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Patologia aula 3

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FACULDADE FAMA DE ENSINO SUPERIOR
Curso de Engenharia Civil
Patologia das construções
Aula 03
Prof. Esp. João Antonio Garcia Piereti
Introdução
Tipos de Patologias e suas Causas
Patologias das Estruturas
As estruturas não são eternas, pois se deterioram com o passar do tempo e não alcançam sua vida útil se não são bem projetadas, executadas com esmero, utilizadas com critério e, finalmente, submetidas a uma manutenção preventiva” (SOUZA e RIPPER, 1998: prefácio).
Segundo Helene (1992) apud Cavaco (2008), o concreto pode ser considerado um material praticamente eterno desde que receba manutenção sistemática e programada, pois há construções que apresentam manifestações patológicas em intensidade e incidência
significativas, acarretando elevados custos para sua correção. Sempre há comprometimento dos aspectos estéticos e, na maioria das vezes, redução da capacidade resistente, podendo chegar, em certas situações, ao colapso parcial ou total da estrutura.
Tipos de Patologias e suas Causas
As fases de geração das patologias estruturais são: 
I- projeto;
II- execução;
III- utilização.
Tipos de Patologias e suas Causas
De acordo com o estudo de Olivari (2003:6), as patologias estruturais oriundas de erros no projeto estrutural , são devidas a:
I- falta de detalhes;
II- erros de dimensionamento;
III- não consideração do efeito térmico;
IV- divergência entre os projetos;
V- sobrecargas não previstas;
VI- especificação do concreto deficiente;
VII- especificação de cobrimento incorreta.
Tipos de Patologias e suas Causas
Ainda, Souza e Ripper (1998:25) enumeram os seguintes erros na execução das estruturas:
I- falta de condições locais de trabalho ( cuidados e motivação);
II- não capacitação profissional de mão de obra;
III- inexistência de controle de qualidade de execução;
IV- má qualidade de materiais e componentes;
V- irresponsabilidade técnica;
VI- sabotagem.
Tipos de Patologias e suas Causas
As patologias de estruturas também podem ser oriundas de uma manutenção inadequada ou até mesmo ausência total de manutenção. Outro fator que acarretam as patologias é o uso inadequado, ou seja, a mudança de finalidade da edificação.
Segundo Souza e Ripper (1998:27) “de certa forma uma estrutura poderá ser vista como um
equipamento mecânico que, para ter sempre bom desempenho, deve ter manutenção eficiente, principalmente em partes onde o desgaste e a deterioração serão potencialmente maiores”.
“No sistema estrutural os esforços são distribuídos nas peças: vigas, lajes e pilares. As principais anomalias que são detectadas se apresentam sob a forma de trincas e fissuras”
(DEUTSCH, 2011:128).
Tipos de Patologias e suas Causas
Principais sintomas de problemas patológicos de edifícios:
I- Fissuras e trincas em elementos estruturais e alvenarias;
Tipos de Patologias e suas Causas
II- Esmagamento do concreto;
Tipos de Patologias e suas Causas
III- Desagregação do concreto;
Tipos de Patologias e suas Causas
IV- Carbonatação;
Tipos de Patologias e suas Causas
V- Corrosão da armadura;
Tipos de Patologias e suas Causas
VI- Percolação de água;
Tipos de Patologias e suas Causas
VII- Manchas, trincas e descolamento de revestimento em fachadas.
Principais causas das patologias
I- Recalque das fundações;
Principais causas das patologias
I- Recalque das fundações;
Principais causas das patologias
I- Recalque das fundações;
Principais causas das patologias
I- Recalque das fundações;
CAUSAS DE RECALQUES
 
• Rebaixamento do Lençol Freático caso haja presença de solo compressível no subsolo, ocorre aumento das pressões geostáticas nessa camada, independente da aplicaçãode carregamentos externos.
 
• Solos Colapsíveis
 Solos de elevadas porosidades, quando entram em contato com a água, ocorre a destruição da cimentação intergranular, resultando um colapso súbito deste solo.
 
• Escavações em áreas adjacentes à fundação mesmo com paredes ancoradas, podem ocorrer movimentos, ocasionando recalques nas edificações vizinhas.
 
•Vibrações
 Oriundas da operação de equipamentos como: bate-estacas, rolos-compactadores vibratórios, tráfego viário etc.
 
•Escavação de Túneis – qualquer que seja o método de execução, ocorrerão recalques da superfície do terreno.
Principais causas das patologias
II- Movimentação térmica;
Principais causas das patologias
III- Excesso de deformação das peças
 estruturais;
Principais causas das patologias
IV- Sobrecargas ou acúmulo de tensões;
Principais causas das patologias
V- Retração do cimento;
Principais causas das patologias
VI- Carbonatação;
Em túneis e viadutos, o concreto está exposto à alta concentração de gás carbônico (CO2). Esse dióxido de carbono penetra nos poros do concreto, dilui-se na umidade presente na estrutura e forma o composto chamado ácido carbônico (H2CO3).
Este ácido reage com alguns componentes da pasta de cimento hidratada e reduz o Ph.
Esta frente avança em direção ao interior do concreto e quando alcança a armadura ocorre a despassivação do aço e este se torna vulnerável.
Principais causas das patologias
VII- expansão de armadura (corrosão);
Principais causas das patologias
VIII- Reações químicas internas;
Cloretos;
Maresia;
Eflorescência; 
etc
Principais causas das patologias
IX- Defeitos construtivos.
Mão de obra;
Materiais;
Projeto;
Etc.
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
Patologias das Alvenarias
Segundo Deutsch (2011:133) “as alvenarias são os elementos de vedação utilizados para definir os compartimentos e ambientes de uma edificação”. As alvenarias podem ser estruturais ou tradicionais de vedação, unidas por um tipo de argamassa. Podem ser revestidas ou não.
Diversas são as patologias das alvenarias, sendo as principais as fissuras, e as principais causas são:
a movimentação térmica; 
 
b) a movimentação higroscópica (capacidade de absorver água);
c) o movimento das fundações; 
 
d) as deformações das estruturas de concreto armado.
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
Patologias das Alvenarias
As tensões de tração e cisalhamento são responsáveis pela quase totalidade dos casos de fissuração das alvenaria , sejam elas estruturais ou não.
Deutsch (2011:135) citou que essas fissuras aparecem na região de encunhamento, nos encontros entre alvenaria e estrutura, no encontro de paredes, na base de paredes provenientes de problemas de impermeabilização ou lençol freático, na parte superior de muros e peitoris que não estejam convenientemente protegidos por rufos.
Outras patologias das alvenarias são os desplacamentos, as eflorescências e as criptoeflorescências, que são formações salinas ocultas com o crescimento de sais no interior dos materiais, entre a alvenaria e o acabamento. Esse fenômeno acarreta a desagregação e o descolamento dos elementos construtivos.
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
As tensões de tração e cisalhamento são responsáveis pela quase totalidade dos casos de fissuração das alvenaria , sejam elas estruturais ou não.
Deutsch (2011:135) citou que essas fissuras aparecem na região de encunhamento, nos encontros entre alvenaria e estrutura, no encontro de paredes, na base de paredes provenientes de problemas de impermeabilização ou lençol freático, na parte superior de muros e peitoris que não estejam convenientemente protegidos por rufos.
Outras patologias das alvenarias são os desplacamentos, as eflorescências e as criptoeflorescências, que são formações salinas ocultas com o crescimento de sais no interior dos materiais, entre a alvenaria e o acabamento. Esse fenômeno acarreta a desagregação e o descolamento dos elementos construtivos.
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
Patologias dos Acabamentos
Um sistema de edificação é basicamente composto de estrutura, vedação e revestimento. As manifestações patológicas tanto da estrutura ou vedação e do próprio revestimento aparecem no revestimento.
“A principal função dos acabamentos é a de proteção dos elementos estruturais e alvenarias de vedação. Os acabamentos protegem a edificação das intempéries aumentando sua vida útil e desempenho” (DEUTSCH, 2011:135).
Fenômenos, prejudiciais ao aspecto de paredes e tetos:
I- Pintura encontra-se parcial ou totalmente fissurada, deslocando da argamassa de revestimento;
Fenômenos, prejudiciais ao aspecto de paredes e tetos:
II- Existência de formação de manchas de umidade, com desenvolvimento de bolor;
Fenômenos, prejudiciais ao aspecto de paredes e tetos:
III- Existência de formação de eflorescência na superfície da tinta ou entre a tinta e o reboco;
Fenômenos, prejudiciais ao aspecto de paredes e tetos:
IV- A argamassa do revestimento descola inteiramente da alvenaria, em placas compactas ou por desagregação completa;
Fenômenos, prejudiciais ao aspecto de paredes e tetos:
V- A superfície do revestimento apresenta fissuras de conformações variada;
Fenômenos, prejudiciais ao aspecto de paredes e tetos:
VI- A superfície do revestimento apresenta vesículas com deslocamento da pintura;
Fenômenos, prejudiciais ao aspecto de paredes e tetos:
VII- O reboco endurecido empola progressivamente, deslocando do emboço.
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
Estes fenômenos podem se apresentar como resultados de uma ou mais causas, atuando sobre a argamassa de revestimento, tais como:
tipo e qualidade dos materiais utilizados no preparo da argamassa de revestimento;
b) mau proporcionamento das argamassas;
c) má aplicação de revestimento;
d) fatores externos ao revestimento;
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
As patologias dos acabamentos podem ser separadas em patologias nas argamassas e nos revestimentos cerâmicos.
Principais patologias nas argamassas:
a) manchas de umidade e mofo;
b) descolamento da argamassa do substrato;
c) aparecimento de bolhas;
d) aparecimento de fissuras;
e) retrações – ocorrem quando a argamassa seca muito rapidamente; um reboco em parede muito ensolarada deverá ser mantido úmido por no mínimo três dias, adquirindo resistência as tensões de secagem;
f) pulverulência – excesso de finos nos agregados ou traço pobre.
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
As patologias dos acabamentos podem ser separadas em patologias nas argamassas e nos revestimentos cerâmicos.
As patologias nos revestimentos cerâmicos de pisos são:
a) caimento inadequado;
b) manchas decorrentes da umidade ascendente;
c) deficiência de impermeabilização;
d) eflorescências;
e) descolamentos e destacamentos.
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
As patologias dos acabamentos podem ser separadas em patologias nas argamassas e nos revestimentos cerâmicos.
E nos revestimentos de paredes ou fachadas são:
a) descolamentos e destacamentos das placas;
b) trincas, gretamento e fissuras;
c) eflorescências;
d) deterioração das juntas;
e) bolor.
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
Patologia das Pinturas
A pintura é um revestimento com acabamento estético, protege os elementos construtivos e
aumenta a durabilidade da edificação.
No entender de Deutsch (2011:139) “As tintas são utilizadas para proteção e acabamento de
superfícies das mais diversas características. São composições líquidas ou pastosas capazes de
formar filmes após a secagem ou cura.”
Tipos de materiais a serem aplicados
Na pintura usamos os seguintes materiais:
a) para argamassa, concreto ou cerâmica – tintas látex PVA, látex acrílico, caiação, à base de cimento, esmalte sintético, resina epóxi e borracha clorada; vernizes poliuretânicos e acrílicos; silicones;
b) para madeiras – tintas à óleo e esmalte sintético; vernizes;
c) para metais – tintas á óleo e esmalte sintético.
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
O material a ser usado para a pintura deverá ter as seguintes características:
I- facilidade de aplicação;
II- estabilidade de cor;
III- conservação da aparência
IV- bom rendimento;
V- poder de cobertura
VI- resistência a agentes agressivos (água, fungos, radiação solar, polentes).
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
As principais patologias das pinturas são:
Aparecimento de trincas: geralmente ocorre com a movimentação natural da estrutura da edificação e da natural expansão do concreto.
b) Aparecimento de bolhas: decorrente do uso de massa corrida PVA em superfícies externas. As bolhas também podem surgir quando há uma repintura sobre uma tinta muito antiga ou de qualidade inferior.
c) Eflorescências: manchas que aparecem quando aplica-se a tinta diretamente sobre o reboco úmido ou por ação de infiltrações.
d) Descascamento: ocorre quando se aplica a tinta em superfícies pulverulentas ou que tiveram aplicação de cal, dificultando sua aderência na base.
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
As principais patologias das pinturas são:
e) Enrugamento: ocorre quando há uma excessiva quantidade de tinta numa demão ou quando não é respeitado o tempo de secagem correto entre demãos.
f) Saponificação: ocorre pela alcalinidade natural da cal e do cimento que constituem o reboco.
g) Calcinação: decorrente da alcalinidade natural da cal e do cimento e são provenientes das condições do intemperismo natural, principalmente pelas águas das chuvas.
h) Desagregamento: acontece quando se aplica a tinta sobre um reboco novo, não curado ou na presença da umidade.
LOCAL DE OCORRÊNCIA DAS PATOLOGIAS
As principais patologias das pinturas são:
Descolamento: acontece na repintura de superfícies, que devem estar em boas condições para receber novas demãos de tinta.
j) Descoloração: ocorre quando, com o tempo, a superfície pintada vai perdendo seu brilho ou intensidade. A lua solar sobre esta superfície acelera este processo.
k) Cratera: aparece quando as tintas utilizadas são diluídas em solventes não indicados ou devido à contaminação da superfície por graxas, silicones.
l) Manchas brancas: são decorrentes da presença de umidade na superfície de aplicação.
m) Manchas: Aparecem devido à ação de respingos de chuva, de fungos e também por ação de infiltrações.

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