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direito empresarial - títulos de credito

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FACULDADES INTEGRADAS BARROS MELO
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL III – TÍTULOS DE CRÉDITO
PROFESSORA: MARIANA CLEMENTE
PEIXINHOS, 23/03/2016
TÍTULOS DE CRÉDITO E O DIREITO CAMBIÁRIO
O que é o crédito? 
É a confiança que uma pessoa inspira a outra de que cumprirá, NO FUTURO, uma obrigação contraída no presente. (Chagas, 2015, pág. 345)
EVOLUÇÃO HISTÓRICA CAMBIÁRIA
TÍTULOS DE CRÉDITO E O CÓDIGO CIVIL. 
Art. 903 CC: 
Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código.
TÍTULOS DE CRÉDITO E O CÓDIGO CIVIL. 
Os títulos são previstos em duas situações: 
Se há lei especial referente a um título, estas leis é que devem ser aplicadas. 
Se não houver normas especiais, aplica-se o CC.
TÍTULOS DE CRÉDITO E O CÓDIGO CIVIL. 
ESQUEMA:
QUAL A FUNÇÃO FUNDAMENTAL DO TÍTULO DE CRÉDITO
CIRCULABILIDADE:
Nasceu com a finalidade de facilitar a circulação de direitos, com segurança, a partir das operações de crédito. 
É o instrumento de mobilização de economias individuais e de sua transformação em capital produtivo. 
ATRIBUTOS DOS T.C.
Negociabilidade: 
O título pode circular por endosso ou tradição. O beneficiário do título pode negocia-lo a qualquer momento. 
Executividade: 
Execução imediata da obrigação, independente de processo de conhecimento. 
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO: QUANTO AO MODO DE CIRCULAÇÃO
Os títulos ao portador não mencionam o nome do favorecido, sua circulação se dá pela tradição. Porém, por força de lei, é vetado a cobrança do título ao portador, no momento da cobrança deve existir o nome o nome do beneficiário na cártula. 
Os títulos nominais são aqueles emitidos em favor de pessoa determinada, cujo nome consta de registro específico mantido pelo emitente do título. Nesse caso, a transferência só se opera validamente por meio de termo no referido registro, o qual deve ser assinado pelo emitente e pelo adquirente do título. Os títulos nominais, identificam o beneficiário e circulam à ordem ou não à ordem. 
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO: QUANTO AO CONTEÚDO
De acordo com Vivante, quanto ao conteúdo os títulos se classificam em: 
Títulos de Crédito propriamente dito; 
Títulos destinados à aquisição de direitos reais sobre coisas determinadas; 
Títulos que atribuem a qualidade de sócio; 
Títulos impropriamente ditos ou de legitimação.
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO: QUANTO AO MODELO
a) Vinculados:
somente produzem efeitos cambiais os documentos que atendem ao padrão exigido. Pertencem a esta categoria: cheque e a duplicata, ou seja, o cheque a duplicada tem seus modelos estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional; 
b) Livres: 
são aqueles que por não existir padrão de utilização obrigatória, o emitente pode, segundo a sua vontade, dispor os elementos essenciais do título. Pertencem a esta categoria: letra de câmbio e a nota promissória
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO: QUANTO À PREVISÃO EM LEI
Típicos: 
Previstos, regulados e nominados em lei. 
b) Atípicos: 
Sem previsão em lei específica, antes de 2002, se dizia que não existia no Brasil títulos atípicos. 
Já após o novo CC: 
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. 
§ 1º É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. 
§ 2º Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. 
§ 3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo. 
ENDOSSO MANDATO
O credor pode escolher um representante que o represente nos direitos escritos no título. 
Por isso sem o título o mandatário nada pode fazer. 
Então o endosso mandato é a transferência do título sem que haja SEM que haja a cessão do crédito, mas representação do credor. 
Exemplo: cobrança bancária. 
ENDOSSO PENHOR
O título pode ser usado como garantia das obrigações ou como caução dos títulos. 
Para que esta garantia exista é preciso haver a transferência das cártulas, porém não é a transferência do título e sim do crédito, para que este garanta o pagamento de outra obrigação. 
Exemplo: Nota promissória em valor superior a dívida, para a garantia do pagamento. 
SURGIMENTO DA LEI UNIFORME DE GENEBRA 07/06/1930
Se deu em 1930, com a presença de trinta um Estados, entre eles o Brasil, a conferência de Genebra, na Suíça, aprova a Convenção de Genebra ou Lei Uniforme de Genebra (LUG), que se desdobra em três Convenções:
para adoção de uma lei uniforme sobre letras de câmbio e notas promissórias; 
destinada a regular certos conflitos de leis em matéria de letras de câmbio e notas promissórias e protocolo; 
relativa ao Imposto do Selo em matéria de letras de câmbio e notas promissórias.
LEI UNIFORME DE GENEBRA - LUG
O intuito primordial da LUG é regular, uniformemente, tais títulos de crédito (letra de cambio e nota promissória), sua aplicação e seus aspectos, mas de modo geral, uma vez que peculiaridades sempre existirão, daí a necessidade de reservas, devendo cada país adequar, em suas leis internas, as necessidades jurídicas desse instituto em sua realidade, buscando observar a essência do quanto exposto na Convenção de Genebra.
LETRA DE CAMBIO
De acordo com Whitaker: 
	Letra de cambio é o título capaz de realizar imediatamente o valor que o representa. 
	“A letra de cambio é um título à ordem, que se cria mediante o saque, em favor de alguém, sendo transferível por endosso e que se completa pelo aceite e se garante pelo aval” (Gonçalves, 2014, pág. 32)
DA LETRA DE CÂMBIO – DECRETO Nº 2.044, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1908.
Art. 1º A letra de câmbio é uma ordem de pagamento e deve conter requisitos, lançados, por extenso, no contexto:
I. A denominação “letra de câmbio” ou a denominação equivalente na língua em que for emitida.
II. A soma de dinheiro a pagar e a espécie de moeda.
III. O nome da pessoa que deve pagá-la. Esta indicação pode ser inserida abaixo do contexto.
IV. O nome da pessoa a quem deve ser paga. A letra pode ser ao portador e também pode ser emitida por ordem e conta de terceiro. O sacador pode designar-se como tomador.
V. A assinatura do próprio punho do sacador ou do mandatário especial. A assinatura deve ser firmada abaixo do contexto.
O ACEITE DA LETRA DE CAMBIO
	Aceite é o ato segundo o qual o sacado se obriga a efetuar, no vencimento, o pagamento da ordem que lhe é dada.
	O art. 25 da LUG, exige que o aceite seja dado na própria letra, para que seja válido. 
	A apresentação para aceite é obrigatória quando o vencimento da letra de câmbio depender do aceite do sacado para saber quando a letra é dada por vencida.
	Isso ocorre com a letra de câmbio a tempo certo da vista. Nesse caso, a letra de câmbio deve ser apresentada logo ao sacado; pela lei brasileira dentro de um prazo máximo de 6 meses.
LETRA DE CAMBIO
	Diferente dos demais títulos de crédito, para a existência e operacionalização da letra de câmbio são necessárias três situações jurídicas distintas, a saber:
 
- o sacador como sendo aquela parte que faz o saque, oportunidade em que fica criada a letra de câmbio como documento. Esta pessoa é quem dá a ordem de pagamento;
- o sacado que representa a parte a quem a ordem é data, ou seja, é quem deve efetuar o pagamento;
- o beneficiário, também chamado de tomador, sendo a pessoa que receberá o pagamento, sendo assim o beneficiário da ordem.
	
	É importante observar que não necessariamente as situações jurídicas são representadas por três pessoas ou partes distintas. Podem ocorrer circunstâncias em que a mesma pessoa possa está representando duas situações ao mesmo tempo. 
REQUISITOS DA LETRA DE CAMBIO
PRAZO LETRA DE CAMBIO
NOTA PROMISSÓRIA 
A N.P. surgiu com a cautio da Idade Média. 
Era o documento emitido por banqueiro, reconhecendo a dívida que contraiu junto
ao mercador em uma cidade e prometendo pagar o valor equivalente em outra cidade. 
De acordo com Chagas (pág. 431, 2015), a N.P. é uma promessa de pagamento em um título abstrato, formal, pelo qual uma pessoa denominada emitente, faz a outra denominada beneficiária, um compromisso escrito de pagamento de certa soma em dinheiro, à vista ou a prazo em seu favor ou de outrem a sua ordem. 
NOTA PROMISSÓRIA - REQUISITOS
Art. 74 da LUG: 
Expressão Nota Promissória;
Promessa Pura e simples de pagar determinada quantia, sem condições ou encargos; 
Nome do beneficiário, não se admite nota promissória ao portador; 
Data da emissão, para que se possa avaliar a capacidade do emitente ao tempo da emissão, assim como para contagem do prazo como o de vencimento. 
NOTA PROMISSÓRIA - REQUISITOS
5. Assinatura do emitente de próprio punho ou por procuração especial. 
Requisitos Supríveis: 
Local da emissão
Local do pagamento
PRESCRIÇÃO N.P. 
LETRA DE CAMBIO X NOTA PROMISSÓRIA

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