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Ecologia - FEI resumo

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RESUMO P2
CAPITULO4
> Eco-eficiência < Retrabalho
O fraco desempenho ambiental das empresas origina a poluição do ar, água e solo, podendo também degradar o ambiente interno e afetar a saúde dos trabalhadores, acarretando riscos financeiros vários além de afetar também o valor da empresa para os próprios acionistas. É inegável que a integração de adequados critérios ambientais permitirá adicionar mais valor para os seus clientes e para a sua imagem. A eco-eficiência corresponde a produzir e/ou criar mais valor com menos recursos e menos resíduos, menos riscos e menos poluição ao longo do ciclo de vida do produto e/ou serviço, estimulando a competitividade, a inovação e o grau de responsabilidade social da empresa.
A hierarquia dos 5 R’s:
OS 5R’S são princípios que visam melhorar o nosso cotidiano ecologicamente:
Os 5R(s) são uma hierarquia de opções para reduzir a grande quantidade de desperdícios existentes em nossa sociedade e o impacto decorrente da disposição final do lixo. A ordem dos R(s) é baseada na compreensão atual que temos dos impactos ambientais globais das várias opções. Em ordem de preferência, as opções são: Redução na fonte, Reutilização, Reciclagem, Recuperação e Re-planejamento dos recursos desperdiçados.
Redução na fonte Em primeiro lugar é necessário verificar se não será possível evitar a produção do resíduo, por exemplo utilizando produtos fabricados de forma diferente, ou prolongando o tempo de vida útil do produto.
Reutilização: Se desperdício é gerado, devemos verificar se não é possível encontrar uma nova serventia para esse produto, por exemplo: um pneu que seja recauchutado; grande parte dos materiais usados para o seu fabrico e toda a tecnologia podem ser aproveitados.
Reciclagem: Finalmente quando não é possível aproveitar grande parte do valor do produto podemos tentar a terceira alternativa, ou seja aproveitar a matéria prima que o constitui, em alguns casos para fabricar produtos idênticos, como no caso do usos de sucatas de aço para produzir perfis e chapas com características similares ao do produto original.
Diagrama de Vandermerwe e Oliff : 
O termo reconsumo deriva do trabalho desenvolvido por Vandermerwe e Oliff, que recomenda providências nas práticas produtivas e de consumo via reciclagem plena dos recursos naturais escassos com tendências de esgotamento.
Desperdícios ou subprodutos, antes considerados desinteressantes para serem reaproveitados, são agora tidos como fontes valiosas para reprocessamento ou outras utilizações. Contrastando com o padrão linear do sistema anterior, no qual os bens são descartados e se transformam em lixo, o reconsumo é um sistema complexo com vários caminhos maximizadores de recursos. Esses caminhos decorrem da crescente preocupação quanto ao uso pleno de recursos, ou seja, do reaproveitamento total dos materiais.
 (A) enfatiza que os produtos permitam reabastecimentos adicionais após terem sido consumidos. Em nosso contexto já existem várias marcas que oferecem um refil em embalagens especiais e mais baratas para reaproveitar a embalagem original e mais cara. Nessa mesma alternativa existem duas outras opções: a restauração e o rejuvenescimento de produtos pelo próprio fabricante. A restauração envolve o conserto de determinadas partes ou componentes do produto pelo próprio fabricante.O rejuvenescimento, objetiva manter atualizada a tecnologia e materiais de um produto ao invés de tornar uma versão anterior obsoleta e menos atualizada. 
(B) Compreende a reutilização ou reaproveitamento da embalagem do produto ao invés de seu descarte. Uma outra vertente dessa alternativa, envolve os fornecedores que são solicitados a rever seus esquemas de entrega de insumos. Por exemplo, certas embalagens utilizadas por fornecedores podem ser reaproveitadas e utilizadas várias vezes. 
(C) compreende o reprocessamento de produtos ou suas embalagens, constituindo-se numa enorme oportunidade para reciclagem, parcial ou total, de importantes insumos. A reciclagem de embalagens de alumínio de cervejas e refrigerantes e as de papéis, plásticos e vidros são exemplos dessa alternativa que já começa a ser praticada em nosso contexto. 
(D ) explora diferentes possibilidades visando o aproveitamento total ou parcial, tanto do produto como suas embalagens que são reutilizadas em novas formas. Os produtos e embalagens, nesse caso, são reciclados, processados e se transformam em novos itens. Outra possibilidade é o aproveitamento de resíduos alimentares que são processados e decompostos, e se transformam em adubos ou insumos alimentares para animais. A reciclagem continuada torna-se desinteressante quando, em algum ponto do processo, os produtos e materiais acabam perdendo suas características iniciais. Daí em diante existe a possibilidade de utilizar o material resultante em fonte para a geração de energia.
Bottle Bills – Leis das Garrafas
As “leis da garrafa” são leis para depósito de vasilhames. Exigem um depósito de mínimo restituível nas garrafas de cerveja, refrigerante e outros recipientes de bebida a fim de assegurar uma alta taxa de reuso e facilitar posteriormente a reciclagem. O sistema de reembolso de depósitos foi criada pela indústria de bebidas como um meio de garantir o retorno de suas garrafas de vidro para ser lavado, recarregados e revendidos. Quando um varejista compra de bebidas a partir de um distribuidor, um depósito é pago ao distribuidor para cada lata ou garrafa comprada. O consumidor paga o depósito ao varejista na compra da bebida. Quando o consumidor retorna a embalagem de bebida vazia da loja, a um centro de resgate, ou para uma máquina de venda automática reversa, o depósito é reembolsado. A varejista recupera o depósito da distribuidora, acrescido de um ganho adicional na maioria dos estados dos EUA. A taxa de manutenção, que geralmente varia 1-3 centavos, ajuda a cobrir os custos de movimentação dos contêineres. Um projeto de lei na Câmara dos Deputados Brasileira e pretende instituir uma taxa reembolsável sobre o uso de embalagens e recipientes para reduzir a poluição causada pelo lixo não degradável. A Lei da Garrafa brasileira prevê a cobrança de 10% do preço médio cobrado à população sobre os produtos que utilizam recipientes plásticos, de alumínio, de latas e de vidros com mais de 200 ml. O valor arrecadado será aplicado em projetos ambientais. A taxa será cobrada dos consumidores, do comerciante, do distribuidor e do fabricante. Mas o valor pago será restituído se os consumidores devolverem a embalagem para o comerciante, que também receberá restituição se a devolver ao fabricante. Caberá ao distribuidor recolher os recipientes e encaminhá-los à usina de reciclagem para reprocessamento ou a depósito público de resíduos sólidos. Reciclagem de PET- a garrafa PET deverá ser incolor e de fácil compressão, exceto aquelas de mais de dois litros, que precisam ser mais resistentes. Deverá também ter um formato que permita o recorte e o empilhamento fácil, para incentivar o processo de reciclagem. A alça de segurança na embalagem, se houver, também será fabricada em PET incolor.A impressão do rótulo diretamente na embalagem passará a ser proibida. O rótulo deverá ser removível, sem deixar resíduos de cola depois de lavagem especial das garrafas. Além disso, a tinta de impressão da marca não poderá migrar para a embalagem.A proposta determina ainda a fixação das etiquetas de preço sempre nas tampas ou nos rótulos, para facilitar a remoção e evitar a contaminação do PET pela cola. O infrator estará sujeito ao pagamento de 10 a 50% do valor de venda de cada embalagem irregular colocada no mercado.
Logística Reversa
A logística direta, é a gestão dos bens e recursos do seu ponto de origem até o ponto final, envolvendo transporte, armazenagem, distribuiçâo, manuseio e embalagem.Logística reversa, por outro lado é : o fluxo reverso dos bens e recursos. É a atividade associada a esses bens no pós- venda que inclui a armazenagem, reparação, reciclagem e recondionamento, entre outros processos. Emoutras palavras, é a operação relacionada com a reutilização de produtos ou materiais para economizar não apenas dinheiro mas também recursos ambientais. Também pode ser referido como "logística de reposição", "cadeia de suprimentos de reposição" ou "cadeia de suprimentos reversa”. Como exemplos de logística reversa, temos: o retorno das garrafas (vasilhame),a recolha e coleta de lixo e resíduo reciclável. Também aborda a questão da recuperação de produtos, parte de produtos, embalagens, materiais, de entre outros, desde o ponto de consumo até ao local de origem ou de deposição em local seguro, com o menor risco ambiental possível.As principais atividades de logística reversa, são as seguintes: retorno do produto à origem; revenda do produto retornado; venda do produto no mercado secundário; venda do produto com desconto; remanufatura; reciclagem; reparação ou reabilitação; doação;
Responsabilidade Compartilhada na Lei dos Resíduos Sólidos.
Dentre as principais inovações trazidas pela nova Lei dos Resíduos Sólidos, estão: a Logística Reversa e a Responsabilidade Compartilhada.
 A Logística Reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. A Responsabilidade Compartilhada, por sua vez, está definida pela lei como o conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos. 
Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista e produtos eletroeletrônicos e seus componentes são obrigados a estruturar e implementar sistemas de Logística Reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos. Em relação à Responsabilidade Compartilhada propriamente, a lei estabelece de modo claro quais são os papéis de cada um dos atores da cadeia e do ciclo de vida dos produtos. Assim, os consumidores deverão efetuar a devolução após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens antes referidos (agrotóxicos, pilhas, etc.) que são objeto de Logística Reversa. Já estes comerciantes e distribuidores deverão efetuar a devolução aos fabricantes ou aos importadores. Enquanto que estes devem dar destinação ambientalmente adequada aos produtos e embalagens reunidos e devolvidos, na forma a ser estabelecida pelo órgão competente do Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente) e, se houver, pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos.
Vantagens ambientais da reciclagem
A reciclagem apesar de apresentar menor impacto ambiental do que o processo de produção original de cada material ela, como atividade industrial, também consome água e energia, polui o ar e a água... e gera seus próprios resíduos dependendo do tipo de material, mas em geral há mais vantagens do que desvantagens. Este ato consome menos recursos naturais da Terra, como o petróleo e a bauxita (usada para fazer alumínio). Cerca de 5 toneladas de bauxita bruta são necessárias para produzir uma tonelada de alumínio. Já a reciclagem que 1 tonelada de latas de alumínio evitam o consumo de 5 toneladas de bauxita. Já em relação a energia, a necessidade energética necessária se reciclar uma tonelada de alumínio é de somente 5% da energia que seria necessária para se produzir a mesma quantidade de alumínio primário, ou seja, a reciclagem do alumínio proporciona uma economia de 95% de energia elétrica. 
CAPITULO 6
Estratégias utilizadas pelas empresas: 
Estratégia de não cumprimento da legislação (passiva):
É a opção tomada por empresas que não podem ajudar os requerimentos ambientais por não dispor de recursos e capacidades suficientes, ou aquelas empresas cuja direção tem uma baixa percepção da importância do fator ambiental (o consideram uma moda ou um luxo). Esta estratégia é denominada por alguns autores como a estratégia de avestruz, baseada em ignorar o problema e não fazer nada. 
Estratégia de cumprimento da legislação (reativa ou de command control ):
Consiste em limitar-se ao estrito cumprimento da legislação vigente. Trata-se de uma atitude reativa porque a empresa não pode esperar que a sua atuação lhe proporcione uma vantagem competitiva frente a outras empresas. Esta é ainda uma estratégia comum. Várias pesquisas realizadas demonstram ser a legislação o fator de maior pressão na hora de adotar medidas de caráter ambiental. Os regulamentos de "Comando e controle" eram comuns nos primeiros estágios de regulação ambiental americana na década de 1970. Baseiam-se abordagens controle para fontes de poluição específicos, consideradas significativas pelo Clean Air Act (Lei do Ar Limpo) e Clean Water Act (Lei da Água Limpa). Nestes casos, esta abordagem resultou em uma rápida diminuição da poluição causada por fontes pontuais. No entanto, como poluição não pontual tornou-se uma questão mais importante para a proteção ambiental "comando e controle" se mostrou muitas vezes ineficaz. 
Em resumo o padrão reativo envolve: 
• Atendimento às pressões externas mais evidentes (regulamentação ou exigência de mercado) • Resposta posterior ao surgimento dos problemas (controle de poluição) • Incorporação de soluções externas ( equipamentos de tratamento final ) 
Estratégia preventiva.
 Consiste em fixar uma política ambiental que supere os requisitos legais. Esta atitude de enfrentamento dos problemas ambientais está centrada nos aspectos onde pode haver algum beneficio por parte da empresa em solucioná-los ou naqueles aspectos que são fáceis de serem assumidos pela organização. As empresas com esta estratégia são as que já buscam implantar programas voluntários de política ambiental. Estratégia de excelência ambiental (proativa). Neste caso a empresa considera que a gestão ambiental é uma estratégia que faz parte da boa administração do negócio. 
Cubatão, Bhopal, Chernobyl
BHOPAL: Em 1984 um pesticida de uma fábrica na cidade de Bhopal- índia vazou, formando uma nuvem altamente tóxica de metil isocianato. Das 800.000 pessoas presentes na ocasiao, 2.000 morreram imediatamente, 300.000 foram feridos e mais de 6.000 morreram posteriormente. O vazamento foi causado por uma série de erros técnicos e humanos. Uma parte dos equipamentos de segurança da indústria tinha sido desativada por quatro meses e os demais falharam. Quando finalmente soou o alarme, uma hora depois que a nuvem tóxica havia se formado, o pior já havia acontecido. O sistema de saúde de cidade nunca foi informado da toxicidade das substâncias químicas usadas na fábrica. Não havia nenhum plano para procedimentos de emergência e ninguém sabia como reagir em relação à nuvem venenosa. Embora a fábrica negasse a obrigação, o Supremo Tribunal Indiano: estipulou a um pagamento de US$470 milhões para os sobreviventes do desastre, porém até hoje as indenizações não chegaram às vítimas. A tragédia de Bhopal claramente demonstra as desigualdades entre direitos humanos e segurança entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Após o acidente, nunca mais a empresa alcançou a mesma posição de liderança que possuía, pois era a segunda maior no seu segmento, e atuava em 137 países. 
CHERNOBYL: em 1986,. A usina funcionava com quatro reatores refrigerados à água leve e moderados à grafite, cada um com uma potência térmica de 3000 MW. Para realizar uma experiência sobre a alimentação elétrica do sistema, desligou-se o sistema de resfriamento de emergência e os controles manuais substituíram os automáticos.A sucessão de equívocos foi grande e não se deteve sequer adiante dos disparos do alarme, e ocorreu de explosão do vapor. Foi destruído um reator e uma parte do edifício. Materiais radioativos acumularam-se no núcleo do reator e começaram a ser jogados para o exterior da usina. Foram formados múltiplos focos de fogo dentro do corredor do reator e no telhado dos edifícios próximos, por causa dos fragmentos da explosão. Por volta das 5hs do dia 26 os bombeiros sufocaram os principais focos de fogo, excluindo-se o corredor do reator central, onde fica a grafita, que continuou queimando nas proximidades do núcleo do reator destruído. Em dias subseqüentes, aproximadamente 5.000 toneladas de materiais foram lançados no reator de helicóptero, pela força aérea, para extinguir o incêndio da grafita e suprimir o lançamento radioativo. Esse processo continuou até o começo de junho de 1986. Ainda não está claro, se o lançamento de materiais na parte externa do “sarcófago” atingiu as metas estabelecidas. Todos os pilotos da operação morreram. A área contaminada atinge 130.000 Km2, habitada por 4,9 milhões de pessoas. Toda população num raio de 30 km da usina foi evacuada, mas agora estão retornando sem autorização, porque não tinham para onde ir.
CUBATÃO: No Estado de São Paulo, as ações da CETESB em meados dos anos setenta, tinham como objetivo fiscalizar as empresas que não atendessem os parâmetros de emissão de poluentes estipulados pelas leis recém criadas. A maioria das empresas via a questão ambiental apenas como mais um ônus. A empresa tinha duas saídas: ou se adequava aos parâmetros exigidos ou tomava multas. Como muitas vezes era mais fácil recorrer das multas recebidas, do que investir em equipamentos antipoluição, a legislação ambiental era simplesmente ignorada. Uma grande explosão ocorrida devido a um vazamento num oleoduto da Petrobrás na Vila Socó em Cubatão matou trezentas pessoas e chocou a opinião pública. Cubatão era considerada na época o “Vale da Morte”, uma das regiões mais poluídas do mundo e as empresas nada faziam para modificar esta condição. Com o acidente, a opinião pública e o governo pressionaram as empresas a mudarem de postura. Uma grande soma de recursos foi liberada para que as empresas instalassem filtros e equipamentos, dentro de um cronograma de 5 anos. Este programa chamado de PROCOPE (Programa de Controle da Poluição) ajudou a criar o know-how para o controle da poluição. Ao invés de esperarem pelas multas, as empresas incorporavam a idéia que previr acidentes e possíveis multas saíam muito mais barato e repercutia melhor para a imagem da empresa. Mas isso muitas vezes, não bastava para que a empresas se tornasse imune a riscos ambientais, surgiram programas que previam a participação do conjunto de colaboradores da empresa, com a participação comunitária, principalmente para setores de alto risco ambiental como o químico. Surgem assim programas para respostas às emergências, monitora, controle e melhoria de desempenho ambiental como a Atuação Responsável.
P+L (Produção mais limpa):
Conceito: É a aplicação contínua de uma estratégia ambiental integrada e preventiva a processos, produtos e serviços, com a finalidade de aumentar a eficiência e reduzir riscos aos seres humanos e ao meio ambiente. 
Produção Mais Limpa Por Quê? A produção mais limpa consiste em observar como está sendo realizada uma ação produtiva e corrigir o que pode ser melhorado neste processo, com a finalidade de diminuir ou evitar desperdícios, aproveitando melhor a matéria-prima e os insumos de produção, estimulando o desenvolvimento e garantindo a qualidade do produto nas exigências do mercado atual. 13 Maneiras erradas de conduzir determinados processos produtivos causam um desequilíbrio ambiental que, além de pôr em risco a saúde humana, resulta em enorme prejuízo econômico e produtivo. 
Produção mais Limpa e Técnicas de Fim- de- tubo: Qual a diferença? A P+ L é uma Ação Preventiva que busca evitar a geração dos resíduos através do aproveitamento máximo das matérias- primas utilizadas durante o processo produtivo. Já técnicas de fim- de- tubo são ações que apenas ajudam a diminuir o impacto ambiental de determinados resíduos, ao dar-lhes tratamento. Não solucionam o problema, principalmente nos casos de efluentes líquidos e emissões gasosas. Portanto, o fim- de- tubo só é válido para tratar aqueles resíduos que não puderam ser evitados no processo, sendo considerado uma alternativa de remediação enquanto a P+L é uma proposta de solução. 
METODOLOGIA: BUSCANDO SOLUÇÕES NA ORIGEM DOS PROBLEMAS 
•Otimizar o consumo de energia, água e matérias primas 
•Reduzir desperdícios
 •Minimizar resíduos 
•Implementar processos de menor impacto ambiental
 ITENS CONSIDERADOS:
 •Técnicas de redução de resíduos sólidos, líquidos e gasosos na fonte
 •Adequação às leis ambientais
 •Técnicas de monitoramento de emissões poluidoras
 • Capacitação, implementação de procedimentos e instruções de trabalho
 • Operações de reciclagem interna
 • Melhoria na saúde ocupacional
 • Destinação de resíduos perigosos
 • Participação na aplicação de sistemas de gerenciamento ambiental, avaliando soluções para os problemas identificados
CAPITULO 7
CAPITULO 5
DFE - DESIGN FOR ENVIRONMENT (DESIGN AMBIENTAL) 
DESIGN
 	 Compreende a atividade de desenhar para a indústria segundo uma metodologia de projeto que leva em consideração a função que o produto final irá realizar, as características técnicas da matéria prima e do sistema produtivo utilizado em sua produção, bem como as características necessidades de mercado e do destinatário final do produto, ou seja, seu consumidor. 
 	O DFE deve ser visto como um programa que incentiva a incorporação de considerações ambientais no projeto e re-projeto de produtos, processos e sistemas técnicos e de gestão.Ele é fundamentado na comparação de desempenho, custos e riscos associados.
 	 A ACV é uma das ferramentas de DFE, utilizada para avaliar o desempenho, custo e impactos ambientais e sobre a saúde humana de tecnologias competitivas. 
 		1. A meta é pensar ambientalmente e todo o ciclo de vida do produto; 
 		2. Materiais naturais nem sempre são os melhores;
 		3. Consumo de energia deve ser considerado; 
 		4. Aumentar a vida do produto; 
 		5. Não projetar produtos, mas serviços; 
 		6. Usar o mínimo de material; 
 		7. Usar produtos recicláveis;
 		8. Faça seu produto recicláveis. 
1) Técnicas de Análise, utilizadas para identificar os impactos ambientais de um produto dentro de todo o seu ciclo de vida 
2) Técnicas de Melhoria, que permitem com que os projetistas melhorem a performance ambiental dos produtos A primeira técnica é utilizada no projeto de um novo produto ou redesenho de um já existente, enquanto a segunda permite o endereçamento dos problemas já detectados. As práticas mais comuns para tratar problemas ambientais gerados por produtos que já estão no mercado são projetar para: 
• Reciclar
 • Desmontar
• Energia 
• Projetar para Re-fabricar 
• Projetar para Minimização de Material Perigoso 
ORIGENS DO DFE 
 	As origens do DFE têm sua raiz numa abordagem específica de engenharia, DFX (Design for X), sendo que X representa qualquer característica do produto, tais como confiabilidade, durabilidade, e, neste caso, E para ambiente (environment), que é o que se deseja maximizar no projeto. Existem algumas variações, que dependem das companhias. Por exemplo, a Hitachi foca no DFR (Design for Recycling) e DFD (Design for Disassembly) 
CONCEITO DE A.C.V.
 	Procedimento de avaliação dos efeitos ambientais associados a um produto, processo ou atividade pela identificação e quantificação da energia e materiais usados e os resíduos emitidos no meio ambiente ; pela avaliação dos impactos da energia e materiais usados e liberados no meio ambiente ; e pela identificação e avaliação de oportunidades para melhorias ambientais. 
 	A avaliação inclui o ciclo de vida completo do produto, processo ou atividade, ou seja, a extração e o processamentode matérias-primas, a fabricação, o transporte e a distribuição; o uso, o reemprego, a manutenção; a reciclagem, a reutilização e a disposição final. 
 	Por este meio, a empresa seleciona fornecedores, recicladores e outros atores da cadeia produtiva de acordo com critérios ambientais, incentivando-os, a incorporarem nas suas atividades, a idéia do ciclo de vida. As tomadas de decisão da empresa sobre clientes e fornecedores estabelece-se de acordo com a forma que os mesmos podem influenciar nas entradas e nas saídas (“ upstream“ e “ downstream “) . 
Tais decisões incluem:
• que produto(s) fabricar;
 • projeto do(s) produto(s) ; 
• escolha da matéria prima a ser utilizada ;
 • fontes de oferta de matéria prima;
 • fontes de energia(s) utilizada(s) ;
 • escolha tipo e volume da embalagem;
 • gerenciamento de resíduos;
 • instruções dadas aos usuários ;
 • gerenciamento de resíduos pós-uso .
 	Com o conceito de ciclo de vida, que surge com a consciência de que qualquer produto, processo ou atividade produz impactos no meio ambiente desde o momento em que são extraídas as matérias primas indispensáveis à sua existência até que, após a sua vida útil, são eliminados ou depositados em aterro os seus restos. 
 	A aplicação da técnica de A.C.V na indústria deve ser encarada atualmente como um fator de promoção e de inovação dos produtos. ACV é uma abordagem holística porque analisa o ciclo de vida inteiro de um produto: processo, embalagem, material, ou atividade. 
 	A A.C.V. inclui os estágios que cercam a extração e o processamento das matérias primas, fabricação, transporte, distribuição, uso/reuso/manutenção, reciclagem, compostagem e disposição final.

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