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4 INTRODUÇÃO O presente trabalho realiza um estudo sobre os diversos aspectos que permeiam sobre o Tribunal do Júri, desde a sua inserção na legislação Brasileira até sua concretização nos moldes dos dias atuais, verificando sua estrutura e competência. Atualmente, o Tribunal do Júri está previsto no artigo 5°, inciso XXXVIII, da Constituição Federal de 1988, no Capitulo "Dos Direitos e Garantias Individuais". Para uma abordagem mais completa, buscou-se apurar a realidade atual do Tribunal do Júri com a pesquisa interdisciplinar, com a abordagem prática habitualmente, e segue com síntese dos principais procedimentos adotados. A metodologia está centrada na pesquisa e coleta de informações de ordem teórica viabilizada, portanto, através de levantamento bibliográfico. 5 1. TRIBUNAL DO JÚRI 1.1 SURGIMENTO DO TRIBUNAL DO JÚRI NO BRASIL Não se sabe realmente a origem do julgamento por júri. Isso porque a reunião de pessoas para julgar um par remonta aos princípios das relações humanas. É tão complicado estabelecer um ponto de origem para o júri que MAXIMILLIANO, não podendo afirmar com precisão a origem do julgamento por júri, disse que “as origens do instituto, são tão vagas e indefinidas, que se perdem na noite dos tempos”. Entretanto, é consenso que sua origem encontra-se na Carta Magna da Inglaterra, de 1215. A propagação do Tribunal Popular pelo mundo ocidental teve início, perdurando até hoje, com o seguinte preceito: “Ninguém poderá ser detido, preso ou despojado de seus bens, costumes e liberdades, senão em virtude de julgamento de seus pares, segundo as leis do país”. O nosso Júri surgiu através da Lei de 18 de julho de 1822, antes, portanto, da Independência (sete de setembro de 1822) e da primeira constituição (25 de março de 1824), mas esse júri servia apenas para julgar crimes da imprensa e os jurados eram pessoas eleitoras. Ele foi criado no Brasil em 1822, e nessa época, eram julgados somente os crimes de imprensa. Após a constituição de 1946, o tribunal passou a atuar somente nos casos de crimes dolosos contra a vida: homicídio (consumado e tentado), instigação, indução e auxílio ao suicídio, infanticídio (quando a mãe mata o filho) e aborto, além de crimes ligados a estes. Por fim, na atual Carta Magna, é reconhecida a instituição do Júri estando disciplinada no artigo 5º, XXXVIII. E com todo o percurso histórico, passou a ter quatro princípios constitucionais basilares: a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência para os crimes dolosos contra a vida. Plenitude de defesa: no processo criminal, perante o juiz togado, tem o acusado assegurada a ampla defesa, isto é, vasta possibilidade de se defender, propondo provas, questionando dados, contestando alegações, enfim, oferecendo os dados técnicos suficientes para que o magistrado possa considerar equilibrada a demanda, estando de um lado o órgão acusador e de outro uma defesa eficiente. Por outro lado, no Tribunal do Júri, 6 onde as decisões são tomadas pela íntima convicção dos jurados, pessoas leigas, sem qualquer fundamentação, onde prevalece a oralidade dos atos e a concentração da produção de provas, bem como a identidade física do juiz, torna-se indispensável que a defesa atue de modo completo e perfeito – logicamente dentro das limitações impostas pela natureza humana. Sigilo das votações: assegurando o sigilo das votações, envolve tanto a preservação do voto secreto, colocado em urna indevassável, sem que se possa conhecer o teor da decisão tomada pelo jurado, como também se busca garantir que o processo de votação desenvolva-se em sala especial, longe das vistas do público. Soberania dos veredictos: foi inserido o princípio constitucional da soberania dos veredictos, regente da instituição do Júri, merecendo prevalecer sobre a opinião dos tribunais togados. Nos casos de crimes contra a vida, entregou-se ao Tribunal Popular a palavra final em relação ao destino a ser dado ao réu. A soberania dos veredictos é um preceito constitucional fundamental. Competência para os crime dolosos contra a vida: assegura o art. 5.º, XXXVIII, d, a competência do júri para o julgamento dos delitos dolosos contra a vida. 2. FASES DO TRIBUNAL DO JÚRI Procedimento do júri é considerado como processo comum e um procedimento trifásico, pois após a reforma do capítulo concernente ao júri, torna-se clara a existência de três fases no procedimento. A primeira, juízo de formação da culpa, tem por objeto a admissibilidade da acusação perante o Tribunal. Consiste em produção de provas para apurar a existência de crime doloso contra a vida. Essa fase se inicia com o oferecimento da denúncia ou queixa e termina com a sentença de pronúncia, impronúncia, desclassificação ou absolvição sumária. 7 Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. § 1.º O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso de citação inválida ou por edital. § 2.º A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na queixa. § 3.º Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 2.1 RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA Não existe fase preliminar de instrução e produção de provas, obrigando o magistrado a fundamentar o recebimento. Optou o legislador por inserir uma fase de instrução, que foi denominada de preliminar, mas não se confunde com a produção de provas antes do ajuizamento da ação penal. Logo, pelas regras vigentes, o magistrado necessita avaliar a peça acusatória com base nas provas pré-constituídas que a acompanharem, por via de regra, o inquérito policial. Verificando haver a prova da materialidade e indícios suficientes de autoria, recebe-se a denúncia ou queixa. Por conseguinte, a fase acima, cita-se o acusado com o intuito de lhe permitir a apresentação de defesa prévia, por meio de advogado, constituído, dativo ou defensor público, no prazo de dez dias. Pode ser feito a partir da data em que o oficial de justiça citá-lo, lançando a sua certidão a respeito, e a partir da data em que o acusado ou seu defensor comparecer em juízo, quando a citação pessoal tiver sido infrutífera, mas dela se tomou conhecimento de maneira indireta. Em outros termos, o oficial pode ter procurado o réu em sua residência e não o encontrou, porém a notícia chegou de alguma forma ao interessado, que foi ao fórum para checar do que se tratava o caso. A lei menciona somente o comparecimento de defensor constituído, pois se entende que a citação não foi pessoal e completa, razão pela qual só o acusado pode contratar advogado, sendo inviável que o juiz nomeie um defensor para 8 ele. É lógico que, não apresentada a defesa, por qualquer motivo, haverá a nomeação de dativo (art. 408, caput, CPP Art. 408. Não apresentada a resposta no prazo legal, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em até 10 (dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos.). 2.2 JUDICIUM ACCUSATIONIS: A Judicium Accusationis, denominada na nova lei como instrução preliminar, inicia-se com a apresentação da denúncia pelo Ministério Público, ou da queixa pelo querelante, podendo ser rejeitada ou recebida pelo juiz. A denúncia apresentada pelo MP não mais irá requerer a condenação do indiciado, mas sim a sua pronúncia. A denúncia, ainda, será o instrumento hábil parao arrolamento das testemunhas de acusação (num número máximo de oito). Sendo recebida a denúncia, o juiz procederá à citação e intimação para apresentação de resposta à acusação, a chamada defesa prévia, que também deverá arrolar as testemunhas de defesa (num número máximo de oito). Após algumas bem sucedidas reformas apresentadas pela Lei 11.719/08 (outra lei importante para o novo Processo Penal), abriu-se brecha para diversas formas alternativas de citação e intimação, inclusive a chamada citação por hora certa, muito comum no juízo civil, o que diminuiu consideravelmente a incidência de citações por edital, bem como o chamamento de defensor dativo. Porém, caso esgotem-se todas as possibilidades e não haja resposta à intimação, será nomeado defensor dativo para realizar a defesa técnica. Recebida a resposta do réu, será aberto prazo de cinco dias para o Ministério Público apresentar o contraditório à resposta da acusação, para só então ser realizado o julgamento das preliminares arguidas pela defesa, bem como determinar a inquirição das testemunhas, realizar as diligências requeridas pelas partes, designando, por fim, audiência de instrução e julgamento no prazo máximo de dez dias. 2.3 DECISÃO (Pronúncia, Impronúncia e Absolvição Sumária) A decisão, nessa fase do procedimento do Tribunal popular, deve ser fundamentada e pode ser pela: pronúncia; impronúncia; desclassificação; e absolvição sumária. 9 Pronúncia: O juiz, ao decidir pronunciar o acusado, admite a imputação feita e a encaminha para julgamento perante o Tribunal do Júri. Isso ocorre quando ele se convence da materialidade do fato e de indícios suficientes de autoria ou de participação. A decisão pela pronúncia é meramente processual e nela não há análise profunda do mérito. Não é necessária prova plena de autoria, mas apenas indícios. O art. 420 do CPP dispõe que a intimação da sentença de pronúncia deverá ser feita pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público. Entretanto, poderá ser intimado por edital o acusado solto que não for encontrado. Já a intimação da pronúncia ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do MP deverá ser de acordo com o disposto no art. 370 do mesmo código. Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será feita: I - pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público; II - ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do Ministério Público, na forma do disposto no § 1o do art. 370. Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não for encontrado. Impronúncia: É a decisão que rejeita a imputação para julgamento perante o Tribunal Popular, ou porque o juiz não se convenceu da existência do fato (crime) ou porque não há indícios suficientes de autoria ou participação. Na impronúncia o juiz não diz que o acusado é inocente, mas que, por ora, não há indícios suficientes para a questão ser debatida pelo o Júri por isso não analisa o mérito da causa. Se surgirem novas provas o processo poderá ser reaberto a qualquer tempo. Desclassificação: A desclassificação acontece quando o juiz se convence da existência de um crime que não é doloso contra a vida. Na decisão pela desclassificação, o juiz apenas diz que aquele crime não é da competência do Tribunal do Júri, pois o Júri só pode julgar os crimes dolosos contra a vida. Assim o juiz desclassifica o crime e encaminha o processo para o juízo competente. Absolvição sumária: O art. 415 do CPP estabelece que o juiz, fundamentadamente, poderá desde logo absolver o acusado quando: provado não ser ele o autor ou partícipe do fato; provada a inexistência do fato; o fato não 10 constituir infração penal e; demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. A sentença pela absolvição sumária é de mérito, pois analisa provas e declara a inocência do acusado. Por essa razão, somente poderá ser proferida em caráter excepcional, quando a prova for indiscutível e o juiz não tiver nenhuma dúvida. Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: I – provada a inexistência do fato; II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; III – o fato não constituir infração penal; IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. 2.4 PREPARAÇÃO PARA O PLENÁRIO DO JÚRI É necessário saber que essa fase se aplica quando há uma sentença de pronúncia no processo que já não cabe mais recurso, ou seja, ocorreu preclusão, devendo os autos serem encaminhados para serem julgados no plenário do júri. Acontece que para chegar no dia do julgamento no plenário é necessário que sejam obedecidas as regras e procedimentos preparatórios dos quais agora falaremos. Portando, o primeiro procedimento do Juiz presidente do Tribunal do Júri será a determinação para que seja intimado primeiro o Ministério Público ou querelante depois o advogado ou defensor público, para que no prazo de 5 (cinco) dias, apresentem o rol de testemunhas que irão depor em plenário. O CPP afirma que poderão ser arroladas no máximo 5 (cinco) testemunhas, porém é necessário saber que são 5 (cinco) testemunhas por fato, ou seja, se o réu está sendo acusado de homicídio qualificado, porte ilegal de arma e ocultação de cadáver poderá ser arrolado 15 (quinze) testemunhas no total, dividindo-se por fato. Nesse mesmo momento além de arrolar testemunhas as partes poderão juntar documentos e também requerer a realização de diligências. Realizado o feito o Magistrado irá deliberar acerca dos requerimentos e ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa. 11 Encerrados tais atos o Magistrado fará um relatório sucinto do processo e determinará sua inclusão em pauta da reunião do Tribunal do Júri. Outra observação importante é que quando for marcada a data de julgamento no plenário do Júri, as partes de acusação e de defesa devem juntar aos autos do processo documentos e/ou objetos que serão exibidos no plenário com 03 (três) úteis dias de antecedência, dando-se ciência à outra parte por conta do princípio ao contraditório. A segunda fase, denominada de preparação do processo para julgamento em plenário, tem início após o trânsito em julgado da decisão de pronúncia e segue até o momento de instalação da sessão em plenário do Tribunal do Júri. 2.5 PRONÚNCIA Haverá a intimação do Ministério Publico ou querelante, e do defensor para se manifestarem arrolando as testemunhas que pretendam ouvir (cinco para cada uma), conforme art. 422, CPP, bem como podem formular requerimentos para a produção de provas, diligências ou juntada de documentos. Terão cinco dias, cada parte, para a manifestação. Lembremos que permanece a necessidade de ser arrolada a testemunha considerada indispensável com o caráter de imprescindibilidade, fornecendo-se o seu correto paradeiro. Do contrário, ainda que intimada, caso não compareça, não será adiada a sessão, nem se determinará a condução coercitiva. Sobre o deferimento de diligências, formulados os requerimentos, deve o magistrado deferir aqueles que implicarem em buscar novas provas, especialmente as que possam contribuir para a apuração da verdade real, bem como deve providenciar as diligências aptas a suprir falhas e vícios, evitando-se futuras declarações de nulidades. A fase de preparação do plenário, na nova feição dada pela Lei 11.689/2008, equivale à anterior justificação (procedimento incidental para a produção de provas). Não significa, porém, que jamais se poderá propor a justificação. Continua viável esse procedimento incidental, desde que a fase de diligências, preparando a sessão plenária, já se tenha esgotado, situação prevista no art. 423 e incisos, CPP. 12 2.6 QUEM PODE SER JURADO Podem alistar-separa participar de julgamentos os cidadãos maiores de 18 anos de 'notória idoneidade', ou seja, sem antecedentes criminais. A Justiça pode pedir a autoridades locais, associações e instituições de ensino que indiquem pessoas paraLexercerLaLfunção. Por ano, são alistados de 800 a 1,5 mil jurados nas comarcas com mais de 1 milhão de habitantes, de 300 a 700 nas comarcas de mais de 100 mil habitantes, e de 80 a 400 nas demais. É dessa relação que são sorteados os participantes de cada júri. Quando convocado, o jurado não pode se recusar a compor o conselho de sentença, como é chamado o grupo de jurados. Se não aparecer para o julgamento ou se ausentar antes do fim sem justificativa, será multado no valor de um a 10 salários mínimos. O jurado convocado não pode ter desconto de salário por faltar ao trabalho. 2.7 RELATÓRIO Art. 423- II – fará relatório sucinto do processo, determinando sua inclusão em pauta da reunião do Tribunal do Júri. É feito por escrito pelo juiz, na fase de preparação do plenário, de modo a ser entregue aos jurados, oportunamente. Deve constar no relatório o resumo do conteúdo da denúncia ou queixa; resumo do conteúdo da defesa prévia do réu, com suas alegações preliminares e/ou exceções; elenco das provas (basta enumerar e não detalhar uma por uma) colhidas ao longo do inquérito, em especial as periciais, que não são refeitas; elenco das provas (basta enumerar e não detalhar uma por uma) colhidas na fase de formação da culpa; resumo do conteúdo do interrogatório do réu, em especial, se levantou e qual foi a sua tese de autodefesa (se preferiu valer-se do direito ao silêncio, basta mencionar o fato, sem valoração alguma); resumo do conteúdo das alegações finais das partes; resumo do conteúdo da pronúncia, acolhendo e/ou rejeitando as teses das partes (se houve impronúncia, desclassificação ou absolvição sumária, expor o resumo do seu conteúdo, fazendo menção à reforma pelo Tribunal); exposição de pontos excepcionais, como, por exemplo, se houve decretação da prisão preventiva ou prisão em flagrante, concessão ou negativa de liberdade provisória, recurso contra a pronúncia e resultado do 13 acórdão; se houve aditamento à denúncia e alteração da pronúncia, após a preclusão; quais as provas requeridas e, eventualmente, realizadas na fase de preparação do plenário. 2.8 DESAFORAMENTO Desaforamento é a decisão jurisdicional que altera a competência inicialmente fixada pelos critérios constantes do art. 69 do CPP, com aplicação estrita no procedimento do Tribunal do Júri, dentro dos requisitos legais previamente estabelecidos. A competência, para tal, é sempre da Instância Superior e nunca do juiz que conduz o feito. Entretanto, a provocação pode originar-se tanto do magistrado de primeiro grau quanto das partes, conforme o caso. Sobre o desaforamento do juiz natural, não há ofensa ao princípio do juiz natural, porque é medida excepcional prevista em lei, e válida, portanto, para todos os réus. Aliás, sendo o referido princípio uma garantia à existência do juiz imparcial, o desaforamento se presta justamente a sustentar essa imparcialidade, bem como a garantir outros importantes direitos constitucionais como a integridade física do réu e a celeridade no julgamento. Iniciativa do pedido de desaforamento pode ser pleiteado pelas partes, agora enumeradas pela Lei 11.689/2008 (Ministério Público, assistente, querelante ou acusado). Cessa a discussão a respeito da legitimidade do assistente de acusação, que, anteriormente, não estava, expressamente, autorizado a tanto. O acusado pode propor por intermédio de seu defensor, mas também diretamente, por petição sua, afinal, no processo penal, há a autodefesa. O juiz que preside a instrução pode representar pelo desaforamento, exceto quando houver excesso de prazo. Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas. § 1.º O pedido de desaforamento será distribuído imediatamente e terá preferência de julgamento na Câmara ou Turma competente. 14 § 2.º Sendo relevantes os motivos alegados, o relator poderá determinar, fundamentadamente, a suspensão do julgamento pelo júri. § 3.º Será ouvido o juiz presidente, quando a medida não tiver sido por ele solicitada. § 4.º Na pendência de recurso contra a decisão de pronúncia ou quando efetivado o julgamento, não se admitirá o pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento anulado 2.9 COMPETÊNCIA PARA O PREPARO DO PROCESSO Dependendo da lei de organização judiciária local, poe o juiz de Vara Privativa do Júri receber o processo, desde o oferecimento da denúncia ou queixa, acompanhando-o em todas as fases, até terminar com a prolação da sentença em plenário. Por outro lado, é possível, também, que a fase de formação da culpa fique sob a responsabilidade de um juiz de Vara Criminal comum, passando, após o trânsito em julgado da pronúncia, ao magistrado responsável pelo Tribunal do Júri. Outra hipótese, ainda, é a competência do juiz da Vara Criminal comum estender-se até o preparo do processo para o plenário e, somente depois, ocorrer a remessa ao juiz presidente do Tribunal Popular. Qualquer dessas soluções respeita o princípio do juiz natural, pois há prévia previsão legal. 2.10 COMPOSIÇÃO: O Tribunal do Júri será composto por um juiz-presidente mais vinte e cinco jurados, sorteados aleatoriamente pelo juiz entre todos os candidatos alistados, sendo sete desses designados a participar do Conselho de Sentença, como bem informa o art. 433 do CPP. O jurado que houver participado de Conselho de Sentença nos últimos doze meses, fica proibido de ser alistado no ano seguinte. 2.11 SORTEIO DOS JURADOS O Código de Processo Penal prevê que 25 jurados devem ser sorteados para cada sessão de julgamento. Desses, somente sete comporão o conselho de sentença. 15 Para ser jurado é necessário ter mais de 18 anos, não ter antecedente criminal e morar na comarca onde o júri será realizado. O sorteio é realizado antes de começar o julgamento. Defesa e acusação têm o direito de cada uma, recusar três jurados sorteados. Depois da escolha dos sete, os outros jurados presentes são dispensados. Durante o julgamento, que pode durar vários dias, os integrantes do conselho de sentença ficam incomunicáveis. Se o júri passar de um dia para outro, os jurados fazem as refeições no Fórum e são encaminhados para dormir em hotéis, determinados pelo Judiciário e supervisionados por oficiais de justiça. Jurados - Durante o julgamento, os jurados ficam proibidos de conversar sobre o caso, telefonar, ler jornais, assistir TV, ouvir rádio ou acessar a internet. Até a resolução do caso, eles permanecem em regime de isolamento máximo. Nos intervalos do julgamento, eles podem conversar entre eles, contudo, somente sobre amenidades. Se um jurado quiser mandar um recado para casa, ele deve escrevê-lo e entregar ao oficial de justiça, que ligará e transmitirá o recado. Durante o julgamento, os jurados podem fazer perguntas por escrito e entregar ao oficial de justiça, que encaminhará a questão ao juiz. O juiz responde ou pede para que a resposta seja dada pela promotoria ou pela defesa. Na hora de votar, os jurados reúnem-se com o juiz em uma sala secreta e recebem duas cédulas: uma escrito sim e outra escrito não. O promotor e a defesa devem estar presentes, em atitude meramente fiscalizatória, sem interferirnos trabalhos. O juiz lê cada pergunta, chamada de quesito, e os jurados sem comentar nada escolhem uma das cédulas que tem na mão. Não existe limite de tempo para que os jurados votem, porque o objetivo é que decidam com calma e serenidade. Durante o julgamento tanto acusação quanto defesa pode ouvir cinco testemunhas cada. Se sentirem necessidade, acusação e defesa podem pedir mais testemunhas, entretanto, terão que explicar a razão ao juiz, que decidirá se inclui na lista ou não. A lei 11.689, de junho de 2008, fez algumas alterações no Código de Processo Penal. Assim, o interrogatório dos réus é feito após o depoimento das testemunhas. Até então, os acusados do crime eram ouvidos primeiro. Com a mudança, o julgamento segue a seguinte ordem: 16 Sorteio dos jurados: sete são sorteados entre os 25 presentes. O advogado de defesa e o promotor podem negar, sem justificativa, três jurados cada. Leitura de peças: leitura de trechos do processo, como provas as recolhidas durante a investigação. Depoimento das testemunhas: primeiro são ouvidas de acusação, depois as da defesa. Interrogatório do réu: o acusado do crime responde às perguntas do juiz, do promotor, da defesa e dos jurados (que podem fazer questionamentos, por intermédio do juiz). Debates: tudo o que foi dito antes desta fase do julgamento é resumido no debate entre acusação e defesa. A primeira a falar é a promotoria, que terá uma hora e meia para convencer os jurados de que o réu é culpado. Em seguida, a defesa terá também uma hora e meia para expor uma tese oposta. Se achar necessário, a acusação pode falar por mais uma hora. É a réplica. E, nesse caso, a defesa tem direito à tréplica de mais uma hora. Votação em sala secreta: jurados vão até a sala secreta e respondem a quesitos estabelecidos pelo juiz. Depois, o magistrado formula e lê a sentença em público. 2.12 INCOMUNICABILIDADE DOS JURADOS Aqui os jurados não podem conversar entre si durante os trabalhos, nem nos intervalos, a respeito de qualquer aspecto da causa posta em julgamento, especialmente deixando transparecer a sua opinião. Logicamente, sobre fatos desvinculados do feito podem os jurados conversar, desde que não seja durante a sessão somente nos intervalos, pois se quer a preservação da sua íntima convicção. Portanto a troca de ideias sobre os fatos relacionados ao processo poderia influenciar o julgamento, fazendo com que o jurado pendesse para um ou outro lado. Art. 466. Antes do sorteio dos membros do Conselho de Sentença, o juiz presidente esclarecerá sobre os impedimentos, a suspeição e as incompatibilidades constantes dos arts. 448 e 449. § 1o O juiz presidente também advertirá os jurados de que, uma vez sorteados, não poderão comunicar-se entre si e com outrem, nem 17 manifestar sua opinião sobre o processo, sob pena de exclusão do Conselho e multa, na forma do § 2o do art. 436. § 2o A incomunicabilidade será certificada nos autos pelo oficial de justiça. 2.13 JUDICIUM CAUSAE Denominada de fase do juízo de mérito (judicium causae), realiza-se, a fim de que o magistrado forneça algumas instruções a respeito da forma e do procedimento do Tribunal do Júri, se as partes estiverem cientes, e desejando, possam estar presentes. O Judicium Causae é a segunda e última fase do Rito, englobando da preparação do processo para o julgamento em Plenário ao julgamento em Plenário propriamente dito. Inicia-se essa segunda etapa com a preparação para o julgamento. No momento em que receber os autos que indicam a necessidade de realização de julgamento em Plenário, o juiz-presidente intimará o Ministério Público ou o querelante e o defensor do acusado para, no prazo de cinco dias, arrolar um máximo de cinco testemunhas para deporem em Plenário, bem como juntar documentos e requerer diligências, visto que, como bem exige o art. 479, “durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de três dias úteis, dando-se ciência à outra parte”. Feito isso, o mesmo juiz-presidente requererá as diligências necessárias para evitar qualquer caso de nulidade processual, bem como aquelas necessárias para aclarar matéria importante para o julgamento. O magistrado finalizará suas atividades realizando um sucinto relatório de todo o processo, determinando a inclusão do caso na pauta das reuniões do Tribunal do Júri, dando preferência ao julgamento de processos onde o acusado encontra-se preso, e havendo mais do que um acusado na mesma situação, aquele que se achar preso há mais tempo. Prosseguindo, será realizada a seleção dos jurados. Antes de dar início à sessão solene, o juiz-presidente deverá analisar todos os casos de isenção ou dispensa de jurados, bem como os pedidos de adiamento. Atualmente, para que seja instaurado o Plenário, necessita-se de, no mínimo, quinze jurados, visto que cada parte poderá recusar imotivadamente até três, sendo imprescindível que, ao final do 18 sorteio, restem no mínimo sete. Havendo mais do que um réu, a recusa será promovida por apenas um dos defensores, caindo a hipótese de que seria dividido o julgamento caso as recusas fossem incompatíveis. Os jurados dispensados ou isentos não serão somados para fim de alcançar esse número mínimo, diferentemente dos jurados impedidos ou suspeitos, que serão normalmente computados. Não havendo o número mínimo, o juiz fará o sorteio de tantos suplentes forem necessários, marcando data para novo julgamento. Encerradas tais preliminares, o presidente procederá ao sorteio dos sete jurados que farão parte do Conselho de Sentença, para, finalmente, anunciar o início do julgamento. Será recebido o acusado, quando presente, ocupando assento ao lado do seu defensor. Caso o acusado não tenha defensor, o juiz nomeará um, estabelecendo prazo para a realização de nova sessão. A diante, o juiz-presidente prosseguirá com uma das mais antigas formalidades do Tribunal do Júri, o juramento, observando a ritualística disposta no art. 472 do CPP. 2.14 FORMAÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA A turma julgadora no Tribunal do Júri é composta por sete jurados, escolhidos aleatoriamente, por sorteio, dentre os que compareceram (mínimo de quinze e máximo de vinte e cinco). Ainda existem duas possibilidades de recusa do jurado que podem ser formuladas por qualquer das partes: a recusa motivada que baseia-se em circunstâncias legais de impedimento ou suspeição disposto nos arts. 448 e 449, CPP. Logo, não pode ser jurado por exemplo, aquele que for filho do réu, nem tampouco o seu inimigo capital. A recusa imotivada também chamada peremptória, fundamenta-se em sentimentos de ordem pessoal do réu, de seu defensor ou do órgão da acusação. Na constituição do Conselho de Sentença, cada parte pode recusar até três jurados sem dar qualquer razão para o ato. Com isso, com a nova sistemática, introduzida pela Lei 11.689/2008, impõe que, havida a recusa peremptória por qualquer das partes, o jurado está automaticamente excluído da formação do Conselho de Sentença. Anteriormente, seria preciso coincidir a recusa da defesa com a da acusação. Assim se fez para evitar a separação dos julgamentos, conforme no art. 469, § 1º. 19 2.15 JURAMENTO SOLENE Os jurados devem ser formalmente compromissados, o que faz parte não somente da solenidade demandada pelo Tribunal do Júri, diante do público que acompanha a sessão, como também para enaltecer, aos próprios jurados, a importância e a responsabilidade da função exercida. Não deve jamais o magistrado abrir mão desse ato. Juntamente com os jurados e todos os presentes, coloca-se em pé, evidenciando a grandeza do juramento a ser obtido. A ausência da formalidade, expressamente prevista em lei, inclusive com as palavras que compõem o juramento, é causade nulidade relativa. 2.16 INTERROGATÓRIO DO RÉU Será feito ao final da colheita das provas em plenário, porém utilizando os mesmos critérios adotados para o interrogatório realizado em juízo, na fase da formação da culpa de acordo com os arts. 186 e §§, e 411, caput, todos do CPP. As perguntas podem ser feitas pelos jurados mas, por intermédio do juiz. Seria impossível evitar que os juízes naturais da causa (os jurados) fizessem reperguntas ao acusado, durante o interrogatório, pois são os destinatários maiores das provas colhidas. Entretanto, caso sejam feitas diretamente, não é caso de nulidade, mas somente de irregularidade. O disposto no § 1.º do art. 474 do CPP permite que o Ministério Público, o assistente e o querelante podem formular, diretamente, perguntas ao acusado. 2.17 DEBATES Art. 476. Encerrada a instrução, será concedida a palavra ao Ministério Público, que fará a acusação, nos limites da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, sustentando, se for o caso, a existência de circunstância agravante. § 1.º O assistente falará depois do Ministério Público. § 2.º Tratando-se de ação penal de iniciativa privada, falará em primeiro lugar o querelante e, em seguida, o Ministério Público, salvo se este houver retomado a titularidade da ação, na forma do art. 29 deste Código. § 3.º Finda a acusação, terá a palavra a defesa. 20 § 4.º A acusação poderá replicar e a defesa treplicar, sendo admitida a reinquirição de testemunha já ouvida em plenário. Finda a instrução, prosseguirá a fase de debate. A acusação iniciará o mesmo, de acordo com o art. 477 do CPP, dispondo de uma hora e meia para realizar sua sustentação oral. Se houver assistência de acusação, esse tempo será dividido entre o Ministério Público e o advogado constituído pela família da vítima. A defesa, igualmente, teria uma hora e meia para falar em seguida, contestando a argumentação trazida pela acusação. Acabada a primeira rodada, poderá a acusação realizar réplica, desde que tenha havido qualquer manifestação da defesa, e posterior tréplica, cada uma com tempo máximo de uma hora. Havendo dois ou mais acusados, a primeira rodada será de duas horas e meia para cada manifestação, e a réplica e tréplica de duas horas cada. Concluídos os debates, o presidente perguntará aos jurados se estão habilitados a julgar ou se necessitam de outros esclarecimentos. Se tiverem dúvidas, o juiz-presidente poderá esclarecê-la à vista dos autos, bem como facultar ao jurado acesso irrestrito aos mesmos e aos instrumentos do crime. Por fim, como dispõe o art. 481, “se a verificação de qualquer fato, reconhecida como essencial para o julgamento da causa, não puder ser realizada imediatamente, o juiz-presidente dissolverá o Conselho, ordenando a realização das diligências entendidas necessárias”. E se necessário prova pericial, o juiz nomeará imediatamente um perito, formulará quesitos e abrirá prazo de cinco dias para as partes formularem os seus. Não havendo qualquer empecilho, o juiz conduzirá os jurados, o membro do Ministério Público, o assistente e o defensor à sala especial de votação e prosseguirá à fase de questionamento e votação. 2.18 SENTENÇA A sentença é o ato que põe fim ao cotejo, devendo ser lavrada pelo juiz- presidente com vinculação total à decisão proferida pelo Conselho de Sentença. Na nova sistemática do Rito do Tribunal do Júri, a sentença foi alvo de sensíveis e importantes alterações, estando agora prevista no art. 492, sendo divido no inciso I para a sentença condenatória e no inciso II para a absolutória. 21 Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá sentença que: I – no caso de condenação: fixará a pena-base; considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates; imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às causas admitidas pelo júri; observará as demais disposições do art. 387; mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva; estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação; II – no caso de absolvição: mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver preso; revogará as medidas restritivas provisoriamente decretadas;c) imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível. § 1o Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida, aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for considerado pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. § 2o Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo. Art. 493. A sentença será lida em plenário pelo presidente antes de encerrada a sessão de instrução e julgamento. 22 CONCLUSÃO Inicialmente, cumpre dizer que o Tribunal do Júri, como instituição democrática e formalista, tem sua previsão na Carta Magna, e lista os quatro Princípios Constitucionais da instituição, os quais foram objetos de estudo. A participação popular nos julgamentos criminais tem sido preconizada como a melhor das formas de estruturação da justiça penal. E quando os populares passam a pertencer ao Tribunal do Júri, sua visão se modifica no sentido de acreditar na instituição como mecanismo de avanço e atuação social, vindo até mesmo a acreditar que, operando como jurados serão plenamente capazes de exercer a imparcialidade e serão isentos de influências externas de qualquer sorte. Nesse contexto, o Tribunal Popular tem contribuído para a sedimentação do nosso direito positivo para a educação, além do que, do leigo, em relação às suas altas responsabilidades sociais. Conforme essa instituição, contribui para a democratização de toda a sociedade, no caso do âmbito penal, e a democracia só se alcança pela prática e pelo seu exercício. Com isso, sem dúvida, é uma forma de fazer valer a lei conforme suas próprias convicções e de acordo com os casos em debate. 23 REFERÊNCIAS BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 14. ed. São Paulo: Malheiros, 2004. BRASIL, Código de Processo Penal. VADE MECUM. ed. São Paulo. Saraiva, 2020. CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 14ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2007. JÚNIOR, SIDIO ROSA DE MESQUITA. Procedimento dos crimes dolosos contra a vida: Júri Conteúdo Jurídico, Brasilia-DF: 25 maio 2020. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/38998/procedimento-dos- crimes-dolosos-contra-a-vida-juri. Acesso em: 25 maio 2020. MARCO, Vilson. Acadêmico do Curso de Direito na Universidade Federal do Rio Grande – FURG em https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-59/o-novo-rito-do- tribunal-do-juri-esquematizado-segundo-a-lei-11-689/. Acesso em 25 de Maio de 2020. NUCCI, Guilherme de Souza. Código de processo penal comentado /Guilherme de Souza Nucci. – 13. ed. rev. e ampl. – Rio de Janeiro : Forense, 2014 https://jus.com.br/tudo/direito-constitucional https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/38998/procedimento-dos-crimes-dolosos-contra-a-vida-juri https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/38998/procedimento-dos-crimes-dolosos-contra-a-vida-juri https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-59/o-novo-rito-do-tribunal-do-juri-esquematizado-segundo-a-lei-11-689/ https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-59/o-novo-rito-do-tribunal-do-juri-esquematizado-segundo-a-lei-11-689/ INTRODUÇÃO 2.1 RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA 2.2 JUDICIUMACCUSATIONIS: 2.4 PREPARAÇÃO PARA O PLENÁRIO DO JÚRI 2.5 PRONÚNCIA 2.6 QUEM PODE SER JURADO 2.7 RELATÓRIO 2.8 DESAFORAMENTO 2.9 COMPETÊNCIA PARA O PREPARO DO PROCESSO 2.10 COMPOSIÇÃO: 2.11 SORTEIO DOS JURADOS 2.12 INCOMUNICABILIDADE DOS JURADOS 2.13 JUDICIUM CAUSAE 2.14 FORMAÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA 2.15 JURAMENTO SOLENE 2.16 INTERROGATÓRIO DO RÉU 2.17 DEBATES 2.18 SENTENÇA CONCLUSÃO JÚNIOR, SIDIO ROSA DE MESQUITA. Procedimento dos crimes dolosos contra a vida: Júri Conteúdo Jurídico, Brasilia-DF: 25 maio 2020. Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/38998/procedimento-dos-crimes-dolosos-contra-a-vida-juri... MARCO, Vilson. Acadêmico do Curso de Direito na Universidade Federal do Rio Grande – FURG em https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-59/o-novo-rito-do-tribunal-do-juri-esquematizado-segundo-a-lei-11-689/. Acesso em 25 de Maio de 2020. NUCCI, Guilherme de Souza. Código de processo penal comentado /Guilherme de Souza Nucci. – 13. ed. rev. e ampl. – Rio de Janeiro : Forense, 2014
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