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Pesquisa carencia excesso de vitamina a e d p11

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DEFINIÇÃO DE VITAMINAS
 São uma classe de compostos orgânicos, não sintetizados pelo organismo humano, ou seja, são obtidos via alimentação. São necessários ao ser humano em pequenas quantidades (micronutrientes). Atuam como coenzimas ou antioxidantes Possuem poder redutor Sequestram radicais livres Promovem reações de escurecimento Precursores de aroma e sabor Biodisponibilidade: a vitamina deve estar disponível em quantidade adequada para digestão e absorção. Vitaminas A e D Atuam como hormônios. São vitaminas lipossolúveis. Necessitam de bile para sua absorção, e são transportadas via circulação linfática junto aos lipídeos.
 Via metabólica: 
BILE LIPOPROTEÍNAS INGESTÃO ————> ABSORÇÃO ————> SISTEMA LINFÁTICO ——————————> CORRENTE SANGUÍNEA
 VITAMINA A OU RETINOL OU AXEROFTOL C30H29OH
 É uma família de moléculas ao Retinol (retinóides): Retinal, Ácido Retinóico e beta-Caroteno. Importante para a visão, reprodução e crescimento, e manutenção dos tecidos epiteliais. -> Visão A vitamina A compõe os pigmentos visuais dos bastonetes. A Rodopsina, que é um pigmento visual dos bastonetes, junto à opina (proteína), sob ação da luz, desdobra o pigmento visual em informação, que caminha sob forma de impulso nervoso para o nervo óptico, para ser interpretado pelo encéfalo e produzir imagem. -> Crescimento O feto, no terceiro trimestre durante a gestação da mulher, reserva vitamina A para utilizá-la posteriormente em seu crescimento e desenvolvimento. A UNICEF e a OMS relacionam a suplementarão da vitamina A com a redução da mortalidade materna e com a cura da anemia em gestantes. Segundos outros estudos, a vitamina A diminui as chances de transmissão vertical do HIV em pacientes soropositivas. -> Reprodução O Retinol e o Retinal são importantes para a manutenção da espermatogênese e previnem reabsorção fetal na gestante. O Ácido Retinóico promove crescimento e diferenciação das células epiteliais. Doses diárias: 1000 mg de Retinol para homens e 800 mg de Retinol para mulheres 6 mg de beta-Caroteno ou 12 mg de outros Carotenóides Fontes: fígado, cenoura, manga. Manifestações clínicas de carência e excesso -> Carência: Cegueira noturna ou Nictalopia: o indivíduo tem dificuldade em enxergar em ambientes pouco iluminados. É um sinal precoce de hipovitaminose. Xeroftalmia: ressecamento patológico da conjuntiva e da córnea, podendo evoluir para cegueira. Em países tropicais em desenvolvimento, principalmente, mais de meio milhão de crianças no mundo todo tornam-se cegas a cada ano. Problemas de pele, como acne e psoríase. Queratinização de mucosas do trato digestório e urinário. Retardo no crescimento ósseo, danificando o sistema nervoso. -> Excesso Durante a gestação, causa danos cerebrais ao feto. Sintoma neurológicos e danos à visão. Dor de cabeça, vômito, lesões cutâneas e ósseas, anorexia e queda de cabelo. Hepatomegalia, podendo evoluir para cirrose. Mimetismo de sintomas de tumor encefálico. A absorção de vitamina A aumenta com a idade, ficando disponível na circulação por um tempo maior. É importante evitar a suplementacão de vitamina A isolada, principalmente os idosos. VITAMINA D OU CALCIFEROL OU COLECALCIFEROL Grupo de esteróides que apresentam função hormonal. Responsável pelo aumento da captação de cálcio pelo intestino, relacionada ao aumento da síntese de proteína ligadura de cálcio específica. Responsável pela redução da perda de cálcio pelos rins e pela maior reabsorção óssea, quando necessário. Principais formas: Vitamina D3 ou Colecalciferol - C27H44O: obtida em alimentos de origem animal. Pode ser sintetizada pela pele sob ação da luz UV por meio do 7-deidrocolesterol, substância sintetizada pelas glândulas sebáceas. Vitamina D2 ou Ergocalciferol - C28H44O: originada do ergosterol, é obtida via alimentos de origem vegetal. A vitamina D é transportada pela corrente sanguínea ligada à proteína plasmática de ligação da vitamina D - PLD - até ao fígado, onde se torna vitamina D ativa. Armazenada no fígado, cérebro, ossos e outros tecidos. Pode ser excretada nas fezes juntamente com a bile. Atua na mobilização de cálcio e fosfato a partir dos ossos: quando há necessidade de síntese proteica e do PHT (Hormônio da paratireoide), promove aumento da concentração de cálcio e fosfato plasmáticos. No feto, a vitamina D participa do crescimento ósseo. Dose diária: 5 microgramas de Colecalciferol ou 200 UI (Unidades Internacionais) de vitamina D. Fontes: peixe, fígado e clara de ovo. Manifestações clínicas de carência e excesso -> Carência: Durante a gestação - feto: restrição ao crescimento fetal, hipocalcemia neonatal e raquitismo. Durante a gestação - gestante: prejuízos ao esmalte dentário e osteomalacia materna. Raquitismo nutricional: desmineralização dos ossos. Raquitismo na criança e osteomalacia no adulto (alta suscetibilidade de fraturas). A exposição insuficiente ao sol ou carência de vitamina D ocorre principalmente em bebês e idosos (contribui para osteoporose). Apesar da recomendação de 200 UI, a dose diária de 800 UI vem se mostrando eficaz contra fraturas recorrentes da osteoporose. Raquitismo renal: insuficiência renal crônica, diminuindo a produção de vitamina D. Hipoparatireoidismo: na ausência do hormônio PHT provoca hipocalcemia e hiperfosfatemia. -> Excesso Perda de apetite, náuseas, sede, estupor, vômito, anorexia e dor nas juntas. O indivíduo pode vir à óbito. Hipercalcemia: a alta taxa de reabsorção do cálcio e a alta taxa de reabsorção óssea provoca calcificação de órgãos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 SILVA, S.; MURA, J. Tratado da alimentação, nutrição e dietoterapia. 2. ed - São Paulo : Roca, 2010. TORRES, B. (Sup.) Nutrição e esporte - uma abordagem química. Departamento de Bioquímica. Instituto de Química. USP. 2003. DEVLIN, T. (Coo.) Manual de bioquímica com correlações clínicas. 6. ed : Editora Blücher, 2007. CHAMPE, P.; HARVEY, R.; FERRIER, D. Bioquímica ilustrada. Tradução Carla Dalmaz … [et al.] - 3. ed - Porto Alegre : Artmed, 2006

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