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Aula 00 
Curso: Direito Constitucional 
Professor: Jonathas de Oliveira 
 
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Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
Prof. Jonathas de Oliveira 2 de 130 
 www.exponencialconcursos.com.br 
 
Caros amigos, 
 
É com enorme prazer que inicio este curso aqui no Exponencial 
Concursos! Trata-se de um curso de Direito Constitucional de teoria, 
jurisprudência e questões comentadas para os cargos de Auditor Fiscal 
da Receita Estadual de Alagoas e Auditor de Finanças e Controle de 
Arrecadação da Fazenda Estadual de Alagoas. 
O edital acaba de ser publicado e não há tempo a perder! 
Para uma análise detida do concurso, englobando todas as disciplinas, 
deixo o link abaixo com um raio-x elaborado especialmente pela equipe do 
Exponencial. 
 
https://www.exponencialconcursos.com.br/icms-al-fiscal-alagoas-raio-x-edital 
 
Dito isso, passemos às apresentações. 
Meu nome é Jonathas de Oliveira, bacharel em Turismo e graduando em 
Direito, e minha história nos concursos se iniciou aos 23 anos, quando em 
2012, sem maior pretensão, fui aprovado para um concurso de nível municipal 
em Armação de Búzios (RJ). Alguns meses depois, dei início à minha 
preparação, focado desde o começo para a área fiscal. 
No início de 2013, fui aprovado para Analista de Fazenda da Secretaria 
de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro e, em outubro daquele ano, para 
Auditor Fiscal da Receita do Estado do Espírito Santo, em 3º lugar, 
cargo que exerço atualmente, atuando como Subgerente de Julgamento de 
Processos Administrativos Fiscais. 
Ao longo dos meus 11 meses de estudo como concurseiro, e com mais 
de 5 anos de atuação como professor para concursos, pude travar contato 
com diferentes materiais e metodologias e constatar a dificuldade que os 
candidatos – com as mais diversas formações – ao almejado cargo na 
administração pública encontram para conciliar, resumir e esquematizar 
conteúdos vastos e muitas vezes demasiadamente prolixos. 
É nesse sentido que a formatação deste curso visa a ser não apenas um 
instrumento de transmissão de informações com eficiência, eficácia e 
efetividade, mas também uma ferramenta metodológica ao amigo e à amiga 
concurseiros, contribuindo para que o estudo para concursos públicos seja 
feito com a maior praticidade possível, obtendo os melhores 
resultados, sem desperdício de tempo. 
APRESENTAÇÃO 
 
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Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
Prof. Jonathas de Oliveira 3 de 130 
 www.exponencialconcursos.com.br 
Nosso curso apresenta aproximadamente 150 mapas mentais 
(esquematizações, quadros e diagramas), a fim de estimular a fixação, 
assim como cerca de 350 questões comentadas, optando-se por aquelas 
que melhor representam o estilo do CESPE/CEBRASPE (nossa banca 
organizadora), tanto em relação à forma, quanto ao conteúdo. 
Vejamos o conteúdo programático da nossa disciplina conforme consta 
no atual edital: 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
1 Aplicabilidade das normas constitucionais. 1.1 Normas de eficácia plena, 
contida e limitada. 1.2 Normas programáticas. 2 Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988. 2.1 Princípios fundamentais. 2.2 Direitos e 
garantias fundamentais. 2.3 Organização político-administrativa do Estado. 
2.3.1 Estado federal brasileiro, União, estados, Distrito Federal, municípios e 
territórios. 2.4 Poder Executivo. 2.4.1 Atribuições e responsabilidades do 
presidente da República. 2.5 Poder Legislativo. 2.5.1 Estrutura. 2.5.2 
Funcionamento e atribuições. 2.5.3 Processo legislativo. 2.5.4 Fiscalização 
contábil, financeira e orçamentária. 2.5.5 Comissões parlamentares de 
inquérito. 2.6 Poder Judiciário. 2.6.1 Disposições gerais. 2.6.2 Órgãos do 
poder Judiciário. 2.6.2.1 Organização e competências, Conselho Nacional de 
Justiça. 2.7 Funções essenciais à justiça.3 Constituição do Estado de Alagoas. 
 
Por prudência, e para facilitar a organização e contextualização dos 
estudos, nenhum ponto será negligenciado. Estudaremos detidamente 
cada item. 
Pois bem. Vejamos como será estruturado nosso curso. 
 
 
Aula Tópico 
00 Introdução ao Direito Constitucional. O Direito Constitucional e os 
demais ramos do Direito. Estrutura da Constituição Federal de 1988. 
Aplicabilidade das normas constitucionais. Normas de eficácia plena, 
contida e limitada. Normas programáticas. Princípios fundamentais. 
Direitos e garantias fundamentais. Direito e deveres individuais e 
coletivos. 
01 Direitos sociais. Nacionalidade. Direitos políticos. Partidos políticos. 
02 Organização político-administrativa do Estado. Repartição de 
competências. Outros aspectos: Estados federados, Municípios, 
Distrito Federal e Territórios. 
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Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 00 
Prof. Jonathas de Oliveira 4 de 130 
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03 Poder Legislativo. Estrutura. Funcionamento e atribuições. Processo 
legislativo. Fiscalização contábil, financeira e orçamentária. 
Comissões parlamentares de inquérito. 
04 Poder Executivo. Atribuições e responsabilidades do presidente da 
República. 
05 Poder Judiciário. Disposições gerais. Órgãos do poder Judiciário. 
Organização e competências, Conselho Nacional de Justiça. 
06 Funções essenciais à Justiça. Ministério Público. Advocacia Pública. 
Advocacia. Defensoria Pública. 
07 Constituição do Estado de Alagoas. 
08 Resumão. 
 
* Confira o cronograma de liberação das aulas na página do curso no nosso site. 
 
Mãos à obra! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
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Sumário 
1- Introdução ao Direito Constitucional ............................................... 6 
2- O Direito Constitucional e os demais ramos do Direito .................... 8 
3- Estrutura da Constituição Federal de 1988 .................................... 10 
4- Princípios fundamentais ................................................................ 12 
5- Direitos e deveres individuais e coletivos. Eficácia, aplicação e 
aplicabilidade das normas constitucionais. O direito de petição. O 
habeas corpus. O mandado de segurança (individual e coletivo). O 
habeas data. O mandado de injunção (individual e coletivo). A ação 
popular. A ação civil pública. ............................................................. 19 
5.1 – Direitos fundamentais x Garantias fundamentais .............................. 20 
5.2 – Dimensões de direitos fundamentais ............................................... 21 
5.3 – Eficácia dos direitos fundamentais ..................................................25 
5.4 – Características dos direitos e garantias fundamentais ........................ 26 
5.5 – Proteção ao núcleo essencial dos direitos fundamentais, proibição do 
excesso e proibição da proteção insuficiente ............................................ 28 
5.6 – A teoria dos quatro status de Jellinek .............................................. 30 
5.7 – Eficácia, aplicação e aplicabilidade das normas constitucionais ........... 31 
5.8 – O art. 5º da Constituição Federal de 1988 ....................................... 35 
5.9 – O habeas corpus .......................................................................... 81 
5.10 – O mandado de segurança ............................................................ 84 
5.10.1 – Mandado de segurança individual ............................................... 85 
5.10.2 – Mandado de segurança coletivo ................................................. 87 
5.11 – O mandado de injunção (individual e coletivo) ................................ 88 
5.12 – O habeas data ............................................................................ 92 
5.13 – A ação popular ........................................................................... 94 
5.14 – A ação civil pública ..................................................................... 97 
6- Questões Comentadas ................................................................. 104 
7- Lista de Exercícios ....................................................................... 114 
8- Gabarito ...................................................................................... 129 
9- Referencial Bibliográfico.............................................................. 130 
 
Aula 00 – Introdução ao Direito Constitucional. Estrutura da 
Constituição Federal de 1988. Princípios fundamentais. Eficácia, 
aplicação e aplicabilidade das normas constitucionais. Direitos e 
garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos. 
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Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
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 Conforme anota o grande jurista José Afonso da Silva, o Direito é um 
sistema normativo, do qual extraímos normas (regras e princípios) 
imperativas de conduta. 
De modo geral, um sistema representa um conjunto dotado de uma 
estrutura e organização determinados, que atende a algumas características 
básicas, quais sejam: pluralidade de elementos, interação entre os 
elementos e a harmonia entre os elementos. 
Nosso ordenamento jurídico-normativo, portanto, representa um 
sistema cujos elementos são as normas jurídicas. 
 
Este sistema, por seu turno, é composto de unidades estruturais 
(ramos) organicamente dispostas. 
 A doutrina majoritária compreende que a subdivisão da ciência jurídica 
em diferentes ramos reveste-se de importância prática para seu ordenamento 
e estudo. Porém, em última análise, o Direito é uno. 
 Assim é que, o Direito Administrativo, o Direito Tributário, o Direito 
Financeiro, dentre outros ramos do denominado direito público, muito embora 
apresentem especificidades quando comparados aos ramos do dito direito 
privado – Civil e Empresarial, por exemplo –, abrigam-se sob um mesmo 
arranjo lógico-normativo: “O” Direito. 
 
 E o que é o Direito Constitucional? 
 O Direito Constitucional é o ramo do direito público que tem por 
objeto central a Constituição dos Estados nacionais. 
 No momento oportuno, apresentaremos os diferentes sentidos e 
tipologias que a palavra “Constituição” pode assumir. No entanto, em sentido 
jurídico – aquele a que devemos dar mais atenção – a Constituição é o 
fundamento de validade normativa dos Estados nacionais. É a Lei 
máxima do Estado. A Lei das leis, a qual todas as demais devem observância. 
 No plano jurídico-positivo (o Direito produzido pelo Estado, que rege 
nosso dia a dia), a nossa Constituição Federal de 1988, situa-se no topo da 
pirâmide normativa. Essa pirâmide é um recurso visual consagrado com base 
na teoria normativista de Hans Kelsen e que traduz o princípio da 
supremacia da Constituição. Em última instância, é à Constituição que todo 
o agir público (e mesmo privado) se reporta, numa relação de verticalidade 
hierárquica. 
1- Introdução ao Direito Constitucional 
 
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Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
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As normas de um ordenamento não estão todas em um mesmo 
plano/hierarquia. Há normas superiores e inferiores, sendo que as normas 
inferiores devem observância às superiores. 
 Um exemplo. 
A CF/88 atribui competência exclusiva à União para declarar a guerra e 
celebrar a paz. Pois bem, todos os atos subsequentes e derivados dessa regra 
matriz não podem afrontar, ativa ou omissivamente, as diretrizes e limites 
dispostos pela Constituição, sob pena de incorrerem em inconstitucionalidade. 
A Constituição é suprema! 
Assim, não pode, por exemplo, sob qualquer hipótese, haver usurpação 
de competência e norma municipal, distrital ou estadual se prestar a declarar 
guerra ou celebrar a paz. 
 
Perceba-se que todo o corpo legislativo (e o agir público é vinculado à 
existência de lei prévia que o autorize) extrai seu fundamento de validade da 
Lei Maior, a Constituição Federal. 
Visualizando a conexão entre os dois extremos, teríamos, portanto, a 
seguinte relação de hierarquia: 
 
 
* A norma hipotética fundamental não é positivada, mas sim pressuposta. É uma 
premissa jurídica e o referencial de produção das normas do ordenamento jurídico, 
uma espécie de consciência jurídica (ou ânimo jurídico) que por ele perpassa. É a 
razão lógica que determina obediência às diretrizes estabelecidas pelo poder 
constituinte originário. 
 
Norma Hipotética Fundamental*
Constituição Federal de 1988 (normas 
originárias)
Constituição Federal de 1988 (emendas) e 
tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos aprovados na forma do 
art. 5º, §3º
Outros tratados e convenções 
internacionais sobre direitos humanos 
(status supralegal)
Leis complementares, leis ordinárias, leis 
delegadas, medidas provisórias, decretos 
legislativos, resoluções, tratados e 
convenções internacionais gerais, decretos 
autônomos (status legal)
Normas infralegais (decretos 
regulamentares, portarias, ordens de 
serviço, instruções normativas e outras)
*É a ideia lógica 
que sustenta o 
plano jurídico-
positivo 
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A esquematização didática do Direito, assim como tudo o mais 
nesta ciência, não é unânime entre os autores. De todo modo, numa 
abordagem pragmática, podemos propor as seguintes especializações: 
 
Não é necessário memorizar o diagrama acima. Vamos focar na 
compreensão! 
 
O Direito Constitucional é, portanto, ramo do direito público. 
As diferenças fundamentaisentre o direito público e o direito privado 
podem ser sintetizadas da seguinte forma: 
DIREITO
Direito Público
Direito Público
Interno
D. Constitucional
D. Administrativo
D. Tributário
D. Financeiro
D. Econômico
D. Processual
D. Penal
D. Urbanístico
Direito Público 
Externo
Direito 
Internacional 
Público
Direito 
Difuso/Social
D. do Trabalho
D. Ambiental
D. Previdenciário
Direito Privado
D. Civil
D. Empresarial
D. Internacional
Privado
2- O Direito Constitucional e os demais ramos do Direito 
 
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Alguns autores, como Pedro Lenza (2012), chamam a atenção para a 
progressiva superação da supracitada dicotomia (oposição) Direito Público vs. 
Direito Privado. 
 Fato é que, no atual Estado Democrático de Direito em que vivemos, 
observa-se uma tendência de supremacia dos direitos e garantias 
fundamentais previstos na Constituição Federal sobre os direitos 
particulares estruturados pelo Direito Privado, notadamente pelo Direito 
Civil. 
 
Por exemplo, hoje o Código Civil sofre um processo de descodificação 
tendo como contrapartida a criação de microssistemas (como o Estatuto da 
Criança e do Adolescente, o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto do 
Idoso, dentre outros). Estes, por sua vez, extraem seu fundamento de 
validade diretamente dos direitos e garantias fundamentais expressos na 
Constituição. 
 Assim, mesmo as relações entre particulares, tradicionalmente regidas 
pelo Direito Privado (como aquelas delineadas no Código Civil) e pela 
supremacia do interesse dos particulares, não estão isentas da força 
normativa dos direitos e garantias fundamentais assegurados pela Carta 
Magna. 
DIREITO PÚBLICO
• Supremacia do interesse
público sobre o privado
• Eficácia vertical: a produção de
efeitos se dá no sentido Estado
x Particular
• Indisponibilidade do
interesse público (não há
vontade livre do administrador,
este deve sempre agir em prol
do bem comum)
• Normatização (relações
jurídicas regidas por normas
dotadas de generalidade e
abstração)
DIREITO PRIVADO
• Equivalência dos interesses
privados
• Eficácia horizontal: a produção
de efeitos se dá no sentido
Particular x Particular
• Disponibilidade do interesse
privado (autonomia de vontade;
os particulares, desde que
respeitada a legalidade, são
livres em seu agir)
• Contratualização (relações
jurídicas regidas,
fundamentalmente, por contratos
estabelecidos entre as partes)
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Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
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 A Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, 
compreende um preâmbulo, nove títulos (divididos em capítulos, seções e 
subseções), além do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). 
 
Desde sua promulgação, a CF/88 já sofreu dezenas de reformas em seu 
texto original, seja por meio de emendas constitucionais, seja mediante 
emendas de revisão constitucional. 
 
Esquematicamente, e desconsiderando as subdivisões dos Títulos, 
temos a seguinte anatomia constitucional: 
PREÂMBULO 
 
TÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais (art. 1º a 4º) 
TÍTULO II– Dos Direitos e Garantias Fundamentais (art. 5º a 
17) 
TÍTULO III – Da Organização do Estado (art. 18 a 43) 
TÍTULO IV – Da Organização dos Poderes (art. 44 a 135) 
TÍTULO V – Da Defesa do Estado e das Instituições 
Democráticas (art. 136 a 144) 
TÍTULO VI – Da Tributação e Orçamento (art. 145 a 169) 
TÍTULO VII – Da Ordem Econômica e Financeira (art. 170 a 
192) 
TÍTULO VIII – Da Ordem Social (art. 193 a 232) 
TÍTULO IX – Das Disposições Constitucionais Gerais (art. 233 
a 250) 
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS 
TRANSITÓRIAS (art. 1º a 97) 
 
Vejamos o que dispõe o preâmbulo constitucional: 
 
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional 
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o 
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de 
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia 
3- Estrutura da Constituição Federal de 1988 
 
Natureza 
político-
ideológica 
 
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social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução 
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 
 
 São três as posições apontadas pela doutrina em relação ao preâmbulo, 
vejamos: 
a) tese da irrelevância jurídica: o preâmbulo está no âmbito da política e 
não possui relevância jurídica; 
b) tese da plena eficácia: o preâmbulo tem a mesma eficácia jurídica das 
demais normas constitucionais; 
c) tese da relevância jurídica indireta: o preâmbulo tem parte das 
características jurídicas da Constituição Federal, entretanto, não deve ser 
confundido com as demais normas jurídicas desta. 
 
O Supremo Tribunal Federal, ao enfrentar a questão, concluiu que o 
preâmbulo constitucional não se situa no âmbito do direito, mas no 
âmbito da política, transparecendo a ideologia do constituinte. Desta forma, o 
STF adotou, expressamente, a tese da irrelevância jurídica. 
Por exemplo, sendo instado a examinar se a invocação da “proteção de 
Deus” que consta no preâmbulo seria ou não norma de reprodução obrigatória 
pelas Constituições Estaduais (CE) e Leis Orgânicas (LO) do Distrito Federal e 
dos Municípios, o STF se manifestou contrário a um discutível caráter 
normativo do preâmbulo da CF/88 (ADI 2.076/AC). Ou seja, as CE e LO 
não precisam invocar a “proteção de Deus”. 
Diferentemente do restante do texto constitucional, o preâmbulo não 
possui força cogente, não veicula obrigações a serem observadas pelo Estado. 
Como dizemos em linguagem jurídica, não possui força normativa. 
 
 
 Além do preâmbulo e das normas gerais da Constituição (Título I a IX), 
temos o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
 O ADCT contém normas jurídicas, em grande parte, efêmeras, 
temporárias, que possibilitaram a passagem da ordem constitucional anterior 
(Constituição Federal de 1969) para a atual. 
Sua função central, pois, é harmonizar as pendências da ordem anterior 
com a nova ordem. 
Nesse sentido, válido dizer que suas normas possuem o mesmo grau de 
positividade jurídica das normas centrais da Constituição. A natureza jurídica é 
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a mesma. Não por outro motivo, o ADCT pode inclusive estabelecer exceções 
às normas centrais da CF/88. 
 
As normas da CF/88 dispostas no ADCT são suscetíveis de ser 
revogadas ou emendadas e se definem como normas formalmente 
constitucionais. Veja-se: 
O Ato das Disposições Transitórias, promulgado em 1988 pelo legislador 
constituinte, qualifica-se, juridicamente, como um estatuto de índole 
constitucional. A estrutura normativa que nele se acha consubstanciada 
ostenta, em consequência, a rigidez peculiar às regras inscritas no texto 
básico da Lei Fundamental da República. Disso decorre o 
reconhecimento de que inexistem, entre as normas inscritas no ADCT e 
os preceitos constantes da Carta Política, quaisquer desníveis ou 
desigualdades quanto à intensidade de sua eficácia ou à prevalência de 
sua autoridade. Situam-se, ambos, no mais elevado grau de 
positividade jurídica, impondo-se, no plano do ordenamento estatal, 
enquanto categorias normativas subordinantes, à observância 
compulsória de todos, especialmente dos órgãos que integram o 
aparelho de Estado. (RE 160.486, rel. min. Celso de Mello, julgamento 
em 11-10-1994, Primeira Turma, DJ de 9-6-1995.) 
 
Como observamos, o texto constitucional sofreu diversas alterações 
desde sua promulgação. Modificações estas, fruto dos poderes constituintes 
derivados de revisão (esgotado) e de reforma. 
Além disso, embora não promova mudança físico-formal da Carta 
Magna, destaque-se o fenômeno da mutação constitucional, conferindo-lhe 
novos sentidos interpretativos. 
 
 
 
A Constituição Federal de 1988 assim se inicia logo após o Preâmbulo: 
 
 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
4- Princípios fundamentais 
 
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I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
(1) No caput (“cabeça”) do art. 1º temos destacadas a forma de governo 
(República) e a forma de Estado (Federação). Além do regime político 
democrático. 
(2) Importante notar a distinção entre titularidade e exercício do poder 
apontada no parágrafo único. Nosso regime de governo é democrático, porém 
não se trata de democracia direta plena e sim representativa com 
“pitadas” de democracia direta (semidireta/híbrida). 
Especificamente em relação ao exercício do poder, observe-se que ele 
pode se dar de dois modos: 
 
 (3) Agora vamos ao núcleo da norma e analisar os fundamentos: 
Exercício do poder
Indireto Representantes eleitos
Direto
Ex.: o plebiscito, o 
referendo e a iniciativa 
popular (art. 14, I, II e 
III) e a ação popular 
(art. 5º, LXXIII)
MNEMÔNICO 
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1- (CESPE / Polícia Federal – Conhecimentos 
Básicos / 2014) No que se refere aos princípios fundamentais e à 
organização do Estado brasileiro, julgue o próximo item. 
O estabelecimento pela CF de que todo o poder emana do povo, que o exerce 
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos seus termos, 
evidencia a adoção da democracia semidireta ou participativa. 
Resolução: Correto! 
Na democracia direta o próprio povo exerce a condução do governo. 
Já nas democracias classificadas como indiretas, representativas ou 
semidiretas, o povo, que por diversas razões não conduz os assuntos do 
Estado diretamente (complexidade econômica, sócio-cultural, extensão 
territorial etc.), outorga as funções de governo aos seus representantes, os 
quais elege periodicamente, ao mesmo tempo em que, vez ou outra, atende à 
institutos de participação direta, tais como o referendo e o plebiscito. 
 
 
Fundamentos
Soberania
É o poder de mando numa sociedade 
política (Bastos, 1999), tanto no plano 
interno como na ordem internacional. Os 
entes federados são autônomos. Já a 
soberania é atributo exclusivo da 
República Federativa do Brasil.
Cidadania
Cidadão, ao longo do texto constitucional, é 
aquele que tem capacidade eleitoral ativa 
(que pode votar) e passiva (ser votado). 
Este conceito, no entanto, é ampliado 
doutrinariamente para outras formas de 
atuação na vida política do Estado.
Dignidade 
da pessoa 
humana
Para Bastos (1999) implica que o ser 
humano é objetivo último do Estado e 
não mero meio para o alcance de outros 
fins, por exemplo, o econômico. Para o STF
(HC 85.237/DF) é valor-fonte e vetor 
interpretativo no nosso ordenamento.
Valores 
sociais do 
trabalho e 
da livre 
iniciativa
Se complementam aos princípios gerais da 
atividade econômica (art. 170 a 181) para 
fins de reconhecimento do esforço 
capitalista particular e de maior justeza 
nas relações trabalhistas e entre 
mercado e Estado.
Pluralismo 
político
É a multiplicidade de formas de 
organização da sociedade. Para Bastos 
(1999), é forma de controle e oposição ao 
próprio Estado. 
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Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
 
(1) Aqui temos a consagrada teoria da tripartição dos Poderes, conforme 
vimos previamente. Lembrando que, em função da existência do mecanismo 
de pesos e contrapesos, não é errado assumir que existe interdependência 
entre os Poderes. 
 Embora o artigo fale em “União”, tal arranjo se reproduz nos demais 
entes subnacionais por simetria (a exceção parcial são os Municípios, que não 
dispõem de Judiciário próprio). 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais 
e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
 
 O texto não fala em construir uma sociedade igualitária e sim 
solidária. O texto não fala em eliminar as desigualdades sociais e 
regionais e sim em as reduzir. 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalênciados direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
MNEMÔNICO 
CON-GA-ERRA-
PRO 
MNEMÔNICO 
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IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
 
(1) Tais princípios não estão dissociados daqueles que regem as relações do 
Estado no âmbito interno. Pelo contrário. Por exemplo: 
[Art. 5º] XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia [...] o terrorismo [...], por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; [...] 
(2) O texto não fala em integração dos povos da América do Sul, mas sim 
da América Latina. 
 
2- (CESPE / Técnico Judiciário do TRT da 8ª Região 
2016) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil: 
a) a independência nacional. 
b) a solução pacífica de conflitos. 
c) a autodeterminação dos povos. 
d) a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 
e) a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. 
Resolução: Alternativa D. Esse é o estilo predominante na cobrança dos art. 
1º ao 4º: questões literais, decoreba... 
 Daí a importância de se memorizar os mnemônicos. Já deixamos alguns 
sugeridos acima. Vejamos os erros. 
a) a independência nacional  princípio das relações internacionais 
b) a solução pacífica de conflitos  princípio das relações internacionais 
c) a autodeterminação dos povos  princípio das relações internacionais 
e) a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade  princípio 
das relações internacionais 
3- (FCC / Técnico Judiciário do TRT da 23ª Região / 
2016) Ao dispor sobre os Princípios Fundamentais da República Federativa do 
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Brasil, a Constituição prevê, expressamente, como (1) fundamento, (2) 
objetivo e (3) princípio de relações internacionais da República: 
a) (1) Fundamento - a soberania 
(2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a solução dos conflitos 
pela arbitragem 
b) (1) Fundamento - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa 
(2) Objetivo - a garantia do desenvolvimento nacional 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a cooperação entre os 
povos para o progresso da humanidade 
c) (1) Fundamento - a cidadania 
(2) Objetivo - a promoção de formas alternativas de geração de energia 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a independência 
nacional 
d) (1) Fundamento - a dignidade da pessoa humana 
(2) Objetivo - a proteção da infância e da juventude 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a concessão de asilo 
político 
e) (1) Fundamento - o parlamentarismo 
(2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a defesa da paz. 
Resolução: Alternativa B. Mais uma questão literal. 
4- (CESPE / Analista Judiciário do TRT da 8ª Região 
/ 2016) Assinale a opção correta a respeito dos princípios fundamentais na 
Constituição Federal de 1988 (CF). 
a) A dignidade da pessoa humana é conceito eminentemente ético-filosófico, 
insuscetível de detalhada qualificação normativa, de modo que de sua 
previsão na Constituição não resulta grande eficácia jurídica, em razão de seu 
conteúdo abstrato. 
b) O valor social do trabalho possui como traço caracterizador primordial e 
principal a liberdade de escolha profissional, correspondendo à opção pelo 
modelo capitalista de produção. 
c) A valorização social do trabalho e da livre-iniciativa não alcança, 
indiscriminadamente, quaisquer manifestações, mas apenas atividades 
econômicas capazes de impulsionar o desenvolvimento nacional. 
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d) O conceito atual de soberania exprime o autorreconhecimento do Estado 
como sujeito de direito internacional, mas não engloba os conceitos de 
abertura, cooperação e integração. 
e) A cidadania envolve não só prerrogativas que viabilizem o poder do cidadão 
de influenciar as decisões políticas, mas também a obrigação de respeitar tais 
decisões, ainda que delas discorde. 
Resolução: Alternativa E. Questão interessantíssima! De fato, a cidadania se 
traduz tanto na ideia de participação política (votar e ser votado) como na 
previsão de diversas formas de participação do indivíduo na vida pública, 
como sujeito ativo de direito e de deveres. 
 A alternativa “A” é errada, pois, a dignidade da pessoa humana é 
princípio matriz dos direitos fundamentais e, desta forma, lhes serve de norte, 
não apenas sob o prisma ético-filosófico, como jurídico-pragmático. 
 O problema na opção “B” é que o valor social do trabalho visa a 
primeiramente assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da 
justiça social. O escopo aqui não é apenas capitalista (liberal), mas carrega 
traços de um Estado social. 
 O entendimento acima nos ajuda a também compreender o erro da 
opção “C”. A valorização social do trabalho e a livre iniciativa visam a 
proporcionar liberdade na atuação econômica (dentro dos valores da justiça 
social). Não há, portanto, restrição quanto às atividades econômicas a serem 
desenvolvidas pelos particulares, desde que lícitas. 
 Por fim, a alternativa “D” erra, pois, a República Federativa do Brasil 
rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da cooperação entre os 
povos para o progresso da humanidade. Além disso, buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
5- (CESPE / Analista Legislativo da Câmara dos 
Deputados / 2014) Acerca dos direitos e garantias fundamentais e dos 
princípios constitucionais, julgue os itens subsequentes. 
A República Federativa do Brasil, constituída como Estado democrático de 
direito, visa garantir o pleno exercício dos direitos e garantias fundamentais, 
incluindo-se, entre seus fundamentos, a cidadania e a dignidade da pessoa 
humana. 
Resolução: Correto! Vamos pensar no nosso mnemônico SO-CI-DI-VA-PLU.C
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É lugar comum se confundir os conceitos de fundamentos, objetivos 
fundamentais e princípios nas relações internacionais. 
 No entanto, isso é facilmente vencível após algumas revisões. 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
 
FUNDAMENTOS 
 
OBJETIVOS 
PRINCÍPIOS DAS RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS 
I- Soberania 
II- Cidadania 
III- Dignidade da 
pessoa humana 
IV- Valores 
sociais do 
trabalho e da 
livre iniciativa 
V- Pluralismo 
político 
I- Construir uma 
sociedade livre, justa e 
solidária 
II- Garantir o 
desenvolvimento nacional 
III- Erradicar a pobreza e 
a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e 
regionais 
IV- Promover o bem de 
todos, sem preconceitos 
de origem, raça, sexo, 
cor, idade e quaisquer 
outras formas de 
discriminação 
I- Independência nacional 
II- Prevalência dos direitos 
humanos 
III- Autodeterminação dos povos 
IV- Não-intervenção 
V- Igualdade entre os Estados 
VI- Defesa da paz; 
VII- Solução pacífica dos conflitos 
VIII- Repúdio ao terrorismo e ao 
racismo 
IX- Cooperação entre os povos 
para o progresso da humanidade 
X- Concessão de asilo político 
 
 
 
A Constituição Federal classifica o gênero “direitos e garantias 
fundamentais” em cinco espécies: 
 
Direitos e garantias 
fundamentais
direitos e 
deveres 
individuais e 
coletivos
direitos 
sociais
direitos de 
nacionalidade
direitos 
políticos
direitos dos 
partidos
políticos
5- Direitos e deveres individuais e coletivos. Eficácia, aplicação e 
aplicabilidade das normas constitucionais. O direito de petição. O 
habeas corpus. O mandado de segurança (individual e coletivo). O 
habeas data. O mandado de injunção (individual e coletivo). A ação 
popular. A ação civil pública. 
 
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Nesta aula, focaremos nos direitos e deveres individuais e coletivos. 
 
Importante destacar que o STF já se posicionou no sentido de que os 
direitos e deveres individuais e coletivos não se limitam ao rol do art. 5º da 
CF/88, mas espraiam-se pelo texto constitucional e mesmo para além dele 
(ADI 939-7/DF). Ou seja, o rol do art. 5º não é exaustivo! 
Na referida ADI, por exemplo, considerou-se que o princípio da 
anterioridade tributária (disciplina constitucional do Sistema Tributário 
Nacional) é cláusula pétrea, protegida, portanto, pelo conteúdo do art. 60, § 
4º, IV, a saber, “não será objeto de deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir os direitos e garantias individuais”. 
Portanto, redobrada atenção deve ter o poder constituinte derivado em 
sua atuação. 
 Contudo, antes de prosseguirmos pela literalidade da nossa Carta 
Magna, é válido adentrarmos em alguns pontos teóricos que facilitarão nosso 
entendimento, além de serem questionados de forma reiterada em concursos. 
 
 
 
 A distinção entre ambos termos é relativamente simples. 
Os direitos fundamentais diferenciam-se das garantias fundamentais na 
medida em que os direitos se declaram, enquanto as garantias têm um 
conteúdo assecuratório daqueles. 
 
 
Exemplo: 
Direitos prestações positivas consagradas pela Constituição
Garantias 
instrumentos assecuratórios da adequada prestação 
de direitos ou da reparação de eventual lesividade a eles 
causada
5.1 – Direitos fundamentais x Garantias fundamentais 
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 As garantias fundamentais, portanto, reforçam ou mesmo viabilizam a 
efetividade dos direitos fundamentais. 
 
Válido destacar desde já que os remédios (ou writs) constitucionais, 
instrumentos que estudaremos adiante, nada mais são que subespécies de 
garantias constitucionais. 
 
 
 
 Historicamente, ao menos nos países ocidentais, sempre houve uma 
correlação entre o perfil e a extensão dos direitos fundamentais e o modelo de 
Estado predominante. 
Vamos fazer uma retrospectiva histórica. 
 
Com o declínio dos Estados absolutistas (século XVIII), em que a figura 
individual do monarca concentrava a soberania estatal, emergiram novas 
formas de organização política visando a adequar o Estado à nova realidade 
econômica e social oriunda da ascensão do capitalismo. 
Nesse contexto, o Estado de Direito – fundado nas leis e não 
simplesmente na discricionariedade de um regente – nasceu como Estado 
Liberal, promovendo maior separação entre sociedade civil e sociedade 
política, entre o público e o privado. Como ressalta Bastos (1999), o Estado 
Liberal objetivava uma sociedade o mais livre possível da ingerência do poder 
estatal, num modelo que predominou até o século XIX. 
Os direitos típicos daquele modelo de Estado estão centrados no 
indivíduo e não na coletividade, e concentram-se sobretudo na área civil (em 
Direito
• Juiz Natural
Garantias
• LIII - ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade competente;
• XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de
exceção;
5.2 – Dimensões de direitos fundamentais 
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especial no direito de propriedade) e política (direito de escolher os 
representantes, que deixam de assumir o poder de modo hereditário e vitalício 
para uma forma eletiva e substituível). 
Por sua vez, o Estado Social que se ergueu no início do século XX é um 
modelo de Estado que passou a intervir mais diretamente para transformar a 
sociedade, considerando inaptas ou insuficientes as iniciativas individuais 
anteriores em diversos domínios, como no campo trabalhista, na educação, no 
acesso à saúde, na regulação micro e macroeconômica etc. 
Tal modelo teve sua origem nos diversos conflitos sociais que 
emergiram no auge da Revolução Industrial e escancaram a penúria e 
superexploração de parte expressiva da população dos países que adentravam 
naquela fase do capitalismo. 
Por fim, o Estado Democrático é um modelo de Estado que se sobrepôs 
como síntese, tanto do esgotado Estado Social da segunda metade do século 
XX, quanto dos valores individualistas liberais-burgueses clássicos. 
É o Estado inserido no contexto da globalização, de profundas 
modificações sociais e tecnológicas, que minimizaram antigos problemas ao 
passo que novos desafios foram se impondo. 
 
 
 
E por que fizemos essa brevíssima revisão histórica? 
Basicamente para melhor contextualizar a evoluçãodos direitos e 
garantias fundamentais. 
Os modelos de Estado evoluem e se modificam, porém, não é exato 
afirmar que se extinguem por completo (até hoje, por exemplo, vemos 
resquícios do Estado Liberal mesmo nos Estados caracterizados como 
Democráticos de Direito). 
De forma semelhante, as chamadas dimensões (ou gerações) de 
direitos fundamentais se sucedem e se acumulam ao longo do tempo num 
movimento síncrono aos paradigmas de Estado que marcaram o mundo 
ocidental nos últimos séculos. 
Sinteticamente, assim podemos apresentá-las: 
Autoritarismo 
- Paradigma 
pré moderno
Estado 
Liberal
Estado Social
Estado 
Democrático
ESTADO DE DIREITO 
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 As aludidas dimensões/gerações, portanto, nada mais são que uma 
forma de classificação dos direitos e garantias fundamentais de acordo com 
suas características principais e seu peso relativo, ao longo do processo 
histórico de evolução do Estado de Direito. 
 
 
Outra perspectiva possível é aquela que vislumbra os direitos 
fundamentais sob um ponto de vista subjetivo e um objetivo. 
1ª dimensão:
LIBERDADE – Direitos civis e políticos 
(primeira dimensão)
Delimitação do individual e do público.
Transição entre Estado Autoritário e 
Estado Liberal de Direito.
Direitos de resistência/oposição perante o 
Estado.
2ª dimensão:
IGUALDADE – Direitos sociais, 
econômicos e culturais (SEC -
segunda dimensão)
Transição entre Estado Liberal e 
Estado Social.
Igualdade real e não meramente 
formal.
3ª dimensão:
FRATERNIDADE –
Direitos coletivos e 
difusos 
(desenvolvimento, 
meio ambiente 
equilibrado, 
comunicação etc.)
Transição entre 
Estado Social e 
Estado Democrático.
Proteção do gênero 
humano.
4ª dimensão: 
Democracia direta, 
pluralismo e acesso à 
informação
5ª dimensão: 
Paz (universal), 
direitos virtuais, 
transconsitucionalismo
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6- (CESPE / Procurador do MP junto ao TCU / 2004) 
No que se refere à aplicação e à interpretação das normas de direitos 
fundamentais, julgue o item subsequente. 
Na concepção liberal-burguesa, os direitos fundamentais são oponíveis apenas 
contra o Estado, uma vez que eles existem essencialmente para assegurar aos 
indivíduos um espaço de liberdade e autonomia contra a ingerência indevida 
do poder público. Logo, tal concepção não agasalha a tese da eficácia dos 
direitos fundamentais no âmbito das relações interprivadas. 
Resolução: Correto. Apesar da redação rebuscada, o sentido do texto é mais 
simples do que parece. Os direitos fundamentais, sob o viés liberal (ou liberal-
burguês) são direitos que dizem com a relação sociedade civil x sociedade 
política, ou, atecnicamente, particulares x Estado. Tais direitos não adentram 
nas relações interprivadas (entre particulares). 
Por exemplo, naquela concepção o direito de propriedade era 
desacompanhado de proteção aos trabalhadores. O proprietário de uma 
indústria tem seu direito de posse assegurado frente à coletividade. Porém, 
PERSPECTIVA/DIMENSÃO 
SUBJETIVA
• Ênfase no sujeito titular dos
direitos e garantias fundamentais
e em suas demandas concretas.
• Os direitos e garantias geram
direitos subjetivos a seus
titulares, passíveis de exigência
(prestações positivas ou
negativas) por todos os meios
legalmente admitidos.
• Exemplo: é a todos assegurado
o direito à educação. Caso
determinado cidadão busque e
não consiga vaga para seu filho
em escola pública, poderá
demandar o poder público
administrativa e judicialmente.
PERSPECTIVA/DIMENSÃO
OBJETIVA
• Ênfase nos direitos e
garantias fundamentais de
forma mais abstrata,
transcendendo posições
individuais.
• Os direitos e garantias
orientam a atuação de todos
os Poderes independentemente
de um pleito individual. É a
chamada eficácia irradiante
dos direitos e garantias
fundamentais.
• Exemplo: é a todos assegurado
o direito à educação.
Independentemente de terem
havido ou não demandas
específicas, o poder público deve
manter políticas públicas e
investimentos que assegurem a
manutenção e desenvolvimento
das instituições públicas de
ensino.
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nas relações interprivadas (com seus empregados operários), não havia (ao 
menos significativamente) direitos fundamentais presentes. 
7- (CESPE / Notário e Registrador – TJ RR / 2013 / 
Adaptada) Considerando a supremacia das normas constitucionais, a 
hermenêutica constitucional e as normas veiculadoras de direitos e garantias 
fundamentais, sociais e econômicas, julgue o item a seguir. 
Os direitos de segunda geração destinam-se ao gênero humano, como valores 
supremos de sua existencialidade concreta. 
Resolução: Errado. Os direitos de 2ª dimensão são marcados ainda por certo 
individualismo, ou seja, dizem mais com pessoas do que com a humanidade 
genericamente considerada. É a partir dos direitos de 3ª dimensão que temos 
maior ênfase no transindividualismo, na espécie humana como um todo. 
8- (CESPE / Técnico Judiciário do TRE – PI / 2016 / 
Adaptada) A respeito dos direitos e das garantias fundamentais, julgue o 
item abaixo. 
O direito ao meio ambiente equilibrado e o direito à autodeterminação dos 
povos são exemplos de direitos classificados como de segunda geração. 
Resolução: Errado. São direitos de terceira dimensão. Direitos difusos e 
coletivos que têm como princípio-matriz a solidariedade e a fraternidade. 
9- (CESPE / Técnico Judiciário do TRE – PI / 2016 / 
Adaptada) A respeito dos direitos e das garantias fundamentais, julgue o 
item abaixo. 
Os direitos sociais, econômicos e culturais são, atualmente, classificados como 
direitos fundamentais de terceira geração. 
Resolução: Errado. Basta lembrar o mnemônico SEC (de “second” – 
“segunda” – [geração]). Direitos Sociais, Econômicos e Culturais. 
 É interessante memorizá-lo já que assim, de quebra, conseguimos 
imediatamente visualizar o que caracteriza os direitos de 1ª e 3ª gerações. 
 
 
 
 Em linguagem jurídica, a eficácia nada mais é que a aptidão da norma 
em produzir os efeitos para os quais ela foi projetada. 
O Supremo Tribunal Federal coleciona diversos julgados (e.g. RE 
201.819/RJ, RE 158.215/RS, RE 161.243/DF) em que, além da tradicional 
5.3 – Eficácia dos direitos fundamentais 
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 www.exponencialconcursos.com.breficácia vertical, é reconhecida também a eficácia horizontal dos direitos 
fundamentais. 
E o que é isso? 
Vejamos: 
 
* Por vezes a eficácia horizontal dos direitos e garantias fundamentais é 
denominada eficácia diagonal, especialmente quando se trata de particulares que 
apresentam significativa desigualdade de forças (por exemplo, quando de um lado 
está alguém dotado de elevado poder econômico e, de outro, um hipossuficiente). 
 
O STF entende que violações a direitos fundamentais não ocorrem 
somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas 
igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de 
direito privado. 
Nesse sentido, a eficácia dos direitos fundamentais assegurados 
pela Constituição também se presta à proteção dos particulares em face dos 
poderes privados. Por exemplo, dos empregados em relação aos 
empregadores, na relação dos consumidores em relação às empresas, dentre 
outras diversas hipóteses. 
 
 
 
Trazemos aqui os principais atributos dos direitos e garantias 
assegurados pela CF/88. 
Vamos priorizar a compreensão, não a memorização! 
5.4 – Características dos direitos e garantias fundamentais 
Eficácia 
Vertical Horizontal
* 
é a aplicação dos direitos 
fundamentais nas relações 
particular-Estado 
é a aplicação dos direitos 
fundamentais às relações 
entre particulares 
(privadas) 
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Apesar de todas as características supratranscritas, deve-se destacar 
que os direitos e garantias fundamentais não são absolutos! 
 Didática é a jurisprudência do STF (Informativo nº 163): 
 
OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS NÃO TÊM CARÁTER 
ABSOLUTO. 
Não há, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou 
garantias que se revistam de caráter absoluto, mesmo porque 
razões de relevante interesse público ou exigências derivadas do 
princípio de convivência das liberdades legitimam, ainda que 
excepcionalmente, a adoção, por parte dos órgãos estatais, de 
medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, 
desde que respeitados os termos estabelecidos pela própria 
Constituição. 
O estatuto constitucional das liberdades públicas, ao delinear o regime 
jurídico a que estas estão sujeitas - e considerado o substrato ético que 
as informa - permite que sobre elas incidam limitações de ordem 
jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse 
social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das 
liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em 
Características 
dos direitos e 
garantias 
fundamentais
Universalidade
Destinam-se às coletividades e 
não meramente aos indivíduos
Inalienabilidade
Não podem ser cedidos, 
transferidos ou negociados sob 
qualquer forma como ativo
econômico-financeiro
Imprescritibilidade
Seu usufruto não é perecível
com o passar do tempo
Irrenunciabilidade 
/ 
Indisponibilidade
Não é possível que seu titular os 
rejeite. No máximo, poderá não 
usufruí-los
Concorrência
O usufruto de diferentes direitos e 
garantias pode ser cumulativo e
simultâneo por um mesmo 
indivíduo 
Historicidade
São produto de processos sociais 
históricos e estão em constante 
processo de mutação
Vedação ao 
retrocesso
Sua mutação não pode implicar 
em evolução recionária. Ou seja, 
seu núcleo não pode ser suprimido 
ou extinto
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detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos direitos e 
garantias de terceiros. 
 
10- (CESPE / Auditor Federal de Controle Externo / 
Área de Apoio Técnico e Administrativo / 2011) Acerca dos direitos e 
garantias fundamentais, julgue o item seguinte. 
O exercício dos direitos e garantias fundamentais está sujeito aos prazos 
prescricionais previstos na CF e no Código Civil brasileiro. 
Resolução: Errado. Os direitos e garantias fundamentais têm caráter 
personalíssimo e não patrimonial. Deste modo, não são afetados pela 
prescrição (perda da ação para se exigir/proteger judicialmente um direito). 
11- (FGV / Auditor Fiscal Tributário da Receita 
Municipal de Cuiabá – MT / 2015 / Adaptada) Julgue o item a seguir. 
Os direitos e garantias fundamentais são inalienáveis e indisponíveis. 
Resolução: Como regra, correto. E por que como regra? Imaginem a 
participação de indivíduos em certos reality shows. Tal participação 
potencialmente ocasiona uma restrição a direitos fundamentais dos 
participantes, como à intimidade, à integridade, à dignidade etc. 
Importante observar que, cada vez mais, a doutrina e a jurisprudência 
entendem que a maior parte dos direitos fundamentais não é absoluto, 
podendo ser restringidos pela lei, ou em situações excepcionais pelos próprios 
particulares. 
 
 
 
A proteção ao núcleo essencial dos direitos fundamentais é um 
princípio que veda que o legislador, ao regulamentá-los, limite tais direitos a 
ponto de estes perderem sua eficácia ou a terem esvaziada. Ou seja, mesmo 
que eventualmente haja lei ou outro ato normativo regulando um direito 
fundamental, deve ser protegida sua essência, seu núcleo essencial, de modo 
a garantir que este atenda a sua finalidade e tenha sua eficácia preservada. 
Em última análise, o direito fundamental deve pautar a atuação do 
legislador e não o contrário. 
5.5 – Proteção ao núcleo essencial dos direitos fundamentais, 
proibição do excesso e proibição da proteção insuficiente 
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Teoria absoluta Teoria relativa Teoria mista 
O núcleo essencial é 
mensurável 
independentemente de 
qualquer situação 
concreta. É imutável. 
O núcleo essencial é 
mensurável de acordo com 
cada caso concreto. É 
flexível. 
Há uma parcela do núcleo 
essencial absoluta e outra 
mensurável de acordo com 
o caso concreto. 
 
A Constituição Federal não contém disposição expressa sobre o tema. 
Cabendo à jurisprudência desenvolvê-lo, há uma tendência a serem adotadas 
as linhas relativa e mista. 
 
 Noutro giro, ainda no campo da atuação estatal sobre os direitos e 
garantias fundamentais, temos os princípios da proibição do excesso e da 
proibição da proteção insuficiente. 
 Em última análise, tais postulados derivam do princípio geral da 
proporcionalidade. 
 
 O princípio da proibição do excesso assevera que o Poder Público, 
sob o pretexto de atuar sobre os domínios que lhe são próprios (como na área 
penal – jus puniendi – e administrativa – poder de polícia, dentre inúmeras 
outras) não pode agir imoderadamente, pois a atividade estatal, ainda mais 
em tema de liberdades individuais, deve se ater ao razoável, necessário e 
adequado. 
 Assim, por exemplo, fugiria ao princípio da proibição do excesso 
estabeleceruma pena demasiadamente elevada (digamos, trinta anos de 
reclusão) para um crime de menor potencial ofensivo, como o de ato obsceno. 
 O Estado não pode fugir do razoável e sacrificar outros direitos 
fundamentais como a liberdade de expressão e de locomoção, dentre outros, 
sob a justificativa de coibir ou pautar determinadas condutas. 
Espaço limitável
Núcleo 
essencial
DIREITO 
FUNDAMENTAL 
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Noutra via, o princípio da proibição de proteção insuficiente veda 
ao Estado que este se omita (total ou parcialmente) ou aja de forma 
insuficiente no cumprimento do imperativo constitucional de tutela/proteção 
de um direito ou garantia fundamental. 
Por exemplo, se a Constituição Federal define como mais graves 
determinadas práticas (como a tortura, que é crime inafiançável e insuscetível 
de graça ou anistia), não pode o Estado, no nível infraconstitucional, cominar 
uma pena demasiado branda ou mesmo deixar de punir tal conduta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No final do século XIX, Georg Jellinek desenvolveu a doutrina dos quatro 
status nos quais o indivíduo pode encontrar-se em face do Estado. 
Desses status, extraem-se, pois, direitos e deveres fundamentais 
diferenciados de acordo com suas particularidades. 
 
5.6 – A teoria dos quatro status de Jellinek 
 
Proibição do excesso 
 
Proibição da proteção 
insuficiente 
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12- (CESPE / Técnico Judiciário do TJ – SE / 2014) 
Acerca dos direitos fundamentais e do conceito e da classificação das 
constituições, julgue o item a seguir. 
Os direitos fundamentais têm o condão de restringir a atuação estatal e 
impõem um dever de abstenção, mas não de prestação. 
Resolução: Errado. De fato, o indivíduo pode ser alvo de uma atuação 
negativa por parte do Estado, sua abstenção, um “não fazer”, por exemplo, de 
não ter seu direito à propriedade violado sem fundamento constitucional. Mas 
também pode ser sujeito de prestações positivas por parte daquele, por 
exemplo, de receber por parte do Estado serviços de saúde e educação 
adequados. 
 
 
 
Antes de adentrarmos novamente o estudo do texto constitucional, 
vamos registrar a distinção entre os três termos. 
Aqui nos perfilhamos à classificação proposta por José Afonso da Silva, 
sem dúvidas, a mais adotada nos concursos. 
 
Status
Ativo
Poder do indivíduo de interferir na 
formação da vontade do Estado. 
Manifestação dos direitos políticos, o 
status ativo do indivíduo concretiza-se 
principalmente através do voto.
Negativo
Representa o espaço que o 
indivíduo tem para agir livre 
da atuação do Estado, 
podendo autodeterminar-se 
sem ingerência estatal.
Passivo
O indivíduo subordina-se aos poderes 
públicos. Assim, o Estado tem 
competência para vincular o indivíduo, 
através de mandamentos e proibições.
Positivo
Consiste na possibilidade do 
indivíduo exigir atuações 
positivas do Estado em seu 
favor.
5.7 – Eficácia, aplicação e aplicabilidade das normas constitucionais 
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A partir da clara definição desses conceitos, podemos estabelecer um 
quadro geral da eficácia jurídica das normas jurídicas do nosso ordenamento. 
 Nem todas as normas têm a mesma eficácia, vale dizer, nem todas, 
após serem introduzidas no sistema jurídico, produzem, ao mesmo tempo e 
com a mesma completude, seus efeitos. 
 De igual modo, nem todas têm a mesma aplicabilidade, podendo ou não 
depender de outra (ou outras) normas complementares para que sejam 
plenamente aplicáveis. 
 
Assim, sob o ponto de vista da eficácia (amplitude legal da 
produção de efeitos da norma), podemos classificar as normas em: 
• Amplitude legal da produção de efeitos da
norma. Quanto mais eficaz a norma, mais
plena a geração dos seus efeitos jurídicos
pretendidos.
Eficácia
• Temporalidade legal da produção de
efeitos da norma. Vale dizer, em que
momento a norma está apta a produzir seus
efeitos concretos para os quais se destina.
Aplicação
• Instrumentalidade legal da produção de
efeitos da norma. A norma por si só pode
produzir todos seus efeitos ou depende de
outra(s) para que seja plenamente
"operacionalizável"?
Aplicabilidade
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Vamos ver alguns exemplos. 
Norma de eficácia 
plena 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Norma de eficácia 
contida 
[Art. 5º] XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício 
ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que 
a lei estabelecer; [...] 
Norma de eficácia 
limitada 
[Art. 18] § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e 
sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
 
 Ter a distinção acima em mente é de suma importância para o estudo 
da Constituição Federal. 
 
 
 Costumeiramente as normas de eficácia contida e limitada são objeto de 
confusão, não sendo de todo claro se a intenção do legislador foi estabelecer 
se elas são restringíveis (eficácia contida) ou se precisam de uma legislação 
para que possam gerar efeitos (eficácia limitada). 
Eficácia das 
normas 
constitucionais
Plena
- Produzem
integralmente seus 
efeitos a partir da 
vigência da 
Constituição;
- Desnecessitam de 
norma
infraconstitucional 
integradora;
- Aplicabilidade plena
e imediata. 
Contida
- A produção de efeitos
também é integral. No 
entanto, há margem
para que norma 
constitucional ou 
infraconstitucional os 
limite;
- A priori, 
desnecessitam de 
norma
infraconstitucional 
integradora;
- Aplicabilidade plena
e imediata.
Limitada
- A produção de efeitos
é reduzida (apenas os 
mais gerais são notados 
a partir da vigência da 
Constituição);
- Necessitam de 
norma
infraconstitucional 
integradora;
- Aplicabilidade
reduzida e mediata.
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 Sob esse aspecto, podemos pensar que na norma de eficácia contida 
quase todos os efeitos possíveis da norma são sentidos desde que ela 
entra em vigor, ou seja, são sentidos “a priori“. 
Já no que diz com as normas de eficácia limitada os efeitos 
próprios da norma necessariamente só serão sentidos após haver 
edição de normas complementares, vale dizer, serão sentidos “a 
posteriori“. 
Perceba-se que ambas abrem margem para atuação de lei posterior. 
Ocorre que quando se trata de eficácia contida a lei vai apenas ordenar 
ou restringir certos efeitos da norma. Já quando se trata de eficácia limitada 
apenas com a lei e outros atos normativos supervenientes seus efeitos serão 
sentidos de fato. 
 
Por fim, válido aduzir que, consoante consagrada classificação de José 
Afonso da Silva, as normas de eficácia limitada subdividem-se em dois 
subgrupos: as normas de princípios institutivos (ou organizativos, ou 
ainda, orgânicos) e as normas de princípios programáticos. 
 
 
 
13- (CESPE / Auditor do Estado – RS / 2018) No título 
referente à Ordem Social, o constituinte dispôs o seguinte: “o Estado 
promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a 
capacitação científica e tecnológica e a inovação”. 
Normas de eficácia limitada
Princípios institutivos 
(organizativos/orgânicos)
Esboçam a organização de 
instituições e órgãos, e 
estabelecem ainda 
competências, limites e 
vedações aos entes.
Exemplos: art. 25; 33; 37, 
VII, 113; 121; 146; 161, I, 
dentre outros. 
Princípios programáticos
Esboçam programas e 
compromissos que o Estado 
deve implementar, 
especialmente no âmbito dos 
chamados "direitos sociais".
Exemplos: art. 6º; 196; 205; 
215, dentre outros. 
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Considerando-se a classificação das normas constitucionais quanto a sua 
eficácia, é correto afirmar que tal dispositivo é uma norma: 
a) de eficácia plena. 
b) de eficácia contida. 
c) exaurida. 
d) autoexecutável. 
e) programática. 
Resolução: Alternativa E. 
 Trata-se de uma norma de eficácia limitada do subtipo veiculadora de 
princípios programáticos. 
 Observe-se que, da forma como vigente, a norma tem aplicabilidade 
bastante reduzida, não tendo o condão, de por si só, projetar todos os efeitos 
pretendidos. 
 A forma como efetivamente serão promovidos e incentivados o 
desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e 
a inovação, depende de complementação legislativa. 
 
 
Tendo essas particularidades em mente, vamos à letra da Lei Maior! 
 
 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes: 
 
(1) Como salienta Lenza (2012, p. 970), o direito à vida “abrange tanto o 
direito de não ser morto [quanto] o direito de ter uma vida digna”. Dessa 
compreensão decorrem diversas disposições constitucionais e 
infraconstitucionais, sendo uma das mais evidentes a proibição de pena de 
morte, salvo em caso de guerra declarada (art. 5º, XVLII, “a”). 
5.8 – O art. 5º da Constituição Federal de 1988 C
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Questão não pacificada (e de improvável incidência em concursos) é a 
extensão da significação do termo vida. Como definir quando ela começa e o 
que lhe é elemento fundamental? 
Nessa zona cinza, o STF já declarou a constitucionalidade das pesquisas 
com células-tronco embrionárias (ADI 3.510/DF) e do aborto de fetos 
anencefálicos (ADPF 54/DF), observados determinados elementos reguladores 
e limitadores. 
(2) Para o STF (HC 94.016/SP) a simples presença de pessoa no território 
nacional, mesmo que estrangeiro e sem domicílio no Brasil, é elemento 
habilitador de direitos e garantias fundamentais, tais como o direito à 
vida e à liberdade. 
(3) A igualdade/isonomia possui um sentido horizontal e um vertical. 
A acepção horizontal diz com os indivíduos que estão nivelados na 
mesma situação e que, por este motivo, devem ser tratados da mesma forma. 
Já a acepção vertical refere-se aos indivíduos que se encontram em situações 
distintas e que, justamente por isso, devem ser tratados de maneira 
diferenciada na medida de suas diferenças. 
O princípio da isonomia (insculpido no caput do art. 5º), implica 
em tratar de forma desigual os desiguais, na medida de sua 
desigualdade. Grosso modo, é a chamada igualdade/isonomia material. 
Nesse sentido, por exemplo, já dispôs o STF que a lei pode distinguir situações 
a fim de conferir a uma situação tratamento diverso do que atribui a outra, 
desde que a discriminação seja compatível com o conteúdo do princípio em 
que se sustenta (ADI 2.716/RO). 
 
14- (CESPE / STJ – Conhecimentos Básicos / 2015) 
Julgue o item seguinte, acerca dos direitos e garantias fundamentais da 
República Federativa do Brasil. 
Ações afirmativas são mecanismos que visam viabilizar uma isonomia material 
em detrimento de uma isonomia formal por meio do incremento de 
oportunidades para determinados segmentos. 
Resolução: Correto! As ações afirmativas, a princípio, são medidas 
temporárias com efeito compensador ou reparador para fins de eliminar ou 
minimizar distorções entre os diferentes segmentos da sociedade. 
15- (CESPE / Técnico do Seguro Social – INSS / 
2016) A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item a seguir. 
O direito à vida desdobra-se na obrigação do Estado de garantir à pessoa o 
direito de continuar viva e de proporcionar-lhe condições de vida digna. 
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Resolução: Correto. A CF/88 alberga o direito à vida, e é dever do Estado 
assegurá-lo sob diversos aspectos, como o direito do indivíduo de não ser 
morto e o dever do Estado de lhe proporcionar condições mínimas de 
sobrevivência e um tratamento digno. 
 
 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos 
desta Constituição; 
 
(1) Este inciso recai no princípio da isonomia. Guardem bem: igualdade 
não impede tratamento diferenciado na medida das diferenças! 
Foi assim que o STF já declarou constitucional a adoção de critérios 
diferenciados para a promoção de integrantes das Forças Armadas, em razão 
do gênero (RE 498.900-AgR/BA), dentre outras medidas afins. 
 Também já se reforçou a constitucionalidade (ADC 19) da criação de 
legislação específica para coibir a violência doméstica e familiar contra a

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