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26/2/2010 1 MATERIAISMATERIAIS INDUSTRIAISINDUSTRIAIS PROCESSOS DE FABRICAÇÃOPROCESSOS DE FABRICAÇÃO MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO � Os Processos de Fabricação são o conjunto de recursos tecnológicos, que utilizamos para produzir objetos. Esses processos podem ser manuais ou industriais visando à produção de peças únicas ou de pequenas séries ou, ainda, a grande seriação, com dimensões, formatos, aparência e qualidade, padronizados e normatizados. � As modificações geométricas ou das características da matéria prima são possíveis através de processos físicos, físicos-mecânicos, físico-químicos e de processos químicos. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS � Através dos processos físicos alteramos o estado da matéria, o efeito de forças moleculares e modificamos a estrutura das matérias primas. � Os processos físicos-mecânicos são utilizados para o corte e desbaste dos materiais e para a redistribuição molecular da estrutura cristalina dessas matérias primas. � Os processos físico-químicos realizam a difusão no interior dos materiais. � Os processos químicos realizam a transformação química da matéria prima, visando as modificações geométricas ou as alterações nas características dos materiais. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS � Os materiais industriais devem estar sempre atrelado aos processos de fabricação. Estes é que dão forma ao objeto e agregam propriedades ao produto desenvolvido. São, também, denominadas de propriedades tecnológicas dos materiais que tratam das diversas maneiras de se trabalhar, industrialmente, os materiais. � FLIMM, J., no seu livro Fabricaciones Metálicas Sin Arranque de Viruta, classifica os processos em cinco grupos, são eles: de separação; de transformação; de obtenção de formas originárias; de união e de melhoria. Sugere-se o acréscimo de mais um grupo que são os Processos deAcabamento. 26/2/2010 2 MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS � A definição de materiais deve ser, concomitantemente, realizada com a escolha dos processos de fabricação, que irão gerar a forma do objeto e que irão agregar propriedades adicionais aos materiais. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO QUE GERAM A FORMA DOS OBJETOS �� PROCESSOSPROCESSOS DEDE SEPARAÇÃOSEPARAÇÃO Esses processos são realizados nas indústrias de duas maneiras distintas. Na primeira os processos de separação ocorrem sem perda de material. Na segunda alternativa, ocorre a perda de material, gerando cavacos e sobras. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS Classificação dos processos de separação Processos de separação Sem perda de material Usinagem especial Separação a quente Puncionamento Blanking Cisalhamento Com perda de material Corte Usinagem Serramento MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS ProcessosProcessos dede separaçãoseparação semsem perdaperda dede materialmaterial � Os processos de usinagem especial e a quente são empregados em indústrias de alta tecnologia, cujas tolerâncias chegam a 0,0001 mm. Empresas que produzem equipamentos eletrônicos, científicos e de defesa utilizam esses processos. � Puncionamento e blanking são aplicados às chapas com espessura máxima de 0,25 de polegada. Desenvolve-se um punção (macho) que corresponde a uma matriz (fêmea) que são posicionados numa prensa. A interposição da chapa metálica, entre o punção e a matriz, e o posterior acionamento da prensa, provoca um corte de formato específico. � O corte por cisalhamento ocorre quando prendemos a chapa numa superfície e, sob a ação de uma ferramenta de corte, pressionamos o material em balanço. Com isso, ocorre a separação. 26/2/2010 3 MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS Processos de separação sem perda de material Usinagem especial Química - CM Eletroquímica – ECM Elétrica Corte à água - HDM Jato abrasivo – AJM Feixe de laser - LBM Feixe de elétrons – EBM Separação a quente Corte e plasma - PAC Chama oxicorte - OFC Cisalhamento Separação Puncionamento Blanking Lapidação Gemas MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS ProcessosProcessos dede separaçãoseparação comcom perdaperda dede materialmaterial � São processos realizados em blocos de materiais, provocando a perda de material em forma de: cavacos; tiras e pós de diversas granulometrias. Classificam-se em: corte; usinagem, desbaste e serramento. � O corte é a separação de um material com a produção de cavaco. Pode ser obtido através de instrumentos manuais: formão; rasquete; alicates de corte e lâminas diversas ou através de ferramentas de corte instaladas em máquinas operatrizes: serra de fita; serra de vai-e-vem (tico-tico), serra copo (trepanação) e serra circular. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS � A usinagem aplica-se a inúmeros grupos de materiais: metais; plásticos; madeiras e outros materiais sólidos. É realizada através de máquinas ferramentas de altíssima precisão, ultrapassando, muitas vezes, 0,001 mm de tolerância e por meio de máquinas de eletroerozão. � A matéria prima é trabalhada na temperatura ambiente. Quanto mais alta for a temperatura ambiente, mais facilmente se processará a usinagem. � Esses processos são realizados através de máquinas ferramentas: tornos; furadeiras; mandrilhadoras; plainas limadoras; fresadoras, pantógrafos, máquinas de controle numérico computadorizado – CNC, máquinas de prototipagem rápida, entre outras. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS � O desbaste é um processo de separação que visa diminuir as dimensões originais de um material. Na indústria metalúrgica as máquinas usadas são a plaina limadora, a plaina de mesa, a fresadora, a mandrilhadora, entre outras. O alargamento, o brochamento e a afiação são alguns exemplos de processos de desbaste. Nas marcenarias, utilizam-se a plaina e o desengrosso. 26/2/2010 4 MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS � A retífica á um processo que desbasta porções mínimas do material e, por isso, não altera a forma da peça, apenas, aplica um processo de melhoria na superfície, diminuindo a rugosidade. � O serramento é um processo de separação que tem por objetivo seccionar materiais. É realizado através de serras de diversos tipos: de vai-e-vem; (tico-tico); circular; de fita; copo, entre outros. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS �� PROCESSOSPROCESSOS DEDETRANSFORMAÇÃOTRANSFORMAÇÃO São aqueles que trabalham a matéria-prima em estado sólido, na temperatura ambiente ou aquecida no intervalo entre o ponto de recristalização e abaixo do ponto de fusão. Portanto, o material nunca será trabalhado no estado de fusão. Nestes casos, não há perda de material. Através desses processos ocorre a redistribuição das fibras do material. Não ocorre corte, ao contrário, sofrem deformações provocadas pela aplicação de forças mecânicas, tais como: pressão; tração; torção; flexão e flambagem. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS Diz-se que o processo é a frio quando trabalha a matéria prima na temperatura ambiente e a quente quando o material é aquecido. Quando deformado a frio, criam-se tensões internas no material e, conseqüentemente, aumenta a sua dureza. Artesanalmente, o ferreiro realiza um processo de transformação a quente quando deforma o ferro aquecido ao rubro, pela aplicação de inúmeros impactos com o martelo sobre a bigorna, até ajustar a ferradura à pata do cavalo. Na indústria, o trabalho de deformação manual é substituído por máquinas operatrizes de grande porte e capacidade de seriação, como, por exemplo: as prensas; os martelos; os laminadoras; as recalcadoras e as moldadoras.MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS Fazem parte deste grupo, os seguintes processos de fabricação: laminação; estampagem; repuxo; estampo elástico; cunhagem; forja; moldagem de lâminas e chapas termoplásticas; sopro em vidro e em materiais termoplásticos; estiramento: trefilação; fabricação de tubos a frio e a quente; conformação por tração; estamparia por batidas (“bump formimg”); extrusão. 26/2/2010 5 MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS �� PROCESSOSPROCESSOS DEDE OBTENÇÃOOBTENÇÃO DEDE FORMASFORMAS ORIGINÁRIASORIGINÁRIAS Nesse caso, a matéria-prima não tem forma definida podendo ser trabalhada em estado líquido, pastoso, em estado de fusão, em pó ou em grãos. Em virtude desta característica, torna-se indispensável a presença de um molde. Na antiguidade usavam moldes de pedra para fundir pontas de lança, machados e moedas. Diante da dificuldade para esculpir a pedra, esse processo evoluiu para moldes em areia e daí para inúmeros outros materiais. O resultado é que, hoje, as peças fundidas apresentam excelente acabamento superficial e podem ser produzidas em grande seriação. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS Processos de obtenção de formas originárias P r o c e s s o s d e O b t e n ç ã o d e F o r m a s O r i g i n á r i a s Fundição Areia Casca Centrífuga De precisão Por solidificação incompleta Contínua Injetada Sob pressão Em moldes especiais Sinterização Metalurgia do pó Rotomoldagem Extrusão Materiais em estado de fusão Laminação Materiais termofixos Galvanoplastia Geração de formas Moldagem Por compressão e transfer Pultrusão Perfis de resina reforçados com fibras MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS �� PROCESSOSPROCESSOS DEDE UNIÃOUNIÃO A atração gravitacional foi o primeiro processo de união que o Homem observou e começou a fazer uso dessa força extraordinária em seu benefício. A união decorrente da força gravitacional pode ser permanente ou não. Uma árvore, por exemplo, com a sua massa e as suas raízes, está unida ao solo de maneira permanente. A lenha, no entanto, que está apoiada no chão, pode ser deslocada, caracterizando uma união não permanente. Diante destas constatações, o Homem foi percebendo que seria possível unir materiais para a obtenção dos mais variados objetos como lanças, machados, flechas e muito mais. Para isso, eram utilizadas fibras naturais, amarrando as pedras lascadas às pontas dos seus objetos de caça e a corda do arco para que fosse possível lançar as flechas. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS Os processos foram evoluindo ao longo dos séculos e, hoje, dispomos de uma infinidade de processos, que podem ser aplicados a materiais diversos, dando origem a milhares de objetos. Os processos de união podem ser classificados como permanentes e desmontávieis. Quando são usados processos de união permanente, o objetivo é a produção de um objeto que não se pretenda alterar. No entanto, as uniões desmontáveis são indicadas quando as soluções são temporárias, sendo facilitada a sua modificação. Os processos de união aplicam-se a materiais sólidos, homogêneos ou não. As uniões podem ser: permanentes; desmontáveis; rígidas; flexíveis ou articuladas. 26/2/2010 6 MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS Classificação dos processos de união permanente U n i õ e s P e r m a n e n t e s Rígidas Solda Vibração Fusão Indução Ultrasson Pressão Fusão Adesivos Rebites Pregos Insertos Conformação Mecânica Flexíveis Elastômeros Borrachas Termoplásticos Articuladas Diferencial Junta homocinética MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS Classificação dos processos de união desmontável Uniões desmontáveis Eletromagnéticas Empurre e puxe Engates Grampos de aço Clipes Arame torcido Fechaduras Dobradiças Parafusos e porcas Encaixes Trilhos Pinos Presilhas Travas Anéis e arruelas de pressão Pontos e nós Chavetas Cavilhas Ventosas MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS �� PROCESSOSPROCESSOS APLICADOSAPLICADOS ÀSÀS FORMASFORMAS JÁJÁ OBTIDAOBTIDA No segundo grupo de processos de fabricação temos os processos de melhoria e os processos de acabamento que se aplicam ao produto já conformado, por qualquer dos processos do primeiro grupo. ProcessosProcessos dede MelhoriaMelhoria Os processos de melhoria são aplicados com o objetivo de agregar qualidade à peça já conformada, seja interna ou externamente. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS Classificação dos processos de melhoria P r o c e s s o s d e M e l h o r i a Limpeza Física Química Polimento Politriz Tambores vibratórios Jateamento Limalha de ferro Elementos abrasivos Elementos cerâmicos Tratamentos térmicos Têmpera Revenimento Recosimento Endurecimento superficial Retífica Plana Cilíndrica Impregnação Hidrossolúvel Oleossolúvel Oxidação Superficial 26/2/2010 7 MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS ProcessosProcessos dede AcabamentoAcabamento Os processos de acabamento destinam-se a acrescentar elementos ao produto com a finalidade de melhorar o acabamento superficial, com grande variedade de resultados decorativos e funcionais, além de proteger o material contra agressões químicas e intempéries. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS Os processos de acabamento são empregados, também, para ocultar pregos e parafusos, fechar a extremidade de tubos (borracha de acabamento na ponta dos pés de cadeira) ou partes do produto, que não puderam receber um processo de melhoria (fita de acabamento na espessura de mesas e bancadas). A cada dia estão sendo criados novos processos de acabamento, dando às peças um aspecto cada vez mais interessante. A metalização e a vaporização deram aos plásticos uma aparência de metal e, se o consumidor não conferir o peso da peça, à distância não saberá se é ou não metal. MATERIAIS INDUSTRIAISMATERIAIS INDUSTRIAIS Classificação dos processos de acabamento P r o c e s s o s d e a c a b a m e n t o Pintura Pulverização Imersão Eletrostática Eletroforética Serigráfica Estampagem a quente Hot stamping Transferência a quente Hot transfers Gravação superficial Química Física Galvanostesia Cromação Niquelação Cobreação Douração Prateação Plastificação Plana Cilíndrica Adesivos Internos Externos Decalcomanias A frio A quente Películas Vidro Metalização Pulverização Por chama Por arco A vácuo Vaporização metálica
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