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Lei 8429 e jurisprudência correlata

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Curso Multiplus – Direito Administrativo – Aula 08 (10.01.2015) 
8. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992. 
 
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos 
casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, 
emprego ou função na administração pública direta, indireta ou 
fundacional e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: 
CAPÍTULO I 
Das Disposições Gerais 
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração 
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, 
de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja 
concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma 
desta lei. 
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o 
patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como 
daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do 
patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a 
contribuição dos cofres públicos. 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou 
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. 
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza 
ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta. 
(FCC_AL-PE_2014_Analista Legislativo) Uma empresa privada da qual o Estado participa como acionista minoritário, 
tendo concorrido com 20% do patrimônio da referida empresa quando de sua criação, foi lesada por ato de seus 
administradores, consistente na aplicação de grande soma de recursos financeiros em empreendimento sabidamente 
deficitário. Compõem o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal da referida empresa, tanto particulares como 
agentes públicos, estes últimos representando o Estado como acionista minoritário. O prejuízo causado à empresa 
pela conduta dos administradores 
(A) poderá, em tese, caracterizar improbidade administrativa, desde que caracterizado enriquecimento ilícito dos 
administradores e dano ao patrimônio público. 
(B) poderá, em tese, caracterizar improbidade administrativa, limitando-se a sanção patrimonial à repercussão do 
ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 
(C) não é passível de subsunção às disposições da Lei de Improbidade Administrativa, que somente se aplica no caso 
de empresas em relação às quais o Poder Público detenha participação majoritária. 
(D) estará sujeito ao enquadramento na Lei de Improbidade Administrativa exclusivamente no que diz respeito à 
conduta de agentes públicos. 
(E) somente será passível de caracterização como ato de improbidade administrativa se caracterizada conduta 
dolosa dos administradores. 
(FCC_TCE-AP_2012_Analista) Os dirigentes de empresa privada da qual o Estado participou com 49% para a criação, 
aportando recursos a título de subscrição do capital social, apropriaram-se ilegalmente de recursos da referida 
empresa. De acordo com a Lei no 8.429/1992, que trata dos atos de improbidade administrativa, os dirigentes 
(A) somente estão sujeitos à Lei de Improbidade se forem agentes públicos e tiverem auferido a vantagem em função 
de tal condição. 
(B) estão sujeitos à Lei de Improbidade, limitando-se a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre os cofres 
públicos, sem prejuízo das demais sanções previstas no referido diploma legal e em outras leis específicas. 
(C) somente poderão ser apenados com a apreensão dos valores auferidos indevidamente, recaindo as sanções 
administrativas sobre os agentes públicos responsáveis pela fiscalização da aplicação dos recursos públicos. 
(D) não estão sujeitos à Lei de Improbidade, eis que o prejuízo foi causado a entidade de natureza privada, ficando, 
contudo, impedidos de contratar com a Administração e de receber recursos públicos a qualquer título. 
(E) estão sujeitos apenas às sanções patrimoniais previstas na Lei de Improbidade excluídas outras sanções civis e 
penais previstas em leis específicas. 
(FCC_TCE-AP_2012_Técnico) Estão sujeitos às penalidades previstas na Lei de improbidade administrativa: 
(A) agentes públicos, assim entendidos apenas aqueles detentores de mandato eletivo e seus auxiliares diretos. 
(B) ocupantes de cargo, função ou emprego público, exclusivamente. 
(C) agentes públicos e detentores de mandato eletivo, exclusivamente. 
(D) servidores públicos e particulares, desde que ligados ao poder público por vínculo contratual. 
(E) agentes públicos e particulares que se beneficiem de forma direta ou indireta do ato de improbidade. 
(CESPE_2014_TJ-SE_Técnico) Consideram-se sujeitos ativos dos ilícitos previstos na Lei de Improbidade 
Administrativa o agente público e o terceiro particular que, mesmo não sendo agente público, induzir ou concorrer 
para o ato ou dele se beneficiar direta ou indiretamente. CERTO 
(CESPE_FUNASA_2013_Todos os cargos) Considere que uma pessoa ocupante de cargo em comissão em 
determinada fundação pública tenha sido presa em flagrante, durante operação da polícia federal, por desvio de 
dinheiro público. Nessa situação, essa pessoa responderá criminalmente por esse ato e poderá ser destituída do 
cargo. Entretanto, ela estará isenta das sanções decorrentes do ato de improbidade administrativa, as quais são 
aplicadas somente aos servidores públicos ocupantes de cargo efetivo. ERRADO 
(CESPE_FUB_2014_Conhecimentos básicos) Aquele que exercer, mediante designação, função transitória e sem 
remuneração na Universidade de Brasília poderá responder por ato de improbidade administrativa. CERTO 
(CESPE_ANTAQ_2014_Analista) Embora os particulares se sujeitem à Lei de Improbidade Administrativa, não é 
possível o ajuizamento de ação de improbidade administrativa exclusivamente contra particular, sem a presença de 
agente público no polo passivo da demanda. CERTO 
_______________________________________________________________________________________________ 
1) IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA X AGENTES POLÍTICOS 
Recurso Extraordinário com Agravo 683.235/PA, repercussão geral reconhecida em 31.08.2012. 
Decisão: 1. Trata-se de agravo interposto de decisão que não admitiu recurso extraordinário contra 
acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e assim ementado: 
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATOS DE IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA. PREFEITO MUNICIPAL. AGENTE POLÍTICO. DESVIO E APLICAÇÃO INDEVIDA DE 
RECURSOS DO FUNDEF. LIBERAÇÃO DE VERBAS SEM PRÉVIA LICITAÇÃO. FRAUDE EM 
PROCESSOS LICITATÓRIOS. DESNECESSIDADE DE LESÃO PATRIMONIAL AO ERÁRIO PARA 
CARACTERIZAÇAO DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE VIOLE PRINCÍPIOS 
ADMINISTRATIVOS. 
1. O STF entendeu, na Reclamação n. 2.138, que os agentes políticos, por serem regidos por normas 
especiais de responsabilidade, não respondem por improbidade administrativa com base na Lei 8.429/92, 
mas, apenas, por crime de responsabilidade em ação que somente pode ser proposta perante a Corte, 
nos termos do art. 102, I, c, da CF. 
2. A decisão proferida na Reclamação n. 2.138, contudo, não possui efeito vinculante nem eficácia erga 
omnes, não se estendendo a quem não foi parte naquele processo, uma vez que não tem osmesmos 
efeitos das ações constitucionais de controle concentrado de constitucionalidade. 
3. Os Prefeitos Municipais, ainda que sejam agentes políticos, estão sujeitos à Lei de Improbidade 
Administrativa, conforme o disposto no art. 2º dessa norma, e nos artigos 15, V, e 37, § 4º, da 
Constituição Federal. Também estão sujeitos à ação penal por crime de responsabilidade, na forma do 
Decreto-Lei nº. 201/67, em decorrência do mesmo fato. Precedentes do STJ e deste Tribunal. 
(...) 
7. Para a configuração do ato de improbidade administrativa que importe violação a princípios 
administrativos, previsto no art. 11 da Lei 8.429/92, não é necessária a prova da lesão ao erário público, 
pois basta a simples ilicitude ou imoralidade administrativa para restar configurado o ato de improbidade. 
Precedente do STJ (RESP 884083/PR). 
(...) 
A questão suscitada no recurso versa sobre a possibilidade de processamento e julgamento de prefeitos, 
por atos de improbidade administrativa, com fundamento na Lei nº 8.429/92. 
Não se desconhece que esta Corte, no julgamento da Rcl nº 2.138 (Rel. Min. NELSON JOBIM, Plenário, 
DJe de 18.4.2008, Ementário nº 2315-1), decidiu haver distinção entre o regime de responsabilidade dos 
agentes políticos e o dos demais agentes públicos. 
Julgo, todavia, ser, mais que oportuna, necessária deliberação desta Corte sobre a possibilidade de 
extensão dos fundamentos adotados no precedente ao caso de que ora se cuida, porquanto cada 
uma dessas causas versa sobre autoridades públicas diferentes (Ministros de Estado e Prefeitos), 
normas específicas de regência dos crimes de responsabilidade (Lei nº 1.079/1950 e Decreto-Lei nº 
201/1967) e regramento constitucional próprio de cada autoridade. E tem sido frequentes recursos 
acerca da mesma matéria, de intuitivo interesse político e social. 
Ademais, ressalto o fato relevante de que a Rcl nº 2.138 foi decidida por escassa maioria de apenas 
um voto, sem que cinco dos atuais Ministros, AYRES BRITTO, RICARDO LEWANDOWSKI, DIAS 
TOFFOLI, LUIZ FUX e ROSA WEBER, tenham votado sobre o mérito, em razão de já o terem feito os 
antecessores. 
A questão, portanto, transcende os limites subjetivos da causa, apresentando relevância política, jurídica e 
social, de modo que sua decisão produzirá inevitável repercussão de ordem geral. 
3. Ante o exposto, considero presente a repercussão geral da questão. 
Brasília, 9 de agosto de 2012. 
Ministro Cezar Peluso 
Manifestação do Ministério Público Federal 
Recurso extraordinário com repercussão geral. Prefeito e improbidade administrativa. Não há obstáculo 
jurídico a que o Prefeito, que responde por crime de responsabilidade nos termos do Decreto-Lei nº 
201/67, seja processado e punido segundo a Lei nº 8.429/91. 
STATUS EM 11.12.2014: CONCLUSOS AO RELATOR 
 
Agravo Regimental na Ação Cautelar 3.585/RS 
E M E N T A: “MEDIDA CAUTELAR INOMINADA INCIDENTAL” – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – 
AGENTE POLÍTICO – COMPORTAMENTO ALEGADAMENTE OCORRIDO NO EXERCÍCIO DE 
MANDATO DE GOVERNADOR DE ESTADO – POSSIBILIDADE DE DUPLA SUJEIÇÃO TANTO AO 
REGIME DE RESPONSABILIZAÇÃO POLÍTICA, MEDIANTE “IMPEACHMENT” (LEI Nº 1.079/50), 
DESDE QUE AINDA TITULAR DE REFERIDO MANDATO ELETIVO, QUANTO À DISCIPLINA 
NORMATIVA DA RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LEI Nº 
8.429/92) – EXTINÇÃO SUBSEQUENTE DO MANDATO DE GOVERNADOR DE ESTADO – EXCLUSÃO 
DO REGIME FUNDADO NA LEI Nº 1.079/50 (ART. 76, PARÁGRAFO ÚNICO) – PLEITO QUE OBJETIVA 
EXTINGUIR PROCESSO CIVIL DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, EM RAZÃO DE, À ÉPOCA DOS 
FATOS, A AUTORA OSTENTAR A QUALIDADE DE CHEFE DO PODER EXECUTIVO – LEGITIMIDADE, 
CONTUDO, DE APLICAÇÃO, A EX-GOVERNADOR DE ESTADO, DO REGIME JURÍDICO FUNDADO 
NA LEI Nº 8.429/92 – DOUTRINA – PRECEDENTES – REGIME DE PLENA RESPONSABILIDADE DOS 
AGENTES ESTATAIS, INCLUSIVE DOS AGENTES POLÍTICOS, COMO EXPRESSÃO NECESSÁRIA DO 
PRIMADO DA IDEIA REPUBLICANA – O RESPEITO À MORALIDADE ADMINISTRATIVA COMO 
PRESSUPOSTO LEGITIMADOR DOS ATOS GOVERNAMENTAIS – PRETENSÃO QUE, SE ACOLHIDA, 
TRANSGREDIRIA O DOGMA REPUBLICANO DA RESPONSABILIZAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS – 
DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO À AÇÃO CAUTELAR – INTERPOSIÇÃO DE RECURSO DE 
AGRAVO – PARECER DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA POR SEU IMPROVIMENTO – 
RECURSO DE AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 
Decisão UNÂNIME da Segunda Turma do STF, Rel. Min. Celso de Mello, pubicada em 28.10.2014 
2) É possível o ajuizamento da ação civil de IA apenas em face do particular? 
Primeira Turma 
DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
AJUIZADA APENAS EM FACE DE PATICULAR. 16 Não é possível o ajuizamento de ação de 
improbidade administrativa exclusivamente em face de particular, sem a concomitante presença de 
agente público no polo passivo da demanda. De início, ressalta-se que os particulares estão sujeitos 
aos ditames da Lei 8.429/1992 (LIA), não sendo, portanto, o conceito de sujeito ativo do ato de 
improbidade restrito aos agentes públicos. Entretanto, analisando-se o art. 3º da LIA, observa-se que o 
particular será incurso nas sanções decorrentes do ato ímprobo nas seguintes circunstâncias: a) induzir, 
ou seja, incutir no agente público o estado mental tendente à prática do ilícito; b) concorrer juntamente 
com o agente público para a prática do ato; e c) quando se beneficiar, direta ou indiretamente do ato ilícito 
praticado pelo agente público. Diante disso, é inviável o manejo da ação civil de improbidade 
exclusivamente contra o particular. Precedentes citados: REsp 896.044-PA, Segunda Turma, DJe 
19/4/2011; REsp 1.181.300-PA, Segunda Turma, DJe 24/9/2010. REsp 1.171.017-PA, Rel. Min. Sérgio 
Kukina, julgado em 25/2/2014 (Informativo nº 535-STJ). 
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Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos. 
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-
se-á o integral ressarcimento do dano. 
(FCC_TRE-CE_2012_TJAA) Nos termos da Lei no 8.429/1992, dar-se-á o integral ressarcimento do dano ao erário, se 
houver lesão ao patrimônio público por conduta 
(A) comissiva ou omissiva, exclusivamente dolosa, praticada por agente público ou terceiro. 
(B) exclusivamente omissiva e dolosa, praticada tão somente por agente público. 
(C) exclusivamente comissiva e culposa, praticada por agente público ou terceiro. 
(D) comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa, praticada por agente público ou terceiro. 
(E) exclusivamente comissiva, dolosa ou culposa, praticada tão somente por agente público. 
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores 
acrescidos ao seu patrimônio. 
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, 
caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a 
indisponibilidade dos bens do indiciado. 
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral 
ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. 
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3) À LUZ DA REDAÇÃO DO ART. 7º, CABE DECRETAÇÃO DE INDISPONIBILIDADE DE BENS NA 
HIPÓTESE DE LESÃO AOS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA? CUIDADO! FCC X CESPE!! 
Informativo 523/STJ 
DIREITO ADMINISTRATIVO. INDISPONIBILIDADE DE BENS NA HIPÓTESE DE ATO DE 
IMPROBIDADE QUE ATENTE CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
No caso de improbidadeadministrativa, admite-se a decretação da indisponibilidade de bens também 
na hipótese em que a conduta tida como ímproba se subsuma apenas ao disposto no art. 11 da Lei 
8.429/1992, que trata dos atos que atentam contra os princípios da administração pública. Precedentes 
citados: AgRg no REsp 1.311.013-RO, Segunda Turma, julgado em 4/12/2012. AgRg no REsp 1.299.936-
RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 18/4/2013 
4) SOBRE QUAL VALOR DEVE RECAIR A INDISPONIBILIDADE DE BENS? 
ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. INDISPONIBILIDADE DE BENS. POSSIBILIDADE. DILAPIDAÇÃO 
PATRIMONIAL. PERICULUM IN MORA PRESUMIDO NO ART. 7º DA LEI N. 8.429/92. 
INDIVIDUALIZAÇÃO DE BENS. DESNECESSIDADE. 
(...) 
4. Esta Corte Superior tem entendimento pacífico no sentido de que a indisponibilidade de bens deve 
recair sobre o patrimônio dos réus em ação de improbidade administrativa, de modo suficiente a garantir 
o integral ressarcimento de eventual prejuízo ao erário, levando-se em consideração, ainda, o valor 
de possível multa civil como sanção autônoma. 
5. Portanto, em que pese o silêncio do art. 7º da Lei n. 8.429/92, uma interpretação sistemática que leva 
em consideração o poder geral de cautela do magistrado induz a concluir que a medida cautelar de 
indisponibilidade dos bens também pode ser aplicada aos atos de improbidade administrativa que 
impliquem violação dos princípios da administração pública, mormente para assegurar o integral 
ressarcimento de eventual prejuízo ao erário, se houver, e ainda a multa civil prevista no art. 12, III, da Lei 
n. 8.429/92. 
5) QUAIS SÃO OS REQUISITOS NJHJPARA A CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR DE 
INDISPONIBILIDADE? 
6. Em relação aos requisitos para a decretação da medida cautelar, é pacífico nesta Corte Superior o 
entendimento segundo o qual o periculum in mora, em casos de indisponibilidade patrimonial por 
imputação ato de improbidade administrativa, é implícito ao comando normativo do art. 7º da Lei n. 
8.429/92, ficando limitado o deferimento desta medida acautelatória à verificação da 
verossimilhança das alegações formuladas na inicial. 
Agravo regimental improvido. 
AgRg no REsp 1.311.013/RO, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, publicado em 13.12.2012 
6) QUAIS BENS PODEM SOFRER CONSTRIÇÃO EM VIRTUDE DA MEDIDA CAUTELAR DE 
INDISPONIBILIDADE? 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AÇAO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 
VIOLAÇAO DOS ARTS. 165, 458, II, E 535, II, DO CPC NAO CARACTERIZADA. DISSÍDIO 
JURISPRUDENCIAL. INOBSERVÂNCIA DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS E REGIMENTAIS. 
INDISPONIBILIDADE DE BENS. ART. 7º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI 8.429/1992. REQUISITOS PARA 
CONCESSAO. LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS. BENS ADQUIRIDOS ANTES OU DEPOIS DOS 
FATOS ÍMPROBOS. BEM DE FAMÍLIA. POSSIBILIDADE. 
(...) 
6. É admissível a concessão de liminar inaudita altera pars para a decretação de indisponibilidade e 
sequestro de bens, visando assegurar o resultado útil da tutela jurisdicional, qual seja, o ressarcimento 
ao Erário. Precedentes do STJ. 
7. A jurisprudência é pacífica pela possibilidade de a medida constritiva em questão recair sobre bens 
adquiridos antes ou depois dos fatos descritos na inicial. 
8. O caráter de bem de família de imóvel não tem a força de obstar a determinação de sua 
indisponibilidade nos autos de ação civil pública, pois tal medida não implica em expropriação do 
bem. Precedentes desta Corte. 
9. Recurso especial parcialmente conhecido e não provido. 
REsp 1.204.794/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 16.05.2013. 
****CUIDADO! TEMOS MUDANÇA AQUI!!**** 
Primeira Turma 
DIREITO ADMINISTRATIVO. INDISPONIBILIDADE DE BENS EM AÇÃO DE IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA. 
Os valores investidos em aplicações financeiras cuja origem remonte a verbas trabalhistas não 
podem ser objeto de medida de indisponibilidade em sede de ação de improbidade administrativa. 
Isso porque a aplicação financeira das verbas trabalhistas não implica a perda da natureza salarial destas, 
uma vez que o seu uso pelo empregado ou trabalhador é uma defesa contra a inflação e os infortúnios. 
Ademais, conforme entendimento pacificado no STJ, a medida de indisponibilidade de bens deve 
recair sobre a totalidade do patrimônio do acusado, excluídos aqueles tidos como impenhoráveis. 
Desse modo, é possível a penhora do rendimento da aplicação, mas o estoque de capital investido, de 
natureza salarial, é impenhorável. REsp 1.164.037-RS, Rel. Min. Sérgio Kukina, Rel. para acórdão Min. 
Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 20/2/2014 (Informativo nº 539-STJ). 
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(FCC_TRF_02_2012_AJAA) Quando o ato de improbidade administrativa causar lesão ao patrimônio público ou 
ensejar enriquecimento ilícito, cabe à autoridade administrativa responsável pelo inquérito 
(A) encaminhá-lo ao Tribunal ou Conselho de Contas para que requeira o sequestro dos bens do indiciado. 
(B) requerer ao Ministério Público o ajuizamento da ação popular face ao indiciado. 
(C) representar à autoridade policial para a prisão preventiva do indiciado e o confisco de bens do indiciado. 
(D) requerer ao juiz competente que proceda à indisponibilidade de bens do indiciado. 
(E) representar ao Ministério Público para a indisponibilidade dos bens do indiciado. 
(FCC_TRT-06_2012_AJEM) De acordo com a Lei nº 8.429/92, os atos de improbidade administrativa 
(A) que causem enriquecimento ilícito ou lesão ao patrimônio público ensejam a possibilidade de obter a 
indisponibilidade de bens do indiciado. 
(B) somente podem ser considerados lesivos ao patrimônio público quando decorrentes de conduta dolosa do agente. 
(C) permitem a aplicação de sanções pecuniárias apenas na hipótese de ensejarem enriquecimento ilícito. 
(D) que atentem contra os princípios da Administração pública pressupõem, como sujeito ativo, agente público. 
(E) que ensejam lesão ao patrimônio público pressupõem o enriquecimento ilícito pelo agente público. 
(FCC_TRT-16_2014_OJAF) Justino praticou ato de improbidade administrativa que atentou contra os princípios da 
Administração pública. Marcio praticou ato de improbidade administrativa que importou em enriquecimento ilícito. 
Tonico praticou ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário. Nos termos da Lei nº 8.429/92, o 
Ministério Público, ao propor as respectivas ações de improbidade, poderá requerer a medida de indisponibilidade de 
bens contra 
(A) Marcio e Tonico, apenas. 
(B) Justino, Marcio e Tonico. 
(C) Tonico, apenas. 
(D) Marcio, apenas. 
(E) Marcio e Justino, apenas. 
(FCC_TRT-19_2014_AJAA) Emerson, agente público, está respondendo a uma ação de improbidade administrativa 
movida pelo Ministério Público. Segundo a petição inicial da ação, Emerson teria deixado de prestar contas quando 
estava obrigado a fazer. 
Em razão disso, o Ministério Público requereu a indisponibilidade de seus bens, o que foi indeferido pelo juiz sob o 
fundamento de que o ato ímprobo em questão não causou prejuízo ao erário ou mesmo enriquecimento ilícito. A 
propósito do tema e nos termos da Lei no 8.429/92, 
(A) não está correta a decisão do juiz, pois o ato ímprobo em questão comporta o pedido de indisponibilidade de 
bens, não importando se inexistiu prejuízo ao erário ou enriquecimento ilícito. 
(B) pela descrição da conduta, sequer existe ato ímprobo, logo, o juiz deveria ter rejeitado de plano a petição inicial. 
(C) não está correta a decisão do juiz, pois a indisponibilidade de bens é cabível para qualquer ato ímprobo e em 
qualquer circunstância, sempre visando o interesse público. 
(D) está correta a decisão do juiz, pois não é cabível, na hipótese narrada, a medida de indisponibilidade de bens. 
(E) pela descrição doenunciado, foi praticada conduta expressamente prevista na lei como ato ímprobo que importa 
enriquecimento ilícito; logo, o juiz deveria ter deferido a indisponibilidade de bens. 
(CESPE_TRT-17_2013_OJAF) Considerando que o presidente de determinado TRT tenha nomeado sua esposa, 
ocupante de cargo de provimento efetivo do próprio TRT, para exercer função de confiança diretamente vinculada a 
ele, julgue o item a seguir. 
Nessa situação hipotética, o presidente do TRT poderá responder por ato de improbidade administrativa, estando 
sujeito, respeitados os requisitos legais, a medida cautelar consistente na declaração de indisponibilidade de seus 
bens. CERTO 
(CESPE_BACEN_2013_Procurador) Considere que o MP postule, em ação referente a improbidade administrativa, a 
decretação da indisponibilidade de bens do indiciado, em razão da prática de ato lesivo ao patrimônio público. Nessa 
situação, a medida poderá recair sobre os bens, inclusive os de família, que o indiciado tenha adquirido antes ou 
depois dos fatos descritos na inicial. CERTO 
(CESPE_DPE-DF_2013_Defensor Público) A decretação de indisponibilidade de bens em decorrência da apuração de 
atos de improbidade administrativa deve limitar-se à constrição dos bens necessários ao ressarcimento integral do 
dano, não atingindo os bens adquiridos antes do suposto ato de improbidade. ERRADO 
(CESPE_TELEBRAS_2013_Advogado) Em sede de improbidade administrativa, tem entendido o STJ, que a 
indisponibilidade dos bens é medida de cautela que visa a assegurar a indenização aos cofres públicos, sendo 
necessária, para respaldá-la, a existência de fortes indícios de responsabilidade na prática de ato de improbidade que 
cause dano ao erário (fumus boni iuris), sendo reputado implícito o periculum in mora. CERTO 
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às 
cominações desta lei até o limite do valor da herança. 
(FCC_TRT-11_2012_AJAA) No curso de determinada ação de improbidade administrativa, um dos réus vem a falecer, 
razão pela qual, é chamado a intervir na lide, seu único sucessor Felipe, empresário do ramo hoteleiro. Ao final da 
demanda, todos os réus são condenados pela prática de ato ímprobo previsto no artigo 11, da Lei nº 8.429/1992 
(violação aos princípios da Administração Pública), sendo-lhes impostas as seguintes sanções: ressarcimento integral 
do dano, perda da função pública e suspensão dos direitos políticos por cinco anos. Nesse caso, Felipe 
(A) responderá apenas pelo ressarcimento do dano, devendo arcar, obrigatoriamente, com a reposição integral do 
prejuízo causado ao erário. 
(B) estará sujeito à suspensão dos direitos políticos e ao ressarcimento integral do dano. 
(C) não está sujeito às cominações previstas na Lei de Improbidade Administrativa. 
(D) estará sujeito às três sanções impostas. 
(E) responderá apenas pelo ressarcimento do dano, até o limite do valor da herança. 
(CESPE_MC_2013_Direito) Se um agente público, que tiver enriquecido ilicitamente, vier a falecer no decorrer de um 
processo administrativo relativo a ato de improbidade contra a administração pública, os sucessores desse agente 
passarão a responder pela atitude praticada por ele, mas a responsabilidade será limitada ao quinhão no valor da 
herança. CERTO 
CAPÍTULO II 
Dos Atos de Improbidade Administrativa 
Seção I 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito 
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de 
vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas 
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: 
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou 
indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que 
possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; 
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou 
imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado; 
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público 
ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; 
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de 
propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de 
servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades; 
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de 
jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou 
aceitar promessa de tal vantagem; 
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição 
ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou 
característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; 
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer 
natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público; 
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou 
jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições 
do agente público, durante a atividade; 
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; 
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência 
ou declaração a que esteja obrigado; 
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo 
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; 
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades 
mencionadas no art. 1° desta lei. 
Seção II 
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário 
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou 
culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das 
entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: 
______________________________________________________________________________________________ 
7) CONFIGURA-SE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ATRAVÉS DOS ELEMENTOS 
SUBJETIVOS DOLO/CULPA? 
STJ 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO 
ESPECIAL. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA. 
LESÃO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO. CULPA. SÚMULA 83/STJ. ANÁLISE DOS ELEMENTOS 
CARACTERIZADORES DO ATO DE IMPROBIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. 
(...) 
2. A configuração dos atos de improbidade administrativa previstos no art. 10 da Lei de Improbidade 
Administrativa (atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário), à luz da atual 
jurisprudência do STJ, exige a presença do efetivo dano ao erário (critério objetivo) e, ao menos, 
culpa, o mesmo não ocorrendo com os tipos previstos nos arts. 9º e 11 da mesma Lei (enriquecimento 
ilícito e atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da administração pública), os 
quais seprendem ao elemento volitivo do agente (critério subjetivo), exigindo-se o dolo. 
(...) 
AgRg no AREsp 374.913/BA, Segunda Turma, Rel. Min. Og Fernandes, publicado em 11.04.2014. 
***CUIDADO COM UMA HIPÓTESE ESPECÍFICA TRAZIDA PELA JURISPRUDÊNCIA DO STJ!!!*** 
Segunda Turma 
DIREITO ADMINISTRATIVO. PREJUÍZO AO ERÁRIO IN RE IPSA NA HIPÓTESE DO ART. 10, VIII, DA 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 
É cabível a aplicação da pena de ressarcimento ao erário nos casos de ato de improbidade 
administrativa consistente na dispensa ilegal de procedimento licitatório (art. 10, VIII, da Lei 
8.429/1992) mediante fracionamento indevido do objeto licitado. De fato, conforme entendimento 
jurisprudencial do STJ, a existência de prejuízo ao erário é condição para determinar o ressarcimento 
ao erário, nos moldes do art. 21, I, da Lei 8.429/1992 (REsp 1.214.605-SP, Segunda Turma, DJe 
13/6/2013; e REsp 1.038.777-SP, Primeira Turma, DJe 16/3/2011). No caso, não há como concluir pela 
inexistência do dano, pois o prejuízo ao erário é inerente (in re ipsa) à conduta ímproba, na medida em 
que o Poder Público deixa de contratar a melhor proposta, por condutas de administradores. Precedentes 
citados: REsp 1.280.321-MG, Segunda Turma, DJe 9/3/2012; e REsp 817.921-SP, Segunda Turma, DJe 
6/12/2012. REsp 1.376.524-RJ, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 2/9/2014 (Informativo nº 549-
STJ). 
_____________________________________________________________________________________ 
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, 
de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; 
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes 
do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou 
regulamentares aplicáveis à espécie; 
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou 
assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta 
lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; 
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades 
referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; 
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado; 
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente 
ou inidônea; 
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares 
aplicáveis à espécie; 
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades 
sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente; (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) 
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; 
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do 
patrimônio público; 
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua 
aplicação irregular; 
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; 
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer 
natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o 
trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades. 
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da 
gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) 
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar 
as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) 
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular de pessoa física ou 
jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidades privadas 
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à 
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos 
transferidos pela administração pública a entidade privada mediante celebração de parcerias, sem a observância das 
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das formalidades 
legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
XIX - frustrar a licitude de processo seletivo para celebração de parcerias da administração pública com entidades 
privadas ou dispensá-lo indevidamente; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
XX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das prestações de contas de parcerias firmadas pela 
administração pública com entidades privadas; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas sem a estrita 
observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.” (NR) (Incluído pela 
Lei nº 13.019, de 2014) 
(CESPE_TJ-SE_2014_Técnico) Conforme a recente jurisprudência do STJ, para a configuração dos atos de 
improbidade administrativa que causem lesão ao erário previstos na Lei de Improbidade Administrativa, exige-se 
comprovação de efetivo dano ao erário e de culpa, ao menos em sentido estrito. CERTO 
(CESPE_FUB_2014_Conhecimentos básicos) Considere que um administrador público tenha realizado a dispensa 
irregular de licitação para a compra de canetas. Nesse caso, considerando-se a dispensa indevida de procedimento 
licitatório, segundo entendimento do STJ, o administrador público poderá responder por ato de improbidade 
administrativa, ainda que o preço tenha sido compatível ao de mercado e não tenha havido benefício a qualquer 
pessoa. ERRADO 
(FGV_OAB_2014_XIII Exame de Ordem) Após conclusão de licitação do tipo menor preço, conduzida por uma 
autarquia federal para a contratação de serviços de limpeza predial, sagrou-se vencedora a sociedade “LYMPA”, que 
ofereceu a melhor proposta. O dirigente da autarquia, entretanto, deixou de adjudicar o objeto à sociedade 
vencedora e contratou com outra sociedade, pertencente ao seu genro, para realizar o serviço por um preço mais 
baixo do que o oferecido pela sociedade vencedora. O Ministério Público ajuizou ação de improbidade contra o 
dirigente da autarquia. 
A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
(A) A improbidade administrativa não está configurada, uma vez que não restou configurado enriquecimento do 
agente público. 
(B) O resultado da ação de improbidade dependerá da apuração financeira de eventual prejuízo aos cofres do ente 
público. 
(C) A propositura da ação de improbidade é admissível, ainda que não haja prejuízo ao erário e nem enriquecimento 
do agente público. 
(D) A ação de improbidade somente é aceita em relação aos atos expressamente tipificados na Lei nº 8.429/1992, o 
que não atinge a contratação direta sem licitação. 
 
Seção IIIDos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer 
ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e 
notadamente: 
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; 
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; 
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; 
IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
V - frustrar a licitude de concurso público; 
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de 
medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço. 
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e aprovação de contas de parcerias firmadas pela 
administração pública com entidades privadas.” (NR) (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) 
______________________________________________________________________________________________ 
8) QUAL É O TIPO DE DOLO PREVISTO NO ART. 11 DA LIA? 
ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE. ELEMENTO SUBJETIVO. CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE 
TRANSPORTE SEM LICITAÇÃO. ATO ÍMPROBO POR ATENTADO AOS PRINCÍPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO. APLICAÇÃO 
DAS SANÇÕES. 
(...) 
2. Conforme já decidido pela Segunda Turma do STJ (REsp 765.212/AC), o elemento subjetivo, 
necessário à configuração de improbidade administrativa censurada nos termos do art. 11 da Lei 
8.429/1992, é o dolo genérico de realizar conduta que atente contra os princípios da Administração 
Pública, não se exigindo a presença de dolo específico. 
3. Para que se concretize a ofensa ao art. 11 da Lei de Improbidade, revela-se dispensável a comprovação 
de enriquecimento ilícito do administrador público ou a caracterização de prejuízo ao Erário. 
(...) 
9) EVENTUAL MULTA CIVIL APLICADA TRANSMITE-SE AOS HERDEIROS DE QUEM FOI 
CONDENADO POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA? 
8. Consoante o art. 8º da Lei de Improbidade Administrativa, a multa civil é transmissível aos herdeiros, 
"até o limite do valor da herança", somente quando houver violação aos arts. 9° e 10° da referida lei 
(dano ao patrimônio público ou enriquecimento ilícito), sendo inadmissível quando a condenação se 
restringir ao art. 11. 
9. Como os réus foram condenados somente com base no art. 11 da Lei da Improbidade Administrativa, é 
ilegal a transmissão da multa para os sucessores do de cujus, mesmo nos limites da herança, por violação 
ao art. 8º do mesmo estatuto. 
10. Recurso Especial parcialmente provido para reduzir a sanção de proibição de contratar e receber 
subsídios públicos e afastar a transmissão mortis causa da multa civil. 
STJ, REsp 951.389-SC, Primeira Secao, Rel. Min. Herman Benjamin, publicado em 04.05.2011. 
10) LEI MUNICIPAL QUE AUTORIZA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE SERVIDORES PÚBLICOS 
– CONFIGURAÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA? 
ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CONTRATAÇÃO DE SERVIDORES 
TEMPORÁRIOS. AUSÊNCIA DE DOLO GENÉRICO. 
1. Trata-se, na origem, de Ação Civil Pública contra ex-prefeito de Município por contratação irregular de 
28 servidores públicos por meio de contratos administrativos temporários constantemente renovados. 
2. A sentença de improcedência foi mantida pelo Tribunal a quo. 
3. O dolo, ainda que genérico, é elemento essencial dos tipos previstos nos arts. 9º e 11 da Lei 8.429/92. 
4. O STJ, em situações semelhantes, entende ser "difícil identificar a presença do dolo genérico do 
agravado, se sua conduta estava amparada em lei municipal que, ainda que de constitucionalidade 
duvidosa, autorizava a contratação temporária dos servidores públicos". Precedentes: AgRg no 
AgRg no REsp 1191095/SP, Segunda Turma, Rel. Ministro Humberto Martins, DJe 25.11.2011 e AgRg no 
Ag 1.324.212/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe 13.10.2010. 
5. Recurso Especial não provido. 
REsp 1.231.150/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, publicado em 12.04.2012. 
11) Requisitos para a configuração de Improbidade Administrativa no art. 11: 
Primeira Turma 
DIREITO ADMINISTRATIVO. REQUISITO PARA A CONFIGURAÇÃO DE ATO DE IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA QUE ATENTE CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
Para a configuração dos atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da 
administração pública (art. 11 da Lei 8.429/1992), é dispensável a comprovação de efetivo prejuízo 
aos cofres públicos. De fato, o art. 21, I, da Lei 8.429/1992 dispensa a ocorrência de efetivo dano ao 
patrimônio público como condição de aplicação das sanções por ato de improbidade, salvo quanto à pena 
de ressarcimento. Precedentes citados: REsp 1.320.315-DF, Segunda Turma, DJe 20/11/2013; e AgRg 
nos EDcl no AgRg no REsp 1.066.824-PA, Primeira Turma, DJe 18/9/2013. REsp 1.192.758-MG, Rel. 
originário Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Sérgio Kukina, julgado em 4/9/2014 
(Informativo nº 547). 
Primeira Turma 
DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. NÃO CONFIGURAÇÃO DE ATO DE IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA. 
Não configura improbidade administrativa a contratação, por agente político, de parentes e afins 
para cargos em comissão ocorrida em data anterior à lei ou ao ato administrativo do respectivo 
ente federado que a proibisse e à vigência da Súmula Vinculante 13 do STF. A distinção entre 
conduta ilegal e conduta ímproba imputada a agente público ou privado é muito antiga. A ilegalidade e a 
improbidade não são situações ou conceitos intercambiáveis, cada uma delas tendo a sua peculiar 
conformação estrita: a improbidade é uma ilegalidade qualificada pelo intuito malsão do agente, atuando 
com desonestidade, malícia, dolo ou culpa grave. A confusão conceitual que se estabeleceu entre a 
ilegalidade e a improbidade deve provir do caput do art. 11 da Lei 8.429/1992, porquanto ali está apontada 
como ímproba qualquer conduta que ofenda os princípios da Administração Pública, entre os quais se 
inscreve o da legalidade (art. 37 da CF). Mas nem toda ilegalidade é ímproba. Para a configuração de 
improbidade administrativa, deve resultar da conduta enriquecimento ilícito próprio ou alheio (art. 9º da Lei 
8.429/1992), prejuízo ao Erário (art. 10 da Lei 8.429/1992) ou infringência aos princípios nucleares da 
Administração Pública (arts. 37 da CF e 11 da Lei 8.429/1992). A conduta do agente, nos casos dos arts. 
9º e 11 da Lei 8.429/1992, há de ser sempre dolosa, por mais complexa que seja a demonstração desse 
elemento subjetivo. Nas hipóteses do art. 10 da Lei 8.429/1992, cogita-se que possa ser culposa. Em 
nenhuma das hipóteses legais, contudo, se diz que possa a conduta do agente ser considerada apenas do 
ponto de vista objetivo, gerando a responsabilidade objetiva. Quando não se faz distinção conceitual entre 
ilegalidade e improbidade, ocorre a aproximação da responsabilidade objetiva por infrações. Assim, ainda 
que demonstrada grave culpa, se não evidenciado o dolo específico de lesar os cofres públicos ou de 
obter vantagem indevida, bens tutelados pela Lei 8.429/1992, não se configura improbidade administrativa. 
REsp 1.193.248-MG, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 24/4/2014 (Informativo nº 540-
STJ). 
_____________________________________________________________________________________ 
(FCC_TRT-19_2014_AJAA) Francisco, servidor público federal, está sendo processado em ação de improbidade 
administrativa. Segundo o Ministério Público, autor da demanda, Francisco teria ordenado a realização de despesas 
não autorizadas em lei. Paraque Francisco seja condenado pela Justiça, deve ficar provado que sua conduta foi 
(A) necessariamente dolosa, não sendo necessária a prova de eventual dano ao erário. 
(B) necessariamente culposa, não sendo necessária a prova de eventual dano ao erário. 
(C) necessariamente dolosa e causadora de dano ao erário. 
(D) dolosa ou culposa, não sendo necessária a prova de eventual dano ao erário. 
(E) dolosa ou culposa e causadora de prejuízo ao erário. 
(FCC_TRT-16_2014_AJAJ) Beltrano, agente público, foi processado por improbidade administrativa, haja vista ter 
praticado ato ímprobo que atenta contra os princípios da Administração pública. Em sua defesa, alega que agiu sem 
qualquer intenção de praticar o ato ímprobo, isto é, com conduta meramente culposa, razão pela qual pleiteou a 
improcedência da demanda. A tese de defesa de Beltrano, caso efetivamente comprovada, 
(A) constitui causa de agravamento das sanções previstas na Lei de Improbidade. 
(B) não afasta o ato ímprobo. 
(C) constitui causa de redução das sanções previstas na Lei de Improbidade. 
(D) afasta o ato ímprobo. 
(E) afasta única e exclusivamente a aplicação da sanção de suspensão dos direitos políticos. 
(FCC_TRT-16_2014_Técnico Enfermagem) O Sr. XYZ, Secretário Municipal de determinado Município do Estado do 
Maranhão, foi responsável pela contratação direta de quinze pessoas para trabalharem na Prefeitura, sem a 
realização do respectivo concurso público. Posteriormente, descobriu-se ilegal o procedimento adotado por XYZ, que 
atuou com imperícia no trato da coisa pblica, isto é, não agiu dolosamente. Diante disso, o Mistério Publico ingressou 
com ação de improbidade administrativa contra o Secretário. No caso narrado e nos termos da Lei no 8.429/1992, o 
Sr. XYZ 
(A) praticou ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito. 
(B) praticou ato ímprobo causador de prejuízo ao erário. 
(C) não praticou ato de improbidade, haja vista ser necessário o dolo para a caracterização do ato ímprobo narrado. 
(D) praticou ato ímprobo que atenta contra os princípios da Administração pública. 
(E) é parte ilegítima para figurar como ré em ação de improbidade. 
(FCC_TST_2012_AJAA) Considere as seguintes descrições de condutas: 
I. deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
II. perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; e 
III. frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente. 
São condutas descritas na Lei nº 8.429/92, como caracterizadoras de atos de improbidade administrativa que, 
respectivamente, 
(A) causam prejuízo ao erário; atentam contra os princípios da Administração Pública e importam enriquecimento 
ilícito. 
(B) importam enriquecimento ilícito; causam prejuízo ao erário e atentam contra os princípios da Administração 
Pública. 
(C) atentam contra os princípios da Administração Pública; causam prejuízo ao erário e importam enriquecimento 
ilícito. 
(D) atentam contra os princípios da Administração Pública; importam enriquecimento ilícito e causam prejuízo ao 
erário. 
(E) causam prejuízo ao erário; importam enriquecimento ilícito e atentam contra os princípios da Administração 
Pública. 
(FCC_TST_2012_AJAJ) NÃO descreve de modo completo uma conduta caracterizadora de improbidade 
administrativa, nos termos da Lei nº 8.429/92, 
(A) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de 
jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou 
aceitar promessa de tal vantagem. 
(B) perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público 
ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado. 
(C) adquirir bens imóveis, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública. 
(D) perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza. 
(E) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, 
providência ou declaração a que esteja obrigado. 
(FCC_TRT-06_2012_AJAJ) A respeito dos atos de improbidade administrativa é correto afirmar que 
(A) podem ter como sujeito passivo entidade para cuja criação ou custeio o erário concorra com menos de 50%, 
limitando-se, nesse caso, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre os cofres públicos. 
(B) pressupõem, para aplicação de sanções pecuniárias previstas na lei específica, cumulativamente, a ocorrência de 
prejuízo ao erário, enriquecimento ilícito e violação aos princípios da Administração pública. 
(C) possuem como sujeito ativo agentes públicos ou agentes políticos, exclusivamente, e como sujeito passivo 
entidades da Administração direta e indireta de todos os Poderes. 
(D) pressupõem, para aplicação das penalidades previstas na legislação própria, conduta comissiva com 
enriquecimento ilícito ou prejuízo ao erário e vínculo funcional ou eletivo do sujeito ativo com o poder público. 
(E) são aqueles praticados contra o patrimônio público ou de entidades que recebam recurso ou subvenção pública, 
desde que em montante superior a 50% do capital ou custeio. 
(FCC_MPE-PE_2012_Analista Área Jurídica) Norberto, Prefeito de Araripina, celebrou contrato para a prestação de 
serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei. A conduta narrada 
(A) constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública, pois não 
está previsto em lei, nem como ato de improbidade gerador de lesão ao erário, nem que importe em enriquecimento 
ilícito. 
(B) constitui ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito. 
(C) constitui ato de improbidade administrativa causador de prejuízo ao erário. 
(D) não constitui ato ímprobo, porém caracteriza conduta criminosa. 
(E) constitui mero ilícito administrativo. 
(FCC_TRE-SP_2012_AJAJ) Diretor-Presidente de determinada sociedade de economia mista firmou contrato para a 
execução de obra pública com empresas vencedoras dos correspondentes procedimentos licitatórios, instaurados 
para diferentes lotes do empreendimento. Posteriormente, restou comprovado conluio entre os licitantes, bem como 
o estabelecimento, no Edital, de condições de participação que objetivavam favorecer a determinados licitantes e 
propiciar o arranjo fraudulento. Em tal situação, às penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa 
(A) sujeitam-se apenas os licitantes que tenham praticado atos com o objetivo de fraudar o procedimento licitatório, 
desde que comprovado o dano ao erário. 
(B) sujeita-se apenas o Diretor-Presidente da sociedade de economia mista, desde que comprovada conduta dolosa 
ou enriquecimento ilícito. 
(C) sujeitam-se os agentes públicos e os particulares que tenham concorrido para a prática do ato ou dele tenham se 
beneficiado, direta ou indiretamente, independentemente de dano ao erário 
(D) sujeitam-se os agentes públicos e os particulares que tenham concorrido para a prática do ato ou dele tenham se 
beneficiado, desde que comprovado dano ao erário. 
(E) sujeitam-se apenas os agentes públicos que tenham concorrido, de forma ativa ou passiva, para a prática do ato 
ou dele tenham se beneficiado. 
(FGV_DPE-DF-2014_Analista) Francisco, servidor público titular de cargo efetivo municipal, lotado na secretaria 
municipal de administração, usou de seu cargo público para favorecer seu irmão André, que se preparava para 
prestar concurso para ingressar no serviço público municipal. Por trabalhar ao lado da sala da comissão de concurso, 
Francisco obteve com antecedência o gabarito das questões, passando talinformação privilegiada ao seu irmão, que 
fez as provas, foi o primeiro colocado e assim nomeado para o cargo de auxiliar administrativo. Descoberta a fraude, 
o Ministério Público ajuizou a ação pertinente por ato de improbidade administrativa porque a conduta contra os 
princípios da administração pública, violando os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às 
instituições, notadamente frustrou a licitude de concurso público. Sobre o caso em tela, é correto afirmar que: 
(A) embora a nomeação de André deva ser anulada por vício de legalidade e Francisco deva responder a processo 
administrativo disciplinar, não está configurado o ato de improbidade administrativa, porque não houve dano ao 
erário. 
(B) apenas Francisco pode ser responsabilizado por ato de improbidade administrativa, pois à época dos fatos André 
ainda não era funcionário público em sentido amplo, e o ato de nomeação de André deverá ser declarado nulo por 
vício de legalidade. 
(C) ambos (Francisco e André) deverão responder a ação penal por ato de improbidade administrativa, Francisco 
porque era servidor público à época dos fatos e André porque se beneficiou do ato, devendo a ação ser ajuizada na 
vara criminal. 
(D) dentre as sanções aplicáveis ao caso concreto, é possível o ressarcimento do dano, perda da função pública, 
cassação dos direitos políticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais. 
(E) a ação civil pública por ato de improbidade administrativa deverá ser ajuizada perante o juízo cível, e ambos os 
irmãos (Francisco e André) responderão independentemente da existência de dano ao erário. 
(VUNESP_TJ-SP_2014_Titular de Serviços de Notas e de Registros) Sobre a teoria geral da improbidade 
administrativa, assinale a alternativa correta. 
(A) A culpa é considerada possível à caracterização tanto do tipo infracional de prejuízo ao erário quanto ao de 
violação dos princípios da Administração Pública. 
(B) A prática de um ato, que simultaneamente tipifique improbidade administrativa e crime, implica em suspender a 
ação de improbidade até o julgamento definitivo da ação penal 
(C) Existe uma relação de subsunção entre os tipos de improbidade administrativa previstos como enriquecimento 
ilícito (art. 9.º da Lei n.º 8.429/92), prejuízo ao erário (art. 10) e violação aos princípios da Administração Pública (art. 
11), portanto, praticado um ato que abstratamente considerado qualifica os três tipos, deve-se imputar apenas o 
mais grave, o enriquecimento ilícito. 
(D) Improbidade administrativa é sinônimo de imoralidade administrativa 
(CESPE_TRT-08_2013_AJAA) Considerando o disposto na Lei de Improbidade Administrativa, assinale a opção 
correta. 
(A) Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público, caberá à autoridade administrativa 
responsável pelo inquérito determinar a indisponibilidade dos bens do indiciado. 
(B) Os atos de improbidade administrativa praticados por todas as categorias de agentes públicos, servidores ou não, 
serão punidos na forma da Lei de Improbidade Administrativa, estando o sucessor daquele que causar lesão ao 
patrimônio público sujeito às cominações dessa lei, até o limite da herança. 
(C) O agente que adquire para outrem, no exercício do mandato, bem cujo valor seja desproporcional à evolução do 
seu patrimônio ou renda pratica ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração 
pública. 
(D) O servidor que permite a utilização de veículo de propriedade do ente público em serviço particular pratica ato de 
improbidade que importa enriquecimento ilícito. 
(E) O servidor que, indevidamente, retardar a prática de ato de ofício não estará sujeito a qualquer sanção prevista 
na Lei de Improbidade, pois, segundo a legislação de regência, a conduta descrita como ato de improbidade que 
atenta contra os princípios da administração pública consiste em deixar de praticar ato de ofício. 
(CESPE_PG-DF_2013_Procurador) Presidente de autarquia estadual que deixar de prestar as contas anuais devidas 
responderá, desde que comprovada a sua má-fé e a existência de dano ao erário, pelo cometimento de ato de 
improbidade atentatório aos princípios da administração pública. ERRADO 
(CESPE_AGU_2013_Procurador) Se um agente público conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância 
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie, ficará caracterizado ato de improbidade 
administrativa, mesmo que o agente não tenha atuado de forma dolosa, ou seja, sem a intenção deliberada de 
praticar ato lesivo à administração pública. CERTO 
(CESPE_DPE-DF_2013_Defensor Público) Segundo entendimento do STJ, se o governo do DF, amparado em 
legislação local, realizar contratações temporárias de servidores sem concurso público, tal ação configurará, por si 
só, ato de improbidade administrativa. ERRADO 
(CESPE_PC-BA_2013_Delegado) Considere que um agente de polícia tenha utilizado uma caminhonete da polícia civil 
para transportar sacos de cimento para uma construção particular. Nesse caso, o agente cometeu ato de 
improbidade administrativa que importa em enriquecimento ilícito. CERTO 
(CESPE_PC-BA_2013_Investigador) A contratação temporária de servidores sem concurso público bem como a 
prorrogação desse ato amparadas em legislação local são consideradas atos de improbidade administrativa. 
ERRADO 
CAPÍTULO III 
Das Penas 
 Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está 
o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou 
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). 
 I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral 
do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de 
multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; 
 II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito 
anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou 
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa 
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; 
 III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos 
direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida 
pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três 
anos. 
 Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, 
assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. 
______________________________________________________________________________________________ 
12) A LIA possui aplicação retroativa? 
ADMINISTRATIVO. LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. APLICAÇÃO RETROATIVA A FATOS 
POSTERIORES À EDIÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. IMPOSSIBILIDADE.1. A Lei de Improbidade Administrativa não pode ser aplicada retroativamente para alcançar fatos 
anteriores a sua vigência, ainda que ocorridos após a edição da Constituição Federal de 1988. 
2. A observância da garantia constitucional da irretroatividade da lei mais gravosa, esteio da segurança 
jurídica e das garantias do cidadão, não impede a reparação do dano ao erário, tendo em vista que, de há 
muito, o princípio da responsabilidade subjetiva se acha incrustado em nosso sistema jurídico. 
REsp 1.129.121/GO, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, publicado em 15.03.2013. 
______________________________________________________________________________________________ 
 (FCC_TRT-19_2014_OJAF) Valentina, servidora pública, foi processada por improbidade administrativa, tendo em 
vista que celebrou contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária. Ao final do 
processo, Valentina foi condenada, dentre outras sanções, à suspensão dos direitos políticos por dez anos. A pena 
aplicada 
(A) está correta 
(B) é superior à prevista em lei para a espécie de ato ímprobo praticado. 
(C) é inferior à prevista em lei para a espécie de ato ímprobo praticado. 
(D) está incorreta, haja vista que a conduta em questão não caracteriza ato ímprobo. 
(E) está incorreta, pois o ato ímprobo praticado por Valentina não comporta tal espécie de sanção. 
(FCC_TRT-19_2014_AJAJ) Antônio, agente público, foi processado e condenado por improbidade administrativa. De 
acordo com a sentença condenatória, Antônio frustrou a licitude de importante concurso público que ocorreu em 
Maceió. Nos termos da Lei no 8.429/92, NÃO constitui sanção passível de ser aplicada a Antônio em razão do ato 
ímprobo cometido: 
(A) Ressarcimento integral do dano, se houver. 
(B) Suspensão dos direitos políticos por sete anos. 
(C) Perda da função pública. 
(D) Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de 
três anos. 
(E) Pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração de Antônio. 
(FCC_TRT-16_2014_TJAA) Matheus, servidor público, concedeu benefício administrativo sem a observância das 
formalidades legais aplicáveis à espécie e foi condenado por improbidade administrativa, tendo em vista o 
cometimento de ato ímprobo causador de lesão ao erário. A propósito do tema, considere as afirmativas abaixo: 
I. Comporta a medida de indisponibilidade de bens. 
II. Não tem como uma de suas sanções a condenação em multa civil. 
III. Admite conduta culposa. 
IV. Não atinge, em qualquer hipótese, o sucessor do agente ímprobo. 
Nos termos da Lei nº 8.429/1992 e tendo em vista as características e peculiaridades do ato ímprobo cometido por 
Matheus, está correto o que consta APENAS em 
(A) I e IV. 
(B) I, II e III. 
(C) II e IV. 
(D) II, III e IV. 
(E) I e III. 
(CESPE_TCE-ES_2013_Analista) Considere-se que, após o devido processo legal, determinado agente tenha sido 
condenado pela prática de ato de improbidade administrativa inserido no rol daqueles que atentam contra os 
princípios da administração pública. Entre as sanções impostas, restou estabelecida a proibição de ele receber do 
poder público benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. Quatro anos após a imposição da penalidade, a empresa 
da qual o referido agente era sócio minoritário requereu ao poder público o recebimento de certo incentivo fiscal, 
pedido que foi acolhido. Diante da situação hipotética apresentada, é correto afirmar que: 
(A) não poderá o agente receber a sanção da multa civil, dada a prática de ato de improbidade que atenta contra os 
princípios da administração pública. 
(B) a legislação aplicável, independentemente da participação do agente na sociedade, estabelece que a sanção 
imposta deve ter a duração de cinco anos, razão pela qual não poderia a administração pública ter concedido o 
incentivo à empresa. 
(C) a lei veda expressamente a concessão do benefício ou incentivo quando o agente tiver participação na empresa, 
ainda que na qualidade de sócio minoritário embora já tenha sido ultrapassado o prazo de incidência da sanção 
imposta, que é de dois anos para os atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da 
administração pública. 
(D) a administração pública agiu corretamente ao conceder o incentivo, visto que, à luz da legislação de regência, é 
de três anos o prazo de duração da sanção que lhe fora imposta, além do fato de não ser o agente sócio majoritário 
da empresa. 
(E) a sanção imposta pela administração pública foi irregular, visto que as condutas inseridas entre aquelas que 
atentam contra os princípios da administração não ensejam a incidência da sanção de proibição de receber do poder 
público benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
(CESPE_TRT-08_2013_OJAF) Com relação ao processo administrativo e à improbidade administrativa, assinale a 
opção correta à luz da jurisprudência do STJ e da Lei de Improbidade Administrativa. 
(A) As sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa podem ter aplicação retroativa. 
(B) A concessão de benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares 
aplicáveis à espécie configura hipótese elencada entre os atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao 
erário; sendo indispensável, para a configuração dessa hipótese, a demonstração de efetivo dano ao erário. 
(C) É dispensável a demonstração do dolo lato senso ou genérico para a caracterização do ato de improbidade 
administrativa por ofensa a princípios da administração pública. 
(D) A decretação de indisponibilidade de bens do indiciado condiciona-se à comprovação de dilapidação efetiva ou 
iminente de seu patrimônio. 
(E) É indispensável a prova do dano ao erário para que o servidor público responda pela prática de ato de 
improbidade que atente contra os princípios da administração pública. 
(CESPE_SEGESP-AL_2013_Papiloscopista) Caso determinado servidor revele fato sigiloso do qual tenha tido ciência 
em razão do exercício de suas atribuições, estará ele sujeito à perda da função pública, mas não à suspensão dos 
direitos políticos. ERRADO 
(CESPE_DEPEN_2013_Especialista) Na fixação das sanções por ato de improbidade administrativa, o juiz deve 
sempre levar em conta a extensão do dano causado e o proveito patrimonial obtido pelo agente que o praticou. 
CERTO 
(CESPE_MC_2013_Analista) As penas aplicadas ao agente público que cometer improbidade administrativa não 
poderão ser cumuladas. ERRADO 
(CESPE_MI_2013_Administrador) A sanção a ser aplicada ao administrador público que praticar ato que importe em 
enriquecimento ilícito e, ao mesmo tempo, cause prejuízo ao erário e atente contra os princípios da administração 
pública deverá ser equivalente à cumulação das penalidades previstas para esses três tipos de atos de improbidade. 
ERRADO 
CAPÍTULO IV 
Da Declaração de Bens 
 Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e 
valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. 
(Regulamento) (Regulamento) 
 § 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie 
de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores 
patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do 
declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico. 
 § 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do 
mandato, cargo, emprego ou função. 
 § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviçopúblico, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, 
o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. 
 § 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia 
da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com 
as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo . 
(CESPE_STF_2013_AJAJ) Considere que, alegando direito à privacidade, determinado servidor, ao tomar posse em 
cargo público, tenha negado entregar a devida declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio 
privado. Nessa situação, persistindo a recusa, o servidor poderá ser demitido a bem do serviço público. CERTO 
(CESPE_STF_2013_AJAJ) O ressarcimento integral do dano, em matéria de improbidade administrativa, dar-se-á se 
houver lesão ao patrimônio público por conduta comissiva ou omissiva, exclusivamente dolosa, praticada por agente 
público ou por terceiro. Nesse caso, caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao 
Ministério Público para a indisponibilidade dos bens do indiciado. ERRADO 
(CESPE_TJ-DF-2014_Juiz) A respeito da improbidade administrativa, assinale a opção correta. 
(A) Constitui ato de improbidade exercer atividade de consultoria para pessoa física que tenha interesse que possa 
ser amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade. 
(B) A declaração de bens deve ser apresentada tão somente por ocasião da posse e na data em que o agente público 
deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função pública. 
(C) Para a caracterização de ato de improbidade administrativa, dele deve decorrer lesão ao erário ou vantagem 
pessoal ao agente. 
(D) O administrador público que atrasa a entrega das contas públicas pratica ato de improbidade, 
independentemente da existência de dolo na espécie. 
(E) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público estará sujeito, até o limite da lesão, às cominações da 
Lei de Improbidade Administrativa. 
CAPÍTULO V 
Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial 
 Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada 
investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. 
 § 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do 
representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento. 
 § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as 
formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos 
termos do art. 22 desta lei. 
 § 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que, em 
se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de 
dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares. 
 Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas 
da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade. 
 Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar 
representante para acompanhar o procedimento administrativo. 
 Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à 
procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou 
terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. 
 § 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de 
Processo Civil. 
 § 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e 
aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais. 
_______________________________________________________________________________________________ 
13) A medida cautelar de sequestro é possível antes do início da ação civil de improbidade 
administrativa? 
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. MEDIDA CAUTELAR 
INCIDENTAL. INDISPONIBILIDADE E SEQÜESTRO DE BENS ANTES DO RECEBIMENTO ART. 7º DA 
LEI 8.429/1992. PERICULUM IN MORA PRESUMIDO. ENTENDIMENTO DA 1ª SEÇÃO DESTE 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 
1. A jurisprudência desta Corte Superior de Justiça é no sentido de que a decretação da 
indisponibilidade e do sequestro de bens em ação de improbidade administrativa é possível antes 
do recebimento da Ação Civil Pública. 
(...) 
AgRg no REsp 1.317.653/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, publicado em 
13.03.2013. 
_______________________________________________________________________________________________ 
 Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica 
interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar. 
 § 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput. 
 § 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do 
ressarcimento do patrimônio público. 
 § 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto 
no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. (Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996) 
 § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, 
sob pena de nulidade. 
 § 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que 
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) 
 § 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da existência do 
ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, 
observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
 § 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para 
oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de 
quinze dias. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
 § 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se 
convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita. 
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001) 
_______________________________________________________________________________________________ 
14) Recebida a manifestação do requerido e considerando que o Juiz esteja na dúvida – ele 
recebe ou rejeita a petição inicial da ação civil de IA? 
Primeira Turma 
DIREITO ADMINISTRATIVO. REQUISITOS PARA A REJEIÇÃO SUMÁRIA DE AÇÃO DE IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA (ART. 17, § 8º, DA LEI 8.429/1992). 
Após o oferecimento de defesa prévia prevista no § 7º do art. 17 da Lei 8.429/1992 – que ocorre antes 
do recebimento da petição inicial –, somente é possível a pronta rejeição da pretensão deduzida na 
ação de improbidade administrativa se houver

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