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GERÊNCIA DE SUPRIMENTOS De acordo com Ballou (1993), a atividade logística de armazenagem refere-se à administração do espaço necessário para manter estoques. Armazenagem e manuseio de materiais são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Ao contrário do transporte, que ocorre entre locais e tempos diferentes, a armazenagem e o manuseio de materiais acontece, na grande maioria das vezes em localizadas fixadas, logo, os custos dessas atividades estão associados à seleção desses locais. Algumas considerações para o uso da armazenagem: Considerações de Marketing: Armazenagem de mercadorias próxima dos pontos de consumo, com isso gera entregas mais rápidas; Necessidades de produção: Tipo de produto (vinho, queijos, bebidas alcóolicas); Coordenação de Suprimento e demanda (atendimento à demanda sazonal, indústrias que são forçadas à armazenar para atender ao mercado). Tipos de Depósitos: De acordo com a propriedade: •Próprios; •Alugados; •Terceirizados. Tipo de produto armazenado: •Armazém de commodities: Madeira, algodão, tabaco e cereais; •Armazém para granel: Produtos líquidos, petróleo, xaropes, etc; •Armazéns frigorificados: Produtos perecíveis, frutas, comida congelada, etc; •Armazéns para utilidades domésticas e mobiliário: Produtos domésticos e mobiliário; •Armazéns de mercadorias em geral: Produtos diversos. Dimensionamento do Espaço Físico: ESPAÇO PRÓPRIO OU ALUGADO O espaço físico deve atender ao máximo de estoque em uma temporada PARTE NUM ESPAÇO PRÓPRIO OU ALUGADO E PARTE NUM ESPAÇO TERCEIRIZADO Combinar de forma tal que se utilize os espaços de terceiros nos picos de armazenagem. ESPAÇO TERCEIRIZADO Não há necessidade de dimensionamento do espaço físico. Metodologia que define as dimensões necessárias às instalações de armazenamento, bem como a quantidade de materiais disponíveis. Um bom Layout aumenta o grau de acessibilidade ao material, facilita o fluxo de materiais, diminuem os locais de áreas obstruídas, aumenta a eficiência da mão-de-obra, a segurança do pessoal e do armazém. a) Localizar as áreas de recebimento e expedição; b) Localizar as áreas de separação de pedidos e estocagem; d) Definir a localização de todos os obstáculos; Definição do Layout do Depósito: O Manuseio ou Movimentação Interna significa transportar pequenas quantidades de bens por distâncias relativamente pequenas. É executada dentro de depósitos, fábricas e lojas, assim como no transbordo entre modais de transporte. Unitização de Cargas: Consiste no processo de arranjar várias unidades menores em outras maiores de forma que constituam uma só unidade com o objetivo de facilitar o manuseio e o transporte. Vantagens: •Redução do tempo de carga e descarga; •Otimização do espaço cúbico; Principais tipos de cargas unitizadas: •Cargas conteinerizada; •Carga paletizada; Paletização - Palete: Considera-se “palete” o estrado de madeira, plástico ou metal destinado a facilitar a movimentação, a armazenagem e o transporte de mercadorias ou bens. . SC-01 Palete Padrão Abras PBR1 1.200 x 1.000 mm SC-02 Palete Padrão Abras PBR2 1.250 x 1.050 mm SC-03 4 Entradas Dupla Face - Reversível SC-11 2 Entradas - Face Simples Dimensões/Peso: • Container de 20’ Pés - 33,2m3 e 21.920 kg • Container de 40’ Pés - 67,6m3 e 26.930 kg Container O Container é um recipiente construído de material resistente (metal ou madeira), geralmente de grandes dimensões, destinado ao acondicionamento e transporte de carga em navios, trens etc. Tipos de Container OPEN TOP 20’ DRY BOX 20’ POWER PACK (Reefer) 40’ Tipos de Container OPEN TOP 40’ DRY BOX 20’ TANK 20’ Tipos de Movimentação: A) Manual; B) Mecanizada; C) Automatizada. Equipamentos de Movimentação: Empilhadeiras e Pequenos Veículos Empilhadeira Trilateral Empilhadeira com garfo Paleteira http://www.youtube.com/watch?v=trL _o7xNCnQ Transportadores: Pista transportadora c/ Roletes Pista transportadora c/ Esteira Pórticos Móveis SISTEMA PORTA PALETE CARACTERÍSTICAS: • Acesso direto a cada palete armazenado; • Possibilidade de retirar qualquer mercadoria sem ter a necessidade de mover ou deslocar as restantes; • Controle fácil de estoques, já que cada espaço pertence à um palete; • Adaptabilidade a qualquer tipo de carga, tanto por peso quanto por volume. RECOMENDADO PARA: • Empresas que trabalham com grandes quantidades de itens; • Produtos com variedade de peso e tamanho. MANUSEIO E ACONDICIONAMENTO DE PRODUTOS Estruturas de Armazenamento: WMS tem a função de controlar estoques e permite que um armazém seja automatizado; Os sistemas WMS utilizam tecnologias de Auto ID Data Capture, como código de barras, dispositivos móveis e redes locais sem fio para monitorar eficientemente o fluxo de produtos; WMS - Warehouse Management System http://www.youtube.com/watch?v=lU0HtTpXti0 WMS - Warehouse Management System Após todos os dados serem coletados, a WMS faz uma sincronização através de uma base de dados centralizada, que pode ser por processamento de todo um lote, como por transmissão em tempo real através de redes sem fio. Esse banco de dados pode ser utilizado para fornecer relatórios úteis sobre o status das mercadorias no armazém. Muitos sistemas WMS têm interface com sistemas do tipo Enterprise Resource Planning (ERP), Planejamento de Recursos da Empresa (MRP) ou com outros tipos de softwares de gestão, o que permite uma forma de se receber automaticamente inventários, processar pedidos e lidar com devoluções. WMS - Warehouse Management System Agilidade no Picking Produtividade na Movimentação e Armazenagem Agilidade no Recebimento O picking, também conhecido por order picking (separação e preparação de pedidos), consiste na recolha em armazém de certos produtos (podendo ser diferentes em categoria e quantidades), face a pedido de um cliente, de forma a satisfazer o mesmo (Rodrigues, 2007). http://www.youtube.com/watch?v=G1Ce2ZI8Ji8 O objetivo da função de compras é conseguir tudo ao mesmo tempo: Qualidade; Quantidade; Prazo de entrega; Preço Segundo Arnold (1999), um bom fornecedor é aquele que: Tem a tecnologia para fabricar o produto na qualidade exigida; Tem a capacidade de produzir as quantidades necessárias; Pode administrar seu negócio com eficiência suficiente para ter lucros e ainda assim vender um produto a preços competitivos. Única: Implica que apenas um fornecedor está disponível devido a patentes, matéria-prima específica, localização, etc. Múltipla: Utilização de mais um fornecedor para um item. A competição vai gerar preços mais baixos e melhores serviços; Simples: Decisão planejada de selecionar um fornecedor para um item quando existem várias fontes disponíveis. A intenção é criar uma parceria a longo prazo. Habilidade técnica; Capacidade de produção; Confiabilidade; Serviço pós-venda; Localização; Preço. Algumas das tendências recentes relacionadas às práticas de gerenciamento da cadeia de suprimentos: Outsourcing estratégico; Ampliação e incremento dos níveis de serviços logísticos; Essas tendências estão sendo impulsionadas por empresas interessadas em otimizara coordenação logística em um cenário de crescente customização e complexidade no mundo dos negócios. As estratégias de segmentação de fornecedores e clientes no contexto da cadeia de suprimentos representam uma oportunidade para estimular ambientes colaborativos e incrementar, assim, a qualidade dos serviços e produtos oferecidos aos clientes finais, bem como reduzir os custos produtivos e logísticos. Apesar das diferentes denominações, pode-se afirmar que existem três tipos possíveis de segmentação de fornecedores para as políticas de suprimento (Dyer, 1997; Dyer, Cho e Chu, 1998). Relações do tipo arm’s length (mercado); Relações de parceria; Relações de quase-mercado. Caracteriza-se pela tentativa dos agentes contratantes de minimizar ao máximo sua dependência em relação aos fornecedores, aumentando seu poder de negociar preços ou outras condições do fornecimento. Esse poder tende a ser mais forte quanto maior for o número de fornecedores disponíveis, obviamente, e o fato dos pedidos serem divididos entre um número maior de fornecedores facilita o poder de barganha da empresa principal, gerando uma intensa competição entre os contratados. Nesse tipo de segmentação, os objetivos do relacionamento voltam-se mais para questões de eficiência do que para economias de aprendizagem e, talvez por isso mesmo, os contratos tendem ao curto prazo e há um elevado nível de especificações. Geralmente, em um regime arm´s length, o envolvimento dos fornecedores não é antecipado no processo de suprimento e são menores a frequência e o conteúdo da troca de informações entre os agentes; Isso pode ocorrer em função do baixo valor agregado ou do baixo conteúdo tecnológico dos bens transacionados, ou naquelas situações em que as compras referem-se a materiais indiretos, como por exemplo, de consumo administrativo. Comparadas ao modelo arm’s length (mercado), a segmentação em regime de parceria difere por várias razões: 1) A redução drástica do número de fornecedores e a instituição de contratos de mais longo prazo; 2) O fluxo robusto de informações estratégicas e a melhor coordenação interorganizacional; 3) Os incentivos para incremento dos investimentos em ativos específicos do tipo geográfico (plantas focalizadas), físico (máquinas e equipamentos), humano (por exemplo, um operador de um fornecedor trabalhando internamente em alguma função específica na linha de montagem da contratante); 4) Os níveis superiores de serviços em âmbito logístico; 6) As relações de cooperação e confiança sustentadas por estruturas e mecanismos de governança capazes de conter práticas oportunistas e, simultaneamente, reduzir os custos de transações entre as firmas. Um outro aspecto importante dos relacionamentos entre empresas parceiras é que os contratos tendem a ser mais flexíveis ou a apresentar um nível menor de especificações, o que ocorre sobretudo quando o objeto da transação envolve conteúdos complexos. Um exemplo é a participação do fornecedor nos processos de P&D da empresa cliente, o que poderia concretizar seu ingresso antecipado na relação de fornecimento (Clark e Fujimoto, 1992; Lamming, 1993). Seguindo a taxonomia proposta por Dyer, Cho e Chu (1998), tem-se uma terceira forma de segmentação, identificada como regime de quase-mercado. Com o avanço das formas em rede, além dos regimes de parcerias, observa-se a emergência de estruturas de governança e relacionamentos mais duradouros entre empresas, mesmo no caso de transações e contratos considerados não-estratégicos. Alguns componentes são assim chamados porque, embora representem inputs absolutamente necessários à produção da contratante, podem não ser considerados estratégicos por alguns motivos: Por não envolverem ativos específicos; Por serem de menor valor agregado; Por não interferirem diretamente nos processos e nas competências centrais da organização cliente; Por serem materiais de uso indireto (não- consumidos diretamente na produção).
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