Buscar

CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS 3ª aula

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROF. ISAAC LUCENA DE AMORIM
CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS
3ª AULA
1
5 - FATORES QUE AFETAM A PERSISTÊNCIA DA PASTAGEM E A DINÂMICA DA POPULAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS
Forrageiras mal-adaptadas 
As forrageiras, quando não são adaptadas às condições de solo e clima da região, não apresentam suficiente vigor para competir com as plantas daninhas. 
Assim, é importante que, no estabelecimento de uma pastagem, sejam escolhidas espécies forrageiras adaptadas às condições ecológicas do local. 
5 - FATORES QUE AFETAM A PERSISTÊNCIA DA PASTAGEM E A DINÂMICA DA POPULAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS
b) Alta pressão de pastejo 
A utilização de uma carga animal maior do que o pasto pode suportar leva a uma situação de degradação da pastagem. 
c) Controle deficiente 
O controle das plantas daninhas, geralmente, é feito de forma inadequada, resultando em insucesso. Aplicações fora de época, durante a estação de seca, próxima à florada, ou sob altas temperaturas, são situações comumente verificadas.
 
5 - FATORES QUE AFETAM A PERSISTÊNCIA DA PASTAGEM E A DINÂMICA DA POPULAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS
d) Dispersão de plantas daninhas 
Sementes de plantas daninhas, quando consumidas pelos animais, podem atravessar o aparelho digestivo deles e infestar novas áreas, como os eqüinos disseminando sementes de grama (Paspalum notatum) em pastos de colonião (Panicum maximum). 
5 - FATORES QUE AFETAM A PERSISTÊNCIA DA PASTAGEM E A DINÂMICA DA POPULAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS
e) Uso inadequado do herbicida 
É o caso de utilização de subdoses ou falta de adjuvantes apropriados. Há situações em que o herbicida utilizado não é o recomendado. 
 
Outros fatores 
Geralmente, a baixa fertilidade do solo, as más condições de drenagem, a ocorrência de queimadas severas (incêndios), o ataque de pragas e doenças das pastagens também podem afetar a população das plantas daninhas
6.1 HISTÓRICO DO USO DE HERBICIDAS:
1897 a 1900 (França, Alemanha, EUA) : inicio das pesquisas do controle químico de plantas invasoras
1942 (EUA): Inicio do controle químico das planas em escala comercial 
1956 (EUA): Criação da Weed Science Society of America
1963 (Brasil): Criação da Sociedade Brasileira de Herbicidas e ervas daninhas (SBHED), atualmente Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD)
Atualmente, no mercado brasileiro, é comercializado em torno de 200 marcas de herbicidas (SILVA e SILVA, 2007, p. 71)
6 – Controle químico das ervas invasoras 
6 – Controle químico das ervas invasoras 
6.2 ASPECTOS POSITIVOS:
Menos dependência da mão-de-obra
Eficiente mesmo em épocas chuvosas
Eficiente no controle de ervas invasoras na linha de plantio e não afeta o sistema radicular das culturas
Permite o cultivo mínimo ou plantio direto das culturas
Pode controlar plantas daninhas de propagação vegetativa
Redução do tráfego de máquinas
6 – Controle químico das ervas invasoras 
6.3 LIMITAÇÕES DO USO DE HERBICIDAS:
Risco de intoxicação (cultura, animais e o homem);
Demanda equipamentos de aplicação e proteção;
Requer operador treinado;
Poder residual (pode afetar a cultura subseqüente);
Pode induzir o surgimento de plantas daninhas resistentes.
6 – Controle químico das ervas invasoras 
Identificar qual(ais) espécie(s) infestantes predominam na área;
Descobrir suas formas de propagação, estabelecimento e ciclo de vida(perene ou anual);
Ex. plantas perenes requerem, normalmente, combinação de métodos de controle
6.4 Aspectos a serem considerados na escolha do tratamento a ser utilizado:
Combinação de um tipo de herbicida, aplicado na dose e nas épocas recomendadas
6 – Controle químico das ervas invasoras 
Ex. plantas anuais, que possuem diversos fluxos de germinação, podem requerer aplicação de herbicida com poder residual suficiente para agir durante a fase de desenvolvimento inicial da cultura.
Herbicidas aplicados ao solo, é importante conhecer suas características químicas e físicas: pH, textura e teor de carbono orgânico
6.4 Aspectos a serem considerados na escolha do tratamento a ser utilizado:
6 – Controle químico das ervas invasoras 
Outras pontos básicos para serem observados:
Registro do herbicida para uso na cultura,
Eficiência sobre a erva invasora,
Estádio de desenvolvimento das plantas invasoras,
Estimativa do duração do controle,
Custo por unidade de área,
Disponibilidade do produto no mercado local,
6.4 Aspectos a serem considerados na escolha do tratamento a ser utilizado:
6 – Controle químico das ervas invasoras 
Outras pontos básicos para serem observados:
Grau de toxicidade para o homem e o ambiente,
Efeito residual para as culturas em rotação,
Menor potencial de contaminação ambiental (deriva, lixiviação, “runoff”),
Maior flexibilidade quanto à época de aplicação,
Adequação ao sistema de plantio (direto/convencional),
6.4 Aspectos a serem considerados na escolha do tratamento a ser utilizado:
IMPORTANTE: avaliar a cada tratamento o grau de eficiência no controle das ervas invasoras, visando adequações para maior rendimento das lavouras.
6 – Controle químico das ervas invasoras 
6.5 Nomenclatura dos herbicidas
Três formas diferentes:
6 – Controle químico das ervas invasoras 
6.6 Classificação dos herbicidas
6 – Controle químico das ervas invasoras 
6.5 Classificação dos herbicidas
6 – Controle químico das ervas invasoras 
6.6 Classificação dos herbicidas
Mimetizadores da auxina
Inibidoresda fotossíntese
Inibidoresda divisão celular
Inibidoresda PROTOX
Inibidoresda síntese de carotenóide
Inibidoresda síntese delipídeos
Inibidores da síntese de aminoácidos
Segundo o mecanismo de ação:
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS MIMETIZADORES DA AUXINA
Modo de ação:
Estes herbicidas fazem a planta reagir como se estivesse com uma alta concentração de auxina. Altas concentrações de auxina inibem a divisão celular e o crescimento (ver gráfico no próximo slide) da parte aérea.
Também a auxina age indiretamente induzindo a produção de etileno ( o etileno enfraquece as células a tal ponto que o peso da folha é suficiente para romper sua ligação com o caule, assim a folha se destaca e cai)
Em alguns casos o etileno pode produzir sintomas característicos de epinastia e queda das folhas.
Folha com epinastia
AUXINAS (AIA), auxen (crescer). 
Apresenta efeitos diversificados; 
As auxinas são produzidas no ápice do vegetal, sendo distribuídas para o resto do corpo do vegetal;
Um dos efeitos das auxinas está relacionado com o crescimento do vegetal, pois atuam sobre a parede celular, provocando sua elongação ou distensão e, conseqüentemente, o crescimento;
Concentração de auxina (AIA) em relação ao crescimento
 são ativas em quantidades muito pequenas e, quando aplicadas em quantidades muito elevadas, podem matar o vegetal;
AUXINAS:
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DA FOTOSSÍNTESE
Modo de ação:
Estes herbicidas possuem compostos químicos que inibem o transporte de elétrons (resultante da fotólise dá água), necessários para a formação de ATP e NADPH, impedindo a fixação de CO2 e a formação de glicose, isto é, a conclusão do processo de fotossíntese.
Em plantas sensíveis a fotossíntese cessa em dois dias.
Sua absorção pode ser via radicular ou foliar (a mais comum).
Todos se translocam basicamente via xilema
Plantas perenes só podem ser afetadas em aplicações via solo.
Na fase clara ou reações de transferência de elétrons, a radiação da luz excita um elétron da clorofila que irá se deslocar numa cadeia de transportadora de elétrons. H+ é bombeado para o tilacóide produzindo a força proton-motriz para geração de ATP. Os elétrons
juntamente com o H+, são dirigidos para o NADP+ formando NADPH. A água é utilizada como doadora de elétrons resultando na liberação de O2.
Na fase escura ou reações de fixação do carbono, o ATP e o NADPH servem como energia e força redutora para a conversão de CO2 em carboidratos.
21
22
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DA DIVISÃO CELULARModo de ação:
Estes herbicidas inibem a realização da mitose, pois impedem a formação de microtúbulos que são os responsáveis pelo deslocamento de cromossomos durante a divisão celular .
Aspecto dos microtúbulos 
O fuso mitótico está em verde: ele é composto por microtúbulos
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DA DIVISÃO CELULAR
Modo de ação:
Estes herbicidas não se translocam nas plantas (são de contato) e atuam basicamente sobre plântulas paralisando o crescimento da raiz e da parte aérea
São aplicados no solo em pré-emergência e incorporados
Apresentam de moderada a alta resistência à lixiviação, mas desaparecem rapidamente do solo (são voláteis, sofrem fotólise e decomposição microbiana)
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DA PROTOX
Modo de ação:
Inibe a ação da Protox (Protoporfirinogênio oxidase), enzima que participa da rota de formação de clorofila
As estruturas formadoras de clorofila não utilizadas se acumulam e reagem com o oxigênio, formando radicais livres reativos que são especialmente destrutivos para as espécies de folhas largas (dicotiledôneas).
Atua em caulículos e folhas;
Age na presença de luz, causando a ruptura das membranas celulares, resultando em necrose dos tecidos e morte da planta;
Não há translocação na planta;
As plantas em que são aplicados morrem rapidamente;
São fortemente adsorvidos na matéria orgânica (por isso são pouco lixiviáveis).
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DA PROTOX
Principais herbicidas e marcas comerciais:
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DA PROTOX
Sintomas de fitotoxicidade observados poucas horas após a aplicação. A morte da planta é constatada em uma semana.
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DE CAROTENÓIDES
Modo de ação:
Estes herbicidas agem na rota de biossíntese de carotenóides, provocando a despigmentação da folha (brotos sadios ficam brancos → albinismo)
Os pigmentos (carotenóides) da folha não sendo sintetizados expõe as clorofilas à ação nociva do excesso de luz (fotoxidação)
PARA ENTENDERMOS A AÇÃO DESTES HERBICIDAS É PRECISO CONHECERMOS O PAPEL DOS CAROTENÓIDES NOS CLOROPLASTOS!
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DE CAROTENÓIDES
Importância dos carotenóides na fotossíntese:
Os carotenóides são pigmentos que se localizam nos cloroplastos e desempenham papel importante na fotossíntese por aumentarem o espectro de luz do qual a energia é capturada. Além disso, os carotenóides protegem as moléculas de clorofila e outros compostos de radicais livres formados durante a fotossíntese, reduzindo a energia livre a um nível que não provoque danos. Assim, os carotenóides funcionam como agentes redutores da energia capturada em excesso durante a fotossíntese.
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DE LIPÍDEOS
Modo de ação:
Estes herbicidas atuam sobre a enzima Acetil-Coa Carboxilase (ACCase) que participa da rota da síntese de lipídeos.
A biossíntese de lipídeos ocorre, em sua maioria, nos meristemas das raízes e parte aérea, onde novas células estão sendo formadas.
Os lipídeos estão presentes na cutina que reveste a membrana foliar e na dupla camada lipídica da membrana celular.
Sem produção de lipídeo não há produção de membrana celular e o crescimento da planta é paralisado.
Sem produção da cutina a membrana foliar fica exposta a injúrias provocadas pelo vento, perda de água, radiação, patógenos, congelamento, etc., podendo levar à morte da célula.
As gramíneas são particularmente sensíveis a estes herbicidas e têm pouca ou nenhuma ação sobre as ervas de folhas largas
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DE LIPÍDEOS
Modo de ação:
Os sintomas de injúrias causadas por esses herbicidas não são perceptíveis até vários dias após o tratamento, embora a planta cesse o crescimento logo após a aplicação
As folhas jovens gradualmente ficam púrpuras, marrons e morrem
Folhas maduras podem permanecer verdes por um longo tempo já que possuem a camada de cutina já totalmente formada. 
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DE AMINOÁCIDOS
Modo de ação:
Estes herbicidas atuam sobre enzimas que formam os aminoácidos. Os aminoácidos são a base de formação das proteínas(que têm inúmeras funções essenciais nas plantas).
São herbicidas sistêmicos não seletivos pós-emergente.
A inibição da síntese de aminoácidos leva à não produção de fito-hormônios (crescimento da planta) e flavonóides (protege a planta contra raios Ultra Violetas e microrganismos patogênicos)
6 – Controle químico das ervas invasoras 
HERBICIDAS INIBIDORES DE AMINOÁCIDOS
Modo de ação:
Os sintomas de injúrias são aparentes a partir do 3º ou 5º dia após o tratamento e incluem nanismo, amarelecimento da folhagem e lenta morte da planta
Sintoma de fitotoxidez causada por Glyphosate em Brachiaria brizantha (A) e em malva branca (Sida cordifolia) (B).

Continue navegando