ARTIGO CONTABILIDADE ESTRATÉGICA

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO CONTESTADO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CANOINHAS
SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ANDERSON SKODOWSKI
CONTROLADORIA ESTRATÉGICA
CANOINHAS
2015
ANDERSON SKODOWSKI
CONTROLADORIA ESTRATÉGICA
Trabalho apresentado ao Prof° Argos Gumbowsky na disciplina de Metodologia Científica, como obtenção de nota parcial do 2º semestre.
CANOINHAS
2015
INTRODUÇÃO
 
O dinamismo do mundo exige que a Ciência Contábil alcance novas demandas. Mas por que o modelo contábil-financeiro precisa evoluir? Porque como em todas as áreas do conhecimento, a contabilidade de apoio a gestão acontece devido à necessidade de gerar informações necessárias para a tomada de decisão. A contabilidade surge no século XV como uma forma de controle e no século XVII já passa a ser uma ciência. Cada período caracterizou sua própria evolução contábil, os métodos considerados avançados e que satisfaziam as necessidades no momento, seja da forma primitiva, pela mensuração por pedrinhas ou da última geração de softwares.
A contabilidade tradicional, aquela realizada apenas para cumprir as exigências da lei, acaba na maioria das vezes apenas agregando gastos obrigatórios para a entidade, e seria facilmente eliminada se assim fosse permitido. A maioria limita-se à rotina da escrituração contábil e fiscal do dia-a-dia das empresas, não preocupando - se em oferecer um diferencial que possibilita valorizar suas funções e atividades.
Na contabilidade estratégica, o profissional contábil precisa ter uma visão holística de negócios, mantendo seu nível técnico atualizado, buscando aprendizado contínuo para poder fomentar a tomada de decisão dos gestores da companhia, apresentando informações trabalhadas e interpretadas corretamente.
A origem da palavra estratégia vem dos campus de batalhas travadas pelos antigos gregos, e seu significado era “a arte dos generais”. Isso porque na antiga Grécia denominava – se de estrategos os comandantes supremos escolhidos para planejar e fazer a guerra.
No ambiente empresarial, estratégia é uma forma de pensar no futuro, uma atividade que deve estar integrada no processo decisório das organizações e que envolve o profundo conhecimento do negócio e a verificação sistemática de tendências.
A contabilidade precisa se direcionar para os objetivos estratégicos da empresa e às reais necessidades do usuário, conduzindo-a e servindo como importante e imprescindível ferramenta de apoio administrativo e gerencial do mais alto nível.
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. OBJETIVO DA CONTABILIDADE ESTRATÉGICA
O papel da contabilidade estratégica consiste em submeter as atividades das empresas a um planejamento constante, buscando determinar os objetivos a serem cumpridos a curto e longo prazo, com a finalidade principal de assegurar a sobrevivência da empresa. Para que possamos determinar objetivos, temos que fazer, antes, uma análise da situação atual da empresa. Isto é de suma importância para que possamos estabelecer as ações a serem tomadas, e que irão possibilitar o sucesso dos objetivos a serem atingidos. O sucesso que poderemos obter de nosso planejamento deve estar em concordância com o que imaginamos ser melhor para a empresa.
Segundo Martin (2002), já se tornou óbvio que no ambiente moderno dos negócios uma contabilidade gerencial, que tenha por base um modelo exclusivamente financeiro, não mais consegue propiciar as informações necessárias para dar apoio à gestão das empresas nas suas mais importantes decisões. Para manter a sua relevância decisória, o modelo contábil financeiro precisa ser estendido e flexibilizado, incorporando e integrando novas dimensões e novos instrumentos de pesquisa e avaliação.
2.2. NOVA ERA CONTÁBIL
Estamos diante de uma nova etapa na área contábil, ou seja, a fase mecânica cedeu lugar a fase técnica e esta está cedendo lugar a fase da informação. O mercado atual exige que os profissionais estejam atualizados e informatizados e que saibam utilizar as novas tecnologias disponíveis. A contabilidade é uma profissão que oferece um leque amplo de alternativas profissionais, permitindo dezenas de opções de especialização e cursos de aprimoramento profissional de forma a manter o profissional da área competitivo.
Nessas circunstâncias, pensar em uma Controladoria Estratégica significa, em primeiro lugar, a necessidade de planejar estrategicamente, o que exige do controller a posse das informações e alta dose de sensibilidade para a correta identificação das ameaças a das oportunidades que surgem a todo o momento no ambiente empresarial.
“um compromisso muito forte na Contabilidade Estratégica diz respeito com o longo prazo, à obrigação de começar a introduzir indicadores, procurar identificar quais são, implantar acompanhamento para verificar as aderências da empresa com relação ao seu plano estratégico e uma ampliação muito forte para que passem a agregar informações, além de monetárias, as físicas, de produtividade, de qualidade, amplamente subjetivas.” (MARTINS, 1998, p.8 apud OLIVEIRA, 2002, p. 29).
É preciso fazer uma análise do ambiente externo e suas oportunidades, inclusive da capacidade e recursos internos para elaboração de metas e a elaboração do caminho a percorrer até se chegar lá.
2.3. O MODERNO GERENCIAMENTO
Um moderno gerenciamento das corporações deve constituir-se de:
- Estratégias,
- Comunicação das estratégias pela organização;
- Desenvolvimento de táticas para implementação das estratégias;
- Desenvolvimento de controles para aprimorar as etapas da implementação e depois o sucesso no alcance das metas estratégicas.
Assim estruturadas, as atividades exercidas pela Controladoria de monitoramento de controles gerenciais implica, em uma primeira fase, a melhoria dos sistemas de controle. Como conseqüência, haverá um aumento da performance dos gestores e da eficácia e eficiência das unidades,devido ao fato de as possíveis deficiências tornarem-se mais transparentes, permitindo a adoção de medidas corretivas.
	CONTROLADORIA
	
	
	
	Planejamento e controle
	
	Escrituração Contábil e Fiscal
	
	
	
	Orçamento e projeções
	
	Contabilidade Financeira
	Contabilidade Gerencial
	
	Contabilidade de Custos
	Contabilidade por responsabilidades
	
	Contabilidade Tributária
	Acompanhamento do negócio e estudos especiais
	
	Controle Patrimonial
	Planejamento Tributário
	
	
	
	
	
	SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
2.4. A CONTROLADORIA COMO FERRAMENTA DE DECISÃO
Oliveira, (2002, p. 16) afirma que “a Controladoria serve como órgão de observação e controle da cúpula administrativa, preocupando – se com aconstante avaliação da eficácia e eficiência dos vários departamentos no exercício de suas atividades.
A crescente necessidade de coordenação em todos os níveis da administração leva a descentralização. Percebe-se aí uma forte ligação com a especialização da função. Em grandes organizações, este quadro já é bastante presente. Como as funções da controladoria, neste tipo de contexto, são às vezes executadas por um “não-controller”, deve-se atentar particularmente para o fato de que instrumentos simples e flexíveis devem estar à disposição, de modo que qualquer colaborador possa empregá-los rapidamente. Além disso, a área deve acompanhar as mudanças no contexto organizacional. Por isso, a crescente incidência de estruturas entrelaçadas (LUNIKES, 2010, p.118).
O planejamento é um processo orientado para o futuro, as decisões são baseadas em estimativas, explícitas ou implícitas, não sendo um processo único, mas sim a somatória de processos secundários que tem como objeto posicionar-se em um futuro próximo. A contabilidade estratégica está inserida em um processo global de planejamento da empresa e é um fator determinante para um sistema global de avaliação e desempenho das organizações e para a consolidação de um plano estratégico.
2.5. A FUNÇÃO DO CONTROLLER
CONSIDERAÇÕES FINAISPara que a contabilidade possa atingir os objetivos citados é necessário que os profissionais contábeis assumam na gestão empresarial a função de controller, ou seja, um autêntico consultor interno, que indique os melhores cenários aos gestores e os possíveis riscos que certa a empresa. Exige também estar sempre atualizado com a melhor tecnologia de informação, as quais deverão ter a velocidade das necessidades decisórias das organizações, devido à competitividade dos mercados e ao surgimento de novas formas de negócios. As entidades necessitam de ferramentas que favoreçam o estudo e a implementação de estratégias de negócios.
Daí a necessidade da implantação de ferramentas que favoreçam o estudo e a implementação da Controladoria Estratégica como fator de competitividade, no mercado globalizado, ou seja, não apenas atender a legislação ou o usuário interno, mas sim, considerar fatores externos como objetos de sua avaliação, estando preparado para superar os desafios do mercado e da acirrada concorrência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, L. M.; PEREZ JUNIOR, J. H. Controladoria Estratégica. São Paulo: Atlas, 2002.
MARTIN, N. C. Da contabilidade à Controladoria: A Evolução Necessária. Revista Contabilidade & Finanças – USP. São Paulo, n. 28, p. 7-28, jan./abr. 2002.
LUNKES, R. J.; GASPARETTO, V. Um Estudo sobre as funções da Controladoria. Revista de Contabilidade e Organizações. São Paulo, v. 4, n. 10, p. 107-126, set./dez. 2010.