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2º Edição 2014 Cartilha do Jurado Idealização: Centro de Apoio Operacional Criminal CAOP-CRI Coordenação Teórica: Francisco Esmone Teixeira Diretor CAOP-CRI Fabiane Regert Kjaer Assessora Jurídica CAOP-CRI Elaboração Teórica: Ademir José de Sá Alexandre Jésus Santiago Enio Salvador Vaz Eriberto Gomes Barroso José Francisco Cândido Juliana de Miranda Monteiro Maira de Castro Coura Campanha Marcelo Lincoln Guidio Rosângela Marsaro Projeto Gráfico e Ilustração: SEGRAF – Ministério Público do Estado de Rondônia 2ª Edição Abril de 2014 CARTILHA DO JURADO 2014 PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA Héverton Alves de Aguiar SUBPROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA Cláudio José de Barros Silveira CHEFE DE GABINETE Éverson Antônio Pini CARTILHA DO JURADO 2014 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA Centro de Apoio Operacional Criminal - CAOP-CRI Sumário APRESENTAÇÃO ...........................................................................................................................7 NOTA À EDIÇÃO ...........................................................................................................................9 QUEM É O JURADO? ..............................................................................................................11 O QUE É O TRIBUNAL DO JÚRI? ......................................................................................12 QUAIS OS VALORES DO JÚRI? ..........................................................................................13 VIDA E INTERPRETAÇÃO DA LEI .....................................................................................13 QUAL O SENTIDO DO JÚRI? .............................................................................................13 QUAL A RESPONSABILIDADE DO JÚRI?......................................................................14 QUAL O SENTIDO PEDAGÓGICO DO JÚRI? .............................................................14 QUAL A FINALIDADE DO TRIBUNAL DO JÚRI? .......................................................14 QUAL A COMPETÊNCIA DO JÚRI? .................................................................................14 QUAIS OS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA? ....................................................15 QUAL O CONCEITO DE HOMICÍDIO? ...........................................................................15 HOMICÍDIO DOLOSO OU CULPOSO ............................................................................15 O QUE É HOMICÍDIO DOLOSO? ......................................................................................16 O QUE É HOMICÍDIO CULPOSO?....................................................................................17 O QUE É HOMICÍDIO TENTADO OU CONSUMADO? ..........................................17 RITO ESPECIAL DO JÚRI ........................................................................................................17 QUAL O RITO PROCESSUAL PARA O JULGAMENTO DOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA? ........................................................17 O QUE É A SENTENÇA DE PRONÚNCIA? ...........................................................18 O QUE É A DECISÃO DE IMPRONÚNCIA? ..........................................................18 O QUE É A SENTENÇA DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA? ...................................18 O QUE É A DESCLASSIFICAÇÃO? ............................................................................19 QUANDO SE INICIA A 2ª FASE DO RITO ESPECIAL DO JÚRI? .................19 DA ORGANIZAÇÃO DO JÚRI .............................................................................................19 QUAL A COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI? ..........................................19 O QUE FAZ O JUIZ-PRESIDENTE? ............................................................................20 POR QUE O JURADO É CHAMADO DE “JUIZ LEIGO”?.................................20 QUEM PODE SER JURADO? .......................................................................................20 QUEM ESTÁ ISENTO DO SERVIÇO DO JÚRI? ....................................................21 EXISTEM PESSOAS QUE ESTÃO IMPEDIDAS DE ATUAR NO SERVIÇO DO JÚRI? ..................................................................................21 COMO ALGUÉM É EFETIVAMENTE CHAMADO PARA SERVIR COMO JURADO? .................................................................................22 É ADMISSÍVEL A RECUSA AO SERVIÇO DO JÚRI? ..........................................22 O QUE SE ENTENDE POR SERVIÇO ALTERNATIVO? ......................................22 O QUE ACONTECE SE O JURADO RECUSAR A FUNÇÃO SEM MOTIVO OU FALTAR INJUSTIFICADAMENTE À CONVOCAÇÃO? ...........................................................................................................23 QUAIS SÃO OS DIREITOS DOS JURADOS? ........................................................23 QUAIS SÃO OS DEVERES DOS JURADOS? .........................................................24 QUAL A COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA? .........................24 COMO SE DÁ O CONSELHO DE SENTENÇA NO PLENÁRIO? .................25 ALÉM DO JURADO, QUEM MAIS TRABALHA NA SESSÃO DE JULGAMENTO? ...............................................................................25 QUAL O PAPEL DO PROMOTOR? ............................................................................26 QUAL O PAPEL DO ADVOGADO/DEFENSOR PÚBLICO? .........................27 QUEM É O RÉU? ................................................................................................................27 QUAIS SÃO OS PODERES DOS JURADOS? ........................................................27 QUAIS SÃO OS CUIDADOS QUE O JURADO DEVE TOMAR DURANTE OS TRABALHOS? .....................................................................28 COMO SE DÁ A SESSÃO DE JULGAMENTO? ....................................................28 O QUE SÃO OS QUESITOS? ........................................................................................29 COMO O JURADO VOTA? ............................................................................................29 REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................31 7Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO APRESENTAÇÃO Na ordem constitucional brasileira o Tribunal do Júri é um órgão da cidadania, motivo pelo qual, no título dos Direitos e Garantias Fundamentais, foi ele reconhecido dentre os direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º, inciso XXXVIII). Esta cartilha foi elaborada com o propósito de fornecer informações essenciais sobre o Tribunal do Júri ao cidadão que foi escolhido para exercer a função de jurado junto ao Poder Judiciário. O objetivo central é ampliar a noção geral sobre o papel fundamental – e constitucional – que o jurado desempenha na sessão de julgamento, permitindo-lhe maior segurança na fixação de seu convencimento, quais os limites de sua atuação e responsabilidade, o que lhe é facultado fazer ou não no curso da sessão em plenário, bem como outras informações de caráter técnico e jurídico que lhe darão maior firmeza e consciência na análise do caso concreto. De igual forma, essa cartilha mostra, de forma resumida, qual a função de cada instituição envolvida nas causas submetidas ao Tribunal do Júri, para que o cidadão convocado a exercer a função de jurado saiba identificar corretamente qual o papel do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos advogados constituídos nos julgamentos ali realizados. Este é, em essência, um simples manual informativo que leva ao cidadão leigo informações mínimas de conteúdo jurídico e institucional, paraque possa exercer sua cidadania com zelo e eficiência, cumprindo com seu dever constitucional, e atuando com lisura e independência em nome da sociedade que representa, e que nestes casos é chamada a dar seu contributo na distribuição da Justiça Penal. Airton Pedro Marin Filho Procurador de Justiça do MPRO 9Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO NOTA À EDIÇÃO A Cartilha do jurado teve tiragem inicial de 3.000 (três mil) exemplares, e em pouco tempo fez-se necessária a impressão de mais 3.000 (três mil), os quais, ao longo de 2012/2013 foram todos distribuídos no Estado de Rondônia, interior e capital, tendo, inclusive, sido disponibilizada virtualmente no endereço eletrônico do Ministério Público Estadual (www.mpro.mp.br) Para o Centro de Apoio Operacional Criminal, Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial, restou evidenciado, através das inúmeras mensagens recebidas, vindas de operadores do Direito e da sociedade, que a Cartilha do Jurado cumpriu seu mister, transmitindo àqueles que servem ao Tribunal do Júri, conhecimento suficiente para bem desempenharem suas funções. Constituindo-se como um importante auxílio nos trabalhos da Justiça, e devido ao término de todos os exemplares, surgiu a necessidade de distribuição de nova edição, a qual, após revisão e algumas alterações, todas de ordem técnica, está, mais uma vez, à disposição da sociedade rondoniense. Héverton Alves de Aguiar Procurador-Geral de Justiça MPRO 11Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO QUEM É O JURADO? Jurados são cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos, possuidores de notória idoneidade, que não estejam isentos (art. 437 do Código de Processo Penal) ou impedidos (arts. 448 e 449 do Código de Processo Penal). O exercício efetivo da função de Jurado é tão importante que: • constitui serviço público relevante; • estabelece presunção de idoneidade moral; Assegura preferência, em igualdade de condições: • nas licitações públicas; • no provimento, mediante concurso, de cargo ou função pública; • nos casos de promoção funcional ou remoção voluntária; • nenhum desconto poderá ser feito dos seus vencimentos ou salário, pelo comparecimento à sessão do Júri. Para bem exercitar a sua missão constitucional, os Jurados: • ficam incomunicáveis enquanto durar o julgamento; • precisam ficar atentos aos trabalhos realizados em Plenário; • podem formular perguntas, por intermédio do Juiz-Presidente, para a vítima sobrevivente e as testemunhas; • podem requerer acareações; • podem requerer reconhecimento de pessoas e coisas; • podem requerer esclarecimento dos peritos; 12 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO • podem requerer leitura de peças; • podem pedir a quem estiver falando, por intermédio do Juiz-Presidente, que indique a folha dos autos em que se encontra a peça lida ou citada; • podem pedir a quem estiver falando, por intermédio do Juiz-Presidente, que preste esclarecimento de fato que tiver alegado; • devem dizer ao Juiz-Presidente, no final dos debates, se estão prontos para julgar ou se precisam de outros esclarecimentos; • podem solicitar ao Juiz-Presidente o exame de todo o processo e seus anexos, bem como dos instrumentos do crime; • podem solicitar ao Juiz-Presidente a dissolvição do Conselho de Sentença, se a verificação de algum fato essencial não puder ser imediatamente realizada; • precisam votar com imparcialidade, de acordo com a própria consciência e com os ditames da justiça; • precisam lembrar que foram sorteados para representar a sociedade no julgamento. O QUE É O TRIBUNAL DO JÚRI? A Constituição Federal (art. 5º, inciso XXXVIII) elenca o Tribunal do Júri dentre os direitos e garantias fundamentais. Por meio do Tribunal do Júri são julgados os crimes dolosos contra a vida, ou seja, aqueles crimes em que o agente (infrator) tem a intenção de praticar o crime, a vontade livre e consciente de obter como resultado a morte de outra pessoa ou assume o risco de produzir o resultado morte. 13Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO QUAIS OS VALORES DO JÚRI? 1 O Júri trata dos três maiores valores da humanidade, quais sejam: a vida (da vítima), a liberdade (do acusado) e a justiça (da sociedade). Daí a importância da participação de membros da sociedade nos julgamentos realizados. VIDA E INTERPRETAÇÃO DA LEI 1 O direito à vida é garantido pelas normas de nosso País, que a considera inviolável. Dessa forma, a vida, como o bem mais caro do ser humano, merece a máxima proteção do Estado e da sociedade, bem como merece ser respeitada por qualquer ser humano. A nenhum membro da nossa sociedade é dado o direito de matar, seja a vítima quem for, até o pior dos criminosos. Assim, o jurado, como um dos responsáveis pela ordem social, deve atuar no sentido de defender a vida humana, atentando para os casos em que estejam preenchidos (comprovados) os requisitos que afastam a incidência de pena ou do próprio crime para aquele que tirou a vida de um semelhante (ex.: legítima defesa). QUAL O SENTIDO DO JÚRI? 1 Os sete jurados sorteados representam toda a sociedade. É a democratização da justiça criminal, que oportuniza aos membros da comunidade local a decisão quanto à condenação ou não daqueles que cometem crimes dolosos contra a vida. Obviamente, atentando-se para as provas constantes nos autos, das quais as decisões não poderão ser manifestamente contrárias, e também para os casos não contemplados por alguma excludente de ilicitude. 1 Novais, Cesar Danilo de. jus.com.br/revista/texto/14636/cartilha-do-jurado 14 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO QUAL A RESPONSABILIDADE DO JÚRI? Os jurados têm uma responsabilidade muito grande quando exercem a função de julgar. O Promotor de Justiça César Danilo Ribeiro de Novais, do Ministério Público do Mato Grosso, menciona que “os jurados têm responsabilidade moral para com o destino e os problemas da sociedade. Têm a responsabilidade de escolherem em que tipo de sociedade querem conviver. Ou seja, optam por duas espécies de vida social: a que reverencia a vida e a paz ou a que é complacente com a morte e o crime.”1 QUAL O SENTIDO PEDAGÓGICO DO JÚRI? O jurado desenvolve um papel pedagógico, pois, por meio de seu veredicto, ensina aos demais membros da sociedade qual o modelo de conduta a ser seguido. QUAL A FINALIDADE DO TRIBUNAL DO JÚRI? O Tribunal do Júri tem como finalidade principal atender aos imperativos da Justiça, sendo um direito fundamental do cidadão brasileiro. É a garantia para todos os membros da sociedade de que não haverá em nosso País nenhum tribunal de exceção, ou seja, ninguém será julgado fora dos termos estabelecidos na Constituição Federal e nas leis penais em vigor. QUAL A COMPETÊNCIA DO JÚRI? A competência do Tribunal do Júri é definida pelo Código de Processo Penal no artigo 74, § 1º, sendo competente para julgamento de pessoas que praticaram crimes dolosos contra a vida, seja na modalidade consumada ou tentada, ou qualquer outro crime que tenha conexão ou continência com um crime doloso contra a vida (art. 78, I, do CPP). 1 NOVAIS, César Danilo Ribeiro de. Cartilha do Jurado. Jus Navigandi, Teresina, ano 14, n. 2471, 7 abril 2010. Disponível em http://jus2uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=14636. Acesso em 15 junho de 2010. 15Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO QUAIS OS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA? São os seguintes: • Homicídio: • Simples, art. 121 do Código Penal; • Privilegiado, art. 121, § 1º, do Código Penal; • Qualificado, art. 121, § 2º, do Código Penal; • Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, art. 122 do Código Penal; • Infanticídio, art. 123 do Código Penal; • Abortoprovocado pela gestante ou com seu consentimento, art. 124 do Código Penal; • Aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante, art. 125 do Código Penal; • Aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante, art. 126 do Código Penal. QUAL O CONCEITO DE HOMICÍDIO? Homicídio é a eliminação da vida de uma pessoa praticada por outra. HOMICÍDIO DOLOSO OU CULPOSO No Ordenamento Jurídico Brasileiro há duas figuras de homicídio: o doloso e o culposo. Entretanto, o Tribunal do Júri é competente apenas para julgar o Homicídio DOLOSO. Doloso: • Simples; 16 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO • Privilegiado; • Qualificado. Culposo: • Simples; • Qualificado. O QUE É HOMICÍDIO DOLOSO? Diz-se que o homicídio é doloso quando uma pessoa, intencionalmente, tira a vida de outra ou assume o risco de assim agir. Pode ser: 1. Simples: Matar Alguém; 2. Privilegiado: Matar alguém impelido por motivo de relevante valor social OU impelido por motivo de relevante valor moral OU AINDA sob o domínio de violenta emoção, logo após injusta provocação da vítima. 3. Qualificado: • Quando o homicídio é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; • Por motivo fútil; • Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; • À traição; de emboscada; ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. 17Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO O QUE É HOMICÍDIO CULPOSO? Ocorre homicídio culposo quando o agente não queria causar a morte nem assumiu o risco de produzi-la, mas deu causa a ela por imprudência (comportamento de precipitação, ação afoita), negligência (inobservância de conduta esperada, falta de cuidado) ou imperícia (incapacidade, falta de habilidade específica para a realização de uma atividade técnica ou científica, não levando o agente em consideração o que sabe ou deveria saber). O agente não acreditava que o resultado morte poderia ocorrer. Desta forma, por não haver o dolo na prática dessa infração penal, a competência para julgamento é do Juízo Singular, ou seja, aquele em que a decisão é proferida apenas pelo Juiz. Tal decisão também é conhecida como monocrática. O QUE É HOMICÍDIO TENTADO OU CONSUMADO? O homicídio é tentado quando a vítima sobrevive. Nesse caso, a conduta do acusado era apta a causar a morte, mas, por circunstâncias alheias à vontade do agente, a vítima não morre. Quando a conduta do acusado causa a morte da vítima, dizemos que o homicídio está consumado. RITO ESPECIAL DO JÚRI QUAL O RITO PROCESSUAL PARA O JULGAMENTO DOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA? Bifásico, com duas etapas distintas, chamadas de: 18 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO 1ª fase - Juízo de acusação: é a fase compreendida entre a denúncia e a sentença de pronúncia (sentença em que o Juiz decide submeter o acusado ao Júri Popular), quando são verificados os elementos que ensejam o encaminhamento para o Tribunal do Júri ou não. É necessária a presença de indícios suficientes de autoria e prova da materialidade do fato, ou seja, de sua ocorrência. Essa fase também é conhecida como Sumário da Culpa, podendo ao seu final o acusado ser absolvido ou o crime ser desclassificado, ou seja, não ser considerado homicídio doloso consumado ou tentado. 2ª fase – Juízo de Mérito: nessa fase, os fatos serão apreciados pelos jurados, sob a coordenação do Juiz-Presidente do Tribunal do Júri. Também é conhecida como judicium causae, compreendida entre a sentença de pronúncia e a sentença final proferida pelo Conselho de Sentença (jurados). O QUE É A SENTENÇA DE PRONÚNCIA? Chama-se “Sentença de Pronúncia” a decisão do Juiz que encaminha o acusado ao julgamento pelo Tribunal do Júri. O QUE É A DECISÃO DE IMPRONÚNCIA? É a sentença pela qual se encerra o processo. Ocorre quando o Juiz não verificar a existência da prova da materialidade ou indícios suficientes de autoria. A impronúncia encerra a 1ª fase – Juízo de acusação, não inaugurando a 2ª fase – Juízo de Mérito. O QUE É A SENTENÇA DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA? É a constatação pelo Juiz de que: • O fato não ocorreu; 19Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO • O reú é inocente; • O fato não constitui crime; • Está presente uma causa de isenção de pena ou exclusão do crime. Nesses casos, o réu deverá ser absolvido sumariamente, pelo próprio Juiz de Direito, que nem mandará o caso para júri. O QUE É A DESCLASSIFICAÇÃO? É a constação pelo Juiz de que há um crime, mas esse crime não é da competência do tribunal do júri. Exemplo: lesão corporal seguida de morte, latrocínio. Nestes casos, o Juiz remete os autos do processo ao Juiz competente para apreciação e julgamento. QUANDO SE INICIA A 2ª FASE DO RITO ESPECIAL DO JÚRI? A segunda fase do rito do Júri, Juízo de Mérito, só será iniciada se houver pronúncia do acusado em crime doloso contra a vida. DA ORGANIZAÇÃO DO JÚRI QUAL A COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI? O Tribunal do Júri compõe-se de um Juiz, que é seu presidente, e vinte e cinco jurados, que serão sorteados dentre os alistados, sete dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento, por reunião periódica. 20 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO O QUE FAZ O JUIZ-PRESIDENTE? O Juiz-Presidente é o responsável por conduzir a sessão de julgamento, decidindo todas as questões estritamente técnicas e práticas, bem como redigindo a sentença ao final e aplicando a pena ao condenado, mantendo a ordem dos trabalhos durante o jugalmento e garantindo a isenção dos jurados e o respeito à urbanidade pelas partes. POR QUE O JURADO É CHAMADO DE “JUIZ LEIGO”? O jurado é chamado de “juiz leigo” porque dele não se exigem conhecimentos jurídicos, ou seja, não é pré-requisito que seja bacharel em Direito para desempenho das funções perante o Tribunal do Júri. QUEM PODE SER JURADO? Pode ser jurado quem preencher os seguintes requisitos: • Ser cidadão brasileiro nato ou naturalizado (que esteja no gozo dos direitos políticos); • Maior de 18 anos; • O surdo com aparelho auditivo. O jurado é o representante da sociedade. Quando investido na função, decide em nome dos demais. Normalmente, o Juiz solicita às entidades de classe e de ensino, repartições públicas e associações que forneçam listas de pessoas a elas vinculadas, afim de que possam ser credenciadas como jurados. Ao final de cada ano, o Juiz-Presidente elabora uma lista geral de pessoas que poderão servir como jurados no ano seguinte. O jurado deve ser alguém, que conheça o contexto da sua cidade e região, sendo sua decisão de grande relevância sociojurídica, produzindo efeitos imediatos na sociedade. 21Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO QUEM ESTÁ ISENTO DO SERVIÇO DO JÚRI? De acordo com o artigo 437 do Código de Processo Penal, são isentas do serviço do júri as seguintes pessoas: • Presidente da República e os Ministros de Estado; • Governadores e seus respectivos Secretários; • Membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Câmaras Distrital e Municipais; • Prefeitos Municipais, Magistrados e membros do Ministério Público e da Defensoria Pública, servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública; • Autoridades e os servidores da polícia e da segurança pública, militares em serviço ativo; • Pessoas maiores de 70 (setenta) anos que requeiram sua dispensa; • Aqueles que o requererem, demonstrando justo impedimento. EXISTEM PESSOAS QUE ESTÃO IMPEDIDASDE ATUAR NO SERVIÇO DO JÚRI? São impedidos de atuar no mesmo Conselho de Sentença as seguintes pessoas: • Marido e mulher; • Ascendente e descendente; • Sogro e genro ou nora; • Irmãos e cunhados, durante o cunhadio; • Tio e sobrinho; • Padrasto, madrasta ou enteado; 22 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO • Pessoas que mantenham união estável reconhecida como entidade familiar. As regras de impedimento estão dispostas nos artigos 448 e 449 do Código de Processo Penal, e consistem em evitar que pessoas vinculadas umas às outras por relações de parentesco ou convivência atuem perante o Tribunal do Júri, a fim de garantir a imparcialidade no julgamento. COMO ALGUÉM É EFETIVAMENTE CHAMADO PARA SERVIR COMO JURADO? Primeiramente, a pessoa deve constar na lista geral elaborada pelo Poder Judiciário. Em seguida, o Juiz sorteará 25 pessoas que vão efetivamente ser convocadas para a reunião periódica do Tribunal do Júri. Atualmente, a pessoa pode ser convocada por qualquer meio idôneo, como carta, telefonema, oficial de justiça e até por e-mail. Uma vez incluído na lista geral, é dever do cidadão acatar o chamamento judicial, comparecendo ao julgamento a que for sorteado, pois o serviço do júri é obrigatório, assim como o voto nas eleições. É ADMISSÍVEL A RECUSA AO SERVIÇO DO JÚRI? Sim. Quando a recusa se fundar em convicção religiosa, filosófica ou política, importando assim no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o serviço imposto. O QUE SE ENTENDE POR SERVIÇO ALTERNATIVO? É o exercício de atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, no Poder Judiciário, na Defensoria Pública, no Ministério Público ou em entidade convencionada para esses fins. 23Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO O QUE ACONTECE SE O JURADO RECUSAR A FUNÇÃO SEM MOTIVO OU FALTAR INJUSTIFICADAMENTE À CONVOCAÇÃO? Ao jurado que, sem motivo justificado, recusar a função, faltar injustificadamente à convocação ou retirar-se antes de ser dispensado pelo Presidente, será aplicada multa de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do juiz, de acordo com a sua condição econômica. QUAIS SÃO OS DIREITOS DOS JURADOS? • Nenhum desconto será feito nos vencimentos dos jurados sorteados que comparecerem às sessões do Júri. Para tanto, terá direito a certidão que comprove seu comparecimento; • O exercício efetivo da função de jurado constituirá serviço público relevante, estabelecerá a presunção de idoneidade moral; • Preferência, em igualdade de condições, nas licitações públicas e no provimento, mediante concurso, de cargo ou função pública, bem como nos casos de promoção funcional ou remoção voluntária; • O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 (doze) meses que antecederem a publicação da lista geral fica dela excluído; • Além desses direitos, o cidadão dispõe de garantia subjetiva de não ser excluído da lista de jurados em virtude de cor ou etnia, raça, credo, sexo, profissão, classe social ou econômica, origem ou grau de instrução. 24 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO QUAIS SÃO OS DEVERES DOS JURADOS? O serviço do Júri é obrigatório. O jurado deve: • Obedecer às intimações, só apresentando escusas por motivos justos; • Comparecer às sessões para as quais foi intimado, não se retirando antes da formação do Conselho de Sentença; • Declarar-se impedido, nos casos legais; • Conservar-se incomunicável desde o momento em que se constitui o Conselho de Sentença, seja com os assistentes, seja com os funcionários do Tribunal, podendo somente dirigir-se ao Presidente por ofício ou em voz alta perante o público; • Prestar o compromisso legal, com sinceridade e firmeza, mostrando compreender a alta responsabilidade que assume; • Assistir atentamente aos trabalhos do plenário e requerer o que for conveniente para a elucidação do processo; • Responder, mediante as formalidades legais, os quesitos propostos; • Proceder, enfim, com precaução e critério; não deixar transparecer as impressões que sua consciência for sofrendo, nem revelar o sigilo do veredicto. QUAL A COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA? O Conselho de Sentença é formado por um grupo de sete jurados sorteados para cada sessão de julgamento. Os sete integrantes do Conselho de Sentença são Juízes de fato. O jurado pode, a qualquer momento, durante os 25Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO debates ou depois deles, por intermédio do Juiz, pedir ao orador, ao Promotor de Justiça ou ao advogado, que indique a folha dos autos onde se encontra a peça (laudo, depoimentos, etc.) por ele lida ou citada. Pode ainda fazer perguntas às testemunhas, por meio do Juiz, requerer que o Juiz interrogue novamente o réu, que realize acareações, solicitar diligências, valendo-se de quaisquer recursos que o conduza a um juízo preciso a respeito da decisão a ser tomada. O Jurado decide com própria convicção pela inocência ou pela culpa do réu, depositando em uma pequena urna a cédula com a resposta SIM ou NÃO para as questões que lhe são propostas. O Juiz que ali está vela pela ordem e pela normalidade dos atos, mas quando ao final proferir a sentença, estará condicionado ao que tiver sido decidido pelos jurados. COMO SE DÁ O CONSELHO DE SENTENÇA NO PLENÁRIO? Após ser composto o Conselho de Sentença, os sete jurados ficam incomunicáveis, ou seja, não podem mais conversar com pessoas de sua família ou estranhas até o término do julgamento. Também não podem conversar entre si sobre o processo em julgamento, tampouco falar de casos similares, porque em nosso País, cada jurado julga individualmente, sem consulta ou troca de ideias com os demais colegas jurados. O julgamento em plenário se inicia após os sete jurados prestarem o compromisso de julgar o caso, com imparcialidade, dentro dos ditames da Justiça. ALÉM DO JURADO, QUEM MAIS TRABALHA NA SESSÃO DE JULGAMENTO? Várias pessoas. Haverá o Juiz-Presidente, o Promotor de 26 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO Justiça, o Advogado ou Defensor Público, assistente de acusação, testemunhas, vítima sobrevivente, oficiais de justiça, funcionários do Poder Judiciário e policiais. Cada uma dessas pessoas tem uma função específica. É possível dizer que o objetivo de cada um é fazer com que o jurado possa trabalhar com serenidade e segurança, até o fim da sessão de julgamento. QUAL O PAPEL DO PROMOTOR? O Promotor de Justiça que atua no Júri é o membro do Ministério Público, defensor dos interesses da sociedade. De acordo com a Constituição Federal, o Ministério Público é Instituição permanente, cujas funções são, por excelência, essenciais à Justiça. O Promotor de Justiça, como fiscal da aplicação da Lei e da prestação jurisdicional, não serve apenas para acusar, apesar de ser o Ministério Público o titular da ação penal pública. O Promotor empenha esforço visando a condenação do réu, nos casos de provas suficientes para a condenação. Desta forma, sua ação é em prol da sociedade, que é a maior beneficiada pela ação do Ministério Público, tendo em vista que interesses coletivos como ordem pública, segurança e justiça estão sendo preservados. Por outro lado, o interesse individual também é alvo da ação do Ministério Público. Ainda que seu papel originário seja de acusação, o Promotor de Justiça deverá pleitear a absolvição do réu, caso entenda cabível por falta de provas ou qualquer outra circunstância de fato ou de direito relevante para tal medida. Assim, direitos fundamentais como liberdade, integridade física e justa prestação jurisdicional que assistem ao réu devem ser tutelados pela açãodo Promotor de Justiça que atua perante o Tribunal do Júri. 27Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO QUAL O PAPEL DO ADVOGADO/DEFENSOR PÚBLICO? 2 O advogado é o profissional do direito regularmente inscrito na OAB. Já o Defensor Público é o membro da Defensoria Pública do Estado responsável pela defesa das pessoas que não possuem condição financeira para contratar um advogado ou que deixaram de fazê-lo. Esses profissionais são responsáveis pela exposição das teses defensivas e pela contraposição aos argumentos da acusação. Em resumo, o Advogado e o Defensor Público devem atuar de modo a garantir à pessoa processada o respeito às suas garantias individuais, a defesa plena e o processo justo, buscando conferir aos cidadãos a melhor posição possível, conforme as provas do processo. QUEM É O RÉU? O réu é a parte interessada no deslinde da causa, a quem supostamente é atribuída a prática de fato criminoso descrito pela norma penal como crime doloso contra a vida. Embora representado por seu defensor, tem ele, no processo criminal, a possibilidade de atuação pessoal. Assim, o Juiz-Presidente não deve descuidar, em momento algum, da autodefesa durante as sessões do Tribunal do Júri. QUAIS SÃO OS PODERES DOS JURADOS? Enquanto Juiz de Fato que é, o jurado pode e deve ter participação ativa nos trabalhos. Ele deve analisar o conjunto de fatos relatados no processo e decidir, através da reflexão íntima, se esses fatos aconteceram ou não desta ou daquela maneira, e se a pessoa sob julgamento é ou não responsável de alguma forma por esses fatos. Por conta disso é que a lei autoriza os jurados a fazerem perguntas à vítima, testemunhas, peritos, acusado, embora por intermédio do magistrado presidente. O jurado poderá ainda solicitar 2 Trecho elaborado pelo Dr. José Francisco Cândido - Defensor Público-Geral do Estado de Rondônia. 28 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO que sejam feitas acareações e reconhecimento de pessoas e coisas; solicitar vistas dos autos; pedir que lhe sejam mostrados documentos, laudos, papéis e peças processuais; inspecionar instrumentos do crime; sanar dúvidas acerca de algum ponto da exposição do promotor e do advogado; perguntar o significado e consequências das respostas aos quesitos. O ponto crucial é sanar todas as dúvidas antes de votar. QUAIS SÃO OS CUIDADOS QUE O JURADO DEVE TOMAR DURANTE OS TRABALHOS? O jurado deve ser isento e imparcial. Ele não pode declarar, direta ou indiretamente, a forma como pretende votar. Assim, em toda intervenção que fizer, deverá dirigir-se unicamente ao Juiz-Presidente, solicitando que ele atenda seu pedido, sem adiantar a sua tendência de julgamento. Deve informar ao Juiz toda e qualquer influência que perceba ou sofra no Conselho de Sentença por parte de espectadores da plateia, do réu, ou de qualquer outra pessoa. COMO SE DÁ A SESSÃO DE JULGAMENTO? A lei prevê que os julgamentos pelo Tribunal do Júri se realizem em audiência pública. Após o compromisso dos jurados, inicia-se a entrega da cópia da sentença de pronúncia ou decisões posteriores e o relatório do processo. Em seguida, tomam-se, se possível, as declarações do ofendido e inquirição das testemunhas arroladas pela acusação. O compromisso feito pelo jurado na sessão de julgamento deve obedecer ao disposto no artigo 472 do Código de Processo Penal. Deverá ser tomado pelo Juiz-Presidente do Tribunal do Júri da seguinte forma: “Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa decisão de acordo com a vossa 29Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO consciência e os ditames da justiça.” Os jurados, nominalmente chamados pelo presidente, responderão: “Assim o prometo.” Os jurados e as partes podem pedir acareações, esclarecimentos de peritos e a leitura de peças antecipadas ou não repetíveis. A seguir será o réu interrogado. Depois, iniciam-se os debates, falando primeiro o Promotor de Justiça até por uma hora e meia. Na sequência, em igual tempo, fala o Advogado de defesa. Após a fala do Defensor, se o Promotor quiser fazer uso da palavra novamente, terá uma hora para fazer a réplica, e depois o Advogado faz tréplica em tempo igual. Encerrados os debates, os jurados são perguntados pelo Juiz-Presidente se estão habilitados a julgar. Se a resposta for sim, o Juiz-Presidente lê os quesitos e convida os jurados a se dirigirem à sala secreta para julgarem. Se houver mais de um acusado, o tempo para acusação e defesa será aumentado em uma hora, elevado ao dobro o da réplica e da tréplica. O QUE SÃO OS QUESITOS? Os quesitos são as perguntas escritas sobre o fato criminoso em debate e outras circunstâncias essenciais ao julgamento, pelas quais os jurados podem decidir a causa, através de respostas monossilábicas - SIM ou NÃO. COMO O JURADO VOTA? A votação é feita através de pequenas cédulas de cartolina dobráveis. Cada jurado recebe duas, uma contendo a palavra “SIM” e outra, a palavra “NÃO”. Imediatamente após as perguntas, o jurado depositará a cédula representativa do seu voto numa espécie de sacola, passada pelo oficial de justiça, descartando a outra cédula numa outra 30 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO sacola passada em seguida. O voto válido será colocado sempre na primeira sacola. Contabilizando os votos, chega-se à resposta do Conselho de Sentença e, por fim, ao veredicto final. É importante ressaltar que a contabilização dos votos é interrompida quando se atinge a maioria, salvo quando há empate de 3x3, sendo imprescindível verificar a sétima cédula. Esse procedimento visa garantir o sigilo da convicção do jurado, expressa no voto. Assim, diante das informações expostas nesta cartilha, espera-se que o cidadão jurado tenha mais tranquilidade, segurança e consciência, despertando na sociedade o senso de justiça e desmistificando alguns conceitos existentes em torno dessa nobre função, indispensável à democracia e à aplicação irrepreensível da Justiça. 31Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO REFERÊNCIAS NOVAIS, César Danilo Ribeiro de. Cartilha do Jurado. Jus Navigandi, Teresina, ano 14, n. 2471, 7 abril 2010. Disponível em http:// jus2uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=14636. Acesso em 15 junho de 2010. Site do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Cartilha do Jurado. Disponível em http://portal.tjpr.jus.br/web/juri/cartilha_jurado. Acesso em 15 junho de 2010. Site do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina. Disponível em http://tjsc5.tj.sc.gov.br/juradovoluntario/docs/cartilha. htm. Acesso em 15 de Junho de 2010. Contribuição do Dr. José Francisco Cândido - Defensor Público-Geral do Estado de Rondônia. 32 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO ANOTAÇÕES ________________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ________________________________________________________ _______________________________________________________ ________________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ 33Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO ANOTAÇÕES ________________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ________________________________________________________ _______________________________________________________ ________________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ 34 Cartilha do Jurado MINISTÉRIO PÚBLICO - RO ANOTAÇÕES ________________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ________________________________________________________ _______________________________________________________ ________________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ _______________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ ________________________________________________________ SE G RA F/ M PR O w w w . m p r o . m p . b r
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