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O presente desafio objetiva-se ao entendimento da disciplina de Direito Penal II proposta nas atividades práticas supervisionadas ATPS. Etapa 1 1). Qual o conceito de pena? O termo “pena” vem do latim poena, porém com derivação do grego poine, significando dor, castigo, punição, expiação, penitência, sofrimento, trabalho, fadiga, submissão, vingança e recompensa, pela falha do conceito moral aplicado por regra, estatuto ou costume social. Seu conceito usual, “a imposição da retirada ou perda ou ainda diminuição de um bem jurídico, prevista em lei e aplicada pelo órgão judiciário, a quem praticou ilícito penal. Ela tem finalidade retributiva, preventiva e ressocializadora”. No entanto, a luz do conhecimento jurisprudencial, outro conceito de pena é o de Capez (2003), que menciona: “Sanção penal de caráter aflitivo, imposta pelo Estado, em execução de uma sentença, ao culpado pela prática de uma infração penal, consistente na restrição ou privação de um bem jurídico, cuja finalidade é aplicar a retribuição punitiva ao delinquente, promover a sua readaptação social e prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida à coletividade. (CAPEZ, 2003, p. 332) ” 2). Descreva as finalidades da pena. Existem três teorias: Teoria mista, eclética, intermediária ou conciliatória: a pena tem dupla função de punir o delinquente e prevenir a prática do crime, por meio da reeducação e pela intimidação coletiva. Essa é a teoria que adotamos. Teoria absoluta ou da retribuição: a pena é a retribuição do mal injusto provocado; Teoria relativa, finalista, utilitária ou de prevenção: a pena tem uma finalidade que é a prevenção geral ou especial. Prevenção geral onde o fim intimidativo dirige- se a todos os destinatários da norma penal, visando impedir que os membros da sociedade cometam crimes. Na prevenção especial a pena visa o autor do delito, retirando-o do meio social, impedindo-o de delinquir e buscando corrigi-lo. 3). Quais as principais características da pena? Legalidade – a pena deve estar prevista em lei, vigente, não se admite que seja atribuída em regulamento ou ato normativo infralegal (CP, art. 1º, e CF, art. 5º, XXXIX) Anterioridade - a lei deve estar em vigor no momento que for cometida a infração (CP, art. 1º, CF, art. 5º, XXXIX). Personalidade – não passa da pessoa do condenado, (CF, art. 5º, XLV), nem mesmo a de multa. Individualidade: a sua cominação e cumprimento deverão ser individualizados de acordo com a culpabilidade e mérito do condenado (CF, art.5º XLVI). Inderrogabilidade: não pode deixar de ser aplicada, quando devida, salvo exceções legais. Proporcionalidade: proporcional ao crime praticado (CF, 5º, XLVI e XLVII). Humanidade: não se admite pena de morte, salvo em caso de guerra declarada, trabalhos forçados, banimento ou cruéis (CF, 5º, XLVII). 4). Como as penas podem ser classificadas? Como previsto no art. 32 do Código Penal as penas classificam em: A) privativas de liberdade; B) restritiva de direitos; C) de multa. Segundo a Constituição Federal art. 5º, XLVI as penas são classificadas em: a) Privação ou restrição da liberdade; b) Perda de bens; c) Multa d) Prestação social alternativa; e) Suspensão ou interdição de direitos. 1). Descreva e explique quais são as espécies de penas privativas de liberdade? Existem três espécies de pena privativas de liberdade, são: a) Reclusão: regimes fechado, semiaberto ou aberto; b) Detenção: regimes semiaberto ou aberto; c) Prisão simples (para as contravenções penais) Reclusão e Detenção (CP, art. 33). A- Fechado: a pena é cumprida em estabelecimento se segurança máxima ou média. B- Semiaberto: a pena é cumprida em colônia penal agrícola, industrial ou estabelecimento similar. C- Aberto: o condenado trabalha ou frequenta curso em liberdade, durante o dia, e recolhe-se em casa do albergado ou estabelecimento adequado à noite e nos dias de folga. Regras do regime fechado (CP, art. 34). DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. No começo do cumprimento da pena em regime fechado, o condenado será submetido a exame criminológico de classificação para a individualização da execução. Fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso no período noturno. 2). Como se dá a fixação do regime inicial para cumprimento de pena? Para a fixação do regime inicial diante ao cumprimento da pena, leva-se em consideração a quantidade da pena privativa de liberdade imposta em virtude do delito penal imputada ao réu. Assim, após a definição da pena, o regime prisional será fixado nos termos do art. 33, §§ 2º e 3º, do Código Penal: Essa situação é capaz de ensejar o maior grau de reprovabilidade da conduta típica, a imposição de uma sanção penal de maior severidade, porém, se coaduna a fixação de um regime prisional que mais beneficie o réu, impondo-lhe a dosimetria pertinente a tipicidade do crime. Como se sabe, a fixação do regime inicial de cumprimento de pena exige, além dos requisitos do §2º do art. 33 do Código Penal, § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) E que as circunstâncias do art. 59 do CP não sejam desfavoráveis ao réu (art. 33, §3º do CP), § 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984), “O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: ” I - As penas aplicáveis dentre as cominadas; II - A quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - O regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - A substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. Relatório sobre o entendimento da etapa 1. INTRODUÇÃO O presente relatório, objetiva-se a discorrer sobre o entendimento da materialidade no trabalho proposto, no que tange aplicação da lei penal e seus dispositivos correlatos de constitucionalidade e justiça sobre a dosimetria de punibilidade na ótica comparativa sobre progressão de pena no regime Brasileiro. A Lei de Execuções Penais, Lei 7.210/1984, protege o direito do detento e sua integridade humana com o fim principal de reinseri-lo na sociedade e para combater a criminalidade de forma humana e adequada. Vem disciplinar o cumprimento da pena previamente estabelecida em sentença ou decisão judicial. A dignidade da pessoa humana é respeitada desde o início da execução da pena, ou sua aplicação, até o cumprimento da mesma, mostrando ao apenado a possibilidade em redimir-se e a posteriormente reintegrar-se a sociedade. PROGRESSÃO DE PENA O sistema progressão de regime no sistema penal brasileiro faz parte de nossa estrutura penal, a progressão de regime trata-se da passagem de um regime mais severo para um menos severo. No Brasil este sistema progressivo é de maneira genérica e na seguinte forma; “Regime fechado, regime semiaberto, regime aberto, livramento condicional e extinção da punibilidade, seria uma progressão completa”. Para Fernando Capez; “Trata-se da passagem do condenado de um regime mais rigoroso para outro mais suave, de cumprimento de pena privativa de liberdade, desde que sejam satisfeitas as exigências legais”.O sistema progressivo das penas, vislumbra atenção especial, diante da evolução do pensamento sobre a intervenção mínima do Direito Penal, no entanto, quando surge a Lei 8.072/90, conhecida como Lei dos Crimes Hediondos, a ótica das finalidades das penas sofre forte distorção no que cerne o conceito da ressocialização do infrator penal, estipulando os crimes assim compreendidos e dando a estes um tratamento diferenciado, muito mais severo, muitas vezes violando direitos e garantias do Direito Penal e inerentes ao cidadão previstos na Constituição Federal de 1988, enquanto o regime anterior a lei motivaria o apenado e alimentando no preso a ideia de que poderá atenuar sua pena, desde que tenha comportamento adequado e mostrando interesse e aptidão a reintegrar à sociedade, depois do cumprimento de sua pena. Porem e para tanto, o juiz, ao fixar a pena, não deve ter em conta somente o fato criminoso, nas suas circunstâncias objetivas e consequências, mas também o delinquente, a sua personalidade, seus antecedentes, a intensidade do dolo ou grau da culpa e os motivos determinantes. O réu terá apreciação de todos os fatores, endógenos e exógenos em sua individualidade moral e da maior ou menor intensidade “actus non facit Reum nisi mens sentar rea”, ou seja, “um ato não faz uma pessoa culpada a menos que a sua mente também seja culpada “; portanto, o teste geral de culpa é aquele que exige a prova da culpa, culpa ou culpabilidade tanto em pensamento e ação da sua maior ou menor desatenção à disciplina social. Desta forma ao juiz incumbirá investigar, os elementos que possam contribuir para o conhecimento exato do caráter ou índole do réu, as suas condições de vida individual, familiar e social, a sua conduta contemporânea ou subsequente ao crime, sua maior ou menor periculosidade (propensão de alguém para o ato criminoso, revelada por seus atos anteriores, ou conjunto de circunstâncias que indicam a possibilidade da prática de um crime). Este é o arbítrio do juiz que faculta o seu reconhecimento, do contrário o magistrado reflete o que presume a lei, para o efeito da aplicação obrigatória da medida de segurança. No que diz respeito aos crimes considerados hediondos ou equiparados, o juiz ao invés de aplicar o regime que melhor beneficie o réu, que muitas vezes permite que se cumpra com penas até mesmo mais brandas e com início em regime aberto e pagamento de multa, aplica o que determina a lei vigente, que é vista por muitos juristas como inconstitucional, pois determina o início de cumprimento ao apenado em regime fechado e com um regime rígido de progressão diferenciada ao da anterioridade da Lei 8.072/90. Para o jurista Fernando Capez dita: “Não há que se falar em ofensa ao princípio constitucional da individualização da pena (art.5º, XLVI), uma vez que o próprio constituinte autorizou o legislador a conferir tratamento mais severo aos crimes definidos como hediondos, ao tráfico ilícito de entorpecentes e ao terrorismo, não excluindo desse maior rigor a proibição da progressão de regime. Por outro lado, não consta em nenhuma passagem do texto constitucional que o legislador inferior não possa estabelecer regras mais rigorosas para o cumprimento da pena em delitos considerados, pelo próprio constituinte, como de grande temebilidade a sociedade” CONCLUSÃO Por fim este estudo, conclui-se que existem posicionamentos contrários à aplicação das penas restritivas de direitos aos crimes compreendidos como hediondos e equiparados, bem como posicionamentos favoráveis à sua aplicação. Contudo, a importância para a academia jurisprudencial e seus aplicadores do direito que o Supremo Tribunal Federal vem admitindo a aplicação de penas alternativas aos crimes citados, excetuando tipos penais cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa. Conclui-se, e é o que se espera, que o começo da relativização das penas alternativas é uma realidade, uma forma de adequar a legislação existente a nova realidade social que beira ao colapso ao sistema penitenciário Brasileiro, a fim de ressocializar o cidadão banido pelo ato criminal, ao convívio em sociedade de forma digna e dentro dos padrões de conduta legal. Etapa 2 Considere a seguinte situação hipotética: Pedro Henrique já cumpriu, em regime fechado, um sexto da pena privativa que lhe fora imposta pelo fato de ter sido condenado pela prática de crime de roubo, não hediondo, portanto. É certo que a unidade prisional atestou seu bom comportamento carcerário e não possui qualquer outro impedimento. Ocorre que o juiz da vara das execuções criminais da comarca onde está recolhido, mesmo considerando o lapso temporal e a boa conduta carcerária relatada, indeferiu o pedido de progressão de regime, fundamentando sua decisão no fato de não existirem vagas nos estabelecimentos penitenciários de regime semiaberto, o que impossibilita a progressão, uma vez que, no seu entender, a evolução do regime fechado há de ser, obrigatoriamente, para o regime semiaberto, conforme gradação estabelecida no art. 33, § 1º do Código Penal. Diante da situação apresentada, elabore um parecer jurídico, com fundamentos doutrinários e jurisprudenciais, sustentando solução mais benéfica ao sentenciado. Observando o caso em tela relacionado ao apenado, é fato que o cumprimento por parte do preso, vem se mantendo em regime mais gravoso, mesmo tendo conquistado o regime semiaberto e os requisitos legais citados no (art. 112 LEP - Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) reconhecidos pelo juiz. No entanto se ocorre uma deficiência do estado prejudicando a progressão do condenado, e sua reintegração na sociedade, o objetivo da execução penal é proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado, desta forma também amparado pela Constituição Federal que prevê em seu art. 5º, inciso XXXVI; “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. ” Deste modo havendo injustiça, e demonstrando claramente a inconstitucionalidade, no entendimento de Celso DELMANTO sustenta a inconstitucionalidade de GUARDAR VAGA EM regime mais gravoso; “em face das garantias da individualização da pena (CR, art. 5º, XLVI), complementada pelo art. 5º, XLVIII que determina que "a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito", e da coisa julgada (art. 5º, XXXVI), é inconstitucional exigir, como pressuposto para a expedição da guia de recolhimento, a prisão do condenado em regime mais gravoso para, somente depois, verificar-se a existência DE VAGA NO regime semiaberto ou aberto judicialmente fixado em decisão transitada em julgado.” Portanto, o descumprimento a transferência para o Semiaberto compõe ilegalidade e prejuízo irreparável ao condenado, cumprindo inadequadamente o regime mais rigoroso, quando o apenado obteve a progressão, configurando diante do caso apresentado, “constrangimento ilegal”. A jurisprudência do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, configura o constrangimento ilegal da seguinte forma; HABEAS CORPUS. PENAL. CUMPRIMENTO INICIAL DE PENA EM REGIME MAIS GRAVOSO DO QUE AQUELOUTRO ESTABELECIDO NO DECRETO CONDENATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE VAGAS. RÉU FORAGIDO. DENEGAÇÃO DAORDEM. 1. O regime imposto na sentença deve informar a sua execução, não importando, contudo, em constrangimento ilegal o tempo de permanência necessário à transferência do condenado do estabelecimento próprio da prisão provisória para aqueloutro ajustado ao regime decretado na condenação imposta. 2. Tal tempo deve subordinar-se ao princípio da razoabilidade, que faz injustificável transferência que se retarde por mais de 30dias.3. Cumpre ao juiz das execuções, à luz da norma insculpida no artigo 66, inciso VI, da Lei de Execuções Penais, que lhe reclama zelo pelo correto cumprimento da pena, decidir sobre a questão da inexistência de vaga ou de estabelecimento adequado, adotando providências para ajustamento da execução da pena ao comando da sentença. (STJ – HC 18643 – Sexta Turma - Rel. Hamilton Carvalhido – j.28.05.02). Diante da narrativa do relator da Sexta Turma do STJ, o art. 66 LEP, VI que diz: “Zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança; ” De certo, que enquanto não for providenciada a devida vaga em estabelecimento adequado, não se pode permanecer em regime mais gravoso, e muito menos que o apenado pague indevidamente por negligência do Estado. É sabido pela LEP, que a obrigatória a passagem pelo regime intermediário (semiaberto), afirma-se claramente que; “Se o condenado estiver no regime fechado não poderá ser transferido diretamente para o regime aberto”. Porém, a exceção para transferência do preso caso em que a jurisprudência admite a progressão de regime, quando o condenado já cumpriu 1/6 da pena no regime fechado e não consegue passagem para o semiaberto por falta de vagas, dispõe o art. 117 LEP que somente se admitirá o recolhimento em residência particular quando se tratar de condenado que esteja em uma das situações estabelecidas no referido dispositivo; “Condenado maior de 70 anos, acometido de doença grave, condenada gestante, condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental. A inexistência de vaga na comarca não se encontra enumerada entre as hipóteses legais autorizadoras da prisão domiciliar, nem tampouco é hipótese assemelhada a uma daquelas, de maneira que não se pode falar em aplicação do dispositivo por analogia, que, como se sabe, só é possível entre casos semelhantes. Por esta razão, o condenado deve ser recolhido à cadeia pública ou outro presídio comum, em local adequado, e não deixado em inteira liberdade”. No entanto, o art. 203, §2º, LEP (Lei de Execução Penal, fixou prazo de 6 meses, a contar da sua publicação, para que tivesse sido providenciada a aquisição ou desapropriação de prédios para instalação de Casas do Albergado em número suficiente para possibilitar o ingresso no regime aberto de todos os condenados que a ele fizessem jus, não há como obrigar o sentenciado a arcar com a negligência do Poder Público. Qual a perspectiva que um preso tem em retornar ao convívio social, se o próprio aparato estatal não lhe proporciona mecanismos de reinserção. Viola-se o texto Constitucional e a Lei de Execução Penal, ainda deixando de evidenciar o descumprimento ao pressuposto da dignidade humana. O indivíduo sentenciado traz consigo e em sua personalidade, convívio familiar, formação social etc., não podendo o estado trata-los como se fossem uma única pessoa criminosa, ainda, nas lições de Beccaria: “Quereis prevenir os delitos? Fazei com que as leis sejam claras, simples e que toda a força da nação se concentre em defende-las e nenhuma parte dela seja empregada pra destruí-las. Fazei com que as leis favoreçam menos as classes dos homens do que os próprios homens. Fazei com que os homens as temam, e temam só a elas” Diante do aqui foi exposto no caso apresentado sobre o sentenciado Pedro Henrique, finalizo e encerro com o seguinte parecer; Deve o Estado proporcionar meios de ressocializar o preso e garantir sua recuperação para o convívio em sociedade, e para tanto, o preso deve ser amparado no que dispõe o (art. 117 LEP - Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003), sem prejuízo da progressão ao regime semiaberto conquistado, e os requisitos legais citados na mencionada Lei, pois manter os presos sem a perspectiva de progressão em seus regimes prisionais é destruí as suas esperanças de retorno ao convívio social; Este é o meu parecer. Quadro comparativo conforme a lei, dos estabelecimentos prisionais para o cumprimento de pena no regime fechado e no regime semiaberto. Responda as questões abaixo: 1). No que consiste a Remição da pena? A remição da pena é um instituto (regra ou regime) que se dá como cumprida parte de uma pena (condenação, penitência) por meio do trabalho da atividade laborativa, ou do estudo, o condenado resgata parte da reprimenda que lhe foi imposta, diminuindo seu tempo de duração. " A contagem de tempo referida será feita à razão de: I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho". “O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena”. Em suma, a remição constitui direito do preso de reduzir o tempo de duração da pena privativa de liberdade, por meio do trabalho prisional ou do estudo. Fundamento legal Art. 66, III, alínea "c", 126 a 130 da Lei de Execuções Penais (LEP - Lei nº 7.210/84). 2). Explique no que consiste a Regressão de regime e aponte as hipóteses em que pode ocorrer. Regressão de regime; é a volta do condenado (preso ou apenado) ao regime mais rigoroso, por ter descumprido as condições impostas para ingresso e permanência no regime mais brando. Regredi do regime aberto para o fechado, sem passar pelo semiaberto, ou seja, admite-se a regressão por salto, contrariamente ao que ocorre com a progressão. Haverá regressão nas seguintes hipóteses: Prática de fato definido como crime doloso – em se tratando de delito culposo ou contravenção, a regressão ficará a critério do juízo da execução. Prática de falta grave – graves são as faltas relacionadas no art. 50 LEP, dentre as quais destaca-se a fuga. Embora não tipifique crime, a fuga é uma grave violação dos deveres disciplinares do condenado, ensejando punições na órbita administrativa. Sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime – art. 111 LEP. Frustrar os fins da execução, no caso de estar em regime aberto – isso ocorre quando o condenado assume uma conduta que demonstre incompatibilidade com o regime aberto (ex.: abandonar o emprego). Se por um lado também é necessário desestimular o condenado a romper com a disciplina prisional e com o programa de reeducação social, em contraprestação, é imprescindível fazer uma dotação a pena privativa de liberdade e de progressão como aborda o instituto da regressão de regime, previsto no art. 118 da LEP, em sua aplicação. Santo André, 31 de março de 2016. Bibliografia; Código Penal (Lei nº 7.209, de11.7.1984) CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral. 11. Ed. São Paulo: Saraiva, 2007. BECCARIA, Cesare. Dos Delitos e das Penas, São Paulo, Editora Martins Fontes, 1998. Outras fontes: Internet: Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Estaduais e Federais, Planalto, Senado Federal, Ministério da Justiça, Constituição Federal, Legislação Federal, Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo Site;âmbitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2305jusbra sil.com.br/, Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984STF. HC 94526/SP. Rel. p. Ac. Ricardo Lewandowski. T1. Julg. 24.06.2008, RTJ. Site; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7210.htm. QR/CODE - Certificado digital
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