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CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO Olá, Pessoal! Hoje abordaremos um tema importantíssim para um futuro DELEGADO. A fim de facilitar a resolução das questões, começarei apresentado um resumo do assunto e os principais dispositivos do Código Penal sobre o tema. Vamos começar! Bons estudos! ******************************************************* RESUMO CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO CRIME CONDUTA FORMAS ESPECIAIS FURTO Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. FURTO QUALIFICADO - Se o crime é cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II - com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza; III - com emprego de chave falsa; IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. FURTO DE COISA COMUM – Subtrair o AULA05 – CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 2 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum. ROUBO Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. A pena aumenta-se de um terço até a metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. EXTORSÃO Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO – Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate. EXTORSÃO INDIRETA – Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro. USURPAÇÃO Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia. USURPAÇÃO DE ÁGUAS - Desviar ou represar, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias. ESBULHO POSSESSÓRIO - Invadir, com violência à pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 3 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO o fim de esbulho possessório. DANO Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia DANO QUALIFICADO - Se o crime é cometido: I - com violência à pessoa ou grave ameaça; II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave; III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista; IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima. INTRODUÇÃO OU ABANDONO DE ANIMAIS EM PROPRIEDADE ALHEIA - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que do fato resulte prejuízo. DANO EM COISA DE VALOR ARTÍSTICO, ARQUEOLÓGICO OU HISTÓRICO - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico. ALTERAÇÃO DE LOCAL ESPECIALMENTE PROTEGIDO - Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especialmente protegido por lei. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 4 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO APROPRIAÇÃO INDÉBITA Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção. APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA - Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. APROPRIAÇÃO DE COISA HAVIDA POR ERRO, CASO FORTUITO OU FORÇA DA NATUREZA - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza. APROPRIAÇÃO DE TESOURO - Achar tesouro em prédio alheio e se apropriar, no todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário do prédio. APROPRIAÇÃO DE COISA ACHADA - Achar coisa alheia perdida e dela se apropriar, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente dentro no prazo de 15 (quinze) dias. ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. DISPOSIÇÃO DE COISA ALHEIA COMO PRÓPRIA - Vender, permutar, dar em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria. ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO FRAUDULENTA DE COISA PRÓPRIA - Vender, permutar, dar em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 5 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO DEFRAUDAÇÃO DE PENHOR - Defraudar, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado. FRAUDE NA ENTREGA DE COISA - Defraudar substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém. FRAUDE PARA RECEBIMENTO DE INDENIZAÇÃO OU VALOR DE SEGURO - Destruir, total ou parcialmente, ou ocultar coisa própria, ou lesar o próprio corpo ou a saúde, ou agravar as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro; FRAUDE NO PAGAMENTO POR MEIO DE CHEQUE - Emitir cheque sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustrar o pagamento. DUPLICATA SIMULADA - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. ABUSO DE INCAPAZES - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito jurídico em prejuízo próprio ou de terceiro. INDUZIMENTO À ESPECULAÇÃO - CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br6 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO Abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa. FRAUDE NO COMÉRCIO - Enganar, no exercício de atividade comercial, o adquirente ou consumidor: I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou deteriorada; II - entregando uma mercadoria por outra: OUTRAS FRAUDES - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento. FRAUDES E ABUSOS NA FUNDAÇÃO OU ADMINISTRAÇÃO DE SOCIEDADE POR AÇÕES - Promover a fundação de sociedade por ações, fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à assembléia, afirmação falsa sobre a constituição da sociedade ou ocultando fraudulentamente fato a ela relativo. FRAUDE À EXECUÇÃO - Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou danificando bens ou simulando dívidas. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 7 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO RECEPTAÇÃO Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte. RECEPTAÇÃO QUALIFICADA - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime. OBSERVAÇÕES É ISENTO DE PENA QUEM COMETE QUALQUER DOS CRIMES PREVISTOS NESTA TABELA EM PREJUÍZO: I - DO CÔNJUGE, NA CONSTÂNCIA DA SOCIEDADE CONJUGAL; II - DE ASCENDENTE OU DESCENDENTE, SEJA O PARENTESCO LEGÍTIMO OU ILEGÍTIMO, CIVIL OU NATURAL. SOMENTE SE PROCEDE MEDIANTE REPRESENTAÇÃO SE O CRIME PREVISTO NESTE TÍTULO É COMETIDO EM PREJUÍZO: I - DO CÔNJUGE DESQUITADO OU JUDICIALMENTE SEPARADO; II - DE IRMÃO, LEGÍTIMO OU ILEGÍTIMO; III - DE TIO OU SOBRINHO COM QUEM O AGENTE COABITA. NÃO SE APLICA O DISPOSTO ACIMA: I - SE O CRIME É DE ROUBO OU DE EXTORSÃO OU, EM GERAL, QUANDO HAJA EMPREGO DE GRAVE AMEAÇA OU VIOLÊNCIA À PESSOA; II - AO ESTRANHO QUE PARTICIPA DO CRIME. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 8 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO PRINCIPAIS ARTIGOS Furto Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. Furto qualificado § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; III - com emprego de chave falsa; IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. Furto de coisa comum Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. § 1º - Somente se procede mediante representação. § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente. Roubo Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 9 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. ) § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. Extorsão Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior. § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. Extorsão mediante sequestro Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. § 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Pena - reclusão, de doze a vinte anos. § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. § 3º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 10 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO Apropriação indébita Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Aumento de pena § 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeua coisa: I - em depósito necessário; II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial; III - em razão de ofício, emprego ou profissão. Estelionato Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º. Receptação Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Receptação qualificada § 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime: Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. § 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art. 155. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 11 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO § 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro. DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo: I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; II - ao estranho que participa do crime. III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 12 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO EXERCÍCIOS 1. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) A respeito de crime patrimonial, julgue o item abaixo. Se um indivíduo for processado por ter, volitivamente, tomado refeição em restaurante quando não dispunha de recursos para pagar o que consumiu, o juiz, conforme as circunstâncias do fato, não poderá reduzir a pena desse indivíduo, podendo, no entanto, conceder-lhe perdão judicial. Correto. O Código Penal não prevê causa de diminuição de pena para o referido delito (Outras fraudes), mas apenas o perdão judicial. Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento: Parágrafo único - Somente se procede mediante representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. 2. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) Acerca de crime e sua tipicidade, julgue o item a seguir Considere que Lúcio, mediante o uso de faca do tipo peixeira, tenha constrangido Maria a entregar-lhe o valor de R$ 2,50, sob a justificativa de estar desempregado e necessitar do dinheiro para pagar o transporte coletivo. Nesse caso, segundo entendimento do STF quanto ao princípio da insignificância, Lúcio, se processado, deverá ser absolvido por atipicidade da conduta. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 13 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO Errada. Observe o julgado que elucida a questão: A Turma iniciou julgamento de habeas corpus no qual a Defensoria Pública da União pleiteia o reconhecimento do princípio da insignificância em favor de condenado por roubo (CP, art. 157, § 2º, II), em decorrência de haver empregado grave ameaça para subtrair, em companhia de dois adolescentes, a quantia de R$ 3,25 (três reais e vinte e cinco centavos). O Min. Dias Toffoli, relator, indeferiu o writ. Enfatizou que, apesar de ínfimo o valor subtraído, houvera concurso de pessoas, com adolescentes, o que agravaria o contexto. Reportou-se, ademais, a jurisprudência do STF no sentido de ser inaplicável o princípio da insignificância ao delito de roubo. 3. (CESPE / Escrivão - PC-ES / 2011) Robson, motorista profissional, foi contratado por um grupo de pessoas para fazer o transporte em seu caminhão, de mercadorias que foram objeto de roubo. No início da viagem, o veículo foi interceptado e o motorista, preso pela polícia. Nessa situação, Robson praticou o crime de receptação, na modalidade de transportar coisa que sabe ser produto de crime. Correto. Nos termos do art. 180 do Código Penal, o crime de receptação caracteriza-se pela conduta de adquirir, receber, TRANSPORTAR, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influi para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte. 4. (CESPE / Delegado - PC-ES / 2011) Em 2009, Lauro, mediante grave ameaça e com o intuito de obter para si indevida vantagem econômica, constrangeu César ao pagamento de importância correspondente a R$ 5.000,00. César, diante dessa situação de CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 14 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO constrangimento, houve por bem denunciar a conduta de Lauro antes mesmo de efetuar o pagamento da quantia exigida. Em sede de recurso especial, a defesa de Lauro argumentou que, segundo o entendimento sumulado do STJ, a legislação penal aplicável subordina a consumação do delito em questão à efetiva consecução do proveito econômico. Nessa situação, a tese da defesa de Lauro está em consonância com a jurisprudência da mencionada Corte Superior. Errado. O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida. 5. (CESPE/Promotor – MPE SE/2010) Marcelo, Rubens e Flávia planejaram praticar um crime de roubo. Marcelo forneceu a arma e Rubens ficou responsávelpor transportar em seu veículo os corréus ao local do crime e dar-lhes fuga. A Flávia coube a tarefa de atrair e conduzir a vítima ao local ermo onde foi praticado o crime. Nessa situação hipotética, conforme entendimento do STJ, Rubens foi coautor funcional ou parcial do crime, não sendo a sua participação de menos importância. Correto. Rubens, bem como Marcelo e Flávia, compartilhavam de um objetivo comum, agindo em unidade de desígnios. É entendimento do STJ que todos os envolvidos responderão pela causa de aumento de pena, ainda que um só dos agentes alcance a consumação do delito. Traz o art. 157, §2°, II, que a pena aumenta de um terço até metade se há o concurso de duas ou mais pessoas. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 15 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 6. (CESPE/Técnico Judiciário – TRE BA/2010) Para que o crime de extorsão seja consumado é necessário que o autor do delito obtenha a vantagem indevida. Errado. O crime de extorsão, art. 158 do CP, é um crime formal, tendo sua consumação no momento em que a vítima assuma um comportamento, positivo ou negativo, contra a sua vontade, em decorrência da violência ou grave ameaça do agente. A obtenção de vantagem indevida é mero exaurimento do crime. 7. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) O indivíduo que fizer uso de violência após subtrair o veículo de outro cometerá o denominado roubo próprio. Errado. O roubo próprio é aquele no qual há o uso de violência contra a pessoa ou grave ameaça para o cometimento do roubo, constante do caput do art. 157 do CP. A violência seria um meio para a prática da subtração. O exemplo da questão aborda o roubo impróprio, preceituado no §1° do art.157, no qual primeiro acontece a subtração da coisa móvel alheia, para depois vir a violência ou grave ameaça, como formas de assegurar a impunidade do agente ou detenção da coisa. 8. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) A subtração de energia elétrica pode tipificar o crime de furto. Correto. De conformidade com o §3° do art. 155 do Código Penal, do furto, equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra coisa que tenha valor econômico. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 16 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 9. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) O crime de dano não admite a tentativa. Errado. O crime de dano é um crime material, havendo a consumação quando o agente efetivamente destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia. É um crime plurissubsistente, permitindo o fracionamento do iter criminis. Dessa forma, quando o agente não consegue o resultado por circunstâncias alheias à sua vontade, é possível a tentativa. 10. (CESPE/Escrivão PF/2009) Diferenciam-se os crimes de extorsão e estelionato, entre outros aspectos, porque, no estelionato, a vítima quer entregar o objeto, pois foi induzida ou mantida em erro pelo agente mediante o emprego de fraude; enquanto, na extorsão, a vítima despoja-se de seu patrimônio contra a sua vontade, fazendo-o por ter sofrido violência ou grave ameaça. Correto. No crime de estelionato, art. 171 do CP, a fraude é a característica essencial. Em outras palavras, por meio do engano, o agente tem a colaboração da vítima para se despojar de seus pertences. Já no crime de extorsão, previsto no art. 158 do CP, a vítima é constrangida, ou seja, tem sua liberdade estorvada e é obrigada a despojar-se de seu patrimônio contra a sua vontade, através de violência ou grave ameaça. 11. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de latrocínio só se consuma quando o agente, após matar a vítima, realiza a subtração dos bens visados no início da ação criminosa. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 17 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO Errado. Preceitua a Súmula 610 do Supremo Tribunal Federal que há crime de latrocínio quando se consuma o homicídio, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima. 12. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de extorsão é consumado quando o agente, mediante violência ou grave ameaça, obtém, efetivamente, vantagem econômica indevida, constrangendo a vítima a fazer alguma coisa ou a tolerar que ela seja feita. Errado. Por ser um crime formal, o crime de extorsão, art. 158 do CP, consuma-se no momento em que a vítima, compelida pela violência ou grave ameaça, realiza o comportamento almejado pelo agente. A obtenção de vantagem econômica indevida é um especial fim de agir e constitui mero exaurimento do crime. Vide Súmula 96 do STJ que aduz que a extorsão se consuma independentemente da obtenção da vantagem econômica. 13. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de apropriação indébita de contribuição previdenciária é delito material, exigindo-se, para a consumação, o fim específico de apropriar-se da coisa para si (animus rem sibi habendi). Errado. O crime de apropriação indébita de contribuição previdenciária, art. 168-A do CP, é, para a doutrina, crime formal, consumando-se com a conduta deixar de repassar, sendo desnecessário o resultado de lesão à União. Já para o Plenário do STF trata-se de crime material, dependendo da efetiva lesão aos cofres da União. Mas o erro da questão não reside em tal controvérsia. A apropriação indébita previdenciária possui como núcleo deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 18 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO contribuintes, tratando-se de dolo genérico, não possuindo o fim específico de apropriar-se da coisa para si, animus rem sibi habendi. 14. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) É circunstância que qualifica o crime de furto a prática do delito mediante o concurso de duas ou mais pessoas. Correto. De acordo com o art. 155, §4°, IV, do Código Penal, o furto é qualificado e possui a pena majorada de reclusão de dois a oito anos se a prática do crime for mediante o concurso de duas ou mais pessoas. O fundamento é a maior organização do delito. Importante salientar que nesse número são computados os inimputáveis. 15. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) O furto de coisa comum submete-se à ação penal pública incondicionada. Errado. Conforme art. 156 do Código Penal, o furto de coisa comum somente se procede através de ação penal pública condicionada à representação do ofendido. 16. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) Pratica crime de furto o agente que subtrai coisa alheia móvel, com animus furandi, depois de haver reduzido à impossibilidade de resistência da vítima, haja vista não ter empregado, para a subtração, violência ou grave ameaça, que são elementares do crime de roubo. Errado. Pratica o crime de furto, consoante o art. 155 do CP, o agente que subtrai coisa alheia móvel, para si ou para outrem, com animus furandi, que CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 19 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO significa vontade de furtar. Já aquele quesubtrai coisa alheia móvel depois de haver reduzido à impossibilidade de resistência da vítima comete o crime de roubo, previsto no art. 157 do CP. 17. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) No crime de extorsão mediante sequestro, praticado em concurso de agentes, o concorrente que o denunciar à autoridade terá sua pena reduzida, ainda que a delação não facilite a libertação do sequestrado. Errado. A delação premiada é causa especial de redução de pena do crime de extorsão mediante sequestro praticado em concurso de agentes, art. 159, §4° do Código Penal. Um dos requisitos dos quais depende a delação premiada é a facilitação na libertação do sequestrado. Em outras palavras, ela deve ser eficaz para a resolução do crime e soltura da vítima, ou não terá aplicação. 18. (CESPE/Perito PB/2009) No crime de furto em residência, para efeitos de aplicação da pena, é irrelevante o horário em que o agente pratica a ação criminosa, se durante o dia ou à noite, pois a pena em qualquer situação será a mesma. Errado. O §1° do art. 155 regula o chamado furto noturno. Nele a pena é aumentada de um terço se o furto é praticado durante o repouso noturno. O legislador optou pela majorante para assegurar a propriedade móvel contra maior precariedade de vigilância. Há decisão do Superior Tribunal de Justiça afirmando ser irrelevante o fato de se tratar de estabelecimento comercial ou de residência, habitada ou desabitada, bem como o fato da vítima estar, ou não, efetivamente repousando. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 20 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 19. (CESPE/Perito PB/2009) O emprego de arma de fogo para a prática do crime de roubo não implica a majoração da pena cominada. Errado. O Código Penal, em seu art. 157, §2°, I, é expresso ao afirmar que a pena do crime de roubo aumenta de um terço até metade se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma. O motivo é o maior potencial ofensivo bem como maior poder de intimidação sobre a vítima. 20. (CESPE/Perito-PB/2009) Ainda que o agente não realize a pretendida subtração de bens da vítima, haverá crime de latrocínio quando o homicídio se consumar. Correto. Em sintonia com a Súmula 610 do Supremo Tribunal Federal, a qual determina que há crime de latrocínio quando o homicídio se consuma, ainda que o agente não realize a subtração de bens da vítima. 21. (CESPE/Perito-PB/2009) A fraude eletrônica para transferir valores de conta bancária por meio do Internet banking constitui crime de estelionato. Errado. A fraude eletrônica para transferir valores de conta bancária por meio do Internet banking constitui crime de furto qualificado, conforme o Código Penal, art. 155, §4°, II. Trata-se de subtração de valores para si ou para outrem mediante fraude eletrônica. 22. (CESPE/Perito - PB/2009) Para a consumação do crime de extorsão, é indispensável a obtenção da vantagem indevida. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 21 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO Errado. O crime de extorsão, art. 158 do Código Penal, é um crime formal. A Súmula 96 do STJ deixa claro que a extorsão se consuma independentemente da obtenção da vantagem econômica, sendo mero exaurimento do crime. 23. (CESPE/Policial PRF/2008) Roberto tinha a intenção de praticar a subtração patrimonial não-violenta do automóvel de Geraldo. No entanto, durante a execução do crime, estando Roberto já dentro do veículo, Geraldo apareceu e foi correndo em direção ao veículo. Roberto, para assegurar a detenção do automóvel, ameaçou Geraldo gravemente, conseguindo, assim, cessar a ação da vítima e se evadir do local. Nessa situação, Roberto responderá pelos crimes de ameaça e furto, em concurso material. Errado. Roberto responderá pelo crime de roubo, conforme §1° do art. 157, que diz incorrer na mesma pena de roubo aquele que, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra a pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa. 24. (CESPE/Policial PRF/2008) Fernando, pretendendo roubar, com emprego de arma de fogo municiada, R$ 20.000,00 que Alexandre acabara de sacar em banco, abordou-o no caminho para casa. Alexandre, no entanto, reagiu, e Fernando o matou mediante o disparo de seis tiros, empreendendo fuga em seguida, sem consumar a subtração patrimonial. Nessa situação, Fernando responderá por crime de latrocínio tentado. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 22 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO Errado. O Supremo Tribunal Federal há muito editou súmula pacificando o assunto. De acordo com a Súmula 610, há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que o agente não realize a subtração de bens da vítima. Fernando responderá pelo crime de latrocínio consumado. 25. (CESPE/Policial PRF/2008) Renato, valendo-se de fraude eletrônica, conseguiu subtrair mais de R$ 3.000,00 da conta bancária de Ernane por meio do sistema de Internet banking da Caixa Econômica Federal. Nessa situação, Renato responderá por crime de estelionato. Errado. É pacífico nos tribunais que a subtração de valores para si mediante fraude eletrônica constitui crime de furto qualificado, conforme o Código Penal, art. 155, §4°, II. Importante observar, no exemplo exposto, que a vítima será a Caixa Econômica Federal, que teve seu sistema de proteção burlado e não Renato, cliente da instituição financeira. Concluindo, Ernane responderá por crime de furto qualificado. 26. (CESPE/Policial PRF/2008) Uma das distinções entre o crime de concussão e o de extorsão é que, no primeiro tipo penal, o funcionário público deve exigir a indevida vantagem sem o uso de violência ou de grave ameaça, que são elementos do segundo tipo penal referido. Correto. No crime de concussão, art. 316 do CP, o sujeito ativo é funcionário público e exige vantagem indevida em razão de sua função, sem violência ou grave ameaça à pessoa. No crime de extorsão, art. 158 do CP, o agente, que pode ou não ser um funcionário público, usa de violência ou grave ameaça para obter uma vantagem econômica indevida. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 23 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 27. (CESPE/Policial PRF/2008) No crime de extorsão mediante sequestro, faz jus à delação premiada o co-autor que delatou os comparsas e indicou o local do cativeiro, ainda que reste comprovado que a vítima tenha sido liberada após configurada a expectativa de êxito da prática delituosa, isto é, após o recebimento do dinheiro exigido como preço do resgate. Errado. O instituto da delação premiada no crime de extorsão mediante sequestro possui requisitos próprios para ser utilizado, dentre eles a facilitação na libertação do sequestrado. Caso a delação não seja eficaz para a soltura da vítima, não terá cabimento como direito do criminoso. Se o sequestrado for solto por outro motivo qualquer que não a informação prestada pelo coautor, a pena não será diminuída. 28. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008)Considere que Jorge, agente de segurança, em ronda de rotina, percebeu que a porta da tesouraria da empresa onde trabalha havia sido arrombada e que de seu interior havia sido subtraído um pequeno cofre metálico destinado à guarda de numerários. Diante da constatação do crime, Jorge preservou o local até a chegada da polícia e a realização da perícia. Nessa situação, a conduta criminosa caracteriza crime de furto qualificado com rompimento de obstáculo à subtração da coisa. Correto. Está previsto no art. 155, § 4°, I, que se o crime de furto for com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa, restará configurado o furto qualificado. Entende-se por obstáculo tudo aquilo que dificulta a subtração, não importando se é inerente ou exterior à coisa. É o caso do cofre, usado como exemplo na questão. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 24 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 29. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que um mecânico, penalmente capaz, tenha recebido um veículo que sabia ser de origem ilícita, a fim de executar serviço de remoção de motor. Concluído o serviço, o mecânico recebeu o devido pagamento. Nessa situação, o mecânico cometeu crime de receptação dolosa, pois tinha conhecimento da origem ilícita do bem. Errado. O crime em tela é o de receptação qualificada pelo exercício de atividade comercial, art. 180, §1° do Código Penal. Possui uma pena mais elevada em relação à receptação dolosa simples, por apresentar um maior juízo de reprovação. Assim, quem adquire, recebe, transporta, conduz, oculta, tem em depósito, desmonta, monta, remonta, vende, expõe à venda, ou de qualquer forma utiliza em proveito próprio ou alheio coisa que deve saber ser produto de crime, no exercício de atividade comercial ou industrial, incorre no tipo penal. 30. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que Joaquim, penalmente imputável, tenha feito uma ligação clandestina em sua casa para o desvio e a captação irregular de água que, não passando pelo hidrômetro, o isentava do pagamento de qualquer contraprestação à companhia abastecedora. Nessa situação, a conduta de Joaquim caracteriza crime de estelionato, em razão da fraude utilizada para a execução do delito. Errado. O crime da questão é o crime de furto mediante fraude, art. 155, §4°, II do Código Penal. A fraude é usada para diminuir a vigilância da companhia abastecedora e consequente captação da água sem que ela perceba. É diferente a previsão do estelionato, no qual o agente se utiliza da CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 25 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO fraude para colocar a vítima em erro, fazendo com que ela espontaneamente lhe entregue o bem. 31. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que Daniel, penalmente capaz, tenha subtraído um talonário de cheques em branco e que tenha utilizado uma de suas cártulas para adquirir mercadorias no comércio. Nessa situação, a conduta de Daniel caracteriza delito de estelionato. Correto. Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, em sua Súmula 17, quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. Em outras palavras, o crime-fim, estelionato, absorve o crime-meio, falsidade documental, por força do princípio da consunção. Daniel utilizou a falsidade da cártula do cheque (crime-meio) para enganar os comerciantes, obtendo mercadorias em prejuízo alheio (crime-fim). 32. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Para a configuração da conduta típica do crime de extorsão mediante sequestro, é necessário, entre outros elementos, que a vítima seja privada de sua liberdade de locomoção por tempo juridicamente relevante, e que a intenção de conseguir a vantagem indevida seja externada. Correto. No crime extorsão mediante sequestro, art. 159 do CP, a privação de liberdade de locomoção da vítima há de ser por tempo juridicamente relevante, apreciado no caso concreto pelo magistrado com razoabilidade. Por outro lado, a intenção de conseguir a vantagem indevida é elemento subjetivo específico do tipo penal. Se não for externada, o crime será de sequestro e cárcere privado, art. 148 do CP. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 26 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 33. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que Maria, penalmente capaz, tenha recebido de um entregador um valioso presente e que, posteriormente, tenha constatado o equívoco do entregador, o qual, tendo confundido os destinatários, passou-lhe às mãos algo que não havia sido a ela dirigido. Demonstrando a inequívoca vontade de apropriar-se do bem, Maria passou a usá-lo como se fosse dona dele, recusando-se a restituí-lo a quem de direito. Nessa situação hipotética, a conduta de Maria não encontra tipificação penal, pois a coisa lhe foi entregue por erro exclusivo de terceiro. Errado. O Código Penal, no seu art. 169, preceitua o delito de apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza. Incorre no tipo penal quem toma como propriedade coisa alheia que tenha vindo ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza. Logo, Maria, ao apropriar- se de presente valioso que tenha vindo pra ela por erro quanto à pessoa, deverá ser responsabilizada pelo referido crime. 34. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) A violência física que tipifica o delito de roubo consiste no emprego de força física sobre a vítima, como meio de subtração da coisa, não sendo necessário, para o reconhecimento desse delito, que ocorram lesões corporais mesmo que de natureza leve. Correto. A violência física que tipifica o crime de roubo também é denominada de violência própria ou vis absoluta. Ela deve ser dirigida a pessoa, na forma de lesão corporal ou vias de fato. Vias de fato são os CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 27 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO empurrões, tapas ou outras agressões que não possuam gravidade suficiente para serem consideradas como lesão corporal. 35. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) A apropriação indébita difere do estelionato, pois nela o dolo, ou seja, a vontade de se apropriar, só surge depois de o agente ter a posse da coisa, recebida legitimamente, enquanto, no estelionato, o dolo antecede ao recebimento da coisa. Correto. O crime de apropriação indébita está disposto no art. 168 do Código Penal. O agente recebe legitimamente o bem e, modificando seu ânimo, o toma para si, negando a sua restituição. O dolo deverá surgir após o agente ter a posse ou detenção da coisa. Já no crime de estelionato, art. 171 do CP, a intenção de apossar-se da coisa surge antes, razão pela qual o agente engana o proprietário, ludibriando sua confiança. 36. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que Wellington, penalmente responsável, visando subtrair a carteira de Eugênio, tenha utilizado um simulacro de arma de fogo e constrangido a vítima a entregar-lhe todos os seus pertences. Nessa situação hipotética, a conduta deWellington caracteriza crime de roubo qualificado pelo uso de arma de fogo, conforme entendimento jurisprudencial dominante. Errado. O entendimento jurisprudencial dominante é de que a utilização de arma de brinquedo ou porte simulado de arma para intimidar a vítima do delito de roubo não autoriza o reconhecimento da majorante da pena, cuja caracterização está vinculada ao potencial lesivo do instrumento. Wellington, CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 28 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO ao causar constrangimento à vítima através do simulacro de arma de fogo, configurou a grave ameaça, elementar do crime de roubo simples. 37. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) Considere-se que Joaquim, responsável penalmente, realizou em sua casa uma ligação clandestina de energia elétrica, desviando, em proveito próprio, a energia de um poste público. Nessa situação hipotética, a conduta de Joaquim caracteriza mero ilícito civil, pois a energia elétrica é bem público, incidindo, assim, em fato atípico. Errado. Existe tipificação de furto de energia elétrica, conforme o §3° do art. 155 do Código Penal. Dispõe o artigo que se equipara à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra coisa que tenha valor econômico. Destarte, Joaquim responderá por furto. 38. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) A diferença entre o furto privilegiado e o estelionato privilegiado consiste no fato de que, no primeiro, leva-se em conta o pequeno valor da coisa subtraída, enquanto, no segundo, considera-se o pequeno prejuízo suportado pela vítima. Correto. A questão traz a correta distinção entre os dois tipos penais privilegiados. No crime de furto privilegiado, art. 155, §2° do CP, o criminoso deve ser primário e a coisa furtada de pequeno valor. No crime de estelionato, a figura privilegiada está no §1° do art. 171, tendo como elementos a primariedade do agente e o pequeno prejuízo suportado pela vítima no momento da consumação do delito. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 29 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 39. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) Considere-se que Manoel, responsável penalmente, encontrou, em via pública, um talonário de cheques com quatro cártulas. Retirou uma cártula e rasgou as restantes, inutilizando-as. Posteriormente, dirigiu-se a um estabelecimento comercial e, mediante falsificação da assinatura do verdadeiro emitente, fez compras no valor de R$ 2.000,00. O cheque foi devolvido por contraordem do emitente, tendo o dono do estabelecimento comercial suportado o prejuízo. Nessa situação hipotética, a conduta de Manoel caracteriza o crime de furto mediante fraude. Errado. A conduta de Manoel caracteriza o crime de estelionato, de acordo com a Súmula 17 do Superior Tribunal de Justiça. Esta aduz que, quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. Trata-se do princípio da consunção, no qual o crime-meio, falsidade documental, é absorvido pelo crime-fim, estelionato. 40. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) Suponha-se que um indivíduo, responsável penalmente, valendo-se de uma machadinha, tenha destruído, propositalmente, uma estátua situada em praça pública. Nessa situação hipotética, é correto afirmar que o responsável pela destruição cometeu crime de dano qualificado. Correto. De acordo com o art. 163, III do CP, comete dano qualificado aquele que destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia do patrimônio da União, do Estado ou do Município. Aqui há a preocupação do legislador em preservar o bem público, seja ele de uso comum, especial e dominical. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 30 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 41. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) O delito de apropriação indébita difere do furto mediante fraude, porque, naquele, o agente recebe licitamente a coisa, mas inverte seu ânimo sobre ela, recusando-se a devolvê-la, ao passo que, no furto mediante fraude, a vítima é induzida a erro, diminuindo a sua vigilância sobre a coisa, que acaba subtraída. Correto. O crime de apropriação indébita está previsto no art. 168 do CP. Nele, o agente recebe legitimamente o bem, mas modifica seu ânimo, momento no qual surge o dolo, e nega a sua restituição. O sentido do núcleo do delito é tomar para si indevidamente, uma coisa alheia móvel, de que tinha a posse ou a detenção. Já no crime de furto mediante fraude, art. 155, §4°, II, a vítima tem sua vigilância diminuída, facilitando a ação criminosa. A vítima é ludibriada e tem seus bens subtraídos sem perceber. 42. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) Considere-se que João, casado legalmente com Maria e na constância da sociedade conjugal, subtraiu de sua esposa elevada soma em dinheiro, deixando a residência do casal, logo em seguida, tomando rumo ignorado. Nessa situação hipotética, a conduta de João está abrigada por uma causa extintiva da punibilidade — escusa absolutória —, estando, portanto, isento de pena. Correto. Está correta a questão, que trata de uma das imunidades penais absolutas ou escusas absolutórias. Prevê o art. 181, I, do CP, estar isento de pena quem cometer qualquer dos crimes contra o patrimônio em prejuízo do cônjuge na constância da sociedade conjugal. 43. (CESPE/Técnico Judiciário TST/2008) O crime de extorsão mediante sequestro, em sua modalidade simples, consuma-se no CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 31 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO momento em que ocorre a obtenção da vantagem patrimonial pretendida pelos agentes. Errado. O crime de extorsão mediante sequestro consuma-se com a privação de liberdade da vítima, independentemente da obtenção da vantagem patrimonial pretendida pelos agentes. É um crime formal e permanente. O fato de receber a vantagem indevida é mero exaurimento do tipo penal. 44. (CESPE/Agente – MPE AM/2008) A violência como elementar do roubo, segundo dispõe o Código Penal, é somente a que se emprega para efeito de apreensão da coisa, estando excluída desse conceito a violência exercida post factum para assegurar ao agente a detenção da coisa subtraída ou a impunidade, em seu proveito ou em proveito de terceiro. Errado. Existe previsão legal para aquele agente que, depois de subtraída a coisa, empregar violência contra pessoa ou grave ameaça com a finalidade de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. Também é considerado roubo, conforme o §1° do art. 157 do Código Penal. 45. (CESPE/Agente – MPE AM/2008) A fraude elementar do estelionato não é somente a fraude empregada para induzir alguém a erro, mas também a que serve para manter um erro preexistente. Correto. O art. 171 do CP traz que o estelionato é a obtenção de vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante ardil, artifício ou qualquer outro meio fraudulento. O núcleo manter permite a conclusão de que o agente pode conservar a vítima na ideia de erro na qual se encontrava. CURSO ON-LINE –DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 32 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 46. (CESPE/Juiz substituto TJTO/2007) A presença de sistema eletrônico de vigilância em estabelecimento comercial torna o crime de furto impossível, mediante a absoluta ineficácia do meio, conforme orientação do STJ. Errado. Segundo o entendimento jurisprudencial do STJ, acompanhado pela doutrina, a presença de sistema eletrônico de vigilância em estabelecimento comercial não caracteriza crime impossível, já que é necessária a aferição no caso concreto. O fato de o estabelecimento comercial possuir sistema eletrônico de vigilância não ilide a consumação do delito de furto de forma absolutamente eficaz, pois existe o risco, ainda que mínimo, de que o agente logre êxito na sua consumação. O crime impossível somente se caracteriza quando o agente, após a prática do fato, jamais poderia consumar o crime pela ineficácia absoluta do meio empregado ou pela absoluta impropriedade do objeto material, nos termos do art. 17 do CP. 47. (CESPE/Defensor DPU/2007) Cláudio, com intenção de furtar, entrou no carro de Vagner, cuja porta estava destravada, e acionou o motor por meio de uma chave falsa na ignição do veículo, assim logrando êxito em subtrair o veículo. Nessa situação, e de acordo com a jurisprudência do STJ, Cláudio responde por crime de furto simples. Errado. O entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que a chave falsa qualifica o crime de furto, aumentando a pena para reclusão de dois a oito anos, de acordo com §4°, III, do art. 155 do Código Penal. Cláudio responderá por crime de furto qualificado. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 33 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 48. (CESPE/Agente de Segurança Vitória/2007) No crime de furto, o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, exceto o proprietário da coisa, já o sujeito passivo pode ser o proprietário, possuidor ou detentor do bem, tanto pessoa jurídica quanto física. Correto. No delito de furto, art. 155 do CP, o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, desde que não seja o proprietário ou mesmo o possuidor da coisa. O diploma repressor é expresso ao determinar que a coisa deva ser alheia móvel. Já o sujeito passivo pode ser o proprietário, possuidor ou detentor do bem, tanto pessoa física quanto jurídica. 49. (CESPE/Agente de Segurança Vitória/2007) A consumação do crime de ameaça ocorre no momento em que a vítima toma conhecimento do malefício prometido, independentemente de se sentir intimidada ou não. Correto. O crime de ameaça, art. 147 do Código Penal, é crime formal, consumando-se ainda que a vítima não tenha se sentido intimidada ou amedrontada com a promessa do mal injusto e grave. O momento no qual o sujeito passivo toma conhecimento do conteúdo da ameaça é o instante de sua consumação. 50. (CESPE/Agente de Segurança Vitória/2007) Considere que Aurélio, imputável, tenha se apropriado da bicicleta de seu vizinho para dar um passeio pelo quarteirão, devolvendo-a nas mesmas condições, no estado e no local em que foi retirada. Nessa situação, conforme pacífica jurisprudência, a conduta é atípica, tendo em vista a caracterização do denominado furto de uso, em que falta o ânimo de assenhoramento definitivo do bem. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 34 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO Correto. O furto de uso não encontra previsão no ordenamento jurídico. No entanto, é reconhecido pela doutrina e jurisprudência como conduta atípica quando o agente, com o único objetivo de usar momentaneamente da coisa alheia infungível, a restitui voluntariamente, no mesmo estado, logo depois de usá-la. Foi a conduta de Aurélio na questão, que agiu sem a vontade de assenhoramento definitivo, configurando assim a subtração ou furto de uso. 51. (CESPE/Agente de Segurança Vitória/2007) O roubo difere do furto pelo uso de grave ameaça ou violência à pessoa, ou de qualquer outro meio que possa reduzir a possibilidade de resistência da vítima. Correto. Correta a questão, apontando a diferença das elementares do crime de furto, art. 155 e do crime de roubo, art. 157, ambos do Código Penal. Por falta de conhecimento, muitas pessoas referem-se aos dois tipos penais como se fosse um só. Todavia, o crime de roubo estabelece que o agente faça uso de grave ameaça ou violência à pessoa, ou de qualquer outro meio que possa reduzir à impossibilidade de resistência da vítima, tornando-se uma lesão muito mais grave. 52. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE AL/2004) Em sua ronda diária, um agente de segurança detectou que um servidor público estava destruindo, por vingança, um aparelho de fax da sua seção de trabalho. Nessa situação, o agente verificou a ocorrência do crime de violência arbitrária cometido pelo servidor. Errado. A conduta de destruir coisa alheia, patrimônio da União, Estado ou Município, enquadra-se em um caso de dano qualificado, crime tipificado no CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 35 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO artigo 163, parágrafo único, inciso III do Código Penal, podendo ser cometido por qualquer pessoa. É um crime contra o patrimônio, diferente do objeto material do crime de violência arbitrária cometido por servidor público, art. 322 do CP, que é a pessoa. 53. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE AL/2004) Ao vistoriar as instalações de um prédio, um agente de segurança descobriu que o proprietário do prédio vizinho havia realizado uma ligação clandestina no sistema de energia elétrica. Nessa situação, a ligação elétrica feita pelo vizinho é caracterizada como crime de roubo. Errado. A ligação clandestina no sistema de energia elétrica classifica-se como furto, pois estabelece o §3° do art. 155 do Código Penal que se equipara à coisa móvel, a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. Assim, subtrair para si ou para outrem energia elétrica caracteriza o delito de furto. 54. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE AL/2004) Um servidor público estadual subtraiu um computador do seu setor de trabalho e o vendeu a Marcelo, que sabia da procedência do equipamento. Nessa situação, Marcelo cometeu crime de receptação de bem público, cuja pena lhe deve ser aplicada em dobro. Correto. A questão aborda uma qualificadora do crime de receptação, art. 180 do CP. Marcelo adquiriu coisa que sabia ser produto de crime e que se tratava de patrimônio do Estado, devendo a pena ser aplicada em dobro, conforme o §6° do art. 180 do CP. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 36 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 55. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MS / 2013) O agente que, sem justa causa, divulga informações sigilosas contidas em banco de dados da administração pública, causando prejuízo ao órgão, comete crime de violação de segredo profissional, cuja ação penal é pública condicionada à representação.Errado. Como o ato é contra a Administração Pública, o crime em questão é o de "violação de sigilo funcional", art. 325, e não o presente no art. 154. 56. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MS / 2013) O tutor ou depositário judicial que recebe coisa alheia móvel nessa qualidade e dela apropria-se comete o crime de apropriação indébita. Correto. Está de acordo com o art. 168. Relembre: Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: (consuma-se e tem como dolo específico um animus rem sibi habendi – vontade de ter a coisa para si); (no caso de reparação de dano, antes do oferecimento da denúncia, aplica-se o instituto do arrependimento posterior, funcionando como causa de diminuição de pena- art. 16 CP); (a figura da extinção da punibilidade somente é cabível na apropriação indébita previdenciária); (a coisa é entregue pela vítima de forma lícita ao criminoso); (atenção! Se for praticado por funcionário público será peculato) Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Aumento de pena § 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: I -em depósito necessário; CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 37 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO II -na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial; III -em razão de ofício, emprego ou profissão 57. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MS / 2013) O servidor público que emite conceito desfavorável em parecer ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício pode ser punido por injúria ou difamação, conforme o caso. Errado. De acordo com o art. 142, do CP, não constituem injúria ou difamação punível: III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício. 58. (CESPE / Analista Judiciário - TRE-MS / 2013) Por expressa previsão legal, é isento de pena o agente que, por gesto ou outro meio simbólico, ameace alguém de causar-lhe mal injusto e grave. Errado. Contraria o art. 147, do CP. 59. (CESPE / Escrivão - PC-AL / 2012) Se o agente é primário e a coisa furtada é de pequeno valor, há furto privilegiado, caso em que o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuir a pena de um a dois terços ou aplicar somente a pena de multa. Errado. O enunciado da questão transcreve o conteúdo do § 2º do art. 155 do CP: CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 38 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO "Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa". 60. (Adaptada / Oficial de Polícia - PM-MG / 2013) Uma empregada doméstica, percebendo que os proprietários encontravam-se na cama, sorrateiramente, tranca a porta do quarto com chave pelo lado de fora, impedindo-os de acessar outros cômodos da residência. Imediatamente, permite a entrada de dois comparsas que, durante 10 (dez) minutos, passam a recolher todos os objetos de valor que conseguem transportar em duas mochilas grandes de costa. Os proprietários levantam com o barulho e ao tentarem sair do quarto percebem estar trancados naquele ambiente, quando passam a chamar pela empregada que, todavia, ignora deliberadamente o chamado, abandona o emprego com os demais membros do grupo, após a empreitada criminosa. Pela janela da casa, conseguem chamar um vizinho que, adentra ao imóvel e destranca a porta do cômodo. Após saírem do quarto, os proprietários percebem o desaparecimento de vários objetos de valor, bem como a ausência da empregada. A polícia foi acionada, sendo registrada ocorrência com codificação principal de furto. Errado. Essa questão costuma gerar dúvidas aos candidatos. Define o Art. 157, do CP, que caracteriza roubo a conduta de subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 39 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO No caso da questão a conduta enquadra-se na parte final do citado dispositivo em que o agente reduz a possibilidade de resistência. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 40 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO LISTA DOS EXERCÍCIOS APRESENTADOS 1. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) A respeito de crime patrimonial, julgue o item abaixo. Se um indivíduo for processado por ter, volitivamente, tomado refeição em restaurante quando não dispunha de recursos para pagar o que consumiu, o juiz, conforme as circunstâncias do fato, não poderá reduzir a pena desse indivíduo, podendo, no entanto, conceder-lhe perdão judicial. 2. (CESPE / Inspetor - PC-CE / 2012) Acerca de crime e sua tipicidade, julgue o item a seguir Considere que Lúcio, mediante o uso de faca do tipo peixeira, tenha constrangido Maria a entregar-lhe o valor de R$ 2,50, sob a justificativa de estar desempregado e necessitar do dinheiro para pagar o transporte coletivo. Nesse caso, segundo entendimento do STF quanto ao princípio da insignificância, Lúcio, se processado, deverá ser absolvido por atipicidade da conduta. 3. (CESPE / Escrivão - PC-ES / 2011) Robson, motorista profissional, foi contratado por um grupo de pessoas para fazer o transporte em seu caminhão, de mercadorias que foram objeto de roubo. No início da viagem, o veículo foi interceptado e o motorista, preso pela polícia. Nessa situação, Robson praticou o crime de receptação, na modalidade de transportar coisa que sabe ser produto de crime. 4. (CESPE / Delegado - PC-ES / 2011) Em 2009, Lauro, mediante grave ameaça e com o intuito de obter para si indevida vantagem CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 41 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO econômica, constrangeu César ao pagamento de importância correspondente a R$ 5.000,00. César, diante dessa situação de constrangimento, houve por bem denunciar a conduta de Lauro antes mesmo de efetuar o pagamento da quantia exigida. Em sede de recurso especial, a defesa de Lauro argumentou que, segundo o entendimento sumulado do STJ, a legislação penal aplicável subordina a consumação do delito em questão à efetiva consecução do proveito econômico. Nessa situação, a tese da defesa de Lauro está em consonância com a jurisprudência da mencionada Corte Superior. 5. (CESPE/Promotor – MPE SE/2010) Marcelo, Rubens e Flávia planejaram praticar um crime de roubo. Marcelo forneceu a arma e Rubens ficou responsável por transportar em seu veículo os corréus ao local do crime e dar-lhes fuga. A Flávia coube a tarefa de atrair e conduzir a vítima ao localermo onde foi praticado o crime. Nessa situação hipotética, conforme entendimento do STJ, Rubens foi coautor funcional ou parcial do crime, não sendo a sua participação de menos importância. 6. (CESPE/Técnico Judiciário – TRE BA/2010) Para que o crime de extorsão seja consumado é necessário que o autor do delito obtenha a vantagem indevida. 7. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) O indivíduo que fizer uso de violência após subtrair o veículo de outro cometerá o denominado roubo próprio. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 42 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 8. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) A subtração de energia elétrica pode tipificar o crime de furto. 9. (CESPE/Técnico Judiciário–TRE BA/2010) O crime de dano não admite a tentativa. 10. (CESPE/Escrivão PF/2009) Diferenciam-se os crimes de extorsão e estelionato, entre outros aspectos, porque, no estelionato, a vítima quer entregar o objeto, pois foi induzida ou mantida em erro pelo agente mediante o emprego de fraude; enquanto, na extorsão, a vítima despoja-se de seu patrimônio contra a sua vontade, fazendo-o por ter sofrido violência ou grave ameaça. 11. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de latrocínio só se consuma quando o agente, após matar a vítima, realiza a subtração dos bens visados no início da ação criminosa. 12. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de extorsão é consumado quando o agente, mediante violência ou grave ameaça, obtém, efetivamente, vantagem econômica indevida, constrangendo a vítima a fazer alguma coisa ou a tolerar que ela seja feita. 13. (CESPE/OAB/2009.1) O crime de apropriação indébita de contribuição previdenciária é delito material, exigindo-se, para a consumação, o fim específico de apropriar-se da coisa para si (animus rem sibi habendi). CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 43 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 14. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) É circunstância que qualifica o crime de furto a prática do delito mediante o concurso de duas ou mais pessoas. 15. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) O furto de coisa comum submete-se à ação penal pública incondicionada. 16. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) Pratica crime de furto o agente que subtrai coisa alheia móvel, com animus furandi, depois de haver reduzido à impossibilidade de resistência da vítima, haja vista não ter empregado, para a subtração, violência ou grave ameaça, que são elementares do crime de roubo. 17. (CESPE/Analista–TRE GO/2009) No crime de extorsão mediante sequestro, praticado em concurso de agentes, o concorrente que o denunciar à autoridade terá sua pena reduzida, ainda que a delação não facilite a libertação do sequestrado. 18. (CESPE/Perito PB/2009) No crime de furto em residência, para efeitos de aplicação da pena, é irrelevante o horário em que o agente pratica a ação criminosa, se durante o dia ou à noite, pois a pena em qualquer situação será a mesma. 19. (CESPE/Perito PB/2009) O emprego de arma de fogo para a prática do crime de roubo não implica a majoração da pena cominada. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 44 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 20. (CESPE/Perito-PB/2009) Ainda que o agente não realize a pretendida subtração de bens da vítima, haverá crime de latrocínio quando o homicídio se consumar. 21. (CESPE/Perito-PB/2009) A fraude eletrônica para transferir valores de conta bancária por meio do Internet banking constitui crime de estelionato. 22. (CESPE/Perito - PB/2009) Para a consumação do crime de extorsão, é indispensável a obtenção da vantagem indevida. 23. (CESPE/Policial PRF/2008) Roberto tinha a intenção de praticar a subtração patrimonial não-violenta do automóvel de Geraldo. No entanto, durante a execução do crime, estando Roberto já dentro do veículo, Geraldo apareceu e foi correndo em direção ao veículo. Roberto, para assegurar a detenção do automóvel, ameaçou Geraldo gravemente, conseguindo, assim, cessar a ação da vítima e se evadir do local. Nessa situação, Roberto responderá pelos crimes de ameaça e furto, em concurso material. 24. (CESPE/Policial PRF/2008) Fernando, pretendendo roubar, com emprego de arma de fogo municiada, R$ 20.000,00 que Alexandre acabara de sacar em banco, abordou-o no caminho para casa. Alexandre, no entanto, reagiu, e Fernando o matou mediante o disparo de seis tiros, empreendendo fuga em seguida, sem consumar a subtração patrimonial. Nessa situação, Fernando responderá por crime de latrocínio tentado. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 45 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 25. (CESPE/Policial PRF/2008) Renato, valendo-se de fraude eletrônica, conseguiu subtrair mais de R$ 3.000,00 da conta bancária de Ernane por meio do sistema de Internet banking da Caixa Econômica Federal. Nessa situação, Renato responderá por crime de estelionato. 26. (CESPE/Policial PRF/2008) Uma das distinções entre o crime de concussão e o de extorsão é que, no primeiro tipo penal, o funcionário público deve exigir a indevida vantagem sem o uso de violência ou de grave ameaça, que são elementos do segundo tipo penal referido. 27. (CESPE/Policial PRF/2008) No crime de extorsão mediante sequestro, faz jus à delação premiada o co-autor que delatou os comparsas e indicou o local do cativeiro, ainda que reste comprovado que a vítima tenha sido liberada após configurada a expectativa de êxito da prática delituosa, isto é, após o recebimento do dinheiro exigido como preço do resgate. 28. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que Jorge, agente de segurança, em ronda de rotina, percebeu que a porta da tesouraria da empresa onde trabalha havia sido arrombada e que de seu interior havia sido subtraído um pequeno cofre metálico destinado à guarda de numerários. Diante da constatação do crime, Jorge preservou o local até a chegada da polícia e a realização da perícia. Nessa situação, a conduta criminosa caracteriza crime de furto qualificado com rompimento de obstáculo à subtração da coisa. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 46 DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS – DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: PEDRO IVO 29. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que um mecânico, penalmente capaz, tenha recebido um veículo que sabia ser de origem ilícita, a fim de executar serviço de remoção de motor. Concluído o serviço, o mecânico recebeu o devido pagamento. Nessa situação, o mecânico cometeu crime de receptação dolosa, pois tinha conhecimento da origem ilícita do bem. 30. (CESPE/Técnico Judiciário TJDFT/2008) Considere que Joaquim, penalmente imputável, tenha feito uma ligação clandestina em sua casa para o desvio e a captação irregular de água que, não passando pelo hidrômetro, o isentava do pagamento de qualquer contraprestação à companhia abastecedora. Nessa situação, a conduta de Joaquim caracteriza crime de estelionato,
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