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Sinopse aula sobre Princípio Irretroatividade

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DISCIPLINA: DIREITO E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. 
 
PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA. 
 
- Fundamentação: 
- Art. 150, III, “a”, da CF: “(...) é vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios cobrar tributos em 
relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado”. 
- Art. 105 do CTN: “A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos 
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa”. 
 
 
LEI FATO GERADOR 
 (anterior) ───────────────────˃ (posterior) 
 
 
- Portanto, a lei deve abranger fatos geradores posteriores à sua edição. 
- Aplicar-se-á, destarte, a lei do momento do fato gerador. 
- Outrossim, esse Princípio adota como marco, como ponto de referência, a data de vigência da lei, não de 
sua publicação. 
- A lei deverá estar publicada e vigente. 
 
- CASOS DE RETROAÇÃO NA ÁREA TRIBUTÁRIA: 
- Todavia, a lei nova que regula formalidades ou aspectos formais da cobrança do tributo, ou seja, sendo 
inábil, a alterar, criar, ou extinguir direitos materiais, como definição de sujeito passivo, hipótese de 
incidência, valor da dívida etc., deverá ser aplicada retroativamente. Assim, os aspectos formais ou 
procedimentais que cercam o lançamento não influem decisivamente a ponto de afastarem a lei vigente na 
época do lançamento, como se pode notar do art. 144, § 1º, do CTN. 
Em síntese, são hipóteses de retroação da norma, com utilização da lei vigente à época do lançamento (e 
não do fato gerador): a) legislação que institua novos critérios de apuração ou processos de fiscalização; b) 
legislação que amplie os poderes de investigação das autoridades administrativas; c) legislação que 
outorgue ao crédito maiores privilégios ou garantias, salvo no caso de atribuição de responsabilidade 
tributária a terceiros. 
- Também não se respeita a premissa da “lei do momento do fato gerador”, no caso do disposto no art. 144, 
§ 2º, do CTN. Trata-se dos tributos lançados por período certo de tempo ou com fatos geradores periódicos, 
como IPTU, IPVA e ITR. Nesses tributos, a lei pode, valendo-se de ficção jurídica, definir um momento 
específico de acontecimento do fato gerador. Assim, a legislação aplicável será aquela vigente na data 
predeterminada. 
 
- A QUESTÃO DO FATO GERADOR INSTANTÂNEO OU COMPLEXO 
- Cumpre saber se a lei só alcança fatos geradores que venham a ter início depois do início da vigência da 
lei ou se ela só não alcança os fatos geradores que estejam totalmente terminados, concluídos, antes do 
início da vigência da lei. 
- A resposta está no art. 105 do CTN, que estabelece a seguinte regra geral: “a legislação tributária aplica-
se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes”. 
- O CTN define fatos geradores pendentes como “aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja 
completa”. Ou seja, se não foi instantâneo, se houver iniciado antes do começo da vigência da lei, mas 
não tiver terminado na data desse começo de vigência, a lei o alcançará, e será aplicada a todo o 
período. Ex: IR. 
 
- EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA (art. 106 do CTN). 
 O referido artigo sinaliza que a retroação poderá ocorrer em duas situações: 
 
a) lei interpretativa (art. 106, I, CTN), em qualquer caso, que é aquela que se limita a explicar o 
entendimento ofertado à outra norma jurídica. É conhecida por interpretação autêntica, legal ou 
legislativa; 
2 
 
b) lei mais benéfica (art. 106, II, a, b, e c, CTN), no âmbito do direito tributário penal, desde que o ato 
não esteja definitivamente julgado, ou seja, já decidido na órbita administrativa e/ou na judicial, 
conforme a orientação do STJ (REsp 189.094/SP – 1999 e REsp 187.051/SP – 1998). Na análise das 
alíneas a e b do inciso II, parece que houve redundância, pois seus conteúdos são quase idênticos. A 
alínea c, por sua vez, contempla o princípio da benignidade, ou seja, uma lei contemporânea do 
lançamento elide os efeitos da lei vigente na época do fato gerador, caso aquela estabeleça um 
percentual de multa inferior ao previsto nesta. 
 
Prof. Onofre Rosa Alexandre.

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