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1 CADERNO “BOAS PRÁTICAS DE ATER NA AGRICULTURA FAMILIAR E NA REFORMA AGRÁRIA” Apresentação O Caderno “Boas Práticas de ATER” é uma iniciativa que integra o Plano de Inovação na Agricultura Familiar, executado pelo Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural – DATER, da Secretaria de Agricultura Familiar- SAF do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA. O Caderno tem como objetivo identificar, sistematizar e compartilhar referências inovadoras, com contribuição comprovada na ação de ATER e na implementação de políticas públicas, voltadas para o Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário. Boas Práticas de ATER são ações de Ater apropriadas para serem utilizadas e compartilhadas com os parceiros do MDA. Seu marco referencial é a Política Nacional de Ater – PNATER, lei da Agricultura Familiar, Política Nacional de Produção Agroecológica e Orgânica – PLANAPO, e a lei da Segurança Alimentar e Nutricional. As Boas Práticas serão identificadas, julgadas e validas de acordo com o “Regulamento para seleção de Boas Práticas de ATER”, instituído pelo MDA, em parceria com o Comitê Nacional de Ater do CONDRAF. As Comissões Estaduais selecionarão Boas Práticas nos estados e a Comissão Nacional elegerá Boas Práticas em nível nacional, nas categorias estabelecidas no Regulamento. As Boas Práticas nacionais de cada categoria serão apresentadas no Seminário Nacional de Boas Práticas de Ater e compartilhadas com Ensino, Pesquisa, Agentes e Instituições de Ater, e Organizações da Agricultura Familiar. 2 JUSTIFICATIVA Os serviços de assistência técnica e extensão rural têm mais de seis décadas de atuação no país tendo passado por vários ciclos. Ao longo desse período, registra-se um acúmulo significativo de experiências em relação a estratégias, metodologias, gestão, políticas públicas, e organização produtiva, entre outras. A criação da Pnater em 2003 trouxe desafios de mudança no sentido do pensar e executar os serviços de Ater. O aumento dos recursos do Governo Federal e atuação conjunta com os Governos Estaduais, permitiu aos serviços de Ater ampliarem a ação participativa, fundamentada em uma pedagogia libertadora e nos princípios da Agroecologia, assim como atenderem à diversidade da agricultura familiar. Isso promoveu um conjunto expressivo de experiências exitosas em todas as regiões do país. A criação da Anater potencializará a implementação da PNATER e nesse sentido, a iniciativa do Caderno de Boas Práticas de Ater se propõe a ofertar referências para esse novo ciclo da Ater na agricultura familiar. 3 CADERNO DE BOAS PRÁTICAS DE ATER 1. Objetivo Identificar e compartilhar Boas Práticas de ATER na Agricultura Familiar e Reforma Agrária. 2. Público beneficiário das Boas Práticas Agricultores familiares e assentados da reforma agrária. Agentes e Instituições de Ater, pesquisadores e docentes envolvidos com a extensão rural no contexto da agricultura familiar e reforma agrária. 3. Comissão Estadual a) Deve ser criada no Estado, uma Comissão Estadual de Boas Práticas de Ater. b) As Comissões Estaduais são responsáveis pela inscrição, seleção e registro de propostas. c) A Comissão deve ser formada pelo MDA-DFDA, o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável – CEDRS, e o Grupo Gestor Estadual de Inovação na Agricultura Familiar, nos estados onde tiver sido criado. 4. Categorias As Boas Práticas de Ater serão enquadradas em cinco categorias: I. Ater e Desenvolvimento Sustentável a. Sistemas sustentáveis de produção de base agroecológica b. Cooperativismo e Associativismo – Organização rural c. Mercados, Gestão e Arranjos produtivos – Feiras, 4 II. Nova Ater a. Gestão da Ater b. Metodologia de Ater c. Comunicação para o Desenvolvimento III. Ater e Políticas Públicas a. Crédito b. Seguro c. Mercado Institucional IV. Ater para Públicos Específicos a. Mulheres b. Povos e Comunidades tradicionais c. Jovens d. Assentados da Reforma Agrária V. Agricultor Experimentador 5. Elegibilidade a) Instituições de Ater credenciadas no Siater 6. Inscrição a) A sistematização da proposta de Boas Práticas de Ater será realizada pela organização responsável pela inscrição. b) A proposta deve ser sistematizada de acordo com o modelo constante do Anexo I. c) A proposta deve ser enviada para a Comissão Estadual de Boas Práticas de Ater que fará a inscrição e seleção, segundo este Regulamento. d) Cada instituição poderá inscrever apenas uma proposta por categoria. 5 e) Uma proposta de Boa Prática de Ater somente poderá se enquadrar em uma categoria. f) As propostas aprovadas farão parte do “Caderno de Boas Práticas de Ater na Agricultura Familiar”, e terão apoio do MDA para divulgação, compartilhamento e aplicação na Ater. 7. Etapa Estadual 7.1 Critérios para seleção de Boas Práticas de Ater Os princípios da Pnater serão considerados como critério para análise da Comissão Estadual. I - desenvolvimento rural sustentável, compatível com a utilização adequada dos recursos naturais e com a preservação do meio ambiente; II - adoção de metodologia participativa, com enfoque multidisciplinar, interdisciplinar e intercultural, buscando a construção da cidadania e a democratização da gestão da política pública; III - adoção dos princípios da agricultura de base ecológica como enfoque preferencial para o desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis; VI - equidade nas relações de gênero, geração, raça e etnia; e V - contribuição para a segurança e soberania alimentar e nutricional. 7.2 Avaliação na Etapa Estadual a) A Comissão Estadual de Boas Práticas na Ater organizará e coordenará o processo de seleção das Boas Práticas de Ater na Agricultura Familiar. b) A Comissão Estadual indicará os avaliadores para realizarem a análise e seleção das propostas. c) Cada Comissão Estadual elegerá uma Boa Prática por categoria (no máximo 14) e enviará para a Comissão Nacional. 6 7.3 Critérios de Pontuação da Etapa Estadual A Comissão Estadual de Boas Práticas na Agricultura Familiar atribuirá pontuação para cada critério estabelecido no Item 7 (Critérios de Avaliação) representado por um número inteiro compreendido em uma escala de 0 (zero) a 10 (dez). A pontuação final da prática inscrita será a soma aritmética da pontuação individual de cada critério de pontuação. 8. Etapa Nacional 8.1. Critérios para seleção A seleção das Boas Práticas de Ater na Agricultura Familiar na etapa nacional será realizada tendo por referencial de análise sua contribuição para o alcance dos objetivos estabelecidos na Pnater. 8.2 Avaliação na Etapa Nacional a) A Comissão Nacional de Boas Práticas de Ater na Agricultura Familiar será composta pelo DATER e o Comitê Nacional de Ater do Condraf. b) A Comissão Nacional indicará os avaliadores para realizarem a análise e seleção das propostas. 8.3 Critérios de Pontuação A Comissão Nacional de Boas Práticas na Agricultura Familiar, atribuirá pontuação para cada critério estabelecido no Item 7.1 referenciado nos objetivos da Pnater, representado por um número inteiro compreendido em uma escala de 0 (zero) a10 (dez). A pontuação final da prática inscrita será a soma aritmética da pontuação individual de cada critério de julgamento. 7 9. Compartilhamento As propostas selecionadas receberão troféu, certificados e farão parte do Caderno de Boas Práticas de Ater. Receberão apoio do MDA para divulgação, compartilhamento e aplicação na Ater. O processo de compartilhamento das experiências selecionadas será conduzido pelo MDA por meio das ações do Plano de Inovação na Agricultura Familiar. As Boas Práticas selecionadas comporão materiais de divulgação como arquivos eletrônicos, vídeos e outras mídias que serão compartilhadas via Web e outros meios de comunicação. 8 ANEXO 1 a) MODELO DE INSCRIÇÃO DADOS DA INSTITUIÇÃO Nome: Endereço: Executora de Chamada pública de Ater ( ) Sim Qual..................( ) Não DADOS DO AGENTE DE ATER Nome Endereço: Telefone: E-mail: DADOS QUE IDENTIFIQUEM A PRÁTICA: Nome do Agricultor (a) (es) (as) ou organização da agricultura familiar: Comunidade: Telefone: E-mail: Georeferenciamento: CATEGORIA DA BOA PRÁTICA DE ATER (conforme item 4 deste Regulamento), Exemplo: - Eixo I. Ater e Desenvolvimento Sustentável, letra a. Sistemas sustentáveis de produção de base agroecológica; ou - Eixo III. Ater e Políticas Públicas, letra c. Mercado Institucional 9 b) ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DA PRÁTICA DE ATER 1. Folha de Rosto 2. Introdução - Caracterização da situação antes da execução da prática. - Aspectos gerais da prática: local da realização, época de realização e o que apoia. 2. Objetivo da prática 3. Descrição da experiência 3.1. Caracterização considerando os elementos apresentados no item 7 (Critério de Avaliação) referenciados nos objetivos da PNATER, apresentando o processo e os resultados alcançados. 4. Resultados 5. Potencialidades e limites 6. Replicabilidade 7. Depoimentos: - Agente de Ater sobre a experiência apresentada. - Agricultor (a) familiar, representante da experiência apresentada. 8. Autores e Colaboradores OBS: é considerado conveniente a apresentação de fotos, e/ou vídeo, e/ou áudio, sobre a experiência apresentada. 10
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