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DIREITO PENAL DESMEMBRADO - COM QUESTÕES AULA 5

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CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1
DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
 
Olá, Pessoal! 
 
Hoje abordaremos um tema importantíssim para um futuro DELEGADO. 
A fim de facilitar a resolução das questões, começarei apresentado um 
resumo do assunto e os principais dispositivos do Código Penal sobre o tema. 
 
Vamos começar! 
 
Bons estudos! 
******************************************************* 
RESUMO 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
CRIME 
 
CONDUTA FORMAS ESPECIAIS 
FURTO 
 
 
 
Subtrair, para si ou 
para outrem, coisa 
alheia móvel. 
FURTO QUALIFICADO - Se o crime é 
cometido: 
I - com destruição ou rompimento de 
obstáculo à subtração da coisa; 
II - com abuso de confiança ou mediante 
fraude, escalada ou destreza; 
III - com emprego de chave falsa; 
IV - mediante concurso de duas ou mais 
pessoas. 
FURTO DE COISA COMUM – Subtrair o 
AULA05 – CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou 
para outrem, a quem legitimamente a 
detém, a coisa comum. 
 
ROUBO 
 
 
Subtrair coisa móvel 
alheia, para si ou 
para outrem, 
mediante grave 
ameaça ou violência 
à pessoa, ou depois 
de havê-la, por 
qualquer meio, 
reduzido à 
impossibilidade de 
resistência. 
 
A pena aumenta-se de um terço até a 
metade: 
I - se a violência ou ameaça é exercida 
com emprego de arma; 
II - se há o concurso de duas ou mais 
pessoas; 
III - se a vítima está em serviço de 
transporte de valores e o agente conhece 
tal circunstância. 
IV - se a subtração for de veículo 
automotor que venha a ser transportado 
para outro Estado ou para o exterior; 
V - se o agente mantém a vítima em seu 
poder, restringindo sua liberdade. 
EXTORSÃO 
 
 
Constranger alguém, 
mediante violência 
ou grave ameaça, e 
com o intuito de 
obter para si ou para 
outrem indevida 
vantagem 
econômica, a fazer, 
tolerar que se faça 
ou deixar fazer 
alguma coisa. 
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO – 
Sequestrar pessoa com o fim de obter, 
para si ou para outrem, qualquer 
vantagem, como condição ou preço do 
resgate. 
 
EXTORSÃO INDIRETA – Exigir ou 
receber, como garantia de dívida, 
abusando da situação de alguém, 
documento que pode dar causa a 
procedimento criminal contra a vítima ou 
contra terceiro. 
 
USURPAÇÃO 
Suprimir ou deslocar 
tapume, marco, ou 
qualquer outro sinal 
indicativo de linha 
divisória, para 
apropriar-se, no todo 
ou em parte, de 
coisa imóvel alheia. 
USURPAÇÃO DE ÁGUAS - Desviar ou 
represar, em proveito próprio ou de 
outrem, águas alheias. 
 
ESBULHO POSSESSÓRIO - Invadir, 
com violência à pessoa ou grave ameaça, 
ou mediante concurso de mais de duas 
pessoas, terreno ou edifício alheio, para 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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o fim de esbulho possessório. 
 
 
 
DANO 
 
 
Destruir, inutilizar ou 
deteriorar coisa 
alheia 
DANO QUALIFICADO - Se o crime é 
cometido: 
I - com violência à pessoa ou grave 
ameaça; 
II - com emprego de substância 
inflamável ou explosiva, se o fato não 
constitui crime mais grave; 
III - contra o patrimônio da União, 
Estado, Município, empresa 
concessionária de serviços públicos ou 
sociedade de economia mista; 
IV - por motivo egoístico ou com 
prejuízo considerável para a vítima. 
 
INTRODUÇÃO OU ABANDONO DE 
ANIMAIS EM PROPRIEDADE ALHEIA 
- Introduzir ou deixar animais em 
propriedade alheia, sem consentimento 
de quem de direito, desde que do fato 
resulte prejuízo. 
 
DANO EM COISA DE VALOR 
ARTÍSTICO, ARQUEOLÓGICO OU 
HISTÓRICO - Destruir, inutilizar ou 
deteriorar coisa tombada pela autoridade 
competente em virtude de valor artístico, 
arqueológico ou histórico. 
 
ALTERAÇÃO DE LOCAL 
ESPECIALMENTE PROTEGIDO - 
Alterar, sem licença da autoridade 
competente, o aspecto de local 
especialmente protegido por lei. 
 
 
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APROPRIAÇÃO 
INDÉBITA 
 
Apropriar-se de coisa 
alheia móvel, de que 
tem a posse ou a 
detenção. 
APROPRIAÇÃO INDÉBITA 
PREVIDENCIÁRIA - Deixar de repassar 
à previdência social as contribuições 
recolhidas dos contribuintes, no prazo e 
forma legal ou convencional. 
 
APROPRIAÇÃO DE COISA HAVIDA 
POR ERRO, CASO FORTUITO OU 
FORÇA DA NATUREZA - Apropriar-se 
alguém de coisa alheia vinda ao seu 
poder por erro, caso fortuito ou força da 
natureza. 
 
APROPRIAÇÃO DE TESOURO - Achar 
tesouro em prédio alheio e se apropriar, 
no todo ou em parte, da quota a que tem 
direito o proprietário do prédio. 
 
APROPRIAÇÃO DE COISA ACHADA - 
Achar coisa alheia perdida e dela se 
apropriar, total ou parcialmente, 
deixando de restituí-la ao dono ou 
legítimo possuidor ou de entregá-la à 
autoridade competente dentro no prazo 
de 15 (quinze) dias. 
ESTELIONATO 
E OUTRAS 
FRAUDES 
 
 
Obter, para si ou 
para outrem, 
vantagem ilícita, em 
prejuízo alheio, 
induzindo ou 
mantendo alguém 
em erro, mediante 
artifício, ardil, ou 
qualquer outro meio 
fraudulento. 
DISPOSIÇÃO DE COISA ALHEIA 
COMO PRÓPRIA - Vender, permutar, 
dar em pagamento, em locação ou em 
garantia coisa alheia como própria. 
 
ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO 
FRAUDULENTA DE COISA PRÓPRIA - 
Vender, permutar, dar em pagamento ou 
em garantia coisa própria inalienável, 
gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel 
que prometeu vender a terceiro, 
mediante pagamento em prestações, 
silenciando sobre qualquer dessas 
circunstâncias. 
 
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DEFRAUDAÇÃO DE PENHOR - 
Defraudar, mediante alienação não 
consentida pelo credor ou por outro 
modo, a garantia pignoratícia, quando 
tem a posse do objeto empenhado. 
 
FRAUDE NA ENTREGA DE COISA - 
Defraudar substância, qualidade ou 
quantidade de coisa que deve entregar a 
alguém. 
 
FRAUDE PARA RECEBIMENTO DE 
INDENIZAÇÃO OU VALOR DE 
SEGURO - Destruir, total ou 
parcialmente, ou ocultar coisa própria, ou 
lesar o próprio corpo ou a saúde, ou 
agravar as consequências da lesão ou 
doença, com o intuito de haver 
indenização ou valor de seguro; 
 
FRAUDE NO PAGAMENTO POR MEIO 
DE CHEQUE - Emitir cheque sem 
suficiente provisão de fundos em poder 
do sacado, ou lhe frustrar o pagamento. 
 
DUPLICATA SIMULADA - Emitir fatura, 
duplicata ou nota de venda que não 
corresponda à mercadoria vendida, em 
quantidade ou qualidade, ou ao serviço 
prestado. 
 
ABUSO DE INCAPAZES - Abusar, em 
proveito próprio ou alheio, de 
necessidade, paixão ou inexperiência de 
menor, ou da alienação ou debilidade 
mental de outrem, induzindo qualquer 
deles à prática de ato suscetível de 
produzir efeito jurídico em prejuízo 
próprio ou de terceiro. 
 
INDUZIMENTO À ESPECULAÇÃO - 
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Abusar, em proveito próprio ou alheio, da 
inexperiência ou da simplicidade ou 
inferioridade mental de outrem, 
induzindo-o à prática de jogo ou aposta, 
ou à especulação com títulos ou 
mercadorias, sabendo ou devendo saber 
que a operação é ruinosa. 
 
FRAUDE NO COMÉRCIO - Enganar, no 
exercício de atividade comercial, o 
adquirente ou consumidor: 
 
I - vendendo, como verdadeira ou 
perfeita, mercadoria falsificada ou 
deteriorada; 
 
II - entregando uma mercadoria por 
outra: 
 
OUTRAS FRAUDES - Tomar refeição em 
restaurante, alojar-se em hotel ou 
utilizar-se de meio de transporte sem 
dispor de recursos para efetuar o 
pagamento. 
 
FRAUDES E ABUSOS NA FUNDAÇÃO 
OU ADMINISTRAÇÃO DE SOCIEDADE 
POR AÇÕES - Promover a fundação de 
sociedade por ações, fazendo, em 
prospecto ou em comunicação ao público 
ou à assembléia, afirmação falsa sobre a 
constituição da sociedade ou ocultando 
fraudulentamente fato a ela relativo. 
 
FRAUDE À EXECUÇÃO - Fraudar 
execução, alienando, desviando, 
destruindo ou danificando bens ou 
simulando dívidas. 
 
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RECEPTAÇÃO 
 
Adquirir, receber, 
transportar, conduzir 
ou ocultar, em 
proveito próprio ou 
alheio, coisa que 
sabe ser produto de 
crime, ou influir para 
que terceiro, de 
boa-fé, a adquira, 
receba ou oculte. 
RECEPTAÇÃO QUALIFICADA - 
Adquirir, receber, transportar, conduzir, 
ocultar, ter em depósito, desmontar, 
montar, remontar, vender, expor à 
venda, ou de qualquer forma utilizar, em 
proveito próprio ou alheio, no exercício 
de atividade comercial ou industrial, 
coisa que deve saber ser produto de 
crime. 
OBSERVAÇÕES 
 
É ISENTO DE PENA QUEM COMETE QUALQUER DOS CRIMES 
PREVISTOS NESTA TABELA EM PREJUÍZO: 
I - DO CÔNJUGE, NA CONSTÂNCIA DA SOCIEDADE CONJUGAL; 
II - DE ASCENDENTE OU DESCENDENTE, SEJA O PARENTESCO 
LEGÍTIMO OU ILEGÍTIMO, CIVIL OU NATURAL. 
SOMENTE SE PROCEDE MEDIANTE REPRESENTAÇÃO SE O CRIME 
PREVISTO NESTE TÍTULO É COMETIDO EM PREJUÍZO: 
I - DO CÔNJUGE DESQUITADO OU JUDICIALMENTE SEPARADO; 
II - DE IRMÃO, LEGÍTIMO OU ILEGÍTIMO; 
III - DE TIO OU SOBRINHO COM QUEM O AGENTE COABITA. 
NÃO SE APLICA O DISPOSTO ACIMA: 
I - SE O CRIME É DE ROUBO OU DE EXTORSÃO OU, EM GERAL, 
QUANDO HAJA EMPREGO DE GRAVE AMEAÇA OU VIOLÊNCIA À 
PESSOA; 
II - AO ESTRANHO QUE PARTICIPA DO CRIME. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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PRINCIPAIS ARTIGOS 
Furto 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso 
noturno. 
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode 
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou 
aplicar somente a pena de multa. 
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha 
valor econômico. 
 
Furto qualificado 
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: 
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; 
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
III - com emprego de chave falsa; 
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo 
automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. 
 
Furto de coisa comum 
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a 
quem legitimamente a detém, a coisa comum: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
§ 1º - Somente se procede mediante representação. 
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a 
quota a que tem direito o agente. 
 
Roubo 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega 
violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime 
ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. 
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal 
circunstância. 
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para 
outro Estado ou para o exterior; 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. ) 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a 
quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, 
sem prejuízo da multa. 
Extorsão 
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o 
intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, 
tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, 
aumenta-se a pena de um terço até metade. 
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo 
anterior. 
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa 
condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de 
reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal 
grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, 
respectivamente. 
 
Extorsão mediante sequestro 
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer 
vantagem, como condição ou preço do resgate: 
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. 
§ 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é 
menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido 
por bando ou quadrilha. 
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. 
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. 
§ 3º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. 
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à 
autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a 
dois terços. 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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Apropriação indébita 
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Aumento de pena 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeua coisa: 
I - em depósito necessário; 
II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, 
testamenteiro ou depositário judicial; 
III - em razão de ofício, emprego ou profissão. 
Estelionato 
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro 
meio fraudulento: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode 
aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º. 
 
Receptação 
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou 
alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, 
a adquira, receba ou oculte: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Receptação qualificada 
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, 
montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em 
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa 
que deve saber ser produto de crime: 
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. 
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer 
forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. 
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o 
valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por 
meio criminoso: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. 
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do 
crime de que proveio a coisa. 
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em 
consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa 
aplica-se o disposto no § 2º do art. 155. 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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§ 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, 
empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a 
pena prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro. 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, 
em prejuízo: 
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja 
civil ou natural. 
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste 
título é cometido em prejuízo: 
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; 
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: 
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de 
grave ameaça ou violência à pessoa; 
II - ao estranho que participa do crime. 
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 
(sessenta) anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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EXERCÍCIOS 
 
1. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) A respeito de crime 
patrimonial, julgue o item abaixo. 
Se um indivíduo for processado por ter, volitivamente, tomado 
refeição em restaurante quando não dispunha de recursos para 
pagar o que consumiu, o juiz, conforme as circunstâncias do fato, 
não poderá reduzir a pena desse indivíduo, podendo, no entanto, 
conceder-lhe perdão judicial. 
 
Correto. O Código Penal não prevê causa de diminuição de pena para o 
referido delito (Outras fraudes), mas apenas o perdão judicial. 
 
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel 
ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos 
para efetuar o pagamento: 
Parágrafo único - Somente se procede mediante 
representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, 
deixar de aplicar a pena. 
 
2. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) Acerca de crime e sua 
tipicidade, julgue o item a seguir 
Considere que Lúcio, mediante o uso de faca do tipo peixeira, tenha 
constrangido Maria a entregar-lhe o valor de R$ 2,50, sob a 
justificativa de estar desempregado e necessitar do dinheiro para 
pagar o transporte coletivo. Nesse caso, segundo entendimento do 
STF quanto ao princípio da insignificância, Lúcio, se processado, 
deverá ser absolvido por atipicidade da conduta. 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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Errada. Observe o julgado que elucida a questão: 
 
A Turma iniciou julgamento de habeas corpus no qual a Defensoria Pública 
da União pleiteia o reconhecimento do princípio da insignificância em favor 
de condenado por roubo (CP, art. 157, § 2º, II), em decorrência de haver 
empregado grave ameaça para subtrair, em companhia de dois adolescentes, 
a quantia de R$ 3,25 (três reais e vinte e cinco centavos). O Min. Dias 
Toffoli, relator, indeferiu o writ. Enfatizou que, apesar de ínfimo o valor 
subtraído, houvera concurso de pessoas, com adolescentes, o que agravaria 
o contexto. Reportou-se, ademais, a jurisprudência do STF no sentido de ser 
inaplicável o princípio da insignificância ao delito de roubo. 
 
3. (CESPE / Escrivão - PC-ES / 2011) Robson, motorista profissional, 
foi contratado por um grupo de pessoas para fazer o transporte em 
seu caminhão, de mercadorias que foram objeto de roubo. No início 
da viagem, o veículo foi interceptado e o motorista, preso pela 
polícia. Nessa situação, Robson praticou o crime de receptação, na 
modalidade de transportar coisa que sabe ser produto de crime. 
 
Correto. Nos termos do art. 180 do Código Penal, o crime de receptação 
caracteriza-se pela conduta de adquirir, receber, TRANSPORTAR, conduzir ou 
ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, 
ou influi para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte. 
 
4. (CESPE / Delegado - PC-ES / 2011) Em 2009, Lauro, mediante 
grave ameaça e com o intuito de obter para si indevida vantagem 
econômica, constrangeu César ao pagamento de importância 
correspondente a R$ 5.000,00. César, diante dessa situação de 
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constrangimento, houve por bem denunciar a conduta de Lauro antes 
mesmo de efetuar o pagamento da quantia exigida. Em sede de 
recurso especial, a defesa de Lauro argumentou que, segundo o 
entendimento sumulado do STJ, a legislação penal aplicável 
subordina a consumação do delito em questão à efetiva consecução 
do proveito econômico. Nessa situação, a tese da defesa de Lauro 
está em consonância com a jurisprudência da mencionada Corte 
Superior. 
 
Errado. O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção 
da vantagem indevida. 
 
5. (CESPE/Promotor – MPE SE/2010) Marcelo, Rubens e Flávia 
planejaram praticar um crime de roubo. Marcelo forneceu a arma e 
Rubens ficou responsávelpor transportar em seu veículo os corréus 
ao local do crime e dar-lhes fuga. A Flávia coube a tarefa de atrair e 
conduzir a vítima ao local ermo onde foi praticado o crime. Nessa 
situação hipotética, conforme entendimento do STJ, Rubens foi 
coautor funcional ou parcial do crime, não sendo a sua participação 
de menos importância. 
 
Correto. Rubens, bem como Marcelo e Flávia, compartilhavam de um 
objetivo comum, agindo em unidade de desígnios. É entendimento do STJ 
que todos os envolvidos responderão pela causa de aumento de pena, ainda 
que um só dos agentes alcance a consumação do delito. Traz o art. 157, §2°, 
II, que a pena aumenta de um terço até metade se há o concurso de duas ou 
mais pessoas. 
 
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6. (CESPE/Técnico Judiciário – TRE BA/2010) Para que o crime de 
extorsão seja consumado é necessário que o autor do delito obtenha 
a vantagem indevida. 
 
Errado. O crime de extorsão, art. 158 do CP, é um crime formal, tendo sua 
consumação no momento em que a vítima assuma um comportamento, 
positivo ou negativo, contra a sua vontade, em decorrência da violência ou 
grave ameaça do agente. A obtenção de vantagem indevida é mero 
exaurimento do crime. 
 
7. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) O indivíduo que fizer 
uso de violência após subtrair o veículo de outro cometerá o 
denominado roubo próprio. 
 
Errado. O roubo próprio é aquele no qual há o uso de violência contra a 
pessoa ou grave ameaça para o cometimento do roubo, constante do caput 
do art. 157 do CP. A violência seria um meio para a prática da subtração. O 
exemplo da questão aborda o roubo impróprio, preceituado no §1° do 
art.157, no qual primeiro acontece a subtração da coisa móvel alheia, para 
depois vir a violência ou grave ameaça, como formas de assegurar a 
impunidade do agente ou detenção da coisa. 
 
8. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) A subtração de energia 
elétrica pode tipificar o crime de furto. 
 
Correto. De conformidade com o §3° do art. 155 do Código Penal, do furto, 
equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra coisa que 
tenha valor econômico. 
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9. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) O crime de dano não 
admite a tentativa. 
 
Errado. O crime de dano é um crime material, havendo a consumação 
quando o agente efetivamente destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia. É 
um crime plurissubsistente, permitindo o fracionamento do iter criminis. 
Dessa forma, quando o agente não consegue o resultado por circunstâncias 
alheias à sua vontade, é possível a tentativa. 
 
10. (CESPE/Escrivão PF/2009) Diferenciam-se os crimes de extorsão 
e estelionato, entre outros aspectos, porque, no estelionato, a vítima 
quer entregar o objeto, pois foi induzida ou mantida em erro pelo 
agente mediante o emprego de fraude; enquanto, na extorsão, a 
vítima despoja-se de seu patrimônio contra a sua vontade, fazendo-o 
por ter sofrido violência ou grave ameaça. 
 
Correto. No crime de estelionato, art. 171 do CP, a fraude é a característica 
essencial. Em outras palavras, por meio do engano, o agente tem a 
colaboração da vítima para se despojar de seus pertences. Já no crime de 
extorsão, previsto no art. 158 do CP, a vítima é constrangida, ou seja, tem 
sua liberdade estorvada e é obrigada a despojar-se de seu patrimônio contra 
a sua vontade, através de violência ou grave ameaça. 
 
11. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de latrocínio só se consuma 
quando o agente, após matar a vítima, realiza a subtração dos bens 
visados no início da ação criminosa. 
 
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Errado. Preceitua a Súmula 610 do Supremo Tribunal Federal que há crime 
de latrocínio quando se consuma o homicídio, ainda que não realize o agente 
a subtração de bens da vítima. 
 
12. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de extorsão é consumado quando 
o agente, mediante violência ou grave ameaça, obtém, efetivamente, 
vantagem econômica indevida, constrangendo a vítima a fazer 
alguma coisa ou a tolerar que ela seja feita. 
 
Errado. Por ser um crime formal, o crime de extorsão, art. 158 do CP, 
consuma-se no momento em que a vítima, compelida pela violência ou grave 
ameaça, realiza o comportamento almejado pelo agente. A obtenção de 
vantagem econômica indevida é um especial fim de agir e constitui mero 
exaurimento do crime. Vide Súmula 96 do STJ que aduz que a extorsão se 
consuma independentemente da obtenção da vantagem econômica. 
 
13. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de apropriação indébita de 
contribuição previdenciária é delito material, exigindo-se, para a 
consumação, o fim específico de apropriar-se da coisa para si 
(animus rem sibi habendi). 
 
Errado. O crime de apropriação indébita de contribuição previdenciária, art. 
168-A do CP, é, para a doutrina, crime formal, consumando-se com a 
conduta deixar de repassar, sendo desnecessário o resultado de lesão à 
União. Já para o Plenário do STF trata-se de crime material, dependendo da 
efetiva lesão aos cofres da União. Mas o erro da questão não reside em tal 
controvérsia. A apropriação indébita previdenciária possui como núcleo 
deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos 
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contribuintes, tratando-se de dolo genérico, não possuindo o fim específico 
de apropriar-se da coisa para si, animus rem sibi habendi. 
 
14. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) É circunstância que qualifica o 
crime de furto a prática do delito mediante o concurso de duas ou 
mais pessoas. 
 
Correto. De acordo com o art. 155, §4°, IV, do Código Penal, o furto é 
qualificado e possui a pena majorada de reclusão de dois a oito anos se a 
prática do crime for mediante o concurso de duas ou mais pessoas. O 
fundamento é a maior organização do delito. Importante salientar que nesse 
número são computados os inimputáveis. 
 
15. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) O furto de coisa comum 
submete-se à ação penal pública incondicionada. 
 
Errado. Conforme art. 156 do Código Penal, o furto de coisa comum somente 
se procede através de ação penal pública condicionada à representação do 
ofendido. 
 
16. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) Pratica crime de furto o agente 
que subtrai coisa alheia móvel, com animus furandi, depois de haver 
reduzido à impossibilidade de resistência da vítima, haja vista não 
ter empregado, para a subtração, violência ou grave ameaça, que são 
elementares do crime de roubo. 
 
Errado. Pratica o crime de furto, consoante o art. 155 do CP, o agente que 
subtrai coisa alheia móvel, para si ou para outrem, com animus furandi, que 
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significa vontade de furtar. Já aquele quesubtrai coisa alheia móvel depois 
de haver reduzido à impossibilidade de resistência da vítima comete o crime 
de roubo, previsto no art. 157 do CP. 
 
17. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) No crime de extorsão mediante 
sequestro, praticado em concurso de agentes, o concorrente que o 
denunciar à autoridade terá sua pena reduzida, ainda que a delação 
não facilite a libertação do sequestrado. 
 
Errado. A delação premiada é causa especial de redução de pena do crime de 
extorsão mediante sequestro praticado em concurso de agentes, art. 159, 
§4° do Código Penal. Um dos requisitos dos quais depende a delação 
premiada é a facilitação na libertação do sequestrado. Em outras palavras, 
ela deve ser eficaz para a resolução do crime e soltura da vítima, ou não terá 
aplicação. 
 
18. (CESPE/Perito PB/2009) No crime de furto em residência, para 
efeitos de aplicação da pena, é irrelevante o horário em que o agente 
pratica a ação criminosa, se durante o dia ou à noite, pois a pena em 
qualquer situação será a mesma. 
 
Errado. O §1° do art. 155 regula o chamado furto noturno. Nele a pena é 
aumentada de um terço se o furto é praticado durante o repouso noturno. O 
legislador optou pela majorante para assegurar a propriedade móvel contra 
maior precariedade de vigilância. Há decisão do Superior Tribunal de Justiça 
afirmando ser irrelevante o fato de se tratar de estabelecimento comercial ou 
de residência, habitada ou desabitada, bem como o fato da vítima estar, ou 
não, efetivamente repousando. 
 
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19. (CESPE/Perito PB/2009) O emprego de arma de fogo para a 
prática do crime de roubo não implica a majoração da pena 
cominada. 
 
Errado. O Código Penal, em seu art. 157, §2°, I, é expresso ao afirmar que a 
pena do crime de roubo aumenta de um terço até metade se a violência ou 
ameaça é exercida com emprego de arma. O motivo é o maior potencial 
ofensivo bem como maior poder de intimidação sobre a vítima. 
 
20. (CESPE/Perito-PB/2009) Ainda que o agente não realize a 
pretendida subtração de bens da vítima, haverá crime de latrocínio 
quando o homicídio se consumar. 
 
Correto. Em sintonia com a Súmula 610 do Supremo Tribunal Federal, a qual 
determina que há crime de latrocínio quando o homicídio se consuma, ainda 
que o agente não realize a subtração de bens da vítima. 
 
21. (CESPE/Perito-PB/2009) A fraude eletrônica para transferir 
valores de conta bancária por meio do Internet banking constitui 
crime de estelionato. 
 
Errado. A fraude eletrônica para transferir valores de conta bancária por 
meio do Internet banking constitui crime de furto qualificado, conforme o 
Código Penal, art. 155, §4°, II. Trata-se de subtração de valores para si ou 
para outrem mediante fraude eletrônica. 
 
22. (CESPE/Perito - PB/2009) Para a consumação do crime de 
extorsão, é indispensável a obtenção da vantagem indevida. 
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Errado. O crime de extorsão, art. 158 do Código Penal, é um crime formal. A 
Súmula 96 do STJ deixa claro que a extorsão se consuma 
independentemente da obtenção da vantagem econômica, sendo mero 
exaurimento do crime. 
 
23. (CESPE/Policial PRF/2008) Roberto tinha a intenção de praticar a 
subtração patrimonial não-violenta do automóvel de Geraldo. No 
entanto, durante a execução do crime, estando Roberto já dentro do 
veículo, Geraldo apareceu e foi correndo em direção ao veículo. 
Roberto, para assegurar a detenção do automóvel, ameaçou Geraldo 
gravemente, conseguindo, assim, cessar a ação da vítima e se evadir 
do local. Nessa situação, Roberto responderá pelos crimes de ameaça 
e furto, em concurso material. 
 
Errado. Roberto responderá pelo crime de roubo, conforme §1° do art. 157, 
que diz incorrer na mesma pena de roubo aquele que, logo depois de 
subtraída a coisa, emprega violência contra a pessoa ou grave ameaça, a fim 
de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa. 
 
24. (CESPE/Policial PRF/2008) Fernando, pretendendo roubar, com 
emprego de arma de fogo municiada, R$ 20.000,00 que Alexandre 
acabara de sacar em banco, abordou-o no caminho para casa. 
Alexandre, no entanto, reagiu, e Fernando o matou mediante o 
disparo de seis tiros, empreendendo fuga em seguida, sem consumar 
a subtração patrimonial. Nessa situação, Fernando responderá por 
crime de latrocínio tentado. 
 
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Errado. O Supremo Tribunal Federal há muito editou súmula pacificando o 
assunto. De acordo com a Súmula 610, há crime de latrocínio, quando o 
homicídio se consuma, ainda que o agente não realize a subtração de bens 
da vítima. Fernando responderá pelo crime de latrocínio consumado. 
 
25. (CESPE/Policial PRF/2008) Renato, valendo-se de fraude 
eletrônica, conseguiu subtrair mais de R$ 3.000,00 da conta bancária 
de Ernane por meio do sistema de Internet banking da Caixa 
Econômica Federal. Nessa situação, Renato responderá por crime de 
estelionato. 
 
Errado. É pacífico nos tribunais que a subtração de valores para si mediante 
fraude eletrônica constitui crime de furto qualificado, conforme o Código 
Penal, art. 155, §4°, II. Importante observar, no exemplo exposto, que a 
vítima será a Caixa Econômica Federal, que teve seu sistema de proteção 
burlado e não Renato, cliente da instituição financeira. Concluindo, Ernane 
responderá por crime de furto qualificado. 
 
26. (CESPE/Policial PRF/2008) Uma das distinções entre o crime de 
concussão e o de extorsão é que, no primeiro tipo penal, o 
funcionário público deve exigir a indevida vantagem sem o uso de 
violência ou de grave ameaça, que são elementos do segundo tipo 
penal referido. 
 
Correto. No crime de concussão, art. 316 do CP, o sujeito ativo é funcionário 
público e exige vantagem indevida em razão de sua função, sem violência ou 
grave ameaça à pessoa. No crime de extorsão, art. 158 do CP, o agente, que 
pode ou não ser um funcionário público, usa de violência ou grave ameaça 
para obter uma vantagem econômica indevida. 
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27. (CESPE/Policial PRF/2008) No crime de extorsão mediante 
sequestro, faz jus à delação premiada o co-autor que delatou os 
comparsas e indicou o local do cativeiro, ainda que reste comprovado 
que a vítima tenha sido liberada após configurada a expectativa de 
êxito da prática delituosa, isto é, após o recebimento do dinheiro 
exigido como preço do resgate. 
 
Errado. O instituto da delação premiada no crime de extorsão mediante 
sequestro possui requisitos próprios para ser utilizado, dentre eles a 
facilitação na libertação do sequestrado. Caso a delação não seja eficaz para 
a soltura da vítima, não terá cabimento como direito do criminoso. Se o 
sequestrado for solto por outro motivo qualquer que não a informação 
prestada pelo coautor, a pena não será diminuída. 
 
28. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008)Considere que Jorge, 
agente de segurança, em ronda de rotina, percebeu que a porta da 
tesouraria da empresa onde trabalha havia sido arrombada e que de 
seu interior havia sido subtraído um pequeno cofre metálico 
destinado à guarda de numerários. Diante da constatação do crime, 
Jorge preservou o local até a chegada da polícia e a realização da 
perícia. Nessa situação, a conduta criminosa caracteriza crime de 
furto qualificado com rompimento de obstáculo à subtração da coisa. 
 
Correto. Está previsto no art. 155, § 4°, I, que se o crime de furto for com 
destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa, restará 
configurado o furto qualificado. Entende-se por obstáculo tudo aquilo que 
dificulta a subtração, não importando se é inerente ou exterior à coisa. É o 
caso do cofre, usado como exemplo na questão. 
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29. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que um 
mecânico, penalmente capaz, tenha recebido um veículo que sabia 
ser de origem ilícita, a fim de executar serviço de remoção de motor. 
Concluído o serviço, o mecânico recebeu o devido pagamento. Nessa 
situação, o mecânico cometeu crime de receptação dolosa, pois tinha 
conhecimento da origem ilícita do bem. 
 
Errado. O crime em tela é o de receptação qualificada pelo exercício de 
atividade comercial, art. 180, §1° do Código Penal. Possui uma pena mais 
elevada em relação à receptação dolosa simples, por apresentar um maior 
juízo de reprovação. Assim, quem adquire, recebe, transporta, conduz, 
oculta, tem em depósito, desmonta, monta, remonta, vende, expõe à venda, 
ou de qualquer forma utiliza em proveito próprio ou alheio coisa que deve 
saber ser produto de crime, no exercício de atividade comercial ou industrial, 
incorre no tipo penal. 
 
30. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que Joaquim, 
penalmente imputável, tenha feito uma ligação clandestina em sua 
casa para o desvio e a captação irregular de água que, não passando 
pelo hidrômetro, o isentava do pagamento de qualquer 
contraprestação à companhia abastecedora. Nessa situação, a 
conduta de Joaquim caracteriza crime de estelionato, em razão da 
fraude utilizada para a execução do delito. 
 
Errado. O crime da questão é o crime de furto mediante fraude, art. 155, 
§4°, II do Código Penal. A fraude é usada para diminuir a vigilância da 
companhia abastecedora e consequente captação da água sem que ela 
perceba. É diferente a previsão do estelionato, no qual o agente se utiliza da 
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fraude para colocar a vítima em erro, fazendo com que ela espontaneamente 
lhe entregue o bem. 
 
31. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que Daniel, 
penalmente capaz, tenha subtraído um talonário de cheques em 
branco e que tenha utilizado uma de suas cártulas para adquirir 
mercadorias no comércio. Nessa situação, a conduta de Daniel 
caracteriza delito de estelionato. 
 
Correto. Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, em sua 
Súmula 17, quando o falso se exaure no estelionato, sem mais 
potencialidade lesiva, é por este absorvido. Em outras palavras, o crime-fim, 
estelionato, absorve o crime-meio, falsidade documental, por força do 
princípio da consunção. Daniel utilizou a falsidade da cártula do cheque 
(crime-meio) para enganar os comerciantes, obtendo mercadorias em 
prejuízo alheio (crime-fim). 
 
32. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Para a configuração da 
conduta típica do crime de extorsão mediante sequestro, é 
necessário, entre outros elementos, que a vítima seja privada de sua 
liberdade de locomoção por tempo juridicamente relevante, e que a 
intenção de conseguir a vantagem indevida seja externada. 
 
Correto. No crime extorsão mediante sequestro, art. 159 do CP, a privação 
de liberdade de locomoção da vítima há de ser por tempo juridicamente 
relevante, apreciado no caso concreto pelo magistrado com razoabilidade. 
Por outro lado, a intenção de conseguir a vantagem indevida é elemento 
subjetivo específico do tipo penal. Se não for externada, o crime será de 
sequestro e cárcere privado, art. 148 do CP. 
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33. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que Maria, 
penalmente capaz, tenha recebido de um entregador um valioso 
presente e que, posteriormente, tenha constatado o equívoco do 
entregador, o qual, tendo confundido os destinatários, passou-lhe às 
mãos algo que não havia sido a ela dirigido. Demonstrando a 
inequívoca vontade de apropriar-se do bem, Maria passou a usá-lo 
como se fosse dona dele, recusando-se a restituí-lo a quem de 
direito. Nessa situação hipotética, a conduta de Maria não encontra 
tipificação penal, pois a coisa lhe foi entregue por erro exclusivo de 
terceiro. 
 
Errado. O Código Penal, no seu art. 169, preceitua o delito de apropriação de 
coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza. Incorre no tipo 
penal quem toma como propriedade coisa alheia que tenha vindo ao seu 
poder por erro, caso fortuito ou força da natureza. Logo, Maria, ao apropriar-
se de presente valioso que tenha vindo pra ela por erro quanto à pessoa, 
deverá ser responsabilizada pelo referido crime. 
 
34. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) A violência física que 
tipifica o delito de roubo consiste no emprego de força física sobre a 
vítima, como meio de subtração da coisa, não sendo necessário, para 
o reconhecimento desse delito, que ocorram lesões corporais mesmo 
que de natureza leve. 
 
Correto. A violência física que tipifica o crime de roubo também é 
denominada de violência própria ou vis absoluta. Ela deve ser dirigida a 
pessoa, na forma de lesão corporal ou vias de fato. Vias de fato são os 
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empurrões, tapas ou outras agressões que não possuam gravidade suficiente 
para serem consideradas como lesão corporal. 
 
35. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) A apropriação indébita 
difere do estelionato, pois nela o dolo, ou seja, a vontade de se 
apropriar, só surge depois de o agente ter a posse da coisa, recebida 
legitimamente, enquanto, no estelionato, o dolo antecede ao 
recebimento da coisa. 
 
Correto. O crime de apropriação indébita está disposto no art. 168 do Código 
Penal. O agente recebe legitimamente o bem e, modificando seu ânimo, o 
toma para si, negando a sua restituição. O dolo deverá surgir após o agente 
ter a posse ou detenção da coisa. Já no crime de estelionato, art. 171 do CP, 
a intenção de apossar-se da coisa surge antes, razão pela qual o agente 
engana o proprietário, ludibriando sua confiança. 
 
36. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que 
Wellington, penalmente responsável, visando subtrair a carteira de 
Eugênio, tenha utilizado um simulacro de arma de fogo e 
constrangido a vítima a entregar-lhe todos os seus pertences. Nessa 
situação hipotética, a conduta deWellington caracteriza crime de 
roubo qualificado pelo uso de arma de fogo, conforme entendimento 
jurisprudencial dominante. 
 
Errado. O entendimento jurisprudencial dominante é de que a utilização de 
arma de brinquedo ou porte simulado de arma para intimidar a vítima do 
delito de roubo não autoriza o reconhecimento da majorante da pena, cuja 
caracterização está vinculada ao potencial lesivo do instrumento. Wellington, 
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ao causar constrangimento à vítima através do simulacro de arma de fogo, 
configurou a grave ameaça, elementar do crime de roubo simples. 
 
37. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) Considere-se que Joaquim, 
responsável penalmente, realizou em sua casa uma ligação 
clandestina de energia elétrica, desviando, em proveito próprio, a 
energia de um poste público. Nessa situação hipotética, a conduta de 
Joaquim caracteriza mero ilícito civil, pois a energia elétrica é bem 
público, incidindo, assim, em fato atípico. 
 
Errado. Existe tipificação de furto de energia elétrica, conforme o §3° do art. 
155 do Código Penal. Dispõe o artigo que se equipara à coisa móvel a 
energia elétrica ou qualquer outra coisa que tenha valor econômico. 
Destarte, Joaquim responderá por furto. 
 
38. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) A diferença entre o furto 
privilegiado e o estelionato privilegiado consiste no fato de que, no 
primeiro, leva-se em conta o pequeno valor da coisa subtraída, 
enquanto, no segundo, considera-se o pequeno prejuízo suportado 
pela vítima. 
 
Correto. A questão traz a correta distinção entre os dois tipos penais 
privilegiados. No crime de furto privilegiado, art. 155, §2° do CP, o criminoso 
deve ser primário e a coisa furtada de pequeno valor. No crime de 
estelionato, a figura privilegiada está no §1° do art. 171, tendo como 
elementos a primariedade do agente e o pequeno prejuízo suportado pela 
vítima no momento da consumação do delito. 
 
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39. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) Considere-se que Manoel, 
responsável penalmente, encontrou, em via pública, um talonário de 
cheques com quatro cártulas. Retirou uma cártula e rasgou as 
restantes, inutilizando-as. Posteriormente, dirigiu-se a um 
estabelecimento comercial e, mediante falsificação da assinatura do 
verdadeiro emitente, fez compras no valor de R$ 2.000,00. O cheque 
foi devolvido por contraordem do emitente, tendo o dono do 
estabelecimento comercial suportado o prejuízo. Nessa situação 
hipotética, a conduta de Manoel caracteriza o crime de furto 
mediante fraude. 
 
Errado. A conduta de Manoel caracteriza o crime de estelionato, de acordo 
com a Súmula 17 do Superior Tribunal de Justiça. Esta aduz que, quando o 
falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este 
absorvido. Trata-se do princípio da consunção, no qual o crime-meio, 
falsidade documental, é absorvido pelo crime-fim, estelionato. 
 
40. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) Suponha-se que um 
indivíduo, responsável penalmente, valendo-se de uma machadinha, 
tenha destruído, propositalmente, uma estátua situada em praça 
pública. Nessa situação hipotética, é correto afirmar que o 
responsável pela destruição cometeu crime de dano qualificado. 
 
Correto. De acordo com o art. 163, III do CP, comete dano qualificado 
aquele que destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia do patrimônio da União, 
do Estado ou do Município. Aqui há a preocupação do legislador em preservar 
o bem público, seja ele de uso comum, especial e dominical. 
 
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41. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) O delito de apropriação 
indébita difere do furto mediante fraude, porque, naquele, o agente 
recebe licitamente a coisa, mas inverte seu ânimo sobre ela, 
recusando-se a devolvê-la, ao passo que, no furto mediante fraude, a 
vítima é induzida a erro, diminuindo a sua vigilância sobre a coisa, 
que acaba subtraída. 
 
Correto. O crime de apropriação indébita está previsto no art. 168 do CP. 
Nele, o agente recebe legitimamente o bem, mas modifica seu ânimo, 
momento no qual surge o dolo, e nega a sua restituição. O sentido do núcleo 
do delito é tomar para si indevidamente, uma coisa alheia móvel, de que 
tinha a posse ou a detenção. Já no crime de furto mediante fraude, art. 155, 
§4°, II, a vítima tem sua vigilância diminuída, facilitando a ação criminosa. A 
vítima é ludibriada e tem seus bens subtraídos sem perceber. 
42. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) Considere-se que João, 
casado legalmente com Maria e na constância da sociedade conjugal, 
subtraiu de sua esposa elevada soma em dinheiro, deixando a 
residência do casal, logo em seguida, tomando rumo ignorado. Nessa 
situação hipotética, a conduta de João está abrigada por uma causa 
extintiva da punibilidade — escusa absolutória —, estando, portanto, 
isento de pena. 
 
Correto. Está correta a questão, que trata de uma das imunidades penais 
absolutas ou escusas absolutórias. Prevê o art. 181, I, do CP, estar isento de 
pena quem cometer qualquer dos crimes contra o patrimônio em prejuízo do 
cônjuge na constância da sociedade conjugal. 
 
43. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) O crime de extorsão 
mediante sequestro, em sua modalidade simples, consuma-se no 
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momento em que ocorre a obtenção da vantagem patrimonial 
pretendida pelos agentes. 
 
Errado. O crime de extorsão mediante sequestro consuma-se com a privação 
de liberdade da vítima, independentemente da obtenção da vantagem 
patrimonial pretendida pelos agentes. É um crime formal e permanente. O 
fato de receber a vantagem indevida é mero exaurimento do tipo penal. 
 
44. (CESPE/Agente – MPE AM/2008) A violência como elementar do 
roubo, segundo dispõe o Código Penal, é somente a que se emprega 
para efeito de apreensão da coisa, estando excluída desse conceito a 
violência exercida post factum para assegurar ao agente a detenção 
da coisa subtraída ou a impunidade, em seu proveito ou em proveito 
de terceiro. 
Errado. Existe previsão legal para aquele agente que, depois de subtraída a 
coisa, empregar violência contra pessoa ou grave ameaça com a finalidade 
de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para 
terceiro. Também é considerado roubo, conforme o §1° do art. 157 do 
Código Penal. 
 
45. (CESPE/Agente – MPE AM/2008) A fraude elementar do 
estelionato não é somente a fraude empregada para induzir alguém a 
erro, mas também a que serve para manter um erro preexistente. 
 
Correto. O art. 171 do CP traz que o estelionato é a obtenção de vantagem 
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, 
mediante ardil, artifício ou qualquer outro meio fraudulento. O núcleo manter 
permite a conclusão de que o agente pode conservar a vítima na ideia de 
erro na qual se encontrava. 
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46. (CESPE/Juiz substituto TJTO/2007) A presença de sistema 
eletrônico de vigilância em estabelecimento comercial torna o crime 
de furto impossível, mediante a absoluta ineficácia do meio, 
conforme orientação do STJ. 
 
Errado. Segundo o entendimento jurisprudencial do STJ, acompanhado pela 
doutrina, a presença de sistema eletrônico de vigilância em estabelecimento 
comercial não caracteriza crime impossível, já que é necessária a aferição no 
caso concreto. O fato de o estabelecimento comercial possuir sistema 
eletrônico de vigilância não ilide a consumação do delito de furto de forma 
absolutamente eficaz, pois existe o risco, ainda que mínimo, de que o agente 
logre êxito na sua consumação. O crime impossível somente se caracteriza 
quando o agente, após a prática do fato, jamais poderia consumar o crime 
pela ineficácia absoluta do meio empregado ou pela absoluta impropriedade 
do objeto material, nos termos do art. 17 do CP. 
 
47. (CESPE/Defensor DPU/2007) Cláudio, com intenção de furtar, 
entrou no carro de Vagner, cuja porta estava destravada, e acionou o 
motor por meio de uma chave falsa na ignição do veículo, assim 
logrando êxito em subtrair o veículo. Nessa situação, e de acordo 
com a jurisprudência do STJ, Cláudio responde por crime de furto 
simples. 
 
Errado. O entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça é no 
sentido de que a chave falsa qualifica o crime de furto, aumentando a pena 
para reclusão de dois a oito anos, de acordo com §4°, III, do art. 155 do 
Código Penal. Cláudio responderá por crime de furto qualificado. 
 
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48. (CESPE/Agente de Segurança Vitória/2007) No crime de furto, o 
sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, exceto o proprietário da 
coisa, já o sujeito passivo pode ser o proprietário, possuidor ou 
detentor do bem, tanto pessoa jurídica quanto física. 
 
Correto. No delito de furto, art. 155 do CP, o sujeito ativo pode ser qualquer 
pessoa, desde que não seja o proprietário ou mesmo o possuidor da coisa. O 
diploma repressor é expresso ao determinar que a coisa deva ser alheia 
móvel. Já o sujeito passivo pode ser o proprietário, possuidor ou detentor do 
bem, tanto pessoa física quanto jurídica. 
 
49. (CESPE/Agente de Segurança Vitória/2007) A consumação do 
crime de ameaça ocorre no momento em que a vítima toma 
conhecimento do malefício prometido, independentemente de se 
sentir intimidada ou não. 
 
Correto. O crime de ameaça, art. 147 do Código Penal, é crime formal, 
consumando-se ainda que a vítima não tenha se sentido intimidada ou 
amedrontada com a promessa do mal injusto e grave. O momento no qual o 
sujeito passivo toma conhecimento do conteúdo da ameaça é o instante de 
sua consumação. 
 
50. (CESPE/Agente de Segurança Vitória/2007) Considere que 
Aurélio, imputável, tenha se apropriado da bicicleta de seu vizinho 
para dar um passeio pelo quarteirão, devolvendo-a nas mesmas 
condições, no estado e no local em que foi retirada. Nessa situação, 
conforme pacífica jurisprudência, a conduta é atípica, tendo em vista 
a caracterização do denominado furto de uso, em que falta o ânimo 
de assenhoramento definitivo do bem. 
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Correto. O furto de uso não encontra previsão no ordenamento jurídico. No 
entanto, é reconhecido pela doutrina e jurisprudência como conduta atípica 
quando o agente, com o único objetivo de usar momentaneamente da coisa 
alheia infungível, a restitui voluntariamente, no mesmo estado, logo depois 
de usá-la. Foi a conduta de Aurélio na questão, que agiu sem a vontade de 
assenhoramento definitivo, configurando assim a subtração ou furto de uso. 
 
51. (CESPE/Agente de Segurança Vitória/2007) O roubo difere do 
furto pelo uso de grave ameaça ou violência à pessoa, ou de qualquer 
outro meio que possa reduzir a possibilidade de resistência da 
vítima. 
 
Correto. Correta a questão, apontando a diferença das elementares do crime 
de furto, art. 155 e do crime de roubo, art. 157, ambos do Código Penal. Por 
falta de conhecimento, muitas pessoas referem-se aos dois tipos penais 
como se fosse um só. Todavia, o crime de roubo estabelece que o agente 
faça uso de grave ameaça ou violência à pessoa, ou de qualquer outro meio 
que possa reduzir à impossibilidade de resistência da vítima, tornando-se 
uma lesão muito mais grave. 
 
52. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE AL/2004) Em sua ronda diária, 
um agente de segurança detectou que um servidor público estava 
destruindo, por vingança, um aparelho de fax da sua seção de 
trabalho. Nessa situação, o agente verificou a ocorrência do crime de 
violência arbitrária cometido pelo servidor. 
 
Errado. A conduta de destruir coisa alheia, patrimônio da União, Estado ou 
Município, enquadra-se em um caso de dano qualificado, crime tipificado no 
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artigo 163, parágrafo único, inciso III do Código Penal, podendo ser 
cometido por qualquer pessoa. É um crime contra o patrimônio, diferente do 
objeto material do crime de violência arbitrária cometido por servidor 
público, art. 322 do CP, que é a pessoa. 
 
53. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE AL/2004) Ao vistoriar as 
instalações de um prédio, um agente de segurança descobriu que o 
proprietário do prédio vizinho havia realizado uma ligação 
clandestina no sistema de energia elétrica. Nessa situação, a ligação 
elétrica feita pelo vizinho é caracterizada como crime de roubo. 
 
Errado. A ligação clandestina no sistema de energia elétrica classifica-se 
como furto, pois estabelece o §3° do art. 155 do Código Penal que se 
equipara à coisa móvel, a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor 
econômico. Assim, subtrair para si ou para outrem energia elétrica 
caracteriza o delito de furto. 
 
54. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE AL/2004) Um servidor público 
estadual subtraiu um computador do seu setor de trabalho e o 
vendeu a Marcelo, que sabia da procedência do equipamento. Nessa 
situação, Marcelo cometeu crime de receptação de bem público, cuja 
pena lhe deve ser aplicada em dobro. 
 
Correto. A questão aborda uma qualificadora do crime de receptação, art. 
180 do CP. Marcelo adquiriu coisa que sabia ser produto de crime e que se 
tratava de patrimônio do Estado, devendo a pena ser aplicada em dobro, 
conforme o §6° do art. 180 do CP. 
 
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55. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MS / 2013) O agente que, sem 
justa causa, divulga informações sigilosas contidas em banco de 
dados da administração pública, causando prejuízo ao órgão, comete 
crime de violação de segredo profissional, cuja ação penal é pública 
condicionada à representação.Errado. Como o ato é contra a Administração Pública, o crime em questão é 
o de "violação de sigilo funcional", art. 325, e não o presente no art. 154. 
 
56. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MS / 2013) O tutor ou 
depositário judicial que recebe coisa alheia móvel nessa qualidade e 
dela apropria-se comete o crime de apropriação indébita. 
 
Correto. Está de acordo com o art. 168. Relembre: 
 
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a 
detenção: (consuma-se e tem como dolo específico um animus rem sibi 
habendi – vontade de ter a coisa para si); (no caso de reparação de dano, 
antes do oferecimento da denúncia, aplica-se o instituto do arrependimento 
posterior, funcionando como causa de diminuição de pena- art. 16 CP); (a 
figura da extinção da punibilidade somente é cabível na apropriação indébita 
previdenciária); (a coisa é entregue pela vítima de forma lícita ao criminoso); 
(atenção! Se for praticado por funcionário público será peculato) 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Aumento de pena 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: 
I -em depósito necessário; 
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II -na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, 
testamenteiro ou depositário judicial; 
III -em razão de ofício, emprego ou profissão 
 
57. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MS / 2013) O servidor público 
que emite conceito desfavorável em parecer ou informação que 
preste no cumprimento de dever do ofício pode ser punido por injúria 
ou difamação, conforme o caso. 
 
Errado. De acordo com o art. 142, do CP, não constituem injúria ou 
difamação punível: III - o conceito desfavorável emitido por funcionário 
público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever 
do ofício. 
 
58. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MS / 2013) Por expressa 
previsão legal, é isento de pena o agente que, por gesto ou outro 
meio simbólico, ameace alguém de causar-lhe mal injusto e grave. 
 
Errado. Contraria o art. 147, do CP. 
 
59. (CESPE / Escrivão - PC-AL / 2012) Se o agente é primário e a 
coisa furtada é de pequeno valor, há furto privilegiado, caso em que 
o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuir a 
pena de um a dois terços ou aplicar somente a pena de multa. 
 
Errado. O enunciado da questão transcreve o conteúdo do § 2º do art. 155 
do CP: 
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"Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode 
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois 
terços, ou aplicar somente a pena de multa". 
 
60. (Adaptada / Oficial de Polícia - PM-MG / 2013) Uma empregada 
doméstica, percebendo que os proprietários encontravam-se na 
cama, sorrateiramente, tranca a porta do quarto com chave pelo lado 
de fora, impedindo-os de acessar outros cômodos da residência. 
Imediatamente, permite a entrada de dois comparsas que, durante 
10 (dez) minutos, passam a recolher todos os objetos de valor que 
conseguem transportar em duas mochilas grandes de costa. Os 
proprietários levantam com o barulho e ao tentarem sair do quarto 
percebem estar trancados naquele ambiente, quando passam a 
chamar pela empregada que, todavia, ignora deliberadamente o 
chamado, abandona o emprego com os demais membros do grupo, 
após a empreitada criminosa. Pela janela da casa, conseguem 
chamar um vizinho que, adentra ao imóvel e destranca a porta do 
cômodo. Após saírem do quarto, os proprietários percebem o 
desaparecimento de vários objetos de valor, bem como a ausência da 
empregada. A polícia foi acionada, sendo registrada ocorrência com 
codificação principal de furto. 
 
Errado. Essa questão costuma gerar dúvidas aos candidatos. 
Define o Art. 157, do CP, que caracteriza roubo a conduta de subtrair coisa 
móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a 
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência. 
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No caso da questão a conduta enquadra-se na parte final do citado 
dispositivo em que o agente reduz a possibilidade de resistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DOS EXERCÍCIOS APRESENTADOS 
 
1. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) A respeito de crime 
patrimonial, julgue o item abaixo. 
Se um indivíduo for processado por ter, volitivamente, tomado 
refeição em restaurante quando não dispunha de recursos para 
pagar o que consumiu, o juiz, conforme as circunstâncias do fato, 
não poderá reduzir a pena desse indivíduo, podendo, no entanto, 
conceder-lhe perdão judicial. 
 
2. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) Acerca de crime e sua 
tipicidade, julgue o item a seguir 
Considere que Lúcio, mediante o uso de faca do tipo peixeira, tenha 
constrangido Maria a entregar-lhe o valor de R$ 2,50, sob a 
justificativa de estar desempregado e necessitar do dinheiro para 
pagar o transporte coletivo. Nesse caso, segundo entendimento do 
STF quanto ao princípio da insignificância, Lúcio, se processado, 
deverá ser absolvido por atipicidade da conduta. 
 
3. (CESPE / Escrivão - PC-ES / 2011) Robson, motorista profissional, 
foi contratado por um grupo de pessoas para fazer o transporte em 
seu caminhão, de mercadorias que foram objeto de roubo. No início 
da viagem, o veículo foi interceptado e o motorista, preso pela 
polícia. Nessa situação, Robson praticou o crime de receptação, na 
modalidade de transportar coisa que sabe ser produto de crime. 
 
4. (CESPE / Delegado - PC-ES / 2011) Em 2009, Lauro, mediante 
grave ameaça e com o intuito de obter para si indevida vantagem 
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econômica, constrangeu César ao pagamento de importância 
correspondente a R$ 5.000,00. César, diante dessa situação de 
constrangimento, houve por bem denunciar a conduta de Lauro antes 
mesmo de efetuar o pagamento da quantia exigida. Em sede de 
recurso especial, a defesa de Lauro argumentou que, segundo o 
entendimento sumulado do STJ, a legislação penal aplicável 
subordina a consumação do delito em questão à efetiva consecução 
do proveito econômico. Nessa situação, a tese da defesa de Lauro 
está em consonância com a jurisprudência da mencionada Corte 
Superior. 
 
5. (CESPE/Promotor – MPE SE/2010) Marcelo, Rubens e Flávia 
planejaram praticar um crime de roubo. Marcelo forneceu a arma e 
Rubens ficou responsável por transportar em seu veículo os corréus 
ao local do crime e dar-lhes fuga. A Flávia coube a tarefa de atrair e 
conduzir a vítima ao localermo onde foi praticado o crime. Nessa 
situação hipotética, conforme entendimento do STJ, Rubens foi 
coautor funcional ou parcial do crime, não sendo a sua participação 
de menos importância. 
 
6. (CESPE/Técnico Judiciário – TRE BA/2010) Para que o crime de 
extorsão seja consumado é necessário que o autor do delito obtenha 
a vantagem indevida. 
 
7. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) O indivíduo que fizer 
uso de violência após subtrair o veículo de outro cometerá o 
denominado roubo próprio. 
 
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8. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) A subtração de energia 
elétrica pode tipificar o crime de furto. 
 
9. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) O crime de dano não 
admite a tentativa. 
 
10. (CESPE/Escrivão PF/2009) Diferenciam-se os crimes de extorsão 
e estelionato, entre outros aspectos, porque, no estelionato, a vítima 
quer entregar o objeto, pois foi induzida ou mantida em erro pelo 
agente mediante o emprego de fraude; enquanto, na extorsão, a 
vítima despoja-se de seu patrimônio contra a sua vontade, fazendo-o 
por ter sofrido violência ou grave ameaça. 
 
11. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de latrocínio só se consuma 
quando o agente, após matar a vítima, realiza a subtração dos bens 
visados no início da ação criminosa. 
 
12. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de extorsão é consumado quando 
o agente, mediante violência ou grave ameaça, obtém, efetivamente, 
vantagem econômica indevida, constrangendo a vítima a fazer 
alguma coisa ou a tolerar que ela seja feita. 
 
13. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de apropriação indébita de 
contribuição previdenciária é delito material, exigindo-se, para a 
consumação, o fim específico de apropriar-se da coisa para si 
(animus rem sibi habendi). 
 
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14. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) É circunstância que qualifica o 
crime de furto a prática do delito mediante o concurso de duas ou 
mais pessoas. 
 
15. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) O furto de coisa comum 
submete-se à ação penal pública incondicionada. 
 
16. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) Pratica crime de furto o agente 
que subtrai coisa alheia móvel, com animus furandi, depois de haver 
reduzido à impossibilidade de resistência da vítima, haja vista não 
ter empregado, para a subtração, violência ou grave ameaça, que são 
elementares do crime de roubo. 
 
17. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) No crime de extorsão mediante 
sequestro, praticado em concurso de agentes, o concorrente que o 
denunciar à autoridade terá sua pena reduzida, ainda que a delação 
não facilite a libertação do sequestrado. 
 
18. (CESPE/Perito PB/2009) No crime de furto em residência, para 
efeitos de aplicação da pena, é irrelevante o horário em que o agente 
pratica a ação criminosa, se durante o dia ou à noite, pois a pena em 
qualquer situação será a mesma. 
 
19. (CESPE/Perito PB/2009) O emprego de arma de fogo para a 
prática do crime de roubo não implica a majoração da pena 
cominada. 
 
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20. (CESPE/Perito-PB/2009) Ainda que o agente não realize a 
pretendida subtração de bens da vítima, haverá crime de latrocínio 
quando o homicídio se consumar. 
 
21. (CESPE/Perito-PB/2009) A fraude eletrônica para transferir 
valores de conta bancária por meio do Internet banking constitui 
crime de estelionato. 
 
22. (CESPE/Perito - PB/2009) Para a consumação do crime de 
extorsão, é indispensável a obtenção da vantagem indevida. 
 
23. (CESPE/Policial PRF/2008) Roberto tinha a intenção de praticar a 
subtração patrimonial não-violenta do automóvel de Geraldo. No 
entanto, durante a execução do crime, estando Roberto já dentro do 
veículo, Geraldo apareceu e foi correndo em direção ao veículo. 
Roberto, para assegurar a detenção do automóvel, ameaçou Geraldo 
gravemente, conseguindo, assim, cessar a ação da vítima e se evadir 
do local. Nessa situação, Roberto responderá pelos crimes de ameaça 
e furto, em concurso material. 
 
24. (CESPE/Policial PRF/2008) Fernando, pretendendo roubar, com 
emprego de arma de fogo municiada, R$ 20.000,00 que Alexandre 
acabara de sacar em banco, abordou-o no caminho para casa. 
Alexandre, no entanto, reagiu, e Fernando o matou mediante o 
disparo de seis tiros, empreendendo fuga em seguida, sem consumar 
a subtração patrimonial. Nessa situação, Fernando responderá por 
crime de latrocínio tentado. 
 
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25. (CESPE/Policial PRF/2008) Renato, valendo-se de fraude 
eletrônica, conseguiu subtrair mais de R$ 3.000,00 da conta bancária 
de Ernane por meio do sistema de Internet banking da Caixa 
Econômica Federal. Nessa situação, Renato responderá por crime de 
estelionato. 
 
26. (CESPE/Policial PRF/2008) Uma das distinções entre o crime de 
concussão e o de extorsão é que, no primeiro tipo penal, o 
funcionário público deve exigir a indevida vantagem sem o uso de 
violência ou de grave ameaça, que são elementos do segundo tipo 
penal referido. 
 
27. (CESPE/Policial PRF/2008) No crime de extorsão mediante 
sequestro, faz jus à delação premiada o co-autor que delatou os 
comparsas e indicou o local do cativeiro, ainda que reste comprovado 
que a vítima tenha sido liberada após configurada a expectativa de 
êxito da prática delituosa, isto é, após o recebimento do dinheiro 
exigido como preço do resgate. 
 
28. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que Jorge, 
agente de segurança, em ronda de rotina, percebeu que a porta da 
tesouraria da empresa onde trabalha havia sido arrombada e que de 
seu interior havia sido subtraído um pequeno cofre metálico 
destinado à guarda de numerários. Diante da constatação do crime, 
Jorge preservou o local até a chegada da polícia e a realização da 
perícia. Nessa situação, a conduta criminosa caracteriza crime de 
furto qualificado com rompimento de obstáculo à subtração da coisa. 
 
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DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL 
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29. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que um 
mecânico, penalmente capaz, tenha recebido um veículo que sabia 
ser de origem ilícita, a fim de executar serviço de remoção de motor. 
Concluído o serviço, o mecânico recebeu o devido pagamento. Nessa 
situação, o mecânico cometeu crime de receptação dolosa, pois tinha 
conhecimento da origem ilícita do bem. 
 
30. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que Joaquim, 
penalmente imputável, tenha feito uma ligação clandestina em sua 
casa para o desvio e a captação irregular de água que, não passando 
pelo hidrômetro, o isentava do pagamento de qualquer 
contraprestação à companhia abastecedora. Nessa situação, a 
conduta de Joaquim caracteriza crime de estelionato,

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