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Disturbios puerperais

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Distúrbios Puerperais e suas complicações
EQUIPE
AILDA OLIVEIRA
CARLENE RAMOS
EDJAN SILVA
HIAGO LOPES
PUERPÉRIO, SOBREPARTO, OU PÓS - PARTO
DEFINIÇÃO
É um período cronologicamente variável, de definição imprecisa, durante o qual se desenrola todas as manifestações involutivas e de recuperação da genitália materna após o parto.(Rezende, 2015)
FASES DO PUERPÉRIO
Do 1º ao 10º dia
Do 10º ao 45º dia
Além do 45º dia
(Rezende, 2015)
INFECÇÃO PUERPERAL
Denomina-se infecção puerperal (febre puerperal) a que se origina no aparelho genital após parto recente. (Rezende, 2015)
DEFINIÇÃO:
FATORES PREDISPONENTES
Operação cesariana;
Parto e amniorrexe prolongados;
Numerosos toques vaginais;
Baixo nível sócio-econômico;
Lacerações do canal de parto.
No Brasil, a infecção puerperal é a 3ª causa de mortalidade materna, sendo responsável por 6,3% dos óbitos. 
(Ministério da Saúde, 2006)
(Rezende, 2015 / Zugaib, 2012)
INFECÇÃO PUERPERAL
GRUPOS DE RISCO
Grupo de Risco
Características clínicas
Muito alto
(40 a 85%)
Operação cesariana após parto eamniorrexede 6 a 12h, com múltiplos exames vaginais em mulheres indigentes.
Alto(10 a 40%)
Operação cesariana após parto eamniorrexede >6h ou cesárea eletiva em mulheres indigentes.
Operação cesariana após parto eamniorrexede qualquer duração em mulheres não indigentes.
Moderado
(3 a 10%)
Operação cesariana eletiva em mulheres não indigentes.
Parto vaginal eamniorrexeprolongados ou com grande traumatismo.
Baixo (1 a 3%)
Parto vaginal não complicado.
(Rezende, 2015)
ATENTAR PARA INFECÇÕES ENDÓGENAS E EXOGENAS
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INFECÇÃO PUERPERAL
(Rezende, 2015)
MICROBIOLOGIA
ANAERÓBIOS
AERÓBIOS
Estreptococos beta-hemolíticos do grupo B;
Estreptococos beta-hemolíticos do grupo D;
Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A;
Estafilococos aeróbios;
Gram-negativos aeróbios;
Haemophilus influenzae;
Gardnerella vaginalis.
Gram - positivos anaeróbios;
Gram - negativos anaeróbios;
Clamídia 
INFECÇÃO PUERPERAL
COMPLICAÇÕES
Abscesso pélvico
Em torno de 1 a 2% das pacientes podem evoluir com a formação de abscesso abdominal. (Freitas, 2011)
Tromboflebite pélvica séptica
Caracteriza-se pela formação de trombos nos vasos pélvicos em decorrência de infecção. (Freitas, 2011)
Costuma ser o ponto de partida da pioemia, determinando abscessos renais, pulmonares e de outros órgãos. (Rezende, 2015)
Fonte: Zugaib, 2012
Fascite necrosante
Representa uma forma rara de infecção, acometendo 1,8 mulher em cada mil
cesáreas. Com mortalidade entre 20 e 50% dos casos. (Zugaib, 2012)
Endometrite
É a infecção puerperal da genitália mais frequente e surge na área de implantação da placenta, incidindo em 1 a 3% após partos vaginais. (Rezende, 2015)
Choque septicêmico
Precede o choque a septicemia, cujos sintomas são calafrios, elevação da temperatura a 40ºC, taquicardia (120 a 140 bpm) e mau estado geral. (Rezende, 2015)
Pioemia são êmbolos sépticos, atentar para explicar!
O principal responsável pelo choque é a E. Coli
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INFECÇÃO PUERPERAL
DIAGNÓSTICO
Fonte: Google imagens
A febre é o melhor sinal para o diagnóstico da infecção puerperal.
O diagnóstico da tromboflebite pélvica séptica é feito atualmente com TC ou ressonância magnética.
A ultrassonografia é valiosa para o diagnóstico do abscesso pélvico. 
(Rezende, 2015)
INFECÇÃO PUERPERAL
TRATAMENTO
ANTIBIÓTICOS;
SUTURAS DE PEQUENAS LACERAÇÕES;
DRENAGEM DE ABSCESSOS;
CIRURGIAS;
ANTICOAGULANTE;
(Rezende, 2015)
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
É definida como a perda de sangue superior a 500ml após parto vaginal ou maior que 1.000ml após o parto cesáreo.[American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), 2006]
DEFINIÇÃO:
CLASSIFICAÇÃO
Ocorre dentro de 24h do puerpério
Segundo a Federação Internacional de Obstetrícia e Ginecologia (FIGO), a hemorragia pós parto pode ser definida e diagnosticada clinicamente como sangramento excessivo que torna a paciente sintomática (visão turva, vertigem e síncope).
PRIMÁRIA (PRECOCE)
SECUNDÁRIA (TARDIA)
Ocorre dentro de 24h a 6 a 12 semanas
A hemorragia pós – parto é a principal causa de morte materna em todo o mundo, sendo estimadas 140 mil mortes maternas em 1 ano. O que representaria uma morte a cada 4 min,
(ACOG, 2006)
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
ETIOLOGIA
As principais causas de hemorragia pós-parto são atonia uterina (incapacidade do útero em contrair-se adequadamente), retenção de fragmentos placentários e lacerações do canal de parto.
Fonte: Rezende, 2015
(Zugaib, 2012)
A atonia uterina complica 1 em cada 20 nascimentos e é responsável por 80% dos casos de hemorragia puerperal ,
(JACOBS, 2008)
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
COMPLICAÇÕES
Choque Hemorrágico
A hemorragia pode levar ao choque hipovolêmico. Este último consiste em uma situação emergencial no qual a perfusão dos órgãos do corpo pode ficar gravemente comprometida e provocar a morte. Os mecanismos fisiológicos compensatórios são ativados em resposta a hemorragia (LOWDERMILK e PERRY, 2002)
Síndrome de Sheehan
A síndrome de Sheehan se caracteriza pelo hipopituitarismo pós-parto secundário a necrose hipofisária decorrente da hipotensão ou choque em virtude de hemorragia maciça durante ou logo após o parto. (SOARES, 2008)
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Sede, secura na boca, língua e lábios;
Fraqueza, tontura e frio;
Queda acentuada da pressão arterial;
Palidez;
Hematomas.
Hipovolemia (hipotensão, taquicardia e oligúria);
Sudorese.
(Zugaib, 2012)
Fonte: Wikihow
Fonte: Zugaib, 2012
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de hemorragia pós-parto em geral é óbvio, exceto nos casos de acúmulo de sangue na cavidade uterina ou em alguns eventos de rotura uterina com hemorragia intraperitoneal. (Zugaib, 2012)
O diagnóstico da hemorragia pós-parto se inicia com o reconhecimento do sangramento excessivo e o exame pormenorizado da paciente para identificar a sua causa. A regra dos “4t” (tônus, trauma, tecido e trombina) é o processo mnemônico interessante. (Rezende, 2015)
4-T
Causa
Incidência aproximada (%)
Tônus
Atoniauterina
80
Trauma
Lacerações, hematomas, ruptura, inversão.
15
Tecido
Placenta retida eacreta
5
Trombina
Coagulopatia
<1
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
TRATAMENTO
(Zugaib, 2012)
(Freitas, 2011)
(Zugaib, 2012)
PATOLOGIAS DA LACTAÇÃO
PATOLOGIA DA LACTAÇÃO
INGURGITAMENTO MAMÁRIO
O ingurgitamento mamário caracteriza-se pelo aumento de volumes das mamas, que se apresentam túrgidas, distendidas e dolorosas a ponto de impedir a amamentação.
DEFINIÇÃO
ETIOLOGIA
Acontece uma retenção por acotovelamento dos canais galactóforos e consequente falta de esvaziamento das mamas.
TRATAMENTO
Sustentação das mamas com sutiãs apropriados, retirada do leite por esvaziamento manual ou com bomba de sucção, a ministração de ocitócitos e a aplicação de bolsa de gelo.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é clínico, devendo-se observar a aparência das mamas e queixas de dor.
(Zugaib, 2012)
(Rezende, 2015)
PATOLOGIA DA LACTAÇÃO
MASTITE
DEFINIÇÃO
A mastite é uma condição inflamatória da mama, que pode ou não ser acompanhada de infecção. Quando a mastite ocorre durante o período de aleitamento é chamada de mastite lactacional ou mastite puerperal. (Zugaib, 2012)
ETIOLOGIA
A remoção ineficiente de leite em razão de técnicas inadequadas de aleitamento é o principal fator predisponente para a instalação do quadro de mastite. Assim, a
suspensão do aleitamento, como se acreditava ser necessária no passado, é hoje contraindicada na maioria dos
casos
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
O diagnostico de mastite e clinico, podendo ser complementado com exames bacteriológicos e de imagem.
Na vigência de mastite, a paciente apresenta queixas de dor mamaria localizada, na maioria das vezes unilateral, acompanhada de hiperemia e hipertermia
Antibioticoterapia;
Esvaziamento das mamas;
Bolsa de gelo;
Manter os seios suspensos com sutiã adequados. (Rezende, 2015)
(Fonte :Zugaib, 2012)
DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS PUERPERAIS
O puerpério
é uma fase de profundas alterações no âmbito social, psicológico e físico da mulher, sendo assim, aumentam os riscos para o aparecimento dos transtornos psiquiátricos.
(SILVA, 2005)
DEPRESSÃO PÓS-PARTO (DPP)
A depressão puerperal, segundo ZANOTTI et al (2003) é um transtorno mental de alta prevalência e que provoca alterações emocionais, cognitivas, comportamentais e físicas. Inicia-se de maneira insidiosa, levando ate semanas após o parto.
DEFINIÇÃO:
Pitt apud ROCHA (1999) caracteriza esta síndrome puerperal como uma depressão atípica, ou seja, uma variante de um quadro depressivo fisiológico mais comum em puérperas jovens ou de personalidade imatura.
ETIOLOGIA 
Pode-se dizer que a etiologia da DPP não se determina por fatores isolados, mas sim por uma série de aspectos que devem ser abordados no diagnóstico e terapêutica da DPP, portanto, uma combinação de fatores psicológicos, sociais, obstétricos e biológicos. (SILVA, 2005)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Tristeza;
Choro fácil;
Desalento;
Abatimento;
Disturbios do sono;
Fadiga;
Dificuldade de concentração;
Irritabilidade, entre outros.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO (DPP)
TRATAMENTO
PROGNÓSTICO
A terapêutica da depressão puerperal baseia-se na farmacologia, e na psicoterapia, e em casos extremos na eletroconvulsoterapia. Estes métodos são semelhantes aos empregados no tratamento de transtornos depressivos em outros períodos da vida, comprovando assim sua eficácia. (ROCHA, 1999)
Segundo KAPLAN et al (1999) tanto a depressão puerperal quanto a psicose pós-parto, apesar de apresentarem um quadro clínico severo e de início abrubto, podem cursar um bom prognóstico. Para isso, é necessária a identificação precoce dos sintomas iniciais e a partir daí o planejamento de terapêuticas adequadas.
(Silva, 2005)
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
TRISTEZA PUERPERAL
(Pereira, 2015)
PAPEL DO ENFERMEIRO
Aferição de SSVV;
Reposição Hídrica;
Massagem Uterina;
Orientações;
Administração de Medicamentos;
Aplicação de Bolsa de Gelo;
Acesso Venoso Calibroso;
Curativos
 
Os cuidados de enfermagem devem ser prestados de forma integral, levando em consideração que a puérpera é um ser biopsicossocial, logo, o enfermeiro deve saber ouvir e interpretar as queixas referidas pela puérpera e/ou acompanhante
REFERÊNCIAS
 
COSTA, S.H.M. et al. Hemorragia pós-parto. In: FREITAS, F. et al. Rotinas em Obstetrícia. São Paulo, Artmed, 2011. p. 758-766.
DUARTE, M. R. et al. Atuação do enfermeiro no controle de infecção puerperal: revisão integrativa. Revista de Enfermagem UFPE on-line. Recife. v. 8, n. 2, p. 433-41, fev. 2014. Disponível em: <file:///C:/Users/Windows8/Documents/5332-52570-1-PB.pdf> Acesso em 19/03/2016
HIGUTI, P.C.D; CAPOCCI, P.O. Depressão pós-parto. Ver. Enferm. UNISA. v. 4, p. 46-50, 2003. Disponível em: www.unisa.br/graduação/biologicas/enfer/revista/arquivos/2003-11.pdf . Acesso em 13/03/2016.
IANCONELLI, Vera. Depressão pós-parto, psicose pós-parto e tristeza materna. Revista pediatria moderna. v. 41, n. 4, Jul-Ag, 2005. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagens/1927.pdf . Acesso em 13/03/2016.
LUBIANCA, J. N. et al. Infecção puerperal. In: FREITAS, F. et al. Rotinas em Obstetrícia. São Paulo, Artmed, 2011. p. 434-444.
MONTENEGRO, C. A. B.; FILHO, J. R. Infecção Puerperal. In: MONTENEGRO, C. A. B.; FILHO, J. R. Obstetrícia Fundamental. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2015. p.609-617.
MONTENEGRO, C. A. B.; FILHO, J. R. Hemorragia Pós-parto. In: MONTENEGRO, C. A. B.; FILHO, J. R. Obstetrícia Fundamental. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2015. p.619-624.
MONTENEGRO, C. A. B.; FILHO, J. R. Patologia da Lactação. In: MONTENEGRO, C. A. B.; FILHO, J. R. Obstetrícia Fundamental. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2015. p.625-628.

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