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DIREITO PENAL DESMEMBRADO - COM QUESTÕES AULA 1

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CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1
DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Caros concursandos de todo Brasil, sejam bem vindos! 
 
É com grande felicidade que inicio mais este curso aqui no Ponto, com foco 
total no concurso para Delegado da POLÍCIA FEDERAL. 
Antes de tudo, para que me conheçam um pouco melhor, farei minha 
apresentação. 
Meu nome é Pedro Ivo, sou servidor público há 13 anos e, atualmente, 
exerço o cargo de Auditor-Fiscal Tributário no Município de São Paulo (ISS-
SP). 
Iniciei meus trabalhos no serviço público atuando na Administração Federal, 
na qual, durante alguns anos, permaneci como Oficial da Marinha do Brasil. 
Por opção, comecei a estudar para a área fiscal e, concomitantemente, fui 
aprendendo o que é o “verdadeiro espírito de concurseiro”, qualidade que 
logo percebi ser tão necessária para alcançar meu objetivo. 
Atualmente, após a aprovação no cargo almejado, ministro aulas em 
diversos cursos do Rio de Janeiro e de São Paulo, sou pós-graduado em 
Auditoria Tributária, pós-graduado em Processo Penal e Direito Penal 
Especial e autor dos livros “Direito Penal – Questões comentadas da FCC”, 
“Direito Processual Penal – Resumo dos tópicos mais importantes para 
concursos públicos” e “1001 Questões Comentadas – Direito Penal – CESPE”, 
todos publicados pela Editora Método. 
Agora que já me conhecem um pouco, posso, com certa tranquilidade, 
começar a falar de nosso curso. 
Em primeiro lugar é importante que desde já firmemos uma parceria em 
busca dos 100% de acertos em sua PROVA. Digo isto porque espero, nas 
próximas semanas, poder estar conversando com vocês sobre o Direito Penal 
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PROFESSOR: PEDRO IVO 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
em suas casas, no trabalho, no metrô, no ônibus, enfim, em qualquer lugar 
em que vocês estiverem lendo as aulas. 
Trata-se efetivamente de uma conversa, sem formalismos desnecessários e 
objetivando o maior grau de assimilação possível. 
Nosso curso será no método QP, ou seja, Quase-Presencial. 
“Mas professor... Eu nunca ouvi falar neste tal de “QP”, o que é isso?” 
É o método através do qual eu apenas não estarei fisicamente na sua frente, 
mas buscarei com que se sintam em uma sala de aula, aprendendo a matéria 
através de uma linguagem clara e objetiva, voltada para a sua aprovação. 
Para finalizar essa nossa primeira conversa, lembro que todas as dúvidas 
poderão ser sanadas no fórum e que qualquer crítica ou sugestão poderá ser 
enviada para pedro@pontodosconcursos.com.br. 
Bom, agora que já estamos devidamente apresentados e você já sabe como 
será o nosso curso, vamos começar a subir mais um importante degrau rumo 
à aprovação!!! 
Bons estudos!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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******************************************************* 
BBRREEVVEE RREEVVIISSÃÃOO 
 
LEI PENAL 
CONCEITO 
A lei penal é a fonte formal imediata do Direito Penal e é classificada pela doutrina 
majoritária em incriminadora e não incriminadora. 
Dizemos “incriminadoras” aquelas que criam crimes e cominam penas. 
Dizemos “não incriminadoras” as que não criam delitos e nem cominam penas. 
As “não incriminadoras” subdividem-se em: 
• PERMISSIVAS � Autorizam a prática de condutas típicas. 
• EXCULPANTES � Estabelecem a não culpabilidade do agente ou 
caracterizam a impunidade de algum crime. 
• INTERPRETATIVAS � Explicam determinado conceito, tornando clara a sua 
aplicabilidade. 
 
 
ANALOGIA 
A analogia jurídica consiste em aplicar a um caso não previsto pelo legislador a 
norma que rege caso análogo, semelhante. A analogia não diz respeito à 
interpretação jurídica propriamente dita, mas à integração da lei, pois sua finalidade 
é justamente SUPRIR LACUNAS DESTA. 
Classifica-se em: 
• Analogia in malam partem � É aquela em que se supre a lacuna legal com 
algum dispositivo prejudicial ao réu. Isto não é possível no nosso 
ordenamento jurídico. 
• Analogia in bonam partem � Neste caso, aplica-se ao caso omisso uma 
norma favorável ao réu. Este tipo de analogia é aceito em nosso ordenamento 
jurídico. 
 
LEI PENAL NO TEMPO 
A regra geral no Direito Penal é a da prevalência da lei que se encontrava em vigor 
quando da prática do fato, ou seja, aplica-se a LEI VIGENTE quando da prática da 
conduta – Princípio do “TEMPUS REGIT ACTUM” 
 
APLICABILIDADE DA LEI PENAL 
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NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA 
Novatio legis incriminadora ocorre quando um indiferente penal (conduta 
considerada lícita frente à legislação penal) passa a ser considerado crime pela lei 
posterior. Neste caso, a lei que incrimina novos fatos é IIRRRREETTRROOAATTIIVVAA, uma vez 
que prejudica o sujeito. 
 
LEI PENAL MAIS GRAVE – LEX GRAVIOR 
Aqui não temos a tipificação de uma conduta antes descriminalizada, mas sim a 
aplicação de tratamento mais rigoroso a um fato já constante como delito. Para 
esta situação também não há que se falar em retroatividade, pois, conforme já 
tratamos SE A NOVA LEI FOR MAIS GRAVE TERÁ APLICAÇÃO APENAS A 
FATOS POSTERIORES À SUA ENTRADA EM VIGOR. JAMAIS RETROAGIRÁ, 
CONFORME DETERMINAÇÃO CONSTITUCIONAL. 
 
ABOLITIO CRIMINIS 
O instituto da abolitio criminis ocorre quando uma lei nova trata como lícito 
fato anteriormente tido como criminoso, ou melhor, quando a lei nova 
descriminaliza fato que era considerado infração penal. Opera-se a 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. Encontra embasamento no artigo 2º do 
Código Penal, que dispõe da seguinte forma: 
 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de 
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais 
da sentença condenatória. 
Segundo os princípios que regem a lei penal no tempo, a lei abolicionista ÉÉ 
NNOORRMMAA PPEENNAALL RREETTRROOAATTIIVVAA, atingindo fatos pretéritos, ainda que 
acobertados pelo manto da coisa julgada. Isto porque o respeito à coisa 
julgada é uma garantia do cidadão em face do Estado. Logo, a lei posterior 
só não pode retroagir se for prejudicial ao réu. 
 
LEI PENAL MAIS BENÉFICA 
A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos 
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
 
A lei mais favorável é RETROATIVA. Sendo assim, somente podemos falar em 
RETROATIVIDADE quando lei posterior for mais benéfica ao agente, em comparação 
àquela que estava em vigor quando o crime foi praticado. 
Observe: 
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Cabe, por fim, ressaltar a ultratividade. 
Quando se diz que uma lei penal é dotada de ultratividade, quer-se afirmar que ela, 
apesar de não mais vigente, continua a vincular os fatos anteriores à sua saída do 
sistema. 
Assim, para a situação, em que um delito é praticado durante a vigência de uma lei 
que posteriormente é revogada por outra prejudicialao agente, ocorrerá a 
ULTRATIVIDADE da lei. 
 
 
 
 
 
 
******************************************************* 
 
1. (CESPE / Analista - TJ-ES / 2011) Uma das funções do princípio da 
legalidade refere-se à proibição de se realizar incriminações vagas e 
indeterminadas, visto que, no preceito primário do tipo penal 
incriminador, é obrigatória a existência de definição precisa da 
conduta proibida ou imposta, sendo vedada, com base em tal 
princípio, a criação de tipos que contenham conceitos vagos e 
imprecisos. 
 
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Certo. Conforme observa Bittencourt "Em termos de sanções criminais são 
inadmissíveis, pelo princípio da legalidade, expressões vagas, equívocas ou 
ambíguas." 
 
2. (CESPE / Analista - TJ-ES / 2011) Considere que um indivíduo 
pratique dois crimes, em continuidade delitiva, sob a vigência de 
uma lei, e, após a entrada em vigor de outra lei, que passe a 
considerá-los hediondos, ele pratique mais três crimes em 
continuidade delitiva. Nessa situação, de acordo com o Código Penal, 
aplicar-se-á a toda a sequência de crimes a lei anterior, por ser mais 
benéfica ao agente. 
 
Errado. Apesar de a questão tratar do Código Penal, devemos buscar a 
resposta na súmula 711 do STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime 
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação 
da continuidade ou da permanência”. 
Resumindo: 
Nos crimes permanentes, enquanto perdura a ofensa ao bem jurídico 
(Exemplo: extorsão mediante sequestro), o tempo do crime se 
dilatará pelo período de permanência. Assim, se o autor, menor, 
durante a fase de execução do crime vier a atingir a maioridade, 
responderá segundo o Código Penal e não segundo o Estatuto da 
Criança e do Adolescente — ECA (Lei n. 8.069/90). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Nos crimes continuados em que os fatos anteriores eram punidos por 
uma lei, operando-se o aumento da pena por lei nova, aplica-se esta 
última a toda unidade delitiva, desde que sob a sua vigência continue 
a ser praticado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A importantíssima súmula 711 do STF resume os itens acima. Observe: 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-ES / 2011) A lei penal que 
beneficia o agente não apenas retroage para alcançar o fato 
praticado antes de sua entrada em vigor, como também, embora 
revogada, continua a reger o fato ocorrido ao tempo de sua vigência. 
 
Certo: A lei mais benéfica é retroativa e ultrativa. 
 
CAIXA 
ROUBOU 
R$100,00 
CAIXA 
ROUBOU 
R$100,00 
CAIXA 
ROUBOU 
R$100,00 
SSÚÚMMUULLAA 771111 DDOO SSTTFF 
AA LLEEII PPEENNAALL MMAAIISS GGRRAAVVEE AAPPLLIICCAA--SSEE AAOO CCRRIIMMEE CCOONNTTIINNUUAADDOO 
OOUU AAOO CCRRIIMMEE PPEERRMMAANNEENNTTEE,, SSEE AA SSUUAA VVIIGGÊÊNNCCIIAA ÉÉ AANNTTEERRIIOORR ÀÀ 
CCEESSSSAAÇÇÃÃOO DDAA CCOONNTTIINNUUIIDDAADDEE OOUU DDAA PPEERRMMAANNÊÊNNCCIIAA.. 
 
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4. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-ES / 2011) Lugar do crime, para 
os efeitos de incidência da lei penal brasileira, é aquele onde foi 
praticada a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como aquele 
onde se produziu ou, no caso da tentativa, teria sido produzido o 
resultado. 
 
Certo. Segundo o art. 6º do Código Penal, considera-se praticado o crime no 
lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como 
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Pequeno resumo sobre o tema: 
A questão trata do lugar do crime e, para solucionar qualquer conflito, 
devemos recorrer a três teorias: 
 
• TEORIA DA ATIVIDADE � O CRIME É COMETIDO NO LUGAR ONDE FOI 
PRATICADA A ATIVIDADE (CONDUTA= AÇÃO OU OMISSÃO). 
• TEORIA DO RESULTADO � O LUGAR DO CRIME É ONDE OCORREU O 
RESULTADO, INDEPENDENTEMENTE DE ONDE FOI PRATICADA A 
CONDUTA. 
• TEORIA MISTA (OU DA UBIQUIDADE) � CONSIDERA, POR SUA VEZ, QUE O 
CRIME É COMETIDO TANTO NO LUGAR DA ATIVIDADE QUANTO NO LUGAR 
DO RESULTADO. 
 
O Código Penal, ao tratar do tema, dispõe: 
 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que 
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como 
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
 
O Código Penal adotou a TTEEOORRIIAA DDAA UUBBIIQQUUIIDDAADDEE, valendo ressaltar que 
na própria previsão do art. 6° do Código Penal esta incluída o lugar da 
tentativa, ou seja, "[...] onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado". 
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Busca-se, com a teoria mista do lugar do delito, solucionar o problema dos 
conflitos negativos de competência (Dentro do Território Nacional) e o 
problema dos crimes à distância (Brasil - Exterior), em que ação e o 
resultado se desenvolvem em lugares diversos. 
Como exemplo, podemos citar o seguinte caso: 
Imagine que Tício, residente no Brasil, envia uma carta bomba para um 
cidadão residente na Grécia (vou parar com esse negócio de citar só 
argentinos), cujo nome é Maradona. Maradona, grego, vem a falecer em 
virtude da carta. Neste caso, segundo a norma penal, o lugar do crime tanto 
pode ser o Brasil quanto a Grécia. 
Ou seja, para que o Brasil seja competente na apuração e julgamento de 
determinada infração penal, basta que porção dessa conduta delituosa tenha 
ocorrido no território nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. (CESPE / Analista - STM / 2011) O direito penal brasileiro adotou 
expressamente a teoria absoluta de territorialidade quanto à 
ATENÇÃO!!! 
EXISTEM ALGUMAS SITUAÇÕES PARA AS QUAIS NÃO SE APLICA A TEORIA DA 
UBIQUIDADE. A ÚNICA QUE IMPORTA PARA A SUA PROVA DIZ RESPEITO AOS 
CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA, OOCCOORRRRIIDDOOSS NNOO TTEERRRRIITTÓÓRRIIOO NNAACCIIOONNAALL QUE, 
SEGUNDO PACÍFICA JURISPRUDÊNCIA, A FIM DE FACILITAR A INSTRUÇÃO 
CRIMINAL E A DESCOBERTA DA VERDADE REAL, SEGUE A TEORIA DA ATIVIDADE. 
Sendo assim, imagine que Mévio atira em Caio em São Paulo. Este é 
socorrido e levado para um hospital no Rio de Janeiro, onde vem a falecer. 
Temos, para este caso, a atividade em São Paulo e o resultado no Rio 
de Janeiro. Pela regra geral, seriam competentes tanto o Juízo do Rio 
quanto o de São Paulo, MAAAAAS, como neste caso estamos tratando de 
crime doloso contra a vida, aplica-se a teoria da ATIVIDADE e não da 
UBIQUIDADE, sendo competente, portanto, o Juízo de São Paulo. 
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aplicação da lei penal, adotando a exclusividade da lei brasileira e 
não reconhecendo a validez da lei penal de outro Estado. 
 
Errado. O Código Penal trata de maneira detalhada da aplicação da Lei Penal 
no espaço e, assim, torna claro para a sociedadeonde as normas definidas 
pelo Legislador Brasileiro serão aplicadas. 
A REGRA para dirimir conflitos e dúvidas é a utilização do princípio da 
TERRITORIALIDADE, ou seja, aplica-se a lei penal aos crimes cometidos 
em território nacional. Tal preceito encontra-se no Código Penal, observe: 
 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, 
tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido 
no território nacional. 
 
Há exceções que ocorrem quando o brasileiro pratica crime no exterior ou 
um estrangeiro comete delito no Brasil. Fala-se, assim, que o Código Penal 
adotou o princípio da TERRITORIALIDADE TEMPERADA OU MITIGADA. 
 
6. (CESPE / Técnico - ABIN / 2010) Dado o reconhecimento, na CF, 
do princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica como 
garantia fundamental, o advento de lei penal mais favorável ao 
acusado impõe sua imediata aplicação, mesmo após o trânsito em 
julgado da condenação. Todavia, a verificação da lex mitior, no 
confronto de leis, é feita in concreto, cabendo, conforme a situação, 
retroatividade da regra nova ou ultra-atividade da norma antiga 
 
Certo. A aplicação do direito penal brasileiro é regida pelo princípio tempus 
regit actum, de acordo com o qual deve ser aplicada a lei vigente à época da 
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conduta criminosa. No entanto, caso uma lei mais benéfica (lex mitior) ao 
acusado de um crime entre em vigência após a realização da conduta, essa 
lei posterior deverá ser aplicada, excetuando-se a regra geral. 
 
7. (CESPE / Advogado – CEF / 2010) No que diz respeito à lei penal 
no tempo e no espaço, é correto afirmar que a vigência de norma 
penal posterior atenderá ao princípio da imediatidade, não incidindo, 
em nenhum caso, sobre fatos praticados na forma da lei penal 
anterior. No tocante à lei penal no espaço, o Código Penal (CP) adota 
o princípio da territorialidade como regra geral. 
 
Errado. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se 
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória 
transitada em julgado (CP, art. 2º, parágrafo único). Logo, é incorreto 
afirmar que em nenhum caso lei posterior incide sobre fatos praticados na 
forma da lei penal anterior. 
 
8. (CESPE / Promotor de Justiça Substituto – MPE-SE / 2010) De 
acordo com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a 
embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou a 
serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem. 
 
Certo. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território 
nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a 
serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as 
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade 
privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou 
em alto-mar (CP, art. 5º, § 1º). 
 
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9. (CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010) De acordo com a lei penal 
brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e 
aeronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo 
brasileiro, onde quer que se encontrem. 
 
Certo. Conforme o § 1º do art. 5º do Código Penal, para os efeitos penais, 
consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e 
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro 
onde quer que se encontrem. 
 
10. (CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010) De acordo com a lei penal 
brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e 
aeronaves brasileiras de natureza pública, desde que se encontrem 
no espaço aéreo brasileiro ou em alto-mar. 
 
Errado. Nos termos do art. 5º, § 1º do Código Penal o território nacional 
estende-se a embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública, onde 
quer que se encontrem. 
 
11. (CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010) De acordo com a lei penal 
brasileira, o território nacional estende-se a aeronaves e 
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, onde 
quer que se encontrem. 
 
Errado. Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território 
nacional as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo 
correspondente ou em alto-mar (art. 5º, § 1º do CP). 
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12. (CESPE / Analista de Trânsito – DETRAN-DF / 2009) O Estado é a 
única fonte de produção do direito penal, já que compete 
privativamente à União legislar sobre normas gerais em matéria 
penal. 
 
Certo. Conforme o art. 22, I da Constituição Federal, compete 
privativamente à União legislar sobre o Direito Penal. Cabe ressaltar que 
excepcionalmente, lei estadual (ou distrital) poderá tratar sobre questões 
específicas de Direito Penal, desde que permitido pela União por meio de lei 
complementar (CF/88, art. 22, parágrafo único). 
 
13. (CESPE / Analista de Trânsito – DETRAN-DF / 2009) A lei penal 
admite interpretação analógica, recurso que permite a ampliação do 
conteúdo da lei penal, através da indicação de fórmula genérica pelo 
legislador. 
 
Certo. Interpretação analógica é uma hipótese de interpretação extensiva. 
Trata-se de uma extensão do conteúdo da norma aos casos analógicos 
correspondentes à vontade da lei. Tal espécie de interpretação é 
perfeitamente admitida, pois o próprio dispositivo legal permite se aplique 
analogicamente o preceito. 
 
14. (CESPE / Analista de Trânsito – DETRAN-DF / 2009) O princípio 
da legalidade veda o uso da analogia in malam partem, e a criação de 
crimes e penas pelos costumes. 
 
Certo. O princípio da legalidade está previsto no art. 1º do Código Penal, 
segundo o qual não há crime sem lei anterior que o defina e não há pena 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – POLÍCIA FEDERAL 
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sem prévia previsão legal. Tal princípio atribui unicamente à lei a 
possibilidade de definir condutas delituosas e impor sanções. Assim, não é 
possível que os costumes, os atos normativos secundários e a analogia penal 
in malam partem sirvam de base para a alteração do preceito incriminador. 
 
15. (CESPE / Advogado – AGU /2009) O princípio da legalidade, que 
é desdobrado nos princípios da reserva legal e da anterioridade, não 
se aplica às medidas de segurança, que não possuem natureza de 
pena, pois a parte geral do Código Penal apenas se refere aos crimes 
e contravenções penais. 
 
Errado. O início da questão está em perfeita consonância com a atual 
doutrina que entende pelo desdobramento do princípio da legalidade (CP, 
art. 1º) nos princípios da reserva legal e da anterioridade. Ocorre, 
entretanto, que a medida de segurança está sujeita ao princípio da 
legalidade, só podendo ser imposta quando prevista em lei, diante da 
prática, por inimputável (ou, excepcionalmente, por semi-imputável) de fato 
definido como crime. 
 
16. (CESPE/ OAB-SP / 2009) Ninguém pode ser punido por fato que 
lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a 
execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória. 
 
Errado. Conforme preceituado no art. 2º, caput, do Código Penal, ninguém 
pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, 
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. Assim, o fato de lei posterior deixar de considerar crime 
determinada conduta só atinge os efeitos penais, não atingindo os efeitos 
civis da sentença condenatória. 
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17. (CESPE / OAB-SP / 2009) Considera-se praticado o crime no 
lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem 
como onde se produziu o resultado, sendo irrelevante o local onde 
deveria produzir-se o resultado. 
 
Errado. O art. 6º do Código Penal, ao definir o critério adotado para a 
definição do local do crime, adota a teoria da ubiqüidade, segundo a qual se 
considera praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no 
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. Desta forma, o citado dispositivo legal garante a relevância 
jurídica do local em que o resultado foi produzido. 
 
18. (CESPE / OAB-SP / 2009) A lei excepcional ou temporária, 
embora tenha decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante a sua vigência. 
 
Certo. Nos termos do art. 3º do Código Penal, a lei excepcional ou 
temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua 
vigência. Pode-se afirmar que se opera a ultratividade, ou seja, basta que o 
fato tenha sido praticado na vigência da lei (excepcional ou temporária) para 
que a norma seja aplicada, não importando qualquer revogação ou 
atenuação posterior. 
As leis excepcionais e temporárias são auto-revogáveis, ou seja, não há 
necessidade da edição de outra lei para retirá-las do ordenamento jurídico. É 
suficiente para tal o decurso do prazo ou mesmo o término de determinada 
situação. 
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Para que sua aplicabilidade seja plena, o legislador percebeu ser 
necessária a manutenção de seus efeitos punitivos após sua vigência aos 
que afrontaram a norma quando vigorava. 
Desta forma, podemos afirmar que as LEIS EXCEPCIONAIS E 
TEMPORÁRIAS POSSUEM ULTRATIVIDADE, pois, conforme exposto, 
aplicam-se sempre ao fato praticado durante sua vigência. O fundamento 
da ultratividade é claro e a explicação está prevista na Exposição de 
Motivos do Código Penal, nos seguintes termos: 
 
“É especialmente decidida a hipótese da lei excepcional ou temporária, 
reconhecendo-se a sua ultra-atividade. Esta ressalva visa impedir que, 
tratando-se de leis previamente limitadas no tempo, possam ser 
frustradas as suas sanções por expedientes astuciosos no sentido do 
retardamento dos processos penais. “ 
 
Esquematizando: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INÍCIO DA 
VIGÊNCIA 
ATO 
CONTRÁRIO 
À LEI 
TÉRMINO DA 
VIGÊNCIA 
LEI TEMPORÁRIA ��� PERÍODO DE VIGÊNCIA DEFINIDO 
LEI EXCEPCIONAL ��� SITUAÇÃO DE ANORMALIDADE 
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Observação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19. (CESPE / OAB-SP / 2009) Considera-se praticado o crime no 
momento da produção do resultado. 
 
Errado. O legislador optou por aplicar a teoria da atividade para a definição 
do tempo do crime. Assim, o art. 4º do Código Penal define que se considera 
praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o 
momento do resultado 
 
20. (CESPE / Procurador - PGE-PE / 2009) Quanto ao momento em 
que o crime é considerado praticado, a lei penal brasileira adotou 
expressamente a teoria da ubiquidade, desprezando a teoria da 
atividade. 
 
Errado. Quanto ao momento em que o crime é praticado o CP adotou a teoria 
da atividade. Segundo o art. 4º do Código Penal, Considera-se praticado o 
crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado. 
LEIS TEMPORÁRIAS � SÃO AQUELAS QUE TRAZEM EM SEU TEXTO O 
TEMPO DETERMINADO DE SUA VALIDADE. POR EXEMPLO, A LEI 
TERÁ VALIDADE ATÉ 15 DE NOVEMBRO DE 2012 - UM PERÍODO 
CERTO. 
LEIS EXCEPCIONAIS � SÃO AS QUE TÊM SUA EFICÁCIA VINCULADA 
A UM ACONTECIMENTO DO MUNDO FÁTICO, COMO, POR EXEMPLO, 
UMA GUERRA. NELSON HUNGRIA CITA A LEI QUE ORDENAVA QUE, 
EM TEMPO DE GUERRA, TODAS AS PORTAS DEVERIAM SER 
PINTADAS DE PRETO, OU SEJA, A GUERRA É UM PERÍODO 
INDETERMINADO, MAS, DURANTE O SEU TEMPO, CONSTITUÍA CRIME 
DEIXAR DE PINTAR A PORTA. AO TÉRMINO DA GUERRA, A LEI 
PERDERIA EFICÁCIA. 
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21. (CESPE / Procurador - PGE-PE / 2009) Com relação ao lugar em 
que o crime é considerado praticado, a lei penal brasileira adotou 
expressamente a teoria da atividade, desprezando a teoria da 
ubiquidade. 
 
Errado. Quanto ao lugar em que o crime é considerado praticado, o CP 
adotou a teoria da ubiquidade. Segundo o art. 6º do Código Penal, 
considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, 
no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. 
 
22. (CESPE / Procurador - PGE-PE / 2009) Aplica-se a lei penal 
brasileira a crimes praticados contra a vida ou a liberdade do 
presidente da República, mesmo que o crime tenha ocorrido em 
outro país. 
 
Certo. O item retrata o esposado pelo art. 7º, I, "a", do CP. Segundo o citado 
dispositivo, Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro 
os crimes contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. 
 
23. (CESPE / Curso de Formação de Soldado - PM-DF / 2009) 
Considere que determinado empresário tenha sido sequestrado em 
1.º/1/2008 e libertado em 1.º/12/2008, mediante o pagamento do 
valor do resgate pela família, e que, em agosto de 2008, o Congresso 
Nacional tenha editado lei ordinária, que dobrou a pena privativa de 
liberdade do mencionado delito. Nessa situação, a pena do delito de 
sequestro fixada pela nova lei não poderá ser aplicada aos 
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sequestradores do referido empresário, uma vez que a lei penal mais 
grave não pode retroagir. 
 
Errado. Segundo a súmula 711 do STF, a lei penal mais grave aplica-se ao 
crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à 
cessação da continuidade ou da permanência. 
 
24. (CESPE / Curso de Formação de Soldado - PM-DF / 2009) Em 
relação ao tempo do crime, o Código Penal brasileiro adotou, em 
regra, a teoria do resultado. 
 
Errado. O legislador penal,quanto ao tempo do crime, optou pela teoria da 
atividade. Assim, conforme o art. 4º do código Penal, considera-se praticado 
o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento 
do resultado 
 
25. (CESPE / Curso de Formação de Soldado - PM-DF / 2009) 
Considere que Caio, com intenção homicida, tenha efetuado cinco 
disparos de arma de fogo em Bruno, na cidade de Formosa - GO. 
Gravemente ferido, Bruno foi trazido para o Hospital de Base de 
Brasília, onde faleceu após trinta dias, em decorrência dos 
ferimentos provocados pelos disparos. Nessa situação, caberá ao 
tribunal do júri de Formosa processar e julgar Caio. 
 
Certo. Segundo pacífico entendimento jurisprudencial, no caso de crime 
doloso contra a vida em que a atividade e o resultado ocorreram em locais 
diferentes do território nacional, a fim de facilitar as investigações, deve o 
agente do delito ser julgado no local da atividade e não do resultado. 
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26. (CESPE / Advogado da União - AGU / 2009) Ocorrendo a hipótese 
de novatio legis in mellius em relação a determinado crime praticado 
por uma pessoa definitivamente condenada pelo fato, caberá ao juízo 
da execução, e não ao juízo da condenação, a aplicação da lei mais 
benigna. 
 
Certo. A questão está de acordo com a súmula 611 do STF que dispõe que 
transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das 
execuções a aplicação de lei mais benigna. 
 
27. (CESPE / Advogado da União - AGU / 2009) A lei processual 
penal não se submete ao princípio da retroatividade in mellius, 
devendo ter incidência imediata sobre todos os processos em 
andamento, independentemente de o crime haver sido cometido 
antes ou depois de sua vigência ou de a inovação ser mais benéfica 
ou prejudicial. 
 
Certo. A Constituição Federal define em seu art. 5º, XL que a lei penal não 
retroagirá, salvo para beneficiar o réu. Observe que a Carta Magna é bem 
clara ao abranger apenas a lei penal. Assim, a lei processual penal não se 
submete ao princípio da retroatividade in mellius. 
 
28. (CESPE / Execução de Mandatos – STF / 2008) Segundo a 
máxima in claris cessat interpretatio, pacificamente aceita pela 
doutrina penalista, quando o texto for suficientemente claro, não 
cabe ao aplicador da lei interpretá-lo. 
 
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Errado. O princípio da in claris cessat interpretatio não tem mais aplicação na 
atualidade, pois mesmo quando o sentido da norma é claro, não há, desde 
logo, a segurança de que a mesma corresponda à vontade legislativa. A 
norma pode ter valor mais amplo e profundo que não advém de suas 
palavras, sendo assim cabível a interpretação de todas as normas. 
 
29. (CESPE / Execução de Mandatos – STF / 2008) A exposição de 
motivos do CP é típico exemplo de interpretação autêntica 
contextual. 
 
Errado. Interpretação autêntica é a realizada pelo próprio órgão encarregado 
da elaboração do texto a ser interpretado. Tem força obrigatória e pode ser 
contextual (quando vem inserida na própria legislação) ou posterior (quando 
a lei interpretadora entra em vigor depois da interpretada). A "exposição de 
motivos" de uma lei, que é a justificativa do projeto que deve ser convertido 
em um diploma legal, não é interpretação autêntica, pois é originária do 
autor do projeto. Trata-se de interpretação doutrinária. 
 
30. (CESPE / Execução de Mandatos – STF / 2008) Se o presidente 
do STF, em palestra proferida em seminário para magistrados de 
todo o Brasil, interpreta uma lei penal recém-publicada, essa 
interpretação é considerada interpretação judicial. 
 
Errado. A situação apresentada na questão vincula-se a interpretação 
doutrinária que é efetuada pelos renomados conhecedores de Direito em 
seus comentários às leis. A interpretação jurisprudencial (ou judicial) emana 
dos órgãos do Poder Judiciário. São as reiteradas manifestações judiciais 
sobre um determinado assunto legal, que explicitam a orientação que os 
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juízes e tribunais vêm dando à norma. São exemplos de interpretação 
judicial as súmulas dos tribunais (STF, STJ etc.). 
 
31. (CESPE / Oficial de Promotoria - MPE-RR / 2008) A lei 
temporária, após decorrido o período de sua duração, não se aplica 
mais nem aos fatos praticados durante sua vigência nem aos 
posteriores. 
 
Errado. A questão contraria o art. 3º do Código Penal. Segundo o citado 
dispositivo legal aplica-se a lei temporária ao fato praticado durante sua 
vigência. 
 
32. (CESPE / Oficial de Promotoria - MPE-RR / 2008) Aplica-se a lei 
penal brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade privada que estejam em 
território nacional. 
 
Errado. É aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de 
aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se 
aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo 
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil (CP, art. 5º § 
2º). 
 
33. (CESPE / Analista Judiciário – TJ-DF / 2008) Considere a 
seguinte situação hipotética. Entrou em vigor, no dia 1.º/1/2008, lei 
temporária que vigoraria até o dia 1.º/2/2008, na qual se preceituou 
que o aborto, em qualquer de suas modalidades, nesse período, não 
seria crime. 
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Nessa situação, se Kátia praticou aborto voluntário no dia 
20/1/2008, mas somente veio a ser denunciada no dia 3/2/2008, 
não se aplica a lei temporária, mas sim a lei em vigor ao tempo da 
denúncia. 
 
Errado. Conforme o art. 3º do Código Penal, aplica-se a lei temporária aos 
fatos praticados durante sua vigência. Assim, no caso apresentado, como o 
aborto foi praticado quando a norma temporária estava em vigor, esta 
deverá ser aplicada, independentemente da data do oferecimento da 
denúncia 
 
34. (CESPE / Analista Judiciário – TJ-DF / 2008) Aplica-se a lei penal 
brasileira ao crime praticado a bordo de aeronave estrangeira de 
propriedade privada, em vôo no espaço aéreo brasileiro. 
 
Certo. É aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves 
de propriedade privada, achando-se estas em pouso no território nacional ou 
em vôo no espaço aéreo correspondente (CP, art. 5º, § 2º). 
 
35. (CESPE / Fiscal Tributário- Prefeitura – ES / 2008) Segundo o 
princípio da reserva legal, apenas a lei em sentido formal pode criar 
tipos penais. Dessa maneira, a norma penal em branco, que exige 
complementação de outras fontes normativas, fere o mencionado 
princípio e, consequentemente, é inconstitucional. 
 
Errado. O princípio da reserva legal decorre do princípio da legalidade e 
encontra-se exposto no art. 1º do Código Penal segundo o qual não há crime 
sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação legal. Tal 
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princípio não impede a existência da norma penal em branco que, apesar de 
ser lei em sentido formal, depende do complemento de outras normas 
jurídicas ou da futura expedição de certos atos administrativos. 
 
36. (CESPE / Fiscal Tributário- Prefeitura – ES / 2008) Lei posterior 
que, de qualquer modo, favoreça o réu aplica-se a fatos anteriores, 
ainda que tais fatos já tenham sido julgados por sentença penal 
condenatória transitada em julgado. 
 
Certo. A questão praticamente traduz a literalidade do art. 2º, parágrafo 
único do Código Penal. Segundo o dispositivo legal a lei posterior, que de 
qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que 
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
 
37. (CESPE / Delegado – Polícia Civil – TO / 2008) Prevê a 
Constituição Federal que nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação de 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido. Referido dispositivo constitucional traduz o 
princípio da intranscendência. 
 
Certo. O princípio da intranscendência veda o ajuizamento da ação penal 
em face de quem não tenha envolvimento comprovado no crime, seja como 
autor ou partícipe. A obrigação de reparar o dano, no entanto, estende-se 
aos sucessores até o limite da herança recebida. 
 
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38. (CESPE / Delegado – Polícia Civil – TO / 2008) Considere que um 
indivíduo seja preso pela prática de determinado crime e, já na fase 
da execução penal, uma nova lei torne mais branda a pena para 
aquele delito. Nessa situação, o indivíduo cumprirá a pena imposta 
na legislação anterior, em face do princípio da irretroatividade da lei 
penal. 
 
Errado. A regra no direito penal é o da irretroatividade da lei penal, salvo 
quando a nova norma for mais benéfica ao réu. Como no caso em tela trata-
se de lei mais branda, esta retroagirá, nos termos do parágrafo único do art. 
2º do Código Penal. 
 
39. (CESPE / Delegado – Polícia Civil – TO / 2008) Na hipótese de o 
agente iniciar a prática de um crime permanente sob a vigência de 
uma lei, vindo o delito a se prolongar no tempo até a entrada em 
vigor de nova legislação, aplica-se a última lei, mesmo que seja a 
mais severa. 
 
Certo. Crime permanente é aquele que se prolonga no tempo (Exemplo: 
Sequestro). Nos termos da súmula 711 do STF, a lei penal mais grave aplica-
se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior 
à cessação da continuidade ou da permanência, ou seja, aplica-se ao crime 
permanente a lei vigente no momento em que o delito cessa, 
independentemente de ser a norma mais branda ou não. 
 
40. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco – AC / 2007) A 
hierarquia entre a Constituição e o direito penal ocorre na medida em 
que as disposições deste somente valem e obrigam quando se 
prestem à realização dos fins constitucionais e prestigiem valores 
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socialmente relevantes, que se prestam ao fim de possibilitar a 
convivência social, assegurar níveis mínimos, toleráveis, de 
violência, por meio da prevenção e repressão de ataques a bens 
jurídicos constitucionalmente relevantes. 
 
Certo. O Direito Penal é resultado de escolhas políticas influenciadas pelo tipo 
de Estado em que a sociedade está organizada. A situação histórica, 
portanto, condiciona o conceito de crime e, consequentemente, o conceito de 
bem jurídico e a sua importância para o Direito Penal. A visão constitucional 
defendida hoje pela doutrina majoritária reconhece a criação do conceito do 
bem jurídico penal a partir das normas jurídicas hierarquicamente superiores 
às demais, quais sejam, aquelas decorrentes da Constituição Federal. 
 
41. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco – AC / 2007) O 
princípio da estrita legalidade ou da reserva legal e o da 
irretroatividade da lei penal controlam o exercício do direito estatal 
de punir, ao afirmarem que não há crime sem lei anterior que o 
defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
 
Certo. O art. 1º do Código Penal, ao consagrar que não há crime sem lei 
anterior que o defina e nem pena sem prévia cominação legal, resguarda o 
particular de possíveis ações arbitrárias do Estado. Consagra-se no citado 
dispositivo o princípio da reserva legal e o da irretroatividade penal que só é 
excepcionada quando a nova norma for benéfica ao réu. 
 
42. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco – AC / 2007) O 
princípio da anterioridade, no direito penal, proíbe que uma lei penal 
seja aplicada a um delito cometido menos de um ano após a 
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publicação da norma incriminadora que passou a prever o fato como 
criminoso. 
 
Errado. Na legislação brasileira, o princípio da anterioridade penal está 
previsto no art.5º, XXXIX da Constituição Federal, e no art.1º do Código 
Penal. Segundo o princípio da anterioridade, em concomitância com o da 
reserva legal, não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem 
prévia cominação legal. Tal dispositivo impede a aplicação de nova lei penal 
a fatos pretéritos, todavia não obsta que a lei penal tenha aplicabilidade a 
situações ocorridas a partir do instante do início de sua vigência. 
 
43. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco – AC / 2007) A 
Constituição Federal veda de forma expressa a adoção da pena de 
morte, salvo nos casos de guerra declarada, as penas de caráter 
perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e as cruéis. 
 
Certo. Segundo o texto constitucional, em seu art. 5º, XLVII, não haverá 
penas de morte, salvo em caso de guerra declarada (art. 84, XIX), de caráter 
perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e cruéis. 
 
44. (CESPE / Defensor Público - DPE-AL / 2004) Pertinentes à 
eficácia da lei penal no espaço, destacam-se os princípios da 
territorialidade, personalidade, competência real, justiça universal e 
representação. 
 
Certo. O Código Penal adota o princípio da territorialidade temperada ou 
mitigada. A questão enuncia de forma correta a denominação majoritária 
para os princípios que definem o regramento relativo à correta aplicabilidade 
da lei penal no espaço. 
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45. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) Quando lei nova que 
muda a natureza da pena, cominando pena pecuniária para o mesmo 
fato que, na vigência da lei anterior, era punido por meio de pena de 
detenção, não se aplica o princípio da retroatividade da lei mais 
benigna. 
 
Errado. A pena privativa de liberdade é considerada a mais rígida das penas. 
Deste modo, como a pena pecuniária é mais branda, aplica-se o princípio da 
retroatividade da lei mais benigna (CP, art. 2º, parágrafo único).46. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) Considere a seguinte 
situação hipotética. Um indivíduo cometeu um crime na vigência da 
lei XX, que impunha a pena de reclusão de 1 a 5 anos. 
Posteriormente, por ocasião do julgamento, entrou em vigor a lei YY, 
cominando, para a mesma conduta, a pena de reclusão de 2 a 8 anos. 
Nessa situação, aplica-se à lei XX o princípio da ultra-atividade. 
 
Certo. Entrando em vigor lei mais severa que a anterior (lex gravior), esta 
não vai alcançar o fato praticado anteriormente, continuando a ser aplicada a 
lei anterior, ocorrendo a ultratividade da lei penal mais benigna (CF/88, 
art. 5º, XL). 
 
47. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) As leis temporárias e 
excepcionais não derrogam o princípio da reserva legal e não são 
ultra-ativas. 
 
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Errado. As leis penais temporárias e excepcionais, que também são 
conhecidas como leis auto-revogáveis, não derrogam o princípio da reserva 
legal, pois não se aplicam a fatos ocorridos antes de sua vigência. São, 
porém, ultra-ativas, no sentido de continuarem a ser aplicadas aos fatos 
praticados durante sua vigência, mesmo depois de sua auto-revogação. 
 
48. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) É aplicado o princípio real 
ou o princípio da proteção aos crimes praticados em país estrangeiro 
contra a administração pública por quem estiver a seu serviço. A lei 
brasileira, no entanto, deixará de ser aplicada quando o agente for 
absolvido ou condenado no exterior. 
 
Errado. Segundo o princípio da defesa real ou da proteção, a lei penal é 
aplicada independente da nacionalidade do bem jurídico atingido pela ação 
delituosa, onde quer que ela tenha sido praticada e independentemente da 
nacionalidade do agente. Nos termos do art. 7º, I, “c”, do Código Penal, 
ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes 
contra a administração pública, por quem está a seu serviço. A questão 
torna-se incorreta em sua parte final, pois a pena cumprida no estrangeiro 
atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou 
nela é computada, quando idênticas (CP, art. 8º). 
 
49. (CESPE / Analista Judiciário - TJ-DF / 2004) Considere a seguinte 
situação hipotética. Um marinheiro, pertencente à tripulação de um 
navio público norte-americano, desceu em porto argentino, a serviço 
do navio, onde foi surpreendido comercializando substância 
entorpecente. Nessa situação, aplicar-se-á a lei penal da bandeira 
que o navio ostenta. 
 
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Certo. Apesar de ser controvertido o tema, entende a doutrina majoritária 
que, no caso de o agente estar a serviço do navio público, ficará ele sujeito 
às leis de sua bandeira. Assim, no caso em questão, o agente estará sujeito 
às normas norte-americanas. 
 
50. (CESPE / Analista Judiciário - TJ-DF / 2004) Considere a seguinte 
situação hipotética. Um indivíduo respondia a processo judicial por 
ter sido preso em flagrante delito, quando transportava em seu 
veículo, caixas contendo cloreto de etila (lança-perfume). 
Posteriormente à sua prisão, ato normativo retirou a referida 
substância do rol dos entorpecentes ou dos que causam dependência 
física ou psíquica. Nessa situação, em face da abolitio criminis, 
extinguiu-se a punibilidade. 
 
Certo. Conforme dispõe o art. 2º do Código Penal, ninguém pode ser punido 
por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude 
dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Assim, com a 
ocorrência da abolitio criminis, opera-se a extinção da punibilidade. 
 
51. (CESPE / Analista judiciário - TRE-MS / 2013) O princípio da 
legalidade ou princípio da reserva legal não se estende às 
consequências jurídicas da infração penal, em especial aos efeitos da 
condenação, nem abarca as medidas de segurança. 
 
Errado. O Princípio da legalidade, enunciado em sua expressão "nullum 
crimen nulla poena sine previa lege", invalida a questão. 
Como vimos, não há crime nem pena sem lei prévia. Assim, tanto o crime 
como a pena, que é uma consequência jurídica da infração penal (medida de 
segurança), têm que estar previstos em lei formal. 
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52. (CESPE/Inspetor - PC - CE/2012) Considere que Lúcio, mediante 
o uso de faca do tipo peixeira, tenha constrangido Maria a entregar-
lhe o valor de R$ 2,50, sob a justificativa de estar desempregado e 
necessitar do dinheiro para pagar o transporte coletivo. Nesse caso, 
segundo entendimento do STF quanto ao princípio da insignificância, 
Lúcio, se processado, deverá ser absolvido por atipicidade da 
conduta. 
 
Errado. O crime de roubo, artigo 157 do Código Penal, é um delito 
complexo. Ele não protege apenas o patrimônio, mas também a integridade 
da pessoa. Pelo motivo exposto, é praticamente pacífico na jurisprudência 
dos Tribunais Superiores que não é possível considerar insignificante a 
conduta que, embora com pequeno prejuízo patrimonial, ofenda a 
integridade da vítima. 
 
53. (CESPE/Analista Ministerial – MPE - PI/2012) O princípio da 
consunção, consoante posicionamento doutrinário e jurisprudencial, 
resolve o conflito aparente de normas penais quando um crime 
menos grave é meio necessário, fase de preparação ou de execução 
de outro mais nocivo, respondendo o agente somente pelo último. Há 
incidência desse princípio no caso de porte de arma utilizada 
unicamente para a prática do homicídio. 
 
Certo. É posicionamento doutrinário e jurisprudencial que o fato mais amplo 
consome o menos amplo pelo princípio da consunção ou absorção. Quando 
um fato definido por uma norma incriminadora é meio necessário ou normal 
fase de preparação ou execução de outro crime, como no caso de porte de 
arma utilizada unicamente para a prática do homicídio, há a aplicação deste 
princípio. O legislador evita o bis in idem, respondendo o agente pelo crime 
mais danoso. 
 
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LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS 
 
 
 
 
1. (CESPE / Analista - TJ-ES / 2011) Uma das funções do princípio da 
legalidade refere-se à proibição de se realizar incriminações vagas e 
indeterminadas, visto que, no preceito primário do tipo penal 
incriminador, é obrigatória a existência de definição precisa da 
conduta proibida ou imposta, sendo vedada, com base em tal 
princípio, a criação de tipos que contenham conceitos vagos e 
imprecisos. 
 
2. (CESPE / Analista - TJ-ES / 2011) Considere que um indivíduo 
pratique dois crimes, em continuidade delitiva, sob a vigência de 
uma lei, e, após a entrada em vigor de outra lei, que passe a 
considerá-los hediondos, ele pratique mais três crimes em 
continuidade delitiva. Nessa situação, de acordo com o Código Penal, 
aplicar-se-á a toda a sequência de crimes a lei anterior, por ser mais 
benéfica ao agente. 
 
3. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-ES / 2011) A lei penal que 
beneficia o agente não apenas retroagepara alcançar o fato 
praticado antes de sua entrada em vigor, como também, embora 
revogada, continua a reger o fato ocorrido ao tempo de sua vigência. 
 
4. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-ES / 2011) Lugar do crime, para 
os efeitos de incidência da lei penal brasileira, é aquele onde foi 
praticada a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como aquele 
APLICABILIDADE DA LEI PENAL 
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onde se produziu ou, no caso da tentativa, teria sido produzido o 
resultado. 
 
5. (CESPE / Analista - STM / 2011) O direito penal brasileiro adotou 
expressamente a teoria absoluta de territorialidade quanto à 
aplicação da lei penal, adotando a exclusividade da lei brasileira e 
não reconhecendo a validez da lei penal de outro Estado. 
 
6. (CESPE / Técnico - ABIN / 2010) Dado o reconhecimento, na CF, 
do princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica como 
garantia fundamental, o advento de lei penal mais favorável ao 
acusado impõe sua imediata aplicação, mesmo após o trânsito em 
julgado da condenação. Todavia, a verificação da lex mitior, no 
confronto de leis, é feita in concreto, cabendo, conforme a situação, 
retroatividade da regra nova ou ultra-atividade da norma antiga 
 
7. (CESPE / Advogado – CEF / 2010) No que diz respeito à lei penal 
no tempo e no espaço, é correto afirmar que a vigência de norma 
penal posterior atenderá ao princípio da imediatidade, não incidindo, 
em nenhum caso, sobre fatos praticados na forma da lei penal 
anterior. No tocante à lei penal no espaço, o Código Penal (CP) adota 
o princípio da territorialidade como regra geral. 
 
8. (CESPE / Promotor de Justiça Substituto – MPE-SE / 2010) De 
acordo com a lei penal brasileira, o território nacional estende-se a 
embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou a 
serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem. 
 
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9. (CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010) De acordo com a lei penal 
brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e 
aeronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo 
brasileiro, onde quer que se encontrem. 
 
10. (CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010) De acordo com a lei penal 
brasileira, o território nacional estende-se a embarcações e 
aeronaves brasileiras de natureza pública, desde que se encontrem 
no espaço aéreo brasileiro ou em alto-mar. 
 
11. (CESPE / Promotor - MPE-SE / 2010) De acordo com a lei penal 
brasileira, o território nacional estende-se a aeronaves e 
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, onde 
quer que se encontrem. 
 
12. (CESPE / Analista de Trânsito – DETRAN-DF / 2009) O Estado é a 
única fonte de produção do direito penal, já que compete 
privativamente à União legislar sobre normas gerais em matéria 
penal. 
 
13. (CESPE / Analista de Trânsito – DETRAN-DF / 2009) A lei penal 
admite interpretação analógica, recurso que permite a ampliação do 
conteúdo da lei penal, através da indicação de fórmula genérica pelo 
legislador. 
 
14. (CESPE / Analista de Trânsito – DETRAN-DF / 2009) O princípio 
da legalidade veda o uso da analogia in malam partem, e a criação de 
crimes e penas pelos costumes. 
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15. (CESPE / Advogado – AGU /2009) O princípio da legalidade, que 
é desdobrado nos princípios da reserva legal e da anterioridade, não 
se aplica às medidas de segurança, que não possuem natureza de 
pena, pois a parte geral do Código Penal apenas se refere aos crimes 
e contravenções penais. 
 
16. (CESPE / OAB-SP / 2009) Ninguém pode ser punido por fato que 
lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a 
execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória. 
 
17. (CESPE / OAB-SP / 2009) Considera-se praticado o crime no 
lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem 
como onde se produziu o resultado, sendo irrelevante o local onde 
deveria produzir-se o resultado. 
 
18. (CESPE / OAB-SP / 2009) A lei excepcional ou temporária, 
embora tenha decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante a sua vigência. 
 
19. (CESPE / OAB-SP / 2009) Considera-se praticado o crime no 
momento da produção do resultado. 
 
20. (CESPE / Procurador - PGE-PE / 2009) Quanto ao momento em 
que o crime é considerado praticado, a lei penal brasileira adotou 
expressamente a teoria da ubiquidade, desprezando a teoria da 
atividade. 
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21. (CESPE / Procurador - PGE-PE / 2009) Com relação ao lugar em 
que o crime é considerado praticado, a lei penal brasileira adotou 
expressamente a teoria da atividade, desprezando a teoria da 
ubiquidade. 
 
22. (CESPE / Procurador - PGE-PE / 2009) Aplica-se a lei penal 
brasileira a crimes praticados contra a vida ou a liberdade do 
presidente da República, mesmo que o crime tenha ocorrido em 
outro país. 
 
23. (CESPE / Curso de Formação de Soldado - PM-DF / 2009) 
Considere que determinado empresário tenha sido sequestrado em 
1.º/1/2008 e libertado em 1.º/12/2008, mediante o pagamento do 
valor do resgate pela família, e que, em agosto de 2008, o Congresso 
Nacional tenha editado lei ordinária, que dobrou a pena privativa de 
liberdade do mencionado delito. Nessa situação, a pena do delito de 
sequestro fixada pela nova lei não poderá ser aplicada aos 
sequestradores do referido empresário, uma vez que a lei penal mais 
grave não pode retroagir. 
 
24. (CESPE / Curso de Formação de Soldado - PM-DF / 2009) Em 
relação ao tempo do crime, o Código Penal brasileiro adotou, em 
regra, a teoria do resultado. 
 
25. (CESPE / Curso de Formação de Soldado - PM-DF / 2009) 
Considere que Caio, com intenção homicida, tenha efetuado cinco 
disparos de arma de fogo em Bruno, na cidade de Formosa - GO. 
Gravemente ferido, Bruno foi trazido para o Hospital de Base de 
Brasília, onde faleceu após trinta dias, em decorrência dos 
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ferimentos provocados pelos disparos. Nessa situação, caberá ao 
tribunal do júri de Formosa processar e julgar Caio. 
 
26. (CESPE / Advogado da União - AGU / 2009) Ocorrendo a hipótese 
de novatio legis in mellius em relação a determinado crime praticado 
por uma pessoa definitivamente condenada pelo fato, caberá ao juízo 
da execução, e não ao juízo da condenação, a aplicação da lei mais 
benigna. 
 
27. (CESPE / Advogado da União - AGU / 2009) A lei processual 
penal não se submete ao princípio da retroatividade in mellius, 
devendo ter incidência imediata sobre todos os processos em 
andamento, independentemente de o crime haver sido cometido 
antes ou depois de sua vigênciaou de a inovação ser mais benéfica 
ou prejudicial. 
 
28. (CESPE / Execução de Mandatos – STF / 2008) Segundo a 
máxima in claris cessat interpretatio, pacificamente aceita pela 
doutrina penalista, quando o texto for suficientemente claro, não 
cabe ao aplicador da lei interpretá-lo. 
 
29. (CESPE / Execução de Mandatos – STF / 2008) A exposição de 
motivos do CP é típico exemplo de interpretação autêntica 
contextual. 
 
30. (CESPE / Execução de Mandatos – STF / 2008) Se o presidente 
do STF, em palestra proferida em seminário para magistrados de 
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todo o Brasil, interpreta uma lei penal recém-publicada, essa 
interpretação é considerada interpretação judicial. 
 
31. (CESPE / Oficial de Promotoria - MPE-RR / 2008) A lei 
temporária, após decorrido o período de sua duração, não se aplica 
mais nem aos fatos praticados durante sua vigência nem aos 
posteriores. 
 
32. (CESPE / Oficial de Promotoria - MPE-RR / 2008) Aplica-se a lei 
penal brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras de propriedade privada que estejam em 
território nacional. 
 
33. (CESPE / Analista Judiciário – TJ-DF / 2008) Considere a 
seguinte situação hipotética. Entrou em vigor, no dia 1.º/1/2008, lei 
temporária que vigoraria até o dia 1.º/2/2008, na qual se preceituou 
que o aborto, em qualquer de suas modalidades, nesse período, não 
seria crime. 
Nessa situação, se Kátia praticou aborto voluntário no dia 
20/1/2008, mas somente veio a ser denunciada no dia 3/2/2008, 
não se aplica a lei temporária, mas sim a lei em vigor ao tempo da 
denúncia. 
 
34. (CESPE / Analista Judiciário – TJ-DF / 2008) Aplica-se a lei penal 
brasileira ao crime praticado a bordo de aeronave estrangeira de 
propriedade privada, em vôo no espaço aéreo brasileiro. 
 
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35. (CESPE / Fiscal Tributário- Prefeitura – ES / 2008) Segundo o 
princípio da reserva legal, apenas a lei em sentido formal pode criar 
tipos penais. Dessa maneira, a norma penal em branco, que exige 
complementação de outras fontes normativas, fere o mencionado 
princípio e, consequentemente, é inconstitucional. 
 
36. (CESPE / Fiscal Tributário- Prefeitura – ES / 2008) Lei posterior 
que, de qualquer modo, favoreça o réu aplica-se a fatos anteriores, 
ainda que tais fatos já tenham sido julgados por sentença penal 
condenatória transitada em julgado. 
 
37. (CESPE / Delegado – Polícia Civil – TO / 2008) Prevê a 
Constituição Federal que nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação de 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido. Referido dispositivo constitucional traduz o 
princípio da intranscendência. 
 
38. (CESPE / Delegado – Polícia Civil – TO / 2008) Considere que um 
indivíduo seja preso pela prática de determinado crime e, já na fase 
da execução penal, uma nova lei torne mais branda a pena para 
aquele delito. Nessa situação, o indivíduo cumprirá a pena imposta 
na legislação anterior, em face do princípio da irretroatividade da lei 
penal. 
 
39. (CESPE / Delegado – Polícia Civil – TO / 2008) Na hipótese de o 
agente iniciar a prática de um crime permanente sob a vigência de 
uma lei, vindo o delito a se prolongar no tempo até a entrada em 
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vigor de nova legislação, aplica-se a última lei, mesmo que seja a 
mais severa. 
 
40. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco – AC / 2007) A 
hierarquia entre a Constituição e o direito penal ocorre na medida em 
que as disposições deste somente valem e obrigam quando se 
prestem à realização dos fins constitucionais e prestigiem valores 
socialmente relevantes, que se prestam ao fim de possibilitar a 
convivência social, assegurar níveis mínimos, toleráveis, de 
violência, por meio da prevenção e repressão de ataques a bens 
jurídicos constitucionalmente relevantes. 
 
41. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco – AC / 2007) O 
princípio da estrita legalidade ou da reserva legal e o da 
irretroatividade da lei penal controlam o exercício do direito estatal 
de punir, ao afirmarem que não há crime sem lei anterior que o 
defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
 
42. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco – AC / 2007) O 
princípio da anterioridade, no direito penal, proíbe que uma lei penal 
seja aplicada a um delito cometido menos de um ano após a 
publicação da norma incriminadora que passou a prever o fato como 
criminoso. 
 
43. (CESPE / Fiscal de Tributos- PM Rio branco – AC / 2007) A 
Constituição Federal veda de forma expressa a adoção da pena de 
morte, salvo nos casos de guerra declarada, as penas de caráter 
perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e as cruéis. 
 
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44. (CESPE / Defensor Público - DPE-AL / 2004) Pertinentes à 
eficácia da lei penal no espaço, destacam-se os princípios da 
territorialidade, personalidade, competência real, justiça universal e 
representação. 
 
45. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) Quando lei nova que 
muda a natureza da pena, cominando pena pecuniária para o mesmo 
fato que, na vigência da lei anterior, era punido por meio de pena de 
detenção, não se aplica o princípio da retroatividade da lei mais 
benigna. 
 
46. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) Considere a seguinte 
situação hipotética. Um indivíduo cometeu um crime na vigência da 
lei XX, que impunha a pena de reclusão de 1 a 5 anos. 
Posteriormente, por ocasião do julgamento, entrou em vigor a lei YY, 
cominando, para a mesma conduta, a pena de reclusão de 2 a 8 anos. 
Nessa situação, aplica-se à lei XX o princípio da ultra-atividade. 
 
47. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) As leis temporárias e 
excepcionais não derrogam o princípio da reserva legal e não são 
ultra-ativas. 
 
48. (CESPE / Procurador - TCM-GO / 2007) É aplicado o princípio real 
ou o princípio da proteção aos crimes praticados em país estrangeiro 
contra a administração pública por quem estiver a seu serviço. A lei 
brasileira, no entanto, deixará de ser aplicada quando o agente for 
absolvido ou condenado no exterior. 
 
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49. (CESPE / Analista Judiciário - TJ-DF / 2004) Considere a seguinte 
situação hipotética. Um marinheiro, pertencente à tripulação de um 
navio público norte-americano, desceu em porto argentino, a serviço 
do navio, onde foi surpreendido comercializando substância 
entorpecente. Nessa situação, aplicar-se-á a lei penal da bandeira 
que o navio ostenta. 
 
50. (CESPE / Analista Judiciário - TJ-DF / 2004) Considere a seguinte 
situação hipotética.Um indivíduo respondia a processo judicial por 
ter sido preso em flagrante delito, quando transportava em seu 
veículo, caixas contendo cloreto de etila (lança-perfume). 
Posteriormente à sua prisão, ato normativo retirou a referida 
substância do rol dos entorpecentes ou dos que causam dependência 
física ou psíquica. Nessa situação, em face da abolitio criminis, 
extinguiu-se a punibilidade. 
 
51. (CESPE / Analista judiciário - TRE-MS / 2013) O princípio da 
legalidade ou princípio da reserva legal não se estende às 
consequências jurídicas da infração penal, em especial aos efeitos da 
condenação, nem abarca as medidas de segurança. 
 
52. (CESPE/Inspetor - PC - CE/2012) Considere que Lúcio, mediante 
o uso de faca do tipo peixeira, tenha constrangido Maria a entregar-
lhe o valor de R$ 2,50, sob a justificativa de estar desempregado e 
necessitar do dinheiro para pagar o transporte coletivo. Nesse caso, 
segundo entendimento do STF quanto ao princípio da insignificância, 
Lúcio, se processado, deverá ser absolvido por atipicidade da 
conduta. 
 
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53. (CESPE/Analista Ministerial – MPE - PI/2012) O princípio da 
consunção, consoante posicionamento doutrinário e jurisprudencial, 
resolve o conflito aparente de normas penais quando um crime 
menos grave é meio necessário, fase de preparação ou de execução 
de outro mais nocivo, respondendo o agente somente pelo último. Há 
incidência desse princípio no caso de porte de arma utilizada 
unicamente para a prática do homicídio. 
 
GABARITO 
1-C 2-C 3-E 4-C 5-E 
6-C 7-E 8-C 9-C 10-E 
11-E 12-C 13-C 14-C 15-E 
16-E 17-E 18-C 19-E 20-E 
21-E 22-C 23-E 24-E 25-C 
26-C 27-C 28-E 29-E 30-E 
31-E 32-E 33-E 34-C 35-E 
36-C 37-C 38-E 39-C 40-C 
41-C 42-E 43-C 44-C 45-E 
46-C 47-E 48-E 49-C 50-C 
51-E 52-E 53-C *** ***

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