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PET II PROCESSOS E OPERAÇÕES CONTÁBEIS I

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1 
 
MM 
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS 
GERAIS 
PLANO DE ESTUDO 
TUTORADO 
 
COMPONENTE CURRICULAR: PROCESSOS DE 
OPERAÇÕES CONTÁBEIS 
PROFESSOR: Graziele Cristina de Sousa Novaes 
Tostes 
ANO DE ESCOLARIDADE: CURSO TÉCNICO EM 
ADMINISTRAÇÃO 
PET VOLUME: 02 
NOME DA ESCOLA: 
E. E. JOÃO BELO DE 
OLIVEIRA 
ESTUDANTE: 
TURMA: 01 
MÊS: OUTUBRO Á DEZEMBRO 
 NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 03 
TURNO: NOITE 
TOTAL DE SEMANAS: 10 
NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 SEMANA 1 
 
 1.0 Um breve histórico da Contabilidade: 
 
De acordo com pesquisas realizadas pela arqueologia1, a Contabilidade teve um 
surgimento reconhecido durante a pré-história, no período mesolítico, por meio da 
utilização de sistemas contábeis registrados em fichas de barro que continham, por 
exemplo, símbolos de animais, materiais têxteis, recipientes, metais, entre outros, por 
meios de sinais pictográficos. 
Com a evolução da civilização, as formas de registros ficaram cada vez mais 
sofisticadas até chegarem ás que são utilizadas atualmente com o auxílio da 
informática. 
É importante antes de começarmos a estudar Contabilidade, termos a oportunidade 
de saber que essa ciência é tão antiga quanto à história da própria humanidade. O 
conhecimento contábil é necessário para todo e qualquer tipo de empreendimento. 
Segundo Marion (2005, p.24) a Contabilidade é a linguagem dos negócios. É um 
instrumento de medição para os resultados das empresas, analisa o desempenho dos 
negócios, norteando as tomadas de decisões. Sendo assim, é imprescindível esta 
disciplina para um curso técnico em atividades comerciais. 
A contabilidade é tão antiga quanto à história da humanidade. Nas sociedades 
primitivas, os controles eram rudimentares e tinham como objetivo simplesmente 
assegurar e proteger as posses dos bens. 
Resumidamente, e só para título de informação, a evolução contábil aconteceu da 
seguinte forma: 
 
 Contabilidade do mundo antigo - período 
que se inicia com o aparecimento das 
primeiras civilizações. 
 
 Contabilidade do mundo medieval – 
período que vai de 1202 da Era Cristã até 
1494, quando foi divulgado o Tratactus de 
Computis et Scripturis (Contabilidade por 
Partidas dobradas) de Frei Pacioli. 
 
 Contabilidade do mundo moderno – 
período que vai de 1494 até 1840, com a 
divulgação da obra “La Contabilitá lle 
 
 3 
 
 
Applicatta a Amministrazioni”, de Francesco Villa. (Obra maçante na história 
da Contabilidade). 
 
 Contabilidade do mundo científico – período que se inicia em 1840, 
estendendo-se até nos dias de hoje. 
 
 
Na antiguidade, os homens usavam os registros relativos à contagem de rebanhos. 
Essa contagem, também chamada de inventário, servia como base de análise para que 
o homem tomasse conhecimento a respeito da variação de sua riqueza em um 
determinado tempo. Portanto, a origem da Contabilidade está ligada à necessidade de 
registros das atividades comerciais. 
 
A Contabilidade, por estudar as modificações do Patrimômio através das mudanças 
na riqueza de um ente (público ou privado, físico ou jurídico) ocorridas devidas aos 
atos humanos, torna-se uma ciência social aplicada. E como tal, transforma-se em 
um instrumento de auxílio para a tomada de decisão, pois sua dinâmica visa captar, 
registrar, planejar, acompanhar, resumir, analisar, interpretar e controlar as situações 
que afetem o Patrimônio. 
 A tomada de decisão é uma etapa que ocorre em diversos grupos de pessoas e, poe 
essa variedade, a necessidade de informação deve ser voltada conforme o interesse 
dos grupos. A figura abaixo resume alguns grupos de pessoas com suas respectivas 
necessidades de informação contábil. 
 
 
 Pessoas Físicas Utilizam a contabilidade para controlar seus 
patrimônios, principalmente as finanças pessoais. 
 
 Governo 
 
Faz uso das informações contábeis para tributar e 
cobrar impostos, taxas e contribuições das pessoas 
físicas e jurídicas, bem como projetar cenário 
econômico por meio da coleta e geração de dados 
estatísticos. 
 
 Bancos 
Requerem informações sobre questões financeiras 
que possam afetar a lucratividade, a rentabilidade e 
a segurança de seus investimentos. 
 
 Sócios e 
Acionistas 
Usam, principalmente, os relatórios contábeis para 
deter informações, por exemplo. Sobre 
lucratividade, rentabilidade e segurança de seus 
investimentos. 
 
 4 
 
 
 
 Administradores 
e Diretores 
Utilizam, basicamente, a contabilidade para 
auxiliá-los na tomada de decisão através das 
informações contábeis sobre o passado, o presente 
e o futuro de uma empresa. 
 
 
Contabilidade se apresenta como o grande pilar n a veracidade da informação e, 
consequentemente, na credibilidade da companhia perante seus investidores. (Nos últimos anos, 
o SEBRAE (serviço brasileiro) de apoio às Micro e Pequenas Empresas) vem realizando 
pesquisas as para detectar o índice de mortalidade (fechamento) das empresas no primeiro ano 
de vida (abertura). 
Na mais recente pesquisa, os números apontavam que cerca 48% dos negócios são 
fechados antes de completar 12 meses de funcionamento. A principal causa desta moralidade é a 
falta de planejamento, controle dos negócios. Em uma suma, é a falta de Contabilidade. (Fonte: 
Agnaldo Silva). 
A contabilidade tem tudo a ver com as funções básicas da administração. Vamos, agora, 
relembrar cada uma das funções: 
• Planejamento – Como planejar se não sabemos ao certo avaliar os recursos que temos? 
A contabilidade permite registrar e mensurar os recursos da empresa. Sem relatórios Contábeis, 
qualquer planejamento é inconsistente. 
• Organização – A contabilidade responde pelo levantamento e organização de cada 
elemento que pode ser mensurado monetariamente na empresa. 
• Direção – A tomada de decisões e a consequente execução, ou direção, será prejudicada se não 
tivermos os relatórios que serão extraídos da contabilidade. 
• Controle – Não existe ciência no mundo, que se dedique a registrar e controlar o 
patrimônio de uma empresa, do que a contabilidade. Ela nasceu com essa finalidade, e 
apresenta técnicas que são úteis inclusive para que se evitem fraudes nas empresas, 
 
2.0 Objetivo: 
 
Tem-se por objeto de estudo o Patrimônio das entidades/empresas (pessoa jurídica) 
ou das pessoas (pessoa física). Este patrimônio é administrável e está sempre em 
constante mudança. Trata-se na contabilidade a pessoa jurídica da entidade como 
distinta da pessoa física do proprietário. Sendo assim, a contabilidade é formada para 
a entidade e não para seus respectivos donos, estando voltada para os estudos da 
empresa pessoa jurídica. 
 
 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Contabilidade tem por objetivo registrar, sistematizar e documentar os atos e fatos 
de natureza econômico-financeira que afetam uma organização (pública ou privada). 
A necessidade de manter um sistema contábil não ocorre apenas em relação a 
empreendimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviços do setor privado. 
Por isso cada vez mais os concursos públicos consideram os conhecimentos 
contábeis para aqueles que farão parte das organizações públicas. 
Entidades do terceiro setor, como ONGs, fundações e demais organizações sem fins 
lucrativos, além de instituições do setor público, necessitam manter uma 
contabilidade em boa ordem. 
Essas transações econômicas financeiras são apresentadas de maneira estruturada nas 
demonstrações contábeis, as quais registram os bens e direitos financeiros da 
empresa, suas obrigações e dívidas, seus resultados operacionais (lucros ou perdas). 
Podemos selecionar, mais especificamente, os seguintes objetivos da contabilidade: 
 Medir os recursos possuídos por entidades específicas. 
 Refletiros direitos contra essas entidades e os interesses nelas existentes. 
 Medir as variações desses recursos, direitos e interesses. 
 Atribuir as variações a períodos determináveis. 
 Exprimir os dados anteriores em termos monetários 
 
 
 6 
 
 
 SEMANA 2 
Finalidade da contabilidade: 
 
 
 
 
 
 
 
A finalidade da contabilidade é fornecer informações às pessoas ou entidades 
interessadas na situação patrimonial (bens, direitos e obrigações) e econômica (lucro 
ou prejuízo) da entidade, bem como na aferição de sua capacidade produtiva. 
As informações fornecidas pela Contabilidade permitem a realização do controle e 
planejamento de uma organização. 
O controle é o processo pelo qual a administração verifica se as diretrizes e políticas 
por ela definidas e/ou pelos sócios da entidade estão sendo seguidas. 
O planejamento é o processo pelo qual a administração e os sócios da entidade 
decidem quais ações serão tomadas para o futuro, considerando um segmento ou 
toda a entidade. 
Importante frisar que a contabilidade não deve ser utilizada para manipular 
demonstrações ou dados. Esta ciência se baseia em fatos e deve demonstrar a real 
situação patrimonial. 
 
 7 
 
 
A contabilidade assume um papel e tem como finalidade ser a ciência da riqueza, ou 
seja, os dados coletados são analisados dentro da gestão da empresa e é possível 
tomar decisões influenciadas pelos resultados. 
São dados econômicos coletados, mensurados, registrados e organizados em forma 
de relatórios e comunicados, criados por um contador, especialista na área, para 
auxiliar no direcionamento das estratégias da empresa. 
Com a contabilidade é possível medir os resultados das empresas, avaliando o 
desempenho dos negócios, e, a partir de aí dar diretrizes para as tomadas de decisões 
deixando claro, assim, qual o objetivo da contabilidade para as empresas. 
 
 3.1 Usuários da Contabilidade: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outro tópico bem comum em concursos públicos é sobre os usuários da 
Contabilidade (sejam eles internos ou externos à entidade). 
Saibam quais são os principais usuários da Contabilidade: 
 Sócios ou proprietários – avaliam o desempenho da administração e a 
rentabilidade de seus investimentos. 
 Investidores – avaliam os riscos e oportunidades de negócios. 
 Fornecedores – avaliam as condições financeiras da empresa e, assim, 
podem decidir se irão fornecer mercadorias e serviços. 
 
 8 
 
 
 Clientes – avaliam se os fornecedores poderão ser os parceiros ideais. 
 Empregados – avaliam a continuidade da empresa, a capacidade de pagar 
salários, oportunidades e condições de negociar salários, se a participação nos 
lucros foi devidamente calculada etc. 
 Governo – importante usuário das informações contábeis, pois verifica se a 
empresa está em dia com suas obrigações tributárias. 
 Instituições financeiras – avaliam se a entidade tem capacidade financeira e 
patrimonial para realizar operações de crédito. 
 Concorrentes – avaliam a capacidade financeira e de negócios de uma 
entidade concorrente. 
 Administradores – são os que demandam por informações contábeis com 
maior frequência e profundidade, já que elas subsidiam a tomada de decisões 
e permitem avaliar as atividades da entidade. 
 
 
 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES: 
 
1) Assinale, dentre as alternativas apresentadas a seguir, 
aquela que apresenta adequadamente o objetivo da 
Contabilidade. 
a) A Contabilidade tem por objetivo o controle dos 
impostos a pagar. 
b) A Contabilidade tem por objetivo gerar informações para 
o controle dos estoques das indústrias. 
c) A Contabilidade tem por objetivo controlar as dívidas e 
os impostos a serem pagos. 
d) A Contabilidade tem por objetivo o controle das obrigações trabalhistas e 
tributárias. 
e) A Contabilidade tem por objetivo gerar informações para o apoio das decisões 
econômico-financeiras. 
 
 
 
 9 
 
 
2) A contabilidade tem como principal objetivo a(o) 
a) fornecimento de informações que proporcionem aos seus mais diversos usuários 
— seja internos, seja externos — utilidade no processo de tomada de decisões. 
b) elaboração de guias de recolhimento de tributos a fim de manter a entidade em 
conformidade com os ditames legais. 
c) elaboração de demonstrações contábeis que atendam às finalidades específicas de 
determinado grupo de usuários. 
d) avaliação da capacidade das entidades comerciais em arcar com suas obrigações 
financeiras. 
e) mensuração de bens patrimoniais a fim de elaborar corretamente as demonstrações 
contábeis. 
 
3) Considerando que o objetivo da contabilidade é o controle de um patrimônio, 
assinale a alternativa correta. 
a) A contabilidade ocupa-se apenas do patrimônio das pessoas jurídicas, com ou sem 
fins lucrativos. 
b) A contabilidade, por meio das demonstrações contábeis, apresenta a situação 
econômico-financeira de uma entidade em tempo real. 
c) A contabilidade é um sistema de informação que controla o patrimônio de uma 
entidade, auxiliando os respectivos usuários na tomada de decisão. 
d) Uma entidade contábil pode referir-se a uma pessoa física ou jurídica sem, 
contudo, confundir-se com o respectivo patrimônio. 
e) O patrimônio é o conjunto de bens e direitos de uma entidade, deduzido das 
respectivas obrigações. 
 
4) Em relação a ciência a contabilidade é considerada uma: 
a) Ciência Social. 
b) Ciência Exata. 
c) Ciência Econômica. 
d) Ciência Jurídica. 
5) Com suas palavras responda: Porque devemos estudar Contabilidade? 
 
 10 
 
 
 
 SEMANA 3 
 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO 
 
 
1 – NOÇÕES DE CONTABILIDADE: CONCEITO, APLICABILIDADE E FORMAÇÃO DO 
PATRIMÔNIO 
 
1.1 CONCEITO 
 
“Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades 
objetivando representá-lo graficamente”. 
Através de suas funções, controle e registro, ela alcança sua finalidade que é de 
orientar o administrador sobre as alterações ocorridas no Patrimônio, geradas pela sua atuação e 
controlar 
o movimento de todas as alterações através de registros próprios e sistematizados 
que chamamos de escrituração. 
 
1.2 OBJETO 
O objeto de estudo da contabilidade é o Patrimônio das entidades. 
 
1.3 OBJETIVO 
Poucos sabem que um dos objetivos da contabilidade é simplesmente o de preparar 
relatórios para os administradores ou a terceiros (Fornecedores, Bancos ou Autoridades 
Fiscais) sobre os a fim de ajudar na análise da empresa, seja ela com ou sem fins lucrativos. 
Objetivo este totalmente distorcido (atualmente profissionais da área contábil passam mais de 
70% do seu tempo cumprindo obrigações impostas pelos governos, tais como preenchimento 
de declarações). 
 
1.4 CAMPOS DE APLICAÇÃO 
O campo de atuação da contabilidade são as aziendas. Aziendas representam: 
A) “Entidades econômico-administrativas, assim chamadas aquelas, que para atingirem seu 
objetivo, seja ele econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um órgão 
administrativo, que pratica atos de natureza econômica necessários a seus fins”; ou 
B) “Complexo de obrigações, bens materiais e direitos, representados em valores ou 
suscetíveis 
de apreciação econômica, constitutivos de um patrimônio, considerado juntamente com a 
 
 11 
 
 
pessoa natural ou jurídica que sobre ele tem poderes de administração e disponibilidade.” 
Note que o conceito de azienda é mais amplo que o conceito de empresa. Esta última 
tem como objetivo vender bens e serviços com a finalidade de lucro. Será eficiente se obtiver 
lucro nas suas atividades. No conceito de azienda se incluem, além das empresas, as entidades 
cujo objetivo não é obter lucros, mas simplesmente prestar serviços à comunidade, tais como 
as entidades de assistência social, os clubes desportivos,as fundações de caráter cultural, etc. 
Estas entidades também usam a contabilidade parque precisam controlar a evolução do seu 
patrimônio. 
O Governo (seja ele Federal, Estadual ou Municipal) também é uma azienda cujo 
objetivo é fornecer bens e serviços à coletividade, sendo que o respectivo custeio é financiado 
através da tributação ao invés de ser cobrado um preço, como seria o caso de uma empresa. O 
Governo não objetiva ter lucros. Devido às suas peculiaridades, o ramo da Contabilidade que 
controla e registra o patrimônio do Governo denomina-se Contabilidade Pública. 
Observações 
1) Pessoa Física (ou Pessoa Natural) – É qualquer ser humano considerado 
individualmente, sujeito a direitos e obrigações. Nascimento da Pessoa Física: De fato: por 
meio do parto com a vida; De direito: por meio do registro no Cartório Civil de Pessoas 
Físicas. 
2) Pessoa Jurídica – É toda entidade resultante de uma organização humana, com vida 
e patrimônio próprios, a qual, de forma semelhantes às pessoas físicas, está sujeita a direitos e 
obrigações. Nascimento da Pessoa Jurídica: De fato: através dos atos praticados; De direito: no 
caso das sociedades empresárias, através do registro na Junta Comercial do Estado. No caso da 
sociedade simples, através do registro no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas. 
 
1.5 FUNÇÕES DA CONTABILIDADE 
Função Administrativa: Controlar o patrimônio da entidade, tanto sobe o aspecto 
estático quanto o dinâmico. 
Função Econômica: Apurar o resultado (redito), isto é, apurar o lucro ou o prejuízo da 
entidade. 
Obs.: Em termos práticos, controlar o patrimônio sob o aspecto estático significa 
controlar sua posição em dado momento (fazer o balanço). Controlar sob o aspecto dinâmico 
significa controlar suas mutações qualitativas e quantitativas. 
 
 
 
 12 
 
 
 
1.6 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
Os usuários da contabilidade são as pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesse 
na avaliação da situação patrimonial da entidade. São, por exemplo, os acionistas de uma 
empresa que querem saber se ela está dando lucro ou prejuízo. São as instituições financeiras 
que desejam avaliar o patrimônio da entidade para saber se lhe concedem ou não um 
empréstimo. São os administradores da entidade, que desejam saber como se comporta o 
desenvolvimento das atividades da empresa e qual o resultado que está advindo das mesmas. É 
o Fisco, que também se interessa pelo resultado da pessoa jurídica, para lançar os tributos 
sobre ele incidentes. 
Usuários Internos: Administradores da Empresa (tomar decisões vitais para o 
sucesso do negócio), Proprietários (ter conhecimento sobre a rentabilidade do seu negocio) e 
Funcionários (saber se a empresa tem condições de pagar seus salários). 
Usuários Externos: Fornecedores (saber da situação financeira da empresa e 
conseqüentemente do risco de vender a prazo), Bancos (análise econômico-financeira para 
aprovar empréstimos), Governo (tanto para a arrecadação de impostos como obter dados 
estatísticos no sentido de melhor redimensionar a economia). 
O Patrimônio é representado por meio de um gráfico em forma de um T. 
O “T”, como vemos, tem dois lados: no esquerdo, colocamos os bens e os direitos; e 
no direito, as obrigações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
 
1.7 DEFINIÇÃO DO PATRIMÔNIO 
O Patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa 
física ou jurídica ou a uma entidade. 
 
1.7.1 BENS 
No sentido geral, bens são todas as coisas que satisfazem as necessidades humanas. 
No sentido econômico, bem é tudo aquilo que possui utilidade e pode ser quantificado 
monetariamente. Podemos classificar os bens em: 
 
Bens Tangíveis, Corpóreos, Concretos ou Materiais. 
Características: têm existência física, existem como coisa ou objeto. Exemplos: 
Numerários: dinheiro; 
De venda: mercadorias em estoque; 
Fixos ou imobilizados: (representam os bens duráveis, com vida útil superior a 1 ano): 
imóveis, veículos, máquinas, instalações, equipamentos, móveis e utensílios, etc.; 
De renda: não destinados aos objetivos da empresa (imóveis destinados à renda ou 
aluguel); 
De consumo: (não duráveis, ou seja, são gastos ou consumidos no processo 
produtivo); depois de consumidos, representam despesas: combustíveis e lubrificantes, 
material de escritório, material de limpeza, etc. 
 
Atenção: Para classificar corretamente um bem, devemos conhecer: 
1º) a atividade da pessoa jurídica (comercial, industrial ou prestadora de 
serviços); 2º) a especificação técnica do bem; 
3º) a utilidade dada ao bem (para venda, consumo ou uso); caso seja para uso, 
verificar se representa bem durável ou não. 
 
Bens Intangíveis, Incorpóreos, Abstratos ou Imateriais. 
Características: não possuem existência física, porém, representam uma aplicação de 
capital indispensável aos objetivos da empresa, e cujo valor reside em direitos de propriedade 
que são legalmente conferidos aos seus possuidores, como os direitos sobre marcas, patentes, 
direitos autorais, ponto comercial, fundo de comércio, etc. 
 
1.7.2 DIREITOS 
São valores a serem recebidos de terceiros por vendas a prazo ou valores de 
 
 14 
 
 
propriedade da entidade que se encontram em posse de terceiros. 
Exemplos: 
Duplicatas a receber, clientes, contas a receber, adiantamentos a fornecedores, adiantamentos a 
empregados, aplicações financeiras, etc. 
 
1.7.3 OBRIGAÇÕES 
São dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos perante 
terceiros, ou bens de terceiros que se encontrem em posse (uso) da entidade. Exemplos: 
contas a pagar, fornecedores, adiantamento de clientes, contribuições a recolher, empréstimos 
bancários, salários a pagar, impostos a pagar, financiamentos, provisão para 13º salário, etc. 
 
1.8 COMPOSIÇÃO PATRIMONIAL 
O Patrimônio é dividido em três partes, a saber: 
PrimeiraParte - Ativo(A) - parte positiva, composta de bens e direitos, também 
denominada de Patrimônio Bruto. Natureza Devedora. 
 
Segunda Parte – Passivo (P) – parte negativa, composta das obrigações com 
terceiros, também conhecida como Passivo Exigível. Natureza Credora.Terceira Parte 
Patrimônio Líquido (PL) ou Situação Líquida –Parte diferencial (diferença) entre o Ativo e o 
Passivo Exigível. O Patrimônio Líquido representa as obrigações da entidade para com os 
sócios ou acionistas (proprietários) e indica a diferença entre o valor dos bens e direitos 
(Ativo) e o valor das obrigações com terceiros (Passivo Exigível). Esta parte diferencial 
(Patrimônio Líquido) é que vai medir ou avaliar a situação ou condição da Entidade, sendo, 
portanto considerado como Passivo Não-Exigível. Dessa maneira se obtêm a Equação 
Patrimonial 
 
Patrimônio Líquido (Situação Líquida) = Ativo – Passivo 
Exigível 
 
 
1.9 PRIMEIRAS NOÇÕES DE BALANÇO PATRIMONIAL 
O Balanço Patrimonial é uma demonstração que evidencia todo o patrimônio de uma 
entidade em um determinado momento, ou seja, ela vai mostrar todos os BENS, DIREITOS e 
OBRIGAÇÕES numa certa data. Primeiro ela registra esses dados, depois processa os 
relatórios e demonstrações. Mais para ficar mais apresentável, ao invés de misturar tudo, ela 
preocupou-se em deixar isso de uma maneira mais fácil de entender. O Patrimônio está divido 
em duas partes: um positivo chamado ATIVO outro negativo chamado PASSIVO. 
 
 15 
 
 
 
No ATIVO estão o conjunto de BENS e DIREITOS e no PASSIVO suas 
OBRIGAÇÕES ou DEVERES. A diferença entre o Ativo (+) e o Passivo (-), denomina-se 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO que aparece vinculado ao Passivo, para que haja uma igualdade 
entre este e o Ativo, que chamamos de Equação ou Equilíbrio Patrimonial. 
 
 RReessuummoo 
ATIVO (+) 
BENS 
 
DIREITOS 
 
PASSIVO (-) 
OBRIGAÇÕES 
PATRIMÔNIO 
LIQUÍDO 
 
Assim sendo, dizemos que o Patrimônio Líquido representa a diferença entre o Ativo e 
o 
Passivo. 
 EExxeemmpplloo:: 
 
ATIVO (+) 
2.500,00PASSIVO (-) 
 
500,00 
P.L. 2.000,00 
 
2.500,00 2.500,00 
Equilíbrio 
Patrimonial 
 
16 
 
 
 
Podemos apresentar o Patrimônio de três formas diferentes, ou seja: 
 
1ª) Situação Favorável (PL + ou SL +): ocorre quando os bens e direitos (Ativo) 
excedem o valor das obrigações com terceiros (Passivo Exigível). Exemplo: 
 ATIVO PASSIVO 
Bens 4.000,00 EXIGÍVEL 
Direitos 3.000,00 Obrigações 2.000,00 
PL 5.000,00 
TOTAL 7.000,00 TOTAL 7.000,00 
 
Equações: a) PL/SL = A – PE c) PE = A - PL 
PL/SL = 7.000,00 – 2.000,00 PE = 7.000,00 – 5.000,00 
PL/SL = 5.000,00 PE = 2.000,00 
 
b) A = PE + PL 
A = 2.000,00 + 5.000,00 
A = 7.000,00 
 
 
 
2ª) Situação Desfavorável PL (-) ou SL (-): ocorre quando os bens e direitos (Ativo) 
forem menores que as obrigações com terceiros (Passivo Exigível). Exemplo: 
 ATIVO PASSIVO 
Bens 4.000,00 EXIGÍVEL 
Direitos 3.000,00 Obrigações 8.000,00 
PL (1.000,00) 
TOTAL 7.000,00 TOTAL 7.000,00 
 
Equações: a) PL/SL = A – PE c) PE = A - PL 
PL/SL = 7.000,00 – 8.000,00 PE = 7.000,00 – (1.000,00) 
PL/SL = (1.000,00) PE = 8.000,00 
 
b) A = PE + PL 
A = 8.000,00 + (1.000,00) 
A = 7.000,00 
 
Observações: Quando a expressão está entre parênteses, significa que seu valor é 
negativo. 
 
 
17 
 
 
3ª) Situação Nula ou Equilíbrio Aparente (A = PE, logo PL = 0): ocorre quando os 
bens e direitos (Ativo) forem iguais as obrigações com terceiros (Passivo Exigível); nessa hipótese 
o Patrimônio Líquido será nulo. Exemplo: 
 ATIVO PASSIVO 
Bens 4.000,00 EXIGÍVEL 
Direitos 3.000,00 Obrigações 7.000,00 
PL 0,00) 
TOTAL 7.000,00 TOTAL 7.000,00 
 
Equações: a) PL/SL = A – PE 
PL/SL = 7.000,00 – 7.000,00 
PL/SL = 0,00 
 
b) A = PE + PL 
A = 7.000,00 + 0,00 
A = 7.000,00 
 
Vamos praticar o que aprendemos: 
 
Seja o Patrimônio da Cia Comercial Silvestre: 
 
Contas R$ 
Imóveis 87.000,00 
Duplicatas a Pagar 23.000,00 
Caixa 12.000,00 
Salários a Pagar 18.000,00 
Mercadorias 23.000,00 
Bancos Conta Movimento 17.000,00 
Fornecedores 9.000,00 
Adiantamentos a Fornecedores 11.000,00 
Adiantamento de Clientes 10.000,00 
Móveis e Utensílios 14.000,00 
Empréstimos a Pagar 4.000,00 
Financiamentos 7.000,00 
Duplicatas a Receber 39.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES: 
1) Qual o valor dos BENS? 
2) Qual o valor dos DIREITOS? 
3) Qual o valor das OBRIGAÇÕES? 
4) Qual o valor do ATIVO? 
5) Qual o valor do PASSIVO? 
6) Qual o valor do PATRIMÔNIO LÍQUIDO? 
 
7) Na representação gráfica do balanço patrimonial devem constar os grupos: 
a)patrimônio líquido, ativo imobilizado, ativo permanente e superavit/deficit. 
b) ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante, passivo não circulante e 
patrimônio líquido. 
c) ativo circulante, ativo permanente, passivo circulante e patrimônio bruto. 
d) ativo, passivo exigível e patrimônio bruto. 
e) ativo circulante, ativo não circulante, passivo circulante e patrimônio bruto. 
 
 
8) Por realizar uma média entre os preços de aquisição mais antigos e os mais novos, o método 
da média ponderada móvel invariavelmente aponta um custo da mercadoria vendida mais 
alto do que aquele que seria apurado pelo método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair). 
a) Certo 
b) Errado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 SEMANA 4 
 
 
CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADOS: 
 
 
2 – REGISTRO CONTÁBIL: CONTA, RAZONTE, MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS E 
METODOS DE LANÇAMENTOS. 
 
2.1 CONCEITO DE CONTA 
 
Conta é o nome representativo de um elemento patrimonial (bem, direito, obrigação ou P.L) ou de uma 
variação patrimonial (despesa ou receita). Para cada elemento (Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido) existe 
uma conta para representá-lo. Para o dinheiro existente, temos uma conta própria para representá-lo que se 
chama “Caixa”. Outras contas “Móveis e Utensílios”, “Duplicatas a Receber”, “Duplicatas a Pagar” e assim 
por diante. 
 
2.1.1 TIPOS DE CONTAS 
 
2.1.1.1 Contas Patrimoniais 
 
São utilizadas para controle e apuração do patrimônio. São elas: Contas do Ativo, Contas do 
Passivo e Contas do Patrimônio Líquido. Também são consideradas patrimoniais as contas 
RETIFICADORAS (ou REDUTORAS), isto é, contas negativas dos grupos aos quais pertençam. Tais 
contas não “trabalham sozinhas”, pois são subtraídas de outras contas, as quais chamamos de contas 
retificadoras. Existem contas retificadoras no Ativo, Passivo e no Patrimônio Líquido. 
As contas retificadoras do Ativo mais conhecidas são: 
 Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado; 
 Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa; 
 Duplicatas Descontadas; 
 Depreciação Acumulada; 
 Amortização Acumulada; e 
 Exaustão Acumulada. 
 
Exemplo: 
 
Máquinas e Equipamentos .............................................. 50.000,00 
Depreciação Acumulada ................................................. (15.000,00) 
 
 
 
20 
 
 
Conta Retificadora 
 
No caso do Patrimônio Líquido, temos as seguintes contas retificadoras: 
 
 Capital a Realizar; 
 Prejuízos Acumulados; e 
 Ações em Tesouraria. 
 
2.1.1.2 Contas de Resultado 
 
São utilizadas para a apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo). São elas: 
 Contas de Receitas 
 Contas de Despesas 
Receitas Despesas 
de Vendas de Mercadoria 
de Venda de Produtos Fabricados de 
prestação de Serviços 
de Comissões 
de Contribuições de Associados de 
Doações 
de Juros 
de Aluguéis 
de Mensalidades 
de Ganhos diversos, etc. 
de Aluguéis 
de Salários e Encargos de 
Juros 
de Tributos (impostos, taxas e contribuições). de 
Comissões 
de Propaganda 
de Consumo de materiais de escritório de 
Manutenção e Limpeza 
de Água, Luz, Telefone, Correio. 
de Perdas diversas, etc. 
 
 
 
2.1.2 DÉBITO, CRÉDITO E SALDO 
 
Débito de uma Conta: situação de dívida de responsabilidade da conta. As contas que representam 
bens, diretos (Ativo), despesas e custos têm saldo devedor. 
 
Crédito de uma Conta: situação de direito de haver da conta. As contas que representam 
obrigações (Passivo), Patrimônio Líquido e Receitas têm saldo credor. 
 
Resumindo, as Contas Devedoras são: Contas do Ativo, Contas de Despesas e Custos e as Contas 
Retificadoras do Passivo e Patrimônio Líquido. As Contas Credoras são: Contas do Passivo, Contas do 
Patrimônio Líquido, Contas de Receitas e Contas Retificadoras do Ativo. 
 
 
 
 
12 
 
V 
2.1.3 SALDO DE UMA CONTA 
É a diferença entre o total de débitos e o total de créditos efetuados na conta. 
Desta forma, existem dois tipos de saldo: 
 
SALDO DEVEDOR: Se o total de débitos for maior que o total de créditos. 
Exemplo: CAIXA Débitos = R$ 12.000,00 
Créditos = R$ 5.400,00 
Saldo = R$ 6.600,00 (Devedor) 
 
SALDO CREDOR: Se o total de créditos for maior que o total de débitos. 
Exemplo: FORNECEDORES Débitos = R$ 
4.700,00 Créditos = 
R$ 6.000,00 
Saldo = R$ 1.300,00 (Credor) 
Observações: 
 Os saldos das contas CREDORAS (Passivo, Patrimônio Líquido, Receitas e 
Retificadoras do Ativo) aumentam com crédito e diminuem com débito. Os saldos das contas 
DEVEDORAS (Ativo, Despesas, Custos, Retificadoras do Passivo e Retificadoras do 
Patrimônio Líquido) aumentam com débito e diminuem com crédito. 
 A conta CAIXA, numa escrituração regular e correta, NUNCA poderá ter saldo 
credor, pois não se pode tirar dinheiro de onde não há. No exemplo anterior, débitos de R$ 
12.000,00 na conta Caixa significam entradas de dinheiro. Créditos no valor de R$ 5.400,00 
significam saídas. Para que a conta Caixa tivesse saldo credor, seria necessário sair mais de R$ 
12.000,00, o que não seria possível. O máximo que poderia sair seria todo o dinheiro existente, 
ficando a mesma com saldo ZERO. Generalizando-se, pode-se dizer que as contas do Ativo 
não podem ter saldo credor, visto que não é possível sair mais do que há. Analogamente,as 
contas do Passivo não podem ter saldo devedor, visto que não se pode pagar mais do que se 
deve. 
NATUREZA DAS CONTAS PARA O SALDO 
 DO SALDO AUMENTAR DIMINUIR 
ATIVO = BENS E DIREITOS D D C 
PASSIVO = OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS C C D 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO C C D 
RECEITAS C C D 
DESPESAS E CUSTOS D D C 
CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO C C D 
CONTAS REFITICADORAS DO PASSIVO/P.L D D C 
 
13 
 
V 
As palavras Débito e Crédito, na linguagem 
contábil, têm significados muito diferentes 
daqueles que têm na linguagem cotidiana. 
É errado associar o débito e o crédito da 
contabilidade, com “subtração” e “adição” do 
financeiro. O correto é associá-los aos 
termos Destino e Origem, respectivamente. 
 
Debitar significa anotar na coluna do Débito 
de uma conta, para aumentar o seu valor (se a 
conta representa um Bem ou um Direito), ou 
para diminuir seu valor (se a conta representa 
uma obrigação). 
Creditar significa registrar uma importância 
na coluna de Crédito de uma conta, para 
aumentar seu valor (se a conta representa uma 
obrigação), ou para diminuir seu valor (se a 
conta representa um Bem ou Direito). 
Há duas formas de os lançamentos débito e 
crédito serem feitos: 
D- Estoque 
C- Bancos 
ou 
Estoque 
a Bancos 
No primeiro caso, "D" e "C" significam débito 
e crédito, respectivamente. Já no segundo 
caso, o "a" sinaliza crédito, sem a necessidade 
de colocar a letra "D" antes da conta Estoque. 
Tem-se por mais usada a primeira opção. 
Débito é a aplicação de recurso, 
enquanto Crédito é a origem do recurso 
aplicado. Ou seja, quando um contador faz um 
lançamento a débito em uma conta, significa 
que o dinheiro, o bem ou o serviço destina-se 
àquela conta. Agora, quando ele faz um 
lançamento a crédito em uma conta, significa 
que o dinheiro, o bem ou o serviço teve 
 
 
14 
 
V 
 
 
origem naquela conta. 
 
Por exemplo: Uma empresa comprou um 
terreno do valor de $80.000,00. Para pagar à 
vista, foi usado o dinheiro disponível no caixa 
da empresa. Lançamos o registro destas duas 
contas da seguinte forma: 
D- Imóveis (O terreno teve destino na conta 
em questão, já que faz parte dos imóveis da 
empresa.) 
C- Caixa (O lançamento teve origem na conta 
Caixa, já que foi pago à vista com o dinheiro 
da empresa.) 
Se uma conta recebe algo ou assume o 
compromisso de entregar algo, é debitada. Se 
uma conta entrega algo ou adquire o direito de 
receber algo, é creditada. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
V 
2.1.4 JUSTIFICATIVA DOS SALDOS DAS CONTAS 
 
Embora pareça difícil, é simples e fácil justificar-se as definições dos saldos, quando 
as comparamos com os conceitos explanados na Teoria Personalista e com o estudo do 
patrimônio. Para tanto, voltaremos nossos estudos para aqueles conceitos. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Bens 800,00 (D) 
 
Direitos 1.200,00 (D) 
EXIGÍVEL 
Fornecedores 400,00 (C) 
P.L 1.600,00 (C) 
+ Receitas (C) 
(-) Despesas (D) 
TOTAL 2.000,00 (D) TOTAL 2.000,00 (C) 
 
 
Onde: (D) Saldo Devedor; e (C) Saldo Credor. 
 
Observando, atentamente, o patrimônio acima, poderíamos chegar às seguintes conclusões: 
1ª) Os fornecedores (credores da empresa) têm R$ 400,00 a receber, portanto seu saldo é 
credor; 
2ª) Os sócios ou acionistas (credores da empresa) têm R$ 1.600,00 a receber, (valor do 
P.L), portanto, seu saldo é credor; 
3ª) Os recursos necessários aos pagamentos dos valores acima estão no Ativo, que nessa 
hipótese, deve R$ 2.000,00, ou seja, R$ 400,00 para as obrigações com terceiros e R$ 
1.600,00 para os sócios ou acionistas (Patrimônio Líquido). 
 
Portanto: 
a) As contas do Ativo têm saldo devedor; 
b) As contas do Passivo têm saldo credor; 
c) As contas do Patrimônio Líquido têm saldo credor. 
 
Relativamente às receitas e despesas, poderíamos comentar que: 
4ª) as Receitas provocam aumento no valor do Patrimônio Líquido (P.L) que, 
normalmente, possui saldo credor, logo as receitas somente podem ter saldo credor; 
5ª) as Despesas, por sua vez, diminuem o valor do Patrimônio Líquido (P.L), que, 
normalmente, possui saldo credor, logo as despesas somente podem ter saldo devedor. 
 
2.2 RAZONETE 
 
16 
 
V 
 
DÉBITO CRÉDITO 
 
CAIXA 
3.200,00 1.200,00 
1.400,00 900,00 
60,00 100,00 
2.460,00 
FORNECEDORES 
800,00 2.220,00 
400,00 
1.020,00 
 
Razonete é a representação gráfica de uma conta, com a utilização de um “T”, onde 
o lado esquerdo é o lado dos débitos e o lado direito é o lado dos créditos. È uma forma 
prática e simplificada de se trabalhar com contas. 
Tal termo é oriundo de LIVRO RAZÃO, pois nesta cada conta possui uma “ficha” 
(ficha 
razão ou folha de razão) e, ao se escriturar os fatos em contas, cada conta terá o seu razonete. 
Na prática de escrituração de uma empresa, o razonete funciona como uma espécie de 
rascunho do livro razão, a fim de que se possa controlar o que está sendo lançado no referido 
livro e, ao mesmo tempo, evitar lançamentos incorretos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saldo Credor 
 
 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES: 
 
1) Qual a diferença entre Capital e Patrimônio¿ 
 
17 
 
V 
 
 
2) Relacione as duas colunas conforme conforme o objetivo de cada agente econômico e suas 
relações com as empresas: 
 
(C) Credor 
(E) Empregado 
(F) Fornecedor 
(G) Governo 
(S) Sócio 
(CL) Clientes 
 
( ) Cálculo de juros de empréstimos e financiamentos. 
( ) Apuração de impostos. 
( ) Participação nos lucros e dividendos. 
( ) Assegurar que receberá valores dos pagamentos no futuro. 
( ) Assegurar que a Entidade poderá continuar a prestar serviços no futuro ou fornecer 
produtos. 
( ) Calcular o valor da empresa para fins de fusão e aquisição. 
( ) A companhar se a entidade poderá pagar os salários. 
( ) Estabelecer grau máximo de envididamento 
( ) Avaliar capacidade de compra de nercadorias pela entidade. 
( ) Avaliar carga tributária de setores. 
 
2) Qual a difernça entre Débitos e Créditos? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
V 
 SEMANA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUSTOS: 
 
Como já falamos, custo e despesa são os gastos de uma empresa. Contas a pagar. No entanto, os 
dois possuem conceitos diferentes. 
Entender o que é custo e o que é despesa vai permitir que você avalie melhor a sua operação, 
entendendo os pontos de melhoria para possibilitar o crescimento dos seus resultados. 
Além disso, classificar corretamente os custos e as despesas é essencial para que seus relatórios e 
documentos contábeis estejam de acordo. 
Antes de seguir no conteúdo, é importante esclarecer o conceito de custo e despesa. Confira: 
 
Conceito de custo 
“Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para a aquisição, conversão e outros 
procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e localização atuais, e 
compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou produção, de modo a colocá-los em 
condições de serem vendidos, transformados, utilizados na elaboração de produtos ou na 
prestação de serviços que façam parte do objeto social da entidade, ou realizados de qualquer 
outra forma.” 
Assim, entende-se por custo todos os gastos envolvidos na atividade-fim da empresa, aqueles 
sem os quais é impossível produzir, oferecer ou entregar determinado produto, ou serviço. 
São exemplos de custos: 
 Matéria-prima; 
https://blog.bomcontrole.com.br/gestao-financeira-maximizacao-de-resultados/
 
19 
 
V 
 Energia; 
 Salários dos profissionais da produção; 
 Equipamentos utilizados na produção. 
No caso de uma fábrica de camisetas, por exemplo, podem ser classificados como custos: 
 O tecido; 
 A linha de costura; 
 As etiquetasa serem costuradas no produto; 
 A embalagem individual; 
 As máquinas de costura; 
 Os salários das costureiras e dos designers; 
 Tintas ou demais materiais utilizados na personalização. 
 
A importância que o seu negócio dá para o controle de gastos, o planejamento e a gestão 
financeira da sua empresa é um fator determinante para o sucesso ou fracasso dela no mercado. 
Qualquer companhia que queira prosperar precisa de uma boa organização financeira. Para que isso 
aconteça, conhecer quais são os custos fixos e variáveis do negócio é essencial. 
É importante entender que os custos de uma empresa estão relacionados às atividades que envolvem 
a produção de um produto ou o valor envolvido na realização de um serviço. 
Quanto à empresa gasta para prover ao cliente o que foi vendido? 
Assim podemos definir o que é um custo. Está diretamente ligado ao volume, às vendas, à matéria 
prima e à mão de obra. 
Qual a diferença de custo fixo e variável? 
De forma resumida, podemos dizer que o custo fixo é aquele que está menos sujeito a 
variações devido a aumentos ou reduções na produção ou volume de vendas. 
Já o custo variável é definido como um gasto que oscila de acordo com as atividades no dia a dia 
do negócio. 
Ou seja: se houver aumento no volume de produção e vendas, o variável também cresce; o fixo, não. 
Quais são os custos fixos? 
Este tipo de custo é aquele que se mantém estável. Por mais que o volume de produção de uma 
indústria varie, por exemplo, ele continuará tendo o mesmo valor. 
Os custos fixos de uma empresa são aqueles que tendem a apresentar pouca ou nenhuma variação, 
em determinado período de tempo, mesmo que o volume de produção ou vendas caia. 
 
https://expenseon.com/gestao-de-despesas/gestao-financeira-empresarial/
https://expenseon.com/gestao-de-despesas/gestao-financeira-empresarial/
 
20 
 
V 
São exemplos de custo fixo: 
 aluguel; 
 serviços de segurança; 
 provedor de internet; 
 serviços de limpeza; 
 manutenção de equipamentos. 
Quais são os custos variáveis de uma empresa? 
Diferente do fixo, o custo variável oscila conforme as atividades da empresa. Ele vai variar de 
acordo com a produção ou prestação de serviços da organização. 
Como exemplo, podemos dizer que, se houver um crescimento nas vendas durante aquele período 
específico, os custos variáveis também vão aumentar. 
 
São exemplos de custo variável: 
 energia elétrica e água – caso sua produção dependa disso; 
 horas extras pagas a funcionários; 
 matéria prima; 
 custos com logística e entrega; 
 comissão de vendas; 
 taxas de remessa. 
Como calcular custo fixo e variável? 
Imagine que uma gráfica tem um custo fixo aproximado de R$1.000,00 com uma impressora 
industrial específica (gastos com energia elétrica e manutenção) e precise imprimir 10.000 panfletos 
em um mês. 
Sabendo que o custo variável, por unidade, é de R$0,10 (10 centavos) com matéria prima e trabalho 
do funcionário, a gráfica terá um custo total de R$2.000. Como esse cálculo é feito? 
O valor total deriva do fixo no período mais o variável de produção por unidade. 
Exemplo: R$1.000 (custo fixo) + R$0,10×10.000 (custo variável) = R$2.000 (custo total). 
Assim, o custo de cada panfleto será de R$0,20. 
Se a gráfica vender mais e precisar produzir 10.000 panfletos adicionais naquele mesmo mês, os 
custos variáveis cairiam, reduzindo o total, mas os custos fixos se manteriam iguais. 
Exemplo: R$1.000 (fixo) + R$0,10×20.000 (custo variável) = R$3.000 (custo total). 
Dessa forma, cada panfleto custaria R$0,15. 
Também podemos exemplificar de outra maneira. Pense em uma empresa que precise enviar 2 
executivos para uma visita trimestral à matriz, no Japão. 
No planejamento financeiro, o gestor sabe que terá um fixo com passagens aéreas e diárias, por 
exemplo. 
https://expenseon.com/gestao-de-despesas/planejamento-financeiro/
 
21 
 
V 
Neste caso, ele poderá definir um teto de gastos, guiado pela política de reembolsos da companhia, 
para controlar outras despesas de viagens corporativas, como alimentação e transporte. 
Esse controle é fundamental para que os valores não fujam do orçamento previsto. 
A importância de separar o custo variável e fixo 
Conhecer os custos e saber como diferenciá-los é importante para conseguir precificar seus 
produtos e serviços da melhor maneira. Só assim você terá controle sobre a lucratividade do seu 
negócio. 
Ao saber separar o que é cada um, o gestor financeiro consegue saber exatamente quanto custa cada 
unidade de um produto ou qual o valor para prestar determinado serviço. 
Fora isso, separar os custos é a melhor forma de controlar os gastos. 
Desta forma, é mais fácil entender para onde o dinheiro vai e como está o fluxo de caixa e identificar 
se há necessidade de intensificar uma estratégia de redução de despesas e controle de gastos para 
aumentar o faturamento. 
Como identificar custos fixos e variáveis na sua empresa 
A primeira coisa a se fazer é levantar todos os gastos da organização em um período determinado. 
As empresas podem selecionar valores pagos ao longo dos últimos 3, 6 ou 9 meses. Com isso, é 
possível montar uma planilha de custo fixo e variável. 
O que vai acontecer, na verdade, é que com ela em mãos você vai poder observar as variações 
mensais. 
Para ficar ainda melhor, o ideal é que contenha a relação da produção ou faturamento da 
organização. Assim, será possível entender qual a relação entre o volume de produção e o 
impacto nos custos. 
Custos ou despesas: qual a diferença? 
Custo diz respeito aos gastos relacionados ao serviço ou bem usado para a produção de outros bens e 
serviços. Eles estão ligados diretamente à produção de uma empresa. 
Por outro lado, as despesas são gastos relacionados à manutenção de um negócio. Também são 
importantes, mas, se comparada aos custos, têm um impacto bem menor. 
Também é fundamental que o gestor saiba como classificar despesas em uma empresa, sempre 
monitorando para usar técnicas de redução para que não causem estragos no caixa. 
 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES: 
1)Quais são os custos fixos? 
 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________ 
 
https://expenseon.com/gestao-de-reembolso/politica-de-reembolso-exemplos/
https://expenseon.com/gestao-de-reembolso/como-calcular-o-custo-de-uma-viagem-de-negocios/
https://expenseon.com/gestao-de-despesas/gestor-financeiro-o-que-faz-e-suas-funcoes/
https://expenseon.com/gestao-de-despesas/reducao-de-despesas-na-empresa/
https://expenseon.com/gestao-de-despesas/controle-de-gastos-na-empresa/
https://expenseon.com/gestao-de-despesas/como-classificar-despesas-de-uma-empresa/
 
22 
 
V 
2)Qual a diferença de custo fixo e variável? 
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
3)Quais são São exemplos de custo variável: 
 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
V 
 SEMANA 6 
Conceito de despesa 
 
Para a contabilidade, despesas são os gastos necessários para a obtenção de receita da empresa, 
mas não estão envolvidos ao processo de manufatura ou transformaçãodo produto, como é o 
caso dos custos. 
São exemplos de despesas: 
 Aluguel do pavilhão; 
 Pró-labore; 
 Telefone; 
 Comissão de vendedores; 
 Materiais de escritório; 
 Salários da equipe administrativa; 
 Pró-labore; 
 Impostos. 
 
Quais são os tipos de despesas 
Classificar as despesas de maneira correta, além de ajudar a manter a organização no controle do 
fluxo de caixa, é essencial para o planejamento. Isso porque as categorias ajudam os gestores a 
entender para onde vai o dinheiro, identificando oportunidades de redução de custos. 
As categorias de despesas podem, até mesmo, ajudar a apontar problemas nos processos. Isso 
porque, quando muito mais dinheiro do que o previsto está sendo gasto em um setor, isso pode 
indicar problemas estruturais. 
Conheça, a seguir, os principais tipos de despesas: 
Despesas Regulares ou Extraordinárias 
Esses são os primeiros dois grupos de divisão das despesas da sua empresa. Entenda melhor: 
 Regulares: tratam-se de despesas previsíveis. Isso é, aquelas que sua empresa sabe com 
certo grau de certeza que terá mensalmente. Um bom exemplo são os salários 
administrativos, impostos, aluguéis e contas. 
 
24 
 
V 
 Extraordinárias: ocorrem de forma aleatória ou sem qualquer previsibilidade. Alguns 
exemplos são multas e gastos com processos, reparação de problemas ou reposição de 
equipamentos que falharam. 
Fixas ou Variáveis 
Outra classificação contábil importante para manter o fluxo de caixa sob controle é a divisão 
entre despesas fixas e variáveis. Veja; 
 Fixas: essas despesas não dependem de quantidade de trabalho ou horas utilizadas, e podem 
ser esperadas com certeza todos os meses. Por exemplo, aluguel, salário dos colaboradores 
(sem contar horas extras), seguros e pacotes de serviços de comunicação. 
 Variáveis: alguns gastos podem oscilar de acordo com a utilização ou consumo, horas 
trabalhadas ou desempenho da equipe. Alguns exemplos são contas de água e luz, horas 
extras e bônus e comissões por vendas. 
Classificação de despesa pelo setor 
Além dessas classificações, também é comum dividir as despesas pelo setor na contabilidade. 
Veja alguns exemplos: 
 Despesas Administrativas 
 Salários administrativos; 
 Host e domínio para site da empresa; 
 Mensalidade da Internet e outros serviços de comunicação; 
 Contas de Luz e Água; 
 Aluguel, IPTU ou condomínio; 
 Manutenção do local de trabalho (como com faxina). 
 Despesas Comerciais 
 Material para divulgação; 
 Campanhas de Marketing; 
 Comissão de vendas; 
 Despesas Operacionais 
 Material de escritório; 
 Material de limpeza, cozinha ou para lanches; 
 Deslocamento, combustível, passagens e estadias; 
 Infraestrutura. 
 Despesas Financeiras 
 
25 
 
V 
 Tarifas de bancos e manutenção de contas; 
 Juros e IOF 
 Tarifas de boletos e máquinas de cartões. 
Esse passo extra para a organização pode ajudar muito a realizar um acompanhamento mais 
preciso das despesas da sua empresa. Isso é fundamental para otimizar os processos e reduzir 
custos sempre que possível. Isso porque é muito mais fácil identificar problemas e despesas 
desnecessárias quando você sabe exatamente para onde vai o dinheiro. 
Desperdícios e Perdas 
Também é importante entender com clareza o que é um desperdício em suas despesas, e o que 
configura perda. Vamos lá. 
As perdas são despesas extraordinárias que não irão proporcionar nenhum retorno ou benefício à 
empresa. Alguns exemplos são incêndios, inundações, furtos e roubos. 
Os desperdícios, por sua vez, configuram a utilização de recursos sem que eles agreguem valor 
ao produto, serviço, ou para o cliente. Existem 7 tipos de desperdício de produção. Conheça cada 
um deles: 
 Defeitos: produtos perdidos devido a defeitos na matéria-prima ou serviço mal-executado. 
 Excesso de produção: produção maior ou mais rápida que necessário 
 Espera: tempo ocioso para a equipe ou equipamentos 
 Transporte: movimentação desnecessária de materiais ou equipamento 
 Movimentação: transporte desnecessário da equipe 
 Processamento inapropriado: processos desnecessários para a qualidade final do produto ou 
serviço 
 Estoque: armazenamento excessivo de produtos ou matéria prima. 
 
Despesa ou investimento? 
É muito comum, hoje em dia, encontrar o termo investimentos utilizado como sinônimo de 
despesas. Mais cuidado: esses dois conceitos muito diferentes. 
Certamente você já ouviu um vendedor dizer que algum produto é, na verdade, um investimento. 
Isso apenas é verdade se houver expectativa de retorno financeiro futuro. 
Quer um exemplo para perceber o quão sutil pode ser essa diferença? 
Imagine que você fará uma reforma no prédio de sua empresa. Todas as estruturas serão 
mantidas, e o objetivo é certificar-se de que não existe nenhum problema nas redes elétricas e 
hidráulicas. Dessa forma, essa será classificada como uma despesa com manutenção. 
 
26 
 
V 
Agora, imagine, ao invés disso, que a obra visa criar uma nova ala para a empresa. Nela, poderão 
ser alocados mais colaboradores, aumentando a capacidade de produção. Agora, a reforma passa 
a ser vista como um investimento. 
Para definir se algo é investimento ou despesa, você precisa fazer uma pergunta simples: 
 Esse gasto tem potencial de agregar valor para a empresa ou fazê-la expandir sua atuação? 
Se sim, trata-se de um investimento. 
Vale lembrar: as despesas são tão vitais para o bom funcionamento de uma empresa quantos 
investimentos. 
Como podem ser classificados os custos 
Assim como as despesas, os custos também possuem classificações específicas. Organizá-los 
ajuda a manter boas práticas de gestão. Como você sabe, o monitoramento é a chave para uma 
administração de sucesso. 
A seguir, você conhece melhor os principais tipos de custos em uma empresa: 
Custo direto 
Esse tipo de custo está associado aos produtos ou serviços que a organização oferece no 
segmento em que atua. Isso é, esses são os valores incluídos no cálculo para chegar no valor 
final do produto oferecido pela empresa. 
Custo indireto 
Esses são os custos que não estão necessariamente ligados à atividade-fim realizada pela 
empresa. Assim, eles podem interferir na produção, mas não tem relação direta com ela. 
Muitas vezes, esse tipo de custo chega a ser incluído no preço do produto. 
Custo fixo 
Da mesma forma que acontece com as despesas, existem custos que são mais fáceis de prever. 
Tratam-se daqueles que permanecem os mesmos, independente da produção mensal ou 
desempenho na empresa. 
Custo variável 
Os custos variáveis são menos previsíveis. Tratam-se daqueles que podem sofrer oscilações 
dependendo de quantos recursos foram utilizados, da performance de diferentes setores e até 
mesmo de alguns imprevistos. 
 
 
 
27 
 
V 
Diferença entre despesas e deduções 
Por sua vez, as deduções também possuem um conceito próprio que as difere das despesas. As 
deduções são ajustes sobre a Receita Bruta, e não despesas realizadas. 
Para entender melhor, a diferença é que, diferente das despesas, as deduções não representam 
sacrifícios financeiros para a empresa. Por exemplo, os impostos sobre vendas, que são pagos 
pelo consumidor. 
Frete é custo ou despesa? 
Essa é uma dúvida muito comum. Em contabilidade, os fretes sobre as vendas são classificados 
como despesas comerciais. Isso é, os gastos com o envio do produto para o cliente ou para o 
distribuidor são entendidos como uma despesa. 
Agora, se estamos falando sobre frete sobre compras, o cenário muda. Os gastos com o 
recebimento de matéria-prima, por exemplo, são componentes do custo dos seus produtos. 
Conheça o Bom Controle 
Com um sistema de gestão integrada você pode controlar seu financeiro, as vendas e o estoque, 
tudo ao mesmo tempo. Dessa forma, tem acesso a indicadores e relatórios gerenciais que 
permitem uma correta avaliação da situação e da saúde financeira do seu negócio. 
Além de facilitaro trabalho da equipe financeira, que poderá abrir mão dos acompanhamentos 
manuais ou planilhas de Excel, contando com uma automatização dos seus processos. . 
O ERP da BomControle oferece um módulo exclusivo para a gestão e controle financeiro da sua 
empresa. Com ele, você pode gerenciar: 
 Fluxo de caixa; 
 Faturamento; 
 Conciliação bancária; 
 Contas a pagar e a receber; 
 Movimentações financeiras; 
 Emissão de notas fiscais e boletos. 
Além do módulo de gestão financeira, o sistema oferece outras funcionalidades integradas, 
como controle de estoque, CRM, gerenciamento de processos, service desk e vendas. 
Com todas essas possibilidades, você automatiza suas atividades e tem mais tempo para pensar 
no que realmente interessa: o crescimento do seu negócio. 
 
 
 
 
https://bomcontrole.com.br/controle-de-estoque
https://bomcontrole.com.br/crm-gestao-de-clientes
https://bomcontrole.com.br/bpm-gestao-de-processos
https://bomcontrole.com.br/servicedesk
https://bomcontrole.com.br/controle-de-vendas
 
28 
 
V 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES: 
 
1) É despesa dedutível na apuração do lucro real: 
a) despesa de equivalência patrimonial; 
b) despesa com provisão para resgate de partes beneficiárias; 
c) despesa de depreciação de bens do ativo investimentos; 
d) despesa com provisão para férias; 
e) despesa com provisão para devedores duvidosos. 
 
 
 
 
2) A empresa de Pedras & Pedreiras S/A demonstrou no exercício de 2001, os valores, como 
seguem: 
 
Lucro bruto R$ 90.000,00 
Lucro operacional R$ 70.000,00 
Receitas operacionais R$ 7.500,00 
Despesas operacionais R$ 27.500,00 
Participação de administradores R$ 2.500,00 
Participação de debenturistas R$ 3.500,00 
Participação de empregados R$ 3.000,00 
 
A tributação do lucro dessa empresa deverá ocorrer à alíquota de 30% para Imposto de Renda e 
Contribuição Social sobre Lucro Líquido, conjuntamente. Assim, se forem calculados 
corretamente o IR e a CSLL, certamente o valor destinado, no exercício, à constituição da 
reserva legal, deverá ser de: 
a) R$2.000,00 
b) R$2.070,00 
c) R$2.090,00 
d) R$2.097,00 
e) R$2.135,00 
 
 
 
3) Na DRE, juros passivos, honorários da diretoria e despesa de equivalência patrimonial são, 
respectivamente, despesas: 
a) financeiras, comerciais e administrativas; 
b) comerciais, financeiras e outras despesas operacionais; 
c) financeiras, administrativas e outras despesas operacionais; 
d) financeiras, comerciais e outras despesas operacionais; 
e) administrativas, financeiras e comerciais. 
 
 
29 
 
V 
 SEMANA 7 
 
2.3 MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS A essência deste método, 
universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação implica que a um débito em uma 
ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente, em uma ou mais contas, de forma 
que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados, ou 
simplificando: não há débito sem crédito correspondente; débito = crédito, ou origens = 
aplicações. 
 
2.4 LANÇAMETO CONTÁBIL – MECANISMO DE DÉBITO E DO CRÉDITO 
O lançamento contábil refere-se ao registro dos fatos contábeis (aqueles que provocam 
mudanças na composição do patrimônio ou do resultado da empresa) nos livros de 
escrituração comercial da empresa – livro Diário e Razão. O lançamento é feito nas contas que 
registram o patrimônio da sociedade, que podem ser pertencentes ao grupo do Ativo, Passivo 
ou Patrimônio Líquido. 
 
2.4.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS 
 
O lançamento, de acordo com o método das partidas dobradas, é feito em ordem 
cronológica (data) e os elementos que o compõem obedecem a uma determinada disposição. 
Veja o seguinte fato ocorrido na empresa: 
Compra à vista (em dinheiro), de uma Impressora, marca HP 3550, conforme Nota 
Fiscal nº 91932, da Casa de Informática Ltda., no valor de R$ 750,00.
ENTRADA DE UM BEM 
“IMPRESSORAS” 
 
30 
 
V 
 
Observe: todo lançamento terá os seguintes elementos 
essenciais: 1º elemento: local e data da ocorrência do fato; 
2º elemento: conta a ser debitada; 
3º elemento: conta a ser creditada; 
e 4º elemento: histórico e valor. 
 
Para elaborar um lançamento você devera seguir os seguintes passos: 
 
1º Passo: Verificar o local e a data da ocorrência do fato. Considerar a sua cidade e a 
data de emissão da Nota Fiscal. 
2º Passo: Verificar que documento foi emitido da operação. Se não houver 
documentos 
idôneos que comprove a ocorrência do fato, não poderá ser contabilizado. No nosso exemplo, 
o documento emitido foi a Nota Fiscal nº 91932. 
3º Passo: Todo objeto de escrituração, envolve, no mínimo, dois elementos 
patrimoniais, ou de resultado. Então, esse 3º passo consiste em identificar quais são os 
elementos envolvidos na operação. Revendo o exemplo, notaremos: Compra à vista significa 
que movimentamos dinheiro. 1º elemento é o dinheiro e o 2º elemento é uma Impressora 
Marca HP 3550. 
4º Passo: Verificar em que conta deverá se utilizar para registrar cada um dos 
elementos identificados no 3º passo. O dinheiro será registrado na conta Caixa e o computador 
será registrado na conta Computadores e Periféricos. 
5º Passo: Preparar o histórico do lançamento. O histórico consiste em relatar o fato. 
Este relato deve conter apenas os dados necessários para o bom esclarecimento do evento. 
Nunca se esquecer de identificar a espécie e o número do documento comprobatório, bem 
como o nome da empresa com quem se transaciona. Exemplo: Compra de uma Impressora, 
Marca HP 3550, conforme Nota Fiscal nº 9132 da Casa de Informática Ltda. 
6º Passo: Identificar que conta será debitada e que conta será creditada. O que é conta 
a ser debitada e conta a ser creditada? Observe que todo fato que ocorre na empresa ocorre em 
forma de troca. Vamos tomar, por exemplo, a compra à vista da Impressora em questão. A 
empresa recebe a impressora e dá em troca o dinheiro. Daí poderemos concluir, nesta fase da 
aprendizagem, que em todo evento ocorrido na empresa envolvendo elementos materiais, 
existe pelo menos um elemento que entra para a empresa, podendo acarretar aumento nos 
elementos patrimoniais. E existe, também, pelo menos um elemento que sai em troca do que 
entrou, podendo acarretar diminuição entre os elementos patrimoniais. Sendo assim, todo 
 
31 
 
V 
objeto de contabilização poderá aumentar e ou diminuir os elementos do Ativo, do Passivo e 
do Patrimônio Líquido. Continuando o raciocínio do nosso primeiro exemplo de lançamento, 
vamos, agora, identificar a conta a ser debitada. A conta a ser debitada e a de Impressoras, 
porque a Impressora está entrando para o patrimônio da empresa. A conta a ser creditada é a 
conta Caixa, porque está saindo dinheiro da empresa. 
 
Veja como o lançamento é efetuado. 
Patos de Minas, 11 de Setembro de 
2007. 
D – Impressoras R$ 750,00 
C – Caixa R$ 750,00 
Histórico: Compra de uma Impressora, Marca HP 3550, conforme Nota Fiscal nº 9132 
da Casa de Informática Ltda. 
 
 
Utilizando-se dos mesmos dados, o lançamento nos razonetes ficaria da seguinte forma: 
 
 
 
CAIXA IMPRESSORA 
S.I 2.000,00 750,00 1 1 750,00 
 
 
1.250,00 750,00 
 
32 
 
V 
 
 
Outros exemplos de operações com lançamentos contábeis: 
 
1º) Compra de mercadorias a prazo: a conta Mercadorias deve ser debitada, pois é 
conta do Ativo e foi aumentada; a conta Fornecedores deve ser creditada, pois é conta de 
Passivo e foi aumentada. 
2º) Pagamento a fornecedores em dinheiro: a conta Caixa deve ser creditada, pois é 
conta do Ativo e foi diminuída; a conta Fornecedores deve ser debitada, pois é conta do 
Passivo e foi diminuída. 
 
ATIVIDADES COMPLEMENTARES: 
1) O que é lançamento? 
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
2) O que é escrituração? 
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________ 
3) O que diz o Método das Partidas Dobradas? 
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________ 
4) Cite e descreva as funções da Escrituração. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
 
33 
 
V 
 
 SEMANA 8 
 
 
3 PLANO DE CONTAS 
3.1 CONCEITO 
 
 
O plano de contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas, que disciplina as 
tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis. 
Ferramenta indispensável no desenvolvimento do processo contábil, cada empresa deve 
elaborar seu plano de contas de acordo com suas particularidades e observando os princípios 
fundamentais de Contabilidade, as disciplinas contidas na Lei nº 6.404/76 e suas respectivas 
alterações, a legislação especifica do ramo de atividade exercido pela empresa, bem como as 
Normas Brasileiras de Contabilidade aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade – 
CFC. 
Assim, tendo em vista o porte, o ramo de atividade da empresa e a quantidade de 
informações exigidas pelos usuários, o plano de contas pode conter um número maior ou 
menor de informações. De acordo com o estabelecido na Lei nº 6.404/1976, as contas podem 
ser divididas em dois grupos: 
a) contas patrimoniais; 
b) contas de resultado. 
As contas patrimoniais são utilizadas para o registro de elementos representativos de 
bens, direitos e obrigações, como também para aqueles que compõem o Patrimônio Líquido. 
As contas de resultado, também conhecidas por contas de exercício, destinam-se ao 
registro das despesas e das receitas. Abertas na escrituração contábil, no início do exercício 
social, e encerradas no final dele, não fazem parte do Balanço Patrimonial. Possibilitam, 
contudo, o conhecimento do resultado econômico da gestão do patrimônio, o qual poderá 
corresponder ao lucro ou prejuízo. 
Embora não contemplado pela Lei das Sociedades por Ações, há um terceiro grupo de 
contas consideradas extrapatrimoniais que possibilitam o registro dos atos relevantes cujos 
efeitos possam se traduzir em modificações no patrimônio da entidade. (Norma Brasileira de 
Contabilidade, NBC T 2.5 – das Contas de Compensação, aprovada pela Resolução CFC nº 
612 de 17 de dezembro de 1985). 
O registro dos atos administrativos considerados relevantes por meio das contas de 
 
34 
 
V 
compensação será o suporte para a preparação de informações que envolvem os ônus reais 
constituídos sobre elementos do Ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras 
responsabilidades eventuais ou contingentes a serem apresentadas em notas explicativas (letra 
d do inciso IV do § 5º. do artigo 176 da Lei nº 6.404/1976). 
 
 
3.1.1 COMPOSIÇÃO DO PLANO DE CONTAS 
 
O plano de contas, em cada organização, pode conter um número, maior ou menor de 
informações, em decorrência dos interesses da própria empresa, da legislação específica 
ou 
mesmo da criatividade do contador. Entretanto, é essencial que o plano de contas contenha 
pelo menos as seguintes partes: manual de contas, modelos de demonstrações contábeis 
padronizadas e elenco de contas. 
 
3.1.2 MANUAL DE CONTAS 
 
O manual de contas tem por finalidade apresentar informações detalhadas de cada 
conta, servindo de guia para que o contador possa registrar uniformemente todos os eventos 
responsáveis pela gestão do patrimônio da empresa. 
As informações apresentadas no manual de contas devem envolver códigos 
numéricos, intitulação, função, funcionamento, natureza e critério de avaliação de cada conta, 
exemplos de lançamentos apropriados para o registro de operações raras, roteiros para 
conciliação de dados, bem como informações acerca dos documentos que servem de suporte 
aos registros contábeis. 
 
3.1.4 MODELOS PADRONIZADOS DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
A principal finalidade da contabilidade é controlar a movimentação do patrimônio das 
entidades para fornecer informações de ordem patrimonial, econômica e financeira que 
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas 
no exercício. Essas informações, utilizadas tanto por contabilistas quanto por outros usuários, 
são elaboradas com base nos registros contábeis da entidade e apresentadas em forma de 
mapas, relatórios, gráficos ou de outros quadros sintéticos ou analíticos. 
A Lei nº 6.404/1976, em seu artigo 176, estabelece a obrigatoriedade de as empresas 
elaborarem, no fim de cada exercício social, o Balanço Patrimonial, a Demonstração do 
Resultado do Exercício, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (ou a 
 
35 
 
V 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido), a Demonstração dos Fluxos de Caixa e a 
Demonstração do Valor Adicionado, que serão complementados por notas explicativas. Dessa 
forma, no plano de contas estruturado conforme a citada lei das sociedades por ações, além 
dos modelos exigidos das demonstrações contábeis, deve constar modelos padronizados de 
todos os demais quadros cuja elaboração seja de responsabilidade do setor de contabilidade da 
entidade. 
 
3.1.5 ELENCO DE CONTAS 
 
O elenco de contas consiste na relação das contas que serão utilizadas para o registro 
dos fatos administrativos responsáveis pela gestão do patrimônio da empresa, bem como dos 
atos administrativos considerados relevantes (aqueles cujos efeitos possam se traduzir em 
modificações futuras no patrimônio da empresa). 
 
O elenco de contas envolve a intitulação (rubrica, nome) e o código de cada conta. 
Seja qual for o tipo de empresa, as contas devem nele ser agrupadas de acordo com a estrutura 
estabelecida pela Lei 6.404/1976, visando facilitar a elaboração das demonstrações contábeis. 
Dessa forma, as contas que representam os bens e os direitos são reunidas no Ativo 
em dois grupos principais: Ativo Circulante e Ativo Não-Circulante, sendo este último 
composto por Ativo Realizável em Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. (§ 
1º do artigo 178 da Lei nº 6.404/1976). Da mesma forma, as contas que representam as 
obrigações e o Patrimônio Líquido são reunidas no Passivo em três grupos principais: Passivo 
Circulante, Passivo Não- Circulante e Patrimônio Líquido, sendo este dividido em Capital 
Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em 
Tesouraria e Prejuízos Acumulados. (§ 2º do artigo 178 da Lei nº 6.404/1976). 
A codificação começa no grupo e termina na conta. 
Exemplo: 1 ATIVO Grupo 
1.1 ATIVO CIRCULANTE Subgrupo (primeiro grau) Sintética 
 
1.1.01 DISPONIBILIDADES Subgrupo (PRIMEIRO grau) Sintética 
1.1.01.01 Caixa Conta (primeiro grau) Sintética 
1.1.01.01.001 Caixa Matriz 
1.1.01.01.002 Caixa Filial A Contas (segundo grau) Subcontas Analítica 
 
36 
 
V 
1.1.01.01.003 Caixa Filial B 
 
1.1.01.02 Bancos Conta Movimento Conta (primeiro grau) Sintética 
 
1.1.01.02.01 Banco do Brasil S/A 
1.1.01.02.02 Banco Itaú Unibanco S/A Contas segundo grau Analítica 
1.1.01.02.003 Banco Bradesco S/A 
 
O plano de contas contém contas analíticas e sintéticas.As contas analíticas são as 
contas reais, que permitem receber lançamentos. As contas sintéticas são simplesmente a soma 
de um conjunto de contas analíticas. Os valores sintéticos são úteis para análise gerencial dos 
relatórios contábeis. 
A seguir, você poderá observar um modelo de elenco de contas, aplicável a empresas 
comerciais, industriais e prestadoras de serviços, elaborado de acordo com a Lei nº 6.404/1976 
com suas respectivas alterações, podendo, ainda, ser adaptado mediante os ajustes necessários 
 
37 
 
 
 
para qualquer tipo de empresa, de pequeno, médio ou grande porte, seja qual for o ramo 
de atividade por ela desenvolvido. 
1. ATIVO 
1.1 Circulante 
1.1.01 Disponível 
1.1.01.01 Caixa 
1.1.01.01.01 Caixa pequenas despesas 
1.1.01.02 Banco conta movimento 
1.1.01.02.01 Banco do Brasil S/A. 
1.1.01.02.02 Banco Itaú S/A. 
1.1.01.02.03 Bradesco 
1.1.01.03 Aplicações financeiras 
1.1.01.03.01 Banco do Brasil S/A. 
1.1.01.03.02 Banco Itaú S/A. 
1.1.01.03.03 Bradesco S/A. 
1.1.02 Clientes 
1.1.02.01 Cliente X 
1.1.02.02 Cliente Y 
1.1.03 Duplicatas a receber 
1.1.04 (-) Duplicatas descontadas 
1.1.05 (-) Provisão p/ devedores duvidosos 
1.1.06 Adiantamento a fornecedores 
1.1.07 Adiantamento a empregados 
1.1.08 Títulos a receber 
1.1.08.01 Nota promissória a receber 
1.1.09 Impostos diversos a compensar 
1.1.09.01 ICMS a recuperar 
1.1.09.02 IPI a recuperar 
1.1.09.03 IRRF a recuperar 
1.1.09.04 CSLL a recuperar 
1.1.09.05 PIS a recuperar 
1.1.09.06 INSS a recuperar 
1.1.09.07 COFINS a recuperar 
1.1.09.08 Outros tributos a recuperar 
1.1.10 Estoques 
1.1.10.01 Mercadorias para Revenda 
1.1.10.02 Produtos em elaboração 
1.1.10.03 Matéria prima 
1.1.10.04 Material de embalagem 
1.1.10.05 Materiais de Uso/Consumo 
1.1.11 Títulos e valores mobiliários 
1.1.11.01 Depósito p/ incentivo fiscal 
1.1.12 Despesas antecipadas 
1.1.12.01 Juros s/ empréstimo de capital de giro 
1.1.12.02 Juros s/ financiamento Imobilizados 
1.1.12.03 Despesas financeiras 
 
 
38 
 
 
1.1.12.04 Seguros 
1.1.12.05 Vale transporte 
1.1.12.06 Outras 
1.2 Não Circulante 
1.2.01 Realizável a longo prazo 
1.2.01.01 Aplicações em Incentivos Fiscais 
1.2.02 Investimentos 
1.2.02.01 Participação empresas ações diversas 
1.2.02.02 Outros investimentos 
1.2.03 Imobilizado 
1.2.03.01 Terrenos 
1.2.03.02 Móveis e utensílios 
1.2.03.03 (-) Depreciação móveis e utensílios 
1.2.03.04 Instalações 
1.2.03.05 (-) Depreciação instalações 
1.2.03.06 Máquinas, equipamentos e ferramentas 
1.2.03.07 (-) Depreciação máquinas, equipamentos e ferramentas 
1.2.03.08 Computadores e periféricos 
1.2.03.09 (-) Depreciação Computadores 
1.2.03.10 Veículos 
1.2.03.11 (-) Depreciação veículos 
1.2.03.12 Imóveis 
1.2.03.13 (-) Depreciações Imóveis 
1.2.04 Intangíveis 
1.2.04.01 Marcas e Patentes 
1.2.04.02 (-) Amortização Marcas e patentes 
1.2.04.03 Pesquisa e desenvolvimento 
1.2.04.04 (-) Amortização Pesquisas e desenvolvimento 
1.2.04.05 Direitos autorais 
1.2.04.06 (-) Amortização sobre direitos autorais 
 
2. PASSIVO 
2.1 Circulante 
2.1.01 Salários a pagar 
2.1.02 Fornecedores 
2.1.03 Duplicatas a pagar 
2.1.04 Empréstimo e financiamentos 
2.1.05 Imposto a pagar / recolher 
2.1.06 Títulos a pagar 
2.1.07 Encargos Sociais a Recolher 
2.1.08 Outros Títulos a Pagar 
2.1.09 Aluguéis a pagar 
2.1.10 Água e Luz a pagar 
2.1.11 Dividendos Propostos a Pagar 
2.2 Não Circulante 
2.2.01 Exigível a Longo Prazo 
2.2.01.01 Promissórias a Pagar de Longo Prazo 
 
2.3 Patrimônio líquido 
2.3.01 Capital Social 
 
39 
 
 
2.3.01.01 Capital Subscrito 
2.3.01.02 (-) Capital a Integralizar 
2.3.02 Reserva de capital 
2.3.02.02 Ágio na emissão de ações 
2.3.02.03 Alienação de partes beneficiárias 
2.3.03 Reservas de Reavaliação (saldos de 2007) 
2.3.04 Ajustes de Avaliação Patrimonial 
2.3.05 Reservas de Lucros 
2.3.05.01 Reserva Legal 
2.3.05.02 Reserva Estatutária 
2.3.05.03 Reserva para Contingências 
2.3.05.04 Reserva de Incentivos Fiscais 
2.3.05.05 Reserva de Retenção de Lucros 
2.3.05.06 Reserva de Lucros a Realizar 
Reserva Especial para Dividendos Obrigatórios Não 
2.3.05.07 Distribuídos 
2.3.06 (-) Ações em Tesouraria 
2.3.07 (-) Prejuízos Acumulados 
2.3.07.01 Lucros do exercício 
2.3.07.02 (-) Prejuízos do exercício 
 
3. DESPESAS 
3.1 Custos diretos da produção 
3.1.01 Custos dos produtos vendidos 
3.1.01.01 CMV 
3.2 Despesas Operacionais 
3.2.01 Despesas Administrativas 
3.2.01.01 13º Salário 
3.2.01.02 Adicional noturno 
3.2.01.03 Água / Esgoto 
3.2.01.04 Alimentação 
3.2.01.05 Aluguéis e arrendamento 
3.2.01.06 Assistência médica/social 
3.2.01.07 Associação de classe 
3.2.01.08 Contribuição/donativos 
3.2.01.09 Correios 
3.2.01.10 Depreciação/Amortização 
3.2.01.11 Despesas com manutenção da loja 
3.2.01.12 Farmácia 
3.2.01.13 Férias 
3.2.01.14 FGTS 
3.2.01.15 Gás 
3.2.01.16 Horas extras 
3.2.01.17 Impostos e taxas 
3.2.01.18 Impressos 
 
40 
 
 
 
3.2.01.19 Indenizações/aviso prévio 
3.2.01.20 INSS 
3.2.01.21 Legais e judiciais 
3.2.01.22 Luz 
3.2.01.23 Materiais de consumo 
3.2.01.24 Multas de trânsito 
3.2.01.25 Multas fiscais 
3.2.01.26 Pró labore administração 
3.2.01.27 Propaganda e publicidade 
3.2.01.28 Reproduções 
3.2.01.29 Revistas e jornais 
3.2.01.30 Salários e ordenados 
3.2.01.31 Seguros 
3.2.01.32 Serviço terceiros pessoa física 
3.2.01.33 Serviço terceiros pessoa jurídica 
3.2.01.34 Telefone 
3.2.01.35 Vale transporte 
3.2.01.36 Viagens e representações 
3.2.02 Despesas Comerciais 
3.2.02.01 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 
3.2.02.02 Amostra grátis 
3.2.02.03 Combustível 
3.2.02.04 Comissões de venda 
3.2.02.05 Embalagens 
3.2.02.06 Fretes na entrega 
3.2.02.07 Impostos s/ veículos 
3.2.02.08 Manutenção de veículos 
3.2.02.09 Propaganda e publicidade 
3.2.03 Despesas financeiras 
3.2.03.01 Encargos e Juros de Mora 
3.2.03.02 Despesas Bancárias 
3.2.03.03 CPMF 
3.3 Despesas não operacionais 
 
4. RECEITA 
4.1 Receita bruta s/ vendas e serviços 
4.1.01 Receita bruta de venda 
4.1.01.01 Revenda de mercadorias 
4.1.02 Receita bruta de serviços 
4.1.02.01 Prestação de serviços 
4.2 Dedução de receita bruta vendas/serviços 
4.2.01 Dedução de receita bruta de vendas 
4.2.01.01 Cancelamento de devoluções 
4.2.01.02 Abatimento incondicional 
4.2.01.03 ICMS 
4.2.01.04 COFINS 
4.2.01.05 PIS s/ vendas e serviços 
 
41 
 
 
 
4.2.02 Dedução de receita bruta s/ serviços 
4.2.02.01 ISS 
4.3 Receita operacional 
4.3.01 Receita financeira 
4.3.01.01 Variação monetária ativa 
4.3.01.02 Juros s/ aplicações financeiras 
4.3.01.03 Descontos obtidos 
4.3.01.04 Receita de aplicações pré-fixadas 
4.3.01.05 Multas ativas 
4.3.01.06 Dividendos 
4.3.01.07 Juros s/ duplicatas 
4.3.02 Recuperações diversas 
4.3.02.01 Reembolsos diversos 
4.3.02.04 Venda de sucatas 
4.3.03 Receitas patrimoniais 
4.3.03.01 Resultado da venda de bens 
4.4 Receita de Participações Societária 
4.4.01 Receita em Participações com Empresa Coligadas 
4.4.01.01 Receita de Participações Societária 
4.5 Outras Receitas não operacionais 
 
5. CONTAS DE COMPENSAÇÃO 
5.1 Resultado do exercício 
5.1.01 Apuração de resultado 
 
Enquanto o Patrimônio Líquido mostra a origem dos recursos derivados dos proprietários 
(capitais próprios). O Ativo revela a aplicação desses recursos (capitais) totais, isto é, mostra em 
que a empresa investiu todo o capital (próprio e de terceiros) quem tem a sua disposição. 
 
3.3.6 Grupos de Contas (Lei nº 6.404/1976, art. 178) 
 
A fim de facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia, 
no balanço, o Ativo e o Passivo foram subdivididos da seguinte forma: 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO 
ATIVO CIRCULANTE 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
Realizável a Longo Prazo 
Investimentos 
Imobilizado 
Intangível 
PASSIVO 
PASSIVO CIRCULANTE 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO

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