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DIREITO DO TRABALHO I RESUMO UNICURITIBA

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DIREITO DO TRABALHO I1-2 
 
1. ORIGEM DO TRABALHO HUMANO (DIREITO FUNDAMENTAL SOCIAL 
DO TRABALHO) 
 
Antropológica: desenvolvimento humano - sobrevivência - necessidade 
Religiosa: Tradição Judaico-cristã (a obra da criação - trabalho divino de criação do 
mundo e das coisas –castigo divino) – desonra e degradação 
 Islamismo (descida do paraíso à terra – cultivar, construir, popular) 
Mitológica: greco-romana - origem das sociedades humanas – punição dos deuses: 
trabalhar para sobreviver – homem decaído 
ETIMOLOGIA 
Poena (do grego: pena, castigo, dor) 
Tripaliare (de tripalium, antigo instrumento de tortura) 
Tradição sociológica: fadiga, esforço, sofrimento, valores negativos dos quais se 
afastam os mais afortunados 
SENTIDOS 
Antiguidade clássica: sentido material, de coisa, mal visto, relegado aos escravos 
Idade Média: garantia de independência, mas sem excessos 
Doutrina Cristã: ligado à fadiga, esforço penoso, mas com sentido digno 
Renascimento: essência humana, signo de racionalidade e liberdade; destino do 
homem voltado para a vida, para a ação 
Capitalismo moderno: proletariado; sentido de mercadoria 
Atualidade: caráter multidisciplinar 
Geral: atividade humana; aplicação do impulso humano a qualquer produção ou 
realização de um fim; personalidade e identidade humana; inseparável do homem; 
próprio do homem que pensa, planeja, age e que transforma a natureza. 
Econômico: necessidade (satisfação de necessidades humanas) e utilidade (útil para 
satisfazer necessidades); energia humana para uma finalidade produtiva;meio de 
subsistência e de acesso à propriedade. 
Sociológico: fato social coletivo; cooperação e solidariedade; divisão social e técnica 
do trabalho; cumpre um conjunto de funções sociais. 
 
1
 Autor: Gustavo Carvalho Kichileski – UNICURITIBA. 
2
 O resumo aqui apresentado, detém a finalidade de sistematizar o conteúdo para primeira 
prova bimestral de Direito do Trabalho I. 
Filosófico: atividade consciente e voluntária do homem; elemento de valorização e 
dignificação humana; uma das condições humanas: labor, trabalho, ação. 
 Jurídico: objeto de uma prestação espontaneamente assumida, devida ou 
realizada por um sujeito em favor de outro; fim socialmente útil; conteúdo lícito. 
É objeto do Direito do Trabalho o trabalho humano (status de direito fundamental 
social), produtivo, subordinado e livre 
Trabalho humano: manual (maneja a matéria; modifica espaço físico), intelectual 
(modifica ambiente social e ideal; signos) 
Trabalho produtivo: produção (bens necessários à vida) lazer (ócio, 
entretenimento)formação (aperfeiçoamento pessoal) 
Trabalho por conta alheia: frutos do trabalho não pertencem ao trabalhador; 
subordinação e autonomia; resultado do trabalho produtivo pertence a outrem 
Trabalho livre: aceitação voluntária de que o resultado do trabalho pertença a outrem; 
incompatibilidade com trabalho involuntário, forçado ou sob ameaça de coação; 
liberdade quanto ao tempo (contrato para a vida toda?) e quanto ao lugar (mobilidade) 
2. CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO 
A tarefa de conceituar um ramo do direito pode ser muito extensa. Maurício Godinho 
Delgado inicia o seu Curso com o seguinte parágrafo: 
"O Direito do Trabalho é ramo jurídico especializado, que regula certo tipo de relação 
laborativa na sociedade contemporânea. Seu estudo deve iniciar-se pela apresentação 
de suas características essenciais, permitindo ao analista uma imediata visualização 
de seus contornos próprios mais destacados".(1) 
TRT20 2012 – JUIZ. Em relação ao conceito e à formação histórica do Direito do 
Trabalho é INCORRETO afirmar: 
A. os fatores que influíram na formação do Direito do Trabalho no Brasil foram externos, 
relacionados às transformações que ocorreram na Europa, ocasionando a crescente 
elaboração legislativa de proteção ao trabalhador e o compromisso assumido pelo Brasil em 
ingressar na OIT, criada em 1919; sendo que neste contexto, o Código Civil de 1916 não trazia 
nenhum instituto que serviu de supedâneo para elaboração do Direito do Trabalho pátrio. 
B. o Direito do Trabalho destaca-se por seu caráter teleológico, incorporando em seu conjunto 
de princípios, regras e institutos um valor finalístico essencial, objetivando a melhoria das 
condições de pactuação da força de trabalho na ordem socioeconômica. 
C. o nome de “constitucionalismo social” é dado ao movimento da inclusão das leis trabalhistas 
nas Constituições de alguns países, sendo que a primeira Constituição do mundo que dispõe 
sobre Direito do Trabalho é a do México de 1917. 
D. o marco histórico do nascimento do Direito do Trabalho foi o advento da sociedade industrial 
e o trabalho assalariado, sendo que a principal causa econômica foi a Revolução Industrial do 
século XVIII. 
E. a partir da Constituição brasileira de 1934, todas passaram a ter normas de Direito do 
Trabalho, sendo que a Constituição de 1988 valorizou o direito coletivo e introduziu regras que 
favorecem o caminho da normatização autônoma. 
PROCURADOR AUTARQUICO 2015. Em relação à Formação Histórica do Direito do 
Trabalho, considere: 
 
I. O Direito do Trabalho apresenta como uma de suas características a restrição da 
liberdade contratual que impõe limitações à autonomia da vontade através de normas 
cogentes e de garantias sociais. 
 
II. A Encíclica Rerum Novarum do Papa Leão XIII que considerou o trabalho como um 
elemento de dignidade humana preconizando por um salário justo é considerada um 
marco da doutrina social da Igreja Católica e suas ideias tiveram grande relevância no 
surgimento do Direito do Trabalho. 
 
III. Os defensores da natureza jurídica de Direito Público para o Direito do Trabalho 
ponderam que ele surgiu como vertente do Direito Civil, inspirado na locação de serviços 
e a principal relação que é objeto de seu estudo possui natureza contratual. 
 
IV. Todas as Constituições do Brasil apresentaram normas de Direito do Trabalho e de 
proteção ao trabalhador, sendo que a Constituição de 1946 ficou marcada pela 
valorização do direito coletivo com a proibição de interferência do Poder Público na 
organização sindical e enumerou uma série de disposições referentes aos direitos 
individuais dos trabalhadores no Título da Ordem Social. 
 
V. O Direito do Trabalho é um instrumento de realização da justiça social e de tutela do 
trabalhador e suas funções somente podem ser cumpridas se previstas em uma estrutura 
jurídica formal que molde seu conteúdo e fixe os preceitos e as sanções determinantes 
dos comportamentos autorizados ou proibidos nas relações entre trabalhadores e 
empregadores. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
A. III, IV e V. 
B. I, III e V. 
C. I e IV. 
D. I, II e V. 
E. II e IV. 
 
Anteriormente à Emenda Constitucional nº 45, de 2004, a competência da Justiça do 
Trabalho se limitava ao julgamento das causas advindas do trabalho empregatício. O 
trabalho cujo contrato se dava por meio da CLT. Atualmente, porém, a Justiça do 
Trabalho é competente para julgar todas as causas envolventes de uma relação de 
trabalho. 
De qualquer forma, o Direito do Trabalho pode ser apresentado como individual 
ou coletivo. 
O autor assim os define: 
"o Direito Individual do Trabalho define-se como: complexo de princípios, regras e 
institutos jurídicos que regulam, no tocante às pessoas e matérias envolvidas, a 
relação empregatícia de trabalho, além de outras relações laborais normativamente 
especificadas".(2) 
e 
"...o Direito Coletivo do Trabalho pode ser definido como o complexo de princípios, 
regras e institutos jurídicos que regulam as relações laborais de empregados e 
empregadores, além de outros grupos jurídicos normativamente especificdos, 
considerada sua ação coletiva,realizada autonomamente ou através das respectivas 
associações".(3) 
A reunião do Direito Individual do Trabalho e do Direito Coletivo do Trabalho cria o 
conhecido Direito Material do Trabalho. É o que se chama de Direito do Trabalho no 
sentido lato: 
"...pode, ..., ser definido como: complexo de princípios, regras e institutos jurídicos que 
regulam a relação empregatícia de trabalho e outras relações normativamente 
especificadas, englobando, também, os institutos, regras e princípios jurídicos 
concernentes às relações coletivas entre trabalhadores e tomadores de serviços, em 
especial através de suas associações coletivas".(4) 
Já a denominação Direito do Trabalho é aceita com predominância na doutrina, 
jurisprudência e em muitas leis e outros diplomas normativos. 
Características. 
O autor paraense Noronha Neto explica que o Direito do Trabalho é um ramo jurídico 
autônomo. Isto quer dizer que o mesmo detém características próprias que o 
distinguem dos demais ramos do direito.(5) 
O cearense fundador do Tribunal Regional do Trabalho do Piauí, Francisco Meton 
Marques de Lima, indica que caracterizam este ramo jurídico especializado: 
"socialidade, imperatividade, protecionismo, coletivismo, justiça social, distribuição de 
riqueza".(6) 
Evaristo de Moraes Filho e Antônio Carlos Flores de Moraes, expõem: "a) é um 
direito in fieri, um werdendes Recht, que tende cada vez mais a ampliar-se; b) trata-se 
de uma reivindicação de classe tuitivo por isso mesmo; c) é intervencionista, contra o 
dogma liberal da economia, por isso mesmo cogente, imperativo, irrenunciável; d) é de 
cunho nitidamente cosmopolita, internacional ou universal; a) os seus institutos mais 
típicos são de ordem coletiva ou socializante; f) é um direito de transição, para uma 
civilização em mudança".(7) 
Para Alice Monteiro de Barros, "entre as características do Direito do Trabalho, a 
doutrina nacional aponta: a) a tendência (...) à ampliação crescente; b) o fato de ser 
um direito (...) de reivindicação de classe; c) de cunho intervencionista; d) o caráter 
cosmopolita, isto é, influenciado pelas normas internacionais; e) o fato de os seus 
institutos jurídicos mais típicos serem de ordem coletiva ou socializante; f) o fato de ser 
um direito em transição".(8) 
O Direito do Trabalho é um direito ainda em formação (mutação). 
O Direito do Trabalho tende a incluir, em seu campo de aplicação, um número cada 
vez maior de categorias de relações laborais até então excluídas de sua 
regulamentação. 
Em relação ao protecionismo do Direito do Trabalho, este ramo do direito visa a 
proteger o trabalhador do detentor do poder econômico que com ele se relaciona. 
A tutela do Direito do Trabalho é realizada por meio de normas elaboradas pelo 
Estado ou por meio dos poderes, que restringem a autonomia individual, conferidos 
aos sindicatos. 
No tocante ao dirigismo estatal, também chamado de intervencionismo ou 
imperatividade, o Direito do Trabalho é formado de alguns princípios e normas que 
restringem a autonomia da vontade. 
Mediante as normas do Direito do Trabalho, o Estado assume postura positiva diante 
do impulso individualista dos detentores dos meios de produção, diminuindo a 
liberdade de contratar das classes trabalhadoras, impondo direitos subjetivos 
irrenunciáveis aos trabalhadores e deveres jurídicos inegociáveis aos que exploram 
seu trabalho. 
O Direito do Trabalho não trata os sujeitos da relação laborativa como iguais, 
reconhecendo, na verdade, a inferioridade do trabalhador diante do empregador, razão 
pela qual cria privilégios ao primeiro, a favor de quem suas normas devem ser 
interpretadas, para assim poder diminuir, mediante a desigualdade jurídica criada, a 
desigualdade de fato existente. 
Francisco Meton Marques de Lima afirma ser o Direito do Trabalho um recurso do 
Estado para a promoção da distribuição de riquezas. É que se trataria aqui de uma 
aplicação da clássica noção aristotélica de justiça, segundo a qual se devem tratar 
desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade. 
O Direito do Trabalho, atualmente, tem em vista uma certa coletividade de 
trabalhadores, e não o trabalhador individualmente considerado. 
É possível se constatar várias características comuns no Direito do Trabalho nos 
diferentes países. Fala-se ainda em na existência de um Direito Internacional do 
Trabalho em formação como uma conseqüência da tendência de ampliação do seu 
conteúdo em extensão territorial. 
O Direito do Trabalho procura coordenar os interesses de empresários e trabalhadores 
por meio de medidas que visam realizar os fins sociais almejados pela sociedade. 
O Direito do Trabalho permite o exercício de tarefas de mediador, de compromisso, de 
transição e de transação, entre duas classes sociais em confronto. 
A socialidade ou "humanização do Direito" também caracteriza o Direito do Trabalho. 
Aqui é proposta a prevalência dos interesses sociais sobre os individuais. É um 
abrandamento da concepção individualista do Direito. 
Divisão. 
O Direito do Trabalho pode ser dividido em diferentes sentidos. No sentido amplo, há o 
Direito Material do Trabalho, que é composto do Direito Coletivo e do Direito Individual 
do Trabalho. Há também o Direito Internacional do Trabalho e o Direito Público do 
Trabalho. O Direito Público do Trabalho pode ser dividido em Direito Processual do 
Trabalho, Direito Administrativo do Trabalho, Direito Previdenciário e Acidentário do 
Trabalho, além de, finalmente, o Direito Penal do Trabalho. 
O Direito Penal do Trabalho, porém, é ainda um ramo de efetiva existência muito 
controvertida. 
Restritamente, o Direito do Trabalho seria composto do Direito Individual e do Direito 
Coletivo do Trabalho. 
O Direito Individual do Trabalho seria composto de uma parte geral composta de 
Introdução, Teoria geral do Direito Material do Trabalho e de uma parte especial. A 
Parte Especial abrangeria os "Contratos de Trabalho" e "Situações Empregatícias 
Especiais".(9) 
Autonomia. 
Lembra Delgado que autonomia, no Direito, é uma qualidade a ser atingida por certo 
ramo jurídico de possuir enfoques, princípios, regras, teorias e condutas 
metodológicas próprias de estruturação e dinâmica.(10) 
O Direito do Trabalho, segundo o autor de Minas Gerais, possui óbvia e marcantes 
vastidão e especificidade de campo temático. 
Também possui o Direito do Trabalho teorias específicas e distintivas. As teorias 
trabalhistas das nulidades e das hierarquias das normas jurídicas. 
O Direito do Trabalho possui metodologia e métodos próprios. 
Finalmente, o Direito do Trabalho possui perspectivas e questionamentos específicos 
e próprios. 
Desde a plena institucionalização do Direito do Trabalho no século XX, já não se 
questiona mais a autonomia justrabalhista. 
2.1.Natureza. 
Segundo Delgado, a definição, ou seja, a busca da essência e a classificação, ou 
melhor, a busca do posicionamento comparativo fazem compreender a natureza do 
assunto tratado. 
Aqui tem-se a velha e infindável discussão a respeito de se saber se o Direito do 
Trabalho é parte do 2.1.1.Direito Público ou do 2.1.2. Direito Privado (majoritária, 
na doutrina e na jurisprudência) e 2.1.3.Teoria do Direito do Trabalho como 
natureza jurídica mista. 
Enfocando a substância central do Direito do Trabalho que seria a relação de 
emprego, a conclusão a que se chega o autor é a de o Direito do Trabalho tem 
natureza de Direito Privado, haja vista que a relação se daria entre particulares. 
Funções 
O fundamento e a principal função do Direito do Trabalho seria a de impedir a 
exploração do trabalho humano como fonte de riqueza dos detentores do capital. 
Luiz Carlos Amorim Robortella, em seu texto "Terceirização: tendências em doutrina e 
jurisprudência", explica que o Direito do Trabalho tem a função de organizar e 
disciplinar a economia,podendo ser concebido como verdadeiro instrumento da 
política econômica. Este ramo do Direito teria deixado de ser somente um direito da 
proteção do mais fraco para ser um direito de organização da produção. Ao invés de 
ser apenas direito de proteção do trabalhador e redistribuição da riqueza, converteu-se 
em direito da produção, com especial ênfase na regulação do mercado de 
trabalho.(11). 
2.2. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO 
Segundo Godinho (2015, p. 140), as fontes, na teoria jurídica captou a expressão em 
seu sentido metafórico. Assim, no pano dessa teoria, fontes do Direito consubstancia a 
a expressão metafórica para designar a origem das normas jurídicas. 
Classificam-se em 
(a) Materiais: primeira relação jurídica factual, com o fato gênese da relação 
jurídica (figura do nomogêneses). 
 
(b) Formais: são os mecanismos exteriores e estilizados pelos quais as normas 
ingressam, instauram e cristalizam-se na ordem jurídica (Godinho, p. 142) 
 
b.1.) Autônomas: não há intervenção de terceiros, imediata participação dos 
principais interessados – Acordos, Convenções Coletivas de Trabalho. 
 
b. 2) Heterônomas: há interferência estatal in casu. Segundo Godinho, são 
normas cuja produção não caracteriza pela imediata participação dos 
destinatários principais das normas regras jurídicas. São, em geral, de origem 
estatal, tais como: CF, CLT, CC, Jurisprudência, Regulamentos, Regimentos 
Internos, Súmulas, Sentença Normativa, LOrd, LC, EC, MP, Regulamento de 
Empresas, Portaria. 
 
b. 3) Normas, Regras e Princípios (Godinho). 
 
Questão 
“Na linguagem popular, fonte é origem, é tudo aquilo de onde provém alguma coisa. Já 
sob o prisma jurídico, a fonte é vista como origem do direito, incluídos os fatores sociais, 
econômicos e históricos. Como fundamento de validade da norma jurídica, a fonte 
pressupõe um conjunto de normas, em que as de maior hierarquia constituem fonte das 
de hierarquia inferior. Finalmente, por fonte entende-se, ainda, a exteriorização do direito, 
os modos pelos quais se manifesta a norma jurídica" (BARROS, Alice Monteiro de. Curso 
de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2011, p. 81). 
 
Usando a lição acima como fonte de inspiração, bem como a regra celetista que preceitua 
a aplicação das fontes de direito do trabalho (Art. 8º, da Consolidação das Leis do 
Trabalho), avalie as assertivas abaixo, à luz do posicionamento legal e majoritário na 
doutrina trabalhista, e assinale a correta: 
 
I – É permitido, como regra, às autoridades administrativas e à Justiça do Trabalho, na 
falta de disposições legais ou contratuais, decidirem, conforme o caso, por equidade. 
 
II – Como fenômeno estrutural e econômico de extrema relevância para as relações 
laborais no mundo, especialmente ante seu reflexo na estruturação e disseminação do 
sistema capitalista, a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, constituiu fonte 
material básica do direito do trabalho. 
 
III – De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a analogia e a doutrina, na falta 
de disposições legais ou contratuais, poderão ser invocadas como fontes supletivas de 
aplicação do direito no caso concreto. 
 
IV – A sentença arbitral, quando exarada na solução de conflito coletivo de trabalho, 
classifica-se como fonte formal, autônoma e não estatal de direito do trabalho. 
 
A. apenas as assertivas III e IV estão corretas; 
B. apenas as assertivas I, II e III estão corretas; 
C. apenas as assertivas I, II e IV estão corretas; 
D. apenas as assertivas II e IV estão corretas; 
E. apenas as assertivas I e II estão corretas. 
 
Obs: As Súmulas do TST não possuem efeito cogente, somente orientador, dar-se-á 
as justiça do Trabalho na questão de unificação de entendimento jurisprudencial com 
ausência de segurança jurídica (juízes legisladores). 
REFERÊNCIAS: 
1DELGADO (2005:49). 2. (2005:51).3. Idem 4. (2005:52). 5. NORONHA NETO, Francisco Tavares. 
Noções fundamentais de Direito do Trabalho . Jus Navigandi, Teresina, a. 10, n. 904, 24 dez. 2005. 
Disponível em: . Acesso em 27 dez. 2005. 6. LIMA, Francisco Meton Marques de. Elementos de direito do 
trabalho. 10ª ed. São Paulo: LTR, 2004. p. 28 apud NORONHA NETO (2005).7. MORAES FILHO, 
Evaristo de. e MORAES, Antonio Carlos Flores de. Introdução ao direito do trabalho. 7ª ed. São Paulo: 
LTR, 1995. p. 59, apud NORONHA NETO (2005).8. BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do 
Trabalho. São Paulo: Ltr, 2005. p. 87 apud NORONHA NETO (2005). 9. DELGADO (2005:64-65).10. 
(2005:66-67).11. ROBORTELLA, Luiz C. A., Terceirização: Tendências em Doutrina e Jurisprudência, 
BUSCALEGIS, Sítio da Universidade Federal de Santa Catarina, no endereço eletrônico: 
http://150.162.138.14/arquivos/Terceirizacao-tendencias_em_doutrina_e_jurisprudencia.htm, disponível 
em 27 de dezembro de 2005, às 17:00 horas (GMT-4). 
 
3. PRINCIPIOS DO DIREITO DO TRABALHO3 
A) Principio da Proteção – informa este princípio que o Direito do Trabalho estrutura 
em seu interior, com sua regras, institutos, princípios e presunções próprias, uma teia 
de proteção à parte hipossuficiente na relação empregatícia – o obreira, no plano 
jurídico, o desequilíbrio inerente ao plano fático do contrato de trabalho. 
O princípio tutelar influi em todos os segmentos do Direito Individual do Trabalho, 
influindo na própria perspectiva desse ramo ao construir-se desenvolver-se como 
direito. 
B) Princípio da Norma Mais Favorável — O presente princípio dispõe que o 
operador do Direito do Trabalho deve optar pela regra mais favorável ao obreiro em 
três situações ou dimensões distintas: no instante de elaboração da regra (princípio 
orientador da ação legislativa, portanto) ou no contexto de confronto entre regras 
concorrentes (princípio orientador do processo de hierarquia, de normas trabalhistas) 
ou, por fim, no contexto de interpretação das regras jurídicas (princípio orientador do 
processo de revelação do sentido da regra trabalhista). 
C) Princípio da Imperatividade das Normas Trabalhistas — Informa tal princípio 
que prevalece no segmento juslaborativo o domínio de regras jurídicas obrigatórias, 
em detrimento de regras apenas dispositivas. desequilíbrio de poderes inerente ao 
contrato de emprego. 
 
3 Sugerimos neste tema, a pesquisa jurisprudencial sobre os mesmo, pois sua incidência devem 
mudar de acordo com o caso concreto, observado que o ramo do direito do trabalho traz um 
dinamismo e inúmeras situações práticas diferentes a cada dia. 
D) Princípio da Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas — O presente princípio 
é projeção do anterior, referente à imperatividade das regras trabalhistas. Ele traduz a 
inviabilidade técnico-jurídica de poder o empregado despojar-se, por sua simples 
manifestação de vontade, das vantagens e proteções que lhe asseguram a ordem 
jurídica e o contrato. 
E) Princípio da Condição Mais Benéfica — Este princípio importa na garantia de 
preservação, ao longo do contrato, da cláusula contratual mais vantajosa ao 
trabalhador, que se reveste do caráter de direito adquirido (art. 59, XXXVI, CF/88). 
Ademais, para o princípio, no contraponto entre dispositivos contratuais concorrentes, 
há de prevalecer aquele mais favorável ao empregado. 
F) Princípio da inalterabilidade Contratual Lesiva — O princípio da inalterabilidade 
contratual lesiva é especial do Direito do Trabalho. Contudo, sua origem é claramente 
exterior ao ramo justrabalhista, inspirado no principio geral do direito civil da 
inalterabilidade dos contratos (pacta sunt servanda) 
G) Princípio da Intangibilidade Salarial — Estabelece o princípio da intangibilidade 
dos salários que esta parcela justrabalhista merece garantias diversificadas da ordem 
jurídica, de modo a assegurar seu valor, montante e disponibilidade em benefíciodo 
empregado. Este merecimento deriva do fato de considerar-se ter o salário caráter 
alimentar, atendendo, pois, as necessidades essenciais do ser humano. 
H) Princípio da Primazia da Realidade sobre a Forma — O princípio da primazia da 
realidade sobre a forma (chamado ainda de princípio do contrato realidade) amplia a 
noção civilista de que o operador jurídico, no exame das declarações volitivas, deve 
atentar mais à intenção dos agentes do que ao envoltório formal através de que 
transpareceu a vontade (art. 85, CCB/1916; art. 112, CCB/2002). 
I) Princípio da Continuidade da Relação de Emprego — Informa tal princípio que é 
de interesse do Direito do Trabalho a permanência do vínculo empregatício, com a 
integração do trabalhador na estrutura e dinâmica empresariais. 
4. APLICAÇÃO TERRITORIAL 
O Direito do Trabalho submete-se também ao critério jurídico geral que rege o conflito 
das normas jurídicas no espaço: a norma jurídica a se aplicar à relação de emprego 
será aquela do lugar da execução dos serviços. Trata-se do critério da territorialidade 
(ou da lex loci executionis), reconhecido pela Convenção de Direito Internacional 
Privado de Havana, ratificada pelo Brasil (Código Bustamante, de 1928). Tal 
orientação foi expressamente assimilada pela jurisprudência: “a relação jurídica 
trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação do serviço e não por 
aquelas do local da contratação” (Súmula 207, TST). 
As relações empregatícias marítimas submetem-se, de maneira geral, a diretriz 
própria, regendo-se pela lei do pavilhão do navio, que tende a se normalmente, , a do 
país de domicilio do armador/empregador. 
A lei 7.064/82, que “regula a situação de trabalhadores contratados no Brasil, ou 
transferidos por empresas prestadoras de serviços de engenharia, inclusive 
consultoria, projetos e obras, montagens, gerenciamento, para prestar serviços no 
exterior” (art. 1º, Lei n. 7.064/82). 
VIGORA O PRÍCIPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL, QUANDO HOUVER 
CONFLITO ENTRE NORMA ESTRANGEIRA E BRASILEIRA. 
Para GODINHO o critério da territorialidade deixa de se aplicar às transferências de 
trabalhadores contratados ou transferidos para prestar serviços no estrangeiro: tais 
contratos passam a se submeter à legislação brasileira de proteção ao trabalho, 
naquilo que não for incompatível com o disposto na Lei n. 7.064/82, quando mais 
favorável do que a legislação territorial estrangeira, observado o conjunto de normas 
em relação a cada matéria (art. 3S, II, Lei n. 7.064). 
 Importante observar que, no processo do trabalho, há configuração de dois 
momentos i. fase de conhecimento e outro, ii. fase de execução. 
Em relação as imunidades estrangeiras que, i. fase do PCLT não tem imunidade, na ii. 
fase possuem imunidade, vejas o entendimento descrito abaixo OJI – SIDI 416 TST 
416. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. ORGANIZAÇÃO OU ORGANISMO INTERNACIONAL. 
(DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012) 
As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de jurisdição 
quando amparados por norma internacional incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, 
não se lhes aplicando a regra do Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos 
praticados. Excepcionalmente, prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia 
expressa à cláusula de imunidade jurisdicional. 
 
INFORMATIVO – TST 
ENQUADRAMENTO SINDICAL. PROPAGANDISTA-VENDEDOR DE PRODUTOS 
FARMACÊUTICOS. ATIVIDADE-FIM DA EMPRESA QUE SE COADUNA COM O SERVIÇO 
PRESTADO PELO AUTOR. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 374 DO TST. APLICAÇÃO DA 
CONVENÇÃO COLETIVA ENTABULADA EM SANTA CATARINA, LUGAR DA PRESTAÇÃO 
DO TRABALHO. O enquadramento sindical levar em conta a atividade preponderante do 
empregador. É pertencente a categoria diferenciada o trabalhador que pertence a categoria 
classificada como tal pelo Ministério do Trabalho e Emprego e desde que tal categoria difira da 
categoria dos trabalhadores pertencentes à categoria predominante na empresa. Ainda que a 
categoria seja classificada como diferenciada, se é a mesma dos trabalhadores que 
preponderam na empresa, não há falar em aplicação da Súmula nº 374 do TST. De acordo 
com o art. 611 da CLT, a norma coletiva aplicável é a do local da prestação do trabalho, 
sucessivamente, a da sede da empresa. (...) entendo que a norma coletiva juntada à inicial 
deve ser aplicada ao autor, nada importando o fato de a ré não se considerar filiada à 
Federação do Comércio de Santa Catarina ou de ela não figurar no rol de associados da 
Federação. Dito isso, dou provimento ao recurso neste ponto para reconhecer que o autor é 
propagandista-vendedor de produtos farmacêuticos, categoria preponderante dos 
trabalhadores da empresa-ré, não se aplicando, entretanto, a Súmula 374 do TST, tendo em 
vista que o autor atuava diretamente no ramo ditado pela atividade-fim da empresa, devendo 
ser aplicada ao caso a Convenção Coletiva anexada à exordial, por aplicação do princípio 
da territorialidade disposto no art. 611 da CLT. 
 
5. APLICAÇÃO TEMPORAL 
O Direito do Trabalho submete-se ao princípio jurídico geral que rege o conflito das 
normas jurídicas no tempo: a norma jurídica emergente terá simples efeito imediato, 
respeitando, assim, o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada (art. 52, 
XXXVI, CF/88). 
Distinguem-se, pois, no tocante ao conflito das leis no tempo, três tipos de 
consequências normativas: efeito retroativo (regente de situações já consumadas, 
juridicamente, sob a égide da lei anterior); efeito imediato (regente de situações em 
curso à época do surgimento da lei ou ainda não consumadas no referido instante); 
efeito diferido (regente de situações futuras em comparação à data de vigência da 
norma jurídica). 
Princípio da Aderência Contratual — Informa o princípio da aderência contratual que 
preceitos normativos e cláusulas contratuais tendem a aderir ao contrato de trabalho 
com intensidade e extensão temporais diferenciadas 
O Tribunal Superior do Trabalho editou a Súmula 277,1, fixando diretriz com respeito 
à aderência contratual de dispositivos de sentença normativa, convenção coletiva e 
acordos coletivos de trabalho, optando pelo critério da aderência limitada pelo prazo: 
“As condições de trabalho alcançadas por força de sentença normativa, convenção ou 
acordos coletivos vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os 
contratos individuais de trabalhado’. 
A Seção de Dissídios Coletivos, entretanto, com respeito à duração das sentenças 
normativas, aponta na linha de sua maior permanência, à luz do novo Precedente 
Normativo n. 120: “A sentença normativa vigora, desde seu termo inicial até que 
sentença normativa, convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho 
superveniente produza sua revogação, expressa ou tácita, respeitado, porém, o prazo 
máximo legal de quatro anos de vigência. 
Neste tópico, assenta o entendimento de regra geral do principio da irretroatividade 
das normas jurídicas. 
TST 
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. DANO MORAL DECORRENTE DE 
ACIDENTE DE TRABALHO OCORRIDO DURANTE A VIGÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL DE 
1916. AÇÃO AJUIZADA NA VIGÊNCIA DO ATUAL CÓDIGO CIVIL. PRAZO 
PRESCRICIONAL. Trata-se de ação de reparação civil por dano moral ajuizada após a entrada 
em vigor do Código Civil de 2002, mas com fundamento em fatos ocorridos na vigência do 
Código Civil de 1916, o que impõe a aplicação da regra de transição constante do art. 2.028 do 
Código Civil em vigor, respeitando-se o princípio da irretroatividade das regras jurídicas. À 
época do acidente, o prazo aplicável era o de vinte anos, previsto no artigo 177 do Código Civil 
de 1916. Contudo, antes do ajuizamento da ação (8/8/2003), entrou em vigor o Código Civil de 
2002 (11/1/2003), que reduziu o prazo prescricional para três anos (art. 206,§ 3º, V), dispondo, 
em seu art. 2.028, que serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por esse código, e 
se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo 
estabelecido na lei revogada. Na data de entrada em vigor do novo Código Civil, em 11/1/03, 
ainda não havia decorrido dez anos da data do acidente, razão pela qual, pela regra civilista do 
prazo prescricional, teve início a fluência do prazo de três anos previstos no art. 206, § 3º, V, do 
novo Código Civil. Em razão disso, o reclamante tinha 3(três) anos, a contar do dia 12 de 
janeiro de 2003, para exercer o direito de ação. Assim, protocolizada a petição inicial no dia 8 
de agosto de 2003, o prazo prescricional não tinha se extinguido. Divergência inservível 
(Súmula nº 337/TST) e inespecífica (Súmula nº 296, I, TST). Agravo de instrumento a que se 
nega provimento" (AIRR-203/2006-076-03-41.0, Ac. 5ª Turma, Rel. Ministra Kátia Magalhães 
Arruda, DEJT 5/6/2009). 
Súmula nº 244 do TST 
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na sessão do 
Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 
27.09.2012 I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao 
pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II - A garantia 
de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de 
estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos 
correspondentes ao período de estabilidade. III - A empregada gestante tem direito à 
estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por 
tempo determinado. 
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 
1.CONCEITO 
Para Min. GOINHO o Direito Coletivo do Trabalho como o complexo de institutos, 
princípios e regras jurídicas que regulam as relações laborais de empregados e 
empregadores e outros grupos jurídicos normativamente especificados, considerada 
sua ação coletiva, realizada autonomamente ou através das respectivas entidades 
sindicais. 
1.1.CONTEUDO 
O conteúdo do Direito Coletivo do Trabalho é, pois, dado pelos princípios, regras e 
institutos que regem a existência e desenvolvimento das entidades coletivas 
trabalhistas, inclusive suas inter-relações, além das regras jurídicas trabalhistas 
criadas em decorrência de tais vínculos. São os princípios e normas regulatórios dos 
sindicatos, da negociação coletiva, da greve, do dissídio coletivo, da mediação e 
arbitragem coletivas, ao lado dos dispositivos criados pela negociação coletiva e 
dissídios coletivos, por exemplo. 
1.2. ASPETOCOS HISTÓRICOS 
Influência do Dto comparado (Ver FRA 1789) 
A CF em seu art. 5º diciplina diretrizes mínimas para o direito do trabalho, veja-se 
(...) 
 XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; CLT Art. 511. 
É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses 
econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, 
agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, 
respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares 
ou conexas. 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; CLT Art. 513. São prerrogativas dos 
sindicatos :a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses 
gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou interesses individuais dos associados 
relativos á atividade ou profissão exercida ;b) celebrar contratos coletivos de trabalho; c) eleger 
ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal; d) colaborar com o 
Estado, como órgãos técnicos e consultivos, na estudo e solução dos problemas que se 
relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal; e) impor contribuições a todos 
aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais 
representadas. Parágrafo Único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerrogativa 
de fundar e manter agências de colocação. 
Também nos seguintes artigos CF 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o 
registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na 
organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa 
de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos 
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um 
Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, 
inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será 
descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical 
respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a 
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o 
final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e 
de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a 
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. OBS. O 
LIMITE DE GREVE DEVE SER RESPEITADO E ATENDER OS REQUISITOS QUE A LEI 
DETERMINAR 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das 
necessidades inadiáveis da comunidade. 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos 
órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de 
discussão e deliberação. 
 Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um 
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com 
os empregadores. 
2. FUNÇÃO DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 
2.1.CRIAÇÃO DE NORMAS 
2.2. COMPOSITIVA – PACIFICAÇÃO COLETIVA 
2.3.SOCIOPOLÍTICA 
2.4.FUNÇÃO ECONOMICA 
3. PRINCIPIOS 
3.1. LIBERDADE SINDICAL – 8º, I CF 
RECURSO DE EMBARGOS. AGRAVO. RECURSO DE REVISTA. 
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL CONVENCIONAL. EMPREGADOS NÃO FILIADOS AO 
SINDICATO. COBRANÇA INDEVIDA. LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E SINDICALIZAÇÃO. 
PRECEDENTE NORMATIVO 119/TST. A Constituiçãoda República, em seus arts. 5º, XX, e 
8º, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização. É ofensiva a essa modalidade 
de liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa 
estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para custeio do 
sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da 
mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que 
inobservem tal restrição, tornam-se passíveis de devolução os valores irregularmente 
descontados (Precedente Normativo 119/TST). Decisão da turma em consonância com a 
jurisprudência iterativa, notória e atual do TST, a atrair a incidência da Súmula 333/TST. 
Recurso de embargos não conhecido." (E-ED-A-RR - 51420/2002-900-02-00, DJ - 18/05/2007, 
Rel. Min. Rosa Maria Weber, decisão unânime) 
3.2. AUTNOMIA COLETIVA OU PODER DE REGULAMENTAÇÃO 
3.3. INTERVENÇÃO OBRIGATÓRIA DOS SINDICATOS – 8º, III CF E 611 DA CLT 
3.4. PRINCIPIO DA CRIATIVIDADE DA NORMA JURIDICA 
3.5. PRINCIPIO DA ADEQUAÇÃO 
RECURSO DE REVISTA. 1. DANOS MORAIS. INDENIZAÇÃO. CRITÉRIO DE FIXAÇÃO. Não 
há na legislação pátria delineamento do quantum a ser fixado a título de dano moral. Caberá ao 
juiz fixá-lo, eqüitativamente, sem se afastar da máxima cautela e sopesando todo o conjunto 
probatório constante dos autos. A lacuna legislativa na seara laboral quanto aos critérios para 
fixação leva o julgador a lançar mão do princípio da razoabilidade, cujo corolário é 
o princípio daproporcionalidade, pelo qual se estabelece a relação de equivalência entre a 
gravidade da lesão e o valor monetário da indenização imposta, de modo que possa propiciar a 
certeza de que o ato ofensor não fique impune e servir de desestímulo a práticas inadequadas 
aos parâmetros da lei. No caso dos autos, tem-se que o valor arbitrado a título de indenização 
por danos morais - R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) - pautou-se em parâmetros claramente 
razoáveis, como a intensidade do sofrimento, a gravidade da lesão e a capacidade financeira 
do ofensor. Recurso de revista não conhecido. 2. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. CONDENAÇÃO 
EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS COM FUNDAMENTO NO ART. 18, "CAPUT", DO CPC. 
IMPOSSIBILIDADE. No caso dos presentes autos, a imposição de multa por litigância de má-fé 
justifica-se diante do reconhecimento de que a Reclamada alterou o texto da sentença ao 
transcrevê-la, de forma a desvirtuar a essência da afirmação contida na decisão, em evidente 
desrespeito ao Poder Judiciário, conforme registrou o Tribunal Regional. Contudo, não se 
permite condenar a parte litigante de má-fé ao pagamento de honorários advocatícios com 
fundamento no art. 18, caput, do CPC, pois os honorários advocatícios estão condicionados 
estritamente ao preenchimento dos requisitos indicados na Súmula nº 219 do TST, ratificada 
pela Súmula nº 329 da mesma Corte, devendo a parte estar assistida por sindicato da 
categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal ou 
encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio 
sustento ou de sua família. Recurso de revista conhecido e parcialmente provido, no 
aspecto 
3.6. EQUIVALÊNCIA DOS NEGÓCIOS – OJ 342 – TST 
3.7. LIMITE DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA – RESPEITO A LEIS E CF 
RECURSO DE REVISTA. 1. PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA EM RAZÃO DO 
LUGAR. Tratando-se de incompetência em razão do lugar e, portanto, relativa, a nulidade 
depende da comprovação de prejuízo à parte que suscitou a exceção de incompetência. Ora, 
não se declara eventual nulidade, no Direito Processual do Trabalho, se não se verificar 
manifesto prejuízo às partes litigantes (art. 794, CLT) ou caso seja possível suprir-se a falta ou 
repetir-se o ato (art. 796, a, CLT). Dessa feita, na hipótese, não alegado pela Reclamada 
nenhum prejuízo capaz de justificar a nulidade dos atos processuais praticados, não há como 
acolher a preliminar. Recurso de revista não conhecido. 2. MULTA POR EMBARGOS DE 
DECLARAÇÃO PROTELATÓRIOS. Os embargos de declaração, como instrumento de 
aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, têm os limites estritos traçados nos artigos 897-A e 
535 do CPC, isto é, cabem tão-somente quando presentes os vícios de obscuridade, 
contradição ou omissão do julgado. A utilização de tal ferramenta processual em 
desvirtuamento da finalidade prevista em lei, como na hipótese em que a Reclamada aponta 
vício inexistente, evidencia o caráter protelatório do recurso, culminando na correta aplicação 
da multa prevista no artigo 538, parágrafo único, do CPC. Recurso de revista não conhecido. 
3. AVISO PRÉVIO. MATÉRIA FÁTICA.A pretensão da parte recorrente importa, 
necessariamente, no reexame de fatos e provas, o que encontra óbice na Súmula 126/TST e 
inviabiliza o seguimento do recurso. Recurso de revista não conhecido. 4. HORAS IN 
ITINERE. LIMITAÇÃO POR NORMA COLETIVA. DESFUNDAMENTADO. A jurisprudência 
tem se firmado no sentido de que a flexibilização por norma coletivanegociada não pode 
afrontar regra legal imperativa. Desse modo, no que tange às horas itinerantes, a flexibilização 
por via da norma coletiva é válida até o advento da Lei 10.243/01, prevalecendo a norma legal 
após o advento dessa. Antes de existir lei imperativa a respeito do tema, mas simples 
entendimento jurisprudencial (Súmula 90 TST), a flexibilização era ampla, obviamente. 
Surgindo lei imperativa (n. 10.243, de 19.06.2001, acrescentando dispositivos ao art. 58 da 
CLT), não há como suprimir-se direito laborativo fixado por norma jurídica heterônoma estatal. 
Não há tal permissivo elástico na Carta de 1988 (art. 7º, VI, XIII, XIV e XXVI, CF/88). A 
jurisprudência do TST, entretanto, firmou entendimento no sentido de que, pelo menos no 
tocante às horas itinerantes, é possível ànegociação coletiva estipular um montante estimativo 
de horas diárias, semanais ou mensais, pacificando a controvérsia, principalmente em virtude 
de o próprio legislador ter instituído poderes maiores à negociação coletiva neste específico 
tema (§3º do art. 58 da CLT, acrescido pela LC 123/2006). De todo modo, não é viável 
à negociação coletiva suprimir o direito, porém apenas fixar-lhe o montante numérico, 
eliminando a res dubia existente (quanto ao montante). No caso em tela, entretanto, o recurso 
de revista encontra-se desfundamentado, no tema, uma vez que a Reclamada não infirma 
todos os fundamentos do acórdão Regional, ficando silente no tocante à nulidade dos Acordos 
Coletivos de trabalho, sob o enfoque da irregularidade formal das normas coletivas, nos termos 
do art. 612 da CLT.Recurso de revista não conhecido. 5. VERBAS RESCISÓRIAS E 
EVOLUÇÃO DOS VENCIMENTOS. MATÉRIA FÁTICA. O Regional não decidiu a matéria à 
luz do art. 372 do CPC e a parte não procurou obter o necessário pronunciamento quando da 
interposição dos embargos de declaração. Incidência da Súmula 297/TST. Recurso de revista 
não conhecido. 6. FGTS SOBRE FÉRIAS INDENIZADAS. DESFUNDAMENTADO. O recurso 
de revista, quanto ao tema, encontra-se desfundamentado, uma vez que a Reclamada não 
infirma os fundamentos do acórdão Regional, ficando silente no tocante à ausência de 
interesse recursal, uma vez que a sentença não determinou o pagamento de FGTS sobre 
férias indenizadas. Recurso de revista não conhecido.7. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 
HIPÓTESE DE CABIMENTO. SÚMULA 219/TST. A teor da Súmula 219/TST, que encerra 
regra específica acerca dos honorários advocatícios nesta Justiça Especializada, a 
condenação da referida verba não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a 
parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário 
inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe 
permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. Em razão desseentendimento, não pode prevalecer a condenação na verba honorária se o Reclamante 
encontra-se representado por advogado particular. Recurso de revista conhecido e provido, 
no particular. 
3.8. FLEXIBILIZAÇÃO – PREPODERANCIA DO INTERESSE COLETIVO SOB O 
INTERESSE PRIVADO 
“[...]. Recurso extraordinário conhecido e provido.' (STF, RE-101.126-2/RJ, Relator Ministro 
Moreira Alves, publicado no DJ 1/3/1985) Desse modo, apenas por lei de iniciativa do chefe do 
Poder Executivo é possível instituir vantagens remuneratórias aos seus empregados, dado que 
a norma da alínea -a- do inciso II do artigo 61 da Constituição ser-lhe plenamente aplicável. 
Essa disparidade de tratamento dispensado à empresa privada e à Administração Pública 
justifica-se em razão de lhe caber, com maior preponderância, zelar pelo bem comum, de 
modo que esse há de prevalecer sobre o interesse individual do empregado público. 
3.9. EQUILÍBRIO SOCIAL OU PAZ SOCIAL 
3.10. INESCUSABILIDADE SOCIAL – 611 CLT. 
As partes não podem alegar não tentativa de negociação, onde esta é requisito. 
RECURSO ORDINÁRIO. DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA ECONÔMICA. AUSÊNCIA 
DE COMUM ACORDO. PRESSUPOSTO PROCESSUAL NÃO OBSERVADO. EXTINÇÃO DO 
PROCESSO. Pacífico o entendimento desta Corte segundo o qual a exigência do comum 
acordo representa pressuposto específico de constituição e desenvolvimento válido e regular 
do processo coletivo de natureza econômica. Caso em que a Parte suscitada, em preliminar 
apresentada na defesa, arguiu ausência de comum acordo, não havendo ato por ela até então 
praticado que, com tal desiderato, seja incompatível. Processo extinto, sem resolução de 
mérito. Recurso Ordinário a que se nega provimento. Cabe esclarecer que o princípio que 
resguarda a existência de uma negociação coletiva válida é o princípio 
da inescusabilidadenegocial, previsto no art. 616 da CLT, segundo o qual o ente coletivo - seja 
ele um Sindicato ou mesmo uma empresa - não pode se recusar a buscar o entendimento, 
uma vez provocado a fazê-lo. Note-se: nosso Direito não obriga ao entendimento. O que se 
espera dos seres coletivos é uma atuação pautada pela colaboração e respeito recíprocos, 
consubstanciada na resposta afirmativa ao convite de dialogar. Uma questão de consideração. 
Quando a parte senta-se à mesa e inicia as tratativas, está cumprido este dever de negociar. 
Ainda que simplesmente limite-se a manifestar o rechaço à pretensão da outra, desde que haja 
uma justificativa plausível e um embasamento minimamente convincente sob o ponto de vista 
jurídico para a negativa, sob pena de estar agindo com abuso de direito, em afronta ao art. 187 
do Código Civil Brasileiro. Aqui o descumprimento injustificado do princípio em questão trará 
consequências negativas à parte que o violar. Na hipótese dos presentes autos, não há de se 
falar em ausência de comum acordo porque nada de comum houve entre Suscitantes e 
Suscitados: não houve negociação, não houve diálogo, não houve apresentação de propostas 
e contrapropostas porque estes últimos simplesmente se recusaram a conversar, em atitude 
ilegal e abusiva. Consta da CF/88 que é obrigatória a participação dos (art. 8Sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho .º, VI). A CLT também estabelece que os Sindicatos, quando 
provocados, como dito, não podem recusar-se à negociação coletiva (art. 616, caput). Por isso 
mesmo, não podem os Suscitados recusarem-se, injustificadamente, ao diálogo com o 
Sindicato representativo da categoria profissional. A conduta por eles apresentada é ilegal 
(porque fere os arts. 8.º, VI, da CF/88 e 616 da CLT), anti-sindical (porque visa impedir que os 
Sindicatos da categoria oposta defendam os interesses dos trabalhadores por eles 
representados) e se reveste de flagrante má-fé (porque pretende obstar o acesso dos 
Suscitantes ao Poder Judiciário). E mais: a conduta dos Suscitados é contrária à sua própria 
natureza jurídica de organismo sindical. Ora, Sindicato que se recusa a negociar está negando 
sua própria razão de ser, sua própria utilidade perante o meio social e perante o ordenamento 
jurídico. Sindicato que se furta da negociação, recusa-se a cumprir sua função. Tal recusa 
constitui negação ontológica da prerrogativa e do dever que lhe foram claramente 
estabelecidos nos arts. 8.º, VI, da CF/88 e 616, caput, da CLT. Sindicato que recusa a dialogar 
e a negociar nem sequer deve existir. 
4. DOS SINDICATOS - ide 511 a 569 da CLT 
4.1. Princípio da Intervenção Obrigatória 
Art. 5º CF VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações 
coletivas de trabalho; 
4.2. Conceito 
Para GODINHO são entidades associativas permanentes, que representam 
trabalhadores vinculados por laços profissionais e laborativos comuns, visando 
tratar de problemas coletivos das respectivas bases representadas, 
defendendo seus interesses trabalhistas e conexos, com o objetivo de lhes 
alcançar melhores condições de labor e vida. 
CLT Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa 
e coordenação dos seus interesses econômicos ou 
profissionais de todos os que, como empregadores, 
empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou 
profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma 
atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou 
conexas. 
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que 
empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, 
constitue o vínculo social básico que se denomina categoria 
econômica. 
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou 
trabalho em comum, em situação de emprego na mesma 
atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou 
conexas, compõe a expressão social elementar compreendida 
como categoria profissional. 
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos 
empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas 
por força de estatuto profissional especial ou em consequência 
de condições de vida singulares. (Vide Lei nº 12.998, de 2014) 
§ 4º Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam 
as dimensões dentro das quais a categoria econômica ou 
profissional é homogênea e a associação é natural . 
4.3. Princípio da Unicidade Sindical 
CF Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: II 
- é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, 
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base 
territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores 
interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; 
CLT - Art. 516 - Não será reconhecido mais de um Sindicato representativo da 
mesma categoria econômica ou profissional, ou profissão liberal, em uma dada 
base territorial. 
Art. 517. Os sindicatos poderão ser distritais, municipais, intermunicipais, 
estaduais e interestaduais. Excepcionalmente, e atendendo às peculiaridades 
de determinadas categorias ou profissões, o ministro do Trabalho, Indústria e 
Comércio poderá autorizar o reconhecimento de sindicatos nacionais. § 1º O 
ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, outorgará e delimitará a base 
territorial do sindicato. § 2º Dentro da base territorial que lhe for determinada é 
facultado ao sindicato instituir delegacias ou secções para melhor proteção dos 
associados e da categoria econômica ou profissional ou profissão liberal 
representada. 
Convenção 87 OIT 
4.4. Classificação – Organização 
4.4.1. Econômica 
4.4.2.Profissional 
4.4.3. Atividade diferenciada 
Súmula nº 374 do TST NORMA COLETIVA. CATEGORIA DIFERENCIADA. 
ABRANGÊNCIA. Empregado integrante de categoria profissional diferenciada 
não tem o direito de haver de seu empregador vantagens previstas em 
instrumento coletivo no qual a empresa não foi representada por órgão de 
classe de sua categoria 
CLT Art. 511. É lícita a associação parafins de estudo, defesa e coordenação 
dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como 
empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou 
profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou 
profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas. 
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados 
que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto 
profissional especial ou em consequência de condições de vida 
singulares. (Vide Lei nº 12.998, de 2014) 
 
5. Sistema Confederativo 
5.1. Sindicato 
 
 
 
 
(a) Do registro – CLT 
5 Sind = 1 Federação 
3 Federação = 1 Confederação 
Art. 558 - São obrigadas ao registro todas as associações profissionais constituídas por 
atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas, de acordo com o art. 511 e na 
conformidade do Quadro de Atividades e Profissões a que alude o Capítulo II deste Título. 
As associações profissionais registradas nos termos deste artigo poderão representar, 
perante as autoridades administrativas e judiciárias, os interesses individuais dos 
associados relativos à sua atividade ou profissão, sendo-lhes também extensivas as 
prerrogativas contidas na alínea "d" e no parágrafo único do art. 513. 
§ 1º O registro a que se refere o presente artigo competirá às Delegacias Regionais do 
Ministério do Trabalho e Previdência Social ou às repartições autorizadas em virtude da 
lei. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 925, de 10.10.1969) 
§ 2º - O registro das associações far-se-á mediante requerimento, acompanhado da cópia 
autêntica dos estatutos e da declaração do número de associados, do patrimônio e dos 
serviços sociais organizados. 
§ 3º - As alterações dos estatutos das associações profissionais não entrarão em vigor 
sem aprovação da autoridade que houver concedido o respectivo registro. 
 
5.2. Federação 
Art. 534 - É facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a 5 
(cinco), desde que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades 
ou profissões idênticas, similares ou conexas, organizarem-se em 
federação. (Redação dada pela Lei nº 3.265, de 22.9.1957) 
§ 1º - Se já existir federação no grupo de atividades ou profissões em que deva 
ser constituída a nova entidade, a criação desta não poderá reduzir a menos de 
5 (cinco) o número de Sindicatos que àquela devam continuar 
filiados. (Incluído pela Lei nº 3.265, de 22.9.1957) 
§ 2º - As federações serão constituídas por Estados, podendo o Ministro do 
Trabalho, Industria e Comercio autorizar a constituição de Federações 
interestaduais ou nacionais.(Parágrafo 1º renumerado pela Lei nº 3.265, de 
22.9.1957) 
§ 3º - É permitido a qualquer federação, para o fim de lhes coordenar os 
interesses, agrupar os Sindicatos de determinado município ou região a ela 
filiados; mas a união não terá direito de representação das atividades ou 
profissões agrupadas. (Parágrafo 2º renumerado pela Lei nº 3.265, de 
22.9.1957) 
5.3. Confederação 
Art. 535 - As Confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 (três) 
federações e terão sede na Capital da República. 
§ 1º - As confederações formadas por federações de Sindicatos de 
empregadores denominar-se-ão: Confederação Nacional da Indústria, 
Confederação Nacional do Comércio, Confederação Nacional de Transportes 
Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacional de Transportes 
Terrestres, Confederação Nacional de Comunicações e Publicidade, 
Confederação Nacional das Empresas de Crédito e Confederação Nacional de 
Educação e Cultura. 
§ 2º - As confederações formadas por federações de Sindicatos de 
empregados terão a denominação de: Confederação Nacional dos 
Trabalhadores na Indústria, Confederação Nacional dos Trabalhadores no 
Comércio, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes 
Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacional dos Trabalhadores em 
Transportes Terrestres, Confederação Nacional dos Trabalhadores em 
Comunicações e Publicidade, Confederação Nacional dos Trabalhadores nas 
Empresas de Crédito e Confederação Nacional dos Trabalhadores em 
Estabelecimentos de Educação e Cultura. 
§ 3º - Denominar-se-á Confederação Nacional das Profissões Liberais a 
reunião das respectivas federações. 
§ 4º - As associações sindicais de grau superior da Agricultura e Pecuária 
serão organizadas na conformidade do que dispuser a lei que regular a 
sindicalização dessas atividades ou profissões. 
5.4. Centrais Sindicais – Ex: Cut 
 
5.5. Diretoria Sindical 
Art. 570. Os sindicatos constituir-se-ão, normalmente, por categorias 
econômicas ou profissionais, e específicas, na conformidade da discriminação 
do quadro das atividades e profissões a que se refere o art. 577 ou segundo ae 
subdivisões que, sob proposta da Comissão do Enquadramento Sindical, de 
que trata o art. 576, forem criadas pelo ministro do Trabalho, Indústria e 
Comércio. 
Parágrafo único - Quando os exercentes de quaisquer atividades ou profissões 
se constituírem, seja pelo número reduzido, seja pela natureza mesma dessas 
atividades ou profissões, seja pelas afinidades existentes entre elas, em 
condições tais que não se possam sindicalizar eficientemente pelo critério de 
especificidade de categoria, é-lhes permitido sindicalizar-se pelo critério de 
categorias similares ou conexas, entendendo-se como tais as que se acham 
compreendidas nos limites de cada grupo constante do Quadro de Atividades e 
Profissões. 
6. Paralelismo Sindical 
 
7. Natureza Jurídica Sindicato 
 
a. Pessoa jurídica de direito privado 
 
b. Limitações legais 
 
Art. 564 - Às entidades sindicais, sendo-lhes peculiar e essencial a atribuição 
representativa e coordenadora das correspondentes categorias ou profissões, 
é vedado, direta ou indiretamente, o exercício de atividade econômica. 
 
 
8. Estrutura 
 
Art. 522. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria 
constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um 
Conselho Fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela 
Assembléia Geral. 
§ 1º A diretoria elegerá, dentre os seus membros, o presidente do sindicato. 
§ 2º A competência do Conselho Fiscal é limitada à fiscalização da gestão 
financeira do sindicato. 
§ 3º - Constituirão atribuição exclusiva da Diretoria do Sindicato e dos 
Delegados Sindicais, a que se refere o art. 523, a representação e a defesa 
dos interesses da entidade perante os poderes públicos e as empresas, salvo 
mandatário com poderes outorgados por procuração da Diretoria, ou associado 
investido em representação prevista em lei. (Incluído pelo Decreto-lei nº 
9.502, de 23.7.1946) 
Art. 523 - Os Delegados Sindicais destinados à direção das delegacias ou 
seções instituídas na forma estabelecida no § 2º do art. 517 serão designados 
pela diretoria dentre os associados radicados no território da correspondente 
delegacia. 
 
8.1. Assembleia Geral – Órgão máximo dos sindicatos, vinculo com 
democracia. 
 
8.2. Diretoria – Órgão Executivo 
 
8.3. Conselho Fiscal 
Art. 522. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria 
constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um 
Conselho Fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela 
Assembléia Geral. 
§ 2º A competência do Conselho Fiscal é limitada à fiscalização da gestão 
financeira do sindicato. 
Súmula nº 369 do TST DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE 
PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno 
realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 
27.09.2012. I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente 
sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e 
da posse seja realizada fora do prazo previstono art. 543, § 5º, da CLT, desde 
que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do 
contrato de trabalho. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição 
Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 
3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. III - O 
empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de 
estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional 
do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV - Havendo extinção da atividade 
empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para 
subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de 
dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não 
lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da 
Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
Súmula nº 244 do TST 
GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.(redação do item III alterada na 
sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT 
divulgado em 25, 26 e 27.09.2012.I - O desconhecimento do estado gravídico 
pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente 
da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).II - A garantia de emprego à gestante 
só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do 
contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos 
correspondentes ao período de estabilidade. III - A empregada gestante tem 
direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato 
das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão 
mediante contrato por tempo determinado. 
 
Estabilidade 
Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou 
representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não 
poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar 
ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas 
atribuições sindicais. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
§ 1º - O empregado perderá o mandato se a transferência fôr por êle solicitada 
ou voluntàriamente aceita. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 
28.2.1967) 
§ 2º - Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da 
emprêsa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do 
trabalho no desempenho das funções a que se refere êste artigo. (Redação 
dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a 
partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou 
representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) 
ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, 
salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta 
Consolidação. (Redação dada pela Lei nº 7.543, de 2.10.1986) 
§ 4º - Considera-se cargo de direção ou de representação sindical aquele cujo 
exercício ou indicação decorre de eleição prevista em lei. (Redação dada pela 
Lei nº 7.223, de 2.10.1984) 
§ 5º - Para os fins dêste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à 
emprêsa, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da 
candidatura do seu empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, 
fornecendo, outrossim, a êste, comprovante no mesmo sentido. O Ministério do 
Trabalho e Previdência Social fará no mesmo prazo a comunicação no caso da 
designação referida no final do § 4º. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 
28.2.1967) 
§ 6º - A emprêsa que, por qualquer modo, procurar impedi que o empregado 
se associe a sindicato, organize associação profissional ou sindical ou exerça 
os direitos inerentes à condição de sindicalizado fica sujeita à penalidade 
prevista na letra a do art. 553, sem prejuízo da reparação a que tiver direito o 
empregado. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
 
9. Funções 
9.1. Representação – judicial (substituto processual) e extrajudicial 
 
9.2. Negocial - consequência da fun. representação, com objetivo negocial – 
resguardo a tutela coletiva, interesse coletivo. 
9.3. Econômica 
9.4. Política – 521 CLT 
9.5. Assistencial – Estatuto determina 
 
10. Formas de Custeio Sindical 
10.1. Contribuição Sindical Compulsória 
Art. 578 - As contribuições devidas aos Sindicatos pelos que participem das categorias 
econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas 
entidades serão, sob a denominação do "imposto sindical", pagas, recolhidas e 
aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo. (Vide Decreto-Lei nº 229, de 1967) 
(Vide Lei nº 11.648, de 2008) 
10.2. Contribuição Estatutária ou Mensalidade Sindical 
Art. 548 - Constituem o patrimônio das associações sindicais: 
a) as contribuições devidas aos Sindicatos pelos que participem das categorias 
econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas 
referidas entidades, sob a denominação de imposto sindical, pagas e 
arrecadadas na forma do Capítulo lIl deste Título; 
b) as contribuições dos associados, na forma estabelecida nos estatutos ou 
pelas Assembléias Gerais; 
c) os bens e valores adquiridos e as rendas produzidas pelos mesmos; 
d) as doações e legados; 
e) as multas e outras rendas eventuais. 
 
10.3. Contribuição Confederativa 
CF Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria 
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo 
da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição 
prevista em lei; 
 
10.4. Contribuição Assistencial 
Art. 513. São prerrogativas dos sindicatos : 
a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os 
interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou interesses 
individuais dos associados relativos á atividade ou profissão exercida; 
b) celebrar contratos coletivos de trabalho; 
c) eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão 
liberal; 
d) colaborar com o Estado, como orgãos técnicos e consultivos, na estudo e 
solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou 
profissão liberal; 
e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias 
econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas. 
Parágrafo Único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerrogativa 
de fundar e manter agências de colocação. 
 
Nº 119 CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS - INOBSERVÂNCIA DE PRECEITOS 
CONSTITUCIONAIS – (mantido) - DEJT divulgado em 25.08.2014 
"A Constituição da República, em seus arts. 5º, XX e 8º, V, assegura o direito 
de livre associação e sindicalização. É ofensiva a essa modalidade de 
liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença 
normativa estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de 
taxa para custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou 
fortalecimento sindical e outras da mesma espécie, obrigando trabalhadores 
não sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que inobservem tal restrição, 
tornam-se passíveis de devolução os valores irregularmente descontados." 
 
11. DIREITO A GREVE 
- Direito Fundamental 
 
11.1. CF/88 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir 
sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio 
dele defender. 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o 
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. 
§ 2º Os abusoscometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
11.2. LEI 7783/90 – LEI DE GREVE 
 
Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir 
sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio 
dele defender. 
Parágrafo único. O direito de greve será exercido na forma estabelecida nesta 
Lei. 
- Não existe greve do ‘eu sozinho’ 
- Deve ser total ou parcial 
- Pacífica, sem abusos 
 
a. Efeito Suspensivo – art. 7. 
 
Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve 
suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o 
período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da 
Justiça do Trabalho. 
Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, 
bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência 
das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14.Patrão não é obrigado a pagar o 
salário enquanto suspenso 
- Vedado a demissão do empregado durante a greve 
 
11.3. Dos Requisitos 
 
a. Insatisfação – provocar o Sindicato 
 
b. Convocação da Assembléia Geral 
 
Art. 4º Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu 
estatuto, assembléia geral que definirá as reivindicações da categoria e 
deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços. 
§ 1º O estatuto da entidade sindical deverá prever as formalidades de 
convocação e o quorum para a deliberação, tanto da deflagração quanto da 
cessação da greve. 
§ 2º Na falta de entidade sindical, a assembléia geral dos trabalhadores 
interessados deliberará para os fins previstos no "caput", constituindo comissão 
de negociação. 
OJ 11 SDC TST. GREVE. IMPRESCINDIBILIDADE DE TENTATIVA DIRETA 
E PACÍFICA DA SOLUÇÃO DO CONFLITO. ETAPA NEGOCIAL PRÉVIA. 
(inserida em 27.03.1998) 
É abusiva a greve levada a efeito sem que as partes hajam tentado, direta e 
pacificamente, solucionar o conflito que lhe constitui o objeto. 
 
OJ 38. GREVE. SERVIÇOS ESSENCIAIS. GARANTIA DAS NECESSIDADES 
INADIÁVEIS DA POPULAÇÃO USUÁRIA. FATOR DETERMINANTE DA 
QUALIFICAÇÃO JURÍDICA DO MOVIMENTO. (inserida em 07.12.1998) 
É abusiva a greve que se realiza em setores que a lei define como sendo 
essenciais à comunidade, se não é assegurado o atendimento básico das 
necessidades inadiáveis dos usuários do serviço, na forma prevista na Lei 
nº 7.783/89. 
TST 
 
RECURSO ORDINÁRIO - DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE - ATIVIDADE 
ESSENCIAL - AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES E DE 
COMUNICAÇÃO PRÉVIA - DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL - 
ABUSIVIDADE DA GREVE CONFIGURADA A greve se mostra abusiva por três 
fundamentos: (i) ausência de autorização dos trabalhadores para sua deflagração, 
pois o Suscitado não demonstrou a aprovação da greve pela categoria e não trouxe 
aos autos a ata da assembleia e a lista de presença respectiva, o que viola o art. 4º da 
Lei nº 7.783/1989; (ii) ausência de comunicação prévia aos Suscitantes e aos usuários 
do serviço essencial de limpeza urbana com antecedência mínima de 72 (setenta e 
duas) horas da paralisação, violando o art. 13 da mencionada lei; e (iii) 
descumprimento de ordem judicial que determinava a manutenção de uma quantidade 
mínima de trabalhadores nos postos de trabalho, nos termos do art. 11 da Lei nº 
7.783/1989, o que impõe a manutenção do acórdão regional, que declarou a 
abusividade da greve. Precedentes da C. SDC. MULTA POR DESCUMPRIMENTO 
DE ORDEM JUDICIAL A multa aplicada pelo Eg. Tribunal Regional deve ser mantida, 
diante do descumprimento da ordem judicial pelo Suscitado e da proporcionalidade do 
seu valor, cujo cálculo observou os parâmetros determinados pela decisão liminar, lei 
e jurisprudência desta C. SDC. Recurso Ordinário conhecido e desprovido. 
 
DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE. A) RECURSO ORDINÁRIO DO SINDICATO DAS 
EMPRESAS DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS NO ESTADO DE 
PERNAMBUCO - URBANA. GREVE EM ATIVIDADE ESSENCIAL (TRANSPORTE 
PÚBLICO DE PASSAGEIROS). A Constituição reconhece a greve como direito 
fundamental de caráter coletivo, resultante da autonomia privada coletiva inerente às 
sociedades democráticas. Trata-se de instrumento de pressão que visa a propiciar o 
alcance de certo resultado concreto, em decorrência do convencimento da parte 
confrontada. A própria Constituição Federal, contudo, apresenta limitações ao direito 
de greve. Uma dessas limitações diz respeito à noção de serviços e atividades 
essenciais (art. 9º, § 1º), como é o caso dos autos, que envolve paralisação de serviço 
de transporte coletivo (art. 10, V, da Lei 7.783/89). Assim, concretizado o movimento 
nesse âmbito diferenciado, seus condutores deverão atentar para o atendimento das 
necessidades inadiáveis da comunidade. Na hipótese dos autos, os requisitos formais 
da greve foram observados. Em relação ao atendimento das necessidades inadiáveis 
da população, de acordo com as informações dos autos, compreende-se que os 
trabalhadores cumpriram a exigência de prestação dos serviços à comunidade, em 
conformidade com a legislação e com a ordem judicial liminar de manutenção de 
percentual da frota de ônibus de transporte coletivo em circulação (70% nos horários 
de pico e 50% nos horários de menor movimento), e não ficou provado qualquer abuso 
cometido pelo Sindicato Suscitado que pudesse tipificar o movimento paredista como 
ilegal. Recurso ordinário desprovido, no aspecto. 2. DESCONTO DOS DIAS 
PARADOS. A regra geral é tratar a duração do movimento paredista como suspensão 
do contrato de trabalho (art. 7º, Lei 7.783/89). Isso significa que os dias parados, em 
princípio, não são pagos, não se computando para fins contratuais o mesmo período. 
Entretanto, caso se trate de greve em função do não cumprimento de cláusulas 
contratuais relevantes e regras legais pela empresa (não pagamento ou atrasos 
reiterados de salários, más condições ambientais, com risco à higidez dos obreiros, 
etc.), em que se pode falar na aplicação da regra contida na exceção do contrato não 
cumprido, a greve deixa de produzir o efeito da mera suspensão. Passa a ser 
enquadrada como interrupção contratual, com o pagamento dos dias parados. Do 
mesmo modo, não ocorrerá desconto, quando o direito constitucional de greve é 
exercido para tentar regulamentar a dispensa massiva. Também se considera ocorrer 
aqui mera interrupção contratual. Repita-se: nesses dois grandes casos, será cabível 
enquadrar-se como mera interrupção o período de duração do movimento paredista, 
não podendo ocorrer o desconto salarial. Destaque-se que eventual conduta 
antissindical por parte do empregador, que tenha contribuído de maneira decisiva para 
a paralisação, poderia afastar o enquadramento dos dias parados como mera 
suspensão contratual, passando o lapso temporal paredista a ser enquadrado como 
interrupção contratual, com o pagamento dos dias parados. A hipótese em comento 
não se enquadra em nenhum dos excepcionais casos em que se considera a greve 
como interrupção do contrato de trabalho, razão pela qual deve ser reformado o 
acórdão regional, no particular, determinando-se o desconto dos salários referentes 
aos dias de paralisação. Ressalva de entendimento do Relator, em face de se tratar de 
greve não abusiva. Recurso ordinário provido, no aspecto. 3. REAJUSTE DEFERIDO 
PARA OS BENEFÍCIOS PREVISTOS NAS CLÁUSULAS DE NATUREZA 
ECONÔMICA. CLÁUSULA QUARTA - PISOS SALARIAIS. CLÁUSULA QUINTA - 
REAJUSTE SALARIAL. CLÁUSULA SEXTA- CONCESSÃO DE ALIMENTAÇÃO. 
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA- DIÁRIA PARA MOTORISTAS EM VIAGENS 
ESPECIAIS. QUADRAGÉSIMA NONA- AUXÍLIO-FUNERAL. CLÁUSULA 
QUINQUAGÉSIMA-INDENIZAÇÃO POR MORTE OU INVALIDEZ. Cediço é o 
entendimento desta Seção Especializada em Dissídios Coletivos no sentido de que os 
trabalhadores têm direito a reajustamento salarial, ao menos anualmente, desde que o 
percentual de reajuste

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