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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * água no solo Juliana Menezes * * * OCORRÊNCIA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA A água da chuva pode ter vários destinos após atingir a superfície da Terra. Inicialmente uma parte se infiltra. Quando o solo atinge seu ponto de saturação, ficando encharcado, a água passa a escorrer sobre a superfície em direção aos vales. Dependendo da temperatura ambiente, uma parte da chuva volta à atmosfera na forma de vapor. A parcela da água que se infiltra vai dar origem à água subterrânea. * * * A taxa de infiltração de água no solo depende de muitos fatores 1-Sua porosidade: A presença de argila no solo diminui sua porosidade, não permitindo uma grande infiltração. 2-Cobertura vegetal: Um solo coberto por vegetação é mais permeável do que um solo desmatado. 3-Inclinação do terreno: em declividades acentuadas a água corre mais rapidamente, diminuindo o tempo de infiltração. 4- Tipo de chuva: Chuvas intensas saturam rapidamente o solo, ao passo que chuvas finas e demoradas têm mais tempo para se infiltrarem. * * * A saturação em água do material inconsolidado devido à subida do nível freático em períodos de c h u v a s i n t e n sa s p r o m o v e escorregamentos de encostas. Exemplo de ação geológica da água subterrânea * * * O CAMINHO SUBTERRÂNEO DA ÁGUA A água que se infiltra está submetida a duas forças fundamentais: a gravidade e a força de adesão de suas moléculas às superfícies das partículas do solo (força de capilaridade). Pequenas quantidades de água no solo tendem a se distribuir uniformemente pela superfície das partículas. A força de adesão é mais forte do que a força da gravidade que age sobre esta água. Conseqüência ela ficará retida, quase imóvel, não atingindo zonas mais profundas. Chuvas finas e passageiras fornecem somente água suficiente para repor esta umidade do solo. Para que haja infiltração até a zona saturada é necessário primeiro satisfazer esta necessidade da força capilar. * * * Retenção e Armazenamento da Água no Solo No interior do solo as partículas de textura diferenciada, não ocorrem de forma isolada, mas sim formando grupamentos de partículas (agregados), os quais dão origem à estrutura do solo. De modo geral, a água dentro do solo pode ser armazenada e transmitida, influenciando na direção e velocidade da água, através dos vazios maiores, entre os agregados (fluxo inter-agregado), ou através dos vazios menores, entre as partículas individuais (fluxo intra-agregado) * * * (Modificado de Knapp, 1978). * * * Mais especificamente Forças atuantes São duas as principais forças responsáveis pelo processo de retenção e movimento da água no solo. Uma: relação entre a atração das moléculas da água entre si, denominada de força de coesão, a outra força atuante, a de adesão, consiste na atração entre as moléculas da água pela superfície das partículas sólidas (Hillel, 1980; Libardi, 1995). Na força de adesão, os sólidos retêm rigidamente as moléculas de água nas suas interfaces solo-água. * * * Água de adesão e coesão (modificado de Foth, 1978) * * * As partículas do solo encontram-se envolvidas por diferentes camadas de água, as quais encontram-se retidas por diferentes tensões As primeiras camadas de água encontram-se retidas pela força de adesão, sendo atraídas pela superfície dos sólidos por maiores tensões. Neste estágio, a água pode ser classificada como higroscópica Conforme, as camadas de água se afastam das partículas sólidas, estas ficam retidas por tensões menores Neste estágio a retenção deve-se basicamente à atuação das forças capilares (ascensão da água no solo pelas forças de coesão e adesão), denomina-se de água capilar. A água que se encontra retida em menores tensões: água gravitacional. Desta forma, a água é mais facilmente removida quando o solo encontra-se próximo à saturação e, conforme a umidade do solo diminui, a remoção da água vai tornando-se cada vez mais difícil (FitzPatrick, 1980; Brady, 1989). * * * Esquema representativo da classificação das camadas de água no solo e suas diferentes tensões (Modificado de FitzPatrick, 1980). * * * MONITORAMENTO Enquanto a condutividade hidráulica dos solos saturados é influenciada apenas por parâmetros físicos, tais como a textura e a estrutura do solo >>>> quando este encontra-se sob condições não-saturadas a condutividade depende também do conteúdo de água do solo, ou seja, de sua umidade (Reichardt, 1987 e 1996; Hillel, 1998), tornando-se fundamental o seu monitoramento. * * * Tensiômetro * * * Depois de instalar o tensiômetro no solo é necessário saturar a ponta porosa, ou seja, o tubo de pvc é preenchido por água. Quando colocado no solo, a água do tensiômetro entra em contato com a água do solo, através dos poros da cápsula porosa, e o equilíbrio tende a estabelecer-se. Antes de ser colocada em contato com o solo, a água do tensiômetro encontrava-se à pressão atmosférica. Após o contato há a tendência de se estabelecer o equilíbrio entre as pressões da água do solo e da cápsula, o que ocasiona a interrupção do fluxo. Se tiver pouca água no solo Esta exercerá uma sucção sobre a água da cápsula, causando uma queda na pressão hidrostática dentro do instrumento. (Fernandes, 1990). A sucção é medida pela altura da coluna de mercúrio. * * *
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