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COMPUTAÇÃO INDUSTRIAL II Unidade 2: Redes Industriais Parte 6 PROFIBUS • Padrão aberto de rede de comunicação industrial, utilizado em um amplo espectro de aplicações em automação da manufatura, de processos e predial; • Norma IEC61784; • Independência de fabricantes e sua padronização são garantidas pelas normas EN50170 e EN50254; • Destaca-se por atuar nos diversos níveis do processo industrial: ambiente de fábrica, processo e gerência; PROFIBUS • Dispositivos de diferentes fabricantes podem comunicar-se sem a necessidade de qualquer adaptação na interface; • Pode ser usado tanto em aplicações com transmissão de dados em alta velocidade como em tarefas complexas e extensas de comunicação; • Os meios de transmissão mais usuais são o RS485, RS485-IS, MBP e a Fibra Ótica; • Oferece diferentes protocolos de comunicação (DP, FMS, PA, etc.) PROFIBUS PROFIBUS: Versões • ProfiNet (Profibus for Ethernet) – Comunicação entre CLP’s e PC’s usando Ethernet TCP/IP • Profibus FMS (Fieldbus Message Specification) – Comunicação entre CLPs e PCs • Profibus DP (Decentralized Peripherals) – Para automação industrial. – Comunicação com drives, dispositivos E/S, transdutores, analisadores, etc. PROFIBUS: Versões • Profibus PA (Process Automation) – Para automação de processos. – Comunicação com transmissores de pressão, nível, vazão e temperatura e válvulas de controle. • PROFISafe: – Para sistemas relacionados a segurança • PROFIDrive: – Para sistemas relacionados a controle de movimento. PROFIBUS • PROFIBUS DP ou PA: – No nível de campo, – A transmissão de dados do processo é efetuada ciclicamente, enquanto alarmes, parâmetros e diagnósticos são transmitidos somente quando necessário, de maneira acíclica. • PROFIBUS FMS e PROFINet. – No nível de célula, os controladores programáveis, como os CLPs e os PCs, comunicam-se entre si, requerendo, dessa maneira, que grandes pacotes de dados sejam transferidas em inúmeras e poderosas funções de comunicação. PROFIBUS DP • Solução de alta velocidade (high-speed). • Otimizado para comunicações entre os sistemas de automações e equipamentos descentralizados. • Voltada para sistemas de controle, onde se destaca o acesso aos dispositivos de I/O distribuídos. • É utilizada em substituição aos sistemas convencionais 4 a 20 mA, HART ou em transmissão com 24 Volts. • Utiliza-se do meio físico RS-485 ou fibra ótica. PROFIBUS DP • Requer menos de 2 ms para a transmissão de 1 kbyte de entrada e saída e é amplamente utilizada em controles com tempo crítico. • Essa variante está disponível em três versões: – DP-V0 (1993); – DP-V1 (1997); – DP-V2 (2002). • A origem de cada versão aconteceu de acordo com o avanço tecnológico e a demanda das aplicações exigidas ao longo do tempo. PROFIBUS DP – V0 • O DP-V0 provê funcionalidades básicas do DP, incluindo a troca de dados cíclicos entre estações, módulos e canais e diagnósticos. • Nesta versão um mestre DP lê e escreve ciclicamente em seus escravos e normalmente com tempo de ciclos em torno de 10 ms, dependendo da taxa de comunicação, que pode variar de 9600 kbit/s a 12 Mbits/s. • Utiliza-se do meio físico RS485 ou fibra ótica, onde pode chegar a distancias de até 80 Km (Fibra Sintética). • Funções de diagnósticos facilitam a localização de falhas e são transmitidas ciclicamente. PROFIBUS DP – V0 • Profibus DP suporta a implementação mono-mestre e multi- mestres, onde um máximo de 126 equipamentos podem estar conectados ao barramento e cada escravo pode enviar ou receber até 244 bytes de dados. • Assegura a cada estação envolvida nas trocas de dados cíclico um tempo suficiente para a execução de sua tarefa de comunicação dentro de um intervalo de tempo definido. • Para isto, utiliza-se do procedimento de passagem de “token”, usado por estações mestres do barramento ao comunicar-se entre si e o procedimento mestre-escravo para a comunicação com as estações escravas. PROFIBUS DP – V0 • A mensagem de “token” (um frame especial para a passagem de direito de acesso de um mestre para outro) deve circular, sendo uma vez para cada mestre dentro de um tempo máximo definido de rotação (que é configurável). • No PROFIBUS o procedimento de passagem do “token” é usado somente para comunicações entre estações complexas (mestres). • O procedimento mestre-escravo possibilita ao mestre que esteja ativo (o que possui o “token”), acesse os seus escravos (através dos serviços de leitura e escrita). PROFIBUS: Dispositivos • Mestre DP de classe 1 (DPM1): – É um controlador principal que troca informações ciclicamente com os escravos. – Tipicamente PCs industriais e PLCs. • Mestre DP de classe 2 (DPM2): – Configuração, avaliação e parametrização de dispositivos escravos; – Utilizados durante o comissionamento e para procedimentos de manutenção e diagnóstico; – Tipicamente estações de trabalho. • Escravo: – Dispositivos passivos; – Tipicamente transmissores e atuadores industriais; – Integração relativamente fácil (versão DP-V0 100% integrada em PROFIBUS: Dispositivos PROFIBUS DP – V1 • Provê funcionalidades mais avançadas do DP, principalmente em termos de automação de processos, em particular a comunicação de dados acíclicos utilizada na parametrização, operação, visualização, supervisão dos equipamentos de campo em conjunto com a comunicação cíclica. • A comunicação acíclica é executada em paralelo à comunicação cíclica, porém com prioridade inferior. • O mestre classe 1 detém o token ao comunicar-se com seus escravos e no final do seu tempo de domínio do token, disponibiliza o mesmo ao mestre classe 2. O mestre classe 1 também pode executar troca de dados acíclicos com os seus escravos. PROFIBUS DP – V1 • As funções DP estendidas possibilitam funções acíclicas de leitura e escrita e reconhecimento de interrupção que podem ser executadas paralelamente e independentes da transmissão cíclica de dados. • Isto permite que o usuário faça acessos acíclicos dos parâmetros (via mestre classe 2) e que valores de medida de um escravo possam ser acessados por estações de supervisão e de diagnóstico. PROFIBUS DP – V2 • Provê funcionalidades mais sofisticadas, principalmente em termos de tecnologia de drives e sistemas de segurança, assim como comunicação entre escravos; • A comunicação escravo-escravo elimina o sobrecarga de dados no mestre do sistema, sendo que um escravo pode publicar eventos e a resposta do escravo pode ser direcionada aos demais escravos que agem registrando interesse em eventos específicos. Isto pode reduzir em até 90% o tempo de resposta. • Sincronização de clock entre mestres e escravos, dando um maior controle no gerenciamento de mensagens no barramento, onde este gerenciamento tem a função real-time controlando tempos e sincronizando estações. PROFIBUS FMS • Provê ao usuário uma ampla seleção de funções quando comparado com as outras variantes. • É a solução de padrão de comunicação universal que pode ser usada para resolver tarefas complexas de comunicação entre CLPs e PCs. • Essa variante suporta a comunicação entre sistemas de automação, assim como a troca de dados entre equipamentos inteligentes, e é geralmente utilizada em nível de controle. • Recentemente vem sendo substituída por aplicações em Ethernet.PROFIBUS PA • Atende os requisitos da automação de processos, onde se tem a conexão de sistemas de automação e sistemas de controle de processo com equipamentos de campo, tais como: transmissores de pressão, temperatura, conversores, posicionadores, etc. • Vantagens funcionais: – transmissão de informações confiáveis, – tratamento de status das variáveis, – sistema de segurança em caso de falha, – equipamentos com capacidades de autodiagnose, – rangeabilidade dos equipamentos, – alta resolução nas medições, – integração com controle discreto em alta velocidade, – aplicações em qualquer segmento, etc.. PROFIBUS PA • O PROFIBUS PA foi desenvolvido em cooperação com os usuários da Indústria de Controle e Processo (NAMUR), satisfazendo as exigências especiais dessa área de aplicação: – O perfil original da aplicação para a automação do processo e interoperabilidade dos equipamentos de campo dos diferentes fabricantes. – Adição e remoção de estações de barramentos mesmo em áreas intrinsecamente seguras sem influência para outras estações. – Uma comunicação transparente através dos acopladores do segmento entre o barramento de automação do processo PROFIBUS PA e do barramento de automação industrial PROFIBUS-DP. – Alimentação e transmissão de dados sobre o mesmo par de fios baseado na tecnologia IEC 61158-2. – Uso em áreas potencialmente explosivas com blindagem explosiva tipo “intrinsecamente segura” ou “sem segurança intrínseca”. PROFIBUS PA • Benefícios econômicos: – instalações (redução de até 40% em alguns casos em relação aos sistemas convencionais), – custos de manutenção (redução de até 25% em alguns casos em relação aos sistemas convencionais), – menor tempo de startup, oferece um aumento significativo em funcionalidade e segurança. • Permite a medição e controle por uma linha a dois fios simples. • Alimentar os equipamentos de campo em áreas intrinsecamente seguras. • Manutenção e a conexão/desconexão de equipamentos até mesmo durante a operação sem interferir em outras estações em áreas potencialmente explosivas. PROFIBUS: Meios de Transmissão • RS485 – Usado para aplicações que necessitem de altas taxas de transmissão. • RS485-IS – Meio de transmissão a quatro fios para uso em áreas potencialmente explosivas. Os níveis de tensão e corrente especificados pelos valores máximos de segurança não podem ser ultrapassados. • MBP (Manchester code, bus powered) – Disponível para aplicações na automação de processos que necessitem de alimentação através do barramento e segurança intrínseca dos dispositivos. • Fibra ótica – Utilizado em áreas com alta interferência eletromagnética ou onde grandes distâncias são necessárias. PROFIBUS: RS-485 • Tecnologia de transmissão mais utilizada no PROFIBUS; • Taxas de 9,6 kBit/s a 12 Mbit/s, selecionável. • Par trançado com blindagem. • 32 estações por segmento, máx. 127 estações. • Distância dependente da taxa de transmissão. – 12 MBit/s = 100 m; 1.5 MBit/s = 400m; < 187.5 kBit/s = 1000 m. • Distância expansível até 10Km com o uso de repetidores. PROFIBUS: RS-485 • Normalmente se aplica em áreas envolvendo alta taxa de transmissão, instalação simples a um custo baixo. • A estrutura do barramento permite a adição e remoção de estações sem influências em outras estações com expansões posteriores sem nenhum efeito em estações que já estão em operação. • Quando o sistema é configurado, apenas uma única taxa de transmissão é selecionada para todos os dispositivos no barramento. PROFIBUS: Manchester • A tecnologia de transmissão é síncrona com codificação Manchester em 31.25 Kbits/s (modo tensão); • Definida segundo o IEC 61158-2; • Elaborada no intuito de satisfazer os requisitos das indústrias químicas e petroquímicas: segurança intrínseca e possibilidade de alimentar os equipamentos de campo pelo barramento. • As opções e os limites de trabalho em áreas potencialmente explosivas foram definidos segundo o modelo FISCO (Fieldbus Intrinsically Safe Concept). PROFIBUS: Manchester • Topologia – Barramento, árvore/estrela, ponto a ponto. • Alimentação – Via barramento ou externa • Número de equipamentos – Máximo: 32(non-Ex) – Explosion Group IIC: 9 – Explosion Group IIB: 23 • Cabeamento Máximo – 1900 m, expansível a 10Km com 4 repetidores PROFIBUS: Fibra Ótica • Imunidade a ruídos; • Interligar áreas onde não há garantia de equipotencialidade. • Longas distâncias; • Altas velocidades de transmissão. • Redundância; • Usada com conversores óticos (OLM) para conversão para o padrão RS-485. PROFIBUS: Meios de Transmissão • RS485: É o meio PROFIBUS: Endereçamento • Coupler: – Conversores de sinal (adaptação do nível RS-485 para IEC 1158-2, responsável também pela alimentação); – São transparentes para os mestres (não possuem endereço físico no barramento). – Atendem aplicações seguras (em atmosferas explosivas); – Podem ser alimentados até 24 Vdc, dependendo do fabricante e da área de classificação. PROFIBUS: Comunicação • Multi-mestre: Lógica token-ring entre os dispositivos mestre PROFIBUS: Comunicação • Mono-mestre: PROFIBUS: Endereçamento • Link: – Possui “inteligência” intrínseca. – Apresenta todos os dispositivos PA como um único escravo DP. – Possibilita conexão entre redes com velocidades bastante distintas (ex: DP com 12M para PA com 31.25k bps) – Possuem endereço físico no barramento. – Permitem que sejam acoplados até 5 couplers, mas limitam o número de equipamentos em 30 em um barramento “Non-Ex” e 10 em barramento “Ex”. Com isso, aumentam a capacidade de endereçamento da rede DP. PROFIBUS: Topologias • Estrela PROFIBUS: Topologias • Barramento PROFIBUS: Topologias • Ponto a ponto
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