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21/02/2014 1 ANTROPOLOGIA FORENSE 2 É aplicação legal da ciência antropológica, com o objetivo de ajudar à identificação de cadáveres, a identidade civil e a determinação da causa de morte. 3 4 Corresponde a individualização de um ente frente a outros do mesmo gênero. Objetivando identificar um ser humano e diferenciá-lo de todos os outros por meios de determinadas características. 5 Art.307 do estatuto penal “O conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa” Sentido amplo- inclui nome, estado civil, peso, idade, nacionalidade, condição social, profissão, etc... Porém essas informações podem ser modificadas. Segundo Morais “Identidade é a qualidade de ser a mesma coisa e não diversa” 6 A identidade é passível de simulação e de dissimulação, por isso reveste-se de importância no foro civil e no criminal, pois a responsabilidade só poderá ser atribuída após prévia identificação. 7 IDENTIFICAÇÃO 8 • Consiste no processo que compara esses caracteres. É um conjunto de procedimentos diversos usados para individualizar uma pessoa. IDENTIFICAÇÃO 9 Processos utilizados na identificação a) Identificação médico-legal ou pericial b) Identificação policial ou judiciária RECONHECIMENTO- IMPLICA EM “CONHECER DE NOVO” VERIFICAR UTILIZANDO A VISÃO E A MEMÓRIA QUE AQUELA PESSOA QUE ESTAMOS VENDO, CORRESPONDE AQUELA QUE ESTAMOS PROCURANDO. É a identificação empírica. 10 • Catatimia é um distúrbio da percepção provocado pela afetividade RECONHECIMENTO??????? 11 RECONHECIMENTO??????? 12 Perita: Z.M.M- MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO Métodos Simples 13 Cédulas de identidade ou registros; Testemunhas Fotografias Retrato falado, vídeos Sinais individuais MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO Métodos Complexos 14 Estudo Antropológico (antropometria) Métodos laboratoriais, químico/físicos. DNA Superposição de imagens Datiloscopia Arcada dentária Iris EMPIRICO 15 • Se resume a simplesmente descrever as características mais evidentes de uma pessoa. • Ex. homem, mulher, gordo, magro, alto, baixo, preto, branco etc. IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL 16 Meios empíricos de identificação Mutilações- para identificar os criminosos na antiguidade Ferrar os ladrões no rosto e escápula. Marcar com ferrete em brasa o quadrante superior da mama esquerda das prostitutas. TATUAGENS, SINAIS, ETC... 17 . Ex: flor de lis na fronte dos ladrões na França, estrela de David nos judeus pelos nazistas, marcas a ferro quente em escravos fujões. FOTOGRAFIA 18 . Quando do seu surgimento no séc. XIX, achou-se promissor todavia logo se percebeu seu pouco valor. DACTILOSCOPIA 19 O de maior credibilidade dentre os métodos usuais, consiste no estudo das impressões digitais dos indivíduos. DACTILOSCOPIA 20 . O chineses descobriram as vantagens desse método no século XII a.c. Nos contratos além da assinatura e carimbo, levavam a impressão de um dedo dos signatários. DACTILOSCOPIA 21 Consiste, basicamente, em identificar nas polpas digitais quatro diferentes desenhos e pontos característicos. Este método foi criado no final do século 19 por Juan Vucetich um húngaro naturalizado argentino, e apresenta as características essenciais para se obter uma identificação de qualidade. DACTILOSCOPIA 22 O método se baseia na existência, de desenhos característicos, individuais, localizados na polpa dos dedos, formados pelas cristas papilares na derme. Surgem no 6º mês de vida intrauterina 23 1- Unicidade ou Individualidade- não se repete o conjunto de caracteres pessoais, é único em cada individuo. 2- Imutabilidade- inalterabilidade por toda existência dos caracteres. 3- Perenidade- capacidade de resistirem a ação do tempo. Requisitos técnicos para que um processo de identificação seja aplicável 24 4- Praticabilidade- é a condição que torna o processo aplicável na rotina pericial. 5- Classificabilidade- condição que torna possível guardar e achar o conjunto de caracteres que são próprios e identificadores das pessoas. Possibilidade. Requisitos técnicos para que um processo de identificação seja aplicável 25 Impressão Digital Nossos dedos apresentam nas extremidades, uma série de sulcos e linhas ( cristas ), que no conjunto, forma o desenho digital, a produção de secreção gordurosa pelas glândulas sebáceas, faz com que deixemos nos objetos por nos tocados, aquilo que chamamos impressão digital. 26 DACTILOSCOPIA Consiste o método dactiloscópico, na identificação de quatro tipos diferentes de desenhos característicos: 27 DACTILOSCOPIA Delta Delta é a figura fundamental no sistema de Vucetich, é formado no ponto de encontro dos sistemas basilar, nuclear e marginal. 28 DACTILOSCOPIA Arco É formado por linhas curvas que vão de um lado a outro do dedo, não possui delta. Representa- se pela letra A ou pelo número 1. 29 DACTILOSCOPIA Presilha Interna É formada por linhas que partem da esquerda do observador, vão até o centro, fazem uma curva e retornam ao mesmo lado. Formam o delta a direita do observador. Representa-se pela letra I ou pelo número 2. 30 DACTILOSCOPIA Presilha Externa É é formada por linhas que partem da direita indo até ao centro e retornado ao mesmo lado. Forma o delta a esquerda do observador. Representa-se pela letra E ou pelo número 3. 31 DACTILOSCOPIA Verticilo Formado por uma série de círculos concêntricos, apresentando dois deltas um a direita e outro a esquerda. Representa-se pela letra V ou pelo número 4 . 32 DACTILOSCOPIA Quando ocorre a falta de um dedo, representa-se por 0. Quando o desenho não permite a identificação, pela letra X. 33 DACTILOSCOPIA Interpretação A identificação se faz verificando os pontos característicos de cada uma das impressões: a "problema" achada no local e a de um suspeito. Os pontos característicos: representam probabilidade de 4n , onde n = Nº pontos característicos . As coincidências dos pontos característicos, permitem a identificação quando há de 12 a 20 pontos característicos coincidentesentre a impressão "problema" e a de um suspeito. 34 DACTILOSCOPIA Verificação dos pontos característicos entre duas impressões digitais: à esquerda, a encontrada no local de crime; à direita, a colhida do suspeito. ANTROPOMÉTRICO 35 Consiste na medição de ossos, tamanhos do indivíduo. 36 ANTROPOMETRIA Consiste nas medidas dos diâmetros longitudinal e transversal do crânio Diâmetro bizigomático Tamanho dos dedos médio e mínimo, do antebraço e do pé do lado esquerdo do corpo Altura da orelha direita A estatura A envergadura e a altura do busto 37 ANTROPOMETRIA Referenciais Fixação definitiva da ossatura humana a partir dos 20 anos ( não se aplica aos menores de 20 anos ); Grande variabilidade dos esqueletos humanos entre si; Relativa precisão e facilidade de tomada das medidas do esqueleto e de determinadas partes do corpo humano. Método que requer tempo e técnicos experimentados. 38 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL É aquela que é determinada no vivo, no cadáver, nos fragmentos deste mesmo cadáver ou ainda em ossos, através de procedimentos médicos ou paramédicos, aplicáveis somente por peritos médicos. Avalia-se aqui a espécie, a raça, o sexo, a idade, a altura, o peso, os sinais individuais tais como cicatrizes, tatuagens e mal-formações. 39 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL Espécie Quando encontramos um esqueleto completo, não existem maiores dificuldades para a determinação da espécie, o problema ocorre quando encontramos apenas fragmentos ósseos ou sangue. 40 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL Espécie 41 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL Espécie canais de Harvers são em menor número e mais largos no homem; Cristais de teichmann estão presentes nos humanos (agente/reagente). 42 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL Raças São 05 tipos: 1- Tipo caucásico; 2- Tipo mongólico; 3- Tipo negroide; 4- Tipo indiano; 5- Tipo australoide. 43 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL Raças Para caracterização da raça tem valor o exame: 1) Forma do crânio 2) Índices cefálicos 3) Capacidade do crânio 4) Ângulo facial : Jacquart, Cloquet, Curvier e Rivet 5) Dimensões da face 6) Cabelos 44 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL Sexo Genival Veloso de França identifica 09 tipos: Morfológico, cromossomial, gonodal, cromático, o da genitália interna, o da genitália externa, jurídico, sexo de identificação e sexo médico legal. 45 EXERCÍCIO 1) Descreva e exemplifique cada tipo de sexo segundo Genival Veloso de França: 46 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL Sexo Normalmente não encontramos dificuldades na determinação do sexo de vivos e de cadáveres recentes, as dificuldades se apresentam nos cadáveres em putrefação avançada e nos carbonizados. Uma boa maneira é pesquisarmos a presença de próstata ou útero, órgãos estes, que devido a suas constituições, demoram a desaparecer pois são muito resistentes. 13/03/2016 47 IDENTIFICAÇÃO 48 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL HOMEM Predominam as dimensões verticais Ângulo sacro vertebral mais saliente MULHER Predominam as dimensões horizontais Ângulo sacro vertebral mais fechado Ossatura mais delgada 49 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL HOMEM Ossatura mais espessa e sólida Forame obturador mais ovalado e menor Estreito superior da bacia em forma de copa ( cartas ) MULHER Forame obturador triangular e maior Estreito superior da bacia de forma eliptica Arcada pubiana mais aberta 50 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL Idade A estimativa da idade é feita pela aparência, pele, globo ocular, pelos, dentes, radiografia dos ossos, suturas do crânio e ângulo mandibular. 51 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL Dentes Se revestem de extrema importância, principalmente nos carbonizados e em esqueletos. Caries, próteses, tipos de restauração, erosões, cor, deformidades, posição das peças, ausência de peças, recentes ou antigas. 52 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL IDENTIFICAÇÃO PELOS DENTES NÃO EXISTEM DUAS PESSOAS COM A MESMA DENTADURA. Aplicação de procedimentos odontológicos para auxiliar nos problemas de identificação. 53 IDENTIFICAÇÃO PELOS DENTES IMPORTÂNCIA Os dentes oferecem resistência às situações que produzem destruição das peças moles, como a putrefação e as energias lesivas. 54 IDENTIFICAÇÃO PELOS DENTES (carbonizados) 55 IDENTIFICAÇÃO PELOS DENTES Desastres em massa 56 IDENTIFICAÇÃO PELOS DENTES (Avançado estado de putrefação) 57 COLABORAÇÃO DA ODONTOLOGIA LEGAL À IDENTIFICAÇÃO HUMANA PELO DNA Análise do DNA para determinação do SEXO Por meio da análise da AMELOGENINA; O arcabouço pulpar proporciona um meio estável para o DNA; 58 COLABORAÇÃO DA ODONTOLOGIA LEGAL À IDENTIFICAÇÃO HUMANA PELO DNA SALIVA Nos casos de investigação de paternidade e criminais; www.reason.com 59 VANTAGENS Método não evasivo; Indolor; Não traumático; De fácil colaboração por parte das crianças; Evita risco de contaminação que podem ocorrer com o sangue; 60 61 A contribuição da Odontologia Legal para Identificação de corpos carbonizados (Relato de caso pericial) Zilla Moraes – Perita Criminal Local I.M.L, Palmas-TO 62 Condição do corpo da vítima após a carbonização 63 Face 64 Mandíbula da vítima 65Maxila da vítima 66 Região ântero-superior Região posterior superior direita Região posterior superior esquerda 67 Região posterior inferior esquerda – 35 Região posterior inferior esquerda – 37 e 38 Região posterior inferior direita 68 Radiografia panorâmica da suposta vítima (em vida) 69 CONCLUSÕES •Identificação positiva da vítima; • 12 pontos positivos de confronto; • O clínico deve ter atenção no preenchimento e arquivamento da documentação odontológica; • Exame odonto-legal: rápido e baixo custo; • Permite a obtenção de resultados confiáveis para fornecimento de esclarecimentos à justiça; 70 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO LEGAL Além dos métodos acima outros existem, e alguns deles com o avançar da tecnologia cada vez mais começam a adquirir maior importância. IDENTIFICAÇÃO PELO PALATO; IDENTIFICAÇÃO DIGITAL; IDENTIFICAÇÃO LABIAL; IDENTIFICAÇÃO PELA VOZ; IDENTIFICAÇÃO PELA ÍRIS; IDENTIFICAÇÃO POR RADIOGRAFIAS; IDENTIFICAÇÃO CRANIOFACIAL POR VÍDEO; IMPRESSÃO DIGITAL GENÉTICA PELO DNA; RECONSTITUIÇÃO FACIAL 71 MUITO OBRIGADA A TODOS PELA ATENÇÃO DISPENSADA.
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