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Contabilidade Auditor Fiscal LFG

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Curso Auditor 
e Analista Fiscal 2014/1 
 
CONTABILIDADE GERAL 
-Teoria e Resolução de Questões- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
2 
ÍNDICE 
 
� Conteúdo Programático ATRFB 2012 ................................................................... 04 
� Análise das últimas 9 provas de Analista-Tributário da RFB ................................. 05 
� Conteúdo Programático AFRFB 2012 ................................................................... 06 
� Algumas informações sobre a prova de Auditor-Fiscal da RFB ............................ 07 
� Retrato ESAF de 2008 a 2013 .............................................................................. 08 
� Contas utilizadas pela ESAF nos últimos 15 anos ................................................ 09 
� 100 fatos contábeis tirados de provas da ESAF ................................................... 12 
� Resposta dos 100 Fatos ....................................................................................... 20 
� Fórmulas e classificação dos 100 fatos contábeis ................................................ 24 
� Entendendo o núcleo fundamental da disciplina ................................................... 25 
 
---Questões--- 
 
� Parte Introdutória .................................................................................................. 77 
� Origens e Aplicações ............................................................................................ 80 
� Estados Patrimoniais ............................................................................................ 83 
� Equação Fundamental do Patrimônio ................................................................... 83 
� Lançamentos ........................................................................................................ 84 
� Fórmulas de Lançamentos ................................................................................... 88 
� Tipos de Fatos Contábeis ..................................................................................... 89 
� Teorias das Contas ............................................................................................... 90 
� Fatos Contábeis Seguidos de Perguntas sobre o Patrimônio ............................... 92 
� Contas .................................................................................................................. 94 
� Regimes de Escrituração: Caixa x Competência ................................................ 100 
� Ajuste a Valor Presente ...................................................................................... 106 
� Escrituração ........................................................................................................ 107 
� Desconto de Duplicatas ...................................................................................... 110 
� Folha de Pagamento .......................................................................................... 114 
� Depreciação, Amortização, Exaustão ................................................................. 116 
� Provisões ............................................................................................................ 124 
� Teste de Recuperabilidade ................................................................................. 130 
� Princípios de Contabilidade ................................................................................ 132 
� Operações com Mercadorias .............................................................................. 138 
� Demonstração do Resultado do Exercício .......................................................... 151 
� Reserva legal ...................................................................................................... 157 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
3 
� Dividendos .......................................................................................................... 161 
� Reserva de Lucros a Realizar ............................................................................. 163 
� Subvenção e Assistência Governamentais ......................................................... 164 
� Reservas de Capital ........................................................................................... 165 
� Demonstrações Contábeis na Lei 6.404/76 ........................................................ 167 
� Ativo Intangível ................................................................................................... 171 
� Noções de Lucro Real ........................................................................................ 173 
� Ajuste de Avaliação Patrimonial .......................................................................... 174 
� Questões Diversas ............................................................................................. 175 
 
---Para Ler e Reler!!!--- 
 
� Lei 6.404/76 (artigos 175 a 205) ........................................................................ 179 
� Resolução 750/93 – Princípios de Contabilidade ................................................ 193 
� Escrituração: Resolução CFC 1.330/11 e Capítulo IV do Código Civil ................ 196 
� Código Civil – Capítulo sobre Escrituração ......................................................... 199 
� Trechos de alguns pronunciamentos do CPC ..................................................... 202 
� Provas Anteriores: Verdades Fundação Carlos Chagas (FCC) ........................... 232 
� Provas Anteriores: Verdades Cespe/UNB........................................................... 267 
 
--- O gabarito será disponibilizado separadamente --- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
4 
EDITAL ATRFB 2012 
 
CONTABILIDADE GERAL: 
 
01. Princípios Contábeis Fundamentais. 
02. Patrimônio: Componentes Patrimoniais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou Patrimônio Líquido). 
03. Diferenciação entre Capital e Patrimônio. 
04. Equação Fundamental do Patrimônio. 
05. Representação Gráfica dos Estados Patrimoniais. 
06. Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais. 
07. Contas: Conceito, Débito, Crédito e Saldo – Teorias, Função e Estrutura das Contas – Contas 
Patrimoniais e de Resultado. 
08. Apuração de Resultados. 
09. Sistemas de Contas. Plano de Contas. 
10. Provisões em Geral. 
11. Escrituração: Conceito e Métodos – Lançamento Contábil: Rotina e Fórmulas. Processo de 
Escrituração. Escrituração de Operações Financeiras. 
12. Livros de Escrituração: Obrigatoriedade, Funções e Formas de Escrituração. Erros de Escrituração e 
suas correções. 
13. Sistema de Partidas Dobradas. 
14. Balancete de Verificação. 
15. Balanço Patrimonial: Obrigatoriedade e apresentação. Conteúdo dos Grupos e Subgrupos. 
16. Classificação das Contas, Critérios de Avaliação do Ativo e Passivo e Levantamento do Balanço de 
acordo com a Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). 
17. Demonstração do Resultado do Exercício: Estrutura, Características e Elaboração de acordo com a Lei 
nº 6.404/76. 
18. Apuração da Receita Líquida, do Custo das Mercadorias ou dos Serviços Vendidos e dos Lucros: 
Bruto, Operacional e Não-Operacional do Exercício, do Resultado do Exercício antes e depois da 
Provisão para o Imposto sobre a Renda e para a Contribuição Social sobre o Lucro. 
19. PIS/PASEP e COFINS - Regime cumulativo e não-cumulativo. 
 
 
O edital de 2012 está idêntico aos de 2009 e 2005 (igualzinho mesmo, sem tirar nem pôr). Em relação 
aos de 2003,2002.2, 2002.1 e 2000, foi acrescentado apenas o item "19- PIS/PASEP e COFINS - Regime 
cumulativo e não-cumulativo". Deste modo, basta uma olhada no que caiu nos últimos concursos para 
vermos o que pode ou não ser cobrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
5 
AS ÚLTIMAS PROVAS DE ATRFB 
� 1997199719971997: 5 questões ........................ todas ok 
� 1998199819981998: 5 questões ........................ todas ok 
� 2000200020002000: 10 questões ...................... 1 anulada + uma mal feita não anulada 
� 2002.12002.12002.12002.1: 10 questões ................... 1 anulada; as demais ok 
� 2002.22002.22002.22002.2: 10 questões ................... 2 anuladas + uma com gabarito ABSURDO 
� 2003200320032003: 10 questões ...................... 1 anulada; as demais ok 
� 2006200620062006: 10 questões ...................... 2 anuladas + uma mal feita não anulada 
� 2009200920092009: 10 questões ...................... sem anulações; uma mal feita não anulada 
� 2012201220122012: 10 questões ...................... todas ok 
� TotalTotalTotalTotal: 80 questões80 questões80 questões80 questões 
 Veja que de 97 pra cá tivemos 80 questões de Analista-Tributário da Receita Federal. Vez ou outra 
aparece uma questão mal feita (prepare seu espírito pra isso). Geralmente as questões têm um nível “mais 
ou menos” (nem água com açúcar, nem fim de mundo). Eis os assuntos que mais caíram: 
� Relação de Contas ............................................14 
� Operações com Mercadorias ............................12 
� Lei 6.404/76 (art.175 a 202) ..............................07 
� Lançamentos/ARE .............................................07 
� Desconto de Duplicatas .....................................05 
� DRE ...................................................................05 
� Depreciação.......................................................05 
� Provisões ...........................................................05 
� Regimes de Escrituração ..................................03 
� Escrituração .......................................................02 
� Teorias das Contas ...........................................02 
� Equivalência Patrimonial ...................................01 
� Lucro Real – Noções .........................................01 
� Princípios ...........................................................01 
� Reserva Legal....................................................01 
� Tipos de Fatos Contábeis ..................................01 
� Fórmulas de Lançamento ..................................01 
� Diversos .............................................................07 
� Total ...................................................................80 
Logo, pode, sim, cair operações com mercadorias, depreciação, provisões, regimes de escrituração, 
equivalência patrimonial (lançamentos básicos), Lei 6.404/76, desconto de duplicatas e reserva legal, dentre 
outras coisas. 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
6 
EDITAL AFRFB 2012 
 
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA: 
 
1. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro aprovado pelo 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 
2. Patrimônio: componentes patrimoniais, ativo, passivo e situação líquida. Equação fundamental do 
patrimônio. 
3. Fatos contábeis e respectivas variações patrimoniais. 
4. Sistema de contas, contas patrimoniais e de resultado. Plano de contas. 
5. Escrituração: conceito e métodos; partidas dobradas; lançamento contábil – rotina, fórmulas; processos 
de escrituração. 
6. Provisões Ativas e Passivas, tratamento das Contingências Ativas e Passivas. 
7. Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. 
8. Ativos: estrutura, grupamentos e classificações, conceitos, processos de avaliação, registros contábeis 
e evidenciações. 
9. Passivos: conceitos, estrutura e classificação, conteúdo das contas, processos de avaliação, registros 
contábeis e evidenciações. 
10. Patrimônio líquido: capital social, adiantamentos para aumento de capital, ajustes de avaliação 
patrimonial, ações em tesouraria, prejuízos acumulados, reservas de capital e de lucros, cálculos, 
constituição, utilização, reversão, registros contábeis e formas de evidenciação 
11. Balancete de verificação: conceito, forma, apresentação, finalidade, elaboração. 
12. Ganhos ou perdas de capital: alienação e baixa de itens do ativo. 
13. Tratamento das Participações Societárias, conceito de coligadas e controladas, definição de influência 
significativa, métodos de avaliação, cálculos, apuração do resultado de equivalência patrimonial, 
tratamento dos lucros não realizados, recebimento de lucros ou dividendos de coligadas e controladas, 
contabilização. 
14. Apuração e tratamento contábil da mais valia, do goodwill e do deságio: cálculos, amortizações e forma 
de evidenciação. 
15. Redução ao valor recuperável, mensuração, registro contábil, reversão. 
16. Tratamento das Depreciação, amortização e exaustão, conceitos, determinação da vida útil, forma de 
cálculo e registros. 
17. Tratamentos de Reparo e conservação de bens do ativo, gastos de capital versus gastos do período. 
18. Debêntures, conceito, avaliação e tratamento contábil. 
19. Tratamento das partes beneficiárias. 
20. Operações de Duplicatas descontadas, cálculos e registros contábeis. 
21. Operações financeiras ativas e passivas, tratamento contábil e cálculo das variações monetárias, das 
receitas e despesas financeiras, empréstimos e financiamentos: apropriação de principal, juros 
transcorridos e a transcorrer. 
22. Despesas antecipadas, receitas antecipadas. 
23. Folha de pagamentos: elaboração e contabilização. 
24. Passivo atuarial, depósitos judiciais, definições, cálculo e forma de contabilização. 
25. Operações com mercadorias, fatores que alteram valores de compra e venda, forma de registro e 
apuração do custo das mercadorias ou dos serviços vendidos. 
26. Tratamento de operações de arrendamento mercantil. 
27. Ativo Não Circulante Mantido para Venda, Operação Descontinuada e Propriedade para Investimento, 
conceitos e tratamento contábil. 
28. Ativos Intangíveis, conceito, apropriação, forma de avaliação e registros contábeis. 
29. Tratamento dos saldos existentes do ativo diferido e das Reservas de Reavaliação. 
30. Apuração do Resultado, incorporação e distribuição do resultado, compensação de prejuízos, 
tratamento dos dividendos e juros sobre capital próprio, transferência do lucro líquido para reservas, 
forma de cálculo, utilização e reversão de Reservas. 
31. Demonstrações Contábeis, obrigatoriedade de apresentação e elaboração de acordo com a Lei n. 
6.404/76 e suas alterações e as Normas Brasileiras de Contabilidade atualizadas. 
32. Balanço Patrimonial: obrigatoriedade, apresentação; conteúdo dos grupos e subgrupos. 
33. Demonstração do Resultado do Exercício, estrutura, evidenciação, características e elaboração. 
34. Apuração da receita líquida, do lucro bruto e do resultado do exercício, antes e depois da provisão para 
o Imposto sobre Renda, contribuição social e participações. 
35. Demonstração do Resultado Abrangente, conceito, conteúdo e forma de apresentação. 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
7 
36. Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido, forma de apresentação e conteúdo. 
37. Demonstração do Fluxo de Caixa: obrigatoriedade de apresentação, métodos de elaboração e forma de 
apresentação. 
38. Demonstração do Valor Adicionado – DVA: conceito, forma de apresentação e elaboração. 
39. Análise das Demonstrações.Análise horizontal e indicadores de evolução. Índices e quocientes 
financeiros de estrutura e econômicos. 
IMPORTANTE: 
Nosso curso abrange boa parte do conteúdo programático. No entanto, os assuntos sublinhados 
não são abordados. 
*** 
AS ÚLTIMAS PROVAS DE AFRFB 
� 1996199619961996: 20 questões ............ 2 anuladas 
� 1998199819981998: 20 questões ............ nenhuma anulada 
� 2001200120012001: 20 questões ............ 2 anuladas 
� 2002.12002.12002.12002.1: 20 questões ......... 1 anulada 
� 2002.22002.22002.22002.2: 20 questões ......... 1 anulada 
� 2003200320032003: 20 questões ............ 2 anuladas 
� 2005200520052005: 20 questões ............ 1 anulada 
� 2009200920092009: 20 questões ............ 1 anulada 
� 2012201220122012: 30 questões ............ nenhuma anulada 
 Até 2003, havia uma prova de Contabilidade Geral, com 20 questões, e outra de 
Contabilidade Avançada/Auditoria, com 60 questões (30 de cada). A partir de 2005 houve a 
unificação das provas de Geral e Avançada, com 20 questões (em 2005 não houve prova de 
Auditoria). Em 2009, além da prova de Contabilidade Geral e Avançada, com 20 questões, houve 
o retorno de Auditoria. No último concurso – SET/2012 – contabilidade aumentou ainda mais sua 
importância, pois passou a ter 30 questões. Se a prova de 2005 foi praticamente uma prova de 
Contabilidade Geral a de 2012 fez juz ao nome de Avançada: a ESAF enfim resolveu cobrar os 
pronunciamentos do CPC. É bom, daqui pra frente, ficarmos cada vez mais espertos em relação 
às diversas novidades que têm aparecido em provas de contabilidade. 
Atenção: na prova de Auditor-Fiscal da Receita Federal NÃO CAI: 
� Consolidação de Balanços 
� Reorganização Societária (Fusão, Cisão, Incorporação) 
� Contabilidade de Custos 
� Contabilidade Pública 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
8 
 
RETRATO ESAF DE 2008 A 2013: 
 
 
De 2008 pra cá a ESAF fez as seguintes provas de Contabilidade Geral: 
 
- Analista de Finanças e Controle AFC/CGU (MAR/2008) .................. 07 questões 
- Analista de Planejamento e Orçamento APO (JUN/2008) ................ 03 questões 
- Auditor da Prefeitura de Natal/RN (AGO/2008) ................................ 10 questões 
- Analista de Finanças e Controle AFC/STN (NOV/2008) ................... 10 questões 
- Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças (MAR/2009) ...... 10 questões 
- Auditor-Fiscal da Receita Federal (DEZ/2009) ................................. 20 questões 
- Analista-Tributário da Receita Federal ............................................. 10 questões 
- Analista de Planejamento e Orçamento APO (MAR/2010) ............... 05 questões 
- Analista Técnico da SUSEP (ABR/2010) ......................................... 10 questões 
- Fiscal de Rendas da Prefeitura do RJ (SET/2010) ........................... 10 questões 
- Analista da Comissão de Valores Mobiliários (DEZ/2010) ................ 10 questões 
- Analista de Comércio Exterior ACE/MDIC (MAI/2012) ..................... 15 questões 
- Analista de Finanças e Controle AFC/STN (MAR/2013) ................... 30 questões 
- Contador PECFAZ MF (AGO/2013) ................................................. 10 questões 
- Analista Técnico-Administrativo (AGO/2013) ................................... 15 questões 
 
 Total: 175 questões 
 
 
 
� Vejamos os assuntos mais cobrados pela ESAF nessas provas: 
 
� 01º lugar: Contas 
� 02º lugar: Operações com Mercadorias 
� 03º lugar: Lei 6.404/76 
� 04º lugar: DRE 
� Depreciação 
� 06º lugar: Provisões 
 Parte Introdutória (conceitos, fórmulas, tipos de fatos, teorias das contas, 
 estados patrimoniais) 
� 08º lugar: Equivalência patrimonial 
 Informações/fatos seguidos de perguntas sobre o patrimônio 
� 10º lugar: Princípios 
 
 
 
� Em provas específicas de Contabilidade Avançada da ESAF, verificamos 
que demonstrações de Fluxo de Caixa e Equivalência Patrimonial são 
assuntos bastante cobrados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
9 
Vejamos as contas utilizadas pela ESAF nos 
15 últimos anos: 
 
ATIVO (Bens e Direitos) 
 
Ações de coligadas => AñC Investimento 
Ações de controladas => AñC Investimento 
Ações de outras companhias => AñC 
Investimento 
Adiantamento a diretores => AñC RLP 
Adiantamento a fornecedores => AC 
Ágio na aquisição de ações de controladas => 
AñC Investimento 
Aluguéis a receber => AC 
Aluguéis a vencer => AC 
Aluguéis passivos a vencer => AC 
Aluguéis pagos antecipadamente => AC 
(Amortização acumulada) => Retif. AñC 
(Intangível ou Imobilizado) 
Ativo imobilizado => AñC Imobilizado 
Bancos conta movimento => AC 
Bancos c/Poupança => AC 
C/C ICMS (se o saldo for devedor) => AC 
Caixa => AC 
Caixa e bancos => AC 
Clientes => AC 
Comissões Ativas a Receber => AC 
Comissões Passivas a Vencer => AC 
Computadores e periféricos => AC 
Contas a receber => AC 
Créditos de acionistas transação não 
recorrente => AñC RLP 
Créditos de financiamento/funcionamento => 
AC 
Depósito bancário => AC 
(Depreciação acumulada) => Retif. AñC 
Imobilizado 
Despesas antecipadas => AC 
Despesas a vencer => AC 
Despesas Diferidas => AC 
Devedores mobiliários => AC 
Dinheiro em caixa => AC 
Disponibilidades => AC 
Duplicatas a receber => AC 
Duplicatas a vencer => AC 
Duplicatas emitidas => AC 
Duplicatas protestadas => AC 
Edificações => AñC Imobilizado 
Edifícios de uso => AñC Imobilizado 
Empréstimos a coligadas => AñC RLP 
Empréstimos concedidos => AC 
Empréstimos concedidos (não circulante) => AñC 
RLP 
Estoque de bens => AC 
Estoque de bens de consumo => AC 
Estoque final => AC 
Estoques => AC 
ICMS a recuperar => AC 
Imobilizado => AñC Imobilizado 
Imobilizado em andamento => AñC Imobilizado 
Imóveis => AñC Imobilizado 
Impostos a recuperar => AC 
Impostos a vencer => AC 
Instalações => AñC Imobilizado 
Investimento em ações => AñC Investimento 
Investimentos em Controladas => AñC 
Investimento 
Investimentos => AñC Investimento 
Investimentos temporários => AC 
Investimentos – ágio => AñC Investimento 
Investimentos avaliados pelo PL => AñC 
Investimento 
Juros a receber => AC 
Juros pagos antecipadamente => AC 
Juros passivos a vencer => AC 
Máquinas e equipamentos => AñC Imobilizado 
Marcas e patentes => AñC Intangível 
Materiais => AC 
Material de consumo => AC 
Mercadorias => AC 
Mercadorias em estoque => AC 
Mobília => AñC Imobilizado 
Móveis e máquinas => AñC Imobilizado 
Móveis e utensílios => AñC Imobilizado 
Nota promissória a receber => AC 
Notas promissórias aceitas => AC 
Numerário em trânsito => AC 
Obras em andamento => AñC Imobilizado 
Participação acionária => AñC Investimento 
Participações societárias => AñC Investimento 
(Perdas estimadas para redução ao valor 
recuperável) => Retif. AñC Imobilizado ou 
Intangível 
Prêmio de seguros a vencer => AC 
Produtos acabados => AC 
 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
10
Produtos para venda => AC 
Propriedades para investimentos => AñC 
Investimento 
(Provisão para ajuste de estoques) => Retif. AC 
(Provisão para créditos de liquidação duvidosa) 
=> Retif. AC 
(Provisão para devedores duvidosos) => Retif. AC 
(Provisão para perdas em investimentos) => Retif. 
AñC Investimento 
Realizável a longo prazo => AñC RLP 
Receitas a receber => AC 
Seguros a vencer => AC 
Terrenos => AñC Imobilizado 
Terrenos e edifícios => AñC Imobilizado 
Títulos a receber => AC 
Títulos a receber a LP => AñC RLP 
Valores Mobiliários => AC 
Veículos => AñC ImobilizadoPASSIVO (Obrigações) 
 
Adiantamento de clientes => PC 
Aluguéis a pagar => PC 
Aluguéis ativos a vencer => PC 
C/C ICMS (se o saldo for credor) => PC 
Contas a pagar => PC 
Contribuições a Recolher => PC 
Debêntures a resgatar => PC 
Debêntures conversíveis em ações => PC 
Debêntures exigível a longo prazo => PñC 
Débitos de financiamento/funcionamento => 
PC 
Despesas a pagar => PC 
Dívidas => PC 
Dívidas com fornecedores => PC 
Dívidas diversas => PC 
Dividendos a pagar => PC 
Duplicatas a pagar => PC 
Duplicatas aceitas => PC 
Duplicatas descontadas => PC 
Empréstimos a longo prazo => PC 
Empréstimos a pagar => PC 
Empréstimos bancários => PC 
Empréstimos e financiamentos => PC 
Empréstimos sob caução => PC 
(Encargos financeiros a transcorrer) => Retif. 
PC 
Faturamento para entrega futura => PC 
FGTS a recolher => PC 
Financiamentos bancários => PC 
Financiamentos contraídos (circulante) => PC 
Fornecedores => PC 
ICMS a recolher => PC 
Impostos a pagar => PC 
Impostos a recolher => PC 
Impostos, contribuição e participação a pagar => 
PC 
INSS a recolher => PC 
IR e CSLL a recolher => PC 
Juros a pagar => PC 
Notas promissórias emitidas => PC 
Obrigações trabalhistas => PC 
Prêmio de seguros a pagar => PC 
Previdência social a recolher => PC 
Provisão para férias => PC 
Provisão para FGTS => PC 
Provisão para imposto de renda => PC 
Provisão para IR e CSLL => PC 
Provisões para reestruturação => PC 
Salários a pagar => PC 
Salários e encargos a pagar => PC 
Salários não quitados => PC 
Títulos a pagar => PC 
Títulos a pagar a LP => PñC 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
(Ações em tesouraria) 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Capital 
(Capital a integralizar) 
(Capital a realizar) 
Capital registrado 
Capital social 
(Dividendos antecipados) 
(Impostos sobre reavaliação) 
Lucros/prejuízos acumulados 
(Prejuízos acumulados) 
(Prejuízos anteriores) 
Reserva legal 
Reservas de capital 
Reservas de contingências 
Reservas de lucros 
Reservas de reavaliação 
 
 
 
 
 
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11
Reservas estatutárias 
 
DESPESAS 
Abatimento s/ vendas (dedução da receita bruta) 
Aluguéis pagos 
Aluguéis passivos 
COFINS 
Comissões passivas 
Condução e transporte 
Consumo efetuado 
Contribuição social sobre o lucro líquido 
Contribuições previdenciárias 
Custo das mercadorias vendidas 
Custo das/de vendas 
Depreciação e amortização 
Depreciação encargos 
Descontos concedidos 
Descontos passivos 
Despesa de comissões 
Despesas de organização 
Despesas administrativas 
Despesas administrativas e gerais 
Despesas bancárias 
Despesas comerciais 
Despesas de aluguel 
Despesas de juros 
Despesas de salários 
Despesas de transporte 
Despesas efetivadas no período 
Despesas financeiras 
Despesas gerais 
Despesas pré-operacionais 
Devedores duvidosos 
Devolução de vendas (dedução da receita bruta) 
Encargos bancários 
Encargos de depreciação 
FGTS 
Fretes e carretos 
Gastos com instalação 
ICMS sobre vendas (dedução da receita bruta) 
Impostos 
Impostos e taxas 
Insubsistência do ativo 
IPTU 
IPVA 
Juros passivos 
Lanches e refeições 
Material consumido 
Participação de empregados 
Participações estatutárias 
PIS sobre faturamento (dedução da receita bruta) 
Prejuízo na alienação 
Prejuízo na venda 
Prêmios de seguros 
Previdência social – encargos 
Salários 
Salários e encargos 
Salários e ordenados 
Superveniência do passivo 
Superveniência passiva 
 
RECEITAS 
Aluguéis ativos 
Aluguéis recebidos 
Comissões ativas 
Descontos ativos 
Descontos obtidos 
Ganhos de capital na alienação de imobilizado 
Insubsistência ativa 
Insubsistência do passivo 
Juros ativos 
Lucro na alienação 
Receita bruta de vendas 
Receita de aluguel 
Receita de serviço 
Receita de vendas 
Receitas auferidas no período 
Receitas de juros 
Receitas diversas 
Receitas financeiras 
Rendas obtidas 
Serviços prestados 
Superveniência ativa 
Superveniência do ativo 
Vendas à vista / Vendas a prazo 
Vendas de mercadorias 
Endosso para Desconto e Títulos Endossados: 
caíram na prova de Analista-Tributário da RFB 
2012. Foi pegadinha, pois são contas de 
compensação e não se enquadram em nenhum 
dos cinco grandes grupos do sistema normal de 
contabilidade (Ativo, Passivo, PL, Receita e 
Despesa). 
 
 
 
 
 
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100 FATOS CONTÁBEIS 
- Tirados exclusivamente de provas da ESAF- 
Pagamentos, Compras 
01. pagamento a fornecedores R$ 4.200,00 
 
 
02. pagamento de um título no valor de 3.000,00 
 
 
03. pagamento de um título vencido no valor de 
R$ 1.200,00 
 
 
04. pagamento de empréstimos a curto prazo 
R$ 150,00 
 
 
05. pagamento de empréstimos a longo prazo 
R$ 900,00 
 
 
06. pagamento de R$ 12.000,00 de hipotecas de 
longo prazo 
 
 
07. compra a vista de veículos para o ativo 
imobilizado R$ 2.700,00 
 
 
08. compra a prazo (160 dias) de móveis para o 
escritório R$ 1.650,00 
 
 
09. compras de máquinas industriais a longo 
prazo R$ 1.500,00 
 
 
10. compra a prazo de máquinas para o próprio 
uso, no valor de R$ 15.000,00 
 
 
11. compra, a prazo, de móveis e utensílios para 
uso por R$ 40.000,00 
 
 
12. firma comprou mercadorias a vista por R$ 
1.400,00 
 
 
13. compra de mercadorias por R$ 8.000,00 
com pagamento a longo prazo 
 
 
14. compra de bens para revender: cem 
unidades por R$ 21.000,00, a prazo 
 
 
15. compra de mercadorias isentas de tributação 
por R$ 1.200,00, aceitando duplicatas 
 
 
 
 
 
 
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16. compra de mercadorias a curto prazo R$ 
4.800,00 
 
17. compra de mercadorias por 15.000,00 
pagando um terço como entrada 
 
 
18. compras de mercadorias por 20 mil, com 
entrada de R$ 4 mil e duplicatas 
 
 
19. compra de móveis para venda, por R$ 
2.200,00, pagando uma entrada de 20% e o 
restante a prazo 
 
 
20. compra de máquinas por R$ 5.000,00, 
pagando entrada de 20% 
 
 
21. compra de móveis para uso, por R$ 
6.000,00, aceitando duplicatas, sendo dois 
terços com vencimento a longo prazo 
 
 
22. compra a prazo de máquinas para uso por 
1.000,00 pagando 40% de entrada 
 
 
 
 
23. compra de rações e alimentos por R$ 
4.000,00, pagando entrada de 20% e emitindo 
notas promissórias 
 
 
 
24. compra de mesas por R$ 300,00, sendo 
40% para vender e 60% para usar, pagando R$ 
100,00 e aceitando duplicatas 
 
 
 
Recebimentos, Empréstimos 
25. recebimento de clientes R$ 3.000,00 
 
 
26. recebimento de duplicata no valor de R$ 
100,00, em dinheiro 
 
 
27. empréstimos concedidos a empresas 
coligadas R$ 300,00 
 
 
 
28. recebimento de empréstimos concedidos 
aos sócios R$ 450,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
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29. empréstimos tomados a longo prazo R$ 
1.200,00 
 
 
30. empréstimos tomados a curto prazo R$ 
143,00 
 
 
Despesas 
31. registro de salários de R$ 300,00, para 
pagamento posterior 
 
 
 
32. registro de impostos do mês, no valor de 
120,00, para recolhimento posterior 
 
 
 
33. ocorrência de uma despesa de R$ 160,00 
para pagamento futuro 
 
 
 
34. empresa registrou a conta de luz do mês (R$ 
80,00) para pagamento no mês seguinte 
 
 
 
35. registro do aluguel do mês no valor de R$ 
300,00 para pagamento posterior 
 
 
 
36. pagamento do aluguel do mês no valorde 
28,00 
 
 
 
37. pagamento de despesas do mês no valor de 
R$ 7.000,00 
 
 
 
38. pagamento de juros do mês corrente no 
valor de R$ 400,00 
 
 
 
39. pagamento de despesas com vendas R$ 
1.320,00 
 
 
 
40. pagamento antecipado de uma despesa de 
R$ 100,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Vendas de Mercadorias, Serviços 
41. vendas de mercadorias a vista R$ 15.000,00 
 
 
42. vendas de mercadorias por R$ 10 mil, pagos 
a vista 
 
 
43. venda de bens destinados a venda: oitenta 
unidades por R$ 19.00,00, a vista 
 
 
44. vendas de mercadorias por R$ 18 mil, com 
entrada de R$ 8 mil e duplicatas 
 
 
45. venda, a vista, de mercadorias por R$ 
50.000,00, com lucro de 30% sobre as vendas 
 
 
46. firma prestou serviços a vista por R$ 800,00 
 
 
47. registro de serviço realizado para 
recebimento a prazo, no valor de 52,00 
 
 
48. prestação de serviços por R$ 400,00, 
recebendo, no ato, apenas 40% 
 
Pagando com desconto 
49. pagamento de duplicatas de R$ 70.000,00, 
obtendo desconto de 12% 
 
 
50. empresa resolveu antecipar o pagamento de 
uma dívida de R$ 5.000,00, ainda não vencida, 
para aproveitar o desconto de 10% oferecido 
pelo fornecedor 
 
 
 
51. pagamento de dívidas de R$ 6.000,00 com 
descontos de 15%, em cheque 
 
 
 
52. pagamento de dívidas de R$ 1.000,00, com 
desconto de 10% 
 
 
 
53. pagamento de títulos vencidos no valor de 
R$ 200,00, com desconto de 10% 
 
 
 
54. pagamento de duplicatas de R$ 100,00, com 
desconto de 10% 
 
 
 
 
 
 
 
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55. pagamento de dívidas em duplicatas de 
500,00, com descontos de 10% 
 
 
56. pagamento de um título de 650,00 com 
desconto de 10% 
 
 
Pagando com juros 
57. quitação de duplicatas no valor de R$ 
1.100,00, com juros de 10% de seu valor 
 
 
 
58. quitação, por via bancária, de uma duplicata 
no valor de R$ 600,00, com acréscimo de 10% 
relativos a juros 
 
 
 
59. ao quitar uma dívida em duplicatas no valor 
de R$ 2.000,00, a empresa foi compelida a 
pagar multa e juros de mora de R$ 100,00 
 
 
 
60. pagamento de uma dívida já vencida no 
valor de R$ 8.000,00, efetuado com juros 
moratórios de 11% 
 
 
61. pagamento de duplicatas de R$ 3 mil, com 
juros de R$ 600,00 
 
 
 
62. pagamento de imposto atrasado no valor de 
R$ 500,00, com juros de 10% 
 
 
 
63. pagamento de duplicatas de R$ 100,00, com 
juros de 15% 
 
 
 
64. pagamento de um título de 450,00 com juros 
de 10% 
 
 
Recebendo com juros 
65. a empresa recebeu uma duplicata no valor 
de R$ 30.000,00, com acréscimo de juros de 
10% por atraso no pagamento em relação ao 
vencimento original 
 
 
66. recebimento de créditos no valor de R$ 
16.000,00, com juros de 8% 
 
 
 
 
 
 
 
 
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67. recebimento de duplicatas de 2.000, com 
juros de R$ 400,00 
 
 
 
 
68. recebimento de direitos de R$ 500,00, com 
juros de 10% 
 
 
 
 
69. recebimento de título no valor de R$ 400,00, 
com juros de 10% 
 
 
 
 
70. recebimento de um título de 460,00, com 
juros de 10% 
 
 
 
 
71. recebimento, em cheque, de duplicatas no 
valor de R$ 2.200,00, com incidência de juros à 
taxa de 10% 
 
 
 
Recebendo com desconto 
72. recebimento de títulos de R$ 120.000,00, 
concedendo desconto de 8% 
 
 
 
 
73. recebimento de títulos de R$ 4.000,00, com 
descontos de 15%, em dinheiro 
 
 
 
 
74. recebimento, em cheque do Banco S/A, de 
uma duplicata, no valor de R$ 500,00, com 
desconto de 5% 
 
 
 
 
75. recebimento de um título de 360,00, com 
desconto de 10% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Desconto de Duplicatas; + Empréstimos 
76. desconto de duplicatas no valor de R$ 
200,00, com encargos bancários de 10% 
 
 
 
 
77. desconto no Banco do Brasil de R$ 600,00 
em duplicatas de sua emissão, com encargos de 
10% 
 
 
 
 
78. contrato de empréstimo no banco no valor 
de 1.200,00, com encargos de 10% 
 
 
 
 
79. firma tomou R$ 1.000,00 emprestados no 
banco, com encargos de 10% 
 
 
 
 
 
 
 
Capital Social 
80. aumento do capital social em R$ 5.000,00 
para integralização futura 
 
 
 
 
81. aumento do capital social em R$ 4.000,00, 
com realização em dinheiro 
 
 
 
 
82. firma recebeu capital social de R$ 1.100,00, 
em dinheiro 
 
 
 
 
 
83. integralização do capital social, sendo R$ 
150,00 em dinheiro, R$ 1.200,00 em 
mercadorias e R$ 600,00 em móveis e utensílios 
para o escritório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Diversos 
84. depósitos bancários R$ 900,00 
 
 
 
85. recebimento de receitas do mês no valor de 
R$ 12.000,00 
 
 
 
86. recebimento do aluguel do mês no valor de 
38,00 
 
 
 
87. contabilização de R$ 230,00 de juros 
vencidos mas não recebidos no exercício 
 
 
 
88. empresa pagou a conta de luz vencida no 
mês passado, no valor de R$ 95,00 
 
 
 
89. apropriação de uma despesa paga 
antecipadamente no valor de R$ 150,00 
 
 
90. registro dos encargos de depreciação no 
valor de R$ 3.000,00 
 
 
 
91. registro de aluguel de R$ 120,00, pagando 
no ato apenas 40% 
 
 
 
92. firma pagou 40% do aluguel de R$ 600,00, 
registrando o restante para pagamento no mês 
seguinte 
 
 
93. distribuição de dividendos de R$ 1.000,00, 
para pagamento em 60 dias 
 
 
 
94. vendas de móveis e utensílios usados: três 
unidades por R$ 1.500,00, a prazo 
 
 
 
 
95. venda de ações de coligadas por R$ 
6.000,00, recebendo em cheque 
 
 
 
 
 
 
 
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96. venda de máquinas por R$ 2.000,00, a 
prazo, com prejuízo de 20% 
 
 
97. emissão das debêntures mediante 
recebimento dos recursos 
 
 
 
 
98. reversão de reservas para contingências R$ 
180,00 
 
 
 
 
99. provisionamento para o imposto de renda no 
valor de R$ 1.200,00 
 
 
 
100. venda a prazo, por R$ 80.000,00, com 
incidência de 10% de ICMS, de mercadorias 
compradas a prazo por R$ 60.000,00, com 
ICMS à alíquota de 15% 
 
 
 
 
 
Resposta dos 100 fatos: 
 
01) D- fornecedores 
 C- caixa-------------------4.200 
 
Obs: Ao invés de ‘fornecedores’, podemos usar: 
‘duplicatas a pagar’ ou ‘duplicatas aceitas’ 
(sinônimo de duplicatas a pagar). Podemos 
até mesmo utilizar ‘contas a pagar’ ou ‘títulos 
a pagar’, enfim, o importante é usar uma 
conta que represente uma dívida da 
empresa. Resumo da ópera: na de 
sofrimento com sinônimos de contas, ok? 
 
02) D- títulos a pagar 
 C- caixa--------------------3.000 
 
03) D- títulos a pagar 
 C- caixa--------------------1.200 
 
04) D- empréstimos 
 C- banco c/ movimento--150 
 
05) D- empréstimos LP 
 C- banco c/ movimento--900 
 
06) D- hipotecas a pagar LP 
 C- banco c/ movimento—12.000 
 
07) D- veículos 
 C- caixa-------------------2.70008) D- móveis e utensílios 
 C- contas a pagar------1.650 
 
09) D- máquinas e equipamentos 
 C- contas a pagar LP-----1.500 
 
10) D- máquinas e equipamentos 
 C- contas a pagar---------15.000 
 
11) D- móveis e utensílios 
 C- contas a pagar--------40.000 
 
12) D- mercadorias 
 C- caixa-------------------1.400 
 
13) D- mercadorias 
 C- fornecedores LP---8.000 
 
14) D- mercadorias 
 C- duplicatas a pagar---21.000 
 
15) D- mercadorias 
 C- duplicatas aceitas----1.200 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21
16) D- estoque de mercadorias 
 C- duplicatas a pagar---4.800 
Obs: Não confunda compra a curto prazo com 
compra à vista. Na compra à vista sai dinheiro 
do caixa; na compra a prazo, não há saída 
imediata de dinheiro, há, isso sim, aumento de 
uma obrigação que será paga em breve. 
 
17) D- mercadorias---------15.000 
 C- caixa---------------------5.000 
 C- fornecedores---------10.000 
 
18) D- mercadorias---------20.000 
 C- caixa---------------------4.000 
 C- duplicatas a pagar--16.000 
 
19) D- mercadorias-----------2.200 
 C- caixa------------------------440 
 C- duplicatas aceitas----1.760 
 
20) D- máquinas-------------5.000 
 C- caixa--------------------1.000 
 C- contas a pagar-------4.000 
 
21) D- móveis e utensílios----6.000 
 C- duplicatas aceitas------2.000 
 C- duplicatas aceitas LP--4.000 
 
22) D- máquinas-------------1.000 
 C- caixa----------------------400 
 C- contas a pagar---------600 
 
23) D- estoque de rações e alimentos----4.000 
 C- caixa-------------------------------------------800 
 C- notas promissórias emitidas-------3.200 
 
24) D- mercadorias---------------120 
 D- móveis e utensílios-----180 
 C- caixa-------------------------100 
 C- duplicatas aceitas-------200 
 
25) D- caixa 
 C- clientes--------3.000 
 
26) D- caixa 
 C- duplicatas a receber----100 
 
27) D- empréstimos a coligadas 
 C- caixa-------------------------300 
 
28) D- caixa 
 C- empréstimos a sócios-----450 
 
29) D- bancos 
 C- empréstimos LP----1.200 
 
 
30) D- bancos c/ movimento 
 C- empréstimos---------143 
 
31) D- salários 
 C- salários a pagar-----300 
 
32) D- impostos 
 C- impostos a pagar---120 
 
33) D- despesa 
 C- despesa a pagar---160 
 
34) D- despesa de luz 
 C- luz a pagar----------80 
 
35) D- despesa de aluguel 
 C- aluguéis a pagar---300 
 
36) D- aluguéis passivos 
 C- caixa------------------28 
 
37) D- despesas 
 C- caixa-----------------7.000 
 
38) D- juros passivos 
 C- caixa--------------400 
 
39) D- despesas com vendas 
 C- caixa---------------1.320 
 
40) D- despesa paga antecipadamente 
 C- caixa---------------100 
 
41) D- caixa 
 C- vendas de mercadorias----15.000 
 
42) D- caixa 
 C- receita de vendas------10.000 
 
43) D- caixa 
 C- vendas----------------19.000 
 
44) D- caixa----------------------8.000 
 D- contas a receber----10.000 
 C- vendas------------------18.000 
 
45) D- caixa 
 C- vendas-----------------50.000 
 
 D- custo das mercadorias vendidas 
 C- mercadorias----------35.000 
 
ou (fazendo um único lançamento) 
 
 D- caixa---------------------- 50.000 
 D- cmv------------------------35.000 
 C- vendas------------------- 50.000 
 C- mercadoria------------ 35.000 
 
 
 
 
 
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22
 
46) D- caixa 
 C- receita de serviços---800 
 
47) D- clientes 
 C- receita de serviços---52 
 
Obs: Ao invés de ‘clientes’, podemos usar: 
‘duplicatas a receber’ ou ‘duplicatas 
emitidas’ (sinônimo de duplicatas a receber). 
Podemos até mesmo utilizar ‘contas a 
receber’ ou ‘títulos a receber’, enfim, o 
importante é usar uma conta que represente 
um valor a receber. 
 
48) D- caixa----------------------160 
 D- clientes-------------------240 
 C- serviços prestados---400 
 
49) D- duplicatas a pagar----70.000 
 C- desconto obtido--------8.400 
 C- caixa-----------------------61.600 
 
50) D- fornecedores-------------5.000 
 C- desconto obtido----------500 
 C- caixa-------------------------4.500 
 
51) D- duplicatas a pagar--------6.000 
 C- desconto obtido-------------900 
 C- bancos c/ movimento—-5.100 
 
52) D- contas a pagar---------1.000 
 C- desconto obtido---------100 
 C- caixa--------------------------900 
 
53) D- títulos a pagar----------200 
 C- desconto obtido--------20 
 C- caixa-----------------------180 
 
54) D- duplicatas a pagar----100 
 C- desconto obtido--------10 
 C- caixa-------------------------90 
 
55) D- duplicatas aceitas-----500 
 C- desconto obtido--------50 
 C- caixa-----------------------450 
 
56) D- duplicatas a pagar----650 
 C- desconto obtido--------65 
 C- caixa-----------------------585 
 
57) D- duplicatas a pagar---1.100 
 D- juros passivos----------110 
 C- caixa----------------------1.210 
 
58) D- duplicatas aceitas----600 
 D- despesa de juros-------60 
 C- banco----------------------660 
 
59) D- duplicatas a pagar------------2.000 
 D- desp de multa e juros---------100 
 C- caixa-------------------------------2.100 
 
60) D- contas a pagar-----------8.000 
 D- juros passivos-------------880 
 C- caixa-------------------------8.880 
 
61) D- duplicatas a pagar---3.000 
 D- juros passivos----------600 
 C- caixa----------------------3.600 
 
62) D- impostos a pagar---500 
 D- juros passivos--------50 
 C- caixa---------------------550 
 
63) D- duplicatas a pagar---100 
 D- juros passivos---------15 
 C- caixa----------------------115 
 
64) D- títulos a pagar-------450 
 D- despesa de juros----45 
 C- caixa--------------------495 
 
65) D- caixa-------------------------33.000 
 C- duplicatas a receber---30.000 
 C- juros ativos------------------3.000 
 
66) D- caixa--------------------17.280 
 C- contas a receber---16.000 
 C- receita de juros-------1.280 
 
67) D- caixa------------------------2.400 
 C- duplicatas emitidas---2.000 
 C- juros ativos-----------------400 
 
68) D- caixa-----------------------550 
 C- duplicatas a receber--500 
 C- receita de juros-----------50 
 
69) D- caixa-----------------------440 
 C- duplicatas a receber--400 
 C- receita de juros----------40 
 
70) D- caixa-------------------506 
 C- títulos a receber---460 
 C- juros ativos------------46 
 
71) D- caixa-------------------------2.420 
 C- duplicatas a receber---2.200 
 C- juros ativos-------------------220 
 
72) D- caixa--------------------------------110.400 
 D- descontos concedidos----------9.600 
 C- títulos a receber-----------------120.000 
 
 
 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
23
73) D- caixa--------------------------------3.400 
 D- descontos concedidos---------600 
 C- títulos a receber-----------------4.000 
 
74) D- caixa--------------------------------475 
 D- descontos concedidos--------25 
 C- títulos a receber-----------------500 
 
75) D- caixa--------------------------------324 
 D- descontos concedidos--------36 
 C- títulos a receber-----------------360 
 
76) D- banco--------------------------180 
 D- juros a vencer----------------20 
 C- duplicatas descontadas---200 
 
 Você irá entender esse lançamento quando 
chegarmos no item ‘Desconto de 
Duplicatas’. 
 
77) D- banco--------------------------540 
 D- juros a vencer----------------60 
 C- duplicatas descontadas---600 
 
78) D- banco---------------------------------------1.080 
 D- encargos financ. a transcorrer-------120 
 C- empréstimo-------------------------------1.200 
 
79) D- banco------------------------------------------900D- encargos financ. a transcorrer-------100 
 C- empréstimo-------------------------------1.000 
 
80) D- capital a integralizar 
 C- capital social--------------5.000 
 
81) D- caixa 
 C- capital social--------------4.000 
 
82) D- caixa 
 C- capital social------1.100 
 
83) D- caixa--------------150 
 D- mercadorias---1.200 
 D- móveis-------------600 
 C- capital------------1.950 
 
84) D- banco c/ movimento 
 C- caixa------------------------900 
 
85) D- caixa 
 C- receita-----12.000 
 
86) D- caixa 
 C- aluguéis ativos-----38 
 
87) D- juros a receber 
 C- juros ativos--------230 
 
88) D- luz a pagar 
 C- caixa------------95 
 
89) D- despesa 
 C- despesa antecipada--150 
 
90) D- depreciação 
 C- depreciação acumulada—3.000 
 
91) D- aluguéis passivos ---120 
 C- caixa-----------------------48 
 C- aluguéis a pagar-------72 
 
92) D- despesa de aluguel----600 
 C- caixa-------------------------240 
 C- contas a pagar-----------360 
 
93) D- lucros acumulados 
 C- dividendos a pagar------1.000 
 
94) D- contas a receber 
 C- móveis----------------------1.500 
 
95) D- caixa 
 C- ações de coligadas------6.000 
 
96) D- contas a receber-----2.000 
 D- perda de capital---------400 
 C- máquinas---------------2.400 
 
97) D- banco 
 C- debêntures a resgatar 
 
98) D- reserva para contingência 
 C- lucros acumulados------------180 
 
99) D- despesa com IR 
 C- IR a pagar-----------------1.200 
 
100) D- clientes 
 C- vendas-------80.000 
 
 D- CMV 
 C- mercadorias-----51.000 
 
 D- ICMS s/ Vendas 
 C- ICMS a Recolher---8.000 
*** 
 
 
 
 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
24
Fórmulas e classificação dos 100 fatos: 
01 a 16: 1ª fórmula; permutativo 
17 a 23: 2ª fórmula, permutativo 
24: 4ª fórmula; permutativo 
25 a 30: 1ª fórmula; permutativo 
31 a 39: 1ª fórmula; modificativo diminutivo 
40: 1ª fórmula; permutativo 
 
41 a 43: 1ª fórmula; modificativo aumentativo 
44: 3ª fórmula; modificativo aumentativo 
45: 4ª fórmula; misto aumentativo 
 (fazendo um único lançamento) 
46 e 47: 1ª fórmula; modificativo aumentativo 
48: 3ª fórmula; modificativo aumentativo 
49 a 56: 2ª fórmula; misto aumentativo 
57 a 64: 3ª fórmula; misto diminutivo 
65 a 71: 2ª fórmula; misto aumentativo 
72 a 75: 3ª fórmula; misto diminutivo 
76 a 79: 3ª fórmula; permutativo 
80: 1ª fórmula; permutativo 
81 e 82: 1ª fórmula; modificativo aumentativo 
83: 3ª fórmula; modificativo aumentativo 
84: 1ª fórmula; permutativo 
85 a 87: 1ª fórmula; modificativo aumentativo 
88: 1ª fórmula; permutativo 
89 e 90: 1ª fórmula; modificativo diminutivo 
91 e 92: 2ª fórmula; modificativo diminutivo 
93: 1ª fórmula; modificativo diminutivo 
94 e 95: 1ª fórmula; permutativo 
96: 3ª fórmula; misto diminutivo 
97 e 98: 1ª fórmula; permutativo 
99: 1ª fórmula; modificativo diminutivo 
100: 4ª fórmula; misto aumentativo 
 (fazendo um único lançamento) 
 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
25
 
Entendendo o Núcleo Fundamental da Disciplina 
 Por: Marcondes Fortaleza 
 
1.1 INTRODUÇÃO 
Dentre os diversos ramos de conhecimento, é natural existir um voltado 
especificamente para o estudo do patrimônio das pessoas, haja vista a enorme importância 
que este tem no nosso dia a dia. No caso das pessoas jurídicas, então, o perfeito controle de 
tudo o que elas possuem e devem e o acompanhamento de como a riqueza aumenta ou 
diminui ao longo do tempo chega a ser decisivo em um ambiente de concorrência atroz, onde 
a eficiência nos processos precisa ser aperfeiçoada constantemente. É nesse contexto que 
ganha importância a Contabilidade, que é a ciência voltada para o estudo, registro, controle e 
acompanhamento do patrimônio das entidades. 
 Mas, o que vem a ser o patrimônio? É o conjunto de bens, direitos e obrigações de 
uma entidade, a saber: as coisas que a empresa possui para usar ou vender (móveis, 
equipamentos, veículos, mercadorias), os valores a receber de alguém e as dívidas perante 
terceiros. Quantificar exatamente esses montantes e acompanhar quaisquer modificações 
ocorridas neles. É a isso que a Contabilidade se dedica. 
 A Contabilidade é antiga. Apareceu junto com o modo mais rudimentar possível de 
controle de bens, evoluindo para sistemas de informação sofisticadíssimos que se 
constituem no principal suporte para a tomada de decisão por parte de investidores e 
administradores. Mas o que fazer para entender os meandros dessa disciplina? Como 
caminhar satisfatoriamente pela Contabilidade, sem sustos? 
 O núcleo central da disciplina é formado por dois pontos: 
a) O perfeito entendimento do que é o Ativo, Passivo, Situação Líquida, Receitas e 
Despesas; 
b) Como registrar (debitar e creditar) os fatos contábeis. 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
26
É comum o estudante que apresenta alguma dificuldade na matéria confundir ativo 
com receita ou, mais ainda, passivo com despesa. E o que dizer da ideia, mais que 
enraizada, de que “crédito é bom” e “débito é ruim”? Nada mais maléfico para quem está 
dando os primeiros passos. 
É fundamental que você, caro aluno do curso Auditor e Analista Fiscal, saiba debitar e 
creditar com desenvoltura, bem como entenda a composição do patrimônio (ativo, passivo e 
situação líquida) e compreenda como ele aumenta ou diminui (receitas e despesas). Daí a 
importância de ler e reler essa parte do material até que não restem mais dúvidas. Refaça 
também o lançamento dos 100 fatos contábeis, quantas vezes forem necessárias, até que 
essa história de debitar e creditar seja algo razoavelmente tranqüilo pra você. Sem isso não 
vai dar pra seguir na matéria. Com tal kit básico, porém, você conseguirá acompanhar os 
diversos assuntos do nosso curso tranqüilamente. Bom estudo! 
 
1.2 CONCEITO, OBJETO E TÉCNICAS CONTÁBEIS 
É importante que cada um de nós saibamos quanto possuímos e devemos. Você, caro 
aluno, tem controle sobre seu patrimônio? Sabe quanto tem em bens e direitos? E em 
relação às dívidas, sabe quanto deve nesse momento? Comparando sua situação 
patrimonial com a do ano anterior, seu patrimônio aumentou ou diminuiu? Sabe os motivos 
desse acréscimo/decréscimo? 
A Contabilidade, ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e 
de registro dos atos e fatos de uma administração econômica1, responde a essas questões. 
Deve-se, assim, de cara, afastar os conceitos que tratam a Contabilidade como arte, técnica 
ou metodologia. Mas, para que, afinal, a Contabilidade existe? Grosso modo, para fornecer 
informações úteis a todos os que por elas se interessem sendo, por isso, importante que a 
Contabilidade tenha total controle sobre tudo o que ocorre com o patrimônio, afinal, este é o 
seu objeto. De modo direto podemos dizer que: 
 
1
 Definição dada no 1º Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em 1924. 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
27
Contabilidade é a ciência que controla o patrimônio (objeto) a fim de fornecer 
informações (finalidade) a quem interessar possa (usuários). 
 Se o objeto da Contabilidade é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma 
entidade, um primeiro passo é entendermos o significado de tais conceitos. Perceba que o 
senso comum vai nos ajudar bastante nessa tarefa. 
Bens (também chamados de direitosreais) 
Bem é algo que atende a uma necessidade humana e pode ser avaliável em moeda. 
São os elementos que podem ser utilizados ou vendidos e que têm valor: dinheiro no bolso, 
dinheiro no banco, máquinas, equipamentos, móveis, utensílios, veículos, terrenos, 
mercadorias, produtos, etc. A despeito dos exemplos dados, nem todo bem é tangível ou 
material. Veja o caso de um programa de computador: tem utilidade e é avaliável em dinheiro 
(custa algum valor) e, por isso, é um bem, só que intangível. Há outros exemplos de bens 
incorpóreos, tais como marcas e patentes. É importante que fique claro que um bem pode 
ser material ou imaterial e que necessariamente a ele deve ser possível atribuir um custo. O 
ar, por exemplo, tem uma enorme utilidade, mas não é avaliável em moeda. Ninguém diz: “o 
ar da minha empresa foi comprado por tantos reais”. Ora, a Contabilidade trata, em última 
instância, apenas de itens que possam ser expressos em dinheiro; sendo assim, o “ar” não 
faz parte do patrimônio de ninguém. 
Direitos (também conhecidos como direitos pessoais) 
São todos os valores que a empresa tem a receber ou a recuperar, bem como tudo o 
que ela emprestou ou adiantou a alguém. São os créditos perante terceiros. Emprestou algo 
a alguém? Ficou com um direito denominado empréstimos concedidos2. Adiantou salário a 
um empregado? Surgiu no seu patrimônio um direito denominado adiantamento a 
empregados. Vendeu mercadorias ou prestou serviços a prazo? Apareceu um direito 
comumente chamado de clientes ou duplicatas a receber. Direitos, simplificando, são os 
montantes que a empresa tem a receber dos outros. 
 
2
 Veremos mais adiante que há flexibilidade na nomenclatura das contas, a depender do plano de contas estruturado pela 
entidade. O que é “empréstimos concedidos” em uma, pode ser “empréstimos a receber” em outra, por exemplo. 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
28
Obrigações 
Aqui também o senso comum ajuda bastante: obrigações são as dívidas que a 
entidade contraiu junto a terceiros: contas a pagar, empréstimos obtidos, tributos a recolher; 
enfim, são os valores que cedo ou tarde a empresa terá de pagar a alguém. 
 
Situação Líquida 
Embora não esteja expresso no conceito de patrimônio, é importante o entendimento 
do que seja a situação líquida. Se uma pessoa converter todos os seus bens e direitos em 
dinheiro e pagar todas as suas dívidas, diz-se que a sobra é a sua situação líquida (SL). A SL 
é, portanto, quanto efetivamente pertence ao dono da entidade sendo, por isso, conhecida 
como capital próprio (riqueza do proprietário). É fácil visualizar. Imagine que alguém tenha, 
em bens e direitos o valor de R$ 20 e que possua, ao mesmo tempo, uma dívida também de 
R$ 20. Essa pessoa, no final das contas, não possui recurso próprio, sua riqueza é zero! Ora, 
se ela vender o bem e receber o direito ficará com R$ 20 nas mãos. Só que terá de pagar 
sua dívida, também no valor de R$ 20. No final da história: nada no bolso! É por isso que 
quando avaliarmos se alguém é “rico” ou não, não devemos focar apenas nos bens e direitos 
(que é a praxe, diga-se de passagem), pois alguém pode ter aplicações, terrenos, 
investimentos e carros na casa de bilhões, mas do mesmo modo, pode estar devendo 
bilhões. Já outro, com apenas uma simples casa, mas sem dever a ninguém, pode ter uma 
SL maior. Vamos comparar duas situações: 
 
 Patrimônio 1 
Dinheiro--------- 100.000 Financiamentos Bancários a Pagar-----400.000 
Casa------------- 200.000 Contas a Pagar-------------------------------200.000 
Terrenos-------- 300.000 
TOTAL-----------600.000 
 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
29
Análise: A pessoa possui bens e direitos no valor de 600 mil, mas sua riqueza própria 
é zero, pois suas dívidas também chegam a 600 mil; ou seja, todos os bens que possui 
foram adquiridos a prazo. 
 
 Patrimônio 2 
Dinheiro--------- 1 Contas a Pagar------- 0,50 
 
Análise: A pessoa quase não possui patrimônio, pois há somente um bem (dinheiro) 
na quantia irrisória de um real (R$ 1); entretanto, as dívidas são menores ainda 
(praticamente zero), de modo que possui patrimônio líquido de 0,50 centavos – quase nada, 
mas possui! 
 Embora prosaicos, os exemplos servem para deixar claro, desde já, que: 
 
Não é um ATIVO (bens e direitos) grande, por si só, que vai indicar que alguém está “rico”. 
Não é um PASSIVO (obrigações) enorme, por si só, que vai indicar que alguém está “pobre”. 
 
Técnicas Contábeis 
São quatro as técnicas das quais a Contabilidade se utiliza para exercer o perfeito 
controle do patrimônio das empresas3 a fim de municiar seus usuários internos e externos de 
informações úteis: escrituração, demonstrações, auditoria e análise. 
Tudo começa com a ESCRITURAÇÃO, que é o registro de todas as ocorrências que 
afetam o patrimônio. Sendo a ciência que controla o patrimônio a fim de fornecer 
informações, é óbvio que a Contabilidade deve estar atenta a todos os fatos que alterem os 
bens, direitos e obrigações de uma empresa. Houve alteração? Deve-se efetuar o registro do 
que exatamente foi modificado no patrimônio: isso se chama lançamento que é, nada mais 
nada menos, o debitar e o creditar na Contabilidade. Por ser o ponto de partida, é 
 
3
 Embora o campo de aplicação seja bastante vasto (quaisquer entidades econômico-administrativas onde haja um patrimônio sendo 
gerido – as chamadas AZIENDAS), para fins didáticos, seguiremos nosso raciocínio pensando na Contabilidade voltada para as empresas 
(estas, afinal, os maiores “clientes” daquela). 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
30
fundamental o entendimento de como se registra um fato, assunto que será cuidadosamente 
debatido adiante, em meio a vários exemplos. 
A contabilidade existe para fornecer informações úteis, que auxiliem na tomada de 
decisões por parte dos usuários. Sendo assim, de nada adianta dizer ao dono de uma 
empresa que em relação ao seu patrimônio houve, por exemplo, cinco mil fatos que 
alteraram seu patrimônio e passar a narrar um festival de débitos e créditos. Será que ele 
compreenderia alguma coisa? Claro que não! É por isso que, após o registro de todos os 
fatos ocorridos em determinado período - ao qual denominamos de exercício social, com 
duração de um ano -, a empresa elabora demonstrativos diversos, cada um com uma 
finalidade específica, informando aos usuários, por exemplo, qual é o seu patrimônio em uma 
data determinada e o resultado (lucro ou prejuízo) apurado. Tais demonstrativos são 
conhecidos como DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ou DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, 
as quais resumem a escrituração, tornando-a mais amigável ao usuário. 
A AUDITORIA, mais uma técnica, consiste na obtenção de evidências sobre as 
informações contidas nas demonstrações: todos os fatos foram realmente registrados de 
forma correta? As demonstrações foram elaboradas de acordo com os princípios e normas 
contábeis? 
Por fim, a ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, também conhecida como 
análise das demonstrações financeiras ou análise de balanços, trata do estudo das 
demonstrações, através do qual elas são estudadas sob diferentes aspectos, de modo que o 
analista consiga extrair diversas informações, tais como liquidez, endividamento, rotatividade 
e rentabilidade. 
TÉCNICAS => Registrar (escrituração), montar quadros com 
exposição detalhada (demonstrações), estudá-los (análise) e 
averiguar se está tudo certo (auditoria). 
 
 
 
 
 
 
 
Auditor e AnalistaFiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
31
1.3 CONTAS 
Imagine que você seja o responsável pela Contabilidade de alguém e chegou o 
momento de mostrar a essa pessoa qual é o patrimônio dela no final de determinado 
exercício social. Caso você diga “seu patrimônio é de R$ 1 milhão”, essa informação gerará, 
por certo, outras indagações do tipo “Mas um milhão em quê? Dinheiro? Casas? Terrenos? 
Valores a receber?” Ora, se a Contabilidade existe para fornecer informações, deve fazer 
isso de modo decente. A informação deve ser prestada levando-se em consideração que o 
patrimônio é composto de diversos itens. Para fins de comparação, para ficarmos só nos 
bens, alguém pode ter “apenas” um imóvel de dois milhões, enquanto outro pode ter dinheiro 
em caixa, dinheiro no banco, aplicações financeiras, terrenos, máquinas, móveis, veículos, 
utensílios, enfim, diversos itens que somados também cheguem ao valor de dois milhões. 
Observe que embora os dois patrimônios (brutos) possuam um mesmo valor, eles têm uma 
composição muito diferente! É por isso que a Contabilidade fornece informações indicando 
cada elemento que compõem o patrimônio de uma pessoa; e é cada elemento desse, cada 
item que forma o patrimônio de alguém, que chamamos de contas. 
Uma conta pode ser patrimonial ou de resultado. Contas patrimoniais são aquelas que 
retratam o patrimônio da entidade em determinada data e que, por isso, aparecem no 
Balanço Patrimonial: Ativo, Passivo e SL. As contas de resultado são utilizadas na aferição 
do resultado da empresa (desempenho econômico), ou seja, através delas ficamos sabendo 
se a empresa teve lucro ou prejuízo em determinado período. São as contas que aparecem 
na Demonstração do Resultado do Exercício: Receitas e Despesas. 
Veja que uma conta pode pertencer a cinco grandes grupos: ATIVO, PASSIVO, 
SITUAÇÃO LÍQUIDA (SL), RECEITAS e DESPESAS. É importantíssimo entendermos a 
característica de cada um desses grupos, sabermos identificar, quando apresentados a uma 
conta, a qual grupo ela pertence, pois esse é o ponto de partida para o lançamento contábil. 
Vamos, a partir daqui, estruturar nosso estudo da seguinte forma: em um primeiro 
momento, aprenderemos a identificar as contas do ativo, passivo e SL para, em seguida, 
entendermos como se dá o registro de fatos envolvendo tais grupos. Na seqüência, 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
32
apresentaremos os conceitos de despesas e receitas, com exemplos de lançamentos, 
mostrando cuidadosamente a diferença entre as contas usadas para aferir o resultado 
(receitas e despesas), e as utilizadas para evidenciar o patrimônio de alguém em 
determinada data (ativo, passivo e SL). Essa seqüência foi cuidadosamente planejada para 
que você entenda – mas entenda mesmo! – o núcleo fundamental da disciplina: quais são os 
grupos de contas e como lançar. Vamos lá, então! 
 
1.4 ATIVO 
De modo simplificado, podemos definir ATIVO, também chamado de patrimônio bruto, 
como a parte positiva do patrimônio, representando os bens e direitos da entidade. 
Já vimos que os bens podem ser tangíveis (possível tocar) ou intangíveis (sem 
substância física). Exemplos de bens corpóreos: caixa (nome dado ao dinheiro existente), 
mercadorias (o que a empresa compra para revender), produtos (o que a indústria fabrica 
para vender), máquina e equipamentos, móveis e utensílios, terrenos, edifícios, instalações 
(elétricas//hidráulicas), ferramentas e veículos. Já entre os bens imateriais temos marcas e 
patentes, programas de computador, direito de exploração de uma mina4 e concessões 
obtidas do poder público. 
Direitos representam todos os valores que a empresa tem a receber, quer porque 
tenha vendido mercadorias ou prestado serviços a prazo, quer porque tenha emprestado ou 
adiantado recursos a alguém. Também são classificados como direitos os tributos que a 
empresa tenha direito de recuperar. Isso acontece porque há alguns tributos que, por 
definição, são não-cumulativos, como o ICMS e o IPI, e outros que, dependendo do regime, 
também podem ser (PIS e COFINS). A não-cumulatividade consiste em poder abater do valor 
do tributo devido na venda o valor pago por ele na compra. Exemplo: a empresa X comprou 
mercadorias pagando, embutido no preço, um ICMS de R$ 10. Quando, lá na frente, vendeu 
essa mercadoria, houve a incidência de ICMS no valor de R$ 15. Por conta da não-
cumulatividade, a empresa não precisará recolher aos cofres públicos o valor de R$ 15, pois 
 
4
 Apesar da palavra direito, não se trata de valor a receber de alguém; por isso essa conta é considerada um bem intangível. 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
33
poderá abater o valor do imposto pago na compra (R$ 10), de modo que, na hora do 
pagamento, será recolhido ao Estado apenas R$ 5 (R$ 15 – R$ 10). No caso apresentado, 
os R$ 10 de ICMS que foram pagos na compra ficam registrados em uma conta chamada 
ICMS a Recuperar, indicando um direito da empresa junto ao Estado, já que ela poderá 
compensar esse valor com o devido na venda. O objetivo aqui é que você saiba da 
existência de tributos que podem ser recuperados (compensados com os valores a recolher), 
indicando um direito da entidade e que, por isso, ficam no ativo: ICMS a Recuperar, IPI a 
Recuperar, PIS a Recuperar e COFINS e Recuperar. 
Vamos imaginar algumas contas do ativo pensando no dia a dia: dinheiro na carteira, 
dinheiro no banco, relógio, computador, celular, carro, casa, aplicação financeira, empréstimo 
concedido a um amigo e adiantamento feito à doméstica. 
Vejamos, agora, o conceito “oficial” de ativo dado pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis – CPC, no Pronunciamento que trata da Estrutura Conceitual para a Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro: 
“Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e 
do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade”. 
Embora aparentemente complicado esse conceito não se contrapõe à ideia de que no 
ativo ficam os bens e os direitos; sendo assim, não pense que, de repente, você não está 
entendendo mais nada. Vamos ver o que o CPC quer dizer: 
“É um recurso controlado pela entidade” – O ativo necessariamente 
dever estar sob o controle da empresa. Se um bem consta formalmente como 
sendo de propriedade de “X” mas está sob controle de “Y”, que usufrui dos 
benefícios de seu uso e assume os riscos inerentes a essa utilização, referido 
bem deve figurar no Ativo de “Y”; 
 “Como resultado de eventos passados” – Se você sonha em, no futuro, 
adquirir uma bela casa de praia, não é por isso que vai, de imediato, registrá-la 
em seu ativo, pois o evento (aquisição da casa) ainda não aconteceu, é algo 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
34
que só vai ocorrer no futuro. O fato precisa ter acontecido - ser um evento 
passado –, para que a casa possa aparecer no Ativo; 
“E do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a 
entidade” – Um ativo sempre vai gerar benefício econômico para a entidade, 
seja pela venda, seja pelo uso. Por exemplo, quando a empresa vende um 
estoque, cedo ou tarde receberá recursos (dinheiro) como pagamento, por isso 
diz-se que o ativo “mercadorias” resulta em benefício econômico. Mas nem só 
pela venda um ativo pode gerar benefícios. Uma máquina utilizada para 
fabricação de produtos contribui, certamente, para que tais produtos fiquem 
aptos para a venda; por isso, ela também participa da geração de benefícios 
econômicos. 
CPC 
Cabe aqui um breve apanhado sobre o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, 
entidade autônoma criadapela Resolução CFC nº 1.055/05 tendo como objetivos estudar, 
preparar e emitir pronunciamentos técnicos sobre procedimentos de contabilidade e divulgar 
informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora 
brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando 
sempre em conta a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais. O 
CPC é formado por seis entidades5: 
� ABRASCA –Associação Brasileira das Companhias Abertas; 
� APIMEC NACIONAL – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do 
Mercado de Capitais; 
� BM&F Bovespa; 
� CFC - Conselho Federal de Contabilidade; 
� IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; 
 
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 Receita Federal, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados, Febraban e Confederação 
Nacional das Indústrias são membros convidados do CPC. 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
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� FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da 
FEA/USP. 
Com a globalização consolidada e o crescente desenvolvimento do mercado de 
capitais, soa cada vez mais estranha a ideia de cada país possuir regras e práticas contábeis 
específicas. Isto porque é comum vermos empresas que operam em diversos países tendo, 
por isso, que fornecer informações aos seus usuários espalhados mundo afora: já pensou no 
custo para ajustar as informações contábeis às regras de cada país? Nesse contexto, em 
1973, foi criado o IASC6 – International Accounting Standards Committee, com o objetivo de 
definir critérios e padrões contábeis universais, através da emissão de normas internacionais 
de contabilidade, as chamadas IAS (International Accounting Standards). A partir de 2001, o 
IASB – International Accounting Standards Board, criado inicialmente como órgão do IASC, 
passou a emitir os pronunciamentos contábeis, que passaram a ser chamados de IFRS 
(International Financial Reporting Standard). 
Foi considerando a necessidade de harmonização da contabilidade brasileira às 
normas emitidas pelo IASB que a Lei nº 11.638/07 estabeleceu o seguinte em seu artigo 10–
A: 
“A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais órgãos 
e agências reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto 
o estudo e a divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de 
auditoria, podendo, no exercício de suas atribuições regulamentares, adotar, no todo 
ou em parte, os pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas.” 
 Surgia, assim, o fundamento legal para a adoção dos pronunciamentos do CPC pelas 
entidades reguladoras brasileiras. Hoje, com ampla participação de vários agentes que 
vivenciam as normas contábeis sob diferentes aspectos, os pronunciamentos são elaborados 
- sendo sua aplicação estendida a todas as entidades através de Resoluções do CFC - e, via 
de regra, aprovados pelas entidades reguladoras (CVM, BACEN, SUSEP, etc.), legitimando e 
revestindo de legalidade o trabalho realizado pelo CPC. 
 
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 Em julho de 2010, o IASC mudou formalmente seu nome para Fundação IFRS. O nome do International Accounting Standards Board 
(IASB) permaneceu inalterado. 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
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As bancas cada vez mais têm cobrado os pronunciamentos em suas provas. É 
importante que você saiba, pelo menos pra começo de conversa, a ideia geral dos principais 
pronunciamentos. Cabe destacar, entretanto, que os CPCs não são de fácil leitura, pois têm 
linguagem cheia de “viagens contábeis”. Deste modo, é importante, sim, que você leia e 
releia o kit básico sobre pronunciamentos que consta no final do nosso material, mas isso 
somente depois que estiver rapazinho ou mocinha na contabilidade. 
 
1.5 PASSIVO 
O passivo é formado pelas dívidas da entidade, ou seja, tudo o que a empresa está 
devendo para terceiros (por isso mesmo, também é conhecido como capital de terceiros). 
Quaisquer contas a pagar (títulos a pagar, duplicatas a pagar, notas promissórias a pagar), 
empréstimos e financiamentos obtidos, adiantamentos recebidos de alguém, tributos a 
recolher, dívidas junto a fornecedores, enfim, tudo o que devemos fica no nosso Passivo. 
Lembrando o que foi dito anteriormente, não é um passivo grande, por si só, que vai 
indicar que minha situação está ruim. Por exemplo, se peguei um empréstimo de mil, mas 
possuo esse dinheiro no caixa (ou aplicado em máquinas, mercadorias, etc.), minha riqueza 
não foi alterada (não fiquei “mais rico” nem “mais pobre”), pois se é verdade que tenho uma 
dívida de mil, também é verdade que esse valor está no meu ativo. Basta eu realizar os bens 
(ou seja, transformá-los em dinheiro) e pagar a obrigação. Seguindo o mesmo raciocínio, não 
é porque tenho um ativo de um milhão que posso dizer que estou em uma situação 
confortável; isso porque posso estar com esse dinheirão na conta, mas ao mesmo tempo, 
dever igual quantia ao banco. Não custa lembrar, então, algo que vai ser importante para 
entendermos adiante a diferença entre passivo e despesa, bem como entre ativo e receita: 
 
 
 
 
 
 
 
Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 
 
 
 
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a) Não é um ATIVO grande, por si só, que vai indicar que minha SITUAÇÃO LÍQUIDA 
também é grande ou está aumentando; 
b) Não é um PASSIVO enorme, por si só, que vai indicar que minha SITUAÇÃO LÍQUIDA 
é pequena ou está diminuindo. 
 
Cabe também citarmos a definição de PASSIVO dada pelo CPC: 
“Passivo é uma obrigação presente da entidade, como resultado de eventos 
passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da 
entidade capazes de gerar benefícios econômicos”. 
Pegando carona nas explicações dadas em relação ao conceito de ativo, temos que, 
da mesma forma que não registramos intenções no ativo, não há registro de obrigação se só 
vou ficar devendo no futuro, pois se vou financiar uma casa algum dia, ficarei devendo 
apenas quando esse momento chegar. Quanto à parte sublinhada no conceito, quando 
chegar a hora de liquidar a dívida, como regra, serão utilizados recursos capazes de gerar 
benefícios econômicos (pagarei em dinheiro => dinheiro é ativo => logo, capaz de gerar 
benefícios econômicos). 
 
1.6 SITUAÇÃO LÍQUIDA 
Quando alguém resolve começar uma empresa deve, necessariamente, entregar 
algum recurso para que a pessoa jurídica comece a funcionar, afinal, a empresa precisa de 
algo para sair do papel. Pois bem, esse recurso inicial entregue pelos sócios é chamado de 
capital social, e é sobre essa conta que vamos nos deter, em um primeiro momento, para 
sacramentar a ideia de que é a SL quem vai evidenciar quanto do patrimônio efetivamente 
pertence ao sócio. 
Imagine que João e José resolveram abrir uma empresa tendo, cada um, se 
comprometido a entregar R$ 50 em dinheiro para a formação do capital (com a promessa 
dos sócios de que vão colocar recursos na empresa, surge a figura do capital subscrito). 
 
 
 
 
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Após a entrega dos recursos, o capital enfim, passa a ser considerado como realizado ou 
integralizado, significando que o que foi prometido pelos sócios acaba de ser cumprido. 
Imagine que pela manhã eles abriram a empresa, subscrevendo e integralizando, em 
dinheiro, um capital de R$ 100. O patrimônio fica assim: 
 
ATIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA 
 Caixa--------100 Capital Social-------100 
Acontece que à tarde eles se arrependem

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