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CONSTITUCIONAL GRUPO 2 - Coleção "Entendeu direito ou quer que eu desenhe?"

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Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 
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COMPETÊNCIA ARTIGOS 21 A 33 
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
A primeira informação que devemos procurar sobre a unidade que vamos agora trabalhar (denominada de 
competência) e para que se possa ter um bom entendimento sobre o assunto, é aquela que nos deve dizer, da 
existência ou da não existência de essencial diferença entre competência e 
capacidade. 
Significa dizer se competência e capacidade se equivalem ou completamente diferentes se apresentam. 
Vejamos rapidamente o significado de capacidade. Entende-se por capacidade a aptidão ou qualidade de 
certa coisa ou pessoa para satisfazer ou cumprir determinado objetivo, não só, sendo a coisa, porque esteja 
em condições de atender ao fim colimado, como sendo a pessoa, ter habilidades, inteligência ou dotes 
necessários para desempenho daquilo que se quer que faça. Nesse sentido, chega a confundir-se com 
autoridade, que evidencia a soma de atribuições e de poderes de que se acha investida a pessoa. 
Mas, na terminologia jurídica, em relação às pessoas, tem sentido próprio: quer significar a aptidão legal que 
tem a pessoa, seja física ou jurídica, de adquirir e exercer direitos. 
É a capacidade jurídica. E, assim, diz-se capacidade de fruição, quando esta se estende ao uso e gozo dos 
direitos, em oposição à capacidade de exercício, quando o próprio titular que frui os direitos, pode exercitá-
los pela livre administração. 
A capacidade, compreendida neste sentido, isto é, segundo princípio de que todo homem é capaz de direitos 
e obrigações, resulta numa dualidade de conceitos: 
(1) CAPACIDADE DE DIREITO = Aquela que mostra a capacidade para adquiri-lo. 
(2) CAPACIDADE DE FATO = Aquela que indica a capacidade efetiva para exercê-lo. 
Vale lembrar, que a capacidade jurídica da pessoa é sempre regulada por sua lei pessoal. Existe ainda a 
capacidade civil, capacidade comercial, capacidade política e a capacidade processual (ver de Plácido e 
Silva). 
Resumidamente, finalizando, assim podemos conceituar: “aptidão legal para o exercício de direitos por 
pessoa natural ou jurídica”. 
Desse modo, poderá ser: 
(1) PLENA = Quando sem restrições ou RELATIVA = Quando excluída para a prática de certos atos e 
modo de exercê-los. 
(2) DE DIREITO = Capacidade para adquirir um direito ou de FATO = Capacidade efetiva para exercitar 
um direito. 
Por sua vez a competência no sentido geral e academicamente explicada é atribuição, capacidade ou 
faculdade concedida por lei a alguém ou a algum órgão para fazer uma coisa, conhecer ou decidir algum 
assunto. 
Para o sábio professor José Afonso da Silva (in Curso de Direito Constitucional Positivo) competência “é a 
faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, órgão ou agente do Poder Público para emitir decisões”; 
ainda, “Competências são as diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades 
estatais para realizar suas funções”. 
O professor Orlando Soares (in Comentários à Constituição), por sua vez, assegura que em sentido lato, a 
noção de competência corresponde ao poder legal que tem a pessoa, em razão de sua função, ou cargo, de 
praticar os atos inerentes a este ou àquela. Do ponto de vista estritamente do Direito Constitucional, a 
Constituição Federal estabelece a competência da União, acerca de suas atribuições e prerrogativas, na 
federação. 
A personalidade da federação brasileira (ou seja, do conjunto dos Estados-membros, do Distrito Federal e 
dos Territórios), assume um tríplice aspecto, refletindo-se sobre as seguintes angulações: 
(I) A ordem internacional (do ponto de vista da nação brasileira, como Estado soberano, ou seja, a República 
Federativa do Brasil); 
(II) A ordem constitucional interna (a União); e 
 
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(III) A ordem privada (abrangendo a esfera fiscal, econômica, administrativa, social, onde quer que estejam 
presentes os órgãos federais). 
A predominância do interesse se manifesta da seguinte forma (nas esferas): 
NA UNIÃO = Interesse geral (competência no território nacional); 
NOS ESTADOS-MEMBROS = Interesse regional (competência regionalizada); 
NOS MUNICÍPIOS = Interesse local (competência localizada); e 
NO DISTRITO FEDERAL = Interesse duplo, vale dizer, regional e local(competência regionalizada e 
localizada). 
A competência assim se divide, no vigente texto constitucional: 
Artigo 21 (INCISOS DE I A XXV)Competência da União. 
Artigo 22 (INCISOS DE I A XXIX)Competência Privativa da União.Artigo 22 (PARÁGRAFO ÚNICO)Possibilidades de delegação de competência da União para os 
Estadosmembros 
Artigo 23Competência Comum da União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios. 
Artigo 24Competência Concorrente entre União, Estados-membros e Distrito Federal. 
Artigo 24 (§§ 2º E 3º)Competência concorrente/suplementar dos Estados-membros 
Artigo 25 (§ 1º)Competência Remanescente ou Reservada do Estado-membro 
Artigo 30 (COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR DO MUNICÍPIO)Incisos: I III à IX - Competência 
enumerada do Município. 
Inciso II - Competência suplementar do Município. 
Artigo 32 (“CAPUT”)Competência para edição de sua própria lei orgânica 
Artigo 32 (§ 1º)Competência Reservada do Distrito Federal 
Vejamos agora, as competências (agrupadas) que cada uma das áreas da administração política 
administrativa possui: 
COMPETÊNCIAS DA UNIÃO: (a) competência internacional; (b) competência 
política; (c) competência administrativa; (d) competência para prestação de serviços; (e) competência 
urbanística; (f) competência econômica; (g) competência material comum, cumulativa ou paralela; (h) 
competência financeira e tributária; (I) competência monetária; (J) competência social; (l) competência 
legislativa privativa (sobre: direito administrativo direito processual (civil, do trabalho e penal), e direito 
material; (m) competência concorrente). 
COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS: (a) competência remanescente ou residual (reservada, somente para 
alguns); (b) competência vedada ou proibida; (c) competência exclusiva particularizada; (d) competência 
comum, cumulativa ou paralela; (e) competências concorrentes; (f) competência estaduais materiais 
(econômica, social, administrativa, financeira, e tributária); (g) competências legislativas. 
COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS: (a) competência legislativa; (b) competência suplementar; (c) 
competência comum, cumulativa ou paralela; (d) competência administrativa; (e) competência financeira; (f) 
competência tributária; (g) competência urbanística. 
COMPETÊNCIAS DO DISTRITO FEDERAL: (a) competência legislativa; (b) 
competência comum, cumulativa ou paralela, e (c) competência tributária. 
OBSERVAÇÕES: 
(1ª) = Quanto à diferença da competência privativa e exclusiva, assim nos ensina o professor José Afonso da 
Silva (in Curso de Direito Constitucional Positivo) “a diferença que se faz entre competência exclusiva e 
privativa é que aquela é indelegável e esta é delegável. Então, quando se quer atribuir competência própria a 
uma entidade ou órgão com possibilidade de delegação de tudo ou de parte, declara-se que compete 
privativamente a ele a matéria indicada. Mas a Constituição não é rigorosamente técnica neste assunto”. 
(2ª) = Para Fernanda Dias Menezes de Almeida (obra já citada), diferentemente do professor José Afonso da 
Silva (obra já citada), sobre competência privativa e exclusiva, aponta que: “o que não nos parece 
apropriado, no entanto, é extremar mediante o uso dos termos privativo e exclusivo as competências 
 
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próprias que podem e as que não podem ser delegadas, como se privativo não exprimisse tanto quanto 
exclusivo, a idéia do que é deferidas a um titular com exclusão de outros”. 
(3ª) = Para Alexandre de Moraes (in Curso de Direito Constitucional), aos Estados-membros é reservadas as 
competências administrativas que não lhes sejam vedadas pela Constituição, ou seja, cabem na área 
administrativa privativamente ao Estado todas as competências que não forem da União (artigo 21 da CF), 
dos Municípios (artigo 30 da CF) e comuns (artigo 23 da CF). 
É a chamada competência remanescente dos Estados-membros, técnica clássica adotada originariamente 
pela Constituição norte-americana e por todas as Constituições brasileiras, desde a República, e que 
presumia o benefício e a preservação de autonomia desses em relação à União, uma vez que a regra é o 
governo dos Estados, a exceção do Governo Federal, pois o poder reservado ao governo local é mais 
extenso, por ser indefinido e decorrer da soberania do povo, enquanto o poder geral é limitado e se compõe 
de certo modo de exceções taxativas. 
(4ª) = Competência, nos ensinamentos do professor Marcus Cláudio Acquaviva: “é o alcance da jurisdição 
de um magistrado. É o âmbito de seu poder de dizer o direito. Por isso, um juiz competente para causas 
trabalhistas poderá não ser competente para questões penais, não porque ele não conheça direito penal, mas 
porque a própria lei estabelece que o juiz não pode invadir a competência, o raio de ação do outro”. 
(5ª) = As competências legislativas do Município caracterizam-se pelo princípio da predominância do 
interesse local, com substanciado no artigo 30, inciso I (competência genérica), artigo 30, inciso II 
(competência suplementar), artigo 30, incisos de III à IX, 144 § 8º (predominância do interesse local), artigo 
182 (competência para um estabelecimento de um plano diretor). 
(6ª) = 
]Podemos, também, aqui tratar das seguintes competências: 
(a) Em RAZÃO DA MATÉRIA = “ratione materiae” Þ Que é aquela que se atribui a um órgão judiciário em 
razão da natureza de sua jurisdição (civil, penal, trabalho e outros); 
(b) Em RAZÃO DO LUGAR = “ratione loci” Þ Que é a competência de um órgão judiciário determinada 
pelo lugar em que se situa a residência ou o domicílio das partes, ou pela situação dos bens que são objeto da 
demanda; 
(c) Em RAZÃO DO VALOR DA CAUSA = “ratione valori” Þ Aquela atribuída a um órgão judiciário que 
se determina pelo valor da causa. 
Ainda, da competência ORIGINÁRIA Þ Que é a competência de um órgão judiciário para conhecer, antes 
de qualquer outro, de determinada lide independentemente de distribuição (como exemplo oferece: artigo 
102, inciso I e artigo 105, inciso I da Constituição Federal); e da competência por CONEXÃO Þ Aquela 
competência deferida ao juiz para julgar determinada lide, em razão desta se achara ligada a outra que se 
encontrava “sub Judice” com o mesmo Magistrado. 
(7ª) = A União faculta a delegação de assuntos de sua competência legislativa (privativa) aos Estados (artigo 
22 parágrafo único), desde que satisfeitos os requisitos: formal, material e implícito. 
(1) Quanto ao FORMAL, a delegação deve ser objeto de lei complementar devidamente aprovada por 
maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, ou seja, pelo Congresso 
Nacional. 
(2) Quanto ao requisito MATERIAL, este somente poderá ser delegado um ponto específico dentro de uma 
das matérias descritas nos incisos que formam o art. 22, competência privativa da União, pois a delegação 
não se reveste de generalidade, mas de particularização de questões específicas, do elenco das matérias 
incluídas na privatividade legislativa da União. 
(3) Por fim, o requisito IMPLÍCITO, que através do art. 19 do vigente texto constitucional, vedamos a 
criação por parte de qualquer dos entes federativos de preferências entre si assim, a lei complementar 
editada pela União deverá delegar um ponto específico de sua competência a todos os Estados-membros, 
sob pena de ferimento do princípio da igualdade federativa (Anna Cândida da Cunha Ferraz). 
(8ª) = Finalizando, vamos falar um pouco das competências: 
 
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(a) CONCORRENTE = É aquela competência que nas federações de Estados e mediante regra 
constitucional, o poder central (União) permite aos Estadosmembros legislar, tanto como a União, sobre 
determinadas matérias; 
(b) EXCLUSIVA = É aquela competência que não pode ser atribuída a outrem. É privativa. E em certos 
casos é indelegável; 
(c) SUPLEMENTAR = É a atribuição conferida aos Estados-membros para legislar sobre norma geral não 
legislada pela União (podemos dizer, também: competência residual). 
(9ª) = Quanto ao artigo 25, têm os Estados-membros a autonomia de se organizarem e se regerem pelas 
Constituições Estaduais por eles mesmos elaborados e pelas leis que adotarem observando, sempre, os 
princípios da Constituição Federal. Quanto ao artigo 26, continuam a pertencer aos Estadosmembros os 
mesmos bens que lhe haviam sido atribuídos pela Constituição de 1967. Quanto ao artigo 27, observamos 
princípio criado, pois foi a primeira vez que tivemos norma quanto à fixação, na Emenda Constitucional nº 1 
de 1969, 13 § 6º. Quanto ao artigo 28, traz novidade no Direito Constitucional, pois 
anteriormente os governadores “chamados de biônicos” eram eleitos por um colégio eleitoral. Quanto ao 
artigo 29, traz a capacidade de auto-organização dos municípios. No passado, antes de 1988, os Estados-
membros possuíam ingerência sobre as municipalidades, com poder de organizar, de estabelecer 
suas competências e até de ditar suas estruturas. Os municípios eram verdadeiros apêndices do Estado, ou 
como alguns, ainda dizem, eram como as asas de uma xícara. Agora os municípios integram a estrutura 
federativa. 
Quanto ao artigo 30, trata de competência dos municípios e traz o direito de legislar sobre assunto de 
interesse local (no inciso I). A frase “interesse local” no entender de Hely Lopes Meirelles, não significa o 
interesse exclusivo do município, não é interesse privativo da localidade, como também, não é interesse 
único dos munícipes. Prossegue no seu entendimento, dizendo: Se se exigisse essa exclusividade, essa 
privatividade, essa unicidade, bem reduzido ficaria o âmbito da administração local, aniquilando-se a 
autonomia municipal. Quanto ao artigo 32, do Distrito Federal, o texto oferece um poder de auto-
organização, alcançado, agora, na sua plenitude. Quanto ao título oferecido: Lei Orgânica, não passa de 
mera nomenclatura, pois poderia ser Constituição do Distrito Federal. Por fim, quanto ao artigo 33 
(agrupando-os num só título: Estados Municípios, Distrito Federal e Territórios), trata dos 
territórios, no sentido sobre a organização administrativa e judiciária. 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
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Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
1 
O Congresso Nacional é composto de 513 Deputados Federais e de 81 Senadores. 
A Mesa do Congresso Nacional é órgão de direção de um colegiado encarregado da condução 
dos trabalhos legislativos e administrativos da Casa. A Mesa é composta por Senadores e 
Deputados Federais, de maneira alternada, sendo certo que o Presidente do Senado Federal será 
sempre o Presidente da Mesa do Congresso Nacional, o 1º Vice-Presidente da Câmara dos 
Deputados será o 1º Vice-Presidente do Congresso Nacional, o 2º Vice-Presidente do Senado 
será o 2º Vice-Presidente do Congresso Nacional, e assim consecutivamente, nos termos da CF: 
CF, Art. 57, 5º - A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado 
Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos 
equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. 
 
 
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morais cabíveis (artigos 101 a 110 da Lei 9610/98 - Lei dos Direitos Autorais) 
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Controle de constitucionalidade caracteriza-se, em princípio, como um mecanismo de correção presente 
em determinado ordenamento jurídico, consistindo em um sistema de verificação da conformidade de um 
ato (lei, decreto, etc) em relação à Constituição. Não se admite que um ato, hierarquicamente, inferior à 
Consituição confronte suas premissas, caso em que não haveria harmonia das próprias normas, gerando 
insegurança jurídica para os destinatários do sistema jurídico. 
Para que um sistema jurídico funcione, pressupõe-se sua ordem e unidade, devendo as partes agir de maneira 
harmoniosa. O mecanismo de Controle de Constitucionalidade procura restabelecer a unidade ameaçada, 
considerando a supremacia e a rigidez das disposições constitucionais. Conforme ensina o jurista Calil 
Simão, o Sistema de Controle de Constitucionalidade destina-se a analisar a lesão dos direitos e garantias 
previstos na Constituição de um país, objetivando assegurar a observância das normas constitucionais, 
consequentemente, a sua estabilidade e preservação. 
A definição de Controle de Constitucionalidade não é única. Quando se associa o conceito a um 
mecanismo de controle, este deve ser entendido em sentido estrito, já que demonstra as consequências 
comparativas de determinado ato para com a ((Constituição)). No sentido estrito, a definição sempre implica 
em reconhecer o afastamento, anulação, eliminação ou neutralização das normas contrárias à Constituição2 ,sem possibilidade do ato incompatível ser preservado. 
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Independentemente do tipo de definição a ser adotada, a criação do mercanismo de Controle de 
Constitucionalidade só faz sentido quando inserida num sistema normativo organizado por uma regra 
central que confira validade às demais; a ((Constituição)). As normas não existem de forma isolada, são 
unidas em um sistema, distribuindo-se ainda em camadas hierárquicas, que descem da norma fundamental 
até as normas individuais4 . Utilizando-se da metáfora proposta por (((Hans Kelsen))), assim como um 
desenho piramidal, as normas obedecem uma estrutura escalonada, dispondo as normas superiores sobre a 
criação das inferiores, não podendo haver nenhuma norma válida que não tenha sido criada de acordo com o 
previsto em outra norma do sistema. A (((Constituição)), no ápice da pirâmide é a norma responsável por 
estabelecer a organização do Estado, a proteção de direitos individuais, as competências de cada ente da 
((Federação)), as premissas básicas de educação, família, meio-ambiente, dentre inúmeros outros tópicos. 
Mesmo que possa ser fruto de processos de aprovação distintos, de acordo com o sistema jurídico e as 
tradições de cada país (common law e civil law, por exemplo), por disciplinar, em caráter de superioridade, 
direitos, competências e formas organizacionais, suas diretrizes é que devem ser seguidas, devendo os 
demais atos infraconstitucionais não conflitar com as suas disposições. 
Conforme explica Calil Simão: 
"A Constituição representa a base de todo ordenamento jurídico. É norma orientadora dos poderes 
constituídos. Para garantir essa função basilar e orientadora, ou seja, para assegurar que essa norma seja 
respeitada, surge o Sistema de Controle de Constitucionalidade."5 
Nesse sentido, ainda é preciso acrescentar duas premissas à existência do Controle de Constitucionalidade, 
quais sejam: a supremacia e a rigidez constitucionais6 . A supremacia, como acima exposto, traduz a 
posição hierárquica mais elevada da ((Constituição)) dentro do sistema e, alem disso, para que possa figurar 
como parâmetro de validade à conferência dos demais atos, necessário é passar por um processo de 
elaboração diverso e mais complexo daquele aplicável aos demais atos. Essa rigidez leva à idéia de 
supremacia formal da ((Constituição)). Assim, todo ato de concretização de direito infraconstitucional 
envolve operação mental automática de Controle de Constitucionalidade, pois o intérprete deve certificar-
se da constitucionalidade de uma pretensão consubstanciada e exteriorizada via atos infraconstitucionais 
antes de aplicá-la. 
Contudo, válida é a observação de Luís Roberto Barroso7 quanto à diferenciação terminológica entre 
Jurisdição Constitucional e Controle de Constitucionalidade. Muitos autores tendem a utilizar ambos os 
conceitos como se semelhantes fossem, o que não é verdadeiro. Jurisdição Constitucional designa a 
aplicação da ((Constituição)) por juízes e tribunais, podendo esta aplicação ser direta, quando a norma 
constitucional discipline determinada situação de vida ou indireta, quando a Constituição sirva de referência 
para atribuição de sentido a uma norma constitucional, ou seja, o próprio Controle de Constitucionalidade. 
Deste modo, Jurisdição Constitucional pode ser caracterizada como um gênero à espécia Controle de 
Constitucionalidade. 
Para se atestar a inconstitucionalidade de determinada norma, são necessários diferentes elementos ou 
critérios, que incluem o momento em que ela se verifica, o tipo de atuação estatal que a ocasionou, o 
procedimento de elaboração e o conteúdo da norma, dentre outros. 
Inconstitucionalidade por ação e por omissão 
A Constituição é norma jurídica imperativa, que determina comandos, materializados em normas cogentes. 
Normas cogentes podem ter caráter proibitivo e preceptivo, vetando ou impondo determinados 
comportamentos. Nesse sentido, pode-se violar a Constituição praticando ato contrário ao que ela interdita 
ou deixando de praticar ato que prescreva. 
Inconstitucionalidade por ação 
A inconstitucionalidade por ação abrange os atos legislativos incompatíveis com o texto constitucional, 
destinando-se a paralisar a eficácia ou a retirar do ordenamento um ato que foi praticado, uma lei 
inconstitucional. As condutas a serem controladas podem se originar de órgãos integrantes dos três Poderes 
do Estado, seja ato praticado por agente da administração pública, atos do Legislativo ou próprios do 
Judiciário 
 
 
 
 
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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. 
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Inconstitucionalidade por omissão 
A inconstitucionalidade por omissão refere-se à falta de ato que deixa de seguir norma programática 
estabelecida na Constituição, ou seja, não pode o Poder Executivo deixar de cumprir com determinadas 
prestações positivas que foram estipuladas constitucionalmente, como nas matérias de educação, saúde. 
Inconstitucionalidade material e formal 
A Constituição disciplina tanto o modo de produção de leis e demais atos, por meio da definição de 
competências e procedimentos, como determina condutas a serem seguidas, enuncia valores a serem 
preservados, denotando sua dimensão substantiva. Assim, a inconstitucionalidade formal decorre da criação 
de um ato legislativo em desconformidade com normas de competência e os procedimentos estabelecidos 
para o seu devido ingresso no ordenamento jurídico e a inconstitucionalidade material refere-se ao conteúdo 
do ato infraconstitucional, ou seja, quando este contrariar norma substantiva da Constituição, seja uma regra 
ou princípio. 
Inconstitucionalidade formal 
Ainda é possível diferenciar diferentes modalidades de inconstitucionalidade formal. A primeira refere-se ao 
vício de forma, quando não houve obediência à regra de competência para a edição do ato, denominada de 
inconstitucionalidade orgânica. Como exemplo, pode-se citar a edição de lei em matéria penal pela 
Assembléia Legislativa de um Estado da Federação. A Assembléia terá violado competência expressa na 
Constituição, que determina à União legislar sobre matéria penal. A inconstitucionalidade formal 
propriamente dita somente ocorreria caso houvesse inobservância do processo legislativo próprio. 
Inconstitucionalidade material 
Este tipo de inconstitucionalidadeexpressa a incompatibilidade de conteúdo, substantiva, entre a lei ou ato 
normativo e a Constituição. Não existe a possibilidade da norma continuar a existir, cita-se como exemplo a 
Emenda Constitucional n.º 24 de 1999, que eleminou a figura do juiz classista nos Tribunais Regionais do 
Trabalho, com esta alteração, os dispositivos da CLT que cuidavam da designação dos juízes representantes 
classistas já não podiam existir validamente. 
Inconstitucionalidade total e parcial 
A inconstitucionalidade será total quando atacar a íntegra do diploma legal objeto de discussão ou parcial, 
quando recair apenas sobre alguns ou um único dispositivo, fração e até mesmo sobre uma palavra. Se 
parcial for, é possível que o texto não prejudicado ainda conviva em perfeita harmonia com o ordenamento. 
A inconstitucionalidade resultante de vício formal, por defeito de incompetência ou procedimento será total, 
por resultar de problema no nascimento da norma, será total. Por sua vez, a inconstitucionalidade material 
pode recair sobre a totalidade do ato normativo ou, parcialmente, sobre a parte viciada. 
Inconstitucionalidade direta e indireta 
Entende-se por inconstitucionalidade direta a afronta imediata entre o ato impugnado e a Constituição e 
indireta quando o ato objeto de discussão, antes de ser analisado sob a ótica da Constituição, conflita com lei 
do ordenamento. 
Inconstitucionalidade originária e superveniente 
A inconstitucionalidade originária resulta de defeito congênito da lei, ou seja, no momento de ingresso no 
mundo jurídico, já era incompatível com a Constituição que estava em vigor. Já, quando superveniente, o 
conflito será resultado da incompatibilidade entre norma já existente e nova Constituição. 
Modalidades de controle de constitucionalidade 
Identificam-se três grandes modelos de controle de constitucionalidade no constitucionalismo moderno, 
sendo esles o americano, o austríaco e o francês. Foi a partir destas matrizes que surgiram variações 
adaptadas a cada ordenamento jurídico, de acordo com as suas particularidades. A título de curiosidade, o 
modelo americano, como já demonstrado acima, pauta-se pelo controle difuso exercido por todos os juízes e 
tribunais, no desempenho ordinários de suas funções. O modelo austríaco, cujo marco foi a Constituição de 
1920, cria um órgão próprio responsável por julgar apenas a constitucionalidade das leis, desta forma, se 
algum juiz de outras instâncias perceber que a matéria refere-se à inconstitucionalidade de leis, 
automaticamente, deverá remeter a questão à Corte Constitucional. Já, o que chama atenção no sistema 
francês é o seu caráter não jurisdicional e prévio, sendo exercido pelo Conselho Constitucional. 
 
 
 
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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. 
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Quanto à natureza do órgão de controle 
Controle político 
Como a próprio denominação indica, controle político refere-se à fiscalização por órgão que não seja o 
Judiciário, ligado de modo direto ao Parlamento, aproximando-se da experiência francesa, pode ser através 
do Poder Legislativo (CCJ - Comissão de Constitucionalidade e Justiça) ou pelo Poder Executivo 
(Presidente) 
Controle judicial 
O primeiro precedente judicial que versou sobre o tema de controle de constitucionalidade foi o caso julgado 
pela Suprema Corte norte-americana, Marbury v. Madison. O juiz Marshall em seu voto estipulou que a 
revisão judicial - judicial review era fruto do próprio sistema, pois, sendo a Constituição lei suprema, 
qualquer ato que a viole ou lhe seja incompatível é nulo. Se houvesse delegação da competência de controlar 
ao atos ao próprio Poder Legislativo e não ao Judiciário, haveria problema sério de divisão de poderes, já 
que um mesmo órgão produziria e fiscalizaria seus atos. Diferente é o modelo criado por Hans Kelsen para a 
Áustria e que culminou com grande adesão de países da Europa Ocidental. Neste, existe uma Corte 
específica, a Corte Constitucional, responsável por concentrar a análise do controle de constitucionalidade 
de atos. No Brasil, existe uma combinação do modelo Austríaco e do modelo americano. 
Controle preventivo 
Caracteriza-se por ser um controle a priori, ou seja, realizado anteriormente à vigência do projeto de lei que 
afronta a Constituição, seja formalmente ou materialmente. Esta é a forma típica de atuação do Conselho 
Constitucional francês, que, de outra forma, também ocorre no Brasil, por meio das comissões de 
constituição e justiça existente nas Casas do Poder Legislativo e pela possibilidade de veto por parte do 
Poder Executivo. 
Controle repressivo 
É o controle feito a posteriori, quando a lei já passa pela etapa de validade e vigência, sem, contudo, estar 
efetivamente eficaz. No Brasil, o controle é feito pelo Poder Judiciário, que por provocação, deverá julgar o 
objeto da demanda de inconstitucionalidade. 
Quanto ao órgão judicial que exerce o controle 
Controle difuso 
O controle difuso permite que qualquer juiz ou tribunal reconheça a inconstitucionalidade de determinado 
ato jurídico, tendo como origem o caso Marbury v. Madison, diferenciando-se do sistema austríaco, em que 
apenas a Corte Constitucional detém poder para tanto. No Brasil o controle difuso faz-se presente desde a 
primeira Constituição Republicana, assim, qualquer juiz de primeiro grau, bem como Ministros do Supremo 
Tribunal Federal detém competência para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato. 
Caberá ao Supremo Tribunal Federal julgar recurso extraordinário contra decisão inferior que “julgue válida 
lei local contestada em face da lei federal”. 
Controle concentrado 
Conforme o próprio nome explicita, concentrado é o tipo de controle feito apenas por um órgão, cuja função 
é unicamente a de versar sobre a constitucionalidade de leis. O exemplo típico é a Corte Constitucional 
austríaca, estabelecida pela Constituição deste país em 1920, idealizada por Hans Kelsen. No Brasil, existe a 
possibilidade de controle concentrado perante o Supremo Tribunal Federal, desde 1965, quando a Emenda 
Constitucional n.º 16 estabeleceu poderes ao Procurador-Geral da República para questionar matérias 
inconstitucionais diretamente na última instância do ordenamento jurídico. 
Quanto à forma ou modo de controle judicial 
Controle por via incidental 
Feito pelo Juiz de primeiro grau, o qual decide se a lei se aplica ou não, de acordo com o que o mesmo 
entende. 
Controle por via principal ou ação direta 
Também conhecido por controle mediante ação ou abstrato dele. A ação sobre a inconstitucionalidade 
deverá ser movida apenas por alguns órgãos legitimados perante o STF 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
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1 
 
ENTENDEU DIREITOOU QUER QUE DESENHE? 
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
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3 
 
É chamado de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) o instrumento legado ao Poder 
Legislativo dotado da atribuição constitucional de investigar e fiscalizar eventuais desmandos no 
aparelho estatal, atuando no controle da administração pública e na defesa dos interesses da 
coletividade. Tal forma de forma de fiscalização institucional surgiu ainda na época do Império, na 
forma das investigações em repartições públicas, promovidas pelas assembleias legislativas. Não 
há notícias nesse período da instalação de CPIs com o objetivo de investigar a atuação do Poder 
Executivo. 
A CPI possui poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, devendo apurar um fato 
determinado e por prazo certo. Ela pode ser criada no âmbito de cada uma das casas, (câmara 
ou senado) por requerimento de um terço de seus respectivos parlamentares, ou do Congresso 
Nacional, por requerimento de um terço dos senadores e um terço dos deputados. CPIs têm 
ainda o poder de convocar pessoas para depor, ouvir testemunhas, requisitar documentos e 
determinar diligências, além de outras medidas. Finalizados os trabalhos, a comissão envia à 
Mesa, para conhecimento do Plenário, um relatório com as devidas conclusões, que poderá 
apontar para a apresentação de projeto de lei. Se for o caso, suas conclusões serão remetidas ao 
ministério público, para que este promova a responsabilização civil e criminal dos infratores. 
Para que seja instaurada uma CPI é necessário um número de assinaturas em seu requerimento 
de criação. A doutrina majoritária entende que basta o requerimento ser subscrito por um terço 
dos membros da casa legislativa que esta será criada automaticamente. Caso o número mínimo 
de assinaturas não seja alcançado, o autor poderá, se assim entender, submeter a proposta de 
CPI à apreciação do Plenário, que decidirá a respeito. 
Há ainda alguns importantes requisitos a serem respeitados, seja na câmara, no senado ou no 
legislativo estadual: requerimento de um terço dos membros componentes da respectiva casa 
legislativa que vai investigar o fato (requisito formal); que haja fato determinado (requisito 
substancial); que haja prazo certo para o seu funcionamento (requisito temporal); e que suas 
conclusões sejam encaminhadas ao Ministério Público, se for o caso. O responsável pelo início 
formal dos trabalhos de uma CPI é o presidente da casa legislativa onde a comissão foi proposta. 
Os membros da CPI são indicados pelos lideres de seus partidos. Os nomes indicados deverão 
ser designados pelo Presidente da Casa Legislativa respectiva. Vale lembrar ainda que toda CPI 
possui um prazo certo, o que significa que o seu funcionamento não pode se prolongar 
irrestritamente no tempo, mesmo havendo a possibilidade de sua prorrogação. 
 
Bibliografia: 
DA SILVA, Edimar Gomes. Procedimentos e Requisitos para Instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Disponível em: < http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10058 >. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1 - Cespe/TRE-AL/Analista/2010 
É correto afirmar que as comissões parlamentares de inquérito possuem, dentre 
outros, poderes de : 
 
a) inaugurar a sessão legislativa. 
b) investigação próprios das autoridades judiciais. 
c) regular a criação de serviços comuns da Câmara dos Deputados. 
d) elaborar o regimento comum do Senado Federal. 
e) conhecer do veto e sobre ele deliberar 
 
2 - Cespe/OAB-Exame de Ordem/2009 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
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4 
De acordo com a doutrina e jurisprudência, as comissões parlamentares de inquérito 
instituídas no âmbito do Poder Legislativo federal 
 
a) têm a missão constitucional de investigar autoridades públicas e de promover a 
responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
b) não podem determinar a quebra do sigilo bancário ou dos registros telefônicos da 
pessoa que esteja sendo investigada, dada a submissão de tais condutas à cláusula 
de reserva de jurisdição. 
c) devem obediência ao princípio federativo, razão pela qual não podem investigar 
questões relacionadas à gestão da coisa pública estadual, distrital ou municipal. 
d) podem anular atos do Poder Executivo quando, no resultado das investigações, ficar 
evidente a ilegalidade do ato. 
 
3 - Cespe/Antaq/Técnico/2009 
As comissões parlamentares de inquérito, por possuírem poderes de investigação 
próprios das autoridades judiciais, podem, ao final da investigação, promover a 
responsabilização civil ou criminal dos infratores. 
 
 
4 - Cespe/ TCE-ES/Procurador /2009 
De acordo com o STF, a comissão parlamentar de inquérito pode proceder à quebra 
de sigilo bancário da pessoa investigada, ainda que baseada em fundamentos 
genéricos, sem a indicação de fatos concretos e precisos. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
5 - Cespe/TJ-RJ/Técnico2008) 
O sigilo bancário de um indivíduo pode ser quebrado por decisão fundamentada de 
comissão parlamentar de inquérito. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
6 - Esaf/Receita Federal/Analista Tributário/2009 
As Comissões Parlamentares de Inquérito podem determinar a interceptação de 
comunicações telefônicas de indivíduos envolvidos em crimes graves. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
7 - Esaf/Aneel/Analista Administrativo/2006 
As comissões parlamentares de inquérito no âmbito federal podem quebrar sigilo 
bancário de investigado independentemente de prévia autorização judicial. 
( ) certo 
( ) errado 
 
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5 
 
8 - Esaf/Aneel/Técnico/2004 
A Constituição proíbe expressamente que as Comissões Parlamentares de Inquérito 
exerçam os poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
9 - Cespe/TRT-1a Região/Técnico/2008 
O Congresso Nacional instituiu comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apuração 
de irregularidades nas sentenças proferidas por determinado juiz contra a União. O juiz 
foi convocado para prestar esclarecimentos sobre sentenças por ele prolatadas. 
Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta, de acordo com o 
entendimento do STF. 
 
a) O magistrado não é obrigado a prestar depoimento que envolva sentenças por ele 
prolatadas. 
b) A CPI somente seria possível se tivesse objeto mais genérico, envolvendo a 
apuração de irregularidades em todo o Poder Judiciário. 
c) Em razão de sua formação jurídica, não é direito do juiz fazer-se acompanhar de 
advogado. 
d) A CPI não tem poderes para quebrar o sigilo dos registros telefônicos de 
investigado. 
e) O comparecimento espontâneo do magistrado implicará a perda do direito de 
permanecer em silêncio, e tal conduta será interpretada como confissão. 
 
10 - Cespe/OAB/Exame de Ordem/2007 
É correto afirmar que as comissões parlamentares de inquérito criadas no âmbito da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em conjunto ou separadamente, podem 
ter seus atos controlados pelo Supremo Tribunal Federal quando envolverem 
ilegalidade ou ofensa a direito individual. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
11 - MPT/Procurador/2007 
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito no âmbito do Congresso Nacional se sujeita 
ao controle judicial, por meio de mandado de segurança ou habeas corpus, 
diretamente pelo Supremo Tribunal Federal. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
12 - Esaf/PGDF/Procurador/2007 
Os advogados dos chamados a prestar depoimento perante uma CPI podem 
acompanhar os seus clientes e com eles comunicar-se pessoal e diretamente, antes 
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6 
das respostas às perguntas formuladas, para recomendar que não respondam a 
questionamento que possa levar a afirmação auto-incriminadora. 
( ) certo 
( ) errado. 
 
 
13 - Esaf/MRE/Oficial de Chancelaria/2002 
A comissão parlamentar de inquérito pode determinar a condução coativa de 
testemunha que se recuse, injustificadamente, a prestar depoimento perante a 
Comissão. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
14 - NCE/PC-RJ/Delegado/2002 
Das Comissões Parlamentares de Inquérito, é correto dizer que sua criação depende 
de três requisitos: 
 (1) requerimento de pelo menos um terço dos membros de cada Casa, ou de ambas; 
 (2) ter por objeto a apuração de fato determinado; 
 (3) ter prazo certo de funcionamento, o que não impede prorrogações sucessivas 
dentro da mesma legislatura. 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
15 - Esaf/Receita Federal/Auditor/2001 
A respeito das CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), como reguladas na 
Constituição Federal, é correto afirmar que são criadas, no âmbito do Congresso 
Nacional, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou 
separadamente, para a apuração de fato determinado e por tempo certo. 
 
( ) certo 
( ) errado 
 
 
 
GABARITO: 
1 - B 
 
A constituição estabelece que as comissões parlamentares de inquérito serão dotadas 
de poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, obviamente nos termos 
já especificados anteriormente. 
2 - C 
 
De acordo com a doutrina dominante, os poderes de investigação dos quais são 
dotadas as CPIs, em obediência ao princípio federativo, não poderão investigar fatos 
ligados estritamente à coisa pública estadual, distrital ou municipal. Tais fatos, 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
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7 
conforme o caso, devem ser investigados por iniciativa dos poderes legislativos de 
cada um daqueles entes da federação. 
Item a está errado, pois se for o caso, compete ao MP, e não às CPIs, promover a 
responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Item b está errado, pois CPI pode 
determinar a quebra do sigilo bancário ou dos registros telefônicos da pessoa que 
esteja sendo investigada. Item d também está errado já que CPI não é dotada de tal 
competência. 
3 - Errado 
 
Conforme já mencionamos, a CPI não tem poder para promover responsabilização civil 
ou criminal de quem quer que seja. O que ocorre de fato é que, ao final de seus 
trabalhos, caso sejam apurados ilícitos, a comissão encaminhará seu relatório ao 
Ministério Público, para que este, que é o detentor da referida competência, tome as 
devidas providências e promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
4 - Errado 
 
Não é permitido que CPI proceda à quebra de sigilo sem que tal medida se baseie em 
fatos concretos. Veja como se posiciona o STF quanto ao assunto: A quebra de sigilo - 
que se apoia em fundamentos genéricos e que não indica fatos concretos e precisos 
referentes à pessoa sob investigação - constitui ato eivado de nulidade. 
5 - Certo 
 
De acordo com a jurisprudência do STF, as CPIs possuem competência para 
determinar quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal desde que a decisão seja 
fundamentada em fatos concretos e que seja tomada pela maioria absoluta dos 
membros da comissão. 
6 - Errado 
 
A competência de determinar a interceptação de comunicações telefônicas (o grampo) 
é exclusiva dos magistrados (membros do poder judiciário), pois esta medida 
abrangida pela cláusula de "reserva de jurisdição". O que a CPI possui é o poder de 
decretar a quebra do sigilo das comunicações telefônicas, podendo assim ter acesso 
ao histórico de chamadas efetuadas e recebidas por um determinado número 
telefônico. 
7 - Certo 
 
Conforme jurisprudência firmada pelo STF, as CPIs possuem competência para 
decretar a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal dos investigados. Esta 
decisão é tomada no âmbito da comissão e independe de autorização prévia do poder 
judiciário. 
8- Errado 
 
É exatamente o contrário. A Constituição atribui às Comissões Parlamentares de 
Inquérito os poderes de investigação próprios das autoridades judiciais. 
9 - A 
 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punidocom prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
8 
De acordo com a jurisprudência do STF, a intimação de magistrado para prestar 
esclarecimentos perante comissão parlamentar de inquérito sobre ato jurisdicional 
praticado ofenderia o princípio constitucional da separação de Poderes. Diante disto, 
entende aquela Corte que os membros do Poder Judiciário não estão obrigados a 
comparecer perante comissão parlamentar de inquérito para prestar depoi¬mento a 
respeito da função jurisdicional, o que inclui as sentenças proferidas por aqueles 
magistrados. Não obstante, aquele mesmo tribunal entende que não há óbice quanto a 
uma convocação de magistrado para depor perante CPI acerca de atos administrativos 
praticados no âmbito do poder judiciário e que sejam objeto de investigação. 
10 - Certo 
 
A CF prevê que é competência originaria do STF apreciar as ações impetradas contra 
atos do Congresso Nacional. Diante disso, os atos das CPIs questionados quanto a 
sua legalidade perante o Judiciário serão julgados pelo STF. Além disso, a 
jurisprudência daquele mesmo Tribunal entende que “a ocorrência de desvios jurídico-
constitucionais nos quais incida uma Comissão Parlamentar de Inquérito justifica, 
plenamente, o exercício, pelo Judiciário, da atividade de controle jurisdicional sobre 
eventuais abusos legislativos, sem que isso caracterize situação de ilegítima 
interferência na esfera orgânica de outro Poder da República”. 
11 - Certo 
 
Conforme comentário da questão anterior, é competência originaria do STF apreciar as 
ações impetradas contra atos do Congresso Nacional. Diante disso, os atos das CPIs 
questionados quanto a sua legalidade perante o Judiciário serão julgados pelo STF, 
inclusive os remédios constitucionais. 
12 - Certo 
A questão tratou de alguns direitos que os depoentes possuem: 
1 – Não gerar provas contra ele próprio, inclusive mantendo o silêncio; 
2 – É direito do depoente ser assistido por advogado quando for depor à CPI; e 
3 – Tem o direito de consultar o referido advogado antes de responder a quaisquer 
indagações que lhe forem feitas. Tais direitos são assegurados seja na condição de 
depoente ou de testemunha. 
13 - Certo 
 
Conforme o entendimento da doutrina dominante, as CPIs têm o poder de determinar a 
condução coercitiva de testemunha, no caso de recusa ao comparecimento. 
14 - Certo 
São exatamente esses os requisitos constitucionais para a instalação de uma CPI. 
 
15 - Certo 
Tal qual a previsão constitucional. 
 
http://www.forumconcurseiros.com/forum/forum/disciplinas/regimentos-internos-e-legisla%C3%A7%C3%B5es-espec%C3%ADficas/senado-federal-e-congresso-
nacional/89261-simulado-sobre-as-cpi%60s 
 
 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. 
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. 
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Hans Kelsen é um jurisfilósofo muito importante para o Direito, dentre os vários livros que escreveu estão 
‘Teoria Geral do Direito e do Estado’.Foi ele quem criou a ideia de hierarquização e subordinação das leis e 
usou uma figura geométrica (pirâmide) para explicá-la. 
Esta ideia implica que todas as leis estão subordinadas a uma ‘lei maior’ e a ela tem de ser adequadas. Se 
uma lei contrariasse/contrariar essa lei maior, dita lei pode ter sua validade contestada. Ela pode ser aplicada 
no Brasil para explicar algo que denominamos ‘controle de constitucionalidade’, que consiste em controlar 
as regras do ordenamento jurídico com o fim de adequá-las à Constituição ou, em sendo isso impossível, 
retirá-las do ordenamento, subtraindo-lhes a validade. 
Nossa Constituição é relativamente nova e existem leis muito mais antigas (como o Código Penal, por 
exemplo, que já é sexagenário). Segundo essa regra, seriam todas as leis anteriores retiradas do 
ordenamento? Não, pois isso poderia causar instabilidade jurídica. 
Para resolver essa questão, existe o ‘princípio da recepção’, que permite que leis anteriores à Constituição 
tenham validade: se uma determinada lei não contrariar a norma maior (Constituição), esta lei é 
recepcionada por ela. 
O controle da constitucionalidade pode ser dividido quanto ao tempo de sua aplicação ou quanto à forma 
que adquire. Pelo tempo, o controle se dá antes da norma entrar no ordenamento (controle preventivo) ou 
depois (controle repressivo); o preventivo pode ser efetuado pelos três poderes enquanto o repressivo se dá – 
principalmente – pelos meios judiciais. 
 
 
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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
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Lei do Impeachment 
Lei 1079/50 | Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950 
Publicado por Presidência da Republica (extraído pelo JusBrasil) - 64 anos atrás 
Define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta eu sanciono a seguinte Lei: 
 
PARTE PRIMEIRA 
Art. 1º São crimes de responsabilidade os que esta lei especifica. 
Art. 2º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena 
de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, 
imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de 
Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da 
República. 
Art. 3º A imposição da pena referida no artigo anterior não exclui o processo e julgamento do 
acusado por crime comum, na justiça ordinária, nos termos das leis de processo penal. 
Art. 4º São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra 
a Constituição Federal, e, especialmente, contra: 
I - A existência da União: 
II - O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos 
Estados; 
III - O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais: 
IV - A segurança interna do país: 
V - A probidade na administração; 
VI - A lei orçamentária; 
VII - A guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos; 
VIII - O cumprimento das decisões judiciárias (Constituição, artigo 89). 
 
TÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A EXISTÊNCIA DA UNIÃO 
 
Art. 5º São crimes de responsabilidade contra a existência política da União: 
1 - entreter, direta ou indiretamente, inteligência com governo estrangeiro, provocando-o a fazer 
guerra ou cometer hostilidade contra a República, prometer-lhe assistência ou favor, ou dar-lhe 
qualquer auxílio nos preparativos ou planos de guerra contra a República; 
2 - tentar, diretamente e por fatos, submeter a União ou algum dos Estados ou Territórios a 
domínio estrangeiro, ou dela separar qualquer Estado ou porção do território nacional; 
3 - cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da 
guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade; 
4 - revelar negócios políticos ou militares, que devam ser mantidos secretos a bem da defesa da 
segurança externa ou dos interesses da Nação; 
5 - auxiliar, por qualquer modo, nação inimiga a fazer a guerra ou a cometer hostilidade contra a 
República; 
6 - celebrar tratados, convenções ou ajustes que comprometam a dignidade da Nação; 
7 - violar a imunidade dos embaixadores ou ministros estrangeiros acreditados no país; 
8 - declarar a guerra, salvo os casos de invasão ou agressão estrangeira, ou fazer a paz, sem 
autorização do Congresso Nacional. 
9 - não empregar contra o inimigo os meios de defesa de que poderia dispor; 
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10 - permitir o Presidente da República, durante as sessões legislativas e sem autorização do 
Congresso Nacional, que forças estrangeiras transitem pelo território do país, ou, por motivo de 
guerra, nele permaneçam temporariamente; 
11 - violar tratados legitimamente feitos com nações estrangeiras. 
 
CAPÍTULO II 
DOS CRIMES CONTRA O LIVRE EXERCÍCIO DOS PODERES CONSTITUCIONAIS 
 
Art. 6º São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos poderes legislativo e 
judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados: 
1 - tentar dissolver o Congresso Nacional, impedir a reunião ou tentar impedir por qualquer 
modo o funcionamento de qualquer de suas Câmaras; 
2 - usar de violência ou ameaça contra algum representante da Nação para afastá-lo da Câmara a 
que pertença ou para coagi-lo no modo de exercer o seu mandato bem como conseguir ou tentar 
conseguir o mesmo objetivo mediante suborno ou outras formas de corrupção; 
3 - violar as imunidades asseguradas aos membros do Congresso Nacional, das Assembleias 
Legislativas dos Estados, da Câmara dos Vereadores do Distrito Federal e das Câmaras 
Municipais; 
4 - permitir que força estrangeira transite pelo território do país ou nele permaneça quando a isso 
se oponha o Congresso Nacional; 
5 - opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios 
violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças; 
6 - usar de violência ou ameaça, para constranger juiz, ou jurado, a proferir ou deixar de proferir 
despacho, sentença ou voto, ou a fazer ou deixar de fazer ato do seu ofício; 
7 - praticar contra os poderes estaduais ou municipais ato definido como crime neste artigo; 
8 - intervir em negócios peculiares aos Estados ou aos Municípios com desobediência às normas 
constitucionais. 
 
CAPÍTULO III 
DOS CRIMES CONTRA O EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS, INDIVIDUAIS E SOCIAIS 
 
Art. 7º São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais 
e sociais: 
1- impedir por violência ameaça ou corrupção, o livre exercício do voto; 
2 - obstar ao livre exercício das funções dos mesários eleitorais; 
3 - violar o escrutínio de seção eleitoral ou inquinar de nulidade o seu resultado pela subtração, 
desvio ou inutilização do respectivo material; 
4 - utilizar o poder federal para impedir a livre execução da lei eleitoral; 
5 - servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou 
tolerar que essas autoridadeso pratiquem sem repressão sua; 
6 - subverter ou tentar subverter por meios violentos a ordem política e social; 
7 - incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina; 
8 - provocar animosidade entre as classes armadas ou contra elas, ou delas contra as instituições 
civis; 
9 - violar patentemente qualquer direito ou garantia individual constante do art. 141 e bem assim 
os direitos sociais assegurados no artigo 157 da Constituição; 
10 - tomar ou autorizar durante o estado de sítio, medidas de repressão que excedam os limites 
estabelecidos na Constituição. 
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CAPÍTULO IV 
DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA INTERNA DO PAÍS 
 
Art. 8º São crimes contra a segurança interna do país: 
1 - tentar mudar por violência a forma de governo da República; 
2 - tentar mudar por violência a Constituição Federal ou de algum dos Estados, ou lei da União, 
de Estado ou Município; 
3 - decretar o estado de sítio, estando reunido o Congresso Nacional, ou no recesso deste, não 
havendo comoção interna grave nem fatos que evidenciem estar a mesma a irromper ou não 
ocorrendo guerra externa; 
4 - praticar ou concorrer para que se perpetre qualquer dos crimes contra a segurança interna, 
definidos na legislação penal; 
5 - não dar as providências de sua competência para impedir ou frustrar a execução desses 
crimes; 
6 - ausentar-se do país sem autorização do Congresso Nacional; 
7 - permitir, de forma expressa ou tácita, a infração de lei federal de ordem pública; 
8 - deixar de tomar, nos prazos fixados, as providências determinadas por lei ou tratado federal e 
necessário a sua execução e cumprimento. 
 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA A PROBIDADE NA ADMINISTRAÇÃO 
 
Art. 9º São crimes de responsabilidade contra a probidade na administração: 
1 - omitir ou retardar dolosamente a publicação das leis e resoluções do Poder Legislativo ou 
dos atos do Poder Executivo; 
2 - não prestar ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão 
legislativa, as contas relativas ao exercício anterior; 
3 - não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos 
funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição; 
4 - expedir ordens ou fazer requisição de forma contrária às disposições expressas da 
Constituição; 
5 - infringir no provimento dos cargos públicos, as normas legais; 
6 - Usar de violência ou ameaça contra funcionário público para coagi-lo a proceder 
ilegalmente, bem como utilizar-se de suborno ou de qualquer outra forma de corrupção para o 
mesmo fim; 
7 - proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo. 
 
CAPÍTULO VI 
DOS CRIMES CONTRA A LEI ORÇAMENTÁRIA 
 
Art. 10. São crimes de responsabilidade contra a lei orçamentária: 
1- Não apresentar ao Congresso Nacional a proposta do orçamento da República dentro dos 
primeiros dois meses de cada sessão legislativa; 
2 - Exceder ou transportar, sem autorização legal, as verbas do orçamento; 
3 - Realizar o estorno de verbas; 
4 - Infringir, patentemente, e de qualquer modo, dispositivo da lei orçamentária. 
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5) deixar de ordenar a redução do montante da dívida consolidada, nos prazos estabelecidos em 
lei, quando o montante ultrapassar o valor resultante da aplicação do limite máximo fixado pelo 
Senado Federal; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
6) ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo 
Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com 
inobservância de prescrição legal; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
7) deixar de promover ou de ordenar na forma da lei, o cancelamento, a amortização ou a 
constituição de reserva para anular os efeitos de operação de crédito realizada com 
inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em lei; (Incluído pela Lei nº 10.028, 
de 2000) 
8) deixar de promover ou de ordenar a liquidação integral de operação de crédito por 
antecipação de receita orçamentária, inclusive os respectivos juros e demais encargos, até o 
encerramento do exercício financeiro; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
9) ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a realização de operação de crédito com 
qualquer um dos demais entes da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, 
ainda que na forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída 
anteriormente; ((Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
10) captar recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador 
ainda não tenha ocorrido; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
11) ordenar ou autorizar a destinação de recursos provenientes da emissão de títulos para 
finalidade diversa da prevista na lei que a autorizou; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
12) realizar ou receber transferência voluntária em desacordo com limite ou condição 
estabelecida em lei. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) 
 
CAPÍTULO VII 
DOS CRIMES CONTRA A GUARDA E LEGAL EMPREGO DOS DINHEIROS PÚBLICOS: 
 
Art. 11. São crimes contra a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos: 
1 - ordenar despesas não autorizadas por lei ou sem observância das prescrições legais relativas 
às mesmas; 
2 - Abrir crédito sem fundamento em lei ou sem as formalidades legais; 
3 - Contrair empréstimo, emitir moeda corrente ou apólices, ou efetuar operação de crédito sem 
autorização legal; 
4 - alienar imóveis nacionais ou empenhar rendas públicas sem autorização legal; 
5 - negligenciar a arrecadação das rendas impostos e taxas, bem como a conservação do 
patrimônio nacional. 
 
CAPÍTULO VIII 
DOS CRIMES CONTRA O CUMPRIMENTO DAS DECISÕES JUDICIÁRIAS; 
 
Art. 12. São crimes contra o cumprimento das decisões judiciárias: 
1 - impedir, por qualquer meio, o efeito dos atos, mandados ou decisões do Poder Judiciário; 
2 - Recusar o cumprimento das decisões do Poder Judiciário no que depender do exercício das 
funções do Poder Executivo; 
3 - deixar de atender a requisição de intervenção federal do Supremo Tribunal Federal ou do 
Tribunal Superior Eleitoral; 
4 - Impedir ou frustrar pagamento determinado por sentença judiciária. 
 
TÍTULO II 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
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