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Civil V

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ATT00001
CIVIL V.docx
COMPRA E VENDA: 
Cláusulas especiais: só existirão se houver acordo entre as partes. Nenhuma delas é presumida, pois dependerão necessariamente de um acordo. 
Retrovenda – art. 505: o direito que o vendedor tem de pagar ao comprador o valor que este recebeu. Na verdade é uma devolução mais as despesas. Com isso, a venda estará desfeita. Cláusula pela qual o vendedor, em acordo com o comprador, fica com o direito de, em até três anos, recomprar o imóvel vendido, devolvendo o preço e todas as despesas feitas pelo comprador. Não se aplica a móveis, só a imóveis. Imaginem que uma pessoa em dificuldades financeiras precisa vender uma casa que foi dos seus antepassados, usa então a retrovenda para ter uma chance de em três anos readquirir a casa pela qual tem estima. É cláusula rara porque é onerosa para o vendedor, mas não deixa de ser útil para quem está em dificuldade transitória. É também conhecida pela doutrina como pacto de resgate ou de retrato. A retrovenda é de iniciativa do vendedor e torna inexistente a venda originária, reconduzindo os contratantes à situação anterior ao contrato.
Para alguns não é um desfazimento de uma relação, e sim a volta do bem – isso tem importância no direito tributário, ou seja, haverá outro tributo a ser pago na cláusula de retrato? Para o direito tributário sim. Segundo jurisprudências do TJ, na retrovenda não pode haver cláusula de juros – agiotagens. Os agiotas utilizam o bem como forma de dinheiro, e o prazo para pagar o dinheiro seria o prazo do artigo 505, ou seja, 3 anos. Portanto, se houvesse inadimplemento o agiota seria o dono do bem, ou seja, se o devedor não devolvesse o dinheiro em três anos ele se tornaria dono do bem. O prazo decadencial é de 3 anos para exercer a retrovenda. Caso esse prazo seja maior estabelecido em contrato, não haverá nulidade da retrovenda, apenas o prazo maior não será considerado escrito, logo, utiliza-se o prazo máximo estabelecido em lei. Se o prazo for menor, o que vale é o menor.
Venda a contento – art. 509: a venda será desfeita porque o comprador não ficou contente. Condição suspensiva: a compra não estará perfeita enquanto o comprador não manifestar o seu agrado. Ex.: comprei uma coisa pela camisa, não gostei e tenho 7 dias para trocar. Ex.: comprei uma camisa dei dois passos para fora da loja e não gostei. Ex.: comprei um presente e a pessoa quis trocar. Essas três trocas tem em comum a relação consumerista e a boa fé objetiva. Os três exemplos se referem à uma venda a contento fora da relação consumerista, onde não há a necessidade de motivá-la porque a pessoa simplesmente não gostou do que comprou, é um critério subjetivo. No direito civil, há a necessidade de um acordo expresso. Na vida prática pode vir a ser presumida ou com força na lei, no caso da relação consumerista. 
Preempção – art. 513: cláusula que dá direito à preferência, essa cláusula depende de acordo entre as partes. Ex.: vendi uma casa para alguém, e se esse alguém for vender para um terceiro ele tem que me ofertar primeiro pois eu tenho preferência. Excepcionalmente, pode ser originária da lei, p. ex., se o locador for vender o imóvel ele tem que dar preferencia ao locatário. O prazo é de 180 para bem móvel e 2 anos se for bem imóvel. A preferência difere da retrovenda, por cinco motivos: 1) a preferência não precisa de registro em Cartório de Imóveis e nem constar na escritura pública; 2) na preferência a iniciativa é do comprador em querer vender, enquanto na retrovenda é o vendedor que tem a iniciativa e a faculdade de comprar de volta; 3) a retrovenda só se aplica a imóveis, com efeito real (507, in fine), e a preferência a móveis e imóveis, sem efeito real (518); 4) na retrovenda se extingue uma venda, aqui na preferência se celebra novo contrato; 5) o direito à retrovenda se transmite aos herdeiros (507), o direito à preferência não (520).
Venda com reserva de domínio – art. 521: comprador, vendedor e propriedade. O vendedor possui a posse indireta da propriedade, já o comprador possui a posse direta. Se o comprador não pagar, o vendedor pode entrar com uma ação de busca e apreensão contra ele porque a propriedade é dele. O vendedor precisa ter um grande capital de giro, p. ex., financia a geladeira em 12x para o comprador, mas precisa pagar imediatamente para o fornecedor. Além disso, ele não é instituição financeira, ou seja, sua taxa de juros é menor. Só vale para bem móvel.
Venda sob documento – art. 529: a transferência da propriedade se dá no documento. É a chamada tradição ficta.
PERMUTA OU TROCA – art. 533: é o contrato pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro, aplicam-se as regras de compra e venda. I – cada um paga metade das despesas, p. ex., escritura de compra e venda. Quando for vender um bem imóvel, precisa atuar com o cônjuge, salvo no regime de separação absoluta de bens. Se a troca obedece a mesma regra da compra e venda, irá obedecer tal disposição assim como as despesas; II – venda entre ascendentes e descendentes desde que haja o aceite dos outros descendentes. O problema está na doação, ou seja, se vender e a pessoa não receber seria uma doação simulada. Existe a preocupação com valores desiguais para evitar a simulação. Como poderia simular uma doação na permuta? Trocando bens com valores desiguais. 
CONTRATO ESTIMATÓRIO OU VENDA POR CONSIGNAÇÃO: 
Personagens: 
Consignante: quem entrega;
Consignatário: quem recebe.
É utilizado na venda de carros e eletrodomésticos usados, bem como na de quadros e obras de arte. Não se aplica a imóveis. Ex.: João quer vender seu carro e deixa nessas lojas de veículos que se vê pela cidade, ou José é pintor e deixa seu quadro numa galeria para exposição. O código chama de  “estimatório”, pois o consignante (dono da coisa) estima o preço mínimo para venda pelo consignatário (dono da loja ou galeria). A venda por mais do que o preço estimado é lucro para o consignatário. Se o objeto não for vendido no prazo fixado entre as partes, o consignatário pode comprá-lo pelo preço estimado ou então devolver a coisa ao consignante (é obrigação facultativa do consignante, vide 534, in fine).  O contrato estimatório é contrato real, não se forma antes da entrega da coisa (534 – sublinhem “entrega”).  Além de real, é oneroso (não é gratuito), comutativo (não é aleatório) e bilateral (não é de efeito unilateral). 
Art. 535: se o bem for destruído, o consignatário não se exonera da obrigação de pagar. A venda por consignação significa dizer que o consignatário assume o risco em relação a coisa, tem que conservar e ocorreu um fato de força maior. 
Art.536: se o consignatário não é propriedade, os credores não poderão penhorar esses bens. No momento em que ele pagar integralmente o valor ele será o proprietário. A responsabilidade é de quem está na posse então, p. ex., o meu cliente dono de uma empresa tem que comprovar que aquela bem está consignado dentro dos outros bens que não estão. 
Art. 537: entreguei um livro em consignação, a Saraiva vai revender só que eu estou desesperada por dinheiro e vendo o livro para um terceiro. Estarei cometendo uma fraude não só a Saraiva, como ao comprador do consignatário. A venda a consignação diminui ao direito de dispor. 
DOAÇÃO: é contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o outra, que os aceita. Há promessa de doação? Não. Existem duas possibilidades: 1 – doação condicional, p. ex., doarei minha casa à você se você casar com fulano(a); 2 – e se houver a promessa de coisa futura? Ela não obriga, mas pode gerar a responsabilidade civil, o que significa que produz efeitos (indenização por perdas e danos), mas não o esperado (doação). A doação tem natureza contratual, sendo assim depende de acordo e aceitação entre as partes, que pode ser tácita em alguns momentos. 
Características:
Unilateral: a doação é um negócio jurídico bilateral, que depende da vontade de duas partes.
Como contrato é unilateral, que só gera obrigação a uma das partes. Então, todo contrato é um negócio jurídico bilateral, mas nem todo contrato é bilateral. Ex.: doarei minha casa se você cuidar do meu cachorro. O que caracteriza o contrato bilateral é ele ser sinalagmatico, ou seja, a obrigação gerar uma contraprestação que equivalha a uma outra obrigação. Então o exemplo é unilateral, porque o valor da casa é muito mais alto do que cuidar do cachorro. E se a casa for o mesmo valor do cachorro? Não haverá doação. 
Gratuito: a circulação do bem é gratuita, já na compra e venda existe o pagamento da contraprestação.
Liberalidade: o doador age por pura liberalidade/generosidade.
Consensual ou formal
Translação de coisa ou direito: por exemplo, doação do direito de crédito consubstanciado num cheque. A doação não pode ser de um bem que não me pertence, na compra e venda sim, pois não preciso ser proprietário no momento da venda, apenas no momento da transferência. 
Ato inter vivos: a doação é feita para produzir efeito em vida, pois o que temos em mortis causa é o testamento, que é o legado. A antecipação de herança é feita por doação, logo, se quero antecipar a herança faço uma doação e se não quero, faço um testamento. Existe uma regra que diz que só posso doar o que posso testar por conta dos tributos. 
ELEMENTOS DA DOAÇÃO:
Subjetivo: 
Incapazes – art. 543: 
Donatário: o problema está na aceitação, pois como ele não tem discernimento não tem como emitir a sua vontade. Além disso, ele não pode receber o bem que está sendo doado, sendo prejudicado. Então, a doação para absolutamente incapaz dispensa-se a aceitação, pois a mesma é presumida. Ex.: pai e filho não se falam, só que o pai ama o neto e quer doar. Ele não precisa que o pai assine porque em se tratando de absolutamente incapaz a aceitação é presumida. E quando for relativamente incapaz? Ele tem que aceitar, mas não precisa ser assistido. 
Doador: o representante legal tem o poder de administração, que age em poder do incapaz. Ele pode até dispor desses bens do incapaz, desde que seja em favor do incapaz. A venda do imóvel necessita de autorização judicial. Ex.: avô deixa um apto enorme para o incapaz e ele não tem dinheiro para estudar, o representante legal pode vender desde que seja em proveito. Então para que o incapaz iria querer doar algo? Ex.: criança milionária que doa para uma instituição de caridade está fazendo um marketing social, que pode até ser um proveito social. O que interfere é a rede social e a imagem de ser politicamente correto. Diferente seria se a mãe ligasse em anônimo e doasse com o dinheiro da criança.
Cônjuge – art. 544: se o cônjuge for vender um bem, ele necessita da outorga conjugal, salvo se o regime for da separação de bens. A razão disso é a proteção familiar, ou seja, se para a venda preciso da outorga, a doação é muito mais grave. A doação de um cônjuge para outro importa no adiantamento da herança. Casal em comunhão parcial de bens compra um apto por R$ 800.000,00, ou seja, ½ do homem e ½ da mulher, se alguém morrer o outro não vai herdar a metade, pois ele já é meeiro. Na comunhão parcial só se comunicam os bens adquiridos na constância do casamento, portanto, excluem-se a herança, doação e os bens adquiridos antes do casamento. Dependendo da constância do casamento, o cônjuge pode ter metade do bem mas não pode ter metade do patrimônio. Por outro lado, o cônjuge pode ser herdeiro, então se um cônjuge doar para outro ele estará antecipando a herança. E se ele não for um herdeiro legal? Ao invés de fazer uma doação, estou fazendo um testamento e tratando ele como um herdeiro testamenteiro, antecipando a herança. A finalidade desse instituto é proteger os outros herdeiros, ou seja, doar 50% para os herdeiros necessários. Art. 550: a doação de um cônjuge adultero pode ser anulada pelo outro ou por seus herdeiros. Na letra fria da lei essa relação chama-se concubinato, mas será que pode se chamar de cúmplice? Esse artigo traz a ideia de relação clandestina, ocultação, por isso a interpretação deve ser restritiva. 
Mandatário: só será lícito ao mandatário efetuar a doação desde que tenha poderes especiais para doar e as especificidades do bem.
Ascendente e descente – art. 544: importa a antecipação da herança. Antigamente, falava-se em legítima, que é o que vai para os herdeiros necessários, ou seja, 50% do patrimônio. Ex.: fulano tem 4 filhos e quer doar mais para o F4, pode? Sim – 50% fulano tem que distribuir para os herdeiros necessários, incluindo F4, os outros 50% é de livre disposição. O tratamento igualitário entre os filhos tem que ser feito nos 50% (legítima) para os herdeiros necessários, logo, 12,5% para cada um. Então, o máximo que o F4 pode receber é 62,5%.
Nascituro – art. 542: possibilidade de doar ao nascituro.
objeto: 
a doação para ser validade é necessário que o objeto esteja no comércio;
o objeto pode ser móvel ou imóvel, corpóreo ou incorpóreo, presente ou futuro. Pode-se ter um bem determinável, p. ex., a cria de um animal que ainda está em gestação.
Tem que ser lícito e determinado.
Art. 548: não posso doar todo o meu patrimônio. Ex.: eu doo meus bens aos meus filhos com cláusula de usufruto ao meu favor, dando portanto, renda suficiente para subsistência ao doador.
Doação inoficiosa - art. 549: só posso doar o que posso deixar em testamento, ou seja, posso deixar 50% em testamento para quem eu quiser, logo, posso doar. Em outras palavras, se tenho herdeiros necessários a doação está limitada a 50%. É preciso que eu tenha herdeiro necessário, caso contrário posso doar 100%. Se ultrapassar o limite para os herdeiros necessário essa doação é nula. Ex.: meu patrimônio é de R$500.000,00 e doei R$300.000,00, onde só poderia doar R$250.000,00, logo, os R$50.000,00 são considerados nulos.
Insolvência do doador: se com a doação o doador ficar insolvente, os credores prejudicados poderão anulá-la, a não ser que o donatário, com o consentimento dos credores, assuma o passivo do doador, dando-se, então, uma novação subjetiva. Isso é a fraude contra credores, ou seja, diminuo meu patrimônio porque tive que me tornar insolvente. Fraude contra credores: diminuição patrimonial com claro objetivo de se tornar insolvente. Como faço isso? Vendendo ou doando. No primeiro caso, tem que comprovar a falta de boa fé das partes. Já no segundo, se a doação é feita para enganar os credores, ela é desfeita. A presunção da falta de boa fé torna a doação anulável, então o credor tem que provar que houve a doação e que ela levou à insolvência. A legitimidade para propor a anulação é do credor do doador, e ele moverá contra o doador e contra o donatário. A doação de bens alheios é inadmissível, por ter ela por objeto coisas não pertencentes ao doardor; no entanto, será suscetível de ratificação se o próprio doador vier a adquirir posteriormente o domínio do bem doado. Ou seja, não se pode doar bem alheio. A doação de bem alheio seria um ato anulável, e não nulo. Anulável pode ser convalidado, ou seja, o terceiro vem e confirma a doação - isso é relevante para bens móveis. Outra forma de ratificação: professor dou o bem de ana para Maria e depois comprou o bem de Maria, essa aquisição significa a ratificação da doação. 
Forma – art. 541: em regra geral será feita por escritura pública ou instrumento particular. A exceção é a doação verbal, que só pode ser quando o bem for móvel ou de pequeno valor. O que é pequeno valor? Não existe quantidade, pois o valor é pequeno e insignificante para o patrimônio do doador.
EVICÇÃO E VÍCIOS REDIBITÓRIOS NA DOAÇÃO – art. 552: pressupõe que o contrato é comutativo, ou seja, oneroso. Então, em tese, não há que se falar em evicção ou vício redibitório em doação. Entretanto, o art. 441 estipula a doação onerosa, ou seja, a que trás junto um ônus para o donatário. 
Revogação – art. 555: extinção da doação por vontade do doador, que quer que o bem retorne ao seu patrimônio. A regra é a irrevogabilidade, ou
seja, uma vez doado não há retorno do bem. Duas hipóteses: 
Inexecução do encargo: doou minha casa para você se você cuidar do meu cachorro, se você não cuidou não dou mais.
Ingratidão: é muito subjetivo, então o art. 557 enumera as hipóteses: (i) tentativa de homicídio ou homicídio doloso); (ii) ofensa física de qualquer natureza; (iii) injúria ou calúnia; (iv) os alimentos tem seu valor limitado à doação e tem o significado restrito, ou seja, garantir a sobrevivência a fim de evitar que a pessoa morra de fome porque realizou a doação. 
Art. 558: a ingratidão pode atingir terceiros – cônjuge (equipara a companheiro ou companheira), ascendente, descendente, ou irmão. 
Art. 559: prazo de um ano a contar do conhecimento do fato.
Art. 560: o direito de revogar a doação não se transmite aos herdeiros, pois o ato é pessoal, então e estou revogando é porque perdoei. 
Art. 561: se em vida o falecido perdoou, não há o que revogar. O perdão é tácito. 
Art. 563: o terceiro deve ser sempre protegido. Ex.: doei minha casa para alguém e esse alguém a doou para um terceiro. Esse alguém tentou me matar, não há que se falar em revogação da doação porque estaria atingindo o terceiro, que presume que ele está de boa fé por uma questão de relação jurídica. 
Art. 564 – não se revogam as doações: 
puramente remuneratórias – ex.: advogo para Drica gratuitamente e ela me doa como forma de gratidão. Está dentro da obrigação natural, onde não há obrigação de pagar, mas paga mesmo assim. Haveria um débito porque o estatuto da OAB não pressupõe gratuidade para um colega. Não há obrigação de cobrar, mas a pessoa me remunerou mesmo assim. Logo, não há o que se revogar.
Oneradas com encargo, p. ex., doei minha casa para você cuidar do meu cachorro por 1 ano. 2 anos depois você tenta me matar. Essa doação não pode ser revogada porque o encargo já foi cumprido.
Oneradas em cumprimento de obrigação natural;
Determinada por casamento.
ESPÉCIES:
Pura e simples: é feita por mera liberalidade sem condição, sem encargo, sem termo, enfim, sem qualquer restrição ou modificação para a sua constituição ou execução.
Condicional: surte efeitos somente a partir de ou ao findar um certo momento, ou seja, é a que depende de acontecimento futuro e incerto.
A termo: é a que contém termo final ou inicial. 
Com encargo: aquela em que o doador impõe ao donatário uma incumbência em seu beneficio, em proveito de terceiro ou do interesse geral. 
Remuneratória: há firme proposito do doador de pagar serviços prestados pelo donatário ou alguma outra vantagem que haja recebido.
Conjuntiva: feita a mais de uma pessoa, sendo distribuída por igual entre os diversos donatários, exceto se o contrato estipulou o contrário. Art. 551: presunção é que a divisão é feita em partes igual, salvo estipulação em contrário. P.u.: se doei para um casal e o companheiro morreu, essa parte da doação não faz parte da herança. Doei 400 mil para o casal (200 para cada) e o patrimônio do falecido era de 800 mil, na verdade o patrimônio é de 600 mil. 
LOCAÇÃO: é um contrato mediante remuneração paga por uma parte à outra. Se compromete por um prazo determinado ou indeterminado ao uso/ gozo de um bem, prestação de um serviço ou a execução de alguma obra determinada.
de coisas: remuneração por meio de aluguel;
de serviços (prestação de serviços): remuneração por salário;
de obra (empreitada): preço.
LOCAÇÃO DE COISAS:
bens móveis (código civil);
bens imóveis: urbanos (lei 8.245/91 e CC) ou rurais (lei 4504/64 e decreto 59566/66). 
Art. 565: locação tras a ideia de ceder algo, ou seja, o uso e o gozo. Ex.: locatário pode plantar e retirar os frutos da arvore no imóvel aluguel. Não há locação de coisa fungível, porque se entrego um bem e você tem que me entregar um equivalente o contrato é de mútuo. Se for gratuito é contrato de comodato. Prazo determinável ou indeterminável. 
PERSONAGENS:
locador: senhorio, aquele que fornece a coisa;
locatário: inquilino, aquele que terá o uso e gozo do bem.
CARACTERÍSTICAS:
bilateral: obrigação para ambas as partes;
oneroso;
comutativo: não tem risco, não é aleatória. A contraprestação vai existir no preço da prestação.
consensual: não é formal. Pode ser verbal, basta ter um consenso;
execução sucessiva: perfaz no tempo. Ex.: aluguei um carro por um dia, se eu não devolver hoje, ela continua, não é extinta como uma rescisão. 
ELEMENTOS:
subjetivo: o locador não necessita ser proprietário, bastando ter o direito de usar e fruir da coisa. Faculdades do proprietário de um bem: usar, fruir e dispor. Ex.: um bem da lava-jato pode ser alugado? Sim, porque o aluguel está na fruição e não na disposição. A locação está na fruição, se posso fruir do bem eu posso alugá-lo. Pode alugar o patrimônio do incapaz? Sim, porque o aluguel está na administração e é importante para gerar renda para o mesmo. Se for absolutamente, terá que ser assistido. Na locação não precisa de outorga conjugal, só há uma exceção: na lei de locação predial (8245/91), quando o contrato for assinado com a duração superior a 10 anos, a mesma dependera de vênia conjugal. Ninguém assina um contrato com prazo inicial com 10 anos, ela pode até durar 10 anos, mas ir se renovando de ano em ano.
Objeto: coisa infungível, móvel, imóvel, determinada e presente. A venda pode ser de bem futuro, já a locação não – não é possível alugar um imóvel que nem existe ainda.
Forma: escrito ou verbal. Se a locação for de prédio urbano for por escrito, ela vai gozar de proteção legal.
OBRIGAÇÕES DO LOCADOR:
Art. 566: entregar a coisa alugada e garantir o uso pacífico da coisa. A vistoria tem a importância para quebrar o inciso I, porque a presunção é o bom estado. 
Obrigação de restituir – art. 567: ideia de que ao final do contrato eu devo restituir o bem. O locatário pode pedir o abatimento do valor do aluguel ou a resolução do contrato se a coisa aluguel se deteriorar sem culpa deste. 
VÍCIO REDIBITÓRIO E EVICÇÃO – art. 568: se eu alugo um bem e ele vem com vícios, aplicam-se as regras de tal instituto e eu vou responder por isso. O mesmo vale para a evicção. 
OBRIGAÇÕES DO LOCATÁRIO – art. 569: colocar a finalidade do bem alugado num prédio comercial, por exemplo, é que muda a estrutura. Se alugar uma loja para fins de restaurante e do nada ele mudar para uma loja, isso mudará a estrutura do prédio e o público para futuras locações. Então interessante seria colocar a finalidade mais restrita possível. 
I – exemplo: se um terceiro invadir o imóvel; se o vizinho fizer uma obra e danificar o imóvel etc o locatário, que tem a posse do bem, é quem estará diante do problema, por isso deve levar ao conhecimento do locador;
Preempção – art. 576: colocar multa em relação ao descumprimento de cláusulas contratuais + perdas e danos com a devolução do bem no estado em que se encontrou. Isso é importante para poder acionar o fiador. 
Obs. 1: caso o bem seja alienado, o locatário tem preferencia para adquirir o bem. Entretanto, não necessariamente a alienação vai gerar a continuação do contrato, por isso é interessante incluir essa cláusula de vigência, p. ex., em caso de alienação o contrato vai continuar vigente. Além disso, a cláusula também tem que prever tal disposição no RGI. Logo, não basta a cláusula de vigência, pois isso também tem que estar registrado no RGI para que o terceiro adquirente tenha ciência da cláusula. A alienação do imóvel não importa na sua continuação, para que o contrato continue nos seus moldes é preciso que essa cláusula de vigência seja incluída e registrada no RGI. 
Obs. 2: o ponto comercial é o direito de estar localizado em determinado lugar. Esse direito pode vir de duas formas: da propriedade ou do contrato de locação. 
Direito de retenção – art. 578: direito de retenção no caso de benfeitorias uteis e necessárias. O locatário, ao final do contrato, não devolve o bem porque as benfeitorias não foram
pagas. As benfeitorias necessárias não precisam de autorização pelo locador, logo, este deve indenizar o locatário de qualquer modo. Já á as úteis só deveriam ser indenizadas se o locatário tivesse autorização do locador. Há uma corrente maioritária que diz que essas duas benfeitorias devem ser previamente autorizadas pelo locador, então o contrato tem que trazer tal disposição, ou seja, as partes acordam diferentemente da lei. Recomendação para se estiver do lado do locador: as benfeitorias devem ser autorizadas por escrito e previamente. 
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE – art. 577: se o locador ou locatário morreram, transfere-se aos seus herdeiros a locação por tempo determinado. Não vale apenas para a morte, mas como também para a sucessão, fusão, incorporação e cisão de empresas.
EXTINÇÃO DA LOCAÇÃO:
vencimento do prazo – art. 574: um contrato com prazo determinado, se vencido e se não houver oposição, presume-se a continuação. 
perda do objeto – sem culpa;
rescisão – inadimplemento culposo – art. 570: se o locatário não pagar o aluguel, danificar o bem, não seguir o que foi acordado etc. haverá a rescisão + perdas e danos. Esse artigo da uma possibilidade do locador de romper o contrato. 
LEI 8.245/91: 
Aplicação: imóvel urbano x rural. Finalidade e predominância. O problema é a dupla finalidade. Ex.: sujeito compra um imóvel urbano, mas planta uma horta para vender. Vai depender da predominância, se a pessoa trabalha em casa ou se mora. Essa lei tem um papel protetivo, a locação visa proteger o locatário. 
Art. 1, p.u., a, 3: publicidade, apart hotel são regidos pelo CC e não pela lei especial. No apart hotel tenho 2 contratos: de locação do imóvel e com o condomínio, o da locação é regido por essa lei, e o com o hotel/ administradora é pelo CC porque é de prestação de serviço. É possível só alugar. No apart hotel é a locação por temporada, por isso existe a rotação de 3 em 3 meses. 
Art. 1, p.u., b: arrendamento mercantil serve só para bens imóveis, na prática.
Residencial – art. 46: contrato residencial escrito com prazo igual ou superior a 30 meses x contrato residencial verbal ou por prazo inferior a 30 meses. Quando o contrato for de 30 meses ou mais, durante a sua vigência, em regra, o locador não pode pedir o imóvel e o locatário não vai poder devolver, a não ser que pague uma multa contratual. Ao final do prazo determinado, se as partes nada pactuarem, o contrato continua por prazo indeterminado, o locador pode pedir o imóvel a hora que ele quiser, sem nenhum motivo – denuncia vazia ou imotivada. A única medida que precisa ser dada é dar um prazo para 30 dias desocupação. O locatário também pode devolver a qualquer tempo, sem incidência de multa. Art. 47: contrato verbal com prazo inferior a 30 meses, ao final do prazo determinado, o contrato passa a valer com prazo indeterminado. O problema de ser verbal é a falta de proteção jurídica. O locador, no prazo indeterminado, não pode pedir o imóvel de forma imotivada, mas se a locação (desde o inicio) ultrapassar 5 anos, a denuncia pode ser imotivada. 
Temporada – art. 48: o contrato não pode ser superior a 90 dias, o imóvel pode ou não estar mobilhado (normalmente vai estar), o importante é inventariar todos os bens lá existentes. O que não estiver inventariado, não faz parte da locação. Se o inventario não é feito, presume-se que não está mobilhado. Esse é o único tipo de locação que admite cobrar antecipadamente. Art. 50: se findo o prazo ajustado (90 dias) + 30 dias, e ninguém se manifestar, presume-se que a locação foi prorrogada por prazo indeterminado, passando a ser uma locação residencial no modelo de 30 meses, logo, a denuncia vazia só poderá ocorrer após trinta meses. 
Comercial/ empresarial – art. 51: cabe a renovatória, que é um direito subjetivo do locatário e um dever do locador em renovar. Essa locação tem em mente o ponto comercial. Para o professor, é um direito potestativo que leva uma submissão à outra parte. Requisitos: contrato tem que ser por escrito e com prazo determinado; renovação ininterruptas (ou o contrato tem 5 anos direto, ou tem prazo de 1 ano e foi renovando até dar 5); o locatário tem que estar no mesmo ramo (mesma clientela, p. ex., tinha uma churrascaria e depois fiz um restaurante vegetariano a cliente muda bruscamente) por 3 anos. Quando passa o ponto, se o contrato já tem 4 anos, a clientela é maior, mas por outro lado, fica-se preso que o locatário tenha que ficar no mesmo ramo. A renovatória é um risco absoluto do negócio. Art. 52: dispõe sobre as hipóteses em que o locador não é obrigado a renovar o contrato. 
Não residencial/ residual: ao final do prazo determinado, o locador poderá exercer a denuncia vazia, conferindo prazo de 30 dias para a desocupação. E o locador pode devolver sem pagar multa. 
Especial – art. 53: locação restritiva. Não existe prazo especifico, pode ser até de 1 dia, o prazo que ele durar o locador não pode pedir o imóvel de volta, e sim para o locatário ficar amarrado a ele e pagar uma multa se quiser ir embora. Não há renovatória, e sim a permanência.
LOCADOR: 
Art. 22: se é para fins residenciais, e não faço a vistoria, presume-se que o imóvel está em boas condições.
Inciso VIII: em regra, a obrigação de pagar o IPTU ou outro imposto é do locador. Entretanto, este artigo estabelece que "salvo disposição expressa em contrário no contrato" a obrigação pode ser do locador. Essa obrigação é única e exclusiva das partes, não atinge ao poder público por causa do direito tributário, o sujeito passivo do IPTU é o proprietário e isso para o município isso não tem valia alguma. Portanto, não pode-se opor esse contrato de locação ao município. Ex.: obrigação de pagar o IPTU é do locatário, que não pagou. O município acionou o proprietário, e ele embargou dizendo que quem tem que pagar é o locatário, isso não tem valor. Na prática o melhor é o proprietário pagar ao município e posteriormente cobrar ao locatário. Isso se vale para as dívidas condominiais, onde o sujeito passivo é o proprietário, por isso a dívida é do proprietário, que depois cobra ao locatário. 
Parágrafo único: despesas ordinárias (do dia-a-dia) do locatário e extraordinários do locador (fora do comum, p. ex., troca de elevador e de fachada). Atenção para a letra d: indenização são pagas pelo locador desde que ocorridas em data anterior ao inicio da locação, e o locatário fica responsável pelas indenizações durante a vigência do contrato. Despesas condominiais: o fundo de reserva é de obrigatoriedade do locador, mas a manutenção/ reposição deste é do locatário quando este dinheiro foi usado nas despesas que ele locatário é obrigado a pagar – despesas ordinárias/ comuns. 
EXTINÇÃO DA LOCAÇÃO:
Art. 9: mutuo acordo; descumprimento contratual; falta de pagamento;
COMODATO: é o contrato pelo qual uma pessoa entrega a outra, gratuitamente, uma coisa, para que dela se sirva, com a obrigação de restituí-la. 
Art. 579: antes da entrega do bem não há comodato. 
PERSONAGENS:
comodante: quem empresta
comodatário: quem utiliza a coisa
CARACTERÍSTICAS:
unilateral: obrigação para o comodatário;
gratuito: não existe comodato oneroso, mas ele pode gerar despesas ordinárias, p. ex., condominiais, luz, gás, etc;
real;
liberalidade;
intuitu personae: personalíssimo, emprestei para alfa, e este não pode emprestar para outra pessoa – nasce da liberalidade e gratuidade, então a interpretação tem que ser restritiva.
ELEMENTOS:
subjetivo;
incapazes – art. 580: é possível que o comodante seja usufrutuário do bem. O tutor e curador são administradores do bem do incapaz, em princípio, o comodato está alheio à administração. Então não posso olhar o comodato em beneficio do incapaz, pois existiria a locação. A autorização especial leva em conta a proteção do incapaz em tempos de crise, por exemplo, pois o comodatário irá preserva o imóvel pagando as despesas condominiais, pintar o apto etc. 
pluralidade de
comodatários – art. 585: ficarão solidariamente responsáveis para o comodante, e não com o terceiro. Ex.: professor emprestou a casa para todos os alunos fazerem um churrasco, no final a casa está destruída, então todos são responsavelmente solidários para consertar e entregar o bem no estado em que ele foi entregue. Ex.: sujeito pegou um vidro de maionese e jogou janela abaixo, a vítima ficou tetraplégica. 
objeto: bem infungível e inconsumível, móvel ou imóvel. 
forma – art. 579: livre porque é um contrato real, se perfaz com a entrega do objeto. O contrato passa a existir com a entrega do bem.
PRAZO – art. 581: se não tiver prazo determinado, presume-se o uso outorgado, ou seja, o que o juiz entender por uso daquele bem. O comodante não pode pedir o bem durante o comodato, a não ser que haja uma necessidade imprevista e urgente. 
OBRIGAÇÕES DO COMODATÁRIO – art. 582:
de restituir;
guardar e conservar a coisa emprestada como se fosse sua: não se olha para o comodatário e analisar como ele cuida do seu bem, pois ele pode ser desleixado, e sim exige-se que ele aja de maneira objetiva, como se fosse proprietário, ou seja, tem que ter a mesma conduta que o proprietário. Não se olha para o aspecto subjetivo, e sim objetivo.
limitar o uso da coisa conforme estipulação contratual: o uso está estipulado no contrato, se não tiver, presume-se os usos e bons costumes daquela localidade; 
responder pela mora: despesas + não devolver o bem no momento correto. Se o comodatário não devolver nesse tempo, ele responde pelos riscos que esse bem possa vir a sofrer estando em mora + pagar aluguel, que não transforma o comodato em locação e tem natureza indenizatória para o comodante, por este estar sendo privado do uso da coisa. Todavia, o aluguel da coisa depende dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, pois quem fixa o valor é o comodante, o comodatário pode se opor, mas em juízo, e ai o ônus da prova é dele de comprovar que o preço não é justo nem razoável. A consequência da mora, ele tem que pagar um aluguel, que não tem como objetivo transformar em locação, o aluguel tem o sentido de indenizar o comodante que está sendo privado do bem. A mora do comodatário significa que o comodante está sendo privado do bem, portanto, tem que haver uma indenização. 
responder pelo riscos da coisa: a partir do momento que ele tem que guardar e conservar o bem, isso significa dizer que o risco da coisa pertence a ele. Ex.: contrato de seguro para garantir o imóvel, isso não caracteriza onerosidade e sim gastos para garantir o risco da coisa. 
art. 583: o comodatário tem que dar preferência ao bem do comodato do que um próprio bem pertencente ao seu patrimônio. 
Art. 584: despesas feitas com uso e gozo da coisa emprestada – condomínio, iptu, luz, água etc (despesas ordinárias).
OBRIGAÇÕES DO COMODANTE:
respeitar o prazo estipulado;
responsabilizar-se pelas despesas extraordinárias;
responsabilizar-se pela posse útil e pacifica da coisa dada em comodato. Ex.: sindico do prédio proíbe comodatário de usar a garagem, então o comodante entra com uma ação contra esse terceiro.
EXTINÇÃO:
advento do prazo;
inexecução contratual;
resilição unilateral: comodatário querendo devolver o bem, o comodante não pode pedir o bem de volta
distrato;
morte do comodatário: o contrato pode prever que o comodato é para entidade familiar, então a morte não iria rescindir o contrato.
EMPRÉSTIMO:
De bem fungível: mútuo; 
De bem infungível + gratuito: comodato.
De consumo: mútuo. O contrato com o banco é um empréstimo, ele é o mutuário (quem pegou o dinheiro emprestado) é o proprietário do bem, p. ex., o "meu" dinheiro no banco não é meu, e sim do banco, por isso ele pode limitar o saque, eu sou o credor. 
De uso: comodato. A utilização é conforme a condição contratual ou usos e costumes daquela região. 
MÚTUO – art. 586: o contrato pelo qual uma das partes transfere uma coisa fungível a outra. O mutuário é proprietário do bem, sendo obrigado a restituir a coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Pode ser:
gratuito: pego 100 emprestado e devolvo 100.
oneroso – mútuo fenerático: tenho que devolver 100 reais + juros.
EMPRÉSTIMO DE CONSUMO – art. 587: o empréstimo transfere o domínio/ propriedade da coisa emprestada. 
FIGURAS:
mutuante: quem se empresta a coisa
mutuário: quem utiliza a coisa
CARACTERÍSTICAS: 
unilateral;
gratuito ou oneroso;
real: enquanto não há a entrega da coisa não há o contrato de mútuo. Só se perfaz quando o mutuante entrega a coisa para o mutuário.
translatividade de domínio do bem emprestado.
ELEMENTOS:
subjetivo: 
Titularidade do domínio: o mutuante tem que ter poder para dispor do bem.
Poder de alienação: ao transmitir a propriedade, tem que ter poder de alienar. 
Incapazes – art. 588: se emprestei um bem ao menor, não posso reaver o bem. É uma doação, não é mútuo, pois se é um ato translativo de domínio e não pode reaver, na verdade não se deu em mútuo, não houve empréstimo e sim doação. O menor pode ser absoluto ou relativamente incapaz. 
Art. 589: o menor tem que devolver o bem.
objeto:
bem fungível;
consumível;
bem dentro do comércio – é a pessoa ter poder de alienação. 
Forma livre:
PRAZO – art. 592: se não houver lei especifica, olha-se o contrato, se não estabelecido contratualmente serão observadas as hipóteses deste artigo.
III – mútuo a vista: quando o mutuante exigir o pagamento. 
OBRIGAÇÕES DO MUTUÁRIO:
obrigação de restituir;
pagar os juros, se o mútuo for feneráticio.
DIREITOS DO MUTUANTE:
reclamar a restituição;
exigir o pagamento dos juros, se for feneratício;
exigir garantia;
demandar a resolução do contrato se o mutuário deixar de pagar os juros, se for feneratício.
Art. 590: primeiro exige a garantia da dívida através da fianca, se isso não for possível pede-se o vencimento antecipado.
EXTINÇÃO:
advento do prazo;
inexecução contratual;
resilição unilateral;
distrato.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – art. 593: é o contrato em que uma das partes se obriga para com a outra a fornecer-lhe a prestação de uma atividade, mediante remuneração. 
critério residual.
# CONTRATO DE TRABALHO:
remuneração;
atividade não eventual;
subordinação. 
FIGURAS:
tomador: é a pessoa que contrata o serviço (locatário);
prestador de serviços: quem presta o serviço (locador).
CARACTERÍSTICAS:
oneroso – quando um advogado fala que não vai cobrar honorários, ele está abrindo mão de honorários contratuais e não sucumbenciais – que só receberá se for vitorioso e se a outra parte pagar. Não seja a ser uma prestação de serviço gratuito;
consensual;
bileateral. 
ELEMENTOS:
subjetivo: prestador de serviço é a pessoa natural ou jurídica, podendo ser capaz ou incapaz.
Art. 606
objetivo: 
Art. 594
Art. 601
- formal
REMUNERAÇÃO – art. 596: necessariamente tem que ser remunerado, na eventualidade do valor não ser estabelecido, o CC prevê que será aplicado o valor de acordo com os costumes.
PRAZO – art. 598: o prazo máximo é de 4 anos e ao final este deve ser extinto esta só está impondo uma direção, não é impositiva, o contrato deve durar 4 anos se este terminar e o serviço continuar a ser prestado você é liberado do contrato este pode ser exercido por tempo indeterminado este é análogo ao contrato de locação.
EXTINÇÃO - art. 599: se nada for estipulado, a extinção necessita de prévio aviso. III – exemplo da diarista: caso você não queira mais os serviços dela, o dia seguinte será devido pois você deveria ter avisado previamente, para que ela pudesse exercer seus serviços a outra pessoa. 
Art. 600: "culpa sua" – o ônus da prova é do prestador de serviço, a partir do momento em que ele não aparece, pressupõe sua culpa, portanto, cabe à ele provar o caso fortuito ou força maior.
Art. 602:
o prestador não pode romper o contrato a hora que ele quiser, depois dos 4 anos é que ele pode se liberar a qualquer tempo. Se deixar de prestar o serviço ao longo da vigência do contrato: (i) o prestador que rompeu tem direito a receber pelo serviço prestado; (ii) pagar perdas e danos. 
Art. 603: o que foi vencido é devido por inteiro, aquilo que estiver a vencer tem que pagar a metade. 
Art. 604: o termo de quitação é muito importante, pois declara que o serviço já acabou e não há mais responsabilidade dali em diante.
Art. 605: Não necessariamente o contrato de prestação de serviços não é intuito personae, mas normalmente é. Uma vez contratado o prestador de serviço este não pode ceder a posição dele para outro, e nem subcontratar sobre pena de ele cometer falta contratual e de ele ser responsável pelo de quem ele cedeu. Então para que haja cessão do contrato ou uma subcontratação é necessária a concordância do contratante esta pode se dar no exato momento da substituição, ou na hora de celebração do contrato há uma causa autorizando a cessão.
Art. 607: Em princípio a morte de qualquer das partes leva a extinção do contrato, no que tange a morte do prestador de serviço é fácil pensar que esta levará a extinção, só que morte do contratante em princípio leva a extinção, salvo em duas hipóteses pacto em contrário (ex: eu celebro o contrato dizendo que se o contratante morrer estes continua) a segunda hipótese é que pelas circunstâncias do contrato chegar-se a conclusão de que este foi celebrado por entidade familiar. Um exemplo comum é a figura do cuidador de idoso, muitas vezes quem contrata é o filho e em circunstâncias podem levar a crer na possibilidade da continuidade do contrato pois se o filho que celebrou o contrato morrer não necessariamente este contrato irá se extinguir pois o idoso continua precisando de cuidados.
Art. 609: no meio rural é muito comum que você tenha prestação de serviços, então o fato de você alienar o prédio agrícola o contrato terá terminado este continua. Este pode optar em ficar no mesmo ou mudar por um novo e esta escolha não irá influenciar em nada.
EMPREITADA: um contrato em que uma pessoa fará uma obra, o cerne da empreitada é a obra então este contrato talvez depois da compra e venda é um dos mais fitos no país.
CC italiano - art. 1655
Não é simplesmente você fazer uma obra, é uma organização dos meio necessários para surgir esse prédio.
Obrigação de resultado: Não é uma obrigação de meio como a prestação de serviço.
Obrigação de dar: A obrigação é de dar e não de fazer.
PERSONAGENS:
Dono da obra: aquele que contrata a execução da obra
Empreiteiro: executor da obra
CARACTERÍSTICAS:
Bilateral
Oneroso
Consensual
Comutativo
Execução continuada
CLASSIFICAÇÃO:
Empreitada a preço fixo: Muito comum, pensamos em um preço X pela obra.
Empreitada por medida: Muito comum, quando fixa o preço sob acordo com aquilo que fora feito essa medida é qualquer fator que você possa mensurar, não necessariamente em metros quadrados, pode ser a casa a medida, por exemplo.
Empreitada de valor reajustável: Nesse contrato é necessário estabelecer o índice de reajuste.
Empreitada por preço máximo: É quando eu estabeleço o máximo que será a empreitada.
Empreitada por preço de custo: é o preço mínimo.
Nesses três últimos tipos é preciso ter cuidado, pois estes devem ser bem detalhados.
Art. 614: o CC não trata todos os tipos de empreitada. Empreitada por medida: O empreiteiro pode exigir que se verifique a medida, pois o pagamento é associado à medida. A partir do momento em que ele fizer a medição. Se houve o pagamento sem a medição presume-se de que fora feito. Se por acaso tiver sido feita a medição e após 30 dias não houver reclamação presume-se que eu o fiz de maneira adequada portanto deve haver o pagamento.
A EXECUÇÃO DO TRABALHO PELO EMPREITEIRO:
Empreitada de lavor: Lavor vem de trabalho, o empreiteiro entra só com o trabalho, o dono da obra que entra com a matéria prima. Nesta ele não responde pela matéria prima, porém ele responde pela orientação ao dono da obra, ou seja, responderá por não ter orientado o dono da obra sobre a má qualidade da matéria prima seria uma omissão.
Empreitada mista ou de materiais: Significa dizer que o empreiteiro entra com o trabalho e com a matéria prima. Neste ele responde pela qualidade da matéria prima.
Art. 610: se nada for dito você não esta diante de uma empreitada mista e sim de uma empreitada de lavor. §2° É comum ao contratar um arquiteto para elaborar projeto, mas ele não é obrigado a executa-lo ou fiscaliza-lo.
Art. 611: na empreitada mista, é por conta e risco do empreiteiro pois neste ele responde pela matéria prima e pela mão de obra.
Art. 612: a responsabilidade na empreitada de lavor é subjetiva, ele só responde se ele tivar culpa, já na empreitada mista a responsabilidade é objetiva. No artigo a culpa, seria na qualidade da mão de obra e na habilidade com a matéria prima.
ELEMENTOS: 
Subjetivo: Em principio o dono da obra e o empreiteiro devem ser capazes, se ele for incapaz ou absolutamente incapaz e for assistido no caso de dono da obra, é válido. Se o empreiteiro for absolutamente incapaz
Objetivo: Faremos no contrato de empreitada uma obra seja qual for. Você pode ter obras ilícitas sob o prisma da legislação de direito administrativo, mas isso não afeta o contrato de empreitada.
Formal.
Art. 615. e 616: Tratam da mesma ideia.Hipótese de rejeição da obra por afastamento é possível rejeitar a obra ou ficar com o bem aceitando o abatimento.
PRAZO DE GARANTIA - art. 618: prazo irredutível de 5 anos, neste caso é para ocorrer algo que atinja a solidez e a segurança do trabalho mas não é necessariamente o prazo para eu entrar em juízo. O prazo decadencial está no §único. Do aparecimento do vício e do defeito. Este prazo é irredutível pois atinge o empreiteiro, pois caso seja um prazo menor você estaria violando direito de terceiro. §único – 180 dias Este prazo é decadencial e não prescricional, pois este não é para exigir perdas e danos, mas para exigir os direitos que viriam dos vícios redibitórios.
DEPÓSITO: é o contrato pelo qual um dos contraentes recebe do outro um bem móvel, obrigando-se a guarda-lo, temporária e gratuitamente, para restituí-lo quando lhe for exigido.
O contrato faz com que o depositante tenha três atividades: guardar, conservar e, ao final, restituir, conforme no artigo 627 do CC. O termo guarda expresso no artigo aborda a conservação e a restituição. O depositário não é aquele que utiliza o bem, o seu papel é apenas de guardar e conservar. 
Os personagens são o depositante que é a pessoa que entrega a coisa em depósito, enquanto o depositário é a pessoa que recebe a coisa em depósito. O depositante entrega o bem à disposição do depositário. 
O depósito possui como características o fato de ser unilateral, pois apenas o depositário tem obrigação, que é a de devolver o bem, enquanto o depositante não tem obrigação nenhuma; ou pode ser também bilateral nos casos de o contrato ser gratuito, pois o depositante terá obrigações junto com o depositário, que é a obrigação de pagar. Além dessas características, também pode ser gratuito ou oneroso, intuito personae (que é quando você escolhe uma determinada pessoa para guardar) e real.
A característica intuito personae pode ser camuflada, como no caso do restaurante. Você não confia o seu bem na empresa de valet, você confia no restaurante que contratou essa empresa. Assim como no estacionamento vip, pois você entrega a guarda do seu carro a uma determinada pessoa confiando no nome do shopping.
O contrato de deposito tem como regra a gratuidade, exceto se estiver diante de três situações: se houver pacto expresso nesse sentido; se o resultado tiver atividade negocial, como nos casos das empresas de mudança; e se o depositário tiver aquilo como profissão, conforme o
artigo 628 do CC.
O que é preciso para dar a guarda? É preciso que haja a tradição, por isso que é um contrato real. No aeroporto, quando se paga para deixar a bagagem no armário, você não está entregando a guarda, não caracterizando depósito. Neste caso, é um aluguel, sendo considerado um contrato de locação.
ELEMENTOS:
subjetivo: A priori, basta a capacidade genérica para a prática dos atos da vida civil, não necessitando da titularidade d domínio (propriedade). Não existe problema quanto aos incapazes, pois não há impedimento que se façam um depósito para conservar o bem de um menor de idade, por exemplo. O representante pode ser um possuidor e não necessariamente o proprietário do bem.
objetivo: bem móvel.
formal: a forma é livre, podendo ser escrita ou verbal. A forma escrita nesse contrato não é para dar solenidade a ele, é para fins probatórios. O depósito pode ser voluntário ou necessário, assim como regular ou irregular e judicial. O depósito judicial é em relação ao judiciário, como depósito judicial ou penhora. O voluntário é aquele que precisa da vontade das partes, mas não faz com que o necessário signifique aquele que não possui vontade; se houver uma vontade, ela não estará na mesma circunstância que a de um contrato comum. Exemplificando: O depósito miserável é aquele que ocorre no período de calamidades públicas, como nos casos de grande chuva. O bem é entregue para a primeira pessoa com a intenção de salvar o bem de um alagamento. O deposito irregular não é ilegal, mas sim aquele que fosse da regularidade. O depósito regular é o depósito de bens infungíveis (por exemplo, o carro no valet), já o depósito de bens fungíveis é o depósito regular (por exemplo, o dinheiro na conta). O irregular será regulado pelo contrato de mútuo, pois não é um depósito propriamente dito, já que a pessoa tem a obrigação de restituir o bem com a mesma qualidade e quantidade, visto que é um bem fungível. 
OBRIGAÇÕES DO MANDATÁRIO: são obrigações guardar a coisa sob seu poder, sendo-lhe permitido invocar a ajuda de auxiliares, que ficarão sob sua responsabilidade; ter na custódia da coisa depositada o cuidado e a diligência que costuma com o que lhe pertence, respondendo pela sua perda ou deterioração se contribuiu dolosa ou culposamente para que isso acontecesse; não se utilizar da coisa depositada sem autorização expressa do depositante. 
Mesmo sendo por prazo determinado, o depositante pode reclamar o bem a qualquer momento. O contrato de deposito não é necessariamente por prazo indeterminado, só existindo a peculiaridade de, sendo por prazo determinado, o depositante pode pedir o bem de volta quando bem entender. 
Observação: A armazenagem alfandegaria é quando se precisa armazenar o bem por uma questão tributária. 
O vencimento do prazo ou pela manifestação unilateral do depositante que tem direito de exigir a restituição do bem a todo tempo por iniciativa do depositário que, se não quiser mais custodiar o bem, devolvê-lo - é ao depositante, e, se este se recusar a recebê-lo, poderá o depositário, tendo motivo plausível para não guardar requerer o seu depósito judicial. Geralmente, acontece quando o depósito está dentro de outra relação jurídica.
EXTINÇÃO DO DEPÓSITO: O depósito termina com perecimento da coisa depositada, pela morte ou incapacidade superveniente do depositário ou pelo decurso do prazo de vinte e cinco anos, quando não reclamado o bem.
Uma das coisas que se tem que lembrar é a respeito da obrigação de restituir, pois se houver o perecimento sem culpa do devedor, o credor arcará com o prejuízo. O perecimento é o fim do direito de propriedade, pois, se o bem perecer, você não é mais o proprietário por conta disso do prejuízo será do credor. 
DEPOSITÁRIO INFIEL: A prisão penal tem natureza punitiva e de ressocialização. A sanção no direito civil tem natureza de medida coercitiva, pois cessa quando houver o pagamento. A prisão civil não pode ser a regra, tem que ser situações absolutamente excepcionais, não podendo ser utilizada como difusão. 
Enquanto não se quitar o valor, a instituição financeira terá a propriedade resolúvel do bem e a posse indireta. O comprador terá a posse direta. O problema é que a legislação expressamente chamava esse comprador de depositário. 
A tese do STJ não vingou no que tange esse assunto. O STF afirmou que não haverá prisão civil, salvo nos casos do depositário infiel e nos casos de prisão alimentícia. Essa norma possui eficácia continua, pois, os dois casos estão restringindo o direito individual, que é o direito fundamental de liberdade. A saída do STJ é dizer que a norma de eficácia contida não pode ser para restringir um direito constitucional, então a lei até pode definir depositaria e se essa definição não está na natureza do contrato de deposito não vale para prisão civil. 
Pode a lei criar casos de depositário? Sim, salvo para os casos de prisão civil. A lei não pode dar a ninguém o status de depositário se ele não for depositário, ou seja, a lei não pode dizer que o vendedor, locatário, prestador de serviço são depositários, como exemplo. Se fizesse isso deixaria de ser norma contida e passaria a ser norma plena, retirando as restrições. 
Gilmar Mendes entende que acima das leis em geral estão as normas supralegais, ou seja, abaixo da Constituição Federal. Essas normas supralegais são constituídas pelos tratados internacional sobre os direitos humanos que não passaram pelo procedimento de Emenda Constitucional. Vale lembrar que os tratados internacionais de direitos humanos que passaram pelo procedimento de Emenda Constitucional possuem caráter de Emenda Constitucional e estão equiparados hierarquicamente à Constituição Federal. 
O Pacto São José da Costa Rica é anterior a Constituição Federal de 1988, mas possui caráter supralegal. Com base nesse pacto o Supremo Tribunal Federal entendeu que não é possível prisão civil do depositário infiel, sendo o entendimento aplicado atualmente. Além disso, ele também não pode revogar a Constituição Federal e o que está em seu artigo quinto. No entanto, ele revogou as leis em gerais e os atos infra legais no que diz respeito a essa prisão, como o prazo, etc.
MANDATO: É o contrato pelo qual alguém (mandatário ou procurador) recebe de outrem (mandante) poderes de representação de para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. O contrato é um mandato que possui um instrumento. O instrumento do mandato é o meio pelo qual o contrato se materializa, devendo ser assinado apenas por quem está autorizando. Após essa autorização formará a procuração.
Art. 653: Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.
Observação importante: O contrato de procuração não existe e usar essa expressão é errado, visto que o contrato é de mandato. Não se deve usar essa expressão. 
A representação é alguém agir em seu nome, a grosso modo. Quando se pensa em representação, se pensa em três tipos: a representação legal, que surge com força da lei – como exemplo: os pais são representantes dos seus filhos menores e o tutor representante do absolutamente incapaz. 
Artigo 12, CPC diz quem é que representa a união é o advogado doa união. O município quem representa é o prefeito ou o procurador. Quem representa o
A representação judicial é o juiz quem determina, como o defensor dativo em um processo penal. A representação convencional é o mandato que é em forma de contrato. Se quer aqui chamar a atenção para que não se pdoe afirmar que mandado é sinônimo de representação e, para vida pratica, nem sempre haverá procuração nos autos. Como nos casos em que vem pro forca d alei. 
O mandato tem como personagens: o mandante que é quem confete os poderes; e o mandatário ou procurador que é quem recebe os poderes.
CARACTERÍSTICAS: o contrato de mandato é bilateral, pois
gera obrigação para ambas as partes mesmo sendo gratuito (também sendo considerado por muitos doutrinadores que é gratuito), gratuito ou oneroso, intuito personae (personalíssimo, pois você gera contrato para aquela pessoa), consensual (pois basta o acordo entre as partes e nada além disso), preparatório (porque quando eu dou a procuração eu dou como meio par algo certeiro, para que algo venha a ser feito, é como se estivesse se preparando para algo).
remuneração – art. 658, CC: o contrato presume-se gratuito, devendo tomar cuidado. Na oab o mandato é oneroso porque é uma profissão lucrativa, que é a do advogado. 
Lei n. 8906 /94 – atigo 22 – a prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direitos aos honorários convencionais (honorários acordados com o cliente), aos fixados por arbitramento judicial (o juiz que determina) e aos de sucumbência (quando a outra parte perde, variando e 10 a 20%, esses honorários pertencem ao advogado e não a parte e podem cumular com os honorários convencionas) 
Os honorários de sucumbência não podem ser renunciáveis, só pode ser o convencional.
O mandado pode ser extrajudicial, que é aquele outorgado para representar fora do juízo enquanto o judicial é aquele que se outorga para representar em juízo. 
elemento subjetivo: 
EXTINÇÃO DO MANDATO – art. 685: mandato em causa própria é quando dou uma procuração para o mandatário fazer um ato, cujo próprio beneficiário será ele mesmo, ou seja, ele é beneficiário do próprio ato. Isso é muito usado no meio imobiliário. Ex.: contrato de promessa de compra e venda que o professor (comprador) vai pagar em 12x, a Drica (vendedora) que está indo embora do país, não estará aqui para assinar a escritura de compra e venda oficial ao final dos 12 meses. Drica da uma procuração para o professor vender o imóvel dela para ela mesma. Essa procuração deve ser especifica, isso é condição necessária para que esse mandato seja válido. Este mandato não pode ser revogado, porque extinguiria o ato principal, o que geraria insegurança jurídica, ou seja, extinguiria o contrato. A mesma coisa serve para o falecimento, que não extinguira esse contrato, pois as obrigações serão repassadas para os sucessores.
Art. 686: teria que avisar aos terceiros, ou seja, o judiciário (mandato judicial). 
Art. 687: a revogação pode ser tácita, não necessariamente precisa ser expressa. 
Art. 688: renúncia é de mandato judicial. Se o advogado renúncia um mandato, ele tem que continuar agindo pelos próximos 10 dias – este é um prazo máximo, porque se o mandante não tiver constituído novo advogado, o antigo tem que continuar agindo. 
Renúncia: aplica-se o art. 45, CPC x substabelecimento sem reservas indica-se o novo advogado, logo, não aplica esse artigo. 
NCPC – art. 112: parágrafo 1 – os prazos são em dias corridos; parágrafo 2 – este artigo aplica-se para escritórios pequenos etc. 
Mandato extrajudicial: ao renunciar um mandato, não se pode prejudicar a outra parte, mas não existe um prazo porque não se sabe a complexidade deste mandato. Por isso, o código adota o conceito indeterminado do prazo, que passam a ficar determinados a depender do caso concreto. 
Art. 690: o falecimento põe fim ao mandato. Quando o mandatário falecer, o mandante tem que ser avisado pelos herdeiros (ônus) para que este possa agir. E quando o mandante morre? O mandato acaba, mas os terceiros de boa fé não podem ser prejudicados. 
CORRETAGEM: é a convenção pela qual uma pessoa, sem qualquer relação de dependência, se obriga mediante remuneração, a obter para outrem um ou mais negócios, conforme instruções recebidas, ou fornecer-lhe as informações necessárias para a celebração do contrato.
o corretor não é empregado; nem vende o imóvel, mas sim vai buscar o negócio, ou seja, alguém que queira comprar. O preço e as condições de pagamento não é dado pelo corretor, e sim por quem o procurou. 
Art. 722: se a pessoa estiver ligada por mandato, não é corretagem, e sim mandato. Dependência: vinculo jurídico. 
Obrigação de resultado: diferença da prestação de serviço genérica, pois é uma obrigação de meio. Já a corretagem, apesar de prestação de serviço, é obrigação de resultado. 
Obrigação de fazer: fazer a corretagem, o papel dele é fazer a aproximação entre comprador e devedor. 
CARACTERÍSTICAS:
bilateral;
oneroso: desde que seja efetivada a venda do imóvel;
consensual: pode ser verbal, mas o escrito protege mais o corretor;
acessório: depende do contrato principal;
preparatório: meio para alcançar o contrato de compra e venda.
ELEMENTOS:
subjetivo: em alguns tipos de corretagem é necessário de habilitação específica, p. ex., na corretagem de imóveis. E se a pessoa não tiver e a venda for feita, o negócio é válido? Sim. 
objetivo;
formal;
Art. 726: A vai vender para B, C é o corretor. A celebrou um contrato com o corretor, mas ele mesmo vendeu o imóvel para B. Entretanto, se o contrato for escrito com cláusula de exclusividade, é devida a corretagem, mesmo o corretor não tendo feito nada. A inércia é em relação ao corretor. 
Art. 723: o corretor tem que ser transparente ao agir, ou seja, seus atos tem que ser pautados na boa fé, pois as partes confiam nele. 
Art. 725: obrigação de resultado, logo, é devido se a obrigação ocorrer ou se uma das partes se arrepender. 
Art. 728: se houver pluralidade de corretores, a corretagem vai ser paga em partes iguais entre eles.
Art. 729: aplica-se a legislação específica.
COMISSÃO: não é corretagem. A comissão é quando eu vendo ou adquiro bens, segue-se a ordem e a conta de outra pessoa.
Art. 693: concessionaria fiat vai me vender um carro em nome dela, mas a conta é a da fiat. Quem vende é a concessionária da fiat, que segue as ordens da fiat. 
PERSONAGENS:
Comitente: quem atribui os poderes;
Comissionário: quem recebe os poderes. 
CARACTERÍSTICA:
bilateral;
oneroso;
intuitu personae: não é sempre, p.ex., não sei os pré requisitos para ser um vendedor da Avon;
consensual;
intermediação.
EFEITOS:
Art. 694: o representante da Avon é quem fica responsável por quem contratar, ou seja, responsabilidade não é em cima do comitente, e sim do comissionário. Este artigo se aplica quando fica, de maneira clara, que a compra é feita de um representante, e não da empresa. Uma coisa é quando a pessoa é mera intermediaria, outra coisa é quando aparenta quando está comprando diretamente daquela empresa – e ai o comitente será responsável.
Art. 699: a ideia do CC é que, se não houver ordem em contrario, presume-se que há poder para dilatar o prazo.
EXTINÇÃO:
Art. 702: as vendas já feitas são devidas. O problema está nas vendas que foram iniciadas, mas foram concluídas após a morte do comissionário. O inicio da venda se deu com ele, ou seja, foi ele quem buscou o cliente. Com a sua morte, o contrato já tinha se iniciado, por isso, é devido. 
AGÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO: o distribuidor é o sujeito que pega um bem no lugar X e entrega ao consumidor, este tem a posse do bem. A agencia realiza uma função parecida com a do distribuidor, mas não tem a posse do bem. Seu papel é de divulgar o bem, sem tê-lo. Art. 710: distribuidora tem a coisa a ser negociada em seu poder, na agência não. Ex. de agência: pessoa com a blusa da marca (Danone) no supermercado a fim de promove-lo, não basta distribuir o produto como também promover. 
AGÊNCIA: vem a ser o contrato pelo qual uma pessoa se obriga, mediante retribuição, a realizar certos negócios, em zona determinada, com caráter de habitualidade, em favor e por conta de outrem, sem subordinação hierárquica. 
DISTRIBUIÇÃO: é o acordo em que o fabricante, oferecendo vantagens especiais, compromete-se a vender, continuamente, seus produtos ao distribuidor, para revenda em zona determinada. Ex.: distribuidor do remédio.
- Art. 710: não há subordinação. O agente faz a realização de certos
negócios, promovendo-os em zona determinada. Não há o bem em seu poder, enquanto na distribuição há. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o represente na conclusão dos contratos. 
CARACTERÍSTICAS: 
bilateral;
oneroso;
consensual;
intuitu personae.
Art. 711;
Art. 712; 
Art. 716;
Art. 719: agente não pode continuar por culpa dele, cabe a ele indenizar o proponente. Por outro lado, se não consegue realizar o trabalho por motivo de força maior, é devido a remuneração pelos serviços realizados. E a falta de público? É devido remuneração porque entra na categoria de força maior, então é preciso que no contrato regule-se a falta de público. A dica é transformar o contrato em aleatório, porque o agente passa a assumir o risco. 
Art. 720: na prática, muitas vezes é por prazo determinado. Então, é possível que haja a resilição a qualquer tempo. Cuidado: 90 dias de aviso prévio. 
Art. 721: as regras concernentes ao mandato e à comissão, aplicam-se ao contrato de agência e distribuição. Posso ter substabelecimento na agência? Sim. Esses contratos são prestação de serviço de natureza especial, porque tem características e regras próprias. Se não fossem contratos típicos, as regras da prestação de serviço se aplicariam. Se não houver regra específica, aplicam-se as regras de prestação de serviço, que é residual. 
TRANSPORTE – art. 730: tem origem na prestação de serviço. O transporte pode ser: (i) de pessoas ou coisas; (ii) remunerado ou gratuito. Ex.: carona, idoso que não paga o metrô/ônibus. Esses tipos contratos não podem ser colocados no mesmo patamar, logo, comportamentos diferentes são esperados. Questões que devem ser pensadas: previsibilidade e a conduta/ boa fé objetiva. O assalto ao ônibus gera responsabilidade? Sim, por conta do fortuito externo e interno (Sérgio Cavalieri) devemos tomar certas condutas por conta da previsibilidade. Possui relação contratual e extracontratual, que pode ser até disfarçada. Ex.: acidente numa ponte aérea, três relações distintas: consumidor; trabalhista; e a pessoa que trabalha na tripulação e está aproveitando ali para fazer a rota Rio-SP.
É o contrato pelo qual uma pessoa obriga-se a transportar, com segurança, de um local para outro, pessoa ou coisa. A segurança é inerente a ele, pois o que se espera do transportador é que ele nos de segurança. Quando se fala em contrato gratuito, não é nesse âmbito.
Na maioria dos contratos de transporte, ele está mais ligado ao âmbito consumerista. 
Legislações aplicáveis: CC, CDC, tratados, legislação especifica e de serviço público.
O transporte está diretamente ligado ao transporte internacional, comércio exterior, importação x exportação. Não existe compra e venda internacional sem transporte. Ex.: o livro pode ser comprado sem transporte. 
Serviço público: vários transportes são concessão ou permissão.
Art. 731: taxi amarelo.
Uber: prestação de serviços, mas o aplicativo fixa todo o preço. O problema é se tiver um acidente, como é relação de consumo, a responsabilidade é objetiva, e talvez o motorista não tenha seguro ou renda para pagar os danos, logo, não poderia processar o Uber. O CDC estabelece que o profissional liberal, no caso o motorista, a responsabilidade é subjetiva. 
CARACTERÍSTICAS:
bilateral;
oneroso;
consensual;
comutativo.
TRANSPORTE SIMPLES: é aquele que é realizado por uma única transportadora, não é monopólio. 
TRANSPORTE CUMULATIVO – art. 733: mais de uma transportadora realizando o mesmo transporte. Ex.: conexão com companhias aéreas distintas. Cada uma responde pela sua parte. Ex.: avião da Air France que caiu com gente vindo de outras conexões. Ex.: rota Salvador – Rio – Paris por Gol e Air France, quando a bagagem é extraviada, não é possível aplicar o art. 733 ao pe da letra, pois a responsabilidade seria da Gol, mas na verdade o contrato foi com a Air France, e quem teria esse ônus seria o consumidor, o que estaria errado. Importante: a companhia é quem vendeu o voo, caso eu que tenha feito o meu roteiro, seria transporte simples. Perda do voo: a companhia responde, porque foi ela quem determinou/ ofereceu o voo. Ex.: imigração de Portugal demora muito, e a TAP ofereceu uma conexão curta, é ela quem responde porque ela é quem tem expertise.
ELEMENTOS:
subjetivo: transportador pode ser qualquer pessoa, a não ser que seja um serviço especializado, que terá a legislação especifica. quando é serviço público, depende da concessão e autorização. O usuário também pode ser qualquer indivíduo, capaz, incapaz, relativamente incapaz etc.
objetivo: o transporte pode ser de pessoas ou coisas, ou até dos dois.
Formal.
ESPÉCIE DE TRANSPORTE:
de coisas – art. 734: engloba a bagagem, onde o transportador responde pelos danos causados as pessoas transportadas. 
de pessoas – art. 735: cabe ação de regresso contra terceiro. A transportadora tem que ter ciência de que ao sair na rua, ela corre o risco de alguém causar um acidente à ela, portanto, responde pelos danos causados ao passageiro.
Art. 736: na carona, não se aplica o CC. P.U.: vantagens indiretas – shopping que oferece transporte dentro, p. ex., Rio Sul, isso não é considerado transporte gratuito. 
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SEGURO – art. 757: o segurado pode ser qualquer pessoa, já o segurador não, tem que ser uma companhia com autorização da SUSEP. 
Art. 758: o seguro necessita de uma apólice, ou seja, é ela que demonstra o seguro. O papel da apólice é um papel comprobatório, mas pode-se comprovar a apólice com o pagamento. O contrato de seguro existe antes da apólice. 
Art. 759: a apólice é precedida de uma declaração escrita, que contém as cláusulas genéricas do seguro. O seguro gira em torno do risco – que está muito associado à responsabilidade civil, portanto, a grande questão do seguro é o agravamento ou não do risco. Essa declaração escrita + questionário determina o risco e a boa fé das partes no contrato. O primeiro fator a ser avaliado é a atividade, logo, o risco. Ex.: se emprestar o carro, há o elemento voluntario, que faz com que haja um novo risco que não fora previsto no seguro inicial, logo, a pessoa que pegou emprestado se bater o carro, o dono do carro é quem responde. Por outro lado, se o carro é roubado e o ladrão bate e mata alguém, a seguradora responde já que o risco geográfico era previsível. 
Art. 760: título nominativos permitem a transmissão por uma cessão de crédito ou junto a um determinado órgão, p. ex., ações que se transmitem pelo livro de registro. A apólice tem natureza documental que representa um título. Pode ser ao portador, a ordem e nominativa. Pode-se transmitir a apólice? Ex.: professor vende o carro dele para mim e transmite o seguro para mim, logo, transmitiu a apólice. A apólice tem que trazer o limite da garantia, o seguro não é infinito. Parágrafo: único: existe o seguro de pessoas e o de coisas. O de coisas/bens ele pode ser ao portador, à ordem e nominativo. O seguro de pessoas não pode ser ao portador, porque se fosse desconfiguraria a pessoa, pois o titular seria quem tivesse o seguro nas suas mãos. O beneficiário também não pode ser ao portador, porque não necessariamente o segurado é o beneficiário. Ex.: seguro de vida, o beneficiário não é o segurado; seguro saúde, onde existem os dependentes, que nada mais são que os beneficiários. Ser dependente do seguro é ser beneficiário. A tutela do seguro de pessoas é diferente do seguro de coisas. Por que o seguro de coisas pode ser ao portador? Porque ao alienar a coisa, o seguro também pode ser alienado. 
Art. 761: co-seguro x re-seguro. O co-seguro é quando há uma pluralidade de seguradoras. Ex. 1: pluralidade fracionada, o risco é compartilhado. Ex. 2: todas as seguradoras respondem por tudo, solidariamente – isso não é comum. Não importa a maneira do co-seguro, é preciso indicar quem vai administrar o seguro, ou seja, quem manterá a relação com terceiros. O re-seguro é o seguro
do seguro, é a seguradora fazendo o seguro, ou seja, a seguradora é assegurada. Por que isso existe? Porque o sinistro pode ser muito alto e a seguradora precisa compartilhar isso com alguém.
Art. 762: não se pode ter como garantia o ato doloso, ou seja, não pode ser assumido no risco, pois este não engloba o dolo, mas pode englobar o ato culposo. Fator 1: seguro profissional, p. ex., o seguro do médico garante o erro médico, mas não garante o aborto. Fatos 2: taco fogo no meu carro para receber o seguro, a seguradora não paga porque não engloba o elemento doloso. 
Art. 763: se o segurado estiver em mora, a seguradora não responde. Ex.: seguro vence dia 05/11, não paguei e o acidente ocorreu 06/11. A mora advinda deste contrato depende de interpelação, ou seja, é preciso que interpele o segurado para depois haver a constituição de mora. Enquanto não houver a interpelação não há mora.
Art. 765: mora x atraso. A partir do momento em que a mora depende de interpelação, se não houve interpelação estou em atraso e não em mora porque ainda não houve interpelação. Esse contrato de seguro criou o princípio de veracidade, ou seja, não existe só a boa fé em jogo como também a veracidade, que obriga mais o segurado do que a seguradora, pois suas alegações devem ser verdadeiras. 
Art. 768: o segurado perderá a garantia se agravar intencionalmente o risco, ou seja, praticar atos conscientemente e voluntariamente que podem levar ao aumento do risco. 
Art. 769: tudo aquilo que puder agravar o risco deve ser comunicado à seguradora. Ex.: voo duplo de asa delta casual x praticante assíduo de asa delta – no segundo caso há o agravamento do dano, o que deve ser comunicado. Ex.: se um jovem começar a fumar e beber, isso deve ser comunicado à seguradora? Depende do que é socialmente aceitável.
Art. 775: a figura do agente autorizado, também conhecido como corretor, é o intermediário do seguro. Na verdade, o corretor é muito mais próximo de uma agência, ou seja, a seguradora responde pelos atos do agente autorizado, tudo que o agente autorizado fez presume-se da concordância da seguradora. 
Art. 776: o pagamento não é nenhum outro bem, se não dinheiro. A não ser que haja um acordo prevendo a entrega de uma coisa que não seja dinheiro. 
ESPÉCIES:
de dano: limitado ao valor da coisa. É possível haver uma pluralidade de seguro de dano, desde que o somatório não ultrapasse o valor da coisa. 
de pessoas: 
Art. 778: a garantia prometida não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento da conclusão do contrato. Qual o valor do bem? Com um carro, o seguro não pode ultrapassar o valor do automóvel no momento da compra. 
Art. 779: riscos previsíveis, não são todos os riscos. 
Art. 781: a indenização não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento do sinistro. 
Art. 782: no momento em que o segundo seguro for feito tem que avisar a primeira seguradora. 
Art. 783;
Art. 784: se a coisa tem defeito, o risco aumenta;
Art. 787: o segurador garante o pagamento de perdas e danos devidos pelo segurado a terceiro;
Art. 788: DPVAT – o que tem que provar é que o veiculo envolvido no acidente está incluído no grupo legal de que o seguro é obrigatório por lei. 
Art. 789: o valor do seguro de pessoa é liquido, pode-se contratar mais de um seguro porque a vida não tem preço, o que não impede também de ter dois seguros de saúde. Não precisa avisar ao outro. 
Art. 790: rock in rio – faço um seguro de vida se o outro morrer, logo, se as pessoas morrerem a empresa responde. Ex.: se eu fizer seguro de vida do meu filho, e ele morrer, presume-se o meu interesse. Pode o ibmec celebrar um contrato de vida de todos os alunos no qual o seguro vai incidir mesmo se o ibmec não for responsável pela morte? Pode, mas esse interesse por não ser familiar, tem que ser provado.
Art. 791: no meu seguro de vida, posso mudar o beneficiário a qualquer tempo bem como a porcentagem. Se nenhum beneficiário for indicado, quem será? Se eu tiver só cônjuge, é tudo para ele. Se não, vai pros herdeiros na ordem sucessória. Hoje em dia, se o beneficiário não for indicado, metade vai para o cônjuge e a outra metade vai para os herdeiros na ordem. O beneficiário do seguro não pode ser quem causou o dano, p. ex., filho que mata o pai para herdar o seguro de vida.
Art. 793: o segurado pode indicar a companheira desde que esteja separado judicialmente. Ex.: sujeito que tem duas famílias não pode deixar a herança para as duas, porque a segunda família não é considerada união estável. 
Art. 794: não se considera herança porque não tem que levar a inventario, só prova que a pessoa morreu e sou beneficiário. Não incide ITD – imposto que se paga em virtude da morte. Posso beneficiar um filho em detrimento do outro? Sim, porque isso não é herança. 
Art. 795: o seguro não está sujeito a acordo, ou seja, não existe desconto para pagar antecipadamente. Não existe transação que visa o seguro de pessoas. 
Art. 796: o seguro de vida pode ser por prazo limitado ou por toda a vida do segurado. Sujeito a condição ou a termo. Por toda a vida é o termo incerto, já que a incerteza está no tempo e não no evento. No seguro por prazo limitado a seguradora pode recusar a renovação? Depende, p. ex., se o estilo de vida do segurado tiver mudado drasticamente – começou a beber e fumar, praticar esportes radicais etc. Se a pessoa faz o seguro há 30 anos, a seguradora não pode cancelar o seguro do nada se não tiver fatos comprobatórios contra o segurado para negar a renovação, a não ser o aumento da idade que é uma coisa natural da vida do ser humano. 
FIANÇA: é o compromisso assumido por uma pessoa ou mais de satisfazer a obrigação de um devedor, caso não seja cumprida, assegurando, por conseguinte, ao credor o adimplemento da obrigação. 
Garantia: conhecida como caução. É uma obrigação acessória. 
Pessoal – fiança fidejussória: a própria pessoa garante o pagamento com o seu patrimônio. A fiança sou eu assumindo com todo o meu patrimônio. O fiador não coloca nenhum bem em garantia, ele garante o pagamento, apenas mostrou seu patrimônio ao preencher a ficha de fiador.
Real: hipoteca; anticrese; penhor. Não há nenhum imóvel dado em garantia quando se fala em garantia real, na prática, o fiador não tem a obrigação de ter um imóvel para ser fiador – é uma prática comercial da classe média. A proteção é maior do que para a fiança, mas é preciso lembrar que não é a principal do concurso dos credores, p. ex., crédito trabalhista é maior. 
Art. 818: a ideia é assumir uma obrigação, caso uma pessoa não cumpra. Não irei em momento algum dar um bem em garantia. O fiador é, em princípio, um garantidor subsidiário.
Relação angular: credor – devedor e fiador. Não há relação entre o devedor e o fiador. Art. 820: posso ser fiador mesmo contra a vontade do devedor. Ex.: seguro fiança e fiança bancária. 
ELEMENTOS:
Subjetivo; 
Objetivo;
Formal.
CARACTERÍSTICAS: 
Unilateral: só gera obrigação para o fiador, pois o devedor não faz parte da relação jurídica. 
Acessório: o aval não é garantia, pois é uma obrigação autônoma. 
Gratuito;
Subsidiariedade/ preferencia de ordem – art. 827: o fiador só vai adquirir se o devedor principal não pagar. Primeiro aciona o devedor e depois o fiador. Não se chama ao processo o garantidor primeiro, pois o que o legítima é o inadimplemento do devedor principal. Esse artigo está errado, pois o certo é o chamamento ao processo, ou seja, se o fiador foi acionado ele chama ao processo o devedor – não é denunciação da lide, porque esta tem o objetivo de garantir o direito de regresso. Aqui, o foco é fazer com que o devedor responda. E se locador acionar o locatário? O devedor não pode chamar o fiador/ garantidor. Quem escolhe o réu é o autor da ação. O contrato de locação pode ser título executivo extrajudicial, então como o fiador alega a responsabilidade subsidiária? Na execução, o fiador tem que dizer que o devedor tem x, y, z bens penhoráveis

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