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Tecnologia, Gerenciamento e Qualidade na Construção

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E R C I O T H O M A Z 
TECNOLOGIA, GERENCIAMENTO 
E QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO 
C O - E D I Ç Ã O IPT / EPUSP / PINI 
E R C I O T H O M A Z 
Livro preparado com base em tese de doutorado defendida 
na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - 1999 
SÃO PAULO - 2001 
I - 1 
Tecnologia, Gerenciamento e Qualidade na Construção 
© C O P Y R I G H T E D I T O R A PINI LTDA. 
Todos os direitos de reprodução reservados pela Editora Pini Ltda. 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 
Thomaz, Ercio 
Tecnologia, gerenciamento e qualidade na 
construção / Ercio Thomaz. — S ã o Paulo : 
Editora Pini, 2 0 0 1 . 
Bibliografia. 
I S B N 8 5 - 7 2 6 6 - 1 2 8 - X 
1 . Construção 2. Indústria da construção - Administração 
3. Indústria da construção - Controle de qualidade 4. Indústria da 
construção - Inovações tecnológicas I. Título. 
0 1 - 2 9 5 8 C D D - 6 9 0 
í n d i c e s para c a t á l o g o s i s t e m á t i c o : 
1 . Construção : Gerenciamento : tecnologia 690 
2. Construção : Qualidade : tecnologia 690 
3. Construção : Tecnologia 690 
Coordenação de livros: Raquel Cardoso Reis 
Projeto gráfico e serviços editoriais: L.L. Artes Gráficas 
Capa: Lúcia Lopes 
Revisão: Ercio Thomaz 
Serviços gráficos e industriais: José Pereira da Silva 
Editora Pini Ltda. 
Rua Anhaia, 964 - C E P 01130-900 São Paulo - S P - Brasil 
Fone: (11) 3224-8811 - Fax: (11) 3224-0314 
Internet: http://www.pini.com.br - E-mail: livros@pini.com.br 
1 a e d i ç ã o 
1 § tiragem: 2.000 exemplares, julho/2001 
Ao Felipe c ao Júlio 
À Sandra e à Karina 
Ao Flávio c à Vil ma 
Aos meus pais. 
Herdamos dos nossos pais as características genéticas, os traços básicos do com-
portamento e do caráter. Mas somos essencialmente frutos do meio. Apreendemos um 
pouco, e de cada um, virtudes e valores. Na teoria do espelho, valorizamos os atributos 
que nos são mais sagrados. Agradeço a Deus por ter colocado no meu caminho tantos 
seres humanos verdadeiros. Obrigado aos meus pais, aos meus filhos, aos meus mestres 
e a todos os amigos que fizeram de mim um homem. 
Agradeço ao Mackenzie, que me ensinou as primeiras coisas da engenharia. A 
Politécnica, que me acolheu e me aperfeiçoou. Ao IPT, a quem devo tudo que sou 
profissionalmente. Alguns mestres, e alguns homens, marcaram especialmente minha 
trajetória: Antonio Moliterno, Alberto de Campos Borges, Paula Viviani, Ruth Arraes, 
Francisco Thomaz, Celso Bernardes da Silva, Carlos Alberto Bonfanti, Caio Moita, Alberto 
Pereira de Castro, Carlos de Souza Pinto, Figueiredo Ferraz, Luiz Carlos Martins Bonilha, 
Luiz Emílio Horta, Roberto Gerassi, José Carlos Thomaz e, com particular carinho, 
Domingos de Bonis. 
Por último, um agradecimento muito especial ao Paulo Helene, orientador do 
meu doutorado na EPUSP,a partir do qual produziu-se este trabalho.Também aos amigos 
e às empresas que possibilitaram a edição deste livro: Sergus, Kallas Engenharia, Via 
Engenharia, Sical, Fosroc/Reax e Rodobens Engenharia. 
1 - 5 
Prefaciar este l ivro é u m a tarefa honrosa e q u e realizo c o m muito prazer. O engenheiro civi l E r c i o 
T h o m a z , a l é m d o grande a m i g o c o m o qual tenho c o n v i v i d o há m a i s de 2 3 anos, pesquisador 
c o m p e t e n t e e r e c o n h e c i d o , t a m b é m é u m líder de elevada c a p a c i d a d e de trabalho profissional e 
esmerada sensibi l idade h u m a n a q u e b e m c o n h e c e m aqueles q u e c o m o e u t iveram o privilégio de 
trabalhar c o m ele durante anos e sob as mais diversas e dif íc ies situações, tanto c o m o seu subordi -
nado hierárquico n o I P T q u a n t o c o m o s e u orientador formal de doutorado na P O L I . 
Agora, para felicidade do m e i o técnico, l)r. Erc io d e c i d e publ icar este l ivro abordando nada m e n o s 
q u e "Tecnologia, G e r e n c i a m e n t o e Qual idade na Construção". É u m tema tão abrangente que mui -
tos p o u c o s p o d e r i a m escrever tão b e m q u a n t o ele. Me faz recordar dos últ imos anos de m i n h a 
f o r m a ç ã o profissional, na velha P O L I da Tiradentes, na década de 70. C o m o é tradição na Escola 
Pol i técnica, t i n h a aulas c o m os m e l h o r e s professores d o país e m u i t o p r o v a v e l m e n t e os m a i s 
atualizados. Nessa é p o c a , p o u c o m a i s de 2 5 anos atrás, Tecnologia se c o n f u n d i a c o m t é c n i c a s 
construtivas, Gerenciamento c o m c a m i n h o c r í t i c o P E R T / C P M e Qualidade era praticamente 
d e s c o n h e c i d a do vocabulár io t é c n i c o do engenheiro civil . 
I r o n i c a m e n t e o Brasil passava p o r u m a das m a i s altas taxas de c r e s c i m e n t o e invest imento na 
infraestrutura do país e c o m esses conceitos da época, vigentes na engenharia civi l mundial e hoje 
claramente insuficientes para a obtenção de obras c o m qualidade, foram construídas as grandes 
pontes, muitos viadutos, estradas, barragens, edifícios industriais, comerciais e 11111 sem número de 
edificações habitacionais através de mega-programas nacionais patrocinados pelo B N H , C E F , C O H A B s , 
I N O C C O P s , Prefeituras e b a n c o s hipotecários. Q u a n t o s problemas na é p o c a e c o m repercussões até 
hoje! Quantos insucessos! A sociedade brasileira pagou duas, tres vezes o acidente, a demolição, a 
correção das falhas e às vezes até a reconstrução total de certas obras. O s pequenos proprietários, 
aparente e inicialmente beneficiados pelos investimentos e m habitação de interesse social, e m pou-
c o s anos não encontravam mais recursos para fazer frente a gastos precoces e excessivos de manu-
tenção jamais imaginada. 
N o f im da década de 7 0 foi introduzido e implantado 110 país o c o n c e i t o de "Avaliação de D e s e m p e -
11110", adaptação da "performance" dos franceses, voltado p r i n c i p a l m e n t e para a análise dc proces-
sos construtivos inovadores. O I P T através da Div isão de Edif icações l iderou a implantação desse 
programa n o país, na realidade mais q u e u m programa, tratava-se de difundir 11111 conceito revolu-
c ionár io e m o d e r n o à é p o c a . Naquele t e m p o o jovem e n g e n h e i r o Erc io T h o m a z já coordenava 
c o m c o m p e t ê n c i a e br i lho 11111 desses programas. Paralelamente, na P O L I , os m e s m o s pesquisado-
res p u b l i c a v a m através do D e p a r t a m e n t o de Engenharia de C o n s t r u ç ã o C i v i l várias dissertações 
de mestrado e teses de doutorado sobre o tema. H o j e e m dia o assunto é a m p l a m e n t e c o n h e c i d o e 
d o m i n a d o pela engenharia c ivi l m u n d i a l exist indo inclus ive u m a organização internacional ' W F T A O 
World Fcderat ion of T e c h n i c a l Asscssment Organization" que congrega mais de 4 0 instituições e m 
3 2 países, unif icando critérios de d e s e m p e n h o e c r e d e n c i a n d o organismos d e d i c a d o s à aprovação 
técnica de processos inovadores n a c o n s t r u ç ã o civi l . 
A i n d a 11a década de 7 0 foi introduzido o c o n c e i t o d c "Patologia e Terapia das Construções", já 
c o n h e c i d o d e outros países desde o s é c u l o passado. Mais q u e u m c o n c e i t o , tratava-se de uma nova 
disc ipl ina da engenharia civil , introduzida e m 1 9 7 9 nos cursos de E d u c a ç ã o C o n t i n u a d a da P O L I / 
F D T E e c o m o discipl ina optativa no q u i n t o ano de civil . N o I P T o tema era objeto d e Projetos e 
C o n v ê n i o s c o m o B N H e outros organismos. Várias dissertações de mestrado e teses de doutorado 
foram publ icadas, destacando-se c o m o u m a das pioneiras "Trincas e m Edificações" de E r c i o T h o m a z , 
imediatamente p u b l i c a d a
c o m o livro pela Editora Pini, c o m grande aceitação pelo m e i o técnico. 
I-ra p r e c i s o c o n h e c e r m e l h o r o q u e d e fato estava o c o r r e n d o c o m as obras de engenharia c ivi l q u e 
apresentavam tão curta vida útil. O esforço foi m u n d i a l e tanto a década de 8 0 q u a n t o principal-
mente a de 9 0 foram pródigas e m metodologias de i n s p e ç ã o e de previsão de vida útil. Atualmente 
está a m p l a m e n t e difundido o c o n c e i t o de "Life C y d e Cost", ferramenta indispensável para análise 
e escolha adequada de u m certo processo construtivo exposto a particulares c o n d i ç õ e s ambientais 
e de uso. 
A c o n c e i t u a ç ã o abrangente da Q u a l i d a d e só foi introduzida 1 3 a n o s atras c o m a publ icação da 
série I S O 9000, e m fins de 1 9 8 7 . Adaptada e p u b l i c a d a e m 1 9 9 0 pela A B N T , através da NBR 9000, 
passou a ter a m p l a difusão na engenharia civi l , s e n d o t a m b é m objeto de dissertações e teses na 
P O L I . F i c o u mais c lara a c o n c e i t u a ç ã o abrangente de G e s t ã o empresarial e a crise dos anos 9 0 
a u m e n t o u a c o n c o r r ê n c i a n o setor que v i s l u m b r o u na certif icação I S O / N B R 9 0 0 0 da empresa, 
através de u m a das várias organizações de Cert i f icação da Qual idade atuantes no Brasil, um argu-
mento importante nas concorrências . Atualmente programas nacionais tipo Q I I A L I H A B e P B Q P - H 
fundamentam-se nos p r i n c í p i o s de qual idade d o sistema I S O 9000. 
Todos esses recursos técnicos e essa visão sistêmica, necessária ao b o m exerc íc io profissional, estão 
disponíveis e tratados c o m c o m p e t ê n c i a e objetividade neste livro, tão b e m preparado pelo Dr. Ercio 
T h o m a z a partir de u m a ampliação d o texto de sua brilhante tese de doutorado. Sua valiosa experiên-
cia profissional aliada às suas privilegiadas qualidades éticas e didáticas, enriquecidas c o m a apresen-
tação de vários estudos de caso e e x e m p l o s vividos, fazem deste livro u m a consulta obrigatória. 
O engenheiro Erc io reúne aqui sua exper iência e v isão clara de que para obter qualidade d e v e 
existir u m balanço equi l ibrado entre programas d e G e s t ã o por u m lado e treinamento, conheci -
mento e d o m í n i o de T e c n o l o g i a por outro. O resultado não podia ser outro: u m a obra atual, origi-
nal, prática e completa. U m a expressiva c o n t r i b u i ç ã o ao desenvolv imento e e v o l u ç ã o da engenha-
ria c iv i l n o país. 
Parabéns ao Professor Erc io T h o m a z e felicitações ao meio t é c n i c o brasileiro q u e p o d e dispor de 
obra tão interessante para b e m iniciar este milênio. 
ENGIiNHIURO PAULO UIÍI.ENIi 
Prof. Titular da Universidade de Selo Paulo PCC.USP 
Coordenador Internacional da Red Rehabllitar CYTED I - 7 
Deputy Cbairman f/b (CF.R-FIP) Couimission 5 Structiiral Service I.f/e As/tecís 
Tecnologia, Gerenciamento e Qualidade na Construção I Ercio Thomaz 
LISTA D E TABELAS 1 - 1 2 
LISTA DE FIGURAS I - 14 
I N T R O D U Ç Ã O I - 1 9 
C A P Í T U L O I - PATOLOGIAS DA C O N S T R U Ç Ã O : CASOS TÍPICOS 1 
1 . 1 Problemas relativos às fundações e estruturas dos edifícios correntes 1 
1 .2 Problemas relativos às vedações, caixilhos e revestimentos 12 
1 .3 Problemas relativos aos pisos e impermeabilizações 30 
1.4 Problemas relativos às instalações prediais elétricas e hidráulicas 3 6 
C A P Í T U L O II - SISTEMA ISO 9.000 D E GESTÃO DA QUALIDADE 43 
2.1 Conceituação e aspectos gerais da gestão da qualidade 43 
2.2 Sistema ISO 9000 para gestão da qualidade 54 
2.3 Aplicação das normas ISO 9(H)0 a obras e serviços de engenharia 65 
2.4 Aplicabilidade das normas ISO 9000 para a construção civil brasileira 79 
C A P Í T U L O III - QUALIDADE N O PROJETO E E X E C U Ç Ã O D E EDIFÍCIOS 93 
3 . 1 Qualidade no projeto e na execução de fundações 100 
3.2 Qualidade no projeto e na execução de estruturas de concreto armado 125 
3 .2 . 1 .Tópicos sobre os mecanismos de degradação do concreto armado 129 
3.2.2.Tópicos sobre concretos de alto desempenho ( C A D ) e aditivos para concretos 140 
3.2.3. Medidas visando otimizar a durabilidade das estruturas de concreto 155 
3.2.4. Qualidade no projeto das estruturas de concreto 1 6 7 
3.2.5. Qualidade na execução das estruturas de concreto armado 187 
3.3. Qualidade no projeto c na execução de alvenarias 1 9 7 
3.3.1 Propriedades gerais dos componentes e das alvenarias 198 
3.3.2 Qualidade no projeto e na execução de alvenarias estruturais 206 
3.3 3 Qualidade no projeto e na execução de alvenarias de vedação 2 1 9 
3.4. Qualidade no projeto c na execução de revestimentos em argamassa 2 3 3 
3.5. Qualidade no projeto c na execução de revestimentos cerâmicos 248 
3.6. Qualidade no projeto e na execução de impermeabilizações com manta asfáltica 260 
C A P Í T U L O IV - C O O R D E N A Ç Ã O D E PROJETOS 269 
1 - 8 
C A P Í T U L O V - INOVAÇÕES T E C N O L Ó G I C A S NA C O N S T R U Ç Ã O 287 
5.1 . Avanços tecnológicos nos materiais e processos de construção 288 
5 . 1 . 1 . Aço e componentes metálicos 288 
5.1 .2. Estruturas de concreto - 2 9 1 
5.1 .3- Fundações e estruturas de contenção 296 
5.1.4. Paredes e divisórias ••• 298 
5.1 .5. Revestimentos e pinturas - 300 
5.1.6. Caixilhos e envidraçamentos 305 
5.1 .7 . Pisos 308 
5.1.8.Telhados e forros - 3 1 0 
5.1.9. Impermeabilizações • 3 1 2 
5 . 1 . 1 0 . Sistemas prediais de água - 3 1 3 
5 . 1 . 1 1 . Sistemas prediais de energia elétrica - 3 1 7 
5.2. Avanços tecnológicos relativos aos equipamentos 3 1 8 
5 .2 . 1 . Ferramentas e equipamentos para a construção de edifícios 3 1 8 
5.2.2. Equipamentos e instalações especiais para edifícios 326 
5.3. Racionalização da construção - 329 
C A P Í T U L O V I - G E S T Ã O DA QUALIDADE NA EMPRESA C O N S T R U T O R A 3 3 1 
6.1 Organização do sistema da qualidade 3 3 1 
6.2 Recomendações para elaboração do manual da qualidade 344 
6.2.1 . Aspectos gerais 345 
6.2.2. Administração 346 
6.2.3. Planejamento 3 5 3 
6.2.4. Projetos 360 
6.2.5. Compras 365 
6.2.6. Produção 3 7 1 
6.2.7. Entrega da obra 3 8 1 
6.3. Proposta para controle da qualidade de materiais c serviços na construção 383 
6.3.1 . Proposições para o eonlrole tia qualidade dos materiais e eoinpoiieiiies 384 
6.3.2. Proposições para o controle da qualidade dos serviços 390 
6.4. Recomendações gerais para implantação do Sistema da Qualidade 397 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 407 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 427 
A N E X O : Modelos de listas de verificação 441 
Mesmo ostentando posição privilegiada no contexto mundial relativamente ao projeto e construção de 
grandes obras de engenharia, como barragens, hidroelétricas, pontes e metroviários, o Brasil ainda se defron-
ta com sérios problemas de qualidade e produtividade na construção, fruto de diferentes causas. Na última 
década de 1900, de forma quase febril, verificou-se a adoção de sistemas e programas da qualidade por 
empresas construtoras, quase sempre voltados para a racionalização dos processos e aperfeiçoamento das 
práticas gerenciais. O sistema "ISO 9.000" tem sido utilizado, por boa parte das empresas, como espécie de 
"panacéia". 
A despeito dos sistemas de gestão da qualidade, têm-se verificado em nossas construções inúmeros casos de 
patologias, incluindo ruínas completas de edifícios. Parte considerável das falhas originam-se na subestimarão 
de ações, na incompatibilidade entre projetos, na especificação equivocada de materiais ou de processos, na 
inobservância de detalhes construtivos e no não atendimento de requisitos técnicos, às vezes os mais ele-
mentares. 
No presente trabalho pretende-se demonstrar que a evolução
da qualidade da construção brasileira está 
dependendo, na mesma intensidade da verificada dedicação aos programas de gestão, da agregação de 
técnicas mais corretas tanto ao projeto como à execução das obras. C o m foco nos problemas mais freqüen-
temente observados, são expostas e analisadas várias soluções técnicas, atentando-se principalmente para 
os projetos dos edifícios e sua necessária coordenação. Propõe-se ainda que as construtoras passem a dis-
pensar mais cuidados aos requisitos técnicos inseridos nos programas de gestão da qualidade, bem como 
intensificarem a adoção de modernas tecnologias na construção dos edifícios. 
ABSTRACT 
In spite of its rclative good know-how concerning design and construction of dams, bridges, highways and 
subways, Brazil still registers many troubles with qualitv and produetivity in building construction, mainly 
dwelling buildings. 
During last years of 1900, so many construction companies have been inseniinating qualitv programs, based 
on development of administration processes, planning and management actions. l he qualitv management 
according to "ISO 9.000" rules has been adopted in many companies like an "universal panacea". 
Althougli tlie quality programs implementation, so many pathologies have been reported in building con-
struetions, including some cases of building collapses. Some failures could be attributed to actions 
misconsidcration, projects incompatibilities, bad specifications of materiais or processes, and sometimes no 
complain with most elementarv technical requirements. 
This work intends to demonstrate that the evolution quality of Brazilian constructions requires, in thc same 
importante levei of the management and quality processes, the adoption of good techniques of project and 
construction. Based on analysis of most importam pathological problems it is suggested several technical 
solutions, relating first of ali to projects and it s nccessary co-ordination. Under the management view, it is 
suggested thc adoption of a largcr number of technical requirements in thc quality programs. as wcll as the 
implementation of modern technologies in building construction. 
'Iabcla 1: Instituições Técnicas / Organizações dc Aprovações Técnicas, pág. I • 21 
Tabela 2: Organizações de Certificação de Produtos ou Sistemas da Qualidade atuando no Brasil, pág. I - 23 
Tabela 3: Método para análise e melhoria de processos - MAMP, pág. 50 
Tabela 4: Método 5 S para organização c higiene dos ambientes dc trabalho, pág. 52 
Tabela 5 : 0 gerente tradicional c o gerente moderno, pág. 53 
Tabela 6: Formas de garantia da qualidade abrangidas na normalização ISO 9000. pág. 57 
Tabela 7: Riscos para o produtor e para o consumidor cm função da colocação no mercado de produtos não conformes, pág. 59 
Tabela 8: Resumo dos custos envolvidos num sistema tia qualidade, pág. 60 
Tabela 9: Características da construção civil, cm relação às indústrias seriadas, pág. 66 
Tabela 10:Agentes intcrvcnicntcs na construção civil. pág. 67 
Tabela 11: Desperdícios que podem ocorrer na construção civil. pág. 69 
Tabela 12: Utilização do tempo por oficiais e serventes nos canteiros, pág. 70 
Tabela 13: Responsabilidades dos atores num sistema dc garantia da qualidade, pág. 75 
Tabela 14: Parâmetros para determinação do índice Potencial de Risco, pág. 87 
Tabela 15: Recomendações complcmcntarcs para projeto de fundações por tubulõcs, pág. 116 
Tabela 16: Recomendações complcmcntarcs para projeto de fundações por estacas, pág. 1 1 7 
Tabela 17: Principais problemas observados nas estruturas dc concreto, pág. 128 
Tabela 18: Efeitos do tipo dc cimento c da relação a/c na carbonatação, pág. 133 
Tabela 19: Valores estimados do módulo de deformação de CADs. pág. 152 
Tabela 20: Aditivos para concretos e possíveis efeitos colaterais, pág. 156 
Tabela 21: Formas de proteção das armaduras nas estruturas de concreto, pág. 159 
Tabela 22: Profundidade estimada da carbonatação para diferentes sistemas dc proteção tio concreto, pág. 162 
Tabela 23: Coeficientes de dilatação térmica para concretos com diferentes agregados, pág. 171 
'Tabela 24: Freqüências críticas de vibração dc estruturas de concreto, pág. 173 
Tabela 25: Resistência dc elementos cm concreto armado sob ação do fogo, pág. 173 
Tabela 26: Classes dc agressividade do meio cm relação às estruturas dc concreto, pág. 175 
Tabela 27: Agressividade do meio visando a durabilidade do concreto, pág. 175 
'Tabela 28: Agressividade tio meio ao concreto (condições cio micro-clinia), pág. 176 
'Tabela 29:Agressividade do meio sobre as armaduras, pág. 177 
Tabela 30: Correspondência entre classe tlc agressividade e qualidade do concreto, pág. 177 
Tabela 31: Cobrimento nominal tia armadura em função da agressividade do meio, pág. 178 
Tabela 32 - Relações fcj/fc admitidas pela NBR 6118/99. pág. 182 
Tabela 33: Limites de flechas estabelecidos pela NBR 6118/99. pág. 183 
Tabela 34: I.imites tle flechas recomendados pelo IPT. pág. 184 
Tabela 35: Períodos mínimos de cura para concretos tle cimento Portland. pág. 192 
Tabela 36: Fatores de correção para os períodos mínimos tle cura do concretos, pág. 193 
Tabela 37: Características tcrmoacústicas tlc paredes constituídas por blocos vazados, pág. 204 
Tabela 38: Resistência ao fogo tlc paredes constituídas por blocos vazados, pág. 205 
Tabela 39: Isolação acústica dc "drv-walls" cm gesso c estrutura dc aço. pág. 205 
Tabela 40: Espaçamentos máximos para juntas tle controle cm alvenarias, pág. 212 
'Iabcla 4l - Traços indicativos para argamassas dc assentamento, pág. 217 
Tabela 42:Traços indicativos de argamassas para execução de alvenarias de vedação, pág. 229 
Tabela 43:Traços recomendados para argamassas de revestimento, pág. 240 
Tabela 44: Tipos dc argamassas dc revestimento, pág. 241 
Tabela 45: Argamassas dc revestimento recomendadas para diferentes tipos dc obras, pág. 242 
Tabela 46: Caimcntos recomendados para os pisos das edificações, pág. 249 
Tabela 47: Pisos - distâncias máximas recomendadas entre juntas de movimentação, pág. 252 
Tabela 48: Recomendações para a especificação de placas cerâmicas para piso, pág. 253 
Tabela 49: Imersão recomendada para peças cerâmicas, pág. 259 
Tabela 50: Falhas típicas de projetos apontadas por empresas construtoras, pág. 271 
Tabela 51: Características das diferentes modalidades dc coordenação de projetos, pág. 277 
Tabela 52: Exemplos dc interferências entre projetos ou elementos de uma obra. pág. 281 
Tabela 53: Avanços na tecnologia dos aços (perfis, chapas c vergalhões), pág. 289 
Tabela 54: Avanços na tecnologia das estruturas dc concreto, pág. 292 
Tabela 55: Avanços na tecnologia dos caixilhos c envidraçamentos, pág. 306 
Tabela 56: Avanços na tecnologia dos pisos. pág. 309 
Tabela 57: Avanços na tecnologia dos sistemas prediais dc água, pág. 314 
Tabela 58: Equipamentos c ferramentas para a construção dc edifícios, pág. 319 
Tabela 59: Indicadores "grosseiros" para o transporte vertical dc materiais, pág. 322 
Tabela 60: Considerações para escolha e posicionamento de elevadores e gruas. pág. 324 
Tabela 61: Organização do Sistema da Qualidade cm Construtoras, pág. 332 
Tabela 62:Tomada de decisão sobre necessidade de programa dc gestão, pág. 334 
Tabela 63: Lista dc análise dc problemas relativos aos recursos humanos, pág. 337 
Tabela 64: Lista dc análise de problemas relativos â produção, pág. 337 
Tabela 65: Lista dc análise dc problemas relativos aos projetos, pág. 338 
Tabela 66: Lista dc análise - incidência freqüente dc problemas patológicos, pág. 338 
Tabela 67: Roteiro para resolução dc problemas, pág. 340 
Tabela 68: Produção dc informações num sistema eficiente dc comunicação, pág. 349 
Tabela 69: Lista dc verificação para arquivamento de
documentos, pág. 350 
Tabela 70: Lista dc verificação para a qualidade geral do empreendimento, pág. 355 
Tabela 71 • Lista de verificação: "Identificação de riscos", pág. 357 
Tabela 72: Arcas necessárias para cstocagcm dc alguns materiais dc construção, pág. 373 
Tabela 73: Exemplo dc procedimento dc execução: marcação da obra. pág. 376 
Tabela 74: Exemplo dc procedimento de execução: assentamento de azulejos, pág. 377 
Tabela 75: Planilha para previsão das Interferências entre serviços, pág. 379 
Tabela 76: Relação de materiais e estratégias para controle da sua qualidade, pág. 386 
Tabela 77: Modelo de ficha para controle do recebimento dc azulejos, pág. 388 
Tabela 78: Modelo de ficha para controle do recebimento de janelas de aço, pág. 389 
Tabela 79: Importância relativa dos controles na execução dc obras. pág. 391 
Tabela 80: Modelo dc ficha para controle da execução dc alvenaria estrutural, pág. 396 
Tabela 81: Cuidados a serem observados nos sistemas c planos da qualidade, pág. 403 
Figura 1: Linha de tubulôcs apoiados cm aterro c cm solo natural: na sondagem não sc conseguiu detectar horizonte dc 
separação, já que o aterro havia sido executado com o mesmo solo natural, pág. 2 
Figura 2: Recalques das fundações cm função do desconfinamento do solo. pela construção de edifício vizinho, pág. 3 
Figura 3: Atuação de força horizontal nos elementos da fundação, pela instabilização dc taludc, pág. 4 
Figura 4: Ruptura de alvenaria de vedação: deslocamento na base da parede estrutural, em função da rotação de estaca 
não contraventada na direção transversal da obra, pág. 4 
Figura 5: Estaca mista aço / concreto: ruptura da fundação por flambagem da parte metálica, cm trecho totalmente 
dcsconfinado, pág. 5 
Figura 6: Falta dc verticalidade de estaca metálica e de estaca pré-fabricada de concreto (com emenda), pela presença 
de matacõcs no solo, pág. 5 
Figura 7: Flexibilidade tia estrutura de concreto armado: fissuras e destacamentos na alvenaria pela flecha desenvolvida 
na extremidade do balanço, pág. 7 
Figura 8: Estrutura pilar-lajc: logo no início do carregamento, flechas nas extremidades dos balanços provocam fissuração 
das alvenarias presentes nessas regiões, pág. 8 
Figura 9: Estrutura pilar-lajc: passado algum tempo do carregamento, lajes apoiam-se nas paredes laterais: aumentam as 
flechas nos centros dos vãos, provocando fissuração das alvenarias presentes nessas regiões, pág. 8 
Figura 10: Conjugação de laje zero e contra-flccha: redução da altura útil da laje na seção de maior momento c aumento 
tia flecha no centro do vão. pág. 9 
Figura 11: Alvenaria estrutural: fissuras nos vértices dc aberturas e destacamentos nos encontros entre paredes ancora-
das com juntas a prumo, pág. 11 
Figura 12: Alvenaria estrutural: fissuras causadas por concentração de tensões, decorrente da proximidade das abertu-
ras de janelas, pág. 11 
Figura 13: Alvenaria estrutural: fissuras horizontais decorrentes da retração das lajes dc concreto armado, pág. 12 
Figura 14: Alve naria estrutural: fissura horizontal na base da parede em função da flexibilidade da laje de concreto armado, pág. 
12 
Figura 15: Ligação pilar x alvenaria com tela metálica: a tela cncurvada trabalha como "mola", não colaborando cm nada 
para evitar destacamentos, pág. 14 
Figura 16: Esquema "alternativo" de ligação pilar x alvenaria com tela de estuque: destacamentos generalizados em 
quatro edifícios de 12 pavimentos. pág. 15 
Figura 17: Contraverga cm iramos pré-moklados: desempenho inferior àquele verificado para as contra-vcrgas continuas, pág. 
16 
Figura 18: Quadro de concreto armado no contorno do vão dc janela: fissuras transferidas dos vértices da janela para os 
vértices do quadro, pág. 17 
Figura 19: "Junta de controle" em alvenaria dc blocos de concreto celular, acabamento com argamassa rígida de cimen-
to, cal hidratada c areia, pág. 18 
Figura 20: Barra dc chapisco embutida na argamassa de revestimento, ao invés de constituir barreira de dissipação do 
fluxo de água. pág. 20 
Figura 21: Pela proximidade das casas, as águas que fluem do telhado atingem a parede da edificação vizinha, pág. 20 
Figura 22: Danos no revestimento cerâmico da parede, pelo desenvolvimento de flecha na extremidade do balanço da 
viga. pág. 23 
Figura 23: Janela faccando paramento da fachada, pág. 25 
Figura 24: Drenagem da água incidente sobre janela de correr diretamente para o interior da parede eiv alvenaria 
aparente de blocos vazados, pág. 26 
Figura 25: Acúmulo de água na travessa inferior de janela basculantc, pág. 26 
Figura 26: Puxador da guilhotina pode prender c ferir o dedo do usuário, pág. 29 
Figura 27: Corrosão cm frestas, gerada pelo projeto da porta c da veneziana, pág. 30 
Figura 28: Furo dc drenagem na parede, cm função do caimcnto invertido do piso. pág. 31 
| - 1 4 Figura 29: Solapamcnto do aterro ao lado da calçada lateral de unidade térrea, pág. 32 
Figura 30: Destacamento tia platibanda pela dilatação térmica do piso, sem a presença de juntas de dessolidarização 110 
encontro piso / parede, pág. 33 
Figura 31:Fissuração de a/ulejos na borda da piscina, dilatação térmica do piso. pág. 33 
Figura 32: Falhas de projeto ou incompatibilidades entre projetos, dificultando execução da impermeabilização e fa-
cultando a ocorrência de falhas, pág. 35 
Figura 33: Danos à camada de impermeabilização, cm função de recalques diferenciados entre corpo do edifício c 
corpo das garagens, pág. 36 
Figura 34: Diagrama conceituai para definição da qualidade, pág. 45 
Figura 35: Fluxograma para controle da qualidade e certificação da conformidade, pág. 46 
Figura 36: Círculo de Dcming: retro alimentação da qualidade, pág. 49 
Figura 37: Método de resolução de problemas e melhoria de processos, pág. 51 
Figura 38: Influência dos intervenientes para a ocorrência de problemas na construção, pág. 51 
Figura 39: Balanço de custos - investimento em qualidade x custos das falhas, pág. 61 
Figura 40: A nova forma de composição do preço de venda de um produto, pág. 6l 
Figura 41: Ciclo da qualidade - desde a pesquisa de mercado até a utilização e assistência técnica, pág. 63 
Figura 42: Visão geral: aspectos a serem considerados num sistema da qualidade, pág. 6-1 
Figura 43: Aspectos e atores envolvidos num sistema da garantia tia qualidade, pág. 74 
Figura 44: Causas de acidentes no trabalho na construção civil brasileira, pág. 83 
Figura 45: Matriz de Herzberg adaptada, para aquilatar a satisfação profissional, pág. 90 
Figura 46: Transmissão de pressões à camada compressível profunda, pág. 102 
Figura 47: Gráficos teóricos pressão x recalque de sapatas em argilas ou areias, pág. 109 
Figura 48: Recalques/distorções angulares e seus prováveis efeitos nos edifícios, pág. 110 
Figura 49: Juntas nos corpos dos edifícios para prevenir a ocorrência de fissuras induzidas por recalques diferenciados 
das fundações, pág. 1 13 
Figura 50: Junta na superestnitura. em função de diferenças de cotas no arrasamento das fundações, pág. 114 
Figura 51: Limite de declividade entre blocos ou sapatas escalonadas, pág. 118 
Figura 52: Resistência à compressão e profundidade tia camada carbonatada para concretos produzidos com cimento 
cujo teor de álcalis foi intencionalmente aumentado, pág. 135 
Figura 53: Expansão volumétrica do ferro metálico em função da corrosão, pág. 136 
Figura 54: Diagrama tia zona tle transição e tia matriz de pasta de cimento 110 concreto: no contato agregado/pasta 
maior porosidade c maior concentração de CH / CAH. pág. 141 
Figura 55: Rcsistividadc elétrica de pastas e argamassas dosadas com superfluidificantc à base tle polinaftalcno sulfonado, pág. 
144 
Figura 56: Variação tio módulo de deformação com a idade tios concretos, pág. 150 
Figura 57: Módulo tle deformação x resistência à compressão de concretos de
alto desempenho, segundo diferentes 
estlmatlores, pág. 152 
Figura 58: Redução do efeito de aditivo superfluidificantc com o passar do tempo. pág. 154 
Figura 59: Ffeitos da adição de CaCO, ao cimento e das condições tle cura na absorção tle água inicial do concreto, pág. 
158 
Figura 60: Cobrimcnto mínimo das armaduras cm função da vida útil projetada e do avanço tias frentes de carbonatação 
(CIO a C50: f.k aos 28 dias), pág. 163 
Figura 61: Cobrimcnto mínimo das armaduras em função da vida útil projetada e do avanço das frentes tle cloretos 
(CIO a C50: f fc aos 28 dias), pág. 163 
Figura 62: Detalhes de projeto visando impedir fissuração. acúmulo ou escorrimento de água em componentes das 
estruturas de concreto armado ou protendido, pág. 166 
Figura 6.3: Curvas-limite freqüência de vibração x flechas, visando prevenir desconforto causado por vibrações cm 
1 - 1 5 
lajes dc piso (Bcckcru2), pág. 172 
Figura 64: Cocfieicntcs de carga para o componente horizontal da estrutura, com cimbramcnto dois ou três pavimen-
tos abaixo da concretagcm, pág. 180 
Figura 65: Desenvolvimento das flechas ao longo da construção, pág. 181 
Figura 66: Exemplo de junta tle retração cm parede dc concreto armado, visando induzir a ocorrência tia fissura na 
seção com enfraquecimento da seção tlc concreto (cerca dc 20%) c na seção tlc armadura (cerca tlc 5056), pág. 186 
Figura 67: Componentes especiais para encontro entre paredes, pág. 201 
Figura 68: Componentes especiais para encontro entre paredes, pág. 201 
Figura 69: Sensação tio ouvido humano: curva dc equivalência entre pressão c freqüência, pág. 202 
Figura 70: Variação aproximada dc Ia com a massa da parede c a freqüência do som aéreo. pág. 203 
Figura 71: Resistência à compressão da alvenaria em função da resistência à compressão da argamassa: blocos vazados 
tlc concreto e tlc cerâmica, respectivamente, pág. 209 
Figura 72: Vergas e contravergas continuas cm alvenaria com grande número tlc aberturas, pág. 209 
Figura 73: Interação entre alvenaria estrutural e viga tlc transição, pág. 210 
Figura 74: Juntas a prumo: ligações com ferros embutidos nas juntas tlc assentamento e rejuntamento externo com 
selantc flexível, pág. 212 
Figura 75: Execução de junta tle controle cm alvenaria, pág. 213 
Figura 76: Apoio deslizante e junta tlc retração provisória cm laje tlc cobertura, pág. 214 
Figura 77: Encabcçamcnto dos blocos, pressão no assentamento, controle tio nível das fiadas e do prumo das paredes, pág. 
219 
Figura 78: Ligações entre alvenarias c pilares com auxílio dc blocos tipo canalcta e tela metálica, pág. 221 
Figura 79: Encunhamcnto tle parede com o emprego tle tijolos de barro cozido, meio blocos ou blocos tipo canalcta. pág. 
222 
Figura 80: Vergas, contra vergas e coxins dc distribuição no contorno de vãos. pág. 224 
Figura 81: Último pavimento: detalhes construtivos para evitar ocorrências tlc fissuras c destacamentos nas paredes, pág. 225 
Figura 82: Detalhes de ligação das alvenarias com viga ou laje muito dcformávcl, pág. 226 
Figura 83: Ligações entre alvenarias e pilares, recomendadas para estruturas flexíveis, pág. 227 
Figura 84: Tratamento arquitetônico dc fachada, moldagcm da argamassa tle revestimento, pág. 234 
Figura 85: Tratamento tle cantos vivos cm revestimento de paredes com argamassa, pág. 235 
Figura 86: Rotlapé constituído pela dobra tle piso cimentado na base tia parede, pág. 236 
Figura 87: Reforços do revestimento cm argamassa com o emprego tle tela metálica, pág. 236 
Figura 88: Secagem das argamassas: influência da espessura da camada do revestimento, pág. 245 
Figura 89: Secagem das argamassas: influência tia porosidade e capilaridade tle diferentes substratos, pág. 245 
Figura 90: Influência da porosidade do substrato na aderência com a argamassa, pág. 246 
Figura 91: Secagem por absorção capilar: influência da espessura da parede do bloco. pág. 246 
Figura 92: Exemplo de paginação de piso.com indicação dc cotas,caimcntos, pontos de esgoto, juntas de dcssolidarização 
e sentido do assentamento das placas, pág. 250 
Figura 93: Junta tle dcssolidarização no encontro com obstáculos verticais, pág. 251 
Figura 94: Juntas tle movimentação intermediárias cm pisos. pág. 252 
Figura 95: Exemplo de paginação tlc revestimento cerâmico tle parede, com indicação de tampo tle pia. pontos dc 
água. esgoto e energia, pág. 258 
Figura 96: Arredondamento tle cantos e sentido tia sobreposição cm sistema tle impermeabilização constituído por 
mantas pré-fabricadas. pág. 261 
Figura 97: Encontros da impermeabilização respectivamente com tubo emergente, ralo. solcira c base tlc antena ou 
pára-raios instalados em laje tle cobertura, pág. 262 
Figura 98: Blocos com menor largura nas primeiras fiadas, para embutimento das mantas, pág. 263 
Figura 99: Encontro da impermeabilização com platibanda, pág. 263 
Figura KM): Alargamento na entrada da prumada, para evitar redução da seção tio tubo. pág. 264 
Figura 101: Detalhe da impermeabilização no encontro dc marquisc com a estrutura, pág. 264 
Figura 102: Ponte na camada de impermeabilização, sobre junta de dilatação da estrutura, pág. 264 
Figura 103: Arremate da impermeabilização no encontro com tubo emergente, pág. 267 
Figura 104: Coordenação de projetos: desenvolvimento simultâneo dos projetos, interação entre os projetistas c interação 
com a produção, pág. 272 
Figura 105: Conceito do ICADS • "Intcllcgcnt Huilding Dcsign System" (Pohl). pág. 279 
Figura 106: Estrutura mista aço / concreto: chapas com função de fôrma, armadura c acabamento; instalações embuti-
das nos vazios das chapas dobradas (Fonte: Centria - EUA), pág. 290 
Figura 107: Painéis sanduíche: faces pintadas com fluorcarbono, miolo em espuma de isocianureto. Bobinas dc chapas 
galvanizadas dc aço para cobertura (sistema "roll-on"). pág. 290 
Figura 108: Edifício Plaza Centenário - São Paulo: fachadas totalmente revestidas com painéis dc alumínio composto 
(Fonte: Revista Téchne n° 22 - maio/junho 1996). pág. 291 
Figura 109: Fôrmas para estruturas de concreto: chassi de alumínio e apoios telescópicos. Caixões recuperáveis em 
PVC (Fontes:Topcc c Atcx. respectivamente), pág. 293 
Figura 110: Fôrma para concretagcm simultânea de paredes e lajes (sistema túnel - fonte: Construtora Sergus). pág. 293 
Figura 1 1 1 : Içamcnto de painel pré-fabricado para paredes e painel extrudado dc concreto para pisos, pág. 294 
Figura 112: Pós-tcnsão dc laje com sistema não aderente, pág. 295 
Figura 113: Desempc nade ira de cabo longo e desempenadeira giratória para o acabamento de lajes de concreto, pág. 
295 
Figura 114: Grautc industrializado não retrátil. pág. 296 
Figura 115: Elementos dc fundação que associam a resistência de ponta com o atrito lateral (a - radicr sobre estacas, b 
- estaca "T~, c - "estapata"), pág. 297 
Figura 116: Contenções: a) Gabiòcs: b) Sacos com concreto ou solo-cimcnto: c) Pré-moldados dc concreto: ü) Cortina 
cravada; e)Tcla metálica + concreto projetado; 0 Cortina atirantada; g) Parede diafragma. pág. 297 
Figura 117: Sistema construtivo cm painéis de F.PS, telas metálicas c microconcreto projetado, pág. 299 
Figura 118: Estrutura rcticulada de perfis metálicos c fixação dc painéis dc concreto, rocha ou cerâmica, constituindo 
a fachada ventilada, pág. 300 
Figura 119: Divisória "dry \vaH"em estrutura metálica e painéis de gesso acartonado, pág. 300 
Figura 120: Revestimento de paredes com projeção mecânica dc argamassa ou gesso, pág. 301 
Figura 121: Revestimentos de parede: argamassas texturizadas c quartzo pigmentado, pág. 301 
Figura 122: Revestimento de fachada com "sidings" dc PVC estabilizado com aditivos absorvedores dc raios UV c ele-
mentos ignífugos, pág. 302 
Figura 123: Emulsâo acrílica com pigmentos cncapsulados, pág. 305 
Figura 124: Caixilhos dc PVC: cortes cm janela dc correr
c janela de enrolar, pág. 306 
Figura 125: Janela veneziana em madeira.com mecanismo cm alumínio permitindo rcgulagcm das palhetas. pág. 307 
Figura 126: Janela de enrolar em alumínio, motorizada, pág. 307 
Figura 127: Fachada "pele dc vidro", com vidro laminado reflexivo, pág. 307 
Figura 128: Vidro duplo, para isolamento tcrmoacústico, pág. 308 
Figura 129: Piso suspenso c argamassa alto-nivclante. pág. 310 
Figura 130: Piso esportivo cm manta de poliuretano c placas intertravadas coloridas na massa, pág. 310 
Figura 131: Cobertura em chapas de policarbonato curvadas a frio. pág. 3 1 1 
Figura 132: Subcobertura em plástico alveolar, pág. 3 1 1 
Figura 133: Perfis extrudados em PVC para forro e placas com cunhas anccóicas para absorção acústica, pág. 3 12 
Figura 134: Dispositivo anti-infiltração, no encontro com ralo. pág. 3 1 3 
Figura 135: Caixa de distribuição ("Manifold") e tubos de polictilcno no interior de bainhas em PVC corrugado, pág.315 
Figura 136: Dispositivo anti-retorno dc espuma, pág. 316 
Figura 137: Coletor sifònico de águas pluviais, pág. 316 
Figura 138: Grelha cm l'VC. pág. 316 
Figura 139: Coletor solar domiciliar c painel de silício para energia fotovoliaica. pág. 318 
Figura 140: Microcscavadora c mini pá carregadeira, para abertura de pequenas valas c movimentação dc material a granel, pág. 
319 
Figura 141: Monta-cargas tclcscópico e mini-grua. pág. 320 
Figura 142: Balancim elétrico e plataforma hidráulica, para transporte vertical de trabalhadores, pág. 320 
Figura 143: Robô para a montagem de painéis pré-fabricados. pág. 321 
Figura 144: Equipamentos para projeção, bombeamento e acabamento de concreto ou argamassa, pág. 322 
Figura 145: Equipamentos para controle geométrico dos serviços: nível alemão, nível laser, nível/prumo para arestamentos. 
nível eletrônico e trena digital, pág. 325 
Figura 146: Aparelho F - Numbcr. pág. 326 
Figura 147: Caixas de massa cncaixávcis e carrinho para transporte tias caixas; carrinho projetado para o transporte dc 
blocos cerâmicos em pallcts. pág. 330 
Figura 148: Montagem do sistema da qualidade pela empresa, pág. 333 
Figura 149: Proposta para organização do Manual da Qualidade da empresa construtora, pág. 345 
Figura 150: Concepção de empreendimentos - estudos prévios c fatores condicionantcs, pág. 356 
Figura 151: Influência da tecnologia e racionalização no processo construtivo, pág. 359 
Figura 152: Processo de geração de projetos de obras: forma coordenada e simultânea, pág. 364 
Figura 153: Processo de compra de materiais e contratação de subempreiteiros, pág. 367 
Figura 154: Gráfico de balanço - acompanhamento físico da obra. pág. 380 
Figura 155: Diagrama dc Parctto • relação entre variáveis e resultados dos processos, pág. 383 
Figura 156: Percentuais dc custos dos materiais para construção de edifícios habitacionais de quatro pavimentos 
(CDHU/SP), pág. 384 
Figura 157: Sistema flexibilizado de planos dc controle da produção, pág. 394 
Figura 158: Fluxograma constando os diferentes aspectos a serem considerados 110 plano da qualidade dc um empre-
endimento. pág. 401 
Figura 159: Fluxograma / planejamento genérico de ações adotado pela Shimi/.u Corporation, com vistas â preparação 
para uma construção, pág. 402 
Figura 160: Visão dos objetivos e metas: necessária para todos os colaboradores da empresa, pág. 405 
Figura 161: Opinião de empresas inglesas certificadas sobre a eficiência da certificação, pág. 419 
INTRODUÇÃO 
O tema "patologia e qualidade na construção" assume cada vez maior importância, não se 
podendo aceitar o elevado nível de prejuízos materiais decorrentes de problemas que se 
manifestam nas edificações. As economias pretendidas com sistemas de fundações que indu-
zem excessivas pressões nos terrenos, com super estruturas extremamente flexíveis e com 
alvenarias ou revestimentos acentuadamente delgados,dentre outras medidas"racionalizadoras" 
da construção, têm originado diversos desarranjos em obras, repercutindo diversas vezes em 
prejuízos muito superiores à economia almejada. É inconcebível que ainda ocorram em nos-
so país desabamentos de edifícios ou partes deles, mutilando pessoas, ceifando vidas e colo-
cando em dúvida a própria qualidade da engenharia nacional. 
Grande número de instituições técnicas nacionais, estrangeiras e internacionais de há mui-
to vêm concentrando esforços nos temas "patologia" e "qualidade" das construções, assun-
tos extremamente relacionados com a "normalização técnica","avaliação de desempenho", 
"sistemas de aprovação técnica","processos de certificação" e "gestão da qualidade". 
De início, pode-se afirmar que os problemas da qualidade na construção brasileira não po-
dem ser atribuídos à falta de geração de conhecimentos técnicos. A análise de um número 
muito grande de documentos revela que os trabalhos nacionais apresentam, em geral, nível 
equivalente aos melhores trabalhos estrangeiros ou internacionais. Na geração deste co-
nhecimento, destacam-se equipes de diversas universidades e institutos de pesquisas, como 
o IPT de São Paulo, CIENTEC do Rio Grande do Sul, Escola Politécnica da USP, Universidade 
Federal de São Carlos, Escola de Engenharia de São Carlos / USP, Faculdade de Arquitetura e 
Urbanismo - FAU / USPXOPPE - Universidade Federal do Rio de Janeiro, NORIE - Universi-
dade Federal do Rio Gr.mde do Sul e outros. No campo da especialização de profissionais 
em sistemas da qualidade, além de cursos oferecidos nos departamentos de engenharia de 
produção de várias universidades, algumas fundações vêm realizando importantes traba-
lhos no Brasil, merecendo destaque a Fundação Carlos Alberto Vanzolini (São Paulo), e a 
Fundação Christiano Ottoni (Belo Horizonte). 
Mundialmente, além dos estudos tecnológicos de materiais, processos e técnicas construti-
vas, verifica-se a tendência dos centros de pesquisa atuarem na certificação cia conformida-
de dc materiais e cm processos de aprovação técnica de componentes e sistemas constru-
tivos inovadores.Tais processos de aprovação, segundo Cavam1 inspirados no sistema fran-
cês de "avis technique", baseiam-se na verificação do atendimento do produto a requisitos 
e critérios de desempenho, concomitantemente à aprovação do sistema da qualidade ado-
tado pelo produtor. 
Mitidieri- relata que diversas instituições já implantaram tais processos. Com a principal 
finalidade de homogeneizar os critérios para concessão e mútuo reconhecimento das apro-
vações técnicas, no ano de 1996 foi criada a WFTAO - World Federation ofTechnical 
Assessment Organizations, indicando-se na Tabela 1 a relação das instituições que a inte-
gram, bem como outros institutos que operam os processos de aprovação de produtos ou 
sistemas para a construção civil. 
Relativamente à certificação de sistemas da qualidade, nos moldes das normas ISO 9.000, já 
existe número bastante significativo de certificadoras atuando no Brasil (Tabela 2), conforme 
levantamento realizado por Kiss5. Algumas dessas organizações também atuam com a 
certificação de produtos. 
' CAVAM. G. R. O Certificado dc Homologação c o m o Instrumento para o Controle da Qualidade de Produto* c Sistemas Construtivos Inovadores. Sâo Paulo, 
1989. Xlp. Dissertação (Mestrado) • Ivwot» Politécnica, Universidade de São Paulo. 
2 " MITIDII .Kl 1-11.11< ), (1 V. Avaliação de Desempenho de Componentes c Elementos Construtivos Dcs-tinado* a Habitações — Proposições Especificas ã 
Avaliação do Desempenho Estrutural. São Paulo, 1998.218p Tese dc Doutorado apresentada à Escola Politécnica tia Universidade ik: São Paulo. 
KISS. P. Resultados na Obra. Reportagem p p 18-25, Tcclinc - Revista dc Tecnologia d i Construção N° .VI. Fali tora Pini. maio/junho 1998. 
País Organização Técnico responsável 
Continente 
europeu
EOTA - European Organization íor 
Technical Approvals 
UEAtc - Union Européene |X>ur l'Agrémenl 
technique dans Ia construcción 
Paul CALUWAERTS 
32/2.502.38.14 (fax) 
Emile FARHI 
1 - 45 25 61 51 (fax) 
Alemanha DIBt - Deutsches Institut für Bautechnik* H. G. MEYER 
49 30.264.87.320 (fax) 
Áustria FGW - Forscluingsgesellschaft für Wohnen, 
Bauen und Planen 
Bélgica UBAtc - Union Belge |>our 1'Agrément 
technique dans Ia construction 
L. BUSSCHAERT 
322 / 287.31.51 
Dinamarca SBI - Statens Byggeforsknings Institut 
ETA - Danmark* 
Espanha lETcc - Instituto de Ciências de Ia Construción 
Eduardo Torrojn* 
ITEC - Instituto de Tecnologia de Ia Construcción 
de Catalunya 
Antonio BLÁZQUEZ 
34 - 1 30 20 700 (fax; 
Joaquim MARTELL 
343 - 300 48 52 (fax) 
RO
 
PA
 
Finlândia VTT - Valtion Teknillinen Tutkimuskeskus* Markku SALUSJARVI 
358 0 460 419 (fax) 
D 
U J França CSTB - Centre Scientifique et Technique du Batiment* Perrie FRANÇOIS 
33 - 1 -45-25 -61 -51 (fax) 
Holanda SBK - Stichting Bouwkwaliteit 
Hungria ÉMI - Építésügyi Minóségellenórzó Intézet* Zoltán GEREBEN 
Inst. de C.Q. de Edifícios 
Irlanda IAB/EOLAS - Irish Agrement Board - National / 
Standards Authority of Ireland 
Itália ICITE - Istituto Centrale |)or 1'lndustrializzazione e 
Ia Tecnologia Edilizia* 
Giulio BALLIO 
392-982 800 88 (fax) 
Noruega NBI - Norgcs Byggforskningsinstitut 
Polônia ITB - Instytut Techniki Budowlanej* Jadwiga A. TYVOREK 
48-22 25.52.86 (fax) 
Portugal LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil* J. V. PAIVA 
351/1-849-76-60 (fax) 
Reino Unido BBA - British Board oí Agrement* P. C. HEWLETT 
(01923) 662133 (fax) 
Suécia SBA - Sventsk Byggodkannande Ab 
(•) instituições associadas a WFTAO - World Federation of Technical Assessment Organizations 1 - 2 1 
Tecnologi.i, Gerenciamento e Qualidade na Construção | Ercio Tliomaz 
País Organização Técnico responsável 
Canadá CCMC - Canadian Construction Materials Centre* J. F. BERNDT 
berndt@irc.lan.nrc.ca 
EUA HITEC - Highway Innovative Technology Evaluation Center* J. Peter KISSINGER 
hitec@cerf .asce.org 
< u 
ICBO ES - International Conference of Building 
Officials Evaluation Service* 
John NOSSE 
310/695.4694 (fax) 
Oi 
NES - National Evaluation Services, Inc.* Tom FROST 
boca@iia.org 
Argentina INTI / DC - Instituto Nacional de Tecnologia 
Industrial - Conslrucciones 
Rubén Alberto FELIX 
inti@spi-cis.com 
Brasil IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado 
de São Paulo SA* 
Marco Antonio D'Elia 
Cláudio V. Mitidieri F lho 
Chile IDIEM - Instituto de Investigaciones y Ensayes de M i teria les 
China CBTDC - China Building Technology Development Center 
índia CBRI - Central Building Research Instituto R. N. IYENGAR 
cbri@sirnetd.ernet.in 
Á
SI
A
 Israel NBRI - National Building Research Instituto* 
Sll - The Slandards Inslitut of Israel 
Rachel BECKER 
curbekr@techunix.tecl-nion.ac.il 
Ia pão BCJ - Building Center oí Japan* 
BRI - Building Research Institute* 
CBL - Center ot Better Living* 
HOWTEC - Japan Housing and Wood Technology Center* 
5 África do Sul ASA - Agrement South África* Joop van VVAMELEN va nwamel @ bou tek. csi r.co.za 
'JL 
U — 
< 
SABS - Suid-Aírikaanse Buro vir Standaarde 1. M. BENNIE 
(2712) 344 1568 (fax) 
Austrália ABSAC - Australian Building Systems Appraisal Council* Barry SCHAFER 
barry@meli.dbce.csiro.au 
< 
Z < 
CSIRO/DBCE - Commonwealth Scientific and Industrial 
Research Organization - Building Construction Engineering 
Paul WILLIANS 
williams@syd.dbce.csiro.au 
L U 
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O 
Nova 
Zelândia 
BIA - Building Industry Authority 
BTL - Building Technology Limited* 
John HUNT 
(64-4) 471 0798 (fax) 
Dennis WAPLE 
(64-4) 235 6070 (fax) 
1 - 2 2 (•) instituições associadas a WFTAO - World Fcderation of Technical Assessment Organizations 
Tabela 2 : O r g a n i z a ç õ e s de Certificação de Produtos ou Sistemas da Q u a l i d a d e atuando no Brasil 
Organização 
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - Certificação 
ABS - Group Services do Brasil 
BRTUV - Avaliações da Qualidade 
BSI - British Standards Institution 
BVQI - Bureau Veritas Quality International 
CCB - Centro Cerâmico do Brasil 
DNV - Det Norske Veritas 
DQS do Brasil 
FCAV - Fundação Carlos Alberto Vanzolini 
Gennanishcr Lloyd do Brasil 
IFB - Falcão Bauer Instituto da Qualidade 
IRAM - Instituto Argentino de Racionalización cie Materiales 
LRQA - Lloyds' Register Quality Assurance 
NSAI - National Standards Authotity oí Ireland 
SCS ICS Certificadora 
SQS - Schweiz Vereiningung für Qualitatssicherungzertifikate 
TUV Bayern Brasil 
UCIEE União Certificadora 
UL - Underwriters Laboratories 
Observa-se que os problemas das construções brasileiras resultam de grande conjugação 
de fatores, podendo-se citar principalmente a falta de investimentos, a impunidade que 
vigora no país e a visão empresarial distorcida de alguns "homens de negócio". Mais do que 
simples negócio, construir, se para alguns é uma ciência, para outros chega a ser uma arte. 
Diversos fatores relevantes contribuem ainda para esta situação, como a péssima remunera-
ção dos profissionais de projeto e de construção, um certo obsoletismo nos currículos e o 
ensino compartimentado nas várias disciplinas dos cursos de arquitetura e engenharia civil, 
a falta de divulgação de estudos aplicados sobre as patologias dos edifícios, a pouca reciclagem 
técnica de nossos engenheiros e o relativo desvirtuamento da atuação dos engenheiros de 
obras, quase sempre sobrecarregados com funções burocráticas, administrativas e às vezes 
até de "marketing". 
A análise cuidadosa das causas revela que muitos dos problemas constatados nas nossas 
construções poderiam ter sido evitados com a adoção dc conhecimentos já consagrados da 
físico-química, da mecânica dos solos ou da teoria da elasticidade, revelando-se às vezes 
diferenças pronunciadas entre a concepção dos projetos e o funcionamento real d;is obras, 
entre o desempenho almejado e a resposta em serviço de alguns materiais de construção, 
entre a vida útil prevista e a vida útil efetiva de muitas edificações. 
A atual construção em muito se difere da construção de vinte ou trinta anos atrás.As estrutu-
ras são muito mais esbeltas, os concretos e os aços muito mais resistentes. Racionalizam-se os 
processos construtivos, a construção é mais leve, muito mais sujeita, por exemplo, a variações 
térmicas e higroscópicas, ou à ação do vento. Há intensiva diversificação dos sistemas de 
fundações, adoção de técnicas refinadas de cálculo estrutural, desenvolvimento de modelos 
de transmissão de som e transmissão de calor, novas concepções de sistemas prediais de água, 
energia, detecção de incêndios e comunicações. Novos materiais vêm sendo paulatinamente 
incoqx)rados às nossas construções, como os polímeros, os concretos de alto desempenho, 
os blocos encaixáveis para alvenarias, as madeiras contraplacadas para assoalhos, os revesti-
mentos à base de resinas sintéticas, os painéis pré-fabricados para fachadas e as paredes indus-
trializadas com montagens a seco, as denominadas "dry walls". 
A intensiva urbanização verificada a partir da metade do século XX vem estimulando cada 
vez mais a arquitetura dos edifícios altos, cada vez mais leves, cada vez mais esbeltos, com 
implantações cada vez mais concentradas. Esta nova arquitetura, e nova tipologia construti-
va, vem sendo muitas vezes erigida com base em técnicas tradicionais de projeto e constru-
ção, originando-se daí problemas das mais diversificadas espécies. 
A especialização dos profissionais nos vários ramos da engenharia civil tem colaborado 
ainda mais para a compartimentação
anteriormente mencionada, dificultando aos técnicos 
o entendimento mais amplo do funcionamento do "complexo" edifício. Em geral, os enge-
nheiros que se especializam em projeto de fundações não dominam o comportamento das 
alvenarias; os "estruturistas" desconhecem detalhes do desempenho das impermeabilizações; 
e assim por diante.Tal constatação, e o fato de que muitas patologias surgem exatamente 
nas interfaces entre os distintos elementos da construção, são motivações importantes 
para o desenvolvimento do presente trabalho. 
Assim como na Medicina, onde a excessiva especialização tem levado os médicos cada 
vez mais a enxergarem menos o organismo humano como um todo, os profissionais da 
Engenharia e da Arquitetura necessitam de conhecimentos mais abrangentes sobre o de-
sempenho global dos materiais, das técnicas e dos processos construtivos, forma dc agre-
gar com maior eficiência seus conhecimentos específicos ao produto final. Mesma linha 
de raciocínio é desenvolvida por Helene1, ao afirmar que "a formação na graduação deve 
ser ampla; o engenheiro tem de saber distinguir níveis de responsabilidade, questões 
éticas, gerenciamento e relacionamento com pessoas. Depois ele terá a oportunidade de 
se especializar". 
No ensino da engenharia e da arquitetura é grande a dificuldade de exporem-se aos acadê-
micos as inúmeras inter-relações entre os elementos da construção, resultando como já se 
disse disciplinas relativamente estanques4. Dispõem-se de excelentes manuais de concreto 
armado, fundações, alvenarias, revestimentos e outros elementos da construção. Existe, en-
tretanto, pouca bibliografia que trata das interações entre solos e estruturas, entre estrutu-
ras e alvenarias, entre alvenarias e revestimentos, e assim por diantc.Tal fato também incen-
tivou a publicação do presente livro. 
4 
I IKI.ENlí, I'. K. I- Entrevista concedida â Tédinc - Revista <lc Tecnologia «Ia Construção, pp 14 I", Editora hni , N° 30, março/abnl 1999. 
* OWrvr-sc <juc algumas lacuíiLulcs, panicularnKntc aqucLi* ligadas ã Universidade «Ic São 1'aulo, já vem muustrondo curvis «k: "l;i*sca das lülificaçòos" ou "Patologias 
dis Construção", concatcnando informações em torno tlc fenômenos cujo entendimento requeira conlicamcnlos mui ti ductplmarcx 
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