a administração e responda limitadamente.
Empresa (sujeito de direito)
Requisitos:
Profissionalismo, habitualidade
Organização dos Fatores de Produção
economia – une capital, trabalho e imóveis
administração – atividade-fim, aquela voltada para o mercado
Atividade Econômica, intuito de lucro
Discussão acerca da propriedade do excedente, onde se localiza – propriedade de terceiros, ou do sócio, ou da entidade.
Pessoa Jurídica – sempre sociedade
Pessoa Física – presume-se intuito de lucro
Capacidade
Produção ou Circulação de Produtos ou Serviços
Exceções: Atividades Civis Econômicas
CILA – Profissão Científica, Intelectual, Literária ou Artística
Elemento de Empresa
Ter empregados
Juntamente com outra atividade classificada como empresarial
Profissão Regulamentada
Atividade Rural (incluída a pecuária): pode optar
Cooperativas – sempre sociedade simples – qualquer que seja a atividade.
CUIDADO: mesmo sendo simples, por força de lei específica, tem de registrar na Junta Comercial. Nenhuma pode falir, salvo a cooperativa de crédito – Lei n.º 6.024/74
Sujeito de Direito
Pessoa Natural -
Empresa, registra na junta
CILA – Profissão Científica, Intelectual, Literária ou Artística - e Rural – não registram na junta
Pessoa Jurídica de Direito Privado
Sem fins lucrativos
associação
fundação
Organização Religiosa
Partido Político
Com fins lucrativos
Sociedade
Empresária – empresa
Simples – atividade econômica civil
CILA- Profissão Científica, Intelectual, Literária ou Artística
rural
cooperativa
Sociedade Empresária
Tipo Societário
Pessoas (confiança)
Nome Coletivo
Comandita Simples
Limitada
Anônima
Comandita por Ações
Capital
Sociedade Anônima
Comandita por Ações
Sociedade Simples
Regime Próprio – sociedade simples
Cooperativas
Limitada
Comandita Simples
Em nome coletivo
Estabelecimento (objeto de direito)
Conjunto de bens organizado para o exercício de empresa – art. 1.142 CCB/2002
É o conjunto de bens que o empresário reúne para exploração de sua atividade econômica.[3]
É objeto de direito – universalidade de fato.
Ex.: Imóveis, móveis, patentes, modelos, marcas,, nome de fantasia, ponto comercial… NÃO SÃO – nome empresarial, aviamento, clientela..
Patrimônio conjunto de relações jurídicas de cunho econômico.
Ativo (estabelecimento)
créditos
bens
corpóreos
incorpóreos
móveis
imóveis
Passivo – obrigações
Trespasse ou traspasse – venda do estabelecimento – requisitos de eficácia
Averbar na Junta Comercial
Publicar na Imprensa Oficial
Pagamento de todos os credores
Restarem bens suficientes
Consentimento
Expresso
Tácito – 30 dias da notificação, falta de oposição do credor após trinta dias da publicação do trespasse
Para Proteger o adquirente de boa-fé
Passivo do Alienante (privado) trabalhista e tributário sempre segue com o adquirente – exceto:
Ativo da massa falida
Recuperação judicial quem compra filial ou UPI – unidade produtiva isolada
Passivo Contabilizado – responsabilidade do adquirente – art. 1.146 CCB/2002. Alienante como responsável solidário pelo prazo de um ano
Créditos vencidos – da publicação do trespasse
Créditos vincendos – a contar do vencimento
Passivo não Contabilizado (oculto) -
Alienante solvente – alienante responde isoladamente
Alienante insolvente
Credores consentiram com o trespasse – alienante responde isoladamente
Credores não consentiram com o trespasse – responde alienante e adquirente solidariamente
Trespasse e Lei de Falências – Lei n.º 11.101/2005
Venda ou transferência do estabelecimento sem o consentimento expresso ou o pagamento de todos os credores – Ineficaz em relação à massa, independente da intenção de fraudar os credores (art. 129, V)
Será decretada a falência pela prática de trespasse sem reservar bens suficientes para solver o passivo e sem o consentimento dos credores (art. 94, III, c)
Salvo disposição em contrário o Adquirente sub-roga-se nos contratos – podendo o terceiro rescindir em 90 dias. – VENDA DE EMPRESA, não leva os personalíssimos
Não leva contratos personalíssimos
Terceiros podem rescindir em 90 dias da publicação
Não leva contrato de locação, art. 13, da Lei n.º 8.245/1991, Lei de Locações.
Direito Societário
I – Noções Gerais do Direito Societário
Elementos
Pluralidade de sócios
Contribuição para o capital
Participação nos resultados
Intenção de associar-se – Affectio Societatis
Classificação
De Pessoas ou de Capital
Contratual ou Institucional
De Responsabilidade limitada, ilimitada ou mista
De Capital Fixo ou de Capital Variável
Personificadas ou não-Personificadas
Personalidade Jurídica
Adquirida com o arquivamento do ato constitutivo no registro competente, art. 45 CCB/2002.
II – Responsabilidade dos Sócios por dívidas da sociedade
Relações Jurídicas
Sócio-sócio
Sócio-sociedade
Sócio-administrador
Sócio-credores sociedade
Sociedade-administradores
Sociedade-credores da sociedade
Administradores-credores da sociedade (atos ilícitos– excesso de poder)
(dever – devedor – obrigação jurídica – comutativa – proveito próprio) (integral e sem benefício de ordem)
(responsabilidade – responsável – obrigação jurídica – proveito alheio – solidário com o devedor) (fiador, avalista, sócio) (limitada ou ilimitada e com benefício de ordem)
Quanto ao limite de valor
Ilimitada – sem limite de valor (saldo, obrigações sociais)
Sociedade Simples – SS – (art. 1.023 CCB/2002)
Nome coletivo – SNC – (art. 1.039 CCB/2002)
Sociedade Comandita Simples – comanditado – SCA – Diretor (art. 1.045 CCB/2002)
Limitada – com limite de valor (sua cota, suas ações, capital social)
o Sociedade Limitada – SL – (art. 1.052 CCB/2002)
o Sociedade Anônima – SA – (1°, Lei n.º 6.404/76)
o Sociedade em Comandita por Ações – SCA – acionista
o Sociedade em Comandita Simples – SCS – Comanditário (art. 1.45 CCB/2002)
Quanto à ordem de execução (processual)
Responsabilidade Subsidiária – com benefício de ordem – indireta (art. 1.024 CCB/2002)
Sociedade Simples
Sociedade em Nome Coletivo
Sociedade em Comandita Simples
Sociedade em Comandita por Ações
Sociedade Limitada
Sociedade Anônima
Responsabilidade Não Subsidiária – sem benefício de ordem – direta
Sociedade em comum
Sociedade em conta de participação
Extensão da Solidariedade
Sócio é solidário com a sociedade e não é solidário com os demais sócios – Extensão Menor (na proporção, sua cota, sua ação)
Sociedade Simples (art. 1.023 CCB/2002)
Sociedade Anônima (art. 1°, Lei n.º 6.404/76)
Sociedade em Comandita Simples – comanditário
Sociedade em Comandita por Ações – acionista
Sociedade Cooperativa (art. 1.095 CCB/2002 – limitada)
Sócio é solidário com a sociedade e com os demais sócios – Extensão Maior (solidário, solidariamente)
Sociedade em Nome Coletivo (art. 1.039 CCB/2002)
Sociedade Limitada (art. 1.052 CCB/2002)
Sociedade em Comandita Simples – comanditado
Sociedade em Comandita por Ações – diretor
Sociedade Cooperativa (art. 1.095 CCB/2002- ilimitada)
Teoria Ultravires (diferente atos ultravires – atos em excesso de mandato) (a teoria é quando a sociedade não quer pagar pelos erros do administrador)
Regra – a sociedade responde perante terceiros por excesso de mandato praticado por seus administradores, salvo (art. 1.015, parágrafo único, CCB/2002)
Limitação de poderes estiver no cartório ou na Junta Comercial – judiciário não aplica a exceção se o terceiro for consumidor – teoria da aparência;
Terceiro estava de má-fé;
Operação completamente diferente do objeto social
NÃO CABE NA SA
III – Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica
1. Objetivos: 
De: (responsabilidade limitada, subsidiária, extensão menor – SA) (sistema protetivo).
Para: (responsabilidade ilimitada, não subsidiária, extensão maior – sociedades não personificadas) (sistema ampliado).
A teoria da desconsideração da personalidade jurídica não se trata de um instituto, ou mesmo uma regra de responsabilidade, mas sim uma nova interpretação das finalidades do sistema protetivo, atribuindo-lhe a sua relativização.
Por ser interpretativa ela nasceu no judiciário – teoria do abuso do direito.
Debate doutrinário acerca da necessidade de se positivar a teoria, não obstante ela ocorreu com o Código de Defesa do Consumidor, seguida pelo Código Civil de 2002 e Lei 8.884/1994 – lei Antitruste.
2. Efeitos: 
Declaração no processo judicial – caso concreto – ineficácia da autonomia patrimonial – regras legais que restringem a responsabilidade dos sócios
Não significa:
Nulidade da sociedade
Liquidação, dissolução ou extinção
Paralisação das atividades
Generalização da ampliação da responsabilidade dos sócios (limites subjetivos da coisa julgada)
3. Meios Processuais de Incidência
Ação de conhecimento (rito ordinário, preferencialmente) contra os sócios – sócios atingidos pela execução de sentença – ideal que seja precedida por uma cautelar;
(STJ) Credor execução contra sociedade – petição pedindo a desconsideração – juiz acolhe permitindo que a penhora recaia sobre os bens dos sócios – embargos de terceiro ou Mandado de Segurança;
(STJ) Credor pedindo falência contra a sociedade – petição pedindo a desconsideração – juiz acolhe permitindo que os sócios sejam declarados falidos – agravo terceiro prejudicado ou Mandado de Segurança;
4. Hipóteses
Teoria Maior Subjetiva – art. 28 Código de Defesa do Consumidor, art. 50 CCB/2002, , art. 18 da Lei n.º 8.884/94- Desvio de Finalidade – insolvência decorrente de atos culposos ou dolosos, sempre ilícitos, dos sócios; faz cair o Sistema Protetivo – tutelar os sócios contra a insolvência derivada dos riscos normais do empreendimento;
Teoria Maior Objetiva – Confusão patrimonial – art. 50 CCB/2002 – teoria da aparência – ato lícito – ausência de separação patrimonial entre sócio e sociedade, ou sociedade e sociedade no plano dos fatos – (STJ – Diário do ABC: gráfica, transportadora e editora)
Teoria Menor – crise da responsabilidade limitada – pessoa jurídica insolvente – aplica desconsideração – art. 28, § 5° CDC – (STJ REsp 279.273/SP).A justiça do Trabalho se utiliza desta teoria para desconsiderar a personalidade jurídica na execução de passivo trabalhista contra sociedade insolvente.
5. Responsabilidade dos Administradores
Relação de Mandato
Age dentro dos poderes que lhe foram conferidos pela lei ou pelo contrato – responsabilidade inexistente
Age fora dos poderes que lhe foram conferidos – excesso de mandato – responsabilidade ilimitada (art. 1.011 CCB/2002, art. 158 da Lei n.º 6.404/76 LSA), não subsidiária, solidária administrador com administrador (art. 1.016 CCB/2002).
IV – TIPOS SOCIETÁRIOS
As tabelas a seguir mostrarão de forma sintética os principais tipos societários.
	TIPOS DE SOCIEDADE
	SÓCIOS
	RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA COM TERCEIROS PELOS DÉBITOS SOCIAIS
	NOME EMPRESARIAL
	ADMINISTRAÇÃO
	OBSERVAÇÕES
	1 – Simples
	Cotistas, pessoas físicas ou jurídicas
	Podem responder ou não, vai depender do contrato. Em caso afirmativo, a responsabilidade é proporcional à participação de cada um nas perdas, salvo cláusula de responsabilidade solidária. De outra forma, adotado um dos tipos da sociedade empresária, a regra será a da espécie escolhida.
	Denominação, acrescida do termo “sociedade simples”, por extenso ou abreviado.
	Pode ser sócio ou não, mas apenas pessoa física não-condenada à pena que vede o acesso a cargo público, ou por crime falimentar, de peita, suborno e outros previstos no art. 1011, parágrafo 1º. Silente o contrato, a administração compete separadamente a cada sócio. Atos de competência conjunta exigem o concurso de todos, salvo casos urgentes, a fim de evitar dano. Silente o contrato, os administradores podem praticar todos os atos de gestão, menos venda de bens imóveis, que depende da aprovação majoritária dos sócios. Os administradores que excederem a atribuição recebida podem arcar com a responsabilidade por seus atos frente a terceiros, isentando a pessoa jurídica, desde que configurada uma das hipóteses:a) limitação inscrita no registro próprio próprio;
b) que o terceiro sabia da limitação;
c) evidente operação estranha ao objeto.
Não materializada uma dessas hipóteses, e se tratando de ato com excesso de poder (ultra vires), que cause dano a terceiros, a pessoa jurídica deve assumir a responsabilidade para, em regresso, cobrar do administrador. Atos com culpa responsabilizam os administradores frente à sociedade e a terceiros prejudicados, de forma solidária entre eles.
A função é indelegável, salvo a possibilidade de constituir mandatário com poderes específicos. Administrador sócio, nomeado pelo contrato, possui poderes irrevogáveis, salvo justa causa, reconhecida em juízo, a pedido de qualquer sócio.
Administrador não-sócio, ou sócio, mas investido por ato separado, detém poderes revogáveis.
	É sociedade contratual, pois se constitui a partir de um contrato escrito, cujas cláusulas devem ser as constantes do art. 997, além de outras que os sócios queiram inserir, desde que não conflitem com ostermos da lei.Para alterar alguma das cláusulas do art. 997, exige-se unanimidade.
O registro do ato deve ser feito em cartório, nos trinta dias subseqüentes à sua lavratura. Todos os sócios devem participar da formação do capital social, a ser feita em dinheiro, bens, créditos ou prestação de serviços.
Respondem, contudo, pela evicção, por vícios redibitórios e solvência do crédito. Proíbe-se a cessão da quota social, salvo com o consentimento dos demais sócios. Essa regra vale para a penhora de quotas.
A sociedade pode ser dissolvida de pleno direito, nas hipóteses:
a) vencimento do prazo;
b) consenso entre os sócios, se por prazo determinado;
c) se por prazo incerto, pela decisão da maioria absoluta;
d) se ficar com um só sócio, por mais de cento e oitenta dias;
e) se extinta a autorização para funcionar, conforme prescrição em lei.
Judicialmente, qualquer sócio pode pleitear a dissolução, com base:
a) anulação de sua constituição;
b) se o fim social for exaurido ou se tornar enexequível.
	TIPOS DE SOCIEDADE
	SÓCIOS
	RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA COM TERCEIROS PELOS DÉBITOS SOCIAIS
	NOME EMPRESARIAL
	ADMINISTRAÇÃO
	OBSERVAÇÕES
	2 – Em nome coletivo
	Cotistas, somente pessoas físicas.
	Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente com seus bens particulares por débitos contraídos em nome da sociedade, quando insuficientes os bens sociais. Possível haver pacto para limitação da responsabilidade de cada um. Tal acordo, contudo, só tem validade entre eles, pois o credor não pode ser prejudicado.
	O nome será sempre firma ou razão social, formada com o nome de um, alguns, ou todos os sócios. Omitido nome de algum, necessária a expressão “e cia.”, por extenso ou abreviada, ou similar.
	A administração compete exclusivamente a sócios. As demais regras vistas para a sociedade simples valem para esse tipo social.
	É sociedade contratual, pois nasce a partir de um contrato social escrito, com as cláusulas previstas no art. 997, adaptadas à espécie. Sendo empresária, o registro deve ser feito na Junta Comercial, no prazo de trinta dias da lavratura. Para formação do capital social e cessão ou penhora de quota social, as regras são similares às da sociedade simples. Sobre a dissolução de pleno direito, copia as hipóteses do art. 1.033, acrescida da falência, se empresária. As hipóteses de dissolução judicial são as mesmas do art. 1.034.
	TIPOS DE SOCIEDADE
	SÓCIOS
	RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA COM TERCEIROS PELOS DÉBITOS SOCIAIS
	NOME EMPRESARIAL
	ADMINISTRAÇÃO
	OBSERVAÇÕES
	3 – Em comandita simples
	Comporta duas categorias de sócios:a) comanditados, todos pessoas físicas, com missão de gerir a sociedade;
b) comanditários, pessoas físicas ou jurídicas, obrigados pela formação do capital social.
	A responsabilidade deles pelas dívidas sociais é idêntica à dos sócios da sociedade em nome coletivo.
Esses se obrigam apenas pela integralização de sua quota. Não podem participar da gestão, sob pena de contraírem as mesmas responsabilidades dos comanditados. Permita-se, contudo, ao comanditário participar das deliberações sociais, fiscalizar as operações, além de poder ser constituído como procurador da sociedade, para negócio específico.
	Adota como nome apenas a firma ou razão social, constituída apenas com nome de comanditado, todos, alguns ou somente um, acrescida da expressão “e cia.”, ou similar, para indicar a ausência de sócios do nome.Se constar nome de comanditário, este assume responsabilidade similar à do comanditado.
	A administração compete exclusivamente aos comanditados, aproveitando-se as mesmas disposições já vistas para a sociedade simples. Conforme citado na segunda coluna, comanditário que tome parte na gestão assume responsabilidade como se fora comanditado.
	É sociedade contratual, com o ato devendo ser registrado na Junta Comercial, se empresária. Para a formação do capital social, valem as mesmas regras da sociedade simples.A cessão e penhora de quotas também seguem as regras da sociedade simples. No entanto, em caso de morte de comanditário, a disposição é diversa, pois o negócio continuará com os sucessores, salvo disposição diversa no contrato. As regras para a dissolução são similares à da sociedade em nome coletivo, acrescendo a hipótese de ausência de uma das categorias de sócios por prazo superior a cento e oitenta dias.
	TIPOS DE SOCIEDADE
	SÓCIOS
	RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA COM TERCEIROS PELOS DÉBITOS SOCIAIS
	NOME EMPRESARIAL
	ADMINISTRAÇÃO
	OBSERVAÇÕES
	4 – Em comandita por ação
	Acionista, porque titulares de unidades do capital social chamadas de ação.
	Responsabilizam-se até a integralização do preço de emissão de cada ação subscrita, sem que haja solidariedade entre eles. Uma vez pago todo valor, não podem ser obrigados ao pagamento de dívidas sociais ou, mesmo, à parcela do capital não integralizada por outro sócio. Essa regra não vale para os que assumirem função de gerência ou administração da sociedade. Neste casom a responsabilidade frente a terceiros pelas obrigações contraídas, embora subsidiária, é ilimitada e solidária com outros administrados, se tiver.
	Podem adotar tanto denominação como razão social, em ambos os casos acrescida da expressão: “Comandita por Ação”, por extenso ou abreviada. Se for uma razão social, apenas sócios que sejam administradores devem emprestar seus nomes à formação daquela. Constando nome de outro, não administrador, este passa a ser tão responsável quando aqueles.
	É conferida apenas a sócios, que não podem ser destituídos, salvo em deliberação aprovada por sócios representativos pelo menos 2/3 do capital social. Pelos atos de gestão dos administradores respondem, solidária e ilimitadamente, todos os demais administradores, mesmo que dele não participem.
	É sociedade estatuária, ou institucional, por se constituir a partir de um estatuto social. A impessoalidade é própria desse tipo social, não havendo qualquer impedimento à cessão, venda ou penhora de ações pertencentes a um sócio para terceiros, daí ser considerada de capital. Rege-se pela mesma Lei das Sociedades Anônimas, mas com algumas diferenças.A primeira distinção diz respeito ao exercício da função de administração da forma como foi vista nas outras colunas.
Também em relação ao nome, que pode ser uma razão social ou denominação. A ela é vedada a existência de conselho de administração. Igualmente não podem ser de capital autorizado e, por conseqüência, não podem emitir bônus de subscrição. Permite-se, contudo, a missão de novas ações, debêntures e partes beneficiárias, no que pese a proibição para operar na bolsa ou no mercado de balcão.
	TIPOS DE SOCIEDADE
	SÓCIOS
	RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA COM TERCEIROS PELOS DÉBITOS SOCIAIS
	NOME EMPRESARIAL
	ADMINISTRAÇÃO
	OBSERVAÇÕES
	5 – Em cota de participação
	Comporta duas categorias de sócios:a) ostensivo, que pode ser pessoa física ou jurídica, empresário ou não, mas que exerce o negócio em seu próprio nome;
b) participante, pessoa física ou jurídica, que apenas contribui com o fundo social.
	Sua responsabilidade diante dos credores é pessoal, não-subsidiária e ilimitada.
Sua responsabilidade diante dos credores não existe, salvo se tomar parte nas relações do ostensivo junto a terceiros. Permite-se, contudo, fiscalizar os negócios.
	Não tem.
	Compete ao sócio ostensivo.
	É sociedade constituída por contrato, escrito ou verbal. Não tem personalidade jurídica, mesmo que o contrato seja registrado. Seu objeto pode ser mercantil ou de prestação de serviços.Embora considerada um simples contrato, por parte da doutrina, o Código a definiu como sociedade, apesar de despersonalizada. As regras para sua liquidação não são as mesmas das sociedades contratuais, mas as relativas à prestação de contas, na forma da lei processual. Sua falência do sócio ostensivo, que provoca a dissolução da sociedade e liquidação da respectiva conta. Falindo o participante, aplica-se a regra dos contratos bilaterais, quando é facultado ao administradorjudicial, a rescisão do contrato social.
	TIPOS DE SOCIEDADE
	SÓCIOS
	RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA COM TERCEIROS PELOS DÉBITOS SOCIAIS
	NOME EMPRESARIAL
	ADMINISTRAÇÃO
	OBSERVAÇÕES
	6 – Limitada
	Cotista, pessoal físicas ou jurídicas.
	Perante credores da sociedade, os sócios respondem até o calor total do capital social subscrito, mas não integralizado.Significa afirma que, no momento em que capital estiver totalmente pago, nenhuma obrigação terão os sócios para com as dívidas assumidas em nome da pessoa jurídica.
De qualquer forma, a responsabilidade aqui tratada é subsidiária, pois depende do esgotamento do ativo; é solidária, pois todos são responsáveis, mesmo os que já integralizaram as suas quotas; e é limitada, pois tem como patamar superior a parcela não-integralizada do capital social. Apesar da regra geral, a lei comporta exceções, algumas específicas para administrador, como as dívidas tributárias e os atos ultra vires, e outras que podem atingir esse ou apenas o sócio. São elas:
a) dívida tributária;
b) dívida; previdenciária;
c) dívida trabalhista;
d) atos ultra vires;
e) desconsideração da pessoa jurídica;
f) deliberação infrigente do contrato social.
	Pode adotar tanto uma razão social como uma denominação, em qualquer caso seguido do termo “limitada”, por extenso ou abreviada. A omissão do termo implica a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem o nome, mas apenas por danos relativos àquela operação específica.
	A administração pertence aos sócios, pessoas físicas, podendo ser conferida a não-sócio, mas só se o contrato expressamente permitir. Neste último caso, exigi-se aprovação unânime dos sócios, quando o capital não estiver todo integralizado, ou 2/3 após a integralização. As regras para destituição do administrador diferem daquelas da sociedade simples, pois ele pode ser destituído a qualquer tempo e suas funções. No entanto, tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, exige-se aprovação mínima de 2/3 do capital social, salvo disposição contratual diversa. A delegação das funções de administrador, que antes era permitida, não mais pode ser feita, salvo a constituição de procurador com poderes específicos, da forma como acontece com a sociedade simples.As outras disposições citadas para as sociedades simples, relativamente aos administradores, são aproveitadas para as limitadas.
	É sociedade contratual.Rege-se por capítulo próprio, que vai do art 1.052 ao art. 1.087 do Código. Pode, contudo, ter regência supletiva no capítulo das sociedades simples, a exemplo das outras sociedades simples, a exemplo das outras sociedades, ou mesmo na Lei das Sociedades por Ações.
Vai depender do que dispuser o contrato que não poderá aproveitar normas singulares das sociedades anônimas, a exemplo da emissão de valores mobiliários. Da integralização do capital social devem participar todos os sócios, sob pena de nulidade da cláusula que excluir algum. Essa é a regra aplicável aos demais tipos sociais. Difere, contudo, das outras quando proíbe a integralização em prestação de serviços.
Também em relação à cessão, venda, ou penhora de quota social possui norma própria, pois a regra geral é pela permissão, desde que não haja oposição de sócios titulares de ¼ do capital social. Possível, contudo, disposição contratual diversa , até no sentido de excluir qualquer possibilidade de oposição. Com o Novo Código, essa sociedade ganhou estrutura tipificada na lei, que permite sua organização através de órgãos similares aos das sociedades anônimas.
	TIPOS DE SOCIEDADE
	SÓCIOS
	RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA COM TERCEIROS PELOS DÉBITOS SOCIAIS
	NOME EMPRESARIAL
	ADMINISTRAÇÃO
	OBSERVAÇÕES
	(continuação)6 – Limitada
	
	
	
	
	Logo, para aquelas com número de sócios superior a dez, é obrigatória a assembléia de quotista. Podem ter conselho fiscal, apesar de não ser obrigatório, como nas anônimas. Também o conselho de administração, que não é obrigatório, mas pode existir nas limitadas. Já a diretora é órgão obrigatório. As causas para sua dissolução de pleno direito acompanham as da sociedade simples.
	TIPOS DE SOCIEDADE
	SÓCIOS
	RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA COM TERCEIROS PELOS DÉBITOS SOCIAIS
	NOME EMPRESARIAL
	ADMINISTRAÇÃO
	OBSERVAÇÕES
	7 - Anônima
	Acionistas, pessoas físicas ou jurídicas.
	Frente a terceiros , credores da companhia, os acionistas se responsabilizam pela integralização do preço de emissão das ações adquiridas por cada um.Significa dizer que não há solidariedade pela soma do capital social não-integralizado, da forma como acontece nas limitadas. De toda forma, é uma responsabilidade subsidiária, pois depende de ser exaurido o ativo da pessoa jurídica. As exceções vistas para as limitadas também são aplicada aqui, à exceção da que trata sobre responsabilidade por deliberação infrigente do contrato social.
	Somente pode adotar uma denominação, acompanhada de um dos termos: “companhia” ou “sociedade anônima”, por extenso ou abreviados. Tanto um como outro pode vir no início, no meio ou no fim do nome.
	A administração pode ser concedida a sócio ou não, mas somente a pessoas físicas. A Lei das S.A. contém mesma previsão do Código quanto à vedação para ocupação do cargo, que não pode ser feita por quem estiver impedido por lei especial, ou condenado por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, dentre outros. O administrador não é responsável por ato regular de gestão, ainda que traga prejuízo à sociedade. Contudo, se agiu com culpa ou dolo, com violação da lei ou do estatuto, responde pelos prejuízos que causar à sociedade. Atos ilícitos de outros administradores não responsabilizam os demais, salvo se com eles for conivente, se negligenciar em descobri-los ou se, deles tendo conhecimento, deixar de agir para inibir a sua prática.Prejuízos causados à sociedade, em virtude de omissão no cumprimento de deveres impostos por lei para assegurar o funcionamento normal da cia., responsabilizam, de forma solidária, os administradores que tenham atividade correlata, se a sociedade for de capital aberto.
Sendo de capital fechado, a responsabilidade atinge a todos os administradores. Em ambos os casos, escapa da obrigação o administrador que comunicar o fato à assembléia geral.
	É sociedade estatutária, constituindo-se a partir de um estatuto social. É sempre empresária, independente de seu objeto social. O sócio pode alienar suas ações livremente a quem se interessar, daí ser considerado de capital, pela pouca importância que se dá à pessoa do sócio. Pode ser aberta ou fechada, conforme lance títulos no MVM. Para ser aberta, tem que haver autorização da Comissão de Valores Mobiliários. Os valores mobiliários por ela emitidos são:a) ações;
b) debêntures;
c) partes beneficiárias (este só por cia. fechada); e
d) bônus de subscrição (este só por cia. de capital autorizado).
A sua estrutura comporta os seguintes órgãos:
a) assembléia geral, obrigatória em toda S/A (reunião de acionistas apta a decidir os destinos da cia.);
b) conselho de administração, de existência facultativa, salvo nas de capital aberto, de capital autorizado e nas de economia mista (colegiado só de acionista, cuja competência era originária da assembléia, mas que lhe foi delegada);
	TIPOS DE SOCIEDADE
	SÓCIOS
	RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA COM TERCEIROS PELOS DÉBITOS SOCIAIS
	NOME EMPRESARIAL
	ADMINISTRAÇÃO
	OBSERVAÇÕES
	(continuação)7 – Anônima
	
	
	
	Em relação a prejuízos causados a terceiros, valem as regras concernentes às sociedades simples, prevista no parágrafo único do art. 1.015 do Código. Isso porque o art. 1.089 prevê aplicaçãosubsidiária do Código para as sociedades anônimas.
	c) diretoria, obrigatória em toda cia., formada por sócios ou não, mas responsável pela execução do objeto social;d) conselho fiscal, formado por sócios ou não, responsável pela fiscalização dos atos dos administradores e dos negócios sociais.
	TIPOS DE SOCIEDADE
	SÓCIOSRESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA COM TERCEIROS PELOS DÉBITOS SOCIAIS
	NOME EMPRESARIAL
	ADMINISTRAÇÃO
	OBSERVAÇÕES
	8 – Cooperativa
	Cotista, também chamados de cooperados, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas.
	Pode ser limitada ou ilimitada, vai depender do que dispuser o estatuto.Sendo limitada, segue a proporção das operações realizadas por cada sócio. Se for ilimitada, será solidária com os demais cooperados.
	Adota como nome uma denominação, sempre acompanhada do termo “cooperativa”.
	A administração pode ser conferida a sócio ou não, mas sempre pessoa física. Igualmente às demais, há impedimentos legais ao exercício do cargo, que não pode cair nas mãos dos que tenham praticado certos crimes.
	É sociedade estatutária, por se constituir a partir de um estatuto social. Esse instrumento deve ser arquivado na Junta Comercial, não em Cartório. Seja qual for o ramo, não possui objetivo de lucro. O escopo de sua criação é prestar um serviço ao cooperado, a fim de facilitar a prática de uma atividade econômica. O capital social não pe fixado no estatuto, podendo até ser dispensado. Não pode haver cessão das quotas sociais a terceiros, daí ser considerada sociedade de pessoas, não de capital. Apesar disso, permiti-se o livre ingresso de qualquer um que tenha relação com a atividade. Proíbe-se p vínculo trabalhista entre sócios e cooperativas. O sócio, independente da quantidade de quotas, possui apenas um voto nas deliberações sociais. A participação de cada um no resultado social é proporcional às operações realizadas com a cooperativa.
V – ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DAS SOCIEDADES
Sócios e Administradores
Podem ser Administrador
Sociedade Simples
Sócio – nomeado em contrato social, só sai com decisão judicial e demonstrada justa causa (art. 1.019 CCB/2002)
Não sócio
Sociedade em Nome Coletivo – sócio
Sociedade em Comandita Simples – sócio – comanditado
Sociedade em Comandita por Ações – acionista – diretor
Sociedade Anônima
Conselho de Administração – acionista
Conselho Diretor – acionista ou não
Sociedade Limitada
Sócio
não sócio (art. 1.061 CCB/2002)
Capital não integralizado – unanimidade
Após a integralização – 2/3
Perda de mandato nomeado em contrato social (art. 1.063, § 1°, CCB/2002) 2/3 dos sócios e sem necessidade de demonstrar justa causa.
Matérias Privativas de Sócios
Modificação de contrato social/estatuto
Eleição e destituição, remuneração dos administradores
Tomar as contas dos administradores;
Dissolução da sociedade, fusão, incorporação, cisão
Matérias Privativas do Administrador
Persegue o objeto social
Órgãos Societários
Conselho de Administração (art. 142 Lei n.º 6.404/76) – decisão, política comercial, poder vinculante em relação ao conselho diretor
Obrigatório na aberta
Facultativo na fechada
Inexistente na ltda
Conselho Diretor (art. 143 Lei n.º 6.404/76) – execução – representantes legais
Conselho Fiscal (art. 161 Lei n.º 6.404/76)
3 a 5 membros
Não podem ser os administradores, empregados, cônjuges, parentes até terceiro grau
Fiscaliza a lisura contábil dos contratos e a existência de comutatividade entre prestação e contraprestação
Poder opinativo
Convoca assembléia de sócios quando houver motivos graves ou urgentes
Facultativo na ltda
Obrigatório na Sociedade Anônima
Funcionamento obrigatório ex legis – Sociedade Economia Mista
Funcionamento a pedido de acionistas (10% capital com direito a voto ou 5% do capital sem direito a voto) – por apenas um exercício (um ano, até a próxima assembléia)
Funcionamento regulado no estatuto – demais casos
Sócio controlador – conceito fático – aquele que detém a maioria dos votos em assembléia e também quem elege a maioria dos administradores
Ganha responsabilidade ilimitada – subjetiva – abuso de poder de controle
Aplica-se a desconsideração tão somente ao sócio controlador – art. 117 Lei n.º 6404/76
Lei 9.447/97 – Responsabilidade Objetiva do sócio Controlador – Instituição financeira que o Banco Central do Brasil decretou a liquidação
Assembléias e Reuniões 
Assembléia
Sociedade Anônima
Sociedade em Comandita por Ações
Sociedade LTDA com mais de 10 sócios
Reunião
Sociedade Simples
Sociedade em Nome Coletivo
Sociedade em Comandita Simples – somente reunião
Sociedade Limitada com 2 a 10 sócios – facultativamente assembléia
Convocação
Legitimados
Ordinários
administradores
Extraordinários
Conselho Fiscal (motivos graves ou urgentes ou atraso de 30 dias)
sócios (qualquer sócio se atraso 60 dias; 20% ltda. ou 5% SA com atraso de 8 dias)
Forma (somente para assembléia – art. 1152, §3°, CCB/2002)
Anúncio 3X no diário oficial
Mínimo de 8 dias para 1a. Convocação e 5 dias para a 2a. – Sociedade Anônima Fechada
Mínimo de 15 dias para 1a. Convocação e 8 dias para 2a. – Sociedade Anônima Aberta
Instalação (somente assembléia)
1a. convocação 3/4 Ltda. e 1/4 SA
2a. convocação qualquer número de sócios
Quorum para deliberação
Sociedade Simples, Sociedade em Nome Coletivo, Sociedade em Comandita Simples: unanimidade;
Sociedade Anônima, Sociedade em Comandita por Ações: maioria absoluta, na Sociedade em Comandita por Ações tem de ter unanimidade dos sócios diretores – matérias art. 1.092 CCB/2002 – objeto, prazo, debêntures, partes beneficiárias
Sociedade Anônima Fechada pode aumentar o quorum; art. 221 Lei n.º 6404/76 – transformação – aberta para fechada, fechada para aberta – unânime – o estatuto pode designar quorum diferente;
Sociedade Limitada – art. 1.076 CCB/2002
(O art. 2.031 CCB/2002 estipulou prazo Limitadas se adaptarem à nova regra – Lei 10.848/04 + um ano, Lei 11.127/05 + dois anos – prazo atual JANEIRO DE 2007. Até a edição desta não houve edição de nova prorrogação)
3/4 – contrato social, fusão e incorporação
Maioria absoluta – eleição, destituição e remuneração de administradores; recuperação judicial
Maioria simples – tomar contas dos administradores, questões sobre liquidação
VI – EXTINÇÃO E TRANSFORMAÇÕES DAS SOCIEDADES
Extinção da Sociedade
Meio Indireto (paralisação da atividade)
Via judicial
Sociedade insolvente
Falência
Insolvência civil
Sociedade solvente (conflito entre sócios)
Via extrajudicial
Sociedade solvente
	Dissolução
	Liquidação
	Extinção
	CCB 1.033
Causas
Vontade dos sócios (maioria absoluta – prazo indeterminado; unanimidade – prazo determinado)
Falta de pluralidade de sócios por mais de 180 dias (SA até o ano seguinte, próxima AGE)
Extinção de autorização para funcionar
Vencimento do prazo de duração
Efeitos
Administradores afastados
Nomeia-se liquidante
Vedam-se novos contratos (1.036)
	CCB 1.103
Efeitos
Encerra os contratos em vigor – ao longo da liquidação.
Liquidar o ativo ($)
Pagar o passivo (1.110) – ação contra o liquidante e contra os sócios.
Sobras – remanescente – sócios;
Prestação de contas para os sócios
Fazer os devidos registros
	CCB 1.109, LSA 219, I
Aprovação das contas encerra a liquidação, momento em que os sócios declaram a extinção.
Registro da ata.
Meios diretos (sem paralisação da atividade)
Fusão: A e B = C – ao menos duas são extintas e a receptora é criada no ato da fusão. Sucessão plena – ativo e passivo.
Incorporação: A e B = B ou A e B = C – ao menos uma é extinta (incorporada), receptora (incorporadora) já existente. Sucessão é plena – ativo e passivo.
Cisão Total – A = B e C – já existentes ou não. Duas receptoras, sempre solidárias.
Cisão Parcial – A = A e B – já existente ou não – aqui não se fala em extinção de A – solidários entre si
Transformação – aqui não se fala em extinção – alteração do tipo societário – não modifica, nem prejudica direitos dos credores antigos
Circulação de cotas ou Ações
subscrição
Constituição
Aumento de capital (art. 1.081 CCB/2002) – direito de preferência – na mesma proporção do que detém.
Cuidado – SA Aberta pode eliminar o direito de preferência art. 172 da Lei n.º 6.404/76.
cessão
Sócio ou terceiro compra ações de sócio
Unanimidade tem de autorizar
Sociedade Simples
Sociedade em NomeColetivo
Sociedade Comandita Simples
Sociedade Limitada
Sócio para sócio livre
Sócio para terceiro – consentimento de 3/4 (regra dispositiva, alterável no contrato)
Sociedade Anônima e Sociedade Comandita por Ações – livre
Sociedade Anônima Fechada, via estatuto, pode restringir (art. 36 da Lei n.º 6.404/76)
retirada
Sócio requer a liquidação da quota ou ação que deverá ser operada pela sociedade.
Sociedade Simples, Sociedade em Nome Coletivo e Sociedade Comandita Simples, Sociedade de prazo Indeterminado – art. 1.029 CCB/2002
Sociedade Limitada – restrito – art. 1.077 CCB/2002, art. 137 da Lei n.º 6.404/76 – decisão dissidente que lhe afete patrimonialmente
exclusão
Sociedade
Sócio remisso (subscreveu, mas não integralizou)
Justa causa (via judicial, Sociedade Simples, Sociedade em Comandita Simples, Sociedade Limitada, Sociedade em Nome Coletivo)
Incapacidade superveniente (Sociedade Simples, Sociedade em Nome Coletivo, Sociedade em Comandita Simples, Sociedade Limitada)
Morte de sócio
Sociedade Simples, Sociedade em Nome Coletivo, Sociedade em Comandita Simples
Sociedade Limitada – art. 1.028 CCB/2002 – liquidação da quota, salvo acordo ou contrato social – pode haver dissolução da sociedade
Sociedade Anônima e Sociedade em Comandita por Ações – herdeiros herdam as ações.
DIREITO FALIMENTAR
I – Recuperação
Considerações Gerais
Recuperação Extrajudicial é Pacto/acordo entre credores e devedor onde a anuência é obtida fora do judiciário.
Semelhança com o instituto da novação do Direito Civil.
Ambas somente podem ser requeridas antes da decretação por meio de sentença da falência.
Somente o devedor pode pedir recuperação judicial ou extrajudicial.
Recuperação Judicial similar à antiga concordata preventiva.
Acabou a concordata suspensiva.
Sai o poder de deferimento do juiz para os credores (art. 56).
Os juízes perderam poder no processo falimentar.
Realização do ativo (art. 139) – pode ocorrer imediatamente após a arrecadação dos bens.
Recuperação Extrajudicial (art. 161)
Formulação do Plano de Recuperação (pacta sunt servanda)
Requisitos Objetivos
Plano não abrange:
Créditos tributários e previdenciário – o fisco não negocia – pode parcelar – art. 68
Créditos trabalhistas
Créditos vincendos
Adiantamento de Contrato de Câmbio – ACC (art. 86, II)
Credores proprietários (art. 49, § 3°) – não confundir com garantia real
Não se admite pagamento antecipado
Credores devem ser tratados com isonomia dentro da mesma classe
Qual a abrangência do Plano de Recuperação Extrajudicial? Tão somente abrange os credores que anuíram. (art. 162)
A “novação” só se opera quando o juiz homologa, o devedor deve requerer
Toda vez que 3/5 do valor do capital de uma classe de credores anuir, o plano abrangerá todos os credores (art. 163)
Antes da homologação pelo juiz poderá ser impugnado pelos credores – art. 165
Requisitos Subjetivos (art. 161 e art. 48)
Empresa ou sociedade empresária registrada
Pelo menos dois anos de exercício
Não pode estar falido (em processo de falência)
Crime falimentar – art. 181, § 1°, até cinco anos após a extinção da punibilidade, salvo reabilitação penal; quando pessoa jurídica a análise deve ser feita observando os administradores e/ou o sócio majoritário/controlador
Não pode estar pendente pedido de recuperação judicial
Não pode ter sido homologado tanto um plano de recuperação extrajudicial nos últimos de dois anos a contar do novo pedido
Não pode ter sido homologado tanto um plano de recuperação judicial nos últimos de cinco anos a contar do novo pedido
Não pode ter sido homologado tanto um plano de recuperação judicial com base no plano especial nos últimos de oito anos a contar do novo pedido
Homologação do Plano de Recuperação Extrajudicial
Todo o desenrolar do plano se dá fora do judiciário
O empresário continua a frente de seu negócio
Juiz somente intima os credores para apresentar oposição
O não cumprimento do plano de recuperação extrajudicial não acarreta, de pronto, a decretação da falência. Para tal o credor deve entrar com ação de falência autônoma
Caso o plano preveja alienação de bens no judiciário o juiz terá de autorizar a sua alienação (art. 166)
A homologação é motivo de extinção do processo
A natureza jurídica da sentença de homologação é constitutiva para os credores abrangidos e declaratória para os demais
CUIDADO: créditos de não credores, “laranja e outros cítricos” com crédito inflado não induzem a decisão para todos.
Os credores não abrangidos devem ser pagos no vencimento e no valor integral. Mantêm-se todos os seus direitos. QUEM TÁ FORA. TÁ FORA! (art. 161, § 4°)
Debate acerca do descumprimento. Ele desconstitui a “novação”, retornando os direitos e garantias ao originalmente contratado. Na extrajudicial é silente, na judicial é expressa a determinação da desconstituição (art. 61, § 2°)
Recuperação Judicial
Ação própria proposta pelo devedor
Contestação a um pedido de falência
Inicial/contestação não precisa apresentar plano de recuperação, mas tão somente o pedido
Juiz faz despacho de processamento (art. 52)
Requisitos subjetivos
Empresa ou sociedade empresária registrada
Pelo menos dois anos de exercício
Não pode estar falido (em processo de falência)
Crime falimentar – art. 181, § 1°, até cinco anos após a extinção da punibilidade, salvo reabilitação penal; quando pessoa jurídica a análise deve ser feita observando os administradores e/ou o sócio majoritário
Não pode ter sido homologado tanto um plano de recuperação judicial nos últimos de cinco anos (oito anos se tratar-se de plano especial de recuperação judicial) a contar do novo pedido.
(Cuidado: Após o despacho de processamento, não há mais volta para o devedor, caso não obtenha sucesso o juiz decreta de ofício a falência)
Despacho de Processamento – Conteúdo:
Nomeia administrador judicial
Organização dos credores
Fiscalização sobre o devedor
Determina a apresentação e habilitação de créditos
Devedor não perde a administração do seu negócio
Suspensão por seis meses de todas as execuções, salvo as execuções fiscais, quantias ilíquidas e trabalhistas (art. 6°, § 7°)
Créditos não abrangidos
Tributários
Adiantamento de Contrato de Câmbio – ACC
Credores proprietários
(Cuidado: Créditos trabalhistas entram)
Juiz Convoca a Assembléia Geral de Credores
Deliberação sobre Plano de Recuperação Judicial (art. 45)
	CLASSE
	QUORUM
	FORMA CONTAGEM
	Trabalhista
	Maioria simples
	Por cabeça
	Garantia Real
	Mais da metade dos créditos + maioria simples
	Por cabeçaE
Por crédito
	Privilégio (Especial e Geral) + Quirografário
	Mais da metade dos créditos + maioria simples
	Por cabeçaE
Por crédito
Fisco – juiz não homologa o plano se o devedor não apresentar certidão negativa (art. 57)
Juiz pode decretar se (art. 58, § 1°):
Mais da metade de todos os credores presentes
Só uma classe rejeitou, aprovação de duas classes
Pelo menos 1/3 disse sim na classe que rejeitou
Nos dois anos iniciais o Plano de Recuperação Judicial, se descumprido, acarreta a imediata convolação em falência.
Após dois nos do Plano de Recuperação Judicial, caso descumprido, tal fato autoriza o credor a requerer pedido de falência.
Após dois anos de cumprimento do plano de recuperação extrajudicial o processo é extinto e passa a ter características parecidas ao plano de recuperação extrajudicial. Após os dois anos o administrador judicial é destituído do cargo.
Administrador Judicial – tem por obrigação fiscalizar o devedor – apresentando mensalmente informações ao juiz. Caso constate atos falimentares, pede o afastamento do devedor e o juiz nomeia GESTOR JUDICIAL – único caso em que esta figura aparece.
Recuperação Judicial – Plano Especial
Somente para micro e pequenas empresas
Abrange somente credores quirografários
36 parcelas mensais e sucessivas
Correção monetária + juros de 12% ao ano
Carência de 180 dias
Credores por maioria absoluta do crédito, caso apresente oposição, juiz decreta a falência.II – Falência
Requisitada pelo devedor (autofalência)
Requisitada pelo Credor
Qualquer credor pode pedir, salvo:
Fisco (STJ)
Credor sem registro na Junta, se for empresário ou sociedade empresária
CAUSA DE PEDIR:
Impontualidade (crise financeira)
Certo, líquido, exigível (protesto)
Maiores de 40 salários mínimos – admitido litisconsórcio ativo para perfazer o limite
Execução frustrada – citado, não pagou, nem nomeou bens a penhora – qualquer valor
Atos falimentares – demandam dilação probatória – não precisa ser credor, mas tão somente demonstrar algum tipo de interesse
Gestão temerária
Dilapidação do ativo
Credores fictícios
Contra-ataque do devedor nos dois primeiros casos
não é sujeito passivo
Empresários, sociedade empresária (com ou sem registro) – excluído:
Sociedade simples,
Cooperativas
Espólio empresário falecido passados um ano
Sociedade Anônima já liquidada
Inativos há mais de dois anos
Sociedade de Economia Mista
Empresa Pública
Instituições financeiras
(cuidado: art. 1°, lei 6.024/74 – Intervenção e Liquidação Extrajudicial de Instituições Financeiras), seguradoras (cuidado Dec. Lei 73/66), planos de saúde (98), capitalização (71)
Regra básica – ativo < passivo/2
Previdência (verificar caso para aberta e fechada)
Consórcio, cooperativas de crédito – ver art. 2° e 197 LF
Crédito extinto, ausência de certeza, liquidez, exigibilidade;
Depósito Elisivo (art. 98, parágrafo único – consignação em juízo)
Contra-ataque nos demais casos – gestão temerária
Negar existência dos atos;
Recurso judicial;
Não ser sujeito passivo
Quem Pode Falir (sujeito passivo)
Empresário
Sociedade Empresária
Ambos com ou sem registro
Sócio de responsabilidade ilimitada, em caso de falência da sociedade
Espólio de empresário falido até um ano
Art. 2° Lei 11.101/05 – Não se aplica a lei de Falências, mas não quer dizer, necessariamente, que não possam falir
Instituições financeiras privadas (Lei 6.024/74)
intervenção e liquidação extrajudicial (Banco Central do Brasil)
Instituições financeiras públicas não-federais (Lei 6.024/74)
Cooperativa de Crédito (Lei n.º 5.764/71)
Consórcio de Bens duráveis (Lei. n.º 11.785/08)
Previdência Privada aberta (Lei Complementar n.º 109/01)
Planos de Saúde (Lei n.º 9.656/98)
Seguradoras (Decreto Lei n.º 73/66)
Sociedade de Capitalização (Decreto Lei n.º 261/67)
Quem não pode falir
Pessoa física que não seja empresária
CILA – Profissão Científica, Intelectual, Literária ou Artística
RURAL sem registro na junta
Sociedade Simples
Sociedade cooperativa
Associação, fundação, organização religiosa, partido político
Sócio de responsabilidade limitada, em caso de falência da sociedade, salvo abuso (desconsideração da personalidade jurídica)
Espólio de empresário a mais de um ano.
Empresário ou sociedade empresária que não exerça empresa há mais de 2 anos (inativo)
Sociedade anônima já liquidada
Instituição Financeira Pública Federal
Previdência Privada Fechada (Lei Complementar n.º 108/01 e 109/01)
Consórcio de sociedades, art. 278, Lei n.º 6.404/76.
Empresas Públicas ou Sociedade de Economia Mista, salvo exercício de atividade econômica que lei especial sujeita a falência. (único local que diz poder falir a estatal é no caso do banco estadual)
Administração Judicial da Massa Falida
	Ativo
	Passivo
	Conhecimento
Arrecadação dos bens (posse)
Menos Restituição (85)
Mais bens devolvidos por terceiros à massa em virtude de declaração de ineficácia ou ação revocatória
	Conhecimento
Verificação, habilitação e quadro geral de credores
Classificação
	Realização
	Realização
Pagamento em dinheiro
Salvo 145 – preferir ser sócios a receber o crédito
Arrecadação
TUDO QUE ESTÁ NA POSSE
Restituição
Proprietário de bens na posse do falido – restituição in natura.
Ex.: proprietário fiduciário, sociedade arrendante – leasing, locador,
Coisa não existir – restituição em dinheiro, ressalvada a prioridade de crédito trabalhistas, referentes aos 3 meses anteriores à decretação, até o valor de 5 Salários Mínimos.
Titulares de restituição que não são proprietários
Credor Adiantamento de Contrato de Câmbio – ACC
Coisa vendida a crédito nos 15 dias antes do PEDIDO
Declaração de Ineficácia
Autor:
MASSA
Ministério Público
Credor
Juiz de ofício
Réus:
Falido
Terceiro adquirente
Ação ou petição proposta durante a falência
Ato jurídico é válido
Ato jurídico é ineficaz em relação a massa
Não influi o estado subjetivo das partes – OBJETIVA – boa fé ou má fé
Rol Taxativo
Pagamento antecipado no termo legal (período fixado pelo juiz – 1° protesto, Pedido de Falência, Pedido de Recuperação – pode retrotrair até 90 dias) – vincendas
Pagamento por forma diversa (dação em pagamento) – dívidas vencidas no termo legal
Garantia real no termo legal para credor antigo
Atos a título gratuito nos anos antes sentença (alimentos devidos pela massa são extintos, considerados título gratuito)
Renúncia à herança ou legado 2 anos antes decretação
Venda de estabelecimento sem consentimento dos credores, salvo bens suficientes – depois o vendedor faliu, salvo comprove boa-fé
Venda de imóveis após a falência – título oneroso ou gratuito, salvo prenotação anterior
Ação Revocatória
Autor:
MASSA
Ministério Público
Credor
JUIZ NÃO
Réus:
Falido
Terceiro adquirente
Ação autônoma prazo decadencial de três anos após sentença de falência
Ato jurídico é nulo
Exige prova de má fé e de Conluio fraudulento
Qualquer ato jurídico
Verificação
Cinco dias para apresentar relação de credores e livros empresariais;
Administrador Judicial publica uma verificação de credores – publicada, termo inicial para prazo de 15 dias para habilitação
Habilitação
Sem divergência
Com divergência
Administrador Judicial procede uma segunda publicação, termo inicial de 10 dias para impugnação
Impugnação
Contra relação de credores
Ausência de crédito
Ilegitimidade
Valor
Classificação
Prazo de 10 dias
Resolvidas por sentença do juiz falimentar
Quadro Geral de Credores
Administrador Judicial monta o Quadro Geral de Credores
Juiz por sentença homologa por sentença
Realização do Passivo
Pagamento dos credores
Efeitos da Sentença que decreta a falência 
Suspende
Execuções – inclusive fazenda pública
Ações líquidas
Não abrange as ações ilíquidas
Ações ilíquidas e fisco não são passíveis de habilitação
Os credores de ações ilíquidas não são incluídos no Quadro Geral de Credores, devendo requerer reserva de valor
O direito de retenção sobre bens sujeitos a arrecadação
Curso dos prazos prescricionais
Os juros contra o falido
Vencimento antecipado das obrigações
Privação da administração dos bens pelo falido
Proibição do exercício da atividade comercial pelo falido
Classificação dos Credores
Extraconcursais (contra a massa, após a falência)
Administrador judicial e seus auxiliares
Trabalhistas contra a massa
Credores por quantias fornecidas
Custas
Emprestado ao devedor em recuperação judicial (crédito pré-falência)
Tributários durante a falência
Credores Concursais
Trabalho (até 150 Salários Mínimos – demais quirografários) e acidente do trabalho (sem limite);
Garantia real (limitado ao valor do bem, o que superar vira quirografário)
Súmula 308 STJ[1] (desconsidera hipoteca), construtoras hipoteca, adquirente por direito de sequela leva hipoteca. Hoje os bancos são proprietários fiduciários
Tributários
Debate jurisprudencial que venceu a tese de que a lei não se aplica a execução fiscal. De outro lado, como não se aplica a lei a prescrição não é suspensa
Privilegiados – geral e especial
Quirografários e trabalhistas (o que superar 150 Salários Mínimos) e garantia real o valor que superar o bem dado em garantia
Multas – inclusive administrativas, tributárias, penais…
Subordinados (sócio, administradores)
Créditos Não Pagos/Extinção das Obrigações
Extintos se pagar 50% dos quirografários
Executa o falido, a contar do encerramento falência
Cinco anos sem crime
Dez anos com crime
Requerimento de extinçãodas obrigações
Autuado em apartado
30 dias para oposição
Da sentença que declara a extinção, cabe apelação
III – Crimes Falimentares
Competência
Juiz criminal da jurisdição onde foi decretada a falência ou recuperação 
Ação Penal Pública Incondicionada 
Ministério Público, intimado da sentença que declara a falência e observando a ocorrência de fato típico, promoverá a denúncia 
Classificação
Próprios – cometido pelo falido, sócios, gerente ou diretores
Impróprios – cometidos pelo síndico, perito, escrivão, terceiros, juiz e Ministério Público
Pré-falimentares – antes da sentença declaratória
Pós-Falimentares – após a sentença declaratória
São crimes complexos – formados por vários atos, punindo-se o mais grave
DIREITO CAMBIÁRIO
I – TEORIA GERAL DO DIREITO CAMBIÁRIO
Disposições Preliminares
O Código Civil de 2002 trouxe muitas mudanças para a parte que rege os direitos dos comerciantes e das sociedades comerciais, mas praticamente não alterou nada acerca dos Títulos de Crédito.
As poucas alterações introduzidas não podem ser aproveitadas sem o devido cuidado, haja vista o preceituado no art. 903, do CCB/2002: Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito, pelo disposto neste Código. Como a maior parte dos títulos de crédito possui legislação específica que regula e detalha as suas relações, as alterações proposta ficaram praticamente inócuas.
Conceito
O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei (art. 887 CCB/2002).
Os títulos de crédito são documentos representativos de obrigações pecuniárias. Não se confundem com a própria obrigação, as se distinguem dela na exata medida em que a representam.[1]
Características
Literalidade
Vale pelo que nele está escrito
Conteúdo
Cartularidade
Cártula = documento
Título de apresentação
Não se pode executar por meio de cópia
Autonomia
Inoponibilidade de exceção pessoal
Cada obrigação é independente, existe por si só
SÚMULA 258 DO STJ: A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão do título que a originou.
Abstração
Não se vincula ao negócio jurídico que a originou
Não há necessidade de provar a existência da relação que originou o crédito
Formalismo
Disciplinados por lei
Requisitos de validade
Independência ou Substancialidade
Independe de qualquer outro documento para promover a sua execução
Classificação
Para Rubens Requião[2]
Títulos Cambiários
Títulos perfeitos e abstratos
Nota promissória e Letra de Câmbio
Títulos Cambiariformes
Títulos de Crédito causais
Cheque (pagamento)
Duplicata (consequência)
Para Fran Martins[3]
Pela Natureza
Próprios
Incorpora a operação de crédito – tempo e confiança
Nota Promissória, Letra de Câmbio, Duplicata
Impróprios
Não incorpora operação de crédito
Cheque
Quanto à circulação
Nominativos
À ordem
Endossável – endosso em preto, Lei n.º 8.088/90
Circulável
Não à ordem
Não transferível
Ao Portador
Transferível pela tradição
Para Fábio Ulhoa[4]
Quanto a Estrutura
Ordens de pagamento
Promessas de pagamento
II – ENDOSSO
Conceito
Meio de transferência dos títulos de crédito, devendo ser lançado pelo endossante no verso ou no anverso do título.
Espécies de Endosso
À ordem ou não à ordem
Em preto, indica o endossatário, verso ou anverso
Em branco, não indica o endossatário, somente no verso
Endosso-mandato – concede ao endossatário o exercício dos direito inerentes ao título (art. 917 CCB/2002)
Morte do endossante não atinge a eficácia do endosso-mandato
Não cabem exceções pessoais contra o mandatário, mas tão somente as que existiram contra o endossante
Endosso-Caução, em garantia ou pignoratício (art. 918 CCB/2002)
O que recebe endosso-caução endossa na forma de endosso-mandato
Confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título
Não podem ser opostas exceções existentes contra o endossante, salvo má-fé
Endosso com efeito de cessão de crédito (295 e 296 CCB/2002)
Endosso após o protesto, o pagamento, ou o transcurso do prazo de protesto (art. 20 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66) – ENDOSSO TARDIO ou PÓSTUMO
O Código Civil de 2002 estabelece em seu art. 920 que o endosso tardio ou póstumo produz os mesmos efeitos do tempestivo
Endosso de título não à ordem só garante o endossatário (art. 15 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
Conseqüências e Efeitos do Endosso (regra geral)
Transferência da propriedade do título completada pela simples tradição (art. 910, §2º CCB/2002) 
Corresponsabilidade do endossante pelo pagamento do título 
A corresponsabilidade é prevista no art. 15, da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66 
O Código Civil de 2002, art. 914, determina: Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título. 
É válido o endosso sem garantia (art. 15, da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66 e regra geral do CCB/2002) 
Considera-se não escrita qualquer condição ao endosso que subordine o endossante (art. 912, CCB/2002)
Cláusula proibitiva de novo endosso é válida
É nulo o endosso parcial (art. 912, parágrafo único CCB/2002)
	ENDOSSO
	CESSÃO DE CRÉDITO
	Responde pela existência do crédito e pela solvência do devedor
	Responde somente pela existência do crédito
	Não pode arguir matéria atinente à relação jurídica com o endossatário
	Pode arguir matéria atinente à relação jurídica com o endossatário
	Unilateral
	Bilateral – contrato
	Independe de notificação do devedor
	Somente produz efeitos após a notificada ao devedor
III – ACEITE
Conceito
Ato formal pelo qual o sacado se obriga a efetuar o pagamento da ordem que lhe é dada
Não é obrigatório
Aceitando passa a ser devedor principal
Sacado se torna aceitante
Características
Prazo de Respiro – faculdade do sacado de pedir que a letra seja apresentada no dia seguinte
Apresentação para aceite
Facultativa
Vencimento a dia certo
Vencimento a certo termo da data
Obrigatória
Vencimento for a certo tempo da vista
Aceite parcial admitido
Aceite Modificado equivale a não aceite – recusa (art. 26 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
Vencimento antecipado – não aceite, recusa (art. 43 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
Prazos
Vencimento à vista – até um ano após o saque (art. 34 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
Vencimento a certo tempo da vista – até um ano após o saque (art. 23 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
Demais casos – até o vencimento (art. 21 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
Em caso de perda do prazo para aceite, não pode cobrar dos coobrigados (art. 53 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
IV – AVAL
Conceito
Obrigação cambiária para garantir o pagamento do título, nas mesmas condições de um outro obrigado. (art. 32 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66
O Aval é o ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar o título de crédito, nas mesmas condições que um devedor deste título (avalizado)[5]
Espécies
Aval em branco
Considera-se em favor do sacador, na letra de câmbio (art. 30 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66), do promitente na Nota Promissória, no emitente, no Cheque
O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final (art. 899 CCB/2002)
Aval em preto
Limitado ou Parcial (art. 30 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
O Código Civil de 2002 vedou o aval parcial art. 897, parágrafo único do CCB/2002
Avais conjuntos
Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos – Súmula 189 do STF
Aval simultâneo
Dois ou mais avalistas avalizam ao mesmo tempo um só avalizado
Aval da obrigação principal e não um do outro
Aval sucessivo
O avalista do avalizado é também avalizado por outro avalista
O último avalista em ação cambiária contra o primeiro avalista e contra o primeiro avalizado
O primeiro avalista tem ação cambiáriacontra o primeiro avalizado
Aval antecipado (Art. 14 do Decreto n.º 2.044/1908)
Concedido antes do aceite
Autonomia dos institutos
Válido mesmo se não houver aceite
	AVAL
	FIANÇA
	Cambiário
	Contrato
	Ato Unilateral
	Ato Bilateral
	Solidariedade
	Benefício de Ordem, pode renunciar
	Depende de outorga uxória
	Depende de outorga uxória – STJ332 – A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia.
	Autônomo
	Acessório
V – PROTESTO
Conceito
Ato formal realizado perante oficial público para confirmar o inadimplemento da obrigação cambial, tem o objetivo de salvaguardar os direitos cambiários.
Ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos de crédito e outros documentos de dívida. (art. 1º da Lei n.º 9.492/1997)
Finalidade
Caracterizar a impontualidade do devedor
Garantir direito de regresso contra coobrigados
Provar a existência da mora
Interromper a prescrição (art. 202, III, CCB/2002)
Espécies
Facultativo – ação cambial contra obrigado principal (aceitante e avalista)
Obrigatório – ação cambial contra coobrigados (sacador, endossantes e seus avalistas)
Características
Cláusula sem protesto ou sem despesas
Dispensa o portador do protesto
Escrita pelo sacador vincula a todos
Escrita por outrem só vincula a ele e seu avalista
Sustação de Protesto
Sem regulamentação legal
Medida cautelar inominada
Segundo Rubens Requião deve ser usada para evitar abuso de direito
Cancelamento do Protesto
Prova do pagamento
Determinação judicial
DIREITO EMPRESARIAL
Exércicios
1. (CESPE_I EXAME DE ORDEM_OAB/ES_2006) Dispõe o art. 972 do Código Civil, que podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Assinale a opção correta, quanto à disciplina dos requisitos para o exercício da atividade empresarial.
A O menor, com dezesseis anos completos, somente poderá exercer atividade empresarial após a emancipação, sendo imprescindível a homologação desta por sentença.
B Os atos praticados por empresário falido impedido de exercer atividade empresarial terão plena validade em relação a terceiros de boa-fé.
C A atividade econômica de exploração de recursos minerais pode ser levada a efeito por empresas nacionais ou
estrangeiras, desde que haja prévia autorização ou concessão da União.
D Ao servidor público federal é vedada a condição de acionista ou cotista de sociedade empresária.
GABARITO: B
2. (CESPE_I EXAME DE ORDEM_OAB/ES_2006) Acerca da propriedade industrial, assinale a opção incorreta.
A São bens integrantes da propriedade industrial a invenção, o modelo de utilidade, o desenho industrial e a marca.
B Novas técnicas cirúrgica não são consideradas invenções e, por isso, não poderão ser patenteadas.
C Os pedidos de patente e de registro de desenho industrial devem atender às condições estabelecidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), sendo mantidos em sigilo durante 18 meses, contados da data de depósito.
D Deve ser extinta a patente de pessoa jurídica domiciliada no exterior que se abstiver de constituir procurador qualificado e domiciliado no Brasil, com poderes para representá-la administrativa e judicialmente, inclusive para receber citação.
GABARITO: C
3. (CESPE_I EXAME DE ORDEM_OAB/ES_2006) Assinale a opção correta, com relação ao direito societário moderno.
A Na sociedade em comum, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas.
B Constitui hipótese de dissolução e liquidação da sociedade empresária a unipessoalidade, caso a pluralidade de sócios não tenha sido recomposta no prazo de 180 dias.
C O quorum de deliberação para nomeação de administrador não-sócio, em sociedade limitada cujo capital social ainda não esteja integralizado, será de dois terços do respectivo capital social.
D A formação do capital social da sociedade anônima deve se dar necessariamente com contribuição pecuniária.
GABARITO: B
4. (CESPE_I EXAME DE ORDEM_OAB/ES_2006) Acerca de títulos de crédito, assinale a opção incorreta.
A A letra de câmbio é considerada título de crédito causal, visto que se vincula à relação jurídica que lhe deu origem.
B A emissão de cheque com valor superior a cem reais deve ser obrigatoriamente nominal.
C Prescreverá em três anos a pretensão à execução de duplicata contra o sacado e seus avalistas, contados da data do vencimento do título de crédito.
D A nota promissória pode ser vinculada a contrato, mas dependerá de indicação, no próprio título de crédito, da celebração do referido negócio jurídico.
GABARITO: A
5. (CESPE_I EXAME DE ORDEM_OAB/ES_2006) Assinale a opção correta acerca da disciplina da recuperação judicial, extrajudicial e da falência do empresário e da sociedade empresária.
A Para que seja deferido pedido de recuperação judicial formulado por sociedade cooperativa, será necessária a
juntada dos documentos obrigatórios discriminados em legislação específica, além da demonstração do exercício da atividade econômica há mais de dois anos.
B O plano de recuperação judicial da microempresa e da empresa de pequeno porte abrange apenas créditos derivados da legislação do trabalho, créditos com garantia real e créditos tributários.
C O administrador judicial, auxiliar do juízo que participa da administração da empresa em recuperação judicial, deve ser necessariamente advogado, economista, administrador de empresas ou contador.
D A decisão que concede a recuperação judicial desafia o recurso de agravo de instrumento, que pode ser interposto por qualquer credor ou pelo Ministério Público.
GABARITO: D
6. (Cespe_ II Exame de Ordem de 2006) Quanto ao regime de responsabilidade dos sócios por dívidas da sociedade, de acordo com o Código Civil, assinale a opção incorreta.
A Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor das quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
B Na sociedade em comum, todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem aquele que contratou pela sociedade.
C Na sociedade em nome coletivo, todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
D Na sociedade em comandita simples, os sócios comanditários, pessoas físicas, são responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
GABARITO: D
7. (Cespe_ II Exame de Ordem de 2006) De vez em quando, um amigo que mal me cumprimenta, ou um colega de trabalho que nunca me ajudou, me pede que seja seu avalista. Provavelmente, ele raciocina que perguntar não ofende, só depende da cara-de-pau de cada um. Por que os bancos insistem em obter um aval de um amigo do cliente? No fundo, o que os bancos querem é reduzir o risco da operação de crédito, arrolando também os bens pessoais do avalista como garantia. Mas que interesse tem o avalista em colocar seus bens em risco sem nada receber em troca? O avalista entra gratuitamente nesse contrato, como um voluntário, um altruísta, sem receber uma remuneração pelo serviço que presta ao banco. O avalista só entra com obrigações e não tem nenhum benefício, só chateação. O banco ficará obviamente feliz com o empréstimo que você viabilizou. Uma técnica que eu uso nessas ocasiões, e que aprendi com um verdadeiro amigo, é ficar indignado com os juros exorbitantes cobrados pelo banco e oferecer o mesmo empréstimo, sem cobrar juros. Seu amigo ou parente vai pular de alegria, e você coloca uma única e singela imposição: que o gerente ou o presidente do banco avalize a operação. Não é um pedido exorbitante, e nenhum gerente de banco poderá recusar, porque é exatamente o mesmo pedido que eles estão fazendo. Seria hipocrisia recusar (…). Stephen Kanitiz. Procuro um avalista. Veja, 12/5/2004, p. 23 (com adaptações). Considerando o texto acima como referência inicial, assinale a opção correta relativamente ao aval no âmbito do Código Civil vigente.
A O avalistanão pode, assim como sucede com o fiador de contrato de locação imobiliária urbana, invocar a proteção ao seu bem de família.
B Da mesma forma que o penhor, o aval constitui uma garantia real, instituída, entretanto, em título de crédito.
C Semelhantemente ao que ocorre na fiança, nenhum dos cônjuges, sem autorização do outro, pode prestar aval, exceto no regime da separação absoluta.
D O aval, no Código Civil, garante, em regra, o benefício de ordem ao avalista.
GABARITO: C
8. (Cespe_ II Exame de Ordem de 2006) Carlos andava pelos corredores de um centro comercial quando observou uma grande loja de materiais esportivos, com um letreiro luminoso, acima da porta, no qual se lia X Esportes. Aproximou-se da vitrine e viu uma chuteira dourada com uma etiqueta bordada com o nome X Chute. Ao entrar na loja, reencontrou um antigo companheiro, que se identificou como gerente da X Esportes Ltda. Ele fez uma rápida pesquisa de preços e, ao se retirar, foi informado pelo velho amigo de que, para consultar os preços da loja, ele poderia acessar o sítio www.xesportes.com.br.
No texto acima, as expressões sublinhadas referem-se, respectivamente, a
A título de estabelecimento, marca, denominação social e nome de domínio.
B nome empresarial, marca, título de estabelecimento e nome de domínio.
C título de estabelecimento, patente, nome empresarial e nome de domínio.
D nome empresarial, marca, denominação social e endereço de e-mail.
GABARITO: A
9. (Cespe_ II Exame de Ordem de 2006) Quanto à falência, no regime da Lei n.º 11.101/2005, assinale a opção correta.
A As empresas públicas estão sujeitas aos termos da referida lei.
B É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local da sede do empresário ou da sociedade empresária, ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.
C São exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência, as obrigações a título gratuito.
D Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência, as despesas que os credores fizerem para nelas tomar parte, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor.
GABARITO: D
10. (Cespe_ II Exame de Ordem de 2006) Com relação às operações societárias, segundo a Lei n.º 6.404/1976, assinale a opção correta.
A Na transformação da sociedade ABC Ltda. em ABC S.A., os credores poderão haver desta apenas as obrigações veiculadas no protocolo da operação, e desde que contra isso tenham se oposto oportunamente.
B A operação em que ABC Ltda. se une a ABC S.A. e, ao final do procedimento, subsiste a sociedade ABC S.A. é uma incorporação.
C A transformação de sociedades somente é possível de S.A. para Ltda. e vice-versa.
D A fusão de sociedades somente pode ocorrer entre pessoas jurídicas organizadas sob a mesma forma societária.
GABARITO: B
11. (CESPE_III EXAME DE ORDEM DE 2006) A respeito do regime do cheque no Brasil, assinale a opção correta.
A O cheque pré-datado encontra-se previsto expressamente na legislação brasileira.
B O cheque veicula obrigação portável.
C O cheque contém promessa incondicional de pagamento de quantia determinada.
D O emitente deve ter fundos disponíveis em poder do sacado e estar autorizado a emitir cheque sobre eles, em virtude de contrato expresso ou tácito.
GABARITO: D
12. (CESPE_III EXAME DE ORDEM DE 2006) Nos termos da nova Lei de Falências, entre as entidades a que se aplicam a recuperação judicial e a extrajudicial, incluem-se
A as empresas públicas.
B as sociedades de economia mista.
C as empresas que explorem serviços aéreos.
D as instituições financeiras.
GABARITO: C
13. (CESPE_III EXAME DE ORDEM DE 2006) Quanto aos prepostos, segundo o que preceitua o Código Civil, assinale a opção incorreta.
A O preposto pode, mesmo sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição.
B Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência.
C O gerente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função, pode figurar em juízo em nome do preponente.
D Se o preposto, encarregado pelo preponente, recebe sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação, papéis, bens ou valores, essa entrega é considerada perfeita.
GABARITO: A
14. (CESPE_III EXAME DE ORDEM DE 2006) Se todas as cotas de uma sociedade limitada forem adquiridas por um único sócio, essa sociedade
A dissolve-se imediatamente.
B extingue-se de pleno direito, pois a legislação brasileira não admite a figura da sociedade unipessoal.
C pode subsistir sem a pluralidade de sócios por até 180 dias.
D automaticamente transforma-se em firma individual.
GABARITO: C
15. (CESPE_III EXAME DE ORDEM DE 2006) Quanto ao que prescreve o Código Civil a respeito do contrato de alienação de estabelecimento empresarial, assinale a opção correta.
A O contrato que tenha por objeto a alienação do estabelecimento só produzirá efeitos perante terceiros depois de averbado na junta comercial.
B O alienante do estabelecimento pode fazer concorrência ao adquirente, salvo cláusula expressa em sentido contrário.
C O adquirente do estabelecimento responde por todo e qualquer débito anterior ao negócio.
D Salvo autorização expressa de terceiros contratantes, o adquirente do estabelecimento não se sub-roga nos contratos anteriores ao negócio firmados pelo alienante.
GABARITO: A 
* Texto para as questões 16 e 17 
Marcos, empresário individual, emitiu uma duplicata contra Lucas, no valor de R$ 5.000,00, com praça de pagamento em Brasília – DF. Após isso, Marcos colocou o título em circulação, endossando-o a Mateus, que, por sua vez, também por endosso, transferiu-o a João. A par do endosso, Mateus fez vir à duplicata, em seu favor, aval de Josué, cônjuge de Maria.
16. (CESPE_1º EXAME DE ORDEM_OAB_DF_2007) Acerca do protesto da duplicata mencionada na situação hipotética acima, assinale a opção incorreta.
A Para que João possa cobrar de Mateus, é imprescindível o protesto do título.
B O protesto deve ser tirado na praça de pagamento constante da duplicata, ou seja, em Brasília – DF.
C Caso não seja exercida a faculdade de protestar o título por falta de aceite, não se elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento.
D De acordo com a legislação em vigor, a duplicata só pode ser protestada por falta de aceite ou de pagamento.
GABARITO: D
17. (CESPE_1º EXAME DE ORDEM_OAB_DF_2007) Com relação à duplicata descrita no texto, assinale a opção correta.
A A denominação duplicata não precisa estar expressa no título para que este valha como tal.
B Para que o aval de Josué seja eficaz, não é necessária autorização de Maria.
C Conforme a jurisprudência do STJ, mesmo sem aceite e desprovida de prova de entrega da mercadoria ou da prestação do serviço, a duplicata pode ser executada contra o sacador-endossante e seus garantes.
D A validade da obrigação de Josué, como avalista, depende da existência e da validade das obrigações de Mateus, Marcos e Lucas.
GABARITO: C
18. (CESPE_1º EXAME DE ORDEM_OAB_DF_2007) O plano de recuperação judicial para microempresas e para empresas de pequeno porte
A prevê parcelamento das dívidas em até 72 parcelas mensais, iguais e sucessivas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 6% a.a.
B abrange toda e qualquer sorte de crédito.
C estabelece a necessidade de autorização do juiz, após ouvidos o administrador judicial e o comitê de credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.
D prevê o pagamento da primeira parcela das dívidas no prazo máximo de 30 dias, contados da distribuição do pedido de recuperação judicial.
GABARITO: C
19. (CESPE_1º EXAME DE ORDEM_OAB_DF_2007) Com relação ao capital das companhias, assinale a opção correta.
A Pode ser formado com contribuições em dinheiro, em serviços ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.
B Quando a entrada consistir em crédito, o subscritor ou o acionista responderá pela solvência do

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