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Curso Auditor e Analista Fiscal 2014/1 CONTABILIDADE GERAL -Teoria e Resolução de Questões- Prof. Marcondes Fortaleza Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 2 ÍNDICE � Conteúdo Programático ATRFB 2012 ................................................................... 04 � Análise das últimas 9 provas de Analista-Tributário da RFB ................................. 05 � Conteúdo Programático AFRFB 2012 ................................................................... 06 � Algumas informações sobre a prova de Auditor-Fiscal da RFB ............................ 07 � Retrato ESAF de 2008 a 2013 .............................................................................. 08 � Contas utilizadas pela ESAF nos últimos 15 anos ................................................ 09 � 100 fatos contábeis tirados de provas da ESAF ................................................... 12 � Resposta dos 100 Fatos ....................................................................................... 20 � Fórmulas e classificação dos 100 fatos contábeis ................................................ 24 � Entendendo o núcleo fundamental da disciplina ................................................... 25 ---Questões--- � Parte Introdutória .................................................................................................. 77 � Origens e Aplicações ............................................................................................ 80 � Estados Patrimoniais ............................................................................................ 83 � Equação Fundamental do Patrimônio ................................................................... 83 � Lançamentos ........................................................................................................ 84 � Fórmulas de Lançamentos ................................................................................... 88 � Tipos de Fatos Contábeis ..................................................................................... 89 � Teorias das Contas ............................................................................................... 90 � Fatos Contábeis Seguidos de Perguntas sobre o Patrimônio ............................... 92 � Contas .................................................................................................................. 94 � Regimes de Escrituração: Caixa x Competência ................................................ 100 � Ajuste a Valor Presente ...................................................................................... 106 � Escrituração ........................................................................................................ 107 � Desconto de Duplicatas ...................................................................................... 110 � Folha de Pagamento .......................................................................................... 114 � Depreciação, Amortização, Exaustão ................................................................. 116 � Provisões ............................................................................................................ 124 � Teste de Recuperabilidade ................................................................................. 130 � Princípios de Contabilidade ................................................................................ 132 � Operações com Mercadorias .............................................................................. 138 � Demonstração do Resultado do Exercício .......................................................... 151 � Reserva legal ...................................................................................................... 157 Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 3 � Dividendos .......................................................................................................... 161 � Reserva de Lucros a Realizar ............................................................................. 163 � Subvenção e Assistência Governamentais ......................................................... 164 � Reservas de Capital ........................................................................................... 165 � Demonstrações Contábeis na Lei 6.404/76 ........................................................ 167 � Ativo Intangível ................................................................................................... 171 � Noções de Lucro Real ........................................................................................ 173 � Ajuste de Avaliação Patrimonial .......................................................................... 174 � Questões Diversas ............................................................................................. 175 ---Para Ler e Reler!!!--- � Lei 6.404/76 (artigos 175 a 205) ........................................................................ 179 � Resolução 750/93 – Princípios de Contabilidade ................................................ 193 � Escrituração: Resolução CFC 1.330/11 e Capítulo IV do Código Civil ................ 196 � Código Civil – Capítulo sobre Escrituração ......................................................... 199 � Trechos de alguns pronunciamentos do CPC ..................................................... 202 � Provas Anteriores: Verdades Fundação Carlos Chagas (FCC) ........................... 232 � Provas Anteriores: Verdades Cespe/UNB........................................................... 267 --- O gabarito será disponibilizado separadamente --- Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 4 EDITAL ATRFB 2012 CONTABILIDADE GERAL: 01. Princípios Contábeis Fundamentais. 02. Patrimônio: Componentes Patrimoniais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou Patrimônio Líquido). 03. Diferenciação entre Capital e Patrimônio. 04. Equação Fundamental do Patrimônio. 05. Representação Gráfica dos Estados Patrimoniais. 06. Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais. 07. Contas: Conceito, Débito, Crédito e Saldo – Teorias, Função e Estrutura das Contas – Contas Patrimoniais e de Resultado. 08. Apuração de Resultados. 09. Sistemas de Contas. Plano de Contas. 10. Provisões em Geral. 11. Escrituração: Conceito e Métodos – Lançamento Contábil: Rotina e Fórmulas. Processo de Escrituração. Escrituração de Operações Financeiras. 12. Livros de Escrituração: Obrigatoriedade, Funções e Formas de Escrituração. Erros de Escrituração e suas correções. 13. Sistema de Partidas Dobradas. 14. Balancete de Verificação. 15. Balanço Patrimonial: Obrigatoriedade e apresentação. Conteúdo dos Grupos e Subgrupos. 16. Classificação das Contas, Critérios de Avaliação do Ativo e Passivo e Levantamento do Balanço de acordo com a Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). 17. Demonstração do Resultado do Exercício: Estrutura, Características e Elaboração de acordo com a Lei nº 6.404/76. 18. Apuração da Receita Líquida, do Custo das Mercadorias ou dos Serviços Vendidos e dos Lucros: Bruto, Operacional e Não-Operacional do Exercício, do Resultado do Exercício antes e depois da Provisão para o Imposto sobre a Renda e para a Contribuição Social sobre o Lucro. 19. PIS/PASEP e COFINS - Regime cumulativo e não-cumulativo. O edital de 2012 está idêntico aos de 2009 e 2005 (igualzinho mesmo, sem tirar nem pôr). Em relação aos de 2003,2002.2, 2002.1 e 2000, foi acrescentado apenas o item "19- PIS/PASEP e COFINS - Regime cumulativo e não-cumulativo". Deste modo, basta uma olhada no que caiu nos últimos concursos para vermos o que pode ou não ser cobrado. Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 5 AS ÚLTIMAS PROVAS DE ATRFB � 1997199719971997: 5 questões ........................ todas ok � 1998199819981998: 5 questões ........................ todas ok � 2000200020002000: 10 questões ...................... 1 anulada + uma mal feita não anulada � 2002.12002.12002.12002.1: 10 questões ................... 1 anulada; as demais ok � 2002.22002.22002.22002.2: 10 questões ................... 2 anuladas + uma com gabarito ABSURDO � 2003200320032003: 10 questões ...................... 1 anulada; as demais ok � 2006200620062006: 10 questões ...................... 2 anuladas + uma mal feita não anulada � 2009200920092009: 10 questões ...................... sem anulações; uma mal feita não anulada � 2012201220122012: 10 questões ...................... todas ok � TotalTotalTotalTotal: 80 questões80 questões80 questões80 questões Veja que de 97 pra cá tivemos 80 questões de Analista-Tributário da Receita Federal. Vez ou outra aparece uma questão mal feita (prepare seu espírito pra isso). Geralmente as questões têm um nível “mais ou menos” (nem água com açúcar, nem fim de mundo). Eis os assuntos que mais caíram: � Relação de Contas ............................................14 � Operações com Mercadorias ............................12 � Lei 6.404/76 (art.175 a 202) ..............................07 � Lançamentos/ARE .............................................07 � Desconto de Duplicatas .....................................05 � DRE ...................................................................05 � Depreciação.......................................................05 � Provisões ...........................................................05 � Regimes de Escrituração ..................................03 � Escrituração .......................................................02 � Teorias das Contas ...........................................02 � Equivalência Patrimonial ...................................01 � Lucro Real – Noções .........................................01 � Princípios ...........................................................01 � Reserva Legal....................................................01 � Tipos de Fatos Contábeis ..................................01 � Fórmulas de Lançamento ..................................01 � Diversos .............................................................07 � Total ...................................................................80 Logo, pode, sim, cair operações com mercadorias, depreciação, provisões, regimes de escrituração, equivalência patrimonial (lançamentos básicos), Lei 6.404/76, desconto de duplicatas e reserva legal, dentre outras coisas. Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 6 EDITAL AFRFB 2012 CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA: 1. Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). 2. Patrimônio: componentes patrimoniais, ativo, passivo e situação líquida. Equação fundamental do patrimônio. 3. Fatos contábeis e respectivas variações patrimoniais. 4. Sistema de contas, contas patrimoniais e de resultado. Plano de contas. 5. Escrituração: conceito e métodos; partidas dobradas; lançamento contábil – rotina, fórmulas; processos de escrituração. 6. Provisões Ativas e Passivas, tratamento das Contingências Ativas e Passivas. 7. Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. 8. Ativos: estrutura, grupamentos e classificações, conceitos, processos de avaliação, registros contábeis e evidenciações. 9. Passivos: conceitos, estrutura e classificação, conteúdo das contas, processos de avaliação, registros contábeis e evidenciações. 10. Patrimônio líquido: capital social, adiantamentos para aumento de capital, ajustes de avaliação patrimonial, ações em tesouraria, prejuízos acumulados, reservas de capital e de lucros, cálculos, constituição, utilização, reversão, registros contábeis e formas de evidenciação 11. Balancete de verificação: conceito, forma, apresentação, finalidade, elaboração. 12. Ganhos ou perdas de capital: alienação e baixa de itens do ativo. 13. Tratamento das Participações Societárias, conceito de coligadas e controladas, definição de influência significativa, métodos de avaliação, cálculos, apuração do resultado de equivalência patrimonial, tratamento dos lucros não realizados, recebimento de lucros ou dividendos de coligadas e controladas, contabilização. 14. Apuração e tratamento contábil da mais valia, do goodwill e do deságio: cálculos, amortizações e forma de evidenciação. 15. Redução ao valor recuperável, mensuração, registro contábil, reversão. 16. Tratamento das Depreciação, amortização e exaustão, conceitos, determinação da vida útil, forma de cálculo e registros. 17. Tratamentos de Reparo e conservação de bens do ativo, gastos de capital versus gastos do período. 18. Debêntures, conceito, avaliação e tratamento contábil. 19. Tratamento das partes beneficiárias. 20. Operações de Duplicatas descontadas, cálculos e registros contábeis. 21. Operações financeiras ativas e passivas, tratamento contábil e cálculo das variações monetárias, das receitas e despesas financeiras, empréstimos e financiamentos: apropriação de principal, juros transcorridos e a transcorrer. 22. Despesas antecipadas, receitas antecipadas. 23. Folha de pagamentos: elaboração e contabilização. 24. Passivo atuarial, depósitos judiciais, definições, cálculo e forma de contabilização. 25. Operações com mercadorias, fatores que alteram valores de compra e venda, forma de registro e apuração do custo das mercadorias ou dos serviços vendidos. 26. Tratamento de operações de arrendamento mercantil. 27. Ativo Não Circulante Mantido para Venda, Operação Descontinuada e Propriedade para Investimento, conceitos e tratamento contábil. 28. Ativos Intangíveis, conceito, apropriação, forma de avaliação e registros contábeis. 29. Tratamento dos saldos existentes do ativo diferido e das Reservas de Reavaliação. 30. Apuração do Resultado, incorporação e distribuição do resultado, compensação de prejuízos, tratamento dos dividendos e juros sobre capital próprio, transferência do lucro líquido para reservas, forma de cálculo, utilização e reversão de Reservas. 31. Demonstrações Contábeis, obrigatoriedade de apresentação e elaboração de acordo com a Lei n. 6.404/76 e suas alterações e as Normas Brasileiras de Contabilidade atualizadas. 32. Balanço Patrimonial: obrigatoriedade, apresentação; conteúdo dos grupos e subgrupos. 33. Demonstração do Resultado do Exercício, estrutura, evidenciação, características e elaboração. 34. Apuração da receita líquida, do lucro bruto e do resultado do exercício, antes e depois da provisão para o Imposto sobre Renda, contribuição social e participações. 35. Demonstração do Resultado Abrangente, conceito, conteúdo e forma de apresentação. Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 7 36. Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido, forma de apresentação e conteúdo. 37. Demonstração do Fluxo de Caixa: obrigatoriedade de apresentação, métodos de elaboração e forma de apresentação. 38. Demonstração do Valor Adicionado – DVA: conceito, forma de apresentação e elaboração. 39. Análise das Demonstrações.Análise horizontal e indicadores de evolução. Índices e quocientes financeiros de estrutura e econômicos. IMPORTANTE: Nosso curso abrange boa parte do conteúdo programático. No entanto, os assuntos sublinhados não são abordados. *** AS ÚLTIMAS PROVAS DE AFRFB � 1996199619961996: 20 questões ............ 2 anuladas � 1998199819981998: 20 questões ............ nenhuma anulada � 2001200120012001: 20 questões ............ 2 anuladas � 2002.12002.12002.12002.1: 20 questões ......... 1 anulada � 2002.22002.22002.22002.2: 20 questões ......... 1 anulada � 2003200320032003: 20 questões ............ 2 anuladas � 2005200520052005: 20 questões ............ 1 anulada � 2009200920092009: 20 questões ............ 1 anulada � 2012201220122012: 30 questões ............ nenhuma anulada Até 2003, havia uma prova de Contabilidade Geral, com 20 questões, e outra de Contabilidade Avançada/Auditoria, com 60 questões (30 de cada). A partir de 2005 houve a unificação das provas de Geral e Avançada, com 20 questões (em 2005 não houve prova de Auditoria). Em 2009, além da prova de Contabilidade Geral e Avançada, com 20 questões, houve o retorno de Auditoria. No último concurso – SET/2012 – contabilidade aumentou ainda mais sua importância, pois passou a ter 30 questões. Se a prova de 2005 foi praticamente uma prova de Contabilidade Geral a de 2012 fez juz ao nome de Avançada: a ESAF enfim resolveu cobrar os pronunciamentos do CPC. É bom, daqui pra frente, ficarmos cada vez mais espertos em relação às diversas novidades que têm aparecido em provas de contabilidade. Atenção: na prova de Auditor-Fiscal da Receita Federal NÃO CAI: � Consolidação de Balanços � Reorganização Societária (Fusão, Cisão, Incorporação) � Contabilidade de Custos � Contabilidade Pública Auditor e Analista Fiscal 2013/2 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 8 RETRATO ESAF DE 2008 A 2013: De 2008 pra cá a ESAF fez as seguintes provas de Contabilidade Geral: - Analista de Finanças e Controle AFC/CGU (MAR/2008) .................. 07 questões - Analista de Planejamento e Orçamento APO (JUN/2008) ................ 03 questões - Auditor da Prefeitura de Natal/RN (AGO/2008) ................................ 10 questões - Analista de Finanças e Controle AFC/STN (NOV/2008) ................... 10 questões - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças (MAR/2009) ...... 10 questões - Auditor-Fiscal da Receita Federal (DEZ/2009) ................................. 20 questões - Analista-Tributário da Receita Federal ............................................. 10 questões - Analista de Planejamento e Orçamento APO (MAR/2010) ............... 05 questões - Analista Técnico da SUSEP (ABR/2010) ......................................... 10 questões - Fiscal de Rendas da Prefeitura do RJ (SET/2010) ........................... 10 questões - Analista da Comissão de Valores Mobiliários (DEZ/2010) ................ 10 questões - Analista de Comércio Exterior ACE/MDIC (MAI/2012) ..................... 15 questões - Analista de Finanças e Controle AFC/STN (MAR/2013) ................... 30 questões - Contador PECFAZ MF (AGO/2013) ................................................. 10 questões - Analista Técnico-Administrativo (AGO/2013) ................................... 15 questões Total: 175 questões � Vejamos os assuntos mais cobrados pela ESAF nessas provas: � 01º lugar: Contas � 02º lugar: Operações com Mercadorias � 03º lugar: Lei 6.404/76 � 04º lugar: DRE � Depreciação � 06º lugar: Provisões Parte Introdutória (conceitos, fórmulas, tipos de fatos, teorias das contas, estados patrimoniais) � 08º lugar: Equivalência patrimonial Informações/fatos seguidos de perguntas sobre o patrimônio � 10º lugar: Princípios � Em provas específicas de Contabilidade Avançada da ESAF, verificamos que demonstrações de Fluxo de Caixa e Equivalência Patrimonial são assuntos bastante cobrados. Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 9 Vejamos as contas utilizadas pela ESAF nos 15 últimos anos: ATIVO (Bens e Direitos) Ações de coligadas => AñC Investimento Ações de controladas => AñC Investimento Ações de outras companhias => AñC Investimento Adiantamento a diretores => AñC RLP Adiantamento a fornecedores => AC Ágio na aquisição de ações de controladas => AñC Investimento Aluguéis a receber => AC Aluguéis a vencer => AC Aluguéis passivos a vencer => AC Aluguéis pagos antecipadamente => AC (Amortização acumulada) => Retif. AñC (Intangível ou Imobilizado) Ativo imobilizado => AñC Imobilizado Bancos conta movimento => AC Bancos c/Poupança => AC C/C ICMS (se o saldo for devedor) => AC Caixa => AC Caixa e bancos => AC Clientes => AC Comissões Ativas a Receber => AC Comissões Passivas a Vencer => AC Computadores e periféricos => AC Contas a receber => AC Créditos de acionistas transação não recorrente => AñC RLP Créditos de financiamento/funcionamento => AC Depósito bancário => AC (Depreciação acumulada) => Retif. AñC Imobilizado Despesas antecipadas => AC Despesas a vencer => AC Despesas Diferidas => AC Devedores mobiliários => AC Dinheiro em caixa => AC Disponibilidades => AC Duplicatas a receber => AC Duplicatas a vencer => AC Duplicatas emitidas => AC Duplicatas protestadas => AC Edificações => AñC Imobilizado Edifícios de uso => AñC Imobilizado Empréstimos a coligadas => AñC RLP Empréstimos concedidos => AC Empréstimos concedidos (não circulante) => AñC RLP Estoque de bens => AC Estoque de bens de consumo => AC Estoque final => AC Estoques => AC ICMS a recuperar => AC Imobilizado => AñC Imobilizado Imobilizado em andamento => AñC Imobilizado Imóveis => AñC Imobilizado Impostos a recuperar => AC Impostos a vencer => AC Instalações => AñC Imobilizado Investimento em ações => AñC Investimento Investimentos em Controladas => AñC Investimento Investimentos => AñC Investimento Investimentos temporários => AC Investimentos – ágio => AñC Investimento Investimentos avaliados pelo PL => AñC Investimento Juros a receber => AC Juros pagos antecipadamente => AC Juros passivos a vencer => AC Máquinas e equipamentos => AñC Imobilizado Marcas e patentes => AñC Intangível Materiais => AC Material de consumo => AC Mercadorias => AC Mercadorias em estoque => AC Mobília => AñC Imobilizado Móveis e máquinas => AñC Imobilizado Móveis e utensílios => AñC Imobilizado Nota promissória a receber => AC Notas promissórias aceitas => AC Numerário em trânsito => AC Obras em andamento => AñC Imobilizado Participação acionária => AñC Investimento Participações societárias => AñC Investimento (Perdas estimadas para redução ao valor recuperável) => Retif. AñC Imobilizado ou Intangível Prêmio de seguros a vencer => AC Produtos acabados => AC Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 10 Produtos para venda => AC Propriedades para investimentos => AñC Investimento (Provisão para ajuste de estoques) => Retif. AC (Provisão para créditos de liquidação duvidosa) => Retif. AC (Provisão para devedores duvidosos) => Retif. AC (Provisão para perdas em investimentos) => Retif. AñC Investimento Realizável a longo prazo => AñC RLP Receitas a receber => AC Seguros a vencer => AC Terrenos => AñC Imobilizado Terrenos e edifícios => AñC Imobilizado Títulos a receber => AC Títulos a receber a LP => AñC RLP Valores Mobiliários => AC Veículos => AñC ImobilizadoPASSIVO (Obrigações) Adiantamento de clientes => PC Aluguéis a pagar => PC Aluguéis ativos a vencer => PC C/C ICMS (se o saldo for credor) => PC Contas a pagar => PC Contribuições a Recolher => PC Debêntures a resgatar => PC Debêntures conversíveis em ações => PC Debêntures exigível a longo prazo => PñC Débitos de financiamento/funcionamento => PC Despesas a pagar => PC Dívidas => PC Dívidas com fornecedores => PC Dívidas diversas => PC Dividendos a pagar => PC Duplicatas a pagar => PC Duplicatas aceitas => PC Duplicatas descontadas => PC Empréstimos a longo prazo => PC Empréstimos a pagar => PC Empréstimos bancários => PC Empréstimos e financiamentos => PC Empréstimos sob caução => PC (Encargos financeiros a transcorrer) => Retif. PC Faturamento para entrega futura => PC FGTS a recolher => PC Financiamentos bancários => PC Financiamentos contraídos (circulante) => PC Fornecedores => PC ICMS a recolher => PC Impostos a pagar => PC Impostos a recolher => PC Impostos, contribuição e participação a pagar => PC INSS a recolher => PC IR e CSLL a recolher => PC Juros a pagar => PC Notas promissórias emitidas => PC Obrigações trabalhistas => PC Prêmio de seguros a pagar => PC Previdência social a recolher => PC Provisão para férias => PC Provisão para FGTS => PC Provisão para imposto de renda => PC Provisão para IR e CSLL => PC Provisões para reestruturação => PC Salários a pagar => PC Salários e encargos a pagar => PC Salários não quitados => PC Títulos a pagar => PC Títulos a pagar a LP => PñC PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Ações em tesouraria) Ajustes de Avaliação Patrimonial Capital (Capital a integralizar) (Capital a realizar) Capital registrado Capital social (Dividendos antecipados) (Impostos sobre reavaliação) Lucros/prejuízos acumulados (Prejuízos acumulados) (Prejuízos anteriores) Reserva legal Reservas de capital Reservas de contingências Reservas de lucros Reservas de reavaliação Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 11 Reservas estatutárias DESPESAS Abatimento s/ vendas (dedução da receita bruta) Aluguéis pagos Aluguéis passivos COFINS Comissões passivas Condução e transporte Consumo efetuado Contribuição social sobre o lucro líquido Contribuições previdenciárias Custo das mercadorias vendidas Custo das/de vendas Depreciação e amortização Depreciação encargos Descontos concedidos Descontos passivos Despesa de comissões Despesas de organização Despesas administrativas Despesas administrativas e gerais Despesas bancárias Despesas comerciais Despesas de aluguel Despesas de juros Despesas de salários Despesas de transporte Despesas efetivadas no período Despesas financeiras Despesas gerais Despesas pré-operacionais Devedores duvidosos Devolução de vendas (dedução da receita bruta) Encargos bancários Encargos de depreciação FGTS Fretes e carretos Gastos com instalação ICMS sobre vendas (dedução da receita bruta) Impostos Impostos e taxas Insubsistência do ativo IPTU IPVA Juros passivos Lanches e refeições Material consumido Participação de empregados Participações estatutárias PIS sobre faturamento (dedução da receita bruta) Prejuízo na alienação Prejuízo na venda Prêmios de seguros Previdência social – encargos Salários Salários e encargos Salários e ordenados Superveniência do passivo Superveniência passiva RECEITAS Aluguéis ativos Aluguéis recebidos Comissões ativas Descontos ativos Descontos obtidos Ganhos de capital na alienação de imobilizado Insubsistência ativa Insubsistência do passivo Juros ativos Lucro na alienação Receita bruta de vendas Receita de aluguel Receita de serviço Receita de vendas Receitas auferidas no período Receitas de juros Receitas diversas Receitas financeiras Rendas obtidas Serviços prestados Superveniência ativa Superveniência do ativo Vendas à vista / Vendas a prazo Vendas de mercadorias Endosso para Desconto e Títulos Endossados: caíram na prova de Analista-Tributário da RFB 2012. Foi pegadinha, pois são contas de compensação e não se enquadram em nenhum dos cinco grandes grupos do sistema normal de contabilidade (Ativo, Passivo, PL, Receita e Despesa). Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 12 100 FATOS CONTÁBEIS - Tirados exclusivamente de provas da ESAF- Pagamentos, Compras 01. pagamento a fornecedores R$ 4.200,00 02. pagamento de um título no valor de 3.000,00 03. pagamento de um título vencido no valor de R$ 1.200,00 04. pagamento de empréstimos a curto prazo R$ 150,00 05. pagamento de empréstimos a longo prazo R$ 900,00 06. pagamento de R$ 12.000,00 de hipotecas de longo prazo 07. compra a vista de veículos para o ativo imobilizado R$ 2.700,00 08. compra a prazo (160 dias) de móveis para o escritório R$ 1.650,00 09. compras de máquinas industriais a longo prazo R$ 1.500,00 10. compra a prazo de máquinas para o próprio uso, no valor de R$ 15.000,00 11. compra, a prazo, de móveis e utensílios para uso por R$ 40.000,00 12. firma comprou mercadorias a vista por R$ 1.400,00 13. compra de mercadorias por R$ 8.000,00 com pagamento a longo prazo 14. compra de bens para revender: cem unidades por R$ 21.000,00, a prazo 15. compra de mercadorias isentas de tributação por R$ 1.200,00, aceitando duplicatas Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 13 16. compra de mercadorias a curto prazo R$ 4.800,00 17. compra de mercadorias por 15.000,00 pagando um terço como entrada 18. compras de mercadorias por 20 mil, com entrada de R$ 4 mil e duplicatas 19. compra de móveis para venda, por R$ 2.200,00, pagando uma entrada de 20% e o restante a prazo 20. compra de máquinas por R$ 5.000,00, pagando entrada de 20% 21. compra de móveis para uso, por R$ 6.000,00, aceitando duplicatas, sendo dois terços com vencimento a longo prazo 22. compra a prazo de máquinas para uso por 1.000,00 pagando 40% de entrada 23. compra de rações e alimentos por R$ 4.000,00, pagando entrada de 20% e emitindo notas promissórias 24. compra de mesas por R$ 300,00, sendo 40% para vender e 60% para usar, pagando R$ 100,00 e aceitando duplicatas Recebimentos, Empréstimos 25. recebimento de clientes R$ 3.000,00 26. recebimento de duplicata no valor de R$ 100,00, em dinheiro 27. empréstimos concedidos a empresas coligadas R$ 300,00 28. recebimento de empréstimos concedidos aos sócios R$ 450,00 Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 14 29. empréstimos tomados a longo prazo R$ 1.200,00 30. empréstimos tomados a curto prazo R$ 143,00 Despesas 31. registro de salários de R$ 300,00, para pagamento posterior 32. registro de impostos do mês, no valor de 120,00, para recolhimento posterior 33. ocorrência de uma despesa de R$ 160,00 para pagamento futuro 34. empresa registrou a conta de luz do mês (R$ 80,00) para pagamento no mês seguinte 35. registro do aluguel do mês no valor de R$ 300,00 para pagamento posterior 36. pagamento do aluguel do mês no valorde 28,00 37. pagamento de despesas do mês no valor de R$ 7.000,00 38. pagamento de juros do mês corrente no valor de R$ 400,00 39. pagamento de despesas com vendas R$ 1.320,00 40. pagamento antecipado de uma despesa de R$ 100,00 Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 15 Vendas de Mercadorias, Serviços 41. vendas de mercadorias a vista R$ 15.000,00 42. vendas de mercadorias por R$ 10 mil, pagos a vista 43. venda de bens destinados a venda: oitenta unidades por R$ 19.00,00, a vista 44. vendas de mercadorias por R$ 18 mil, com entrada de R$ 8 mil e duplicatas 45. venda, a vista, de mercadorias por R$ 50.000,00, com lucro de 30% sobre as vendas 46. firma prestou serviços a vista por R$ 800,00 47. registro de serviço realizado para recebimento a prazo, no valor de 52,00 48. prestação de serviços por R$ 400,00, recebendo, no ato, apenas 40% Pagando com desconto 49. pagamento de duplicatas de R$ 70.000,00, obtendo desconto de 12% 50. empresa resolveu antecipar o pagamento de uma dívida de R$ 5.000,00, ainda não vencida, para aproveitar o desconto de 10% oferecido pelo fornecedor 51. pagamento de dívidas de R$ 6.000,00 com descontos de 15%, em cheque 52. pagamento de dívidas de R$ 1.000,00, com desconto de 10% 53. pagamento de títulos vencidos no valor de R$ 200,00, com desconto de 10% 54. pagamento de duplicatas de R$ 100,00, com desconto de 10% Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 16 55. pagamento de dívidas em duplicatas de 500,00, com descontos de 10% 56. pagamento de um título de 650,00 com desconto de 10% Pagando com juros 57. quitação de duplicatas no valor de R$ 1.100,00, com juros de 10% de seu valor 58. quitação, por via bancária, de uma duplicata no valor de R$ 600,00, com acréscimo de 10% relativos a juros 59. ao quitar uma dívida em duplicatas no valor de R$ 2.000,00, a empresa foi compelida a pagar multa e juros de mora de R$ 100,00 60. pagamento de uma dívida já vencida no valor de R$ 8.000,00, efetuado com juros moratórios de 11% 61. pagamento de duplicatas de R$ 3 mil, com juros de R$ 600,00 62. pagamento de imposto atrasado no valor de R$ 500,00, com juros de 10% 63. pagamento de duplicatas de R$ 100,00, com juros de 15% 64. pagamento de um título de 450,00 com juros de 10% Recebendo com juros 65. a empresa recebeu uma duplicata no valor de R$ 30.000,00, com acréscimo de juros de 10% por atraso no pagamento em relação ao vencimento original 66. recebimento de créditos no valor de R$ 16.000,00, com juros de 8% Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 17 67. recebimento de duplicatas de 2.000, com juros de R$ 400,00 68. recebimento de direitos de R$ 500,00, com juros de 10% 69. recebimento de título no valor de R$ 400,00, com juros de 10% 70. recebimento de um título de 460,00, com juros de 10% 71. recebimento, em cheque, de duplicatas no valor de R$ 2.200,00, com incidência de juros à taxa de 10% Recebendo com desconto 72. recebimento de títulos de R$ 120.000,00, concedendo desconto de 8% 73. recebimento de títulos de R$ 4.000,00, com descontos de 15%, em dinheiro 74. recebimento, em cheque do Banco S/A, de uma duplicata, no valor de R$ 500,00, com desconto de 5% 75. recebimento de um título de 360,00, com desconto de 10% Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 18 Desconto de Duplicatas; + Empréstimos 76. desconto de duplicatas no valor de R$ 200,00, com encargos bancários de 10% 77. desconto no Banco do Brasil de R$ 600,00 em duplicatas de sua emissão, com encargos de 10% 78. contrato de empréstimo no banco no valor de 1.200,00, com encargos de 10% 79. firma tomou R$ 1.000,00 emprestados no banco, com encargos de 10% Capital Social 80. aumento do capital social em R$ 5.000,00 para integralização futura 81. aumento do capital social em R$ 4.000,00, com realização em dinheiro 82. firma recebeu capital social de R$ 1.100,00, em dinheiro 83. integralização do capital social, sendo R$ 150,00 em dinheiro, R$ 1.200,00 em mercadorias e R$ 600,00 em móveis e utensílios para o escritório Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 19 Diversos 84. depósitos bancários R$ 900,00 85. recebimento de receitas do mês no valor de R$ 12.000,00 86. recebimento do aluguel do mês no valor de 38,00 87. contabilização de R$ 230,00 de juros vencidos mas não recebidos no exercício 88. empresa pagou a conta de luz vencida no mês passado, no valor de R$ 95,00 89. apropriação de uma despesa paga antecipadamente no valor de R$ 150,00 90. registro dos encargos de depreciação no valor de R$ 3.000,00 91. registro de aluguel de R$ 120,00, pagando no ato apenas 40% 92. firma pagou 40% do aluguel de R$ 600,00, registrando o restante para pagamento no mês seguinte 93. distribuição de dividendos de R$ 1.000,00, para pagamento em 60 dias 94. vendas de móveis e utensílios usados: três unidades por R$ 1.500,00, a prazo 95. venda de ações de coligadas por R$ 6.000,00, recebendo em cheque Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 20 96. venda de máquinas por R$ 2.000,00, a prazo, com prejuízo de 20% 97. emissão das debêntures mediante recebimento dos recursos 98. reversão de reservas para contingências R$ 180,00 99. provisionamento para o imposto de renda no valor de R$ 1.200,00 100. venda a prazo, por R$ 80.000,00, com incidência de 10% de ICMS, de mercadorias compradas a prazo por R$ 60.000,00, com ICMS à alíquota de 15% Resposta dos 100 fatos: 01) D- fornecedores C- caixa-------------------4.200 Obs: Ao invés de ‘fornecedores’, podemos usar: ‘duplicatas a pagar’ ou ‘duplicatas aceitas’ (sinônimo de duplicatas a pagar). Podemos até mesmo utilizar ‘contas a pagar’ ou ‘títulos a pagar’, enfim, o importante é usar uma conta que represente uma dívida da empresa. Resumo da ópera: na de sofrimento com sinônimos de contas, ok? 02) D- títulos a pagar C- caixa--------------------3.000 03) D- títulos a pagar C- caixa--------------------1.200 04) D- empréstimos C- banco c/ movimento--150 05) D- empréstimos LP C- banco c/ movimento--900 06) D- hipotecas a pagar LP C- banco c/ movimento—12.000 07) D- veículos C- caixa-------------------2.70008) D- móveis e utensílios C- contas a pagar------1.650 09) D- máquinas e equipamentos C- contas a pagar LP-----1.500 10) D- máquinas e equipamentos C- contas a pagar---------15.000 11) D- móveis e utensílios C- contas a pagar--------40.000 12) D- mercadorias C- caixa-------------------1.400 13) D- mercadorias C- fornecedores LP---8.000 14) D- mercadorias C- duplicatas a pagar---21.000 15) D- mercadorias C- duplicatas aceitas----1.200 Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 21 16) D- estoque de mercadorias C- duplicatas a pagar---4.800 Obs: Não confunda compra a curto prazo com compra à vista. Na compra à vista sai dinheiro do caixa; na compra a prazo, não há saída imediata de dinheiro, há, isso sim, aumento de uma obrigação que será paga em breve. 17) D- mercadorias---------15.000 C- caixa---------------------5.000 C- fornecedores---------10.000 18) D- mercadorias---------20.000 C- caixa---------------------4.000 C- duplicatas a pagar--16.000 19) D- mercadorias-----------2.200 C- caixa------------------------440 C- duplicatas aceitas----1.760 20) D- máquinas-------------5.000 C- caixa--------------------1.000 C- contas a pagar-------4.000 21) D- móveis e utensílios----6.000 C- duplicatas aceitas------2.000 C- duplicatas aceitas LP--4.000 22) D- máquinas-------------1.000 C- caixa----------------------400 C- contas a pagar---------600 23) D- estoque de rações e alimentos----4.000 C- caixa-------------------------------------------800 C- notas promissórias emitidas-------3.200 24) D- mercadorias---------------120 D- móveis e utensílios-----180 C- caixa-------------------------100 C- duplicatas aceitas-------200 25) D- caixa C- clientes--------3.000 26) D- caixa C- duplicatas a receber----100 27) D- empréstimos a coligadas C- caixa-------------------------300 28) D- caixa C- empréstimos a sócios-----450 29) D- bancos C- empréstimos LP----1.200 30) D- bancos c/ movimento C- empréstimos---------143 31) D- salários C- salários a pagar-----300 32) D- impostos C- impostos a pagar---120 33) D- despesa C- despesa a pagar---160 34) D- despesa de luz C- luz a pagar----------80 35) D- despesa de aluguel C- aluguéis a pagar---300 36) D- aluguéis passivos C- caixa------------------28 37) D- despesas C- caixa-----------------7.000 38) D- juros passivos C- caixa--------------400 39) D- despesas com vendas C- caixa---------------1.320 40) D- despesa paga antecipadamente C- caixa---------------100 41) D- caixa C- vendas de mercadorias----15.000 42) D- caixa C- receita de vendas------10.000 43) D- caixa C- vendas----------------19.000 44) D- caixa----------------------8.000 D- contas a receber----10.000 C- vendas------------------18.000 45) D- caixa C- vendas-----------------50.000 D- custo das mercadorias vendidas C- mercadorias----------35.000 ou (fazendo um único lançamento) D- caixa---------------------- 50.000 D- cmv------------------------35.000 C- vendas------------------- 50.000 C- mercadoria------------ 35.000 Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 22 46) D- caixa C- receita de serviços---800 47) D- clientes C- receita de serviços---52 Obs: Ao invés de ‘clientes’, podemos usar: ‘duplicatas a receber’ ou ‘duplicatas emitidas’ (sinônimo de duplicatas a receber). Podemos até mesmo utilizar ‘contas a receber’ ou ‘títulos a receber’, enfim, o importante é usar uma conta que represente um valor a receber. 48) D- caixa----------------------160 D- clientes-------------------240 C- serviços prestados---400 49) D- duplicatas a pagar----70.000 C- desconto obtido--------8.400 C- caixa-----------------------61.600 50) D- fornecedores-------------5.000 C- desconto obtido----------500 C- caixa-------------------------4.500 51) D- duplicatas a pagar--------6.000 C- desconto obtido-------------900 C- bancos c/ movimento—-5.100 52) D- contas a pagar---------1.000 C- desconto obtido---------100 C- caixa--------------------------900 53) D- títulos a pagar----------200 C- desconto obtido--------20 C- caixa-----------------------180 54) D- duplicatas a pagar----100 C- desconto obtido--------10 C- caixa-------------------------90 55) D- duplicatas aceitas-----500 C- desconto obtido--------50 C- caixa-----------------------450 56) D- duplicatas a pagar----650 C- desconto obtido--------65 C- caixa-----------------------585 57) D- duplicatas a pagar---1.100 D- juros passivos----------110 C- caixa----------------------1.210 58) D- duplicatas aceitas----600 D- despesa de juros-------60 C- banco----------------------660 59) D- duplicatas a pagar------------2.000 D- desp de multa e juros---------100 C- caixa-------------------------------2.100 60) D- contas a pagar-----------8.000 D- juros passivos-------------880 C- caixa-------------------------8.880 61) D- duplicatas a pagar---3.000 D- juros passivos----------600 C- caixa----------------------3.600 62) D- impostos a pagar---500 D- juros passivos--------50 C- caixa---------------------550 63) D- duplicatas a pagar---100 D- juros passivos---------15 C- caixa----------------------115 64) D- títulos a pagar-------450 D- despesa de juros----45 C- caixa--------------------495 65) D- caixa-------------------------33.000 C- duplicatas a receber---30.000 C- juros ativos------------------3.000 66) D- caixa--------------------17.280 C- contas a receber---16.000 C- receita de juros-------1.280 67) D- caixa------------------------2.400 C- duplicatas emitidas---2.000 C- juros ativos-----------------400 68) D- caixa-----------------------550 C- duplicatas a receber--500 C- receita de juros-----------50 69) D- caixa-----------------------440 C- duplicatas a receber--400 C- receita de juros----------40 70) D- caixa-------------------506 C- títulos a receber---460 C- juros ativos------------46 71) D- caixa-------------------------2.420 C- duplicatas a receber---2.200 C- juros ativos-------------------220 72) D- caixa--------------------------------110.400 D- descontos concedidos----------9.600 C- títulos a receber-----------------120.000 Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 23 73) D- caixa--------------------------------3.400 D- descontos concedidos---------600 C- títulos a receber-----------------4.000 74) D- caixa--------------------------------475 D- descontos concedidos--------25 C- títulos a receber-----------------500 75) D- caixa--------------------------------324 D- descontos concedidos--------36 C- títulos a receber-----------------360 76) D- banco--------------------------180 D- juros a vencer----------------20 C- duplicatas descontadas---200 Você irá entender esse lançamento quando chegarmos no item ‘Desconto de Duplicatas’. 77) D- banco--------------------------540 D- juros a vencer----------------60 C- duplicatas descontadas---600 78) D- banco---------------------------------------1.080 D- encargos financ. a transcorrer-------120 C- empréstimo-------------------------------1.200 79) D- banco------------------------------------------900D- encargos financ. a transcorrer-------100 C- empréstimo-------------------------------1.000 80) D- capital a integralizar C- capital social--------------5.000 81) D- caixa C- capital social--------------4.000 82) D- caixa C- capital social------1.100 83) D- caixa--------------150 D- mercadorias---1.200 D- móveis-------------600 C- capital------------1.950 84) D- banco c/ movimento C- caixa------------------------900 85) D- caixa C- receita-----12.000 86) D- caixa C- aluguéis ativos-----38 87) D- juros a receber C- juros ativos--------230 88) D- luz a pagar C- caixa------------95 89) D- despesa C- despesa antecipada--150 90) D- depreciação C- depreciação acumulada—3.000 91) D- aluguéis passivos ---120 C- caixa-----------------------48 C- aluguéis a pagar-------72 92) D- despesa de aluguel----600 C- caixa-------------------------240 C- contas a pagar-----------360 93) D- lucros acumulados C- dividendos a pagar------1.000 94) D- contas a receber C- móveis----------------------1.500 95) D- caixa C- ações de coligadas------6.000 96) D- contas a receber-----2.000 D- perda de capital---------400 C- máquinas---------------2.400 97) D- banco C- debêntures a resgatar 98) D- reserva para contingência C- lucros acumulados------------180 99) D- despesa com IR C- IR a pagar-----------------1.200 100) D- clientes C- vendas-------80.000 D- CMV C- mercadorias-----51.000 D- ICMS s/ Vendas C- ICMS a Recolher---8.000 *** Auditor e Analista Fiscal 2014/1 – Contabilidade Geral – Prof. Marcondes Fortaleza 24 Fórmulas e classificação dos 100 fatos: 01 a 16: 1ª fórmula; permutativo 17 a 23: 2ª fórmula, permutativo 24: 4ª fórmula; permutativo 25 a 30: 1ª fórmula; permutativo 31 a 39: 1ª fórmula; modificativo diminutivo 40: 1ª fórmula; permutativo 41 a 43: 1ª fórmula; modificativo aumentativo 44: 3ª fórmula; modificativo aumentativo 45: 4ª fórmula; misto aumentativo (fazendo um único lançamento) 46 e 47: 1ª fórmula; modificativo aumentativo 48: 3ª fórmula; modificativo aumentativo 49 a 56: 2ª fórmula; misto aumentativo 57 a 64: 3ª fórmula; misto diminutivo 65 a 71: 2ª fórmula; misto aumentativo 72 a 75: 3ª fórmula; misto diminutivo 76 a 79: 3ª fórmula; permutativo 80: 1ª fórmula; permutativo 81 e 82: 1ª fórmula; modificativo aumentativo 83: 3ª fórmula; modificativo aumentativo 84: 1ª fórmula; permutativo 85 a 87: 1ª fórmula; modificativo aumentativo 88: 1ª fórmula; permutativo 89 e 90: 1ª fórmula; modificativo diminutivo 91 e 92: 2ª fórmula; modificativo diminutivo 93: 1ª fórmula; modificativo diminutivo 94 e 95: 1ª fórmula; permutativo 96: 3ª fórmula; misto diminutivo 97 e 98: 1ª fórmula; permutativo 99: 1ª fórmula; modificativo diminutivo 100: 4ª fórmula; misto aumentativo (fazendo um único lançamento) Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 25 Entendendo o Núcleo Fundamental da Disciplina Por: Marcondes Fortaleza 1.1 INTRODUÇÃO Dentre os diversos ramos de conhecimento, é natural existir um voltado especificamente para o estudo do patrimônio das pessoas, haja vista a enorme importância que este tem no nosso dia a dia. No caso das pessoas jurídicas, então, o perfeito controle de tudo o que elas possuem e devem e o acompanhamento de como a riqueza aumenta ou diminui ao longo do tempo chega a ser decisivo em um ambiente de concorrência atroz, onde a eficiência nos processos precisa ser aperfeiçoada constantemente. É nesse contexto que ganha importância a Contabilidade, que é a ciência voltada para o estudo, registro, controle e acompanhamento do patrimônio das entidades. Mas, o que vem a ser o patrimônio? É o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, a saber: as coisas que a empresa possui para usar ou vender (móveis, equipamentos, veículos, mercadorias), os valores a receber de alguém e as dívidas perante terceiros. Quantificar exatamente esses montantes e acompanhar quaisquer modificações ocorridas neles. É a isso que a Contabilidade se dedica. A Contabilidade é antiga. Apareceu junto com o modo mais rudimentar possível de controle de bens, evoluindo para sistemas de informação sofisticadíssimos que se constituem no principal suporte para a tomada de decisão por parte de investidores e administradores. Mas o que fazer para entender os meandros dessa disciplina? Como caminhar satisfatoriamente pela Contabilidade, sem sustos? O núcleo central da disciplina é formado por dois pontos: a) O perfeito entendimento do que é o Ativo, Passivo, Situação Líquida, Receitas e Despesas; b) Como registrar (debitar e creditar) os fatos contábeis. Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 26 É comum o estudante que apresenta alguma dificuldade na matéria confundir ativo com receita ou, mais ainda, passivo com despesa. E o que dizer da ideia, mais que enraizada, de que “crédito é bom” e “débito é ruim”? Nada mais maléfico para quem está dando os primeiros passos. É fundamental que você, caro aluno do curso Auditor e Analista Fiscal, saiba debitar e creditar com desenvoltura, bem como entenda a composição do patrimônio (ativo, passivo e situação líquida) e compreenda como ele aumenta ou diminui (receitas e despesas). Daí a importância de ler e reler essa parte do material até que não restem mais dúvidas. Refaça também o lançamento dos 100 fatos contábeis, quantas vezes forem necessárias, até que essa história de debitar e creditar seja algo razoavelmente tranqüilo pra você. Sem isso não vai dar pra seguir na matéria. Com tal kit básico, porém, você conseguirá acompanhar os diversos assuntos do nosso curso tranqüilamente. Bom estudo! 1.2 CONCEITO, OBJETO E TÉCNICAS CONTÁBEIS É importante que cada um de nós saibamos quanto possuímos e devemos. Você, caro aluno, tem controle sobre seu patrimônio? Sabe quanto tem em bens e direitos? E em relação às dívidas, sabe quanto deve nesse momento? Comparando sua situação patrimonial com a do ano anterior, seu patrimônio aumentou ou diminuiu? Sabe os motivos desse acréscimo/decréscimo? A Contabilidade, ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administração econômica1, responde a essas questões. Deve-se, assim, de cara, afastar os conceitos que tratam a Contabilidade como arte, técnica ou metodologia. Mas, para que, afinal, a Contabilidade existe? Grosso modo, para fornecer informações úteis a todos os que por elas se interessem sendo, por isso, importante que a Contabilidade tenha total controle sobre tudo o que ocorre com o patrimônio, afinal, este é o seu objeto. De modo direto podemos dizer que: 1 Definição dada no 1º Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em 1924. Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 27 Contabilidade é a ciência que controla o patrimônio (objeto) a fim de fornecer informações (finalidade) a quem interessar possa (usuários). Se o objeto da Contabilidade é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, um primeiro passo é entendermos o significado de tais conceitos. Perceba que o senso comum vai nos ajudar bastante nessa tarefa. Bens (também chamados de direitosreais) Bem é algo que atende a uma necessidade humana e pode ser avaliável em moeda. São os elementos que podem ser utilizados ou vendidos e que têm valor: dinheiro no bolso, dinheiro no banco, máquinas, equipamentos, móveis, utensílios, veículos, terrenos, mercadorias, produtos, etc. A despeito dos exemplos dados, nem todo bem é tangível ou material. Veja o caso de um programa de computador: tem utilidade e é avaliável em dinheiro (custa algum valor) e, por isso, é um bem, só que intangível. Há outros exemplos de bens incorpóreos, tais como marcas e patentes. É importante que fique claro que um bem pode ser material ou imaterial e que necessariamente a ele deve ser possível atribuir um custo. O ar, por exemplo, tem uma enorme utilidade, mas não é avaliável em moeda. Ninguém diz: “o ar da minha empresa foi comprado por tantos reais”. Ora, a Contabilidade trata, em última instância, apenas de itens que possam ser expressos em dinheiro; sendo assim, o “ar” não faz parte do patrimônio de ninguém. Direitos (também conhecidos como direitos pessoais) São todos os valores que a empresa tem a receber ou a recuperar, bem como tudo o que ela emprestou ou adiantou a alguém. São os créditos perante terceiros. Emprestou algo a alguém? Ficou com um direito denominado empréstimos concedidos2. Adiantou salário a um empregado? Surgiu no seu patrimônio um direito denominado adiantamento a empregados. Vendeu mercadorias ou prestou serviços a prazo? Apareceu um direito comumente chamado de clientes ou duplicatas a receber. Direitos, simplificando, são os montantes que a empresa tem a receber dos outros. 2 Veremos mais adiante que há flexibilidade na nomenclatura das contas, a depender do plano de contas estruturado pela entidade. O que é “empréstimos concedidos” em uma, pode ser “empréstimos a receber” em outra, por exemplo. Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 28 Obrigações Aqui também o senso comum ajuda bastante: obrigações são as dívidas que a entidade contraiu junto a terceiros: contas a pagar, empréstimos obtidos, tributos a recolher; enfim, são os valores que cedo ou tarde a empresa terá de pagar a alguém. Situação Líquida Embora não esteja expresso no conceito de patrimônio, é importante o entendimento do que seja a situação líquida. Se uma pessoa converter todos os seus bens e direitos em dinheiro e pagar todas as suas dívidas, diz-se que a sobra é a sua situação líquida (SL). A SL é, portanto, quanto efetivamente pertence ao dono da entidade sendo, por isso, conhecida como capital próprio (riqueza do proprietário). É fácil visualizar. Imagine que alguém tenha, em bens e direitos o valor de R$ 20 e que possua, ao mesmo tempo, uma dívida também de R$ 20. Essa pessoa, no final das contas, não possui recurso próprio, sua riqueza é zero! Ora, se ela vender o bem e receber o direito ficará com R$ 20 nas mãos. Só que terá de pagar sua dívida, também no valor de R$ 20. No final da história: nada no bolso! É por isso que quando avaliarmos se alguém é “rico” ou não, não devemos focar apenas nos bens e direitos (que é a praxe, diga-se de passagem), pois alguém pode ter aplicações, terrenos, investimentos e carros na casa de bilhões, mas do mesmo modo, pode estar devendo bilhões. Já outro, com apenas uma simples casa, mas sem dever a ninguém, pode ter uma SL maior. Vamos comparar duas situações: Patrimônio 1 Dinheiro--------- 100.000 Financiamentos Bancários a Pagar-----400.000 Casa------------- 200.000 Contas a Pagar-------------------------------200.000 Terrenos-------- 300.000 TOTAL-----------600.000 Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 29 Análise: A pessoa possui bens e direitos no valor de 600 mil, mas sua riqueza própria é zero, pois suas dívidas também chegam a 600 mil; ou seja, todos os bens que possui foram adquiridos a prazo. Patrimônio 2 Dinheiro--------- 1 Contas a Pagar------- 0,50 Análise: A pessoa quase não possui patrimônio, pois há somente um bem (dinheiro) na quantia irrisória de um real (R$ 1); entretanto, as dívidas são menores ainda (praticamente zero), de modo que possui patrimônio líquido de 0,50 centavos – quase nada, mas possui! Embora prosaicos, os exemplos servem para deixar claro, desde já, que: Não é um ATIVO (bens e direitos) grande, por si só, que vai indicar que alguém está “rico”. Não é um PASSIVO (obrigações) enorme, por si só, que vai indicar que alguém está “pobre”. Técnicas Contábeis São quatro as técnicas das quais a Contabilidade se utiliza para exercer o perfeito controle do patrimônio das empresas3 a fim de municiar seus usuários internos e externos de informações úteis: escrituração, demonstrações, auditoria e análise. Tudo começa com a ESCRITURAÇÃO, que é o registro de todas as ocorrências que afetam o patrimônio. Sendo a ciência que controla o patrimônio a fim de fornecer informações, é óbvio que a Contabilidade deve estar atenta a todos os fatos que alterem os bens, direitos e obrigações de uma empresa. Houve alteração? Deve-se efetuar o registro do que exatamente foi modificado no patrimônio: isso se chama lançamento que é, nada mais nada menos, o debitar e o creditar na Contabilidade. Por ser o ponto de partida, é 3 Embora o campo de aplicação seja bastante vasto (quaisquer entidades econômico-administrativas onde haja um patrimônio sendo gerido – as chamadas AZIENDAS), para fins didáticos, seguiremos nosso raciocínio pensando na Contabilidade voltada para as empresas (estas, afinal, os maiores “clientes” daquela). Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 30 fundamental o entendimento de como se registra um fato, assunto que será cuidadosamente debatido adiante, em meio a vários exemplos. A contabilidade existe para fornecer informações úteis, que auxiliem na tomada de decisões por parte dos usuários. Sendo assim, de nada adianta dizer ao dono de uma empresa que em relação ao seu patrimônio houve, por exemplo, cinco mil fatos que alteraram seu patrimônio e passar a narrar um festival de débitos e créditos. Será que ele compreenderia alguma coisa? Claro que não! É por isso que, após o registro de todos os fatos ocorridos em determinado período - ao qual denominamos de exercício social, com duração de um ano -, a empresa elabora demonstrativos diversos, cada um com uma finalidade específica, informando aos usuários, por exemplo, qual é o seu patrimônio em uma data determinada e o resultado (lucro ou prejuízo) apurado. Tais demonstrativos são conhecidos como DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ou DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, as quais resumem a escrituração, tornando-a mais amigável ao usuário. A AUDITORIA, mais uma técnica, consiste na obtenção de evidências sobre as informações contidas nas demonstrações: todos os fatos foram realmente registrados de forma correta? As demonstrações foram elaboradas de acordo com os princípios e normas contábeis? Por fim, a ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, também conhecida como análise das demonstrações financeiras ou análise de balanços, trata do estudo das demonstrações, através do qual elas são estudadas sob diferentes aspectos, de modo que o analista consiga extrair diversas informações, tais como liquidez, endividamento, rotatividade e rentabilidade. TÉCNICAS => Registrar (escrituração), montar quadros com exposição detalhada (demonstrações), estudá-los (análise) e averiguar se está tudo certo (auditoria). Auditor e AnalistaFiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 31 1.3 CONTAS Imagine que você seja o responsável pela Contabilidade de alguém e chegou o momento de mostrar a essa pessoa qual é o patrimônio dela no final de determinado exercício social. Caso você diga “seu patrimônio é de R$ 1 milhão”, essa informação gerará, por certo, outras indagações do tipo “Mas um milhão em quê? Dinheiro? Casas? Terrenos? Valores a receber?” Ora, se a Contabilidade existe para fornecer informações, deve fazer isso de modo decente. A informação deve ser prestada levando-se em consideração que o patrimônio é composto de diversos itens. Para fins de comparação, para ficarmos só nos bens, alguém pode ter “apenas” um imóvel de dois milhões, enquanto outro pode ter dinheiro em caixa, dinheiro no banco, aplicações financeiras, terrenos, máquinas, móveis, veículos, utensílios, enfim, diversos itens que somados também cheguem ao valor de dois milhões. Observe que embora os dois patrimônios (brutos) possuam um mesmo valor, eles têm uma composição muito diferente! É por isso que a Contabilidade fornece informações indicando cada elemento que compõem o patrimônio de uma pessoa; e é cada elemento desse, cada item que forma o patrimônio de alguém, que chamamos de contas. Uma conta pode ser patrimonial ou de resultado. Contas patrimoniais são aquelas que retratam o patrimônio da entidade em determinada data e que, por isso, aparecem no Balanço Patrimonial: Ativo, Passivo e SL. As contas de resultado são utilizadas na aferição do resultado da empresa (desempenho econômico), ou seja, através delas ficamos sabendo se a empresa teve lucro ou prejuízo em determinado período. São as contas que aparecem na Demonstração do Resultado do Exercício: Receitas e Despesas. Veja que uma conta pode pertencer a cinco grandes grupos: ATIVO, PASSIVO, SITUAÇÃO LÍQUIDA (SL), RECEITAS e DESPESAS. É importantíssimo entendermos a característica de cada um desses grupos, sabermos identificar, quando apresentados a uma conta, a qual grupo ela pertence, pois esse é o ponto de partida para o lançamento contábil. Vamos, a partir daqui, estruturar nosso estudo da seguinte forma: em um primeiro momento, aprenderemos a identificar as contas do ativo, passivo e SL para, em seguida, entendermos como se dá o registro de fatos envolvendo tais grupos. Na seqüência, Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 32 apresentaremos os conceitos de despesas e receitas, com exemplos de lançamentos, mostrando cuidadosamente a diferença entre as contas usadas para aferir o resultado (receitas e despesas), e as utilizadas para evidenciar o patrimônio de alguém em determinada data (ativo, passivo e SL). Essa seqüência foi cuidadosamente planejada para que você entenda – mas entenda mesmo! – o núcleo fundamental da disciplina: quais são os grupos de contas e como lançar. Vamos lá, então! 1.4 ATIVO De modo simplificado, podemos definir ATIVO, também chamado de patrimônio bruto, como a parte positiva do patrimônio, representando os bens e direitos da entidade. Já vimos que os bens podem ser tangíveis (possível tocar) ou intangíveis (sem substância física). Exemplos de bens corpóreos: caixa (nome dado ao dinheiro existente), mercadorias (o que a empresa compra para revender), produtos (o que a indústria fabrica para vender), máquina e equipamentos, móveis e utensílios, terrenos, edifícios, instalações (elétricas//hidráulicas), ferramentas e veículos. Já entre os bens imateriais temos marcas e patentes, programas de computador, direito de exploração de uma mina4 e concessões obtidas do poder público. Direitos representam todos os valores que a empresa tem a receber, quer porque tenha vendido mercadorias ou prestado serviços a prazo, quer porque tenha emprestado ou adiantado recursos a alguém. Também são classificados como direitos os tributos que a empresa tenha direito de recuperar. Isso acontece porque há alguns tributos que, por definição, são não-cumulativos, como o ICMS e o IPI, e outros que, dependendo do regime, também podem ser (PIS e COFINS). A não-cumulatividade consiste em poder abater do valor do tributo devido na venda o valor pago por ele na compra. Exemplo: a empresa X comprou mercadorias pagando, embutido no preço, um ICMS de R$ 10. Quando, lá na frente, vendeu essa mercadoria, houve a incidência de ICMS no valor de R$ 15. Por conta da não- cumulatividade, a empresa não precisará recolher aos cofres públicos o valor de R$ 15, pois 4 Apesar da palavra direito, não se trata de valor a receber de alguém; por isso essa conta é considerada um bem intangível. Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 33 poderá abater o valor do imposto pago na compra (R$ 10), de modo que, na hora do pagamento, será recolhido ao Estado apenas R$ 5 (R$ 15 – R$ 10). No caso apresentado, os R$ 10 de ICMS que foram pagos na compra ficam registrados em uma conta chamada ICMS a Recuperar, indicando um direito da empresa junto ao Estado, já que ela poderá compensar esse valor com o devido na venda. O objetivo aqui é que você saiba da existência de tributos que podem ser recuperados (compensados com os valores a recolher), indicando um direito da entidade e que, por isso, ficam no ativo: ICMS a Recuperar, IPI a Recuperar, PIS a Recuperar e COFINS e Recuperar. Vamos imaginar algumas contas do ativo pensando no dia a dia: dinheiro na carteira, dinheiro no banco, relógio, computador, celular, carro, casa, aplicação financeira, empréstimo concedido a um amigo e adiantamento feito à doméstica. Vejamos, agora, o conceito “oficial” de ativo dado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, no Pronunciamento que trata da Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro: “Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade”. Embora aparentemente complicado esse conceito não se contrapõe à ideia de que no ativo ficam os bens e os direitos; sendo assim, não pense que, de repente, você não está entendendo mais nada. Vamos ver o que o CPC quer dizer: “É um recurso controlado pela entidade” – O ativo necessariamente dever estar sob o controle da empresa. Se um bem consta formalmente como sendo de propriedade de “X” mas está sob controle de “Y”, que usufrui dos benefícios de seu uso e assume os riscos inerentes a essa utilização, referido bem deve figurar no Ativo de “Y”; “Como resultado de eventos passados” – Se você sonha em, no futuro, adquirir uma bela casa de praia, não é por isso que vai, de imediato, registrá-la em seu ativo, pois o evento (aquisição da casa) ainda não aconteceu, é algo Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 34 que só vai ocorrer no futuro. O fato precisa ter acontecido - ser um evento passado –, para que a casa possa aparecer no Ativo; “E do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade” – Um ativo sempre vai gerar benefício econômico para a entidade, seja pela venda, seja pelo uso. Por exemplo, quando a empresa vende um estoque, cedo ou tarde receberá recursos (dinheiro) como pagamento, por isso diz-se que o ativo “mercadorias” resulta em benefício econômico. Mas nem só pela venda um ativo pode gerar benefícios. Uma máquina utilizada para fabricação de produtos contribui, certamente, para que tais produtos fiquem aptos para a venda; por isso, ela também participa da geração de benefícios econômicos. CPC Cabe aqui um breve apanhado sobre o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, entidade autônoma criadapela Resolução CFC nº 1.055/05 tendo como objetivos estudar, preparar e emitir pronunciamentos técnicos sobre procedimentos de contabilidade e divulgar informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais. O CPC é formado por seis entidades5: � ABRASCA –Associação Brasileira das Companhias Abertas; � APIMEC NACIONAL – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais; � BM&F Bovespa; � CFC - Conselho Federal de Contabilidade; � IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; 5 Receita Federal, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados, Febraban e Confederação Nacional das Indústrias são membros convidados do CPC. Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 35 � FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da FEA/USP. Com a globalização consolidada e o crescente desenvolvimento do mercado de capitais, soa cada vez mais estranha a ideia de cada país possuir regras e práticas contábeis específicas. Isto porque é comum vermos empresas que operam em diversos países tendo, por isso, que fornecer informações aos seus usuários espalhados mundo afora: já pensou no custo para ajustar as informações contábeis às regras de cada país? Nesse contexto, em 1973, foi criado o IASC6 – International Accounting Standards Committee, com o objetivo de definir critérios e padrões contábeis universais, através da emissão de normas internacionais de contabilidade, as chamadas IAS (International Accounting Standards). A partir de 2001, o IASB – International Accounting Standards Board, criado inicialmente como órgão do IASC, passou a emitir os pronunciamentos contábeis, que passaram a ser chamados de IFRS (International Financial Reporting Standard). Foi considerando a necessidade de harmonização da contabilidade brasileira às normas emitidas pelo IASB que a Lei nº 11.638/07 estabeleceu o seguinte em seu artigo 10– A: “A Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil e demais órgãos e agências reguladoras poderão celebrar convênio com entidade que tenha por objeto o estudo e a divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e de auditoria, podendo, no exercício de suas atribuições regulamentares, adotar, no todo ou em parte, os pronunciamentos e demais orientações técnicas emitidas.” Surgia, assim, o fundamento legal para a adoção dos pronunciamentos do CPC pelas entidades reguladoras brasileiras. Hoje, com ampla participação de vários agentes que vivenciam as normas contábeis sob diferentes aspectos, os pronunciamentos são elaborados - sendo sua aplicação estendida a todas as entidades através de Resoluções do CFC - e, via de regra, aprovados pelas entidades reguladoras (CVM, BACEN, SUSEP, etc.), legitimando e revestindo de legalidade o trabalho realizado pelo CPC. 6 Em julho de 2010, o IASC mudou formalmente seu nome para Fundação IFRS. O nome do International Accounting Standards Board (IASB) permaneceu inalterado. Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 36 As bancas cada vez mais têm cobrado os pronunciamentos em suas provas. É importante que você saiba, pelo menos pra começo de conversa, a ideia geral dos principais pronunciamentos. Cabe destacar, entretanto, que os CPCs não são de fácil leitura, pois têm linguagem cheia de “viagens contábeis”. Deste modo, é importante, sim, que você leia e releia o kit básico sobre pronunciamentos que consta no final do nosso material, mas isso somente depois que estiver rapazinho ou mocinha na contabilidade. 1.5 PASSIVO O passivo é formado pelas dívidas da entidade, ou seja, tudo o que a empresa está devendo para terceiros (por isso mesmo, também é conhecido como capital de terceiros). Quaisquer contas a pagar (títulos a pagar, duplicatas a pagar, notas promissórias a pagar), empréstimos e financiamentos obtidos, adiantamentos recebidos de alguém, tributos a recolher, dívidas junto a fornecedores, enfim, tudo o que devemos fica no nosso Passivo. Lembrando o que foi dito anteriormente, não é um passivo grande, por si só, que vai indicar que minha situação está ruim. Por exemplo, se peguei um empréstimo de mil, mas possuo esse dinheiro no caixa (ou aplicado em máquinas, mercadorias, etc.), minha riqueza não foi alterada (não fiquei “mais rico” nem “mais pobre”), pois se é verdade que tenho uma dívida de mil, também é verdade que esse valor está no meu ativo. Basta eu realizar os bens (ou seja, transformá-los em dinheiro) e pagar a obrigação. Seguindo o mesmo raciocínio, não é porque tenho um ativo de um milhão que posso dizer que estou em uma situação confortável; isso porque posso estar com esse dinheirão na conta, mas ao mesmo tempo, dever igual quantia ao banco. Não custa lembrar, então, algo que vai ser importante para entendermos adiante a diferença entre passivo e despesa, bem como entre ativo e receita: Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 37 a) Não é um ATIVO grande, por si só, que vai indicar que minha SITUAÇÃO LÍQUIDA também é grande ou está aumentando; b) Não é um PASSIVO enorme, por si só, que vai indicar que minha SITUAÇÃO LÍQUIDA é pequena ou está diminuindo. Cabe também citarmos a definição de PASSIVO dada pelo CPC: “Passivo é uma obrigação presente da entidade, como resultado de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos”. Pegando carona nas explicações dadas em relação ao conceito de ativo, temos que, da mesma forma que não registramos intenções no ativo, não há registro de obrigação se só vou ficar devendo no futuro, pois se vou financiar uma casa algum dia, ficarei devendo apenas quando esse momento chegar. Quanto à parte sublinhada no conceito, quando chegar a hora de liquidar a dívida, como regra, serão utilizados recursos capazes de gerar benefícios econômicos (pagarei em dinheiro => dinheiro é ativo => logo, capaz de gerar benefícios econômicos). 1.6 SITUAÇÃO LÍQUIDA Quando alguém resolve começar uma empresa deve, necessariamente, entregar algum recurso para que a pessoa jurídica comece a funcionar, afinal, a empresa precisa de algo para sair do papel. Pois bem, esse recurso inicial entregue pelos sócios é chamado de capital social, e é sobre essa conta que vamos nos deter, em um primeiro momento, para sacramentar a ideia de que é a SL quem vai evidenciar quanto do patrimônio efetivamente pertence ao sócio. Imagine que João e José resolveram abrir uma empresa tendo, cada um, se comprometido a entregar R$ 50 em dinheiro para a formação do capital (com a promessa dos sócios de que vão colocar recursos na empresa, surge a figura do capital subscrito). Auditor e Analista Fiscal 2014 – Contabilidade – Prof. Marcondes Fortaleza 38 Após a entrega dos recursos, o capital enfim, passa a ser considerado como realizado ou integralizado, significando que o que foi prometido pelos sócios acaba de ser cumprido. Imagine que pela manhã eles abriram a empresa, subscrevendo e integralizando, em dinheiro, um capital de R$ 100. O patrimônio fica assim: ATIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA Caixa--------100 Capital Social-------100 Acontece que à tarde eles se arrependem
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