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O Princípio da Dignidade Humana e a Judicialização Efetiva

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Disciplina: Problemas Atuais de Teoria Geral do Estado
Tarefa 1.2.
Explique, à luz da judicialização efetiva e da aplicação do princípio da dignidade da pessoa humana, o papel exercido pelo STF no tocante às recentes questões complexas levadas a julgamento naquela Corte Suprema, como no caso de autorização de experiências científicas com células-tronco embrionárias.
A Carta Magna de 88, em seu Artigo 1º, III, instituiu como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, a dignidade da pessoa humana. 
Neste contexto, e, segundo Marcelo Novelino1, “os fundamentos devem ser compreendidos como os valores estruturantes de um Estado. A consagração expressa dos fundamentos da República Federativa do Brasil (CF, art. 1º., I a V), atribui a esses valores um especial significado dentro da ordem constitucional. Apesar de não terem hierarquia normativa, inexistente entre as normas de uma Constituição, possuem um elevado grau axiológico”. 
Ainda segundo referido autor, no âmbito da interpretação, os fundamentos atuam como princípios instrumentais em relação às demais normais do ordenamento jurídico, e, no momento de sua aplicação em um caso concreto, deve-se lhes atribuir um peso elevado na ponderação.
Ademais, o reconhecimento do princípio da dignidade humana como fundamento, é dizer que este se constitui na referência valorativa dos direitos fundamentais, delimitando, desse modo, o âmbito de sua matéria2.
No ordenamento jurídico vigente, o responsável por resguardar a Constituição, e aplicar seus princípios fundamentais, é o Supremo Tribunal Federal, órgão integrante do Poder Judiciário, e que, face à frustação da sociedade em relação às atuações parlamentares, principalmente em temas considerados polêmicos, como o da autorização de experiências científicas com células-troncos embrionárias, vinculado diretamente ao princípio da dignidade humana, assume o papel de protagonista no debate público, identificado por Viana Lopes como “Invasão do Direito”, no contexto da expansão do papel dos atores judiciais e da própria normatividade no quotidiano das práticas sociais.
Ao posicionar-se de forma política frente a temas que envolvem direitos fundamentais e interesses de minorias, o Judiciário passa a adotar um comportamento de judicialização efetiva, agindo como mecanismo de controle social.
No caso específico, o Supremo agiu como um “legislador”, ao decidir sobre um tema, que, por sua natureza, merecia um maior debate popular nas Casas Legislativas com a consequente tomada de decisão pelo Poder Executivo, competentes originariamente para tal procedimento.
No entanto, ao meu sentir, a judicialização efetiva nesse caso fora benéfica, por servir a longo prazo, de instrumento de aprimoramento para uma possível redefinição de competências entre Executivo, Legislativo e Judiciário, desde que sejam utilizadas em prol da evolução da sociedade e do avanço da ciência, em consonância com os fundamentos do País.
Bibliografia:
1.NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 6. ed. rev., atual. e ampl. Editora Método. São Paulo. 2012.
2. IDEM 1, página 383.
3.PROBLEMAS ATUAIS DA TEORIA GERAL DO ESTADO. Caderno de Estudos e Pesquisa. AVM FACULDADE INTEGRADA. Brasília. 2016. 
4.ALDO, Franco. O STF, a Judicialização Efetiva e a Dignidade Humana. http://espacobotequim.blogspot.com.br/2012/06/o-stf-judicializacao-efetiva-e.html. Acesso em: 28.03.2016, às 15h.

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