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Francisco Júnior PCH INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTORICOS UFCG - QUE É HISTÓRIA de Edward Carr - Fato, documento e escolha

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES 
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS 
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTORICOS 
 
 
 
 
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO 
FATO, DOCUMENTO E ESCOLHA 
 
 
Francisco de Sousa Silva Júnior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cajazeiras 
2016 
No livro QUE É HISTÓRIA de Edward Hallet Carr inicia suas primeiras paginas tratando 
do historiador e seus fatos, fatos históricos, documento, interpretações do historiador sobre suas 
escolhas. Irei aqui comentar um pouco sobre tais aspectos. 
 
 O historiador vai sempre ter uma imensa quantidade de fatos acontecidos no passado, 
que serão mal ou bem vistos dependendo da interpretação do historiador. Pois não é 
simplesmente pegar o fato passado e joga-lo no presente, sem nada ser estudado, com certeza 
o historiador ao escolher determinado fato, aparecera em sua interpretação os seus interesses. 
 
A história consiste num corpo de fatos verificados. Os fatos estão disponíveis para os 
historiadores nos documentos, nas inscrições, e assim por diante, como os peixes na 
tábua do peixeiro. O historiador deve reuni-los, depois leválos para casa, cozinhá-los, 
e então servi-los da maneira que o atrair mais. (Edward Hallet Carr, 1982, p. 37) 
 
Com o citado acima, o autor nos da a entender do papel do historiador em procurar 
entender o passado. Vejo o historiador com uma responsabilidade enorme, pois é o próprio que 
da voz aos documentos históricos, cabendo ao historiador decidir se tal fato deve virar historia ou 
não, e qual interesse em trazer este fato para o presente, qual a significância? Coisas do tipo 
devem ser levadas em questão. Deve-se analisar os acontecimentos dando um grau de 
importância a cada um. 
O fetichismo dos fatos do século XIX era completado e justificado por um fetichismo 
de documentos. Os documentos eram sacrário do templo dos fatos. O historiador 
respeitoso aproximava-se deles de cabeça inclinada e deles falava em tom 
reverente. Se está nos documentos é porque é verdade. (Edward Carr, 1982, p. 42) 
 
Um outro critério crucial esta na verdade dos documentos, mas talves seja muito forte 
quando o autor cita “se esta nos documentos é porque é verdade”. Digo forte, porque em meio a 
uma quantidade de documentos podemos também nos deparar com algum documento falso ou 
mentiroso que cabe ao historiador ser muito detetive na analise e critica de determinados 
documentos. 
Porque tal cuidado, (Edward Carr, 1982, p. 47) vai dizer que “Em primeiro lugar, os fatos 
da história nunca chegam a nós “puros”, desde que eles não existem nem podem existir numa 
forma pura: eles são sempre refratados através da mente do registrador”. 
Então o autor com essa afirmação vai dizer que o nosso primeiro cuidado deve ser com 
quem fez o documento, assim como quando pegamos um trabalho de História, a nossa 
preocupação deve ser primeiramente com o historiador que escreveu e não com os fatos. 
 
 
 
 
 
Referencia bibliográfica 
Edward Hallet. O historiador e seus fatos In: O que é história? Tradução Lúcia 
Marucío de Alverga. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p.

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