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26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_1… 1/38 PATOLOGIA E RECUPERAÇÃO DEPATOLOGIA E RECUPERAÇÃO DE EDIFICAÇÕESEDIFICAÇÕES PATOLOGIAS DOSPATOLOGIAS DOS SISTEMAS DE VEDAÇÃOSISTEMAS DE VEDAÇÃO VERTICALVERTICAL Autor: Me. Guilherme Perosso Alves Revisor : Betânia Queiroz Da S i lva I N I C I A R 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_1… 2/38 introduçãoIntrodução As paredes externas são o primeiro contato do usuário com a edi�cação, dotando-a de personalidade e beleza, sendo assim, quando essas paredes são acometidas por manifestações patológicas, como manchas, �ssuras e descolamentos, o usuário tende a relacioná-la a um produto defeituoso. É verdade que todo edifício, ainda que bem-planejado e executado, apresentará algumas dessas patologias, visto que todo objeto está exposto ao envelhecimento e à ação dos agentes intempéricos, contudo, a incidência desses sintomas em obras relativamente novas abre espaço para alguns questionamentos. Nesta unidade nós veremos os principais problemas que podem surgir nos sistemas de vedação de uma edi�cação, procurando relacionar sua causa às negligências das etapas do ciclo construtivo, além da busca pelo conhecimento de como tratá-las. 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_1… 3/38 As patologias dos sistemas de vedação incidem tanto sobre a alvenaria convencional de vedação quanto na alvenaria estrutural, sendo que os sintomas mais frequentes ocorrem na forma de �ssuras e descolamentos. Como os sistemas de vedação, especialmente as paredes externas, são suscetíveis às deformações excessivas, a heterogeneidade das propriedades entre os materiais que constituem as paredes (blocos e argamassa) resulta em acomodações distintas entre estes materiais, contribuindo para o surgimento das manifestações patológicas. As patologias nas paredes de alvenaria, assim como nas estruturas de concreto armado, resultam de processos físicos ou químicos, conforme Figura 2.1. Patologias emPatologias em Paredes deParedes de AlvenariaAlvenaria 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_1… 4/38 As patologias dos sistemas de vedação também podem ser classi�cadas de acordo com a origem do problema, isto é, considerando a fase do ciclo construtivo em que a patologia foi originada, sendo: Problemas na qualidade dos materiais da construção; Incoerência de composição (traço); Equívoco de execução; Fatores externos (como ação dos agentes intempéricos, gases veiculares, exposição cíclica à umidade, etc.). Na maioria das vezes, a origem do problema reside em mais de um fator. Deterioração Física dos Sistemas de Vedação: Fissuração Segundo Sahade (2005), as �ssuras das alvenarias podem ser classi�cadas como geométricas (isoladas) e mapeadas (generalizadas), conforme veri�cado na Figura 2.2. Figura 2.1 - Classi�cação das patologias dos revestimentos argamassados Fonte: Carasek (2007, p. 1). 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_1… 5/38 As �ssuras geométricas incidem tanto nos blocos cerâmicos quanto nas juntas de argamassa de assentamento. Podendo também derivar da falta de amarração entre o painel de vedação e os elementos de concreto armado, �ssurando na zona de transição entre os materiais. Um exemplo desse tipo de �ssura pode ser visualizado na Figura 2.3. As �ssuras mapeadas podem decorrer dos processos intensi�cados de retração das argamassas ricas em cimento ou com elevado teor de �nos ou por equívocos executivos como o excesso de desempenamento (SAHADE, 2005). Um caso desse tipo de �ssura pode ser visto na Figura 2.4. Figura 2.2 - Classi�cação das �ssuras em sistemas de alvenaria Fonte: Adaptada de Sahade (2005, p. 14). Figura 2.3 - Fissura geométrica (isolada) entre viga e parede de alvenaria Fonte: Sahade (2005, p. 26). 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_1… 6/38 Em ambos os casos, seja a �ssura geométrica seja a mapeada, estas podem apresentar, ou não, níveis de atividade. Quando as �ssuras apresentam variações sensíveis da medida de abertura, seja por oscilações térmicas ou por umidade, dizemos que ela está ativa. Nesses casos, a �ssura não indica problemas estruturais. Caso a variação se dê de forma progressiva, aumentando continuamente, as aberturas podem representar problemas estruturais. Por outro lado, as �ssuras cuja abertura não oscila ao longo do tempo podem ser consideradas passivas ou estabilizadas (SAHADE, 2005). A caracterização típica das principais �ssuras incidentes nos sistemas de vedação pode ser veri�cada no Quadro 2.1 Figura 2.4 - Fissura mapeada na fachada de edifício Fonte: Sahade (2005, p. 22). Quadro 2.1 - Caracterização das �ssuras em sistemas de vedação Fonte: Marcelli (2007, p. 143). 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_1… 7/38 Outra possibilidade do surgimento de �ssuras ocorre quando a compatibilidade entre a resistência mecânica dos blocos de alvenaria e a resistência da argamassa de assentamento, aliada à variação térmica, não é observada. Quando o bloco tem resistência signi�cativamente superior em relação à argamassa, esta tende a sofrer esmagamento decorrente do peso próprio dos blocos cerâmicos, podendo acarretar o surgimento de �ssuras isoladas (geométricas) acompanhando o traçado das juntas, conforme veri�cado na Figura 2.5 (PAULINO, 2018). No caso das argamassas com resistência mecânica elevada, o módulo de elasticidade também tende a ser aumentado, con�gurando um material rígido que restringe a contração e a dilatação dos blocos, assim, existe uma tendência tanto do bloco quanto da argamassa de �ssurar, conforme Figura 2.6 (PAULINO, 2018). 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_1… 8/38 Fissuras com as características indicadas nas �guras 2.5 e 2.6 são frequentes em obras executadas com alvenaria estrutural. Para esses casos, a NBR 15961-2:2011 estabelece que a resistência à compressão da argamassa para alvenaria estrutural deve ser superior a 9 MPa, devendo resistir aos esforços a que a parede for submetida, mas não deve exceder a resistência do bloco na área líquida, de maneira que as �ssuras que venham a ocorrer no conjunto ocorram na junta. Mohamad (1998) recomenda que a resistência à compressão da argamassa �que entre 70% e 100% da resistência do bloco na área bruta. Em corroboração, a NBR 15961-2:2011 recomenda 70% da resistência do bloco em área líquida. As �ssuras nos sistemas de vedação de alvenaria também podem surgir por outros problemas, como em grande espessura de revestimento argamassado, desobediência do tempo de pega do cimento, traços pobres em cimento, entre outros. Deterioração Física dos Sistemas de Vedação: Descolamento Os descolamentos ocorrem quando o revestimento argamassado perde a aderência com a superfície da parede, de modo que uma ou mais camadas apresentam �ssuração mapeada e posteriormente são separadas. Figura 2.6 - Fissura acompanhando o traçado das juntas de argamassa Fonte: Paulino (2018, p. 55). 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_1… 9/38 De acordo com Bauer (1994), os descolamentos podem apresentar em placas ou pulverulência. O descolamento em placas, segundo Bauer (1994), está diretamente relacionado com a cal e a umidade. Nesses casos, a água in�ltrana argamassa com conteúdo de cal parcialmente hidratada que, ao se hidratar tardiamente, se expande, prejudicando a aderência entre as camadas. Esse tipo de descolamento também pode ocorrer quando o revestimento entre o elemento de concreto armado e a alvenaria se desprende devido à movimentação diferenciada entre os dois materiais. Um indicativo de que a aderência do sistema de vedação está prejudicada pode ser observado ao realizar um ensaio de percussão com martelo simples. Quando o impacto do martelo sobre a superfície resultar em som cavo devido à existência de espaço vazio ou bolhas de ar entre as camadas de revestimento e o substrato (CINCOTTO, 1983). O descolamento com pulverulência é caracterizado pelo esfarelamento do revestimento argamassado. Segundo Bauer (1994), os motivos que levam ao surgimento do descolamento por pulverulência são: Espessura excessiva de emboço; Emprego de argamassa rica em cal; Argamassas muito pobres em cimento; Excesso de agregados. Um caso de descolamento do revestimento argamassado pode ser constatado na Figura 2.7. 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 10/38 Em edi�cações com elevada incidência de �ssuras causadas por retração, descolamento dos revestimentos argamassados e pulverulências, recomenda- se substituir os revestimentos por novas camadas (CASOTTI, 2007). 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 11/38 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 12/38 Deterioração Química dos Sistemas de Vedação As patologias químicas nos sistemas de vedação incidem principalmente sobre a argamassa, desenvolvendo-se de formas distintas, todas elas resultando em anomalias prejudiciais às paredes, especialmente em termos estéticos, de isolamento e de proteção. As principais patologias causadas por reações químicas da argamassa são a e�orescência e a vesícula. E�orescência Segundo Uemoto (1988), e�orescência signi�ca a formação de um depósito salino, com aspecto fosco e pulverulento, sobre a superfície de um produto da edi�cação como resultado da exposição às intempéries. Normalmente, ela é considerada como um dano por alterar apenas a estética do elemento, sem modi�car seu desempenho estrutural, entretanto, em alguns casos, os sais constituintes podem ser agressivos e causar danos profundos. Quimicamente, essa patologia é constituída principalmente de sais alcalinos, como o sódio e o potássio, e alcalinos ferrosos, como o cálcio e o magnésio, por exemplo. Esses sais são dissolvidos pela ação da água da chuva ou do solo e migram para a superfície, ocorre a evaporação da água, e isso resulta na formação dos depósitos salinos (GRANATO, 2005). Segundo Granato (2005), para o surgimento dessa patologia, três fatores devem existir: 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 13/38 Existência de sais solúveis ou parcialmente solúveis nos materiais ou componentes; Presença de água para dissolver e carregar os sais; Presença de alguma força, tal como a pressão hidrostática ou a evaporação, para que a solução migre para a superfície. Portanto, para evitar o surgimento da e�orescência, ao menos uma dessas condições deve ser eliminada. Um exemplo desse sintoma patológico é visualizado na Figura 2.8. Quando a porosidade aberta (capilares) não está bem de�nida, o conteúdo de sal precipita em depósitos no interior do revestimento, aumentando a pressão devido à hidratação e à cristalização, induzindo o surgimento de tensões internas e, por �m, produzindo expansão e potencial descolamento da argamassa, esse mecanismo, apesar de muito parecido com a e�orescência, é denominado de cripto�orescência. Vesícula De acordo com Bauer (1994), as vesículas são causadas pelos seguintes fatores: Figura 2.8 - Ocorrência de e�orescência em fachada Fonte: Sahade (2005, p. 55). 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 14/38 Presença de cal parcialmente hidratada na argamassa; Areia com elevado teor de matéria orgânica; Contaminação da areia por torrões de argila, pirita e óxidos férricos. Um caso de vesícula pode ser veri�cado na Figura 2.9. Em estado avançado, a vesícula se manifesta em forma de empolamento da pintura, acompanhada de alteração de coloração da argamassa para marrom- avermelhada (FREITAS; FRANÇA; FRANÇA, 2013). Reparo de Fissuras em Paredes de Alvenaria Um procedimento amplamente utilizado na construção civil para o reparo das �ssuras em painéis de vedação consiste na escari�cação do substrato, preenchimento das aberturas e reconstituição das camadas de acabamento, conforme veri�cado na Figura 2.10 (THOMAZ, 2000). Figura 2.9 - Desenvolvimento de vesícula em parede de alvenaria Fonte: Ferreira e Garcia (2016, p. 17). 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 15/38 O reparo é iniciado pela execução de sulcos retangulares (20 mm de largura por 10 mm de profundidade) em todo o comprimento da �ssura, conforme a Figura 2.11. Na sequência, regulariza-se o substrato pelo preenchimento dos espaços vazios na parede (Figura 2.12), a �m preparar uma superfície, em termos de planicidade, regularidade e rugosidade para a promoção da aderência com a próxima camada. 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 16/38 Uma vez que a camada esteja regularizada, executa-se a dessolidarização, ou seja, a utilização de elemento instalado entre a �ssura e as camadas posteriores para auxiliar na distribuição das tensões na área da �ssura. De acordo com Thomaz (1989), o esparadrapo, a �ta de polipropileno e tela de poliéster podem ser empregados, sendo que, quanto maior for sua largura, melhor será a distribuição das tensões introduzidas no revestimento. Este procedimento pode ser veri�cado na Figura 2.13. A etapa seguinte é execução da camada de recuperação cujo objetivo é acomodar as deformações do próprio sistema (SAHADE, 2005). Nesse sentido, Thomaz (2000) sugere que a �ssura pode ser liberada (por meio de materiais 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 17/38 que proporcionem elasticidade, permitindo sua movimentação) ou travada (aumentando-se a rigidez). A liberdade de movimentação da �ssura pode ser obtida pela utilização de pinturas elásticas, papel de parede, juntas de controle ou de movimentação ou pelo emprego de mastiques elásticos (THOMAZ, 2000). No caso do travamento, a camada de recuperação pode incluir o emprego de telas metálicas, barras de aço, grauteamento, técnicas de injeção em �ssuras ou encamisamentos, como veri�cado na Figura 2.14. O emprego das telas metálicas é recomendado nos casos em que a �ssura no revestimento encontra-se ativa, em regiões com elevadas tensões, como na transição entre estruturas de concreto armado e alvenarias cerâmicas ou em casos em que a espessura de revestimento é superior a 30 mm, conforme recomendação da NBR 7200:1998. i Figura 2.14 - Reparo de �ssura com uso de tela metálica Fonte: Sahade (2005, p. 44). 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 18/38 praticarVamos Praticar Com base nos sintomas visuais, diferencie a patologia de e�orescência da carbonatação. Para tanto, elabore uma �cha técnica de caracterização em que seja possível constatar os seguintes dados de cada patologia: causas, origens mecanismose evolução. 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 19/38 As patologias consequentes da falha ou ausência da impermeabilização são causadas pelo contato excessivo da obra com a fonte de umidade, sendo o principal sintoma sob a forma de manchas em pisos, paredes e lajes. Portanto, precisamos entender os mecanismos de ingresso da água nas edi�cações: Umidade de in�ltração: ingresso de água por via externa através das �ssuras da própria porosidade dos materiais. Nesses casos será veri�cado o aparecimento de manchas com dimensões variáveis nas paredes externas. Contudo, em períodos chuvosos prolongados, as manchas podem ser acompanhadas da formação de e�orescências e cripto�orescências (THOMAZ, 2000). Umidade ascensional: originada no solo, sendo notada em paredes até a altura de 80 cm. As manchas causadas por esse tipo de umidade são visíveis com facilidade e provoca o aparecimento de manchas de bolor, cripto�orescências e e�orescências. Patologias emPatologias em Sistemas deSistemas de ImpermeabilizaçãoImpermeabilização 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 20/38 Umidade por condensação: ar com elevada umidade combinada com superfícies em baixas temperaturas. Umidade de obra: umidade presente na execução da obra. As patologias causadas por esse tipo de umidade são estabilizadas em um curto período de tempo, a depender das propriedades dos materiais e das condições climáticas (THOMAZ, 2000). Umidade acidental: originado por falhas nos sistemas de tubulações, causando problemas mais sérios. Esse tipo de umidade pode prejudicar a saúde dos usuários e a estética da edi�cação, visto que, normalmente, a percepção da sua ocorrência se dá por manchas de in�ltração e bolhas no revestimento (THOMAZ, 2000). As condições de umidade podem ser responsáveis pelo aparecimento de várias manifestações patológicas, pois, de acordo com a NBR 15575-1:2013, a água é responsável pela degradação de várias tipologias de materiais de construção, e está presente na atmosfera, no solo e também é utilizada para a limpeza e a higiene das habitações. Verçoza (1991) considera a umidade como um meio indispensável para o surgimento de anomalias em edi�cações, podendo ser considerada não apenas como causa, mas também como agravante. Alguns exemplos de manifestações patológicas que necessitam da presença da umidade para seu aparecimento são as ferrugens, de�ciências em pinturas, surgimento de bolor e mofo, aparecimento de e�orescências, e em casos mais graves causar até acidentes estruturais. Os problemas causados pela umidade vão além da degradação estrutural, pois comprometem sua durabilidade e também afetam a saúde humana, visto que o ambiente que apresenta umidade serve de abrigo para o desenvolvimento de fungos que podem causar doenças, conforme veri�cado na Figura 2.15. 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 21/38 O aparecimento de bolor é um dos principais sintomas e, por isso, se torna o mais comum entre as manifestações causadas pela umidade, porém, existem algumas medidas simples que podem ser tomadas ainda na fase de projeto, a �m de evitar seu aparecimento (ALUCCI; FLAUZINO; MILANO, 1988). Nesse sentido, a promoção da ventilação cruzada e da iluminação adequada dos ambientes, assim como o direcionamento das águas pluviais e o projeto dos sistemas de impermeabilização con�guram-se em importantes medidas de prevenção de alguns sintomas patológicos (PEREZ, 1985). Os Sistemas de Impermeabilização De acordo com Soares (2014), os sistemas de impermeabilização são compostos por: Base e regularização: que determinam as exigências do sistema, a partir do nível de �ssuração e deformação, além de promover a uniformidade e a regularidade necessárias para a promoção da aderência das camadas do sistema; Camada impermeável: que tem como função a promoção de uma barreira contra o ingresso de �uidos; Cobrimento de proteção mecânica: que absorve e dissipa os esforços atuantes na camada impermeável, a �m de promover a proteção contra a ação de agentes deletérios; Detalhes. Figura 2.15 - Caso de in�ltração com presença de bolor Fonte: Acervo pessoal. 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 22/38 No que se refere à classi�cação, segundo a NBR 9575:2003, os sistemas de impermeabilização podem ser caracterizados como: impermeabilização rígida: composta por materiais aplicáveis nas áreas não sujeitas à �ssuração, em função da sua baixa capacidade de absorver deformações (argamassa impermeável com aditivo hidrófugo, argamassa polimérica e produtos cristalizantes); Impermeabilização �exível: conjunto de materiais ou produtos dotados de �exibilidade compatíveis e aplicáveis aos locais sujeitos a movimentação (mantas e membranas). Em todos os casos, segundo a NBR 9574 (2008, p. 2), o substrato que receberá o sistema de impermeabilização “deve ser limpo, isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos”. Em alguns casos, como na execução de proteção mecânica sobre uma camada impermeabilizante �exível, é necessário o emprego de uma camada separadora, conforme a Figura 2.16. A camada separadora auxilia o sistema a absorver movimentação térmica que poderia causar o surgimento de manifestações patológicas. 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 23/38 Entre os detalhes construtivos, especial atenção deve ser dada à impermeabilização dos ralos em pisos que são os pontos mais sujeitos aos vazamentos, podendo resultar também em patologias secundárias, conforme veri�cado na Figura 2.17. A impermeabilização dos ralos deve ser iniciada pelo rebaixamento do piso no seu entorno, sendo recomendada uma área rebaixada de 40x40 cm. Em seguida, executa-se uma ponte de impermeabilização, geralmente com manta em todo o perímetro e com 20 cm de altura, posicionando metade para dentro do tubo e metade para fora. Por �m, executa-se o acabamento da manta na superfície de piso rebaixado (SOARES, 2014). Outro equívoco construtivo bastante comum nos sistemas de impermeabilização se dá no embutimento da manta entre o piso e uma parede (rodapé) em áreas expostas à umidade prolongada. A não execução do embutimento lateral da manta permite a entrada de água por escorrimento. Para evitar essa situação, indica-se uma altura de embutimento da manta de pelo menos 30 cm (SOARES, 2014). A promoção dos caimentos dos pisos é outro fator importante para a condução das águas que incidem sobre a edi�cação. De acordo com a NBR 9575:2003, a inclinação dos pisos deve ser de no mínimo de 1% em direção aos coletores de água. Figura 2.17 - Vazamento em ralo Fonte: Soares (2014, p. 38). 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 24/38 Outro elemento construtivo que deve ter atenção do engenheiro com relação ao ingresso de água para a edi�cação é a soleira. Segundo a NBR 9575 (2003, p. 13), “nos locais limites entre áreas externas impermeabilizadas e internas, deve haver diferença de cota de no mínimo 6 cm e ser prevista a execução de barreira física no limite da linha interna dos contramarcos, 45 caixilhos e batentes, para perfeita ancoragem da impermeabilização, com declividade para a área externa”. As pingadeiras também podem ser consideradas como elementos construtivos que auxiliam a condução das águas em estruturas verticais, de modo que evitam o ingresso dos �uidos no arremate da impermeabilização, como veri�cado na Figura 2.18. Recomenda-se que as pingadeirastenham inclinação entre 2 e 5% e sejam dotadas de friso na face inferior, que impede a água de escorrer diretamente sobre a superfície da parede (SOARES, 2014). Figura 2.18 - Detalhe executivo de uma pingadeira Fonte: Soares (2014, p. 33). 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 25/38 Por �m, é preciso pontuar que a umidade relativa do ar e as condições climáticas também in�uenciam as patologias das edi�cações, sendo considerada por alguns autores como um dos fatores externos mais importantes no processo de deformação dos elementos construtivos. saibamaisSaiba mais Algumas patologias dos sistemas de vedação podem ser causadas por agentes biológicos com vegetação parasitária que se desenvolvem no interior dos materiais, induzindo o surgimento de tensões internas e causando sua �ssuração e desagregação. Esses agentes podem ser as raízes de alguma planta que penetre a edi�cação ou até o desenvolvimento de organismos e microrganismos que encontram um ambiente propício ao seu desenvolvimento. Ao instalar-se sobre as paredes e superfícies, esses organismos podem resultar na degradação dos materiais devido à produção de anidrido carbônico (FLORES-COLEN, 2009). Para mais informações acesse o link do material a seguir. Fonte: Flores-Colen(2009). ACESSAR https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/91762 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 26/38 Para Abrams (1971), as condições climáticas, como o frio e calor, junto com a umidade do ar e ventos, podem propiciar maior visibilidade de anomalias nos elementos construtivos. O desenvolvimento do bolor, por exemplo, está diretamente ligado à exposição à umidade, seja ela da chuva, do solo, por vazamento de tubulações ou presente no ar. praticarVamos Praticar As manchas e as �ssuras provocadas pela presença de água nas fachadas são patologias frequentes nas edi�cações urbanas, podendo, inclusive, desencadear outros processos de deterioração, causando desconforto ao usuário e podendo, em alguns casos, desvalorizar o imóvel. Assinale a alternativa correta sobre as fontes de umidade na edi�cação. a) As manchas provenientes da umidade ascensional são mais frequentes em coberturas. b) As manchas causadas pela umidade acidental são estáveis, sendo mais recorrentes em paredes externas. c) As patologias causadas por umidade não são influenciadas pelas condições climáticas. d) O aspecto pulverulento da argamassa decorre da umidade acidental. e) As condições de umidade podem ser responsáveis pelo aparecimento de várias manifestações patológicas. 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 27/38 indicações Material Complementar LIVRO Trincas em Edi�ícios: Causas, Prevenção e Recuperação Editora: PINI: IPT Ercio Thomaz Comentário: O livro aborda as várias con�gurações das �ssuras que incidem nos edifícios, incluindo uma análise sistêmica dos mecanismos de desenvolvimento e apresentando os elementos indispensáveis de previsão e prevenção. 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 28/38 WEB Canal da engenharia - Fissuras em Portas e Janelas - Vergas e Contravergas Ano: 2016 Comentário: O vídeo traz algumas considerações sobre a ocorrência de �ssuras incidentes em portas e janelas, apresentando sua caracterização típica, quais sãos os procedimentos que devem ser observados durante a execução para evitá-las, assim como a sugestão de uma metodologia de tratamento. Para conhecer mais sobre o caso, acesse o vídeo a seguir. A C E S S A R https://www.youtube.com/watch?v=X_b_10kiV9M 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 29/38 conclusão Conclusão As causas das patologias dos sistemas de vedação dos edifícios estão presentes durante toda a sua vida útil, do projeto até a manutenção, manifestando-se principalmente sob a forma de �ssuras, descolamentos e manchas de umidade. Quando o assunto é a patologia construtiva, a prevenção é a melhor solução. O planejamento de um empreendimento é primordial, assim como a escolha dos materiais, da mão de obra e sistema construtivo. Quando o assunto é umidade, a impermeabilização deve ser muito bem pensada, visto que, se o problema estiver instalado, seu reparo costuma ser oneroso. referências Referências Bibliográ�cas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Alvenaria estrutural - Blocos de concreto. Parte 2: Execução e controle de obras. Rio de Janeiro, 2011. 26/03/2021 Ead.br https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_685794_… 30/38 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9574: Execução de Impermeabilização. Rio de Janeiro, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: Impermeabilização: Seleção e Projeto. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7200: Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento. Rio de Janeiro, 1998. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edi�cações aluc Habitacionais – Desempenho Parte 1: Requisitos Gerais - Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2013. ABRAMS, M. S. Compressive Strength of concrete at temperature to 16000 F. American Concrete Institute SP 25 Temperature and Concrete. Detroit, Michigan, 1971. ALUCCI, M. P.; FLAUZINO, W. D.; MILANO, S. 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